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G1 ÉTICA PROFISSIONAL

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PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO DE JANEIRO 
 
 
 
 
 
 
 
 
G1 – ÉTICA PROFISSIONAL 
Professora Mônica Campos 
Aluna Julia Sztajn 
As câmeras e/ou gravadores escondidos no jornalismo. 
 
 O jornalismo, desde o seu princípio, tem como principal função 
informar a população e denunciar atrocidades numa certa sociedade. Tal 
profissão, assim como inúmeras outras, possuem códigos de ética para que o 
profissional e a população sejam protegidos e para que o trabalho seja bem feito, 
de forma clara e legal. “O jornalista é o profissional responsável por procurar 
informações e divulgá-las segundo o interesse público, relacionando os fatos e 
suas consequências.”* 
 Há várias áreas do jornalismo, como o cultural, esportivo, de 
denúncia, popular, investigativo. Esse trabalho de G1 do curso de ética 
profissional da PUC-Rio visa compreender o uso das câmeras e gravadores de 
áudio escondidos para a obtenção de um “furo” e/ou uma boa matéria. Pretende-
se questionar até que ponto o uso desse material é ético de acordo com o Código 
de Ética dos Jornalistas Brasileiros (CEJB). 
 É muito comum observar o uso de gravadores e câmeras em 
lugares discretos para descobrir e denunciar uma ação antiética ou errada. Em 
matérias dos telejornais da TV Globo, por exemplo, é possível observar quase 
diariamente essa prática para se fazer denúncias. Segundo o artigo de n°11(III), 
“o jornalista não pode divulgar informações obtidas de maneiras inadequadas, 
por exemplo, (...) com o uso de câmeras escondidas ou microfones ocultos, salvo 
em casos de incontestável interesse público e quando esgotadas todas as outras 
possibilidades de apuração”. Quando o interesse é público e pode acarretar 
numa diferença para a sociedades, o uso desses materiais para a obtenção de 
informações é considerado ético. Em um caso hipotético – mas dentro da nossa 
sociedade é a mais pura realidade -, um governador de um estado X é suspeito 
de fazer lavagem de dinheiro e a única forma de confirmar essa ação é por meio 
de gravadores de áudios ocultos. O jornalista tem, segundo o artigo de n°6(II e 
IV), o dever de divulgar informações de interesse público e combater e denunciar 
todas as formas de corrupção. Portanto, a população tem direito de obter 
conhecimento de como o governador lida com a sociedade. 
 Apesar de haver jornalistas que seguem o código á risca, outros 
não estão tão interessados assim. Em casos onde se utilizam essas ferramentas 
para um interesse do público, o profissional coloca em risco a sua confiança e 
suas condutas éticas. Há uma diferença entre interesse público e interesse do 
público, sendo o primeiro o interesse da população sobre o governo regente ou 
algo que possa afetar a população economicamente, socialmente e 
politicamente. Já o segundo, visa um interesse de fofocas, que não há ligação 
com o bem-estar dos cidadãos. O uso de câmeras e gravadores ocultos seria 
inadmissível se fosse apenas para expor uma celebridade ou um cidadão sem 
que tenha um interesse público e apenas pelo interesse de gerar “fofoca”. Em 
outro caso hipotético, se fosse “plantada” uma câmera na casa de um ator Y só 
para saber o que ele faz e com quem está, seria uma quebra de conduta ética. 
 Fugindo um pouco do assunto de câmeras ocultas, mas de falsa 
identidade – quase o mesmo conceito, mas quando alguém muda a sua 
identidade para conseguir informações (para o interesse público poder ser 
considerado um ato de heroismo) -, houve, recentemente, um caso de desvio de 
conduta ética. Um jornalista, durante as olimpíadas, criou um perfil falso em um 
aplicativo de relacionamentos apenas para descobrir se os atletas eram 
homossexuais, por pura “diversão” e para gerar fofocas. Atos como esses são 
inadmissíveis, tanto que a população o condenou. Este relato foi apenas um 
exemplo de desvio de conduta para o interesse do público, onde certos atos não 
tem “espaço”. 
 Concluindo, o uso dos artefatos de gravação, por mais que não 
sejam bem-vistos, são imprescindíveis no momento de denúncia de um ato de 
corrupção. Entretanto, se for feito apenas para que haja um furo sem interesse 
público, mas do público, é uma quebra no o Código de Ética dos Jornalistas 
Brasileiros. Esse é um assunto constante entre os profissionais da área e 
estudantes, pois ao mesmo tempo que expõe civis, condena atrocidades.

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