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questões constitucional

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Questão discursiva 1: (OAB – XXI Exame Unificado) O prefeito do Município Sigma envia projeto de lei ao Poder Legislativo municipal, que fixa o valor do subsídio do chefe do Poder Executivo em idêntico valor ao subsídio mensal dos ministros do Supremo Tribunal Federal. Tal projeto é aprovado pela Câmara de Vereadores e sancionado pelo Chefe do Poder Executivo. No dia seguinte ao da publicação da referida norma municipal, o vereador José, do município Sigma, ajuizou Ação Direta de Inconstitucionalidade, perante o Supremo Tribunal Federal, a fim de que fosse tal lei declarada inconstitucional. Diante do exposto, responda aos itens a seguir. 
a) Há vício de inconstitucionalidade na norma municipal? Justifique. 
b) A medida judicial adotada pelo Vereador está correta? Justifique.
A) A norma é formalmente inconstitucional, pois deveria ter sido iniciada pela Câmara Municipal, conforme determina o Art. 29, inciso V, da CRFB/88. Além disso, também há inconstitucionalidade material na lei municipal, pois o vício de iniciativa ofende, em consequência, o princípio da separação dos poderes, previsto no Art. 2º da CRFB/88. Por outro lado, em relação ao valor fixado, não há vício de inconstitucionalidade, pois está de acordo com o Art. 37, inciso XI, da CRFB/88, que limita o subsídio dos prefeitos ao teto constitucional.
B)                 Não está correta. A norma municipal não pode ser objeto de ADI perante o STF, conforme estabelece o Art. 102, inciso I, alínea a, da CRFB/88. 
Questão discursiva 2: 
A Constituição de determinado estado da federação, promulgada em 1989, ao dispor sobre a administração pública estadual, estabelece que a investi dura em cargo ou emprego público é assegurada aos cidadãos naturais daquele estado e depende de aprovação prévia em concurso público de provas ou de provas e títulos, de acordo com a natureza e a complexidade do cargo ou emprego, ressalvadas as nomeações para cargo em comissão declarado em lei de livre nomeação e exoneração. Em 2009 foi promulgada pela Assembleia Legislativa daquele estado (após a derrubada de veto do Governador), uma lei que permite o ingresso em determinada carreira por meio de livre nomeação, assegurada a estabilidade do servidor nomeado após 3 (três) anos de efetivo exercício. Considerando-se que a Constituição estadual arrola o Governador como um dos legitimados para a propositura da ação direta de inconstitucionalidade em âmbito estadual (art. 125, §2° da CRFB), e considerando-se que o Governador pretende obter a declaração de inconstitucionalidade da referida lei estadual, responda: 
a) O que ocorreria se logo após o ajuizamento da ação direta de inconstitucionalidade de âmbito estadual, ajuizada pelo Governador do Estado junto ao Tribunal de Justiça (nos termos do art. 125, §2° da CRFB) e antes do julgamento, fosse ajuizada pelo Conselho Federal da OAB uma ação direta de inconstitucionalidade junto ao STF, tendo por objeto esta mesma lei? Explique. 
b) Poderia o Presidente da República ajuizar ação direta de inconstitucionalidade junto ao STF contra o dispositivo da Constituição estadual? Explique.
Resposta:
A Constituição estadual basicamente reproduziu o disposto no art. 37, II da Constituição Federal, que dispõe que “a investidura em cargo ou emprego público depende de aprovação prévia em concurso público de provas ou de provas e títulos, de acordo com a natureza e a complexidade do cargo ou emprego, na forma prevista em lei, ressalvadas as nomeações para cargo em comissão declarado em lei de livre nomeação e exoneração”. A reprodução do dispositivo, embora desnecessária, eis que o art. 37 da Constituição Federal refere-se expressamente à administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, também não é estranha à experiência constitucional brasileira nem viola formalmente o texto constitucional, tornando-se assim norma constitucional estadual e federal. O dispositivo estadual, no entanto, limitou o direito de ingresso na carreira aos cidadãos naturais daquele Estado, incorrendo, desse modo, em inconstitucionalidade material, uma vez que, de acordo com o art. 25 da Constituição Federal, “os Estados organizam-se e regem-se pelas Constituições e leis que adotarem, observados os princípios desta Constituição”. No caso em tela, a lei estadual viola a regra constitucional do concurso público, prevista tanto na Constituição Federal como na Constituição estadual, não fazendo diferença aqui o fato de a norma estadual limitar o acesso ao concurso público apenas aos naturais daquele Estado. Desse modo, sendo o Governador de Estado legitimado para ajuizar ação de inconstitucionalidade de âmbito estadual (de acordo com o enunciado da questão) e o Conselho Federal da OAB, legítimo para ajuizar a ADI de âmbito federal (de acordo com o art. 103, VII, da CRFB), e considerando-se que lei estadual pode ser objeto de ambas as ações (arts. 102, I, a, e 125, §2°, da CRFB) é possível que as duas ações sejam ajuizadas concomitantemente. No entanto, de acordo com a firme jurisprudência do STF, neste caso a ação estadual ficaria suspensa, aguardando a decisão do STF. Em relação à segunda pergunta, considerando-se que a emenda à Constituição estadual é ato normativo estadual, considerando-se que deve estar de acordo com os princípios e regras estabelecidos pela Constituição Federal (art. 25, da CRFB), considerando-se que a referida emenda violou os arts. 5º, caput, e 37, II da CRFB, considerando-se, por fim, que o Presidente é um dos legitimados para a propositura da ADI, nos termos do art. 103, I da CRFB, é possível o ajuizamento da ação, valendo lembrar que o Presidente da República é legitimado universal, estando, assim, dispensado de demonstrar pertinência temática com o ato normativo impugnado.
Caso concreto
Durante a tramitação de determinado projeto de lei de iniciativa do Poder Executivo, importantes juristas questionaram a constitucionalidade de diversos dispositivos nele inseridos. Apesar dessa controvérsia doutrinária, o projeto encaminhado ao Congresso Nacional foi aprovado, seguindo-se a sanção, a promulgação e a publicação. Sabendo que a lei seria alvo de ataques perante o Poder Judiciário em sede de controle difuso de constitucionalidade, o Presidente da República resolveu ajuizar, logo no primeiro dia de vigência, uma Ação Declaratória de Constitucionalidade.
Diante da narrativa acima, responda aos itens a seguir.
A) É cabível a propositura da Ação Declaratória de Constitucionalidade (ADC) nesse caso? (Valor: 0,65)
B) Em sede de Ação Declaratória de Constitucionalidade (ADC), é cabível a propositura de medida cautelar perante o Supremo Tribunal Federal? Quais seriam os efeitos da decisão do STF no âmbito dessa medida cautelar? (Valor: 0,60)
Obs.: o examinando deve fundamentar suas respostas.
A mera citação do dispositivo legal não confere pontuação.
A) Não. Não caberia a ADC por falta de comprovação de relevante controvérsia perante juízes e tribunais a respeito da constitucionalidade da lei. A controvérsia existente no âmbito da doutrina não torna possível o ajuizamento da ADC. Com efeito, é de se presumir que, no primeiro dia de vigência da lei, não houve ainda tempo hábil para a formação de relevante controvérsia judicial, isto é, não haveria decisões conflitantes de tribunais e juízos monocráticos espalhados pelo País. É a própria dicção do Art. 14, III, da Lei nº 9.868/99 que estabelece a necessidade de comprovação da relevante controvérsia judicial, não sendo, por conseguinte, o momento exato de se manejar a ADC.
B) Sim. Nos termos do Art. 21, caput, da Lei nº 9868/99, os efeitos da medida cautelar, em sede de ADC, serão decididos pelo Supremo Tribunal Federal, por decisão da maioria absoluta de seus membros. Tais efeitos, de natureza vinculante, serão erga omnes e ex nunc, consistindo na determinação de que juízes e Tribunais suspendam o julgamento dos processos pendentes que envolvam a aplicação da lei ou do ato normativo objeto da ação até seu julgamento definitivo que,de qualquer maneira, há de se verificar no prazo de cento e oitenta dias, nos termos do Art. 21, parágrafo único, da referida lei. Ou seja, a concessão da medida liminar serviria para determinar que juízes e tribunais do país não pudessem afastar a incidência de qualquer dos preceitos da Lei nos casos concretos, evitando, desde logo, decisões conflitantes. Pode o STF, por maioria absoluta de seus membros, conceder a medida cautelar, com efeitos ex tunc.
objetiva
O Governador de um Estado-membro da Federação vem externando sua indignação à mídia, em relação ao conteúdo da Lei Estadual nº 1234/15. Este diploma normativo, que está em vigor e resultou de projeto de lei de iniciativa de determinado deputado estadual, criou uma Secretaria de Estado especializada no combate à desigualdade racial. Diante de tal quadro, o Governador resolveu ajuizar, perante o Supremo Tribunal Federal, uma Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) impugnando a Lei Estadual nº 1234/15. 
 
Com base no fragmento acima, responda, justificadamente, aos itens a seguir.
 
A)       A Lei Estadual nº 1234/15 apresenta algum vício de inconstitucionalidade? (Valor: 0,60)
B)        É cabível a medida judicial proposta pelo Governador? (Valor: 0,65)
 
A)                 A referida lei estadual apresenta vício de inconstitucionalidade formal, já que somente lei de iniciativa privativa do Chefe do Poder Executivo pode criar órgão de apoio a essa estrutura de poder. É o que dispõe o Art. 61, § 1º, inciso II, da CRFB/88, aplicável por simetria aos Estados, tal qual determina o Art. 25, caput. 
B)                 Não. A resposta deve ser no sentido de negar o cabimento da ADPF diante da ausência das condições especiais para a propositura daquela ação constitucional, ou seja, a observância do princípio da subsidiariedade, previsto no Art. 4º, § 1º, da Lei nº 9882/99. A jurisprudência do STF é firme no sentido de que o princípio da subsidiariedade rege a instauração do processo objetivo de ADPF, condicionando o ajuizamento dessa ação de índole constitucional à ausência de qualquer outro meio processual apto a sanar, de modo eficaz, a situação de lesividade indicada pelo autor.  
(TRT 20 região 2016 ? Analista Judiciário ? Administrativa) Considere:
I. Governador do Estado de Sergipe. 
II. Confederação Sidical ?XXX?. 
III. Procurador-Geral da República.
IV. Mesa da Câmara dos Deputados. 
V. Prefeito da cidade de Lagarto. 
De acordo com a Constituição Federal de 1988, possuem legitimidade ativa para propor ação declaratória de constitucionalidade, dentre outros, os indicados APENAS em: 
a) I, II e III. 
b) I, II, III e IV. 
c) I, III, IV e V. 
d) III, IV e V. 
e) I, III e IV
Questão Objetiva
Para fins de propositura da ação direta de inconstitucionalidade e da ação
declaratória de constitucionalidade, são legitimados universais e especiais,
respectivamente:
a) Presidente da República e Mesa do Senado Federal.
b) Mesa de Assembleia Legislativa e Confederação Sindical.
c) Conselho Federal da OAB e Governador de Estado.
d) Procurador Geral da República e Conselho Federal da OAB.
e) Procurador Geral da República e Governador de Estado.
Questão discursiva:
O Procurador Geral da República ajuizou uma Ação Direta de Inconstitucionalidade em face da Lei distrital n. 3.669/2005, que cria a carreira de atividades penitenciárias e respectivos cargos no quadro de pessoal do Distrito Federal. Alega, em síntese, que o DF teria usurpado competência da União (arts. 21, XIV c/c 32, § 4°, CRFB/88), que atribui a responsabilidade pelas funções exercidas por tal carreira aos agentes penitenciários integrantes da carreira da polícia civil.                                           
 Citado na forma do art. 103, § 3°, CRFB/88, o Advogado Geral da União manifestou-se pela procedência da ação, pedindo, consequentemente, a declaração de inconstitucionalidade da referida lei distrital. Diante de tal situação, responda, justificadamente: Poderia o AGU ter deixado de proceder à defesa do ato normativo impugnado?
R) O procurador geral da republica vai atuar de acordo com sua convicção, o advogado geral da união deve defender o ato de acordo com a constituição, pois ele atua como curador da presunção de constitucionalidade das leis. A jurisprudência atual evoluiu no tocante que o AGU atua de acordo com suas convicções nos termos da constituição.
Embora o art 103 §3 da CF afirme quando o Supremo Tribunal Federal aprecia a inconstitucionalidade em tese de norma legal o ato normativo citara previamente, o advogado geral da união, que defendera o ato ou texto impugnado, entendimento do STF de acordo com o informativo nº 562 que o 103 §3 da CF concede a AGU o direito de manifestação haja vista que exigir dela defesa em favor do ato impugnado em casos como o presente, em que o interesse da Uniao coincide com o interesse autor, implicaria retira-lhe sua função primordial que é defender os interesses da União ao (CF art 131). Alem disso o despeito de reconhecer que nos outros casos a AGU devesse exercer esse papel de contraditória no processo objetivo, constatou-se um problema de ordem pratica, qual seja a falta de competência da corte para impor-lhe qualquer sanção quando assim não procede em razão da inexistência de previsão constitucional para tanto.
Outra resposta :
Resposta: Sim, eventualmente poderia, existem 2 entendimento quanto a essa questão, no entendimento mais resttrito a AGU funciona como curador de defesa e segundo o entendimento mais recente a AGU poderia deixar de proceder a defesa opinando pela procedência da ADIN desde que esta seja mais favorável a União, ou seja a AGU está ali para defender a União e não o ato normativo.
Questão objetiva: Sobre o processo da ADI é incorreto afirmar que: 
a) A atuação do AGU somente será possível se o mesmo não representar o autor da ação. 
b) O PGR é chamado ao processo para apresentar o seu parecer.
 c) O amigo da corte participará do processo à convite do relator, figurando como um técnico na questão.
 d) O pedido liminar deferido suspenderá todas as ações do controle concreto que versem sobre a referida inconstitucionalidade
Emenda à Constituição insere novo direito na Constituição da República. Trata-se de uma norma de eficácia limitada, que necessita da devida integração por via de lei. Produzido o diploma legal regulador (Lei Y), ainda assim, alguns dos destinatários não se encontram em condições de usufruir do direito a que fazem jus, por ausência de regulamentação da norma legal pelo órgão competente (o Ministério da Previdência Social), conforme exigido pela citada Lei Y. 
Passados dois anos após a edição da Lei Y, Mário, indignado com a demora e impossibilitado de usufruir  do direito constitucionalmente garantido, é aconselhado a impetrar um Mandado de Injunção. Não sabendo exatamente  os efeitos que tal medida poderia acarretar, Mário consulta um(a) advogado(a). A orientação recebida foi a de que, no seu caso específico, a adoção, pelo órgão judicante, de uma solução concretista individual iria satisfazer plenamente suas necessidades.
 
Diante dessa situação, responda fundamentadamente aos itens a seguir.
 
A)  Assiste razão ao(à) advogado(a) de Mário quanto à utilidade do acolhimento do Mandado de Injunção c om fundamento na posição concretista individual? (Valor: 0,70)  
B)   A que órgão do Poder Judiciário competiria decidir a matéria? (Valor: 0,55)  
 Resposta
A)       A teoria concretista individual é uma das posições reconhecidas pelo STF como passível de ser adotada nas situações em que é dado provimento ao Mandado de Injunção. Segundo esse entendimento, diante da lacuna, o Poder Judiciário deve criar a regulamentação para o caso específico, ou seja, a decisão viabiliza o exercício do direito, ainda não regulamentado pelo órgão competente, somente pelo impetrado, vez que a decisão teria efeitos inter partes. Como se vê, o órgão judicante, ao dar provimento ao Mandado de Injunção, estabeleceria a regulamentação da lei para que Mário (e somente ele) pudesse usufruir do direito constitucionalgarantido.
B)        Segundo o Art. 125, inciso I, alínea h, da CRFB/88, compete ao Superior Tribunal de Justiça processar e julgar o Mandado de Injunção quando a elaboração da norma regulamentadora for atribuição de órgão federal, da administração direta ou indireta. No caso, o Ministério da Previdência é um órgão da administração pública federal, sendo, portanto, o Superior Tribunal de Justiça o órgão judicial competente para processar e julgar a ação de Mário.
Assinale a opção correta no que diz respeito ao controle das omissões inconstitucionais.
	a)
	A omissão inconstitucional pode ser sanada mediante dois instrumentos: o mandado de injunção, ação própria do controle de constitucionalidade concentrado; e a ação direta de inconstitucionalidade por omissão, instrumento do controle difuso de constitucionalidade.
	b)
	O mandado de injunção destina-se à proteção de qualquer direito previsto constitucionalmente, mas inviabilizado pela ausência de norma integradora.
	c)
	A ação direta de inconstitucionalidade por omissão que objetive a regulamentação de norma da CF somente pode ser ajuizada pelos sujeitos enumerados no artigo 103 da CF, sendo a competência para o seu julgamento privativa do STF.
	d)
	Na omissão inconstitucional total ou absoluta, o legislador deixa de proceder à completa integração constitucional, regulamentando deficientemente a norma da CF.
 
Questão discursiva 
Paulo, delegado de polícia, preside o inquérito X, no qual é apurada a prática de crime de 
estupro, por João, que se encontra preso, contra a menor M, de 13 anos de idade. No curso do 
inquérito, a menor se retratou da acusação de estupro, mas P aulo não comunicou tal fato ao 
juiz de direito competente para proceder ao arquivamento do inquérito, razão pela qual foi 
aberta, a pedido do Ministério Público, ação penal para apurar eventual crime de prevaricação. 
Tendo o juiz de direito do juizado especial criminal da comarca Y do estado Z determinado a 
intimação de Paulo para audiência de transação penal, este impetrou habeas corpus com vistas 
a impedir seu comparecimento à audiência bem como a se livrar do referido inquérito, mas a 
turma recursal estadual denegou o pedido. 
Em face dessa situação hipotética, indique, com a devida fundamentação legal, a medida judicial 
mais adequada para que Paulo atinja o objetivo pretendido, bem como o órgão do poder 
judiciário competente para julgá-la. 
R.: Inicialmente cabe mencionar que a medida judicial a ser adotada será a impetração de 
habeas corpus com o objetivo de trancar o andamento da ação penal, bem para garantir o seu 
não comparecimento à audiência, se disso puder resultar na privação de sua liberdade. 
Ressalte-se, ainda, que se entendia que o órgão do poder judiciário competente para julgar o 
habeas co rpus impetrado contra ato praticado por integrantes de T urmas Recursais seria o 
STF ( Súmula 690, desta Corte). Todavia, este entendimento restou superado a partir do 
julgamento pelo Pleno do HC 86834/SP, relatado pelo Rel. Ministro Marco Aurélio (DJ em 
9.3.2007), no qual foi consolidado o entendimento de que compete ao Tri bunal de Justiça ou 
ao Tribunal Regional Federal, conforme o caso, julgar habeas corpus impetrado c ontra ato 
praticado por integrantes de Turmas Recursais de Juizado Especial. (ARE 676275 AgR, Relator 
Ministro Gilmar Mendes, Segunda Turma, julgamento em 12.6.2012, DJe de 1.8.2012).
Questão discursiva 
Paulo, delegado de polícia, preside o inquérito X, no qual é apurada a prática de crime de 
estupro, por João, que se encontra preso, contra a menor M, de 13 anos de idade. No curso do 
inquérito, a menor se retratou da acusação de estupro, mas P aulo não comunicou tal fato ao 
juiz de direito competente para proceder ao arquivamento do inquérito, razão pela qual foi 
aberta, a pedido do Ministério Público, ação penal para apurar eventual crime de prevaricação. 
Tendo o juiz de direito do juizado especial criminal da comarca Y do estado Z determinado a 
intimação de Paulo para audiência de transação penal, este impetrou habeas corpus com vistas 
a impedir seu comparecimento à audiência bem como a se livrar do referido inquérito, mas a 
turma recursal estadual denegou o pedido. 
Em face dessa situação hipotética, indique, com a devida fundamentação legal, a medida judicial 
mais adequada para que Paulo atinja o objetivo pretendido, bem como o órgão do poder 
judiciário competente para julgá-la. 
R.: Inicialmente cabe mencionar que a medida judicial a ser adotada será a impetração de 
habeas corpus com o objetivo de trancar o andamento da ação penal, bem para garantir o seu 
não comparecimento à audiência, se disso puder resultar na privação de sua liberdade. 
Ressalte-se, ainda, que se entendia que o órgão do poder judiciário competente para julgar o 
habeas co rpus impetrado contra ato praticado por integrantes de T urmas Recursais seria o 
STF ( Súmula 690, desta Corte). Todavia, este entendimento restou superado a partir do 
julgamento pelo Pleno do HC 86834/SP, relatado pelo Rel. Ministro Marco Aurélio (DJ em 
9.3.2007), no qual foi consolidado o entendimento de que compete ao Tri bunal de Justiça ou 
ao Tribunal Regional Federal, conforme o caso, julgar habeas corpus impetrado c ontra ato 
praticado por integrantes de Turmas Recursais de Juizado Especial. (ARE 676275 AgR, Relator 
Ministro Gilmar Mendes, Segunda Turma, julgamento em 12.6.2012, DJe de 1.8.2012).
Questão discursiva 
Paulo, delegado de polícia, preside o inquérito X, no qual é apurada a prática de crime de 
estupro, por João, que se encontra preso, contra a menor M, de 13 anos de idade. No curso do 
inquérito, a menor se retratou da acusação de estupro, mas P aulo não comunicou tal fato ao 
juiz de direito competente para proceder ao arquivamento do inquérito, razão pela qual foi 
aberta, a pedido do Ministério Público, ação penal para apurar eventual crime de prevaricação. 
Tendo o juiz de direito do juizado especial criminal da comarca Y do estado Z determinado a 
intimação de Paulo para audiência de transação penal, este impetrou habeas corpus com vistas 
a impedir seu comparecimento à audiência bem como a se livrar do referido inquérito, mas a 
turma recursal estadual denegou o pedido. 
Em face dessa situação hipotética, indique, com a devida fundamentação legal, a medida judicial 
mais adequada para que Paulo atinja o objetivo pretendido, bem como o órgão do poder 
judiciário competente para julgá-la. 
R.: Inicialmente cabe mencionar que a medida judicial a ser adotada será a impetração de 
habeas corpus com o objetivo de trancar o andamento da ação penal, bem para garantir o seu 
não comparecimento à audiência, se disso puder resultar na privação de sua liberdade. 
Ressalte-se, ainda, que se entendia que o órgão do poder judiciário competente para julgar o 
habeas co rpus impetrado contra ato praticado por integrantes de T urmas Recursais seria o 
STF ( Súmula 690, desta Corte). Todavia, este entendimento restou superado a partir do 
julgamento pelo Pleno do HC 86834/SP, relatado pelo Rel. Ministro Marco Aurélio (DJ em 
9.3.2007), no qual foi consolidado o entendimento de que compete ao Tri bunal de Justiça ou 
ao Tribunal Regional Federal, conforme o caso, julgar habeas corpus impetrado c ontra ato 
praticado por integrantes de Turmas Recursais de Juizado Especial. (ARE 676275 AgR, Relator 
Ministro Gilmar Mendes, Segunda Turma, julgamento em 12.6.2012, DJe de 1.8.2012).
Questão discursiva 
Paulo, delegado de polícia, preside o inquérito X, no qual é apurada a prática de crimede 
estupro, por João, que se encontra preso, contra a menor M, de 13 anos de idade. No curso do 
inquérito, a menor se retratou da acusação de estupro, mas P aulo não comunicou tal fato ao 
juiz de direito competente para proceder ao arquivamento do inquérito, razão pela qual foi 
aberta, a pedido do Ministério Público, ação penal para apurar eventual crime de prevaricação. 
Tendo o juiz de direito do juizado especial criminal da comarca Y do estado Z determinado a 
intimação de Paulo para audiência de transação penal, este impetrou habeas corpus com vistas 
a impedir seu comparecimento à audiência bem como a se livrar do referido inquérito, mas a 
turma recursal estadual denegou o pedido. 
Em face dessa situação hipotética, indique, com a devida fundamentação legal, a medida judicial 
mais adequada para que Paulo atinja o objetivo pretendido, bem como o órgão do poder 
judiciário competente para julgá-la. 
R.: Inicialmente cabe mencionar que a medida judicial a ser adotada será a impetração de 
habeas corpus com o objetivo de trancar o andamento da ação penal, bem para garantir o seu 
não comparecimento à audiência, se disso puder resultar na privação de sua liberdade. 
Ressalte-se, ainda, que se entendia que o órgão do poder judiciário competente para julgar o 
habeas co rpus impetrado contra ato praticado por integrantes de T urmas Recursais seria o 
STF ( Súmula 690, desta Corte). Todavia, este entendimento restou superado a partir do 
julgamento pelo Pleno do HC 86834/SP, relatado pelo Rel. Ministro Marco Aurélio (DJ em 
9.3.2007), no qual foi consolidado o entendimento de que compete ao Tri bunal de Justiça ou 
ao Tribunal Regional Federal, conforme o caso, julgar habeas corpus impetrado c ontra ato 
praticado por integrantes de Turmas Recursais de Juizado Especial. (ARE 676275 AgR, Relator 
Ministro Gilmar Mendes, Segunda Turma, julgamento em 12.6.2012, DJe de 1.8.2012).
Questão discursiva 
Paulo, delegado de polícia, preside o inquérito X, no qual é apurada a prática de crime de 
estupro, por João, que se encontra preso, contra a menor M, de 13 anos de idade. No curso do 
inquérito, a menor se retratou da acusação de estupro, mas P aulo não comunicou tal fato ao 
juiz de direito competente para proceder ao arquivamento do inquérito, razão pela qual foi 
aberta, a pedido do Ministério Público, ação penal para apurar eventual crime de prevaricação. 
Tendo o juiz de direito do juizado especial criminal da comarca Y do estado Z determinado a 
intimação de Paulo para audiência de transação penal, este impetrou habeas corpus com vistas 
a impedir seu comparecimento à audiência bem como a se livrar do referido inquérito, mas a 
turma recursal estadual denegou o pedido. 
Em face dessa situação hipotética, indique, com a devida fundamentação legal, a medida judicial 
mais adequada para que Paulo atinja o objetivo pretendido, bem como o órgão do poder 
judiciário competente para julgá-la. 
R.: Inicialmente cabe mencionar que a medida judicial a ser adotada será a impetração de 
habeas corpus com o objetivo de trancar o andamento da ação penal, bem para garantir o seu 
não comparecimento à audiência, se disso puder resultar na privação de sua liberdade. 
Ressalte-se, ainda, que se entendia que o órgão do poder judiciário competente para julgar o 
habeas co rpus impetrado contra ato praticado por integrantes de T urmas Recursais seria o 
STF ( Súmula 690, desta Corte). Todavia, este entendimento restou superado a partir do 
julgamento pelo Pleno do HC 86834/SP, relatado pelo Rel. Ministro Marco Aurélio (DJ em 
9.3.2007), no qual foi consolidado o entendimento de que compete ao Tri bunal de Justiça ou 
ao Tribunal Regional Federal, conforme o caso, julgar habeas corpus impetrado c ontra ato 
praticado por integrantes de Turmas Recursais de Juizado Especial. (ARE 676275 AgR, Relator 
Ministro Gilmar Mendes, Segunda Turma, julgamento em 12.6.2012, DJe de 1.8.2012).
Questão discursiva 
Paulo, delegado de polícia, preside o inquérito X, no qual é apurada a prática de crime de 
estupro, por João, que se encontra preso, contra a menor M, de 13 anos de idade. No curso do 
inquérito, a menor se retratou da acusação de estupro, mas P aulo não comunicou tal fato ao 
juiz de direito competente para proceder ao arquivamento do inquérito, razão pela qual foi 
aberta, a pedido do Ministério Público, ação penal para apurar eventual crime de prevaricação. 
Tendo o juiz de direito do juizado especial criminal da comarca Y do estado Z determinado a 
intimação de Paulo para audiência de transação penal, este impetrou habeas corpus com vistas 
a impedir seu comparecimento à audiência bem como a se livrar do referido inquérito, mas a 
turma recursal estadual denegou o pedido. 
Em face dessa situação hipotética, indique, com a devida fundamentação legal, a medida judicial 
mais adequada para que Paulo atinja o objetivo pretendido, bem como o órgão do poder 
judiciário competente para julgá-la. 
R.: Inicialmente cabe mencionar que a medida judicial a ser adotada será a impetração de 
habeas corpus com o objetivo de trancar o andamento da ação penal, bem para garantir o seu 
não comparecimento à audiência, se disso puder resultar na privação de sua liberdade. 
Ressalte-se, ainda, que se entendia que o órgão do poder judiciário competente para julgar o 
habeas co rpus impetrado contra ato praticado por integrantes de T urmas Recursais seria o 
STF ( Súmula 690, desta Corte). Todavia, este entendimento restou superado a partir do 
julgamento pelo Pleno do HC 86834/SP, relatado pelo Rel. Ministro Marco Aurélio (DJ em 
9.3.2007), no qual foi consolidado o entendimento de que compete ao Tri bunal de Justiça ou 
ao Tribunal Regional Federal, conforme o caso, julgar habeas corpus impetrado c ontra ato 
praticado por integrantes de Turmas Recursais de Juizado Especial. (ARE 676275 AgR, Relator 
Ministro Gilmar Mendes, Segunda Turma, julgamento em 12.6.2012, DJe de 1.8.2012).
Dete r minada e mpresa, co m a fina lidade de ob ter res t it uição de indéb ito, após a rec usa 
das info r maçõ es r eq uer id as da Rec e it a Federa l, impe tra habeas d ata co m a fina lidade de 
obter info r maçõe s sobre o reco lhime nto de tr ib uto s no per íodo de jane iro de 1993 e 
deze mbro de 1998 do S is te ma de Co nta Corr e nte de Pess oa J ur íd ica – S INC O R, 
perte nce nte àq ue la inst it uiç ão. I nde fer id a de p la no a pe t ição sob o a r gume nto de q ue 
não se pode req uerer o re méd io co nst it uc io na l co mo ato prepa rató r io para poss íve l 
de ma nda j ud ic ia l o u ad minis tra t iva, mas, tão - so me nte, para o co nhec ime nto e 
ret ificaç ão das info r maçõ es co nst a ntes no ba nco de dado s de e nt idades go ver na me nt a is 
ou de cará ter p úb lico, a e mpre sa aprese nta rec ur so de ape lação. Co mo de ve ser j ulgado 
o rec urso? F unda me nte. 
R: O rec urso d e ve ser j ulgado procede nte de aco rdo co m a deci são proferi da 
 no j ulgame nto do Rec urso E xt raordi nário ( RE) 67370 7, co m reperc ussão 
geral na q ua l o S TF e nte nde q ue : " O habeas data é a gara ntia co nstit ucio na l 
adeq uada para a ob tenção, pelo próprio cont ri bui nte, do s da dos concer ne ntes 
ao pagamento de t ributos co ns ta ntes de si stemas i nfor mati zados de a poi o à 
arrecadaçã o dos órgãos a dmi ni stração fa ze ndá ri a do s e ntes es tatais”. 
 
Questão objetiva:(FC C – TR T 20ª Re gião 2016 – ANA L IST A J UDICI Á RIO – O JA) Br una, desco nfia 
que se u filho M ur ilo, 24 anos de idade, co meço u a praticar cr imes de fur tos, be m co mo 
cr ime s c ibe r nét icos. Preoc upada co m a s it uação, inc lus ive porq ue M ur ilo recebe 
diversas c arta s de cobra nça s de d ívida s líc it as, B r una reso lve inve stigar a s it uação 
fina nce ira do filho, mas ne nhuma e nt idade Go ve r na me nta l, b e m co mo ne nhuma 
ent idade de c arát er p úb lico lhe for nece m q ua lq uer infor maç ão. C o nversa ndo co m s ua 
a miga Sora ia, est uda nte de d ire ito, a mes ma suger iu q ue B r una impe tra sse um habeas 
data. Neste ca so, Sora ia fe z a s uge stão : 
 
a) I ncorre ta porq ue não cabe habeas da ta para o co nhec ime nto de infor ma ção re la t iva a 
terce iro, ma s so me nte re lat iva ao impe tra nt e. 
b) corr eta po rq ue se gundo a ca rta ma gna co nceder - se - á habeas data para asse gur ar o 
conhec ime nto de infor mações re lat ivas à pe ssoa do impe tra nte, be m co mo de te rce iros a 
e la re lac io nados co ns ta nte s de re gis tros o u ba ncos de dados d e e nt idades 
go ver na me nta is o u de cará ter p úb lico. 
c) incor reta po rq ue o habeas da ta cabe ap e nas para a ret if icação de dado s, q ua ndo não se 
pre fira fa zê- lo por p rocesso s igiloso, j ud ic ia l o u ad min ist rat ivo. 
d) corre ta po rq ue o habea s data cabe e xa ta me nte pa ra a ret ific ação de q ua isq ue r dados 
re fere ntes a q ua lq uer pe ssoa, e m ra zão da obs er vâ nc ia do pr inc íp io d a p ub lic idade. 
e) C orre ta porq ue se gundo a car ta ma gna co ncede r- se- á habeas data e xata me nte para 
asse gurar o co nhec ime nto de infor mações r e la t ivas a te rce iros co ns ta nte s de re gis tros o u 
bancos d e dados de e nt idades go ver na me nta is o u de car áter p úb lico. 
R: A

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