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<p>2</p><p>3</p><p>Sumário</p><p>Exame clínico, diagnóstico e plano de tratamento ........................................................................................................... 4</p><p>Radiologia em odontopediatria ........................................................................................................................................ 6</p><p>Abordagens preventivas e restauradoras em odontopediatria ...................................................................................... 11</p><p>Terapia pulpar em dentes decíduos ............................................................................................................................... 15</p><p>Cariologia ........................................................................................................................................................................ 21</p><p>Anestesiologia em odontopediatria ................................................................................................................................ 23</p><p>Cirurgia em odontopediatria........................................................................................................................................... 26</p><p>Defeitos de desenvolvimento do esmalte (DDE) ............................................................................................................ 28</p><p>4</p><p>Exame clínico, diagnóstico e plano de tratamento</p><p>odontopediatrico e suas particularidades.</p><p>Odontopediatria é o exercício humano de profunda</p><p>empatia com crianças e família.</p><p>Não iremos olhar somente Odontologia curativa</p><p>(talento profissional de esculpir restaurações e olhar</p><p>somente a boca) e sim Odontologia integral</p><p>(promoção da saúde, prevenção, intervenção precoce</p><p>e ver paciente como todo).</p><p>Para isso se deve seguir uma sequência de</p><p>procedimentos metódica e criteriosa para obter o</p><p>maior o número de informações</p><p>Compreender situações de emergência (alveolise) vs</p><p>não emergência (luxação extrusiva)</p><p>Alveólise é uma alteração que pode ocorrer durante o</p><p>processo de rizólize, caracterizada pela expulsão do</p><p>dente decíduo do seu alvéolo, com reabsorção da</p><p>tábua óssea alveolar e conseqüente exposição de sua</p><p>(s) raiz (s) na cavidade bucal, sem que haja reabsorção</p><p>radicular.</p><p>A luxação extrusiva é um dos problemas devido a</p><p>esses traumas, sendo caracterizada pelo</p><p>deslocamento parcial do dente para fora do seu</p><p>alvéolo, quando ocorre deve-se tentar o</p><p>reposicionamento do elemento dentário.</p><p>Exame do paciente</p><p>Fazer diagnóstico e traçar posteriormente um plano</p><p>de tratamento buscando sempre reestabelecer a o</p><p>equilíbrio no processo saúde doença e criar condições</p><p>para manutenção da saúde.</p><p>Analisar:</p><p> Estado geral (alergias, doenças sistêmicas,</p><p>medicamentos)</p><p> Dentes (lesões de cárie, periapicais, anomalias de</p><p>irrupção)</p><p> Tecidos moles (gengivite, lesões em mucosa,</p><p>hiperplasias)</p><p> Realizar exames complementares para fazer um</p><p>diagnóstico definitivo e diferencial.</p><p>Anamnese</p><p> Queixa principal, história médica, história</p><p>familiar e dentária, hábitos e avaliação</p><p>psicológica</p><p> Obs: a ficha possui dados pré-natais, perinatal</p><p>e pós-natal.</p><p> Dados sobre concepção como idade da mãe</p><p>na época do parto, exame pré-natal, doenças</p><p>durante a gravidez, uso de medicamentos,</p><p>hábitos.</p><p>5</p><p>Nascimento:</p><p> Choro, anoxia, dificuldade de sucção,</p><p>anomalias congênitas, problemas perinatais</p><p>Histórico médico:</p><p> Problemas sistêmicos</p><p> Doenças crônicas</p><p> Uso de medicação</p><p> Alergia e reação das drogas (nome, dosagem,</p><p>regime duração, via de introdução e reação</p><p>casa haja)</p><p> Nome telefone do pediatra</p><p> Saúde geral como perda de peso, febre</p><p>recorrente e falta de energia.</p><p>História familiar:</p><p> Hobbies</p><p> Atividades diárias</p><p> Hábitos de adaptação emocional</p><p>Historia dentária:</p><p> Queixa principal, consulta odontológica</p><p>anterior, comportamento (hábito de higiene</p><p>bucal, fluorterapia, anestesia local, hábitos e</p><p>tratamento ortodôntico)</p><p> Analisar pele, fissuras e lesões podem indicar</p><p>transtornos cognitivos pela automutilação,</p><p>negligência.</p><p>Fase sistêmica (observar urgências e saúde;alergia ou</p><p>dor)</p><p>Fase preparatória (diminuir ou controlar a atividade</p><p>de cárie e dor, diminuir risco, orientações de higiene,</p><p>remoção de focos, terapia com flúor e selantes,</p><p>terapia pulpar, aplicação de CIV nas cavidades</p><p>abertas, exodontias etc.)</p><p>Essa etapa é importante para o condicionamento</p><p>psicológico, para observar a resposta pulpar, diminuir</p><p>micro-organismo e avaliar se há possibilidade de</p><p>remineralização de dentina reparadora.</p><p>Fase restauradora</p><p>Etapa responsável por recuperação da forma e da</p><p>função (restaurações e próteses)</p><p>Após controle da doença periodontal e lesões de cárie</p><p>Mudança de comportamento e hábitos</p><p>Qualidade do tratamento para evitar acúmulo de</p><p>biofilme e prevenção de maloclusões.</p><p>A fase restauradora deve ser planejada e organizada</p><p>em tempos em movimentos pois o paciente pode</p><p>fechar a boca, passar a língua etc.</p><p>Manter mesa clínica, instrumentais e materiais.</p><p>Trabalho a quatro mãos usa de isolamento absoluto,</p><p>realizar por hemi-arcos e usar adequadamente o</p><p>sistema de sucção.</p><p>6</p><p>Radiologia em odontopediatria</p><p>As crianças apresentam maior radiossensibilidade</p><p>tecidual devido ao grande número de células</p><p>imaturas, portanto é de extrema importância a</p><p>proteção do paciente com avental de chumbo.</p><p>A ação nociva da radiação sobre os tecidos vivos é</p><p>inversamente proporcional à idade do paciente, pois</p><p>quanto mais jovem maior a probabilidade dos tecidos</p><p>serem lezados pelo efeito do raio X.</p><p>Proteção do paciente infantil:</p><p> Calibração do aparelho através de um laudo</p><p> Filtro- este filtro serve para direcionar a radiação</p><p>em um feixe só, a radiação que vai para outros</p><p>lados, chamada de divergente.</p><p> Colimação</p><p> Avental</p><p> Técnica correta</p><p>Proteção do profissional</p><p> Direção do feixe</p><p> Filme</p><p> Cabeça do paciente e cadeira</p><p> Distância e direção do CD- em último caso a 135°</p><p>graus a 1,80m de distância</p><p> Sala ou biombo de proteção</p><p>Filmes radiográficos</p><p>Os cristais presentes na superfície são iodeto de prata</p><p>e brometo de prata. Quando o radioatividade atinge o</p><p>filme, forma-se uma primeira imagem chamada de</p><p>imagem latente.</p><p>Deve-se radiografar em casos de analise da dentição,</p><p>decídua ou mista, acompanhamento de cárie,</p><p>diagnóstico, repetição de traumas, repetição do</p><p>exame.</p><p>7</p><p>Técnicas radiográficas</p><p>Antes de sabermos as técnicas devemos conhecer os</p><p>plano para posicionamento do paciente.</p><p> Tragus a asa do nariz- Plano de Frankurt</p><p> Tragus a comissura labial- Plano de Camper</p><p>Ao contrario das periapicais em uma dentição</p><p>permanente (14 periapicais), a dentição infantil utiliza</p><p>apenas 10, pois não há pré-molares</p><p>Técnica bissetriz</p><p>O filme da região posterior deve ser posicionado de</p><p>modo que a borda incisal/oclusal fique paralela ao</p><p>plano oclusal com o seu longo eixo na horizontal</p><p>deixando 5 a 10mm como margem de segurança pra</p><p>não cortar as cúspides na margem radiográfica.</p><p>A vantagem da técnica é que não se faz necessário o</p><p>uso do posicionador.</p><p>Angulações verticais padrão indicadas pela técnica da</p><p>bissetriz.</p><p>Técnica paralelismo</p><p>Plano horizontal paralelo ao plano sagital mediano</p><p>Para esta técnica os feixes de raios-X em devem incidir</p><p>perpendicularmente ao filme E ao longo do eixo do</p><p>dente e estes devem estar paralelos entre si. São</p><p>utilizados os suportes porta-filmes específicos ou</p><p>posicionadores.</p><p>Técnicas periapicais modificadas</p><p>Existem ainda técnicas complementares usadas</p><p>principalmente para diminuir o desconforto do</p><p>paciente ou quando o mesmo não consegue segurar o</p><p>filme.</p><p>Técnica periapical modificada</p><p>anterior</p><p>Faz se com filme de adulto, posiciona se o filme de</p><p>adulto com o eixo maior paralelo ao plano horizontal.</p><p>8</p><p>Dicotomia para tomada dupla</p><p>Indicada quando se quer observar maior área possível</p><p>e estruturas adjacentes como lesões de carie ou</p><p>periapicais e fraturas em menos tempo. Usa se em</p><p>crianças pré-escolares. Usaremos dois filmes adultos,</p><p>uma lamina de chumbo e fita.</p><p>Posicionar os filmes na mesma posição da técnica</p><p>acima. Com essa técnica pode se radiografar tanto a</p><p>maxila quando a mandíbula de uma só vez, apenas</p><p>mudando a posição do cone.</p><p>Técnica posterior modificada</p><p>Região posterior consiste em dobrar o filme ao meio e</p><p>a criança morderá uma extremidade do filme</p><p>Técnica periapical posterior modificada (Casati</p><p>Alvares)</p><p>Indicada para melhor visualização de cúspides de</p><p>molares quando não for possível o uso de</p><p>posicionador. Usada em crianças pré-escolares.</p><p>Consiste em colocar um bastão de cera ou rolete de</p><p>algodão na parte branca do fillmepara dar mais apoio</p><p>ao paciente.</p><p>Para superior:</p><p>Para inferiores:</p><p>Consiste em dobrar o terço do filme onde se encontra</p><p>o picote e fixar o rolete nessa parte para que o</p><p>paciente oclua.</p><p>9</p><p>Técnica interproximal</p><p>O método interproximal é mais bem tolerado em</p><p>crianças de pouca idade sendo realizado por meio da</p><p>utilização de posicionadores.</p><p>Existe ainda uma modificação sem o posicionador:</p><p>consiste em posicionar o filme paralelamente</p><p>ocluindo sobre uma aleta de fita crepe. Ambas as</p><p>técnicas interproximais são indicadas para achar</p><p>lesões de cárie interproximal, analisar profundidade</p><p>em relação à câmara pulpar, presença de nódulos</p><p>pulpares, pontes dentinárias, nível crista óssea e</p><p>perfurações coronárias.</p><p>Indicação das técnicas</p><p>Em idade pré-escolar:</p><p> Região anterior: periapical modificada</p><p> Região posterior- filme com algodão</p><p> Interproximal: filme dobrado</p><p>Idade escolar:</p><p> Bissetriz</p><p> Interproximal: suporte, asa de mordida</p><p> Paralelismo</p><p> Oclusal</p><p>Dentição</p><p>A dentição decídua popularmente chamada de dente</p><p>leite é composta por 20 elementos, (8 incisivos, 4</p><p>caninos e 8 molares).</p><p>Os incisivos centrais superiores são os primeiros a</p><p>surgirem podendo aparecer a partir do sexto mês de</p><p>vida e cair aos 6/7 anos.</p><p>Os incisivos centrais inferiores normalmente</p><p>erupcionam após os inferiores (7 a 9 meses), exceto</p><p>em casos raros. Caem aos 8/9 anos.</p><p>Os incisivos laterais inferiores erupcionam em 10 ou</p><p>11 meses de vida e caem aos 8/9 anos de vida.</p><p>Durante a erupção desses dentes é comum que a</p><p>mesma leve vários tipos de objetos a boca para aliviar</p><p>o desconforto.</p><p>Os incisivos laterais superiores nascem mais</p><p>comumente aos 11 ou 12 meses de vida e podem cair</p><p>aos 8/9 anos. Durante a erupção desses dentes é</p><p>comum à criança salivar mais que o de costume.</p><p>Os caninos superiores normalmente erupcionam após</p><p>os molares entre 14 e 24 meses de vida e podem cair</p><p>aos 10/12 anos.</p><p>Os caninos inferiores erupcionam entre 14 a 24</p><p>meses de vida e caem nos 9 a 12 anos.</p><p>Os primeiros molares superiores e inferiores</p><p>erupcionam nos 14 a 16 meses e podem cair dos 9 a</p><p>11 anos. Quando os primeiros molares caem, são</p><p>substituídos pelos pré-molares permanentes.</p><p>Os segundos molares superiores e inferiores são os</p><p>últimos a nascerem (erupcionando primeiro os 2M</p><p>inferior e depois superior dos 28 a 30 meses e caem</p><p>dos 11 a 12 anos.)</p><p>A numeração também diferencia se:</p><p>10</p><p>Estagio de Nolla</p><p>Classificação de desenvolvimento dos dentes</p><p>permanentes.</p><p>Estagio 0- ausência da cripta</p><p>Estagio 1- cripta presente</p><p>Estagio 2- inicio da calcificação</p><p>Estagio 3- 1/3 da coroa completa</p><p>Estagio 4- 2/3 da coroa completa</p><p>Estagio 5- coroa praticamente completa</p><p>Estagio 6- coroa completa</p><p>Estagio 7- 1/3 da raiz completa</p><p>Estagio 8- 2/3 da raiz completa</p><p>Estagio 9- raiz e coroas completas</p><p>Os movimentos de erupção iniciam no estagio 6 e</p><p>erupção total no 9</p><p>11</p><p>Abordagens preventivas e restauradoras em</p><p>odontopediatria</p><p>A odontopediatria é a fase primária portanto deve</p><p>estar integralmente associada à Odontologia de</p><p>mínima intervenção.</p><p>Além de redução do desgaste de estrutura dental, os</p><p>procedimentos minimamente invasivos geram menor</p><p>nível de ansiedade que são considerados igualmente</p><p>eficazes aos tratamentos convencionais</p><p>Pilares:</p><p> Detecção precoce da lesão de cárie, avaliar</p><p>risco e atividade.</p><p> Remineralização do esmalte e dentina</p><p> Medidas preventivas</p><p> Intervenções minimamente invasivas</p><p> Reparo de restaurações</p><p> Retornos individualizados</p><p>Fatores levados em consideração pra escolher a</p><p>técnica</p><p> Não invasiva: controle de dieta, controle de</p><p>biofilme, controle de mineralização</p><p> Micro invasiva: selante de fissuras e</p><p>infiltrante resinoso</p><p> Invasiva: restauração</p><p> Intervenção mista: controle de cárie não</p><p>restaurador ou técnica de Hall</p><p>Critérios de detecção de cárie</p><p>Localização: em superfície lisa (aplicação de verniz),</p><p>proximal (icon) ou oclusal (selante)</p><p>Presença da cavidade: não cativada (pode ser</p><p>reminaralizada) ou cavitada (a conduta dependerá do</p><p>quão profunda está a cavidade)</p><p>Extensão/profundidade: em esmalte (pode só selar)/</p><p>em dentina (no início do de dentina também pode só</p><p>selar mas muito na dentina precisa restaurar)</p><p>Atividade: lesão ativa (intervir), lesão inativa</p><p>(restaurar se necessário).</p><p>Independente da decisão de intervir ou não, o</p><p>tratamento da doença cárie é soberano.</p><p>A fluorterapia é um importante instrumento não</p><p>invasivo para desacelerar ou paralisar a</p><p>desmineralização das lesões cariosas.</p><p>O dentifrício fluoretado apresenta papel fundamental</p><p>neste processo por representarem uma exposição</p><p>rotineira de fluoretos no meio bucal. A aplicação</p><p>tópica de flúor em alta concentração pode ativar a</p><p>remineralização tanto em esmalte quanto em dentina.</p><p>A partir de revisões de diversos estudos científico que</p><p>monitoravam processos cariosos, verificar se os</p><p>seguintes aspectos:</p><p> A progressão de lesão cariosa proximal é um</p><p>processo lento sendo que um amplo número de</p><p>lesões permanece aparentemente inalterado por um</p><p>longo período</p><p> Quanto maior o tempo decorrido menor é a</p><p>porcentagem de lesões que permanecem confinadas</p><p>em esmalte, apresentando uma distribuição linear</p><p>sem variação sistêmica aparente</p><p> 50% das lesões de cárie em esmalte pode</p><p>permanecer no mesmo substrato em até 2 anos,</p><p>demorando esse tempo para evoluir para dentina</p><p> Suplementação de flúor age no processo de</p><p>remineralização e atua na progressão da lesão</p><p> A única forma de verificar se a lesão está</p><p>progredindo ou de monitorar o sucesso do</p><p>tratamento preventivo é comparar uma série de</p><p>radiografias tomadas em intervalos individuais</p><p>apropriados</p><p> Sabe se que a maioria das lesões confinadas em</p><p>esmalte não sai cavitadas</p><p>12</p><p>Em um primeiro momento do tratamento do paciente</p><p>cárie ativo a fase de adequação do meio bucal exerce</p><p>uma interferência momentânea na doença.</p><p>O selamento dos sítios de retenção bacteriana</p><p>associado a eliminação de restos radiculares e focos</p><p>endodônticos promove um declínio imediato na</p><p>microbiana cariogenica da cavidade bucal viabilizando</p><p>o autocontrole de placa bacteriana pelo paciente.</p><p>Entretanto esse efeito é passageiro notando se um</p><p>retorno gradual aos níveis de infecção presentes antes</p><p>do tratamento no decorrer de alguns dias, caso não</p><p>tenha sido fala atenção aos fatores etiológicos da</p><p>doença.</p><p>Alguns critérios importantes vão guiar o profissional</p><p>na decisão de restaurar independente do tipo de</p><p>lesão (seja uma face proximal, lisa livre ou oclusal)</p><p>Deve se avaliar presença de dor, sensibilidade ou</p><p>limitação do controle de biofilme. A dificuldade de</p><p>controle</p><p>de placa vai interferir na capacidade de</p><p>inativação da lesão podendo em um primeiro</p><p>momento não ser um fator que indique a restauração</p><p>da lesão cavitada.</p><p>ICDAS</p><p>Código 0- dente totalmente hígido</p><p>Código 1- lesão branca ou acastanhada opaca em</p><p>esmalte após secagem</p><p>Código 2- lesão branca ou acastanhada opaca em</p><p>esmalte sem secagem</p><p>Código 3- perda da integridade superificial em</p><p>esmalte e lesão em dentina.</p><p>Código 4- sombreamento em dentina</p><p>Código 5- cavidade com menos de 50% de tecido</p><p>dentário comprometido em dentina</p><p>Código 6- cavidade com mais de 50% de tecido</p><p>dentário comprometido em dentina</p><p>Decisão do tratamento de acordo com ICDAS</p><p>Elemento sadio</p><p>Código 0- nenhum tratamento ou micro invasivo</p><p>Lesões ativas:</p><p>Código 1 e 2- tratamento não invasivo ou micro</p><p>invasivo</p><p>Código 3 e 4- tratamento não invasivo ou micro</p><p>invasivo</p><p>Codigo 4 e 5- tratamento não invasivo,invasivo ou</p><p>abordagem mista</p><p>Lesões inativas:</p><p>Código 1, 2,3, 4, 5 e 6 – nenhum tratamento</p><p>Detecção lesões de cárie pelo exame</p><p>Atividade de lesão de cárie</p><p>Quando ativa pode ser feita abordagem não invasiva,</p><p>modificação e ou controle do biofilme, ou abordagem</p><p>invasiva</p><p>Inativa: nenhuma intervenção além de escavação</p><p>diária com dentifricio fluoretado</p><p>Abordagens conservadoras não invasivas</p><p>Controle da dieta e de biofilme</p><p> Escovação com dentifrício</p><p>fluoretado>1000ppm F</p><p> Aplicação tópica de flúor profissional (verniz,</p><p>gel ou mousse).</p><p> Dentifrício fluoretado com mínimo de</p><p>1000ppm de 2 a 3x por dia</p><p> Técnica de fones é a mais adequada para</p><p>dentição decídua. Conhecida como técnica da</p><p>bolinha é a mais simples e eficaz</p><p> Para dentição mista, indica-se Stillman</p><p>modificada, a técnica de varredura de cervical</p><p>pra oclusal/incisal. Indicada para crianças e</p><p>adolescentes</p><p> Para dentição permanente e pacientes</p><p>ortodônticos indica se técnica de Bass.</p><p>Possiciona se dá cervical pra oclusal (vai e</p><p>vem).</p><p>Aplicação tópica de flúor</p><p>Verniz 22.600 ppm Durapath usado quando temos</p><p>uma lesão de cárie inativa. Fica aderido até 12h no</p><p>dente formando fluoreto de cálcio, fazendo também</p><p>trocas minerais transformando hidroxiapatita por</p><p>fluorapatita.</p><p>13</p><p>Sequência de aplicação</p><p>1. Abridor de boca para crianças pequenas</p><p>2. Profilaxia profissional</p><p>3. Lavagem e Secagem</p><p>4. Isolamento relativo e sugador</p><p>5. Verniz colocado em pote dappen</p><p>6. Aplicação com pincel macio ou microbrush</p><p>7. Gotejar água (1 ou 2 gotas) sobre os dentes</p><p>(promover fixação do verniz)</p><p>8. Retirar isolamento, abridor e sugador</p><p>9. Pedir pra criança cuspir por 30 s e não enxaguar</p><p>Recomendações e cuidados:</p><p> Aplicação após a refeições pois a acidez estomacal</p><p>presente quando o paciente não se alimenta</p><p>aumenta risco do fluor cair na corrente sanguínea e</p><p>reagir indesejadamente</p><p> Avisar que os dentes ficaram temporariamente</p><p>amarelos</p><p> Evitar alimentos sólidos por 2h</p><p> Ingestão de alimentos líquidos e pastosos nas</p><p>próximas 12h pra manter o produto na superfície</p><p> Higiene dental após 12h</p><p>Gel fluoretado 9.000 quando é neutro a 12.300 ppm</p><p>quando é ácido (melhor em relação ao neutro pois</p><p>entra mais fácil, porém não pode ser usado com CIV</p><p>pois deixa a restauração porosa) O gel possui maior</p><p>probabilidade de ingestão. Normalmente usa se em</p><p>moldeira em pacientes de alto risco porém sem</p><p>mancha branca, para prevenção.</p><p>Sequencia de aplicação</p><p>1. Paciente na posição verticalizar o paciente sobre a</p><p>não ingestão do produto</p><p>2. Abridores em crianças pequenas</p><p>3. Profilaxia e Secagem</p><p>4. Seleção das moldeiras</p><p>5. Inserção do gel na moldeira por 1min na boca uma</p><p>arcada por vez</p><p>Mousse fluoretado</p><p>Mesma indicação e ação do flúor gel</p><p>Mesma coisa que o gel, coloca se na moldeira e leva a</p><p>boca por 1min</p><p>Recomendações: aplicação sempre após as refeições,</p><p>não enxaguar e não comer/beber</p><p>Dentifrícios fluoretados</p><p>As Associações Nacionais e Internacionais de Pediatria</p><p>e de Odontopediatria e recomenda o uso de</p><p>dentifrício fluoretado 1000 ppmF para a escovação</p><p>dos dentes do bebê. Esta recomendação é segura em</p><p>termos de toxicidade e deve ser realizada com</p><p>supervisão e em pequenas quantidades como uma</p><p>14</p><p>fina camada de pasta sobre a escova ou similar a um</p><p>grão de arroz cru) para crianças menores de 3 anos de</p><p>idade</p><p>Acima desta idade ou para crianças que já saibam</p><p>cuspir a quantidade de pasta é similar a um grão de</p><p>ervilha</p><p>A primeira visita ao odontopediatra seja realizada</p><p>assim que o primeiro dente apareça na boca do bebê.</p><p>No entanto entende que as primeiras orientações</p><p>referentes à saúde oral da mãe e do bebê devem ser</p><p>realizadas durante a gestação, ao nascimento e</p><p>durante todo o crescimento e desenvolvimento do</p><p>bebê para que todas as funções (respiração, sucção,</p><p>deglutição, fonação, dentre outras) se estabeleçam de</p><p>forma saudável. O uso de outras formas de flúor para</p><p>a prevenção de cáries devem ser realizadas segundo a</p><p>orientação do Odontopediatra em circunstâncias nas</p><p>quais este especialista irá optar e orientar o melhor</p><p>método e realizar sua aplicação quando necessário.</p><p>15</p><p>Terapia pulpar em dentes decíduos</p><p>A terapia pulpar em decíduos se faz necessária</p><p>quando há lesão de cárie profunda e traumatismos</p><p>dentários.</p><p>Diferencia-se dos dentes decíduos, pois não se pode</p><p>usar guta percha, precisa ser um material radiopaco e</p><p>reabsorvível.</p><p>No caso de lesões de dentes decíduos, é importante</p><p>analisar se não há foco infeccioso na cripta do dente</p><p>permanente abaixo.</p><p>Existem diferentes tipos de tratamentos pulpares. As</p><p>indicações, objetivos e tipos dependem do</p><p>estabelecimento do grau de saúde da polpa, seu</p><p>estágio de inflamação ou necrose em que se encontra.</p><p>A terapia pulpar em dentes decíduos pode ser dividida</p><p>em dois grupos, de acordo com as condições do</p><p>tecido pulpar: conservadora, nos casos de polpa viva</p><p>(hiperemia pulpar e pulpite aguda reversível), e</p><p>radical (pulpite aguda irreversível e necrose pulpar),</p><p>quando o tecido pulpar já se encontra necrosado ou</p><p>em estado de degeneração avançado. Dentre as</p><p>terapias pulpares conservadoras estão: capeamento</p><p>pulpar indireto, capeamento pulpar direto e a</p><p>pulpotomia. A terapia pulpar radical compreende o</p><p>tratamento endodôntico, denominado de</p><p>pulpectomia e penetração desinfetante.</p><p>Exodontia vs Terapia pulpar</p><p>Quando há cripta do dente permanente está integra,</p><p>indica se somente terapia pulpar.</p><p>Quando há cripta está lesionada e nos últimos</p><p>estágios de Nolla com o dente decíduo lesionado</p><p>indica-se exodontia do decíduo.</p><p>Ciclo biológico dos dentes decíduos irá indicar tempo</p><p>de vida e o tratamento.</p><p>Antes de iniciarmos o capitulo, é preciso ter</p><p>conhecimento sobre dois termos: risogênese e</p><p>rizólise. Rizólise é o nome dado ao processo de</p><p>reabsorção que as raízes dos dentes decíduos sofrem</p><p>para que dê início à erupção dos dentes permanentes.</p><p>É pela destruição gradativa dos tecidos dentários</p><p>duros e moles enquanto a rizogênese é o processo de</p><p>formação da raiz do dente.</p><p>Atividade metabólica</p><p>Risogênese (fase evolutiva)</p><p>Maior volume pulpar</p><p>Menor número de fibras colágenas e componentes</p><p>celulares</p><p>Raiz completa (fase estacionária dinâmica)</p><p>Rizólise (fase regressiva)</p><p>Menor volume pulpar</p><p>Maior número de fibras colágenas e componentes</p><p>celulares e</p><p>Menor irrigação sanguínea</p><p>Diagnóstico</p><p>O diagnostico é dificultado, pois a criança não</p><p>consegue descrever com tanta facilidade a dor, não</p><p>sabe responder a estímulos térmicos.</p><p>.</p><p> Exame clinico</p><p>No exame clínico, podemos dividi-los em duas partes.</p><p>A primeira seria o exame do dente onde se observaria</p><p>a localização da lesão, a quantidade de remanescente</p><p>dental e a alteração de cor coronária. A segunda parte</p><p>seria examinar os tecidos de</p><p>suporte com objetivo de</p><p>se identificar: abcesso, fístulas e a coloração do tecido</p><p>gengival.</p><p>16</p><p> Anamnese</p><p>História médica (presença de doenças crônicas, uso de</p><p>medicamentos e alergias como ao Iodo</p><p>impossibilitando o uso da pasta de iodoformo)</p><p>Como é a dor?</p><p>Descobrir se é provocada ou espontânea</p><p>Curta ou longa duração</p><p>Intermitente ou continua</p><p>Localizada ou difusa</p><p>Exacerbada ou diminuída com frio</p><p>Exacerbada com o calor</p><p>É importante lembrar que se contraindica a realização</p><p>de testes térmicos de percussão em dentes decíduos</p><p>devido à subjetividade da resposta da criança e da</p><p>possibilidade de se perder o condicionamento</p><p>comportamental.</p><p>Sendo assim, o diagnóstico da saúde pulpar dos</p><p>dentes fica restrito à anamnese, ao exame clínico e ao</p><p>exame radiográfico. Mas, principalmente quando</p><p>temos um estágio de saúde pulpar irreversível, a falta</p><p>de acurácia desses métodos de diagnóstico pode nos</p><p>trazer dúvidas e erros. Ou seja, a necrose pulpar em</p><p>dentes decíduos é detectada após o aparecimento de</p><p>sequelas como fístula, lesão apical e reabsorção</p><p>externa.</p><p> Exame radiográfico</p><p> Definição da extensão da lesão cariosa e sua relação</p><p>com a polpa</p><p> Presença de reabsorções ósseas na área de furca e</p><p>ou periapice Integridade da lâmina dura</p><p> Rompimento de cripta óssea</p><p> Grau de rizólise do decíduo e rizogenese do sucessor</p><p>permanente</p><p>Anatomia dos dentes decíduos</p><p>O dente decíduo possui canal mais amplo e curto,</p><p>portanto usaremos limas mais calibrosas.</p><p>Incisivos</p><p>Os oito incisivos superiores e inferiores decíduos</p><p>possuem canal sempre único e uniforme, com ligeira</p><p>constrição entre a câmara pulpar e o canal radicular,</p><p>principalmente quando o dente é visto no sentido</p><p>mésio-distal. A raiz pode ser cônica, conoide ou</p><p>piramidal-triangular.</p><p>O forame apical geralmente está localizado ao redor</p><p>do ápice anatômico da raiz, sendo que o</p><p>posicionamento desses é alterado no decorrer da</p><p>rizólise.</p><p>Não se observa a presença de canais acessórios e na</p><p>maior parte dos casos os incisivos apresentam uma</p><p>curvatura para a face vestibular no terço final da raiz,</p><p>relacionada com a pressão exercida pelo sucessor</p><p>permanente.</p><p>Cortes transversais das raízes dos incisivos mostram</p><p>que a anatomia do canal radicular varia de oval para</p><p>redonda, podendo chegar a triangular.</p><p>Em relação os incisivos centrais superiores decíduos,</p><p>as raízes possuem um ligeiro achatamento no sentido</p><p>vestíbulo-lingual e o comprimento radicular varia de</p><p>16 a 17 mm antes do início da rizólise.</p><p>Os incisivos laterais superiores, por sua vez, possuem</p><p>a raiz achatada do sentido mésio-distal e</p><p>comprimento radicular variando de 14-16 mm7, 24,</p><p>27.</p><p>Os incisivos centrais inferiores decíduos são os</p><p>menores dos incisivos, com a raiz muito achatada no</p><p>sentido mésio-distal e comprimento variando de 9 a</p><p>11 mm.</p><p>Já os laterais inferiores decíduos possuem raiz</p><p>conoide, pouco achatada no sentido mésio-distal, e</p><p>com terço apical inclinado para a lingual em 100% dos</p><p>casos. O comprimento varia de 10-12 mm</p><p>Caninos</p><p>Os caninos decíduos possuem um canal sempre único,</p><p>podendo apresentar delta apical e ligeira constrição</p><p>cervical. As raízes dos caninos decíduos superiores</p><p>possuem forma cônica ou prismático-triangular, de</p><p>secção ovalar e triangular. Suas faces proximais são</p><p>sulcadas e com o terço apical frequentemente</p><p>desviado para a vestibular, medindo de 12-14 mm, em</p><p>média, antes do início da rizólise.</p><p>17</p><p>Os caninos inferiores diferem apenas por terem raízes</p><p>mais curtas e medindo de 11 a 13 mm7, 24, 27.</p><p>Molares</p><p>Além da menor espessura de esmalte e dentina, deve-</p><p>se considerar também que essa característica irá gerar</p><p>a redução da distância teto-assoalho nos molares</p><p>decíduos. Devemos, então, ter mais cuidado durante a</p><p>cirurgia de acesso para não gerar perfurações no</p><p>assoalho pulpar.</p><p>Os primeiros molares superiores decíduos possuem,</p><p>normalmente, três canais que acompanham o</p><p>contorno geral das raízes, sendo a raiz palatina a mais</p><p>comprida e volumosa e a mésio-vestibular com forma</p><p>triangular e maior do que a distal. Em 45% dos casos,</p><p>pode haver o fusionamento das raízes vestíbulo- -</p><p>distal com a palatina.</p><p>A maioria dos dentes desse grupo mostra a existência</p><p>de três canais independentes, entretanto, pode</p><p>aparecer uma conexão simples de origem comum dos</p><p>dois canais distais e lingual em dois deles e uma</p><p>conexão através de canais intercomunicantes entre os</p><p>outros dois.</p><p>O comprimento dos primeiros molares superiores</p><p>decíduos varia de 8- 10,5 mm.</p><p>Os segundos molares decíduos superiores possuem</p><p>semelhança no número de raízes com o primeiro</p><p>molar superior, entretanto as raízes são mais longas e</p><p>escavadas. A raiz palatina e a disto-vestibular,</p><p>frequentemente, apresentam-se unidas parcial ou</p><p>totalmente. Podem ter três canais independentes ou</p><p>quatro canais, sendo dois na mesial, apresentando</p><p>muitos canais acessórios.</p><p>O comprimento radicular dos segundos molares varia</p><p>de 16,5 – 18,5 mm. Os primeiros molares inferiores</p><p>possuem duas raízes- uma mesial e uma distal-</p><p>geminadas duas a duas e muito divergentes. São</p><p>muito longas e delgadas, fortemente achatadas no</p><p>sentido médio-distal. A raiz mesial é sempre a mais</p><p>desenvolvida e de forma triangular. Normalmente</p><p>possuem 3 canais (1 na distal e 2 na mesial), sendo</p><p>que a raiz mesial, muitas vezes, possui dois canais</p><p>confluentes no ápice e que deixam a câmara pulpar</p><p>através do orifício comum. O canal distal é constrito</p><p>no centro, embora também possam aparecer dois</p><p>canais nessa raiz.</p><p>Tem-se como média de comprimento para as raízes</p><p>dos primeiros molares inferiores decíduos para o</p><p>mésio-vestibular de 15-17 mm, mésio-lingual de 9 a</p><p>15 mm, disto-vestibular de 12 a 15 mm e disto-lingual</p><p>de 10 -15 mm.</p><p>Finalmente, nos segundos molares decíduos</p><p>inferiores, temos a conformação das raízes</p><p>semelhante a dos dentes permanentes, com raízes</p><p>distintas na mesial e distal. Essas são triangulares,</p><p>longas, achatadas no sentido mésio- -distal. Possuem,</p><p>frequentemente, 3 canais (2 na mesial e 1 na distal)</p><p>ou 2 canais (um na mesial bifurcado no terço médio</p><p>da raiz e um na distal), além da presença de inúmeros</p><p>canais formando uma rede de intercanais. Em relação</p><p>ao comprimento radicular, temos: mésio-vestibular de</p><p>15-17 mm, mésio-lingual de 11-16mm, disto-</p><p>vestibular de 13-16 mm e disto-lingual de 12-16 mm.</p><p>Cirurgia de acesso</p><p>Anteriores</p><p>O ponto de eleição se dá na região do cíngulo, situada</p><p>nas faces palatina ou lingual. A direção de trepanação</p><p>deve ser perpendicular às paredes lingual ou palatina</p><p>e a forma de conveniência deve reproduzir a</p><p>anatomia externa do dente, ou seja, triangular para os</p><p>incisivos e losango para os caninos. E, em razão do</p><p>estreitamento abrupto do colo, confere a necessidade</p><p>de uma abertura mais ampla, com as paredes</p><p>circundantes ao preparo mais expulsivas.</p><p>Molares</p><p>O ponto de eleição deve ser na fosseta central e a</p><p>direção de trepanação para a região de maior volume</p><p>pulpar, sendo a palatina nos superiores e a distal nos</p><p>inferiores. A forma de conveniência é dada por pontos</p><p>delimitados pelas entradas dos canais no assoalho</p><p>pulpar, sendo predominantemente triangular nos</p><p>superiores e trapezoidal nos inferiores. O</p><p>estreitamento do colo também acontece nesse grupo</p><p>18</p><p>de dentes promovendo, portanto, uma abertura</p><p>coronária mais ampla.</p><p>Após a realização do acesso endodôntico, uma sonda</p><p>endodôntica de ponta reta deverá ser utilizada para a</p><p>localização dos canais. Feito isso, segue um passo que</p><p>diferencia muito a adequada finalização ao acesso dos</p><p>canais: o preparo da entrada do canal ou a remoção</p><p>das interferências. Ao contrário dos permanentes,</p><p>esse passo não é descrito na técnica endodôntica para</p><p>decíduos. Mas, ao utilizá-lo, nota-se o quanto facilita</p><p>os</p><p>passos técnicos já que a entrada dos canais</p><p>normalmente é mais achatada e, às vezes, pode estar</p><p>obstruída. Dessa forma, sugere-se preparar a entrada</p><p>dos canais com brocas de Gates-Glidden (#1 e 2) ou,</p><p>ainda, pontas ultrassônicas endodônticas</p><p>Determinação do comprimento radicular</p><p>A área de trabalho endodôntica é obtida por meio da</p><p>mensuração do canal radicular do dente decíduo,</p><p>levando-se em conta o limite do bisel da rizólise,</p><p>procedimento esse denominado odontometria.</p><p>A determinação da odontometria em dentes decíduos</p><p>tem sido, basicamente, executada das seguintes</p><p>formas: obtida pela mensuração radicular por meio da</p><p>radiografia de diagnóstico com o auxílio de uma régua</p><p>milimetrada transparente (método mais empregado</p><p>pelos odontopediatras ) ou, ainda, por meio da</p><p>radiografia da confirmação da odontometria, com o</p><p>instrumento introduzido no interior do. Todavia,</p><p>ambas as técnicas têm a desvantagem de ser um</p><p>exame bidimensional tornando-o impreciso na</p><p>determinação da região do bisel da rizólise.</p><p>A segunda técnica ainda resulta na necessidade de</p><p>mais de uma tomada radiográfica para se estimar o</p><p>comprimento de trabalho radicular. Além disso, expõe</p><p>o paciente a radiações ionizantes, aumenta o tempo</p><p>clínico e necessita de uma maior cooperação</p><p>comportamental da criança. O comportamento da</p><p>criança e o tamanho reduzido da cavidade bucal,</p><p>associados à necessidade do isolamento absoluto,</p><p>tornam a tomada radiográfica com uma lima no</p><p>interior do canal uma técnica muito complicada.</p><p>Preparo endodôntico</p><p>A técnica de instrumentação manual em dentes</p><p>decíduos, geralmente, é realizada em sessão única,</p><p>obedecendo aos seguintes passos: anestesia,</p><p>isolamento absoluto, remoção do tecido cariado,</p><p>abertura da câmara pulpar coronária, instrumentação</p><p>com associação de líquido de Dakin e Endo PTC. O</p><p>preparo dos canais é executado com limas</p><p>endodônticas do tipo Kerr (lima inicial mais duas</p><p>subsequentes). O processo de limpeza esgota-se</p><p>quando, após o uso do último instrumento, as</p><p>substâncias químicas apresentam-se sem nenhuma</p><p>curvação</p><p>Obturação</p><p>Antes de proceder à obturação, os condutos são secos</p><p>com cones de papel estéreis. Entretanto, pontas de</p><p>aspiração fina podem ser utilizadas para otimizar esse</p><p>passo técnico.</p><p>Para a obturação pode ser utilizada a Pasta Guedes-</p><p>Pinto, que será feita da seguinte forma:</p><p>1cm de um tubete de anestésico com iodofórmio, 1</p><p>cm de Rifocort e 2 gotas de PMCC.</p><p>19</p><p>A pasta será manipulada em uma placa de vidro tendo</p><p>seus componentes associados até a completa</p><p>homogeneização</p><p>Será introduzida no canal, com o auxílio de uma lima,</p><p>que deve girar no sentido horário e puxar, para que o</p><p>material seja depositado no interior do canal. Para</p><p>dentes anteriores pode-se utilizar a broca Lentulo; em</p><p>caso de extravasamento não há necessidade de se</p><p>preocupar, pois a mesma é reabsorvível.</p><p>Após a colocação da pasta, acrescenta-se uma camada</p><p>de guta-percha com o auxílio de um condensador de</p><p>amálgama de diâmetro compatível com a cavidade e</p><p>preenche-se a câmara pulpar com cimento provisório,</p><p>preparando o dente para receber uma restauração</p><p>definitiva. Por último realiza-se uma radiografia final</p><p>para controle da obturação.</p><p>O caso deve ser monitorado clínica e</p><p>radiograficamente após 1 semana, 15 dias, 1 mês, 3</p><p>meses, 6 meses, 12 meses, 18 e 24 meses. Em relação</p><p>aos materiais de preenchimento endodôntico, seria</p><p>interessante buscar por materiais que viessem com</p><p>seus componentes já associados e em uma seringa</p><p>que facilitasse a introdução no canal. Em relação à</p><p>Pasta Guedes-Pinto, tem se buscado essa alternativa.</p><p>Medicamentos na terapia pulpar de dentes dentes</p><p>decíduos</p><p>Pasta Guedes Pinto feita de iodoformio+ PMCC</p><p>(paramonoclorofenolcanforado)+ Rifocort</p><p>A Pasta Guedes-Pinto ainda é muito utilizada no</p><p>Brasil. Entretanto, um dos componentes da pasta, o</p><p>Rifocort, não se encontra disponível do mercado</p><p>atualmente. Sendo assim, a única solução imediata</p><p>para se continuar usando a pasta, seria manipular o</p><p>Rifocort em farmácias de manipulação. Orienta-se que</p><p>para cada 1 grama da pomada Carbowax, tenha 5 mg</p><p>de acetato de prednisolona, 1,5 mg de rifamicina SV</p><p>sódica.</p><p>Essa pasta tem excelente compatibilidade e promove</p><p>formação óssea</p><p>Pulpotomia</p><p>Amputação cirúrgica da polpa coronária seguida do</p><p>uso de fármacos com o objetivo de manter</p><p>remanescente pulpar radicular vital de tal forma a</p><p>permitir que o ciclo biológico do dente decíduo se</p><p>processe normalmente</p><p>Indicações:</p><p>Exposição pulpar grande por cárie e/ou mecânico</p><p>acidental (casos muito pontuais)</p><p>Dente com vitalidade pulpar</p><p>Dente com menos de 2/3 de rizólise</p><p>Dente que possibilite a restaurações</p><p>Passo a passo laboratorial- terapia pulpar</p><p>Demonstração feita com inicial a partir do vídeo de</p><p>apoio dos alunos da pós graduação da UNICSUL</p><p>Usaremos um incisivo central superior com forma de</p><p>conveniência em forma de triangular com base na</p><p>incisal</p><p>Odontometria em dentes decíduos- após radiografia</p><p>inicial medir CAD e tirar 2mm aquém do ápice</p><p>encontrando assim o CRT.</p><p>20</p><p>Cirurgia de acesso- ponta esférica diamantada</p><p>compatível com o tamanho do dente.</p><p>Forma de contorno e conveniência com broca Endo Z</p><p>Localizar canal com sonda exploradora e limpar a</p><p>câmera pulpar com cureta de dentina para posterior</p><p>inicio do preparo químico mecânico (PQC) com limas K</p><p>de 21mm amarradas com fio dental.</p><p>Usar primeira lima que se ajustar ao canal mais duas</p><p>limas. Ex: lima 45 se ajustou o canal+ lima 50e 55</p><p>Irrigar com hipoclorito de sódio juntamente com endo</p><p>PTC com movimentos de rotação, raspagem e rotação</p><p>Obs: lembrando que a cada troca de lima deve se</p><p>irrigar e aspirar com hipoclorito e Endo PTC</p><p>Após o PQC fazer aspiração e secagem com cones de</p><p>papel até o ultimo cone não obter umidade</p><p>Manipulação da pasta Guedes Pinto</p><p>Inserção da pasta no conduto com auxilio de uma lima</p><p>intermediária até CRT e remoção da mesma no</p><p>sentido anti-horário</p><p>Condensação com pó de iodofórmio e confeccçaõ de</p><p>tampão com bastão de guta percha para vedamento.</p><p>21</p><p>Cariologia</p><p>A cárie dentária é uma doença complexa causada pelo</p><p>desequilíbrio no balanço entre o mineral do dente e o</p><p>fluido do biofilme. A produção de ácido por meio da</p><p>metabolização de nutrientes pelas bactérias do</p><p>biofilme e consequente baixa do pH é o fator</p><p>responsável pela desmineralização do tecido dentário</p><p>que pode resultar na formação da lesão de cárie. É</p><p>importante ressaltar, no entanto, que o processo de</p><p>desmineralização que ocorre na superfície dentária na</p><p>presença de carboidratos fermentáveis é um processo</p><p>fisiológico. A atividade metabólica das bactérias do</p><p>biofilme decorrente da disponibilidade de nutrientes</p><p>causa constante flutuação do pH, e, como</p><p>consequência, a superfície dentária coberta por</p><p>biofilme vai experimentar perda mineral e ganho</p><p>mineral.</p><p>Frente a um aumento no consumo de carboidratos</p><p>fermentáveis (especialmente aumento na frequência),</p><p>a produção de ácidos se intensifica, e os eventos de</p><p>desmineralização não são compensados pelos de</p><p>remineralização. Dessa forma, a lesão de cárie se</p><p>forma somente quando o resultado cumulativo de</p><p>processos de des-remineralização acarreta perda</p><p>mineral.</p><p>Fatores determinantes e modificadores do processo</p><p>de doença cárie</p><p>Fatores que atuam no nível da superfície dentária</p><p>estão apresentados no círculo verde. O círculo</p><p>amarelo compreende os fatores que atuam no nível</p><p>do indivíduo/população</p><p>22</p><p>Em um primeiro momento do tratamento do paciente</p><p>cárie ativo a fase de adequação do meio bucal exerce</p><p>uma interferência momentânea na doença. O</p><p>selamento dos sítios de retenção bacteriana associado</p><p>à eliminação de restos radiculares e focos</p><p>endodônticos</p><p>promove um declínio imediato na</p><p>microbiana cariogenica da cavidade bucal viabilizando</p><p>o autocontrole de placa bacteriana pelo paciente.</p><p>Entretanto esse efeito é passageiro notando se um</p><p>retorno gradual aos níveis de infecção presentes antes</p><p>do tratamento no decorrer de alguns dias, caso não</p><p>tenha sido fala atenção aos fatores etiológicos da</p><p>doença. Alguns critérios importantes vão guiar o</p><p>profissional na decisão de restaurar independente do</p><p>tipo de lesão (seja uma face proximal, lisa livre ou</p><p>oclusal) Deve se avaliar presença de dor, sensibilidade</p><p>ou limitação do controle de biofilme.</p><p>A dificuldade de controle de placa vai interferir na</p><p>capacidade de inativação da lesão podendo em um</p><p>primeiro momento não ser um fator que indique a</p><p>restauração da lesão cavitada.</p><p>Severidade da lesão</p><p>Os primeiros sinais clínicos de uma lesão são mudança</p><p>de cor, brilho e textura da superfície. Tais alterações</p><p>ocorrem devido ao aumento da porosidade da</p><p>superfície e subsequentemente diminuição da</p><p>recepção da luz na área desmineralizada, essas são</p><p>características de lesões não cavitadas observadas</p><p>após a secagem.</p><p>Quando o processo de desmineralização se torna</p><p>frequente, pode haver formação de cavidade.</p><p>Nesses casos o tratamento operatório (escavação da</p><p>cavidade e restauração com material obturador) pode</p><p>ser aplicado.</p><p>O termo severidade da lesão formalmente envolve</p><p>elementos tanto de extensão na direção pulpar, em</p><p>outras palavras, profundidade da lesão, aspecto esse</p><p>visto somente por características visuais ou táteis da</p><p>superfície.</p><p>A estratégia de tratamento depende mais da</p><p>atividade da atividade da lesão de cárie do que da</p><p>severidade.</p><p>As lesões ativas cavitadas em esmalte e dentina</p><p>podem ser controladas também por meios não</p><p>operatória visto que procedimentos mais invasivos</p><p>são pouco tolerados por crianças pequenas.</p><p>O monitoramento com profilaxia e fluorterapia pode</p><p>paralisar ou retardar a progressão de cárie. A dentina</p><p>reage ao estímulo do biofilme através de esclerose</p><p>tubular e dentina reacional. O fluoreto é capaz de</p><p>reduzir a solubilidade da dentina e ajudar a formar</p><p>uma camada superficial mais espessa de lesão</p><p>dentinária. Lesões ativas necessitam de cuidados</p><p>ativos enquanto lesões inativas precisam de</p><p>monitoramento sem cuidados adicionais.</p><p>23</p><p>Anestesiologia em odontopediatria</p><p>Os anestésicos locais agem por bloqueio temporário</p><p>da condução do impulso nervoso através de um</p><p>mecanismo que estabiliza a membrana da fibra</p><p>nervosa, impedindo a despolarização e consequente</p><p>propagação do impulso nervoso.</p><p>Os anestésicos locais podem ser classificados de</p><p>acordo com a sua estrutura química, em dois grupos:</p><p>ésteres e amidas. Os anestésicos do grupo dos ésteres</p><p>apresentam a desvantagem de formar soluções</p><p>menos estáveis, portanto usaremos apenas amidas</p><p>como base em odontopediatria, pois o Ester possui</p><p>maior potencial alergênico além da amida possuir</p><p>maior efeito de ação.</p><p>Os anestésicos do grupo amida apresentam maior</p><p>estabilidade.</p><p>A esterilização e reações de hipersensibilidade menos</p><p>frequentes do que do tipo éster; sendo representados</p><p>por: lidocaína, prilocaina e mepivacaina.</p><p>A lidocaína apresenta capacidade de penetração e</p><p>efetividade clinica semelhantes aos demais; a</p><p>prilocaina é reabsorvida mais lentamente que a</p><p>lidocaína, é menos dependente de vasoconstritores e</p><p>é rapidamente metabolizada pelo fígado e</p><p>A mepivacaina, muito utilizada em odontopediatria,</p><p>semelhante a prilocaina no que diz respeito à</p><p>reabsorção, não necessitando tanto da adição de</p><p>vasoconstritores.</p><p>Vasoconstritor</p><p> Absorção mais lenta</p><p> Aumentar contração local dos anestésicos</p><p> Prolongar o efeito do anestésico</p><p>O aspecto psicológico é um problema, cuidados como</p><p>não deixar a criança ver a carpule com agulha. Usar</p><p>pequenas analogias como ‘‘colocar um remedinho no</p><p>dente’’ ‘‘colocar o dente para dormir’’ evitando usar a</p><p>palavra dor.</p><p>Técnica</p><p>Estabilidade da cabeça: o auxiliar deve segurar a</p><p>cabeça da criança apoiando os polegares na região</p><p>periocular e os outros dedos na testa enquanto o CD</p><p>elege um ponto de apoio com uma mão e usa a outra</p><p>para injetar o sal anestésico. Pode se lançar mão de</p><p>abridores de boca também, sempre amarrados a um</p><p>fio dental devidos o risco de aspiração</p><p>Considerações</p><p> Local de menor desconforto</p><p> Anestésico tópico antes</p><p> Penetração gradativa da agulha</p><p> Bisel voltado para osso</p><p> Aquecimento do tubete</p><p> Pequeno depósito inicial</p><p>24</p><p>Anestésico tópico</p><p>Diminuição ou supressão da doença no momento da</p><p>punção</p><p>Contra indicação: áreas inflamadas e ulceras</p><p>Protocolo: Secagem, manutenção do sugador e</p><p>aplicação por 3 min</p><p>Anestesia infiltrativa</p><p>Técnica indicada para dentes superiores, onde o</p><p>trabeculado ósseo poroso facilita a penetração e ação</p><p>da solução anestésica infiltrada. Sempre usar</p><p>anestesia tópica antes.</p><p>Indicada para procedimentos restauradores, terapias</p><p>pulpares e mesmo cirurgias menores, como</p><p>exodontias de dentes decíduos superiores e,</p><p>previamente às anestesias transpapilares para</p><p>colocação do grampo no isolamento absoluto.</p><p>Anestesia intrapapilar</p><p>Essa técnica anestésica não deve ser realizada sem</p><p>anestesia infiltrativa ou supraperiósteal previamente,</p><p>sob o risco do paciente sentir dor e haver descontrole</p><p>do comportamento durante o atendimento.</p><p>A papilar é uma complementação da infiltrativa ou</p><p>troncular feita com agulha curta ou extra curta de</p><p>aplicação lenta de vestibular para lingual até a</p><p>obtenção de isquemia pela palatina.</p><p>Indicada em procedimentos restauradores menos</p><p>invasivos, colocação de grampos no isolamento e</p><p>exodontias de dentes decíduos com grau de</p><p>rizólise avançado.</p><p>Bloqueio regional</p><p>Dessensibilização toda a área de inervação,</p><p>pterigomandibular- lingual até 6 anos abaixo do plano</p><p>oclusal, lingual sobe e recua com a idade</p><p>Técnica pterigomandibular</p><p>A anestesia regional pterigomandibular é utilizada</p><p>para tratamentos em molares decíduos, molares</p><p>permanentes e pré-molares mandibulares.</p><p>Considerações anatômicas: ausência de linha oblíqua</p><p>interna</p><p>Técnica direta: agulha é introduzida numa única</p><p>direção até as proximidades do nervo dentário</p><p>inferior na região da língula da mandíbula, devendo</p><p>ser determinada a área da punção abaixo do plano</p><p>oclusal dos molares, quando a criança ainda não tem</p><p>o molar permanente na boca.</p><p>Carpule posicionada entre C e M decíduos do lado o</p><p>oposto inclinado pra baixo para tanger nervo alveolar</p><p>inferior e lingual e ;às vezes complementar com</p><p>bucal.</p><p>Técnica indireta</p><p>Puncionar 3mm e injetar ¼ de anestésico</p><p>Aprofundar mais 3mm para alcançar nervo alveolar</p><p>inferior e injetar ¼.</p><p>Recuar e direcionar entre C e M contralateral</p><p>Introduz até chegar em osso e recuar 1mm</p><p>Injetar o restante</p><p>25</p><p>Acidentes e complicações:</p><p> Úlcera traumática por morder o lábio</p><p> Hematomas</p><p> Fratura da agulhas</p><p> Superdosagem</p><p> Dor</p><p> Trismo</p><p>Cálculo da dose</p><p>Anestésico</p><p>local</p><p>Quant. por</p><p>tubete</p><p>Dose max</p><p>(por kg peso</p><p>corporal)</p><p>N° de</p><p>tubete (1,8</p><p>ml)</p><p>(criança c/</p><p>20kg</p><p>Lido 2% 36 mg 4,4 mg 2,4</p><p>Mepi 2% 36mg 4,4 mg 2,4</p><p>Mepi 3% 54 mg 4,4 mg 1,6</p><p>Prilo 3% 54 mg 6 mg 2,2</p><p>Arti 4% 72 mg 5 mg 1,3</p><p>Bupi 0,5%</p><p>Contra</p><p>indicado</p><p>Calculo da dose:</p><p>Quando não sabemos o peso da criança:</p><p>Peso= idade da criança (anos)x 2+9</p><p>26</p><p>Cirurgia em odontopediatria</p><p>Os princípios cirúrgicos específicos em</p><p>odontopediatria são semelhantes aos de cirurgia</p><p>adulta: necessidade e oportunidade mais dois</p><p>princípios específicos nessa especialidade: Fase de</p><p>crescimento e Fase de desenvolvimento.</p><p>Exodontias são indicadas nos casos de destruição</p><p>coronária extensas, lesões de cárie em furca,</p><p>rompimento de cripta óssea do germe do dente</p><p>sucessor e aoveolise.</p><p> Indicações:</p><p>raízes residuais, fraturas radiculares e</p><p>retenção prolongada.</p><p> Contraindicação tumores malignos, áreas</p><p>irradiados, infecções sistêmicas.</p><p>Forceps</p><p>101 Decíduos</p><p>150 Molares decíduos</p><p>superiores</p><p>151 Molares decíduos</p><p>inferiores</p><p>65 Raiz residual superior</p><p>68 Raiz residual inferior</p><p>69 Raiz residual inferior</p><p>Passo a passo- cirurgia odontopediatrica</p><p> Anestesia</p><p> Sindesmotomia hollemback 3s, pois é menor que</p><p>um sindesmotomo normal</p><p> Luxação- em dentes anteriores, pode se fazer</p><p>movimentos pendular, lateralidade e rotação,</p><p>enquanto em posteriores somente de vestibular</p><p>para lingual depois de fazer odontosseccção nas</p><p>duas raízes. 1111</p><p>Dentes natais ou neonatais- criança que nasce com</p><p>dentes</p><p> Localização</p><p> Raio-x série decíduo ou supranumerário</p><p> Sem rizogênese completa</p><p> Técnica: anestesia, exodontia e curetagem.</p><p>Anquilose</p><p>União do cemento ao osso podendo ser leve 1 a 2mm,</p><p>moderada metade da coroa e severa coroa</p><p>parcialmente coberta. Clinicamente observa- se o</p><p>dente anquilosado os demais</p><p>Faz-se com odontosseccção</p><p>Cirurgia de tecidos moles</p><p>Ulotomia- consiste apenas na abertura da mucosa</p><p>através de uma incisão, sem remoção de tecido</p><p>gengival.</p><p>27</p><p>Ulectomia- exérese do tecido /remoção cirúrgica da</p><p>mucosa gengival que recobre dentes não irrompidos</p><p>Indicações: atrasos na erupção, fibrose gengival e</p><p>cisto.</p><p>Técnica ulectomia: anestesia, transfixação, furar com</p><p>a sonda para ver pontos sangrantes, em seguida fazer</p><p>remoção com lâmina 15.</p><p>Mucocele: pinçar e fazer remoção</p><p>Suturar ou não?</p><p>Só suturamos quando houver muita raiz, quando tiver</p><p>mais de 2/3 precisa suturar.</p><p>28</p><p>Defeitos de desenvolvimento do esmalte (DDE)</p><p>Revisão histológica</p><p>Defeitos de esmalte são características que diferem</p><p>do esmalte normal. Um esmalte sadio é translucido e</p><p>possui uma lisura superficial, além de</p><p>histologicamente mineralizado contendo 95% de</p><p>mineralização e alto nível de organização.</p><p>Quando observamos clinicamente ausência dessas</p><p>características podemos desconfiar de um defeito no</p><p>esmalte, não necessariamente de desenvolvimento.</p><p>O esmalte é constituído majoritariamente por cristais</p><p>de hidroxiapatita que se organizam em forma de</p><p>prismas:</p><p>A formação do esmalte é feita pelos ameloblastos</p><p>(são chamadas de quirógrafo biológicos) que secretam</p><p>o esmalte até sua total mineralização. Quando</p><p>analisamos um esmalte com DDE podemos não</p><p>encontrar prismas de esmaltes organizados e cristais</p><p>justapostos resultando na redução de refração de luz</p><p>que nos faz ver clinicamente um esmalte opaco.</p><p>Transluminação</p><p>Uma ferramenta complementar para confirmar se</p><p>houve perda de refração de luz do esmalte ou não e</p><p>usar uma fonte luminosa para transluminar a região.</p><p>Usando essa ferramenta podemos enxergar onde o</p><p>esmalte passa ou não.</p><p>Espessura</p><p>O esmalte saudável possui também uma espessura</p><p>padrão encontrada nos dentes sendo mais fino na</p><p>região cervical e mais grosso nas bordas incisais fica</p><p>um pouco mais grosso consequentemente podemos</p><p>enxergar a região cervical com maior saturação</p><p>devido a menor espessura do esmalte, enquanto a</p><p>região incisal possui maior saturação.</p><p>Um esmalte com defeitos apresenta variedades nessa</p><p>espessura em diferentes pontos do dente.</p><p>29</p><p>Nem sempre perda na opacidade e espessura</p><p>diferentes são indicativos de defeitos de esmalte pré</p><p>eruptivos que é o tema dessas aulas, fatores pós</p><p>eruptivos podem ocasionar essas mesmas</p><p>características, o que torna o diagnóstico mais</p><p>complicado.</p><p>A dificuldade no diagnostico de DDE está</p><p>principalmente em lesões incipientes, manchas</p><p>brancas e exposição de dentina que geralmente são</p><p>associadas a lesões cariosas porém com o</p><p>conhecimento certo saberemos diferencia-las de uma</p><p>DDE.</p><p>Essa lesão sempre esteve aqui?- podemos saber se é</p><p>uma lesão de nascença (DDE) ou apareceu depois.</p><p>Acompanha o biofilme?- a presença de biofilme</p><p>aumenta a probabilidade de cárie.</p><p>Os DDE ocorrem durante uma etapa de</p><p>desenvolvimento chamada Amelogênese, etapa essa</p><p>responsável pela formação.</p><p>Fases da amelogenese:</p><p>1. Pré-secreção: morfogenética e diferenciação</p><p>dos ameloblastos</p><p>2. Secreção: secreção da matriz orgânica em</p><p>quase toda espessura e mineralização inicial</p><p>3. Maturação- aumento dos cristais e perda de</p><p>proteínas e agua.</p><p>Resumindo em algumas palavras, na fase inicial</p><p>chamada de pré-secreção as células que até então</p><p>não tinham diferenciação passam a diferenciar-se em</p><p>ameloblastos.</p><p>Após a sua diferenciação os ameloblastos passam a</p><p>secretar matriz orgânica dando inicio a formação da</p><p>espessura e mineralização do esmalte (ou seja, em</p><p>DDE’s que acometem a espessura do esmalte</p><p>sabemos que a etapa da amelogênese que deu errado</p><p>foi essa).</p><p>Na etapa final chamada de Maturação ocorre a</p><p>substituição da matéria orgânica por prismas de</p><p>esmalte.</p><p>Em cada DDE ocorreu um falha em pelo menos uma</p><p>etapa da amelogênese.</p><p>Podem ser classificados em:</p><p>Hipoplasias- defeito quantitativo, ou seja, defeito na</p><p>quatidade de esmalte produzido. Na hipoplasia</p><p>podemos observar perda na espessura.</p><p>Hipomineralização- defeito qualitativo, ou seja,</p><p>defeito na qualidade do esmalte produzido. Em</p><p>hipomineralização podemos observar uma perda de</p><p>translucidez/mancha branca.</p><p>As DDE’s podem se originar</p><p> Fatores hereditários (amelogense imperfeita)</p><p> Sistêmicos adquiridos (diminuição de cálcio</p><p>no sangue, hipóxia, deficiência de vitaminas)</p><p> Locais (traumas, radiação)</p><p> Pré Natal; Perinatal ou Pós Natal</p><p> Fatores ambientais (medicamentos/super</p><p>exposição a fluoretos causando fluorose)</p><p>Geralmente a extensão das lesões também pode</p><p>explicar sua etiologia:</p><p> Localizada: trauma, infecções do antecessor,</p><p>radiação.</p><p> Generalizada: fatores sistêmicos ou ambientais</p><p>Defeitos durante:</p><p>-A fase de secreção: etapa responsável pela formação</p><p>de matriz orgânica que definirá quantidade do</p><p>esmalte, logo um defeito nessa fase implica em</p><p>defeitos quantitativos/hipoplasias.</p><p>-a fase de maturação: etapa responsável pela</p><p>deposição de cristais e reabsorção de proteínas e</p><p>agua, logo um defeito nessa etapa implicará em</p><p>defeitos qualitativos/hipomineralização.</p><p>30</p><p>DDE’s</p><p> Amelogênese imperfeita</p><p>Defeito heterogêneo (que pode ser diferente de</p><p>paciente pra paciente) que caracteriza como DDE</p><p>hereditário).</p><p>Variações genéticas que acometem proteínas que tem</p><p>função importante durante a formação de dentições</p><p>decíduas e permanente. Mordida aberta anterior</p><p>esquelética, perda de dimensão vertical e dentes não</p><p>irrompidos.</p><p>O esmalte formado é deficiente ou tem qualidade</p><p>anormal e a estrutura da dentina e normal.</p><p> Hipoplasia</p><p>Defeito quantitativo, pois não houve formação de</p><p>esmalte suficiente na fase de secreção. Afeta espessura</p><p>e lisura do esmalte.</p><p>Durante a anamnese podemos analisar fatores locais</p><p>Tratamento restaurador a depender da extensão em</p><p>pequenas lesões coloca-se apenas uma restauração e</p><p>em lesões extensas pode se avaliar uso de coroas</p><p>metálicas posteriores.</p><p> Hipomineralização</p><p>Defeito qualitativo durante a fase de maturação</p><p>a qual a espessura do esmalte é normal, mas apresenta</p><p>opacidade.</p><p> Fluorose</p><p>Também é uma hipomineralização causada pela</p><p>ingestão de fluoretos durante a formação de esmalte.</p><p>Caracteriza-se por ter lesões em forma de estrias que</p><p>aparecem bilateralmente. A cor pode variar de acordo</p><p>com a severidade (quanto mais escuro mais grave)</p><p> Hipomineralização molar incicivo (HMI)-</p><p>permanentes</p><p>Define uma situação em que ocorre hipomineralização</p><p>de um ou mais primeiros molares e incisivos</p><p>PERMANENTES durante a formação do esmalte do</p><p>germe dentário e tem origem sistêmica.</p><p>Obrigatoriamente pelo menos um molar e nem sempre</p><p>os incisivos são acometidos.</p><p>Isso é clinicamente observado e pode</p><p>ser uma</p><p>condição problemática para os pacientes, dependendo</p><p>do grau de severidade.</p><p>31</p><p>A HMI difere da hipolplasia porque é um defeito</p><p>qualitativo do esmalte que é visualizado clinicamente</p><p>como uma opacidade demarcada com limites claros e</p><p>definidos.</p><p>A gravidade das lesões pode ser caracterizada a partir</p><p>da opacidade demarcada para perda estrutural que</p><p>resulta em restaurações inlay ou onlay ou mesmo</p><p>destruição da coroa que pode resultar na extrações</p><p>dentária.</p><p>A manifestação da HMI é notada clinicamente pelas</p><p>manchas de coloração incomum, que variam de branco</p><p>opacos ao amarelo acastanhado, há variação da</p><p>anatomia, além da textura porosa, como se o dente</p><p>estivesse “esfarelando”, podendo sofrer fraturas logo</p><p>após a irrupção. Quanto mais escura for a mancha,</p><p>maior a alteração na qualidade da mineralização. Além</p><p>disso, em alguns casos os pacientes se queixam de</p><p>muita sensibilidade na região. Devido a grande</p><p>porosidade no esmalte, exposição de túbulos</p><p>dentinários, penetração de bactérias e fluidos orais e</p><p>inflamação pulpar</p><p>O tratamento deve começar pela redução da</p><p>sensibilidade com aplicação de vernizes fluoretados,</p><p>além do uso de materiais ionomericos, uso de coroas</p><p>totais e técnica de hall nos segundos molares decíduos</p><p>Técnica de Hall:</p><p>Coroa de aço sem preparo prévio. Indicada quando há</p><p>HMI no segundo molar decíduo.</p><p>‘‘A hipomineralização é um defeito do esmalte dentário</p><p>que pode afetar dentes permanentes e dentes de leite.</p><p>HMI é a sigla para hipomineralização de molar e</p><p>incisivo, que ocorre nos dentes permanentes, e como o</p><p>nome diz, afetam os primeiros molares e em alguns</p><p>casos, os incisivos. Já a HMD, é a hipomineralização de</p><p>molares decíduos, conhecidos como dente de leite, e às</p><p>vezes, acometem também a ponta do canino de leite.’’</p><p>Veremos a seguir HMD</p><p> Hipomineralização segundo molar decíduo</p><p>(HSMD)</p><p>Defeito qualitativo no esmalte se apresentando em</p><p>forma de mancha (opacidade) bem delimitada. As</p><p>opacidade podem acometer de 1 até 4 segundos</p><p>molares DECÍDUOS e variar de coloração creme,</p><p>creme/amarelo e amarela/marrom.</p><p>Nessas áreas principalmente nas de coloração</p><p>amarela e marrom o esmalte é mais poroso, podendo</p><p>ocorrer fraturas com os esforços mastigatórios e</p><p>assim levar ao maior acúmulo de placa bacteriana e</p><p>lesões de cárie com progressão mais rápida. Pacientes</p><p>que têm HSMD possuem maior chance de ter HMI</p><p>também.</p><p>32</p><p>Dentição decídua</p><p>Biogênese das dentições</p><p>Tem inicio com a formação das estruturas faciais na</p><p>fase pré-natal passando pela fase pós-natal inicial,</p><p>quando se estabelece a dentição decídua, seguida por</p><p>uma fase de transição.</p><p>Fase pré-natal: embriogênese e odontogênese</p><p> Sexta semana de VIU: formações da lamina</p><p>dentaria</p><p> Quarto mês de VIU: calcificação de dentes</p><p>decíduos</p><p> Sexto mês de VIU: todos os decíduos já iniciaram</p><p>a calcificação</p><p> Ao nascimento: calcificação dos primeiros</p><p>molares permanentes</p><p>Fases de desenvolvimento do germe dentário</p><p> Lâmina</p><p>A fase de lâmina dental é a primeira no processo de</p><p>formação dos dentes. Nessa fase, o tecido bucal</p><p>começa a se preparar para a formação dos dentes. A</p><p>lâmina dental é a primeira constatação da formação</p><p>de um dente.</p><p>Ela se separa em duas lâminas vestibular, que dará</p><p>origem ao fundo de sulco vestibular e a lâmina</p><p>dentária, que dará origem ao elemento dentário</p><p> Broto</p><p>Essa etapa é desenvolvida a partir da concentração</p><p>de várias células prontas para o desenvolvimento dos</p><p>elementos dentários.</p><p> Capuz</p><p>A fase de capuz é responsável pela formação de</p><p>elementos importantes. É nessa fase que acontece a</p><p>formação da papila dentária, do folículo dental e do</p><p>órgão do esmalte-conjunto que se dá o nome de</p><p>germe dental.</p><p> Campanula</p><p>Na fase de campânula acontece a separação do germe</p><p>dental. As células formam a bainha radicular de</p><p>Hertwig, que participa na formação da raiz do dente.</p><p>Erros na fase de capuz geram defeitos quantitativos</p><p>enquanto erros na campanula geram defeitos</p><p>qualitativos.</p><p>Fases de erupção (não serão cobradas)</p><p>Erupção</p><p>Marco somente das etapas de todo o fenômeno que</p><p>tem inicio nos primórdios da odontogênese e</p><p>acompanha por toda a vida do órgão dentário.</p><p> Pré-eruptivas</p><p>Fase a qual o germe está se diferenciando que inicia</p><p>se com a formação dos germes e termina com a</p><p>formação da coroa.</p><p>Movimentos de corpo (oclusal e vestibular) e</p><p>excêntrico (mudança de centro)</p><p>Desenvolvimento máximo do órgão do esmalte-</p><p>tecidos mineralizados</p><p> Fase eruptiva</p><p>Inicia se quando a cooa está formada e termina</p><p>quando o dente chega ao plano de oclusão (fase intra</p><p>e extra óssea)</p><p>Formação das raízes, do ligamento periodontal e da</p><p>junção dentogengival.</p><p>Proliferação da bainha radicular epitelial de Hertwing</p><p>Alterações no folículo- desenvolvimento de estruturas</p><p>de suporte.</p><p> Fase pós-eruptiva</p><p>Inicia-se quando o dente entra em oclusão e termina</p><p>com a perda do dente ou sua remoção (fase extra-</p><p>óssea)</p><p>Durante a fase pós-eruptiva</p><p>Deve se manter a posição do dente irrompido,</p><p>enquanto o maxilar continua a crescer.</p><p>33</p><p>Compensar os desgastes oclusais e proximal</p><p>Desgastes nos pontos de contato compensados com</p><p>inclinação mesial ou proximal.</p><p>Teorias sobre o mecanismo de erupção (curiosidade)</p><p>Hoje se considera que o conjunto de vários fatores é</p><p>que faz com que o dente tenha essa capacidade</p><p>inerente de irromper na cavidade bucal, sendo esses</p><p>fatores subordinados ao código genético do individuo.</p><p>Cronologia e sequencia de erupção</p><p>Sequencia: ordem na qual os dentes irrompem na</p><p>cavidade bucal sendo que as maloclusões estão mais</p><p>associadas as alterações da ordem do que as</p><p>variações na cronologia eruptiva</p><p>Cronologia: corresponde a época que o dente irrompe</p><p>na cavidade bucal: a idade dentaria representa</p><p>elemento útil na avaliação da idade fisiológica.</p><p>Respectivamente:</p><p>1. Incisivos centrais inferiores</p><p>2. Incisivos centrais superiores</p><p>3. Incisivos laterais superiores</p><p>4. Incisivos laterais inferiores</p><p>5. Primeiros molares superiores</p><p>6. Primeiros molares inferiores</p><p>7. Caninos superiores</p><p>8. Segundos molares inferiores</p><p>9. Segundos molares superiores</p><p>Aspectos de normalidade</p><p>Dentes natais(quando a criança já nasce com dente)</p><p>ou neonatais (nasce com até seis meses)</p><p> Quase sempre da série normal</p><p> Causa obscura: ligada a um padrão familiar ou</p><p>síndrome</p><p> Cônicas ou com tamanhos e formas normais</p><p> Avaliar se tem mobilidade, pois se houver há</p><p>necessidade de exodontia, caso contrario fazer</p><p>polimento apenas.</p><p>Fatores Locais</p><p>Cistos e hematomas de erupção</p><p>Ao nascimento, a maxila e a mandíbula são pequenas</p><p>em comparação as outras estruturas da cabeça e a</p><p>mandíbula apresenta-se numa relação distal em</p><p>relação à maxila.</p><p> Sucking pad (calo de amamentação)</p><p> Musculatura labial com contorno triangular</p><p> Ao nascimento rodete gengival</p><p> Região anterior separada e posterior em contato</p><p> Língua entre os rodetes gengivas até os seis</p><p>meses ou nascimento dos primeiros incisivos</p><p>inferiores</p><p> Mandíbula: rodete em forma de U e sulcos</p><p>laterais na distal do canino</p><p> Maxila rodete gengival com forma arredondada</p><p>pouca profundidade no palato e é rica em</p><p>acidentes anatômicos</p><p>34</p><p>Apectos de normalidade relacionados a oclusão:</p><p> Primeira relação oclusal: toque dos incisivos</p><p>superiores e inferiores</p><p> A presença de dentes limita o movimento da</p><p>língua e mandíbula gerando um processo de</p><p>remodelação da ATM.</p><p> Com a irrupção dos caninos estabelece-se a guia</p><p>de oclusão (guia canina), importante referencial</p><p>para a relação maxila-mandíbula.</p><p> Erupção dos segundos molares- estabilização das</p><p>dimensões sagitais e transversais dos arcos</p><p>funcionando como agente de proteção contra o</p><p>desvio da mandíbula.</p><p>Existem três variações plano terminal distal de</p><p>molares decíduos, ou seja, relação entre molares</p><p>inferiores e superiores.</p><p> Plano terminal reto 76% das crianças- oclusão mais</p><p>favorável.</p><p> Degrau distal 10% das crianças- exige</p><p>acompanhamento, pois pode se tornar uma</p><p>criança classe II</p><p> Degrau mesial 14 %- pode apresentar oclusão</p><p>favorável ou ser classe III</p><p>A oclusão favorável seria classe I ou III, sendo a II</p><p>totalmente desfavorável</p><p> A dentição está formada quando houve erupção</p><p>dos quatro segundos molares (mais ou menos 24</p><p>a 30 meses).</p><p> Espaços primatas</p><p>São espaços entre canino e lateral na maxila e canino</p><p>e primeiro molar inferior na mandíbula que permitem</p><p>a troca facilitada dos decíduos pelos permanentes</p><p>35</p><p>Classificação de espaços primatas: denominada arco</p><p>de Baume</p><p>Arco de Baume tipo I: diastemas favoráveis para</p><p>erupção correta</p><p>Arco de Baume tipo II: ausência de diastemas</p><p>favorecendo o apinhamento</p><p>Arco misto: com diastemas entre os dentes superiores</p><p>e sem entre os inferiores e vice e versa.</p><p>Características de um arco ideal:</p><p> Arco dentário de forma semicircular</p><p> Leve sobremordida e sobressaliência</p><p> Espaços primatas</p><p> Arco tipo I de Baume</p><p> Inclinação quase vertical dos dentes anteriores</p><p> Relação canina classe I</p><p> Plano oclusal reto (sem curva de Spee)</p><p> ATM próxima ao plano oclusal (dentes</p><p>inferiores)</p><p> Ausência de curva de Wilson</p><p>Manifestações sistêmicas</p><p>São normais apenas irritabilidade, aumento da</p><p>salivação e no máximo estado febril (até 37,5° no</p><p>máximo), perda de apetite, inflamação gengival e</p><p>erupções cutâneas periorais.</p><p>Diarreia- mãos e objetos levados a boca, adaptação de</p><p>alimentação</p><p>Estado febril- mecanismo de irrupção, mudança na</p><p>temperatura corpórea. Proteínas da matriz de</p><p>esmalte- reação de hipersensibilidade</p><p>36</p><p>Traumatismo dentário</p><p>Causado pela própria altura/ colisão podendo</p><p>acontecer em casa principalmente com os centrais</p><p>superiores. Trata se de um trauma do tipo luxação</p><p>quando se tratam de dentes decíduos e fratura</p><p>coronária quando acontece na dentição permanente.</p><p>Fator que predispõe selamento labial inadequado,</p><p>classe II: obesidade</p><p>Tipo de injúria traumática</p><p>Dentição decidua: luxaçoes ou deslocamentos</p><p>Indiciados superiores: crianças episódios repetidos de</p><p>traumas (mesmo dente mais de uma injúria)</p><p>Na dentição permanente temos fraturas coronárias</p><p>devido à porosidade do osso</p><p>Orientação para os pais:</p><p> Manter a calma</p><p> Limpar ferimentos sangrantes</p><p> Paralisar hemorragia com pressão por 5min</p><p> Lesos em pele devem ser tratadas por um médico</p><p>e dentárias por um dentista</p><p>Na anamnese devemos perguntar como foi, qual a</p><p>intensidade, localização do impacto, qual objeto</p><p>causou, se a criança tomou vacina tétano abtico, se há</p><p>sintomas e se houve perda total do dente</p><p>Não se implanta dentes deciduos- como saber se</p><p>indica-se a reimplantação sabendo apenas a idade da</p><p>criança?</p><p>Até 6 anos não reimplantamos, pois são dentes</p><p>decíduos. A partir dos 8 anos já se pode reimplantar,</p><p>Observar durante a anamnese:</p><p>Alterações na oclusão</p><p>Sensibilidade</p><p>Períodos de inconsciência</p><p>Trauma anterior</p><p>Durante o exame clínico pode haver sangue na região,</p><p>portanto deve se limpar com soro fisiológico</p><p>Radiografia indicada para traumas periapical anterior</p><p>modificada</p><p>Exame radiografico</p><p>(Foto de rx periapical modificada)</p><p>Para observar:</p><p>Presença, grau e direção de deslocamento dentário</p><p>Presença e localização de fratura radicular</p><p>Presença de espessamento do espaço periodontal</p><p>Grau rizolise</p><p>Ocorrência de traumatiso anterior relação com dente</p><p>permanente/rizogenese/ alterações se existem</p><p>patologias periapical</p><p>Quando há intrusa do dente: repouso oclusal com</p><p>suspensão de chupeta, dieta pastosa e higiene. O</p><p>dente pode demorar até 6 meses para descer</p><p>Quando há movimentação vestibular do dente</p><p>afetado, podemos observar encurtamento da imagem</p><p>na radiografia. Já quando a intrusão em direção ao</p><p>germe, podemos observar a imagem do dente mais</p><p>alongada devido pois quanto mais distante do filme</p><p>menor a imagem aparecerá no filme</p><p>[09:20, 11/11/2022] Beatriz: Causado pela própria</p><p>altura/ colisão podendo acontecer em casa</p><p>principalmente com os centrais superiores. Trata se</p><p>de um trauma do tipo luxação quando se trata de</p><p>dentes deciduos e fratura coronária quando acontece</p><p>na dentição permanente.</p><p>Fator que predispõe selamento labial inadequado,</p><p>classe II, obesidade</p><p>Tipo de injúria traumática</p><p>Dentição decidua: luxaçoes ou deslocamentos</p><p>Indiciados superiores: crianças episódios repetidos de</p><p>traumas (mesmo dente mais de uma injúria)</p>