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AED FORRAGICULTURA (1)

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PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE GOIÁS
ESCOLA DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E BIOLÓGICAS
BACHARELADO EM MEDICINA VETERINÁRIA
GABRIELLY FERREIRA FRANCA 
JULISSANDRA OLIVEIRA CÂNDIDO VIEIRA
LAURA PALERMO GUERRA
LIVIA VIDAL BORGES 
. 
RELATÓRIO TÉCNICO CIENTÍFICO 
Queimadas E Incêndios Em Pastagens 
GOIÂNIA, MARÇO
2020
GABRIELLY FERREIRA FRANCA 
JULISSANDRA OLIVEIRA CÂNDIDO VIEIRA
LAURA PALERMO GUERRA
LIVIA VIDAL BORGES 
.
RELATÓRIO TÉCNICO CIENTÍFICO 
Queimadas E Incêndios Em Pastagens 
 
Atividade Extra Disciplinar proposta pela disciplina de Forragicultura na turma de 3º período A02 da Pontifícia Universidade Católica de Goiás, com o intuito de composição de nota para a N2 e abono de uma porcentagem de faltas. Entregue em 18 de Março de 2020. 
PROFESSOR: VERNER EICHLER 
GOIÂNIA, MARÇO
2020
INTRODUÇÃO 
 O fogo é considerado a mais antiga fonte de energia natural dominada pelo homem, é um fenômeno natural que sempre existiu na superfície do planeta. Nos primórdios das civilizações, a principal fonte de ignição eram as descargas elétricas ocorridas durante as tempestades, o que gerava fogo a partir da queima da vegetação natural. Então passou a ser utilizado como fonte de calor para o aquecimento e preparo de alimentos, possibilitando a fixação de tribos nômades nas mais diversas regiões do globo. (PEREIRA, 2014).
 O uso do fogo em áreas de pastagens teve início quando pastores perceberam que a vegetação das áreas recentemente queimadas era mais nutritiva e preferida pelos animais e com isso, passaram a queimar as pastagens ao final da estação de crescimento, prática usada ainda hoje em várias regiões do mundo (COSTA, 2009).
 A partir dos anos 70, esse recurso passou a ser mais intensivamente utilizado, principalmente por tratar-se de um instrumento de manejo agrícola barato, acessível e eficaz, para os fins a que se destina. Com a intensidade e o uso indiscriminado das queimadas na abertura de novas áreas para agricultura e pecuária, essa cultura transformou-se objeto de preocupação e polêmica a nível nacional e internacional.
 Se faz notória a percepção de que tal prática pode ocorrer de maneira natural ou intencional, podendo causar alterações no solo, na vegetação e fauna, bem como aumento do risco de acidentes em estradas e a limitação do tráfego aéreo, dentre outros aspectos (CABRAL, 2013).
 Há então diferentes termos ao se tratar da ocorrência de fogo em pastagens, sendo eles queimada, quando intencional e controlado, e incêndio, quando há descontrole podendo ser por causas intencionais (humanas) ou naturais (raio). O termo queimada também se difere comumente do termo incêndio, sendo conceituado pelo decreto 2.661/98 como: queimada controlada, sendo o emprego do fogo como fator de produção e manejo em atividades agropastoris ou florestais, e para fins de pesquisa científica e tecnológica, em áreas com limites físicos previamente definidos. E os incêndios florestais: como todo fogo não controlado em floresta ou qualquer outra forma de vegetação ou pastagem (BRASIL, 2012). 
REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
O fogo é tradicionalmente utilizado como um promotor do aumento da fertilidade dos solos, pois provoca a queima da cobertura vegetal existente e, apesar de parte dos nutrientes serem volatizados, uma boa parte é depositada no solo sob a forma de cinzas, aumentando a quantidade de nutrientes disponíveis para o crescimento e desenvolvimento das culturas (COUTINHO, 2005).
O uso do fogo como ferramenta agrícola gera diversos impactos ao ambiente, entre eles a perda da biodiversidade. Vários motivos levam a degradação ambiental, dentre os principais estão o corte, incêndios e atividades agropastoris. Os desmatamentos e as queimadas são duas das maiores questões ambientais enfrentadas pelo Brasil atualmente. Embora distintas, são práticas tradicionalmente associadas, pois em sequência à derrubada da vegetação, quase sempre há a queima do material vegetal (GONÇALVES et al, 2012). 
Dentre os impactos ambientais causados pelas queimadas, podem ser destacados com maior detalhe o efeito estufa pois tem como consequência a produção de dióxido de carbono, efeito direto sobre a flora e a fauna pois alteram a biodiversidade e afetam a dinâmica dos ecossistemas, o agravamento do período de seca pois a redução da massa florestal e fumaça causam diminuição dos níveis de precipitação, impacto direto na saúde do ser humano pois a fumaça ocasiona poluição do ar, acarretando problemas respiratórios e que podem ter efeito cancerígeno por conta do dióxido de carbono, além da sustentabilidade agrícola visto que essa fertilidade promovida é temporária e a produtividade cai na medida em que a qualidade do solo piora, o que ocorre em um a três anos, além da infestação dos campos por plantas invasoras, tendo o produtor que recorrer aos agrotóxicos. 
A legislação Brasileira sofreu várias mudanças quanto o uso do fogo ao longo dos anos e mesmo com medidas de proteção como a construção de aceiros e mão de obra qualificada para o serviço, a falta de controle e fiscalização ainda permitem que incêndios florestais se alastrem e causem prejuízos ambientais.
 No primeiro Código Florestal Brasileiro de 1934 (Decreto nº 23.793/34) o uso do fogo era proibido em qualquer tipo de vegetação, sendo considerado crime florestal.
 Em 1965 foi instituído o Novo Código Florestal (Lei nº 4.771), houve uma exceção do Art. 27 (é proibido o uso de fogo nas florestas e demais formas de vegetação) com tal justificativa:
“Parágrafo único. Se peculiaridades locais ou regionais justificarem o emprego do fogo em práticas agropastoris ou florestais, a permissão será estabelecida em ato do Poder Público, circunscrevendo as áreas e estabelecendo normas de precaução.(BRASIL, 1965)”
O parágrafo único do artigo 27 foi ainda regulamentado pelo Decreto nº 2661 de 1998, no qual focaliza a questão da queima controlada, das medidas de precaução, o ordenamento territorial do emprego do fogo, a suspensão temporária e a redução gradativa do emprego do fogo, aplicou-se os conceitos de queima controlada e incêndio florestal e regulamentou em quais situações a queima controlada poderia ser utilizada: em práticas agropastoris e florestais com prévia autorização do sistema Nacional do Meio Ambiente – SISNAMA, que também pode suspender caso haja necessário.
O atual Código Florestal (Lei nº 12.651/ 2012) manteve a proibição do uso do fogo na vegetação, porém com algumas exceções.
 Art. 38. É proibido o uso de fogo na vegetação, exceto nas seguintes situações:
 I -Em locais ou regiões que justifiquem o emprego do fogo em práticas agropastoris ou florestais, mediante prévia aprovação do órgão estadual ambiental;
 II - Emprego da queima controlada em Unidades de Conservação, em conformidade com o plano de manejo, visando ao manejo conservacionista da vegetação nativa, cujas características ecológicas estejam associadas evolutivamente à ocorrência do fogo;
 III - Atividades de pesquisa científica vinculada a projeto de pesquisa devidamente aprovado pelos órgãos competentes.(BRASIL, 2012)
CONSIDERAÇÕES FINAIS
O fogo é uma ferramenta amplamente utilizada por pequenos e grandes produtores pela maior acessibilidade e efeitos positivos imediatos de aumento da fertilidade do solo. No entanto, deve-se salientar que são inúmeros os impactos causados pelas queimadas e incêndios florestais. O fogo causa danos à vegetação, à fauna, à saúde humana, à produtividade agrícola e ao regime hidrológico, sendo à longo prazo mais prejudicial do que benéfico, por isso é importante que se tenha rigidez quanto a fiscalização e seguimento da legislação para se ter um equilíbrio entre a produção e os prejuízos ao ambiente.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BRASIL. Decreto Federal nº 12.651 de 25 de maio de 2012.Institui o Novo Código Florestal Brasileiro. Brasília, DF, 2012.
COUTINHO, A. C. Dinâmica das queimadas no Estado do Mato Grosso e suas relações com as atividades antrópicas e a economia local. Tese (Doutorado em Ciência Ambiental) - Procam, Universidade de São Paulo, p. 308, 2005.
GONÇALVES, K.S; CASTRO, H.A; HACON, S.S. As queimadas na região amazônica e o adoecimento respiratório. In: Ciência & Saúde Coletiva, 2012.
JACQUES, Aino Victor Avila. A queima das pastagens naturais: efeitos sobre o solo e a vegetação. Ciência Rural, v. 33, n. 1, p. 177-181, 2003.
PEREIRA, Paula Carla; DE ASSIS BRAGA, Francisco. IMPACTO DA QUEIMA DA PASTAGEM NAS CONDIÇÕES QUÍMICAS DO SOLO, 2014.
CABRAL, Ana Luísa Alves; MORAS FILHO, Luiz Otávio; BORGES, Luís Antônio Coimbra. USO DO FOGO NA AGRICULTURA: LEGISLAÇÃO, IMPACTOS AMBIENTAIS E REALIDADE NA AMAZÔNIA. Periódico Eletrônico Fórum Ambiental da Alta Paulista, v. 9, n. 5, 2013.
COSTA, MRGF. Uso do fogo em pastagens naturais. Fortaleza: Universidade Federal do Ceará, 2009.

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