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QUESTIONÁRIO – REVISÃO PARA AV1. 1. Conceitue Controle de Constitucionalidade. É atividade através do qual se faz a verificação da compatibilidade das normas infraconstitucionais com a própria constituição, haja vista sua supremacia. 2. Quais são as principais espécies de controle? Controle prévio (político) e Controle repressivo (Poder Judiciário – Concentrado ou Difuso). 3. É possível que o Poder Judiciário realize controle prévio? Sim, excepcionalmente através do mandado de segurança impetrado por um parlamentar para não se submeter a processo legislativo de projeto flagrantemente inconstitucional. 4. É possível que os órgãos políticos realizem controle repressivo? Sim, quando o congresso nacional sustar os atos normativos do Poder Executivo que exorbitem do poder regulamentar ou dos limites de delegação legislativa, ou analisa a constitucionalidade das medidas provisórias expedidas pelo Presidente da República. Da mesma maneira que o chefe do Poder Executivo pode exercer tal controle a partir do veto presidencial. 5. Estabeleça a diferença entre controle concentrado e difuso de constitucionalidade. Controle concentrado é feito pelo STF, por meio das ações constitucionais (ADIN/ADI, ADC, ADIN por omissão, ADPF), com efeitos vinculantes e erga omnes. Já o controle difuso pode ser realizado por qualquer juiz de direito, com efeito inter partes. 6. O que é cláusula de reserva de plenário? É cláusula que exige a maioria absoluta para uma votação ou decisão. 7. É possível pleitear como objeto principal a inconstitucionalidade de uma lei por meio de ACP (Ação Civil Pública)? Não, apenas incidentalmente, pois usurparia a competência do STF, considerando que alcançaríamos com tal medida o efeito erga omnes. 8. Quais as características e efeito do controle concentrado? Realizado por meio das ações constitucionais, com efeitos erga omnes e vinculantes. 9. E do Controle Difuso? Realizado por qualquer juízo ou tribunal, também chamado de efeito concreto (analisa caso específico), com efeitos inter partes. 10. Que normas podem ser objetos de controle incidental e quem é competente para exercê-lo? Lei ordinária, lei complementar, decreto, medida provisória. O controle incidental pode ser realizado por qualquer magistrado, em qualquer um dos graus de jurisdição, desde que observadas as regras de competência. 11. Qual o órgão competente para o exercício do controle concentrado? STF (Supremo Tribunal Federal). 12. É correto afirmar que no controle concentrado faz-se a análise da constitucionalidade da lei em tese e por isso podemos chamá-lo de controle abstrato? Sim. 13. Qual o objeto, os legitimados e o órgão competente para apreciar a ADIN? Objeto: reconhecer a constitucionalidade de uma norma e expurgá-la do sistema jurídico. Legitimados: Presidente da República, Mesa do Senado Federal, Meda da Camara dos Deputados, Mesa da Assembleia Legislativa, Governador de Estado ou Distrito Federal; Procurador geral da República, Conselho Federal da OAB e partido político com representação no CN. Órgão competente: STF. 14. O que é processo objetivo? Trata-se da natureza jurídica das ações constitucionais. 15. Quais são as consequências processuais do processo objetivo? Não cabe desistência, o contraditório é diferido, não precisa capacidade postulatória, alguns legitimados prescindem de demonstração de pertinência temática, a formação de litisconsórcio no polo passivo é restrita as autoridades das quais emanou a lei ou ato normativo impugnado, não é admitida a intervenção de terceiros com exceção do amicus curiae, não cabe ação rescisória, não possui dilação probatória e não é admitida a suspeição e impedimento. 16. Comente acerca da intervenção de terceiros na ADIN. Em regra não cabe, exceto amicus curiae. 17. Qual o papel do AGU na ADIN? Defender a constitucionalidade da norma, desde que isso não afete os interesses da União. 18. É possível falar em inconstitucionalidade progressiva? Dê um exemplo. Sim, no caso concreto que questionou a constitucionalidade do prazo em dobro conferido da defensoria pública. 19. Qual o objeto, os legitimados e o órgão competente para examinar a ADIN por omissão? Objeto: Ao reconhecer a omissão, provocar o legislativo para que cumpre o seu papel. Se for órgão administrativo há prazo de 30 dias. Legitimados: Presidente da República, Mesa do Senado Federal, Meda da Camara dos Deputados, Mesa da Assembleia Legislativa, Governador de Estado ou Distrito Federal; Procurador geral da República, Conselho Federal da OAB e partido político com representação no CN. Órgão competente: STF. 20. Estabeleça a diferença entre ADIN por omissão e mandado de injunção. Instrumento de provocação de jurisdição constitucional concentrado Remédio Constitucional Objeto Tutela de direito objetivo Tutela de direito subjetivo Legitimados Art. 103, CF Quaisquer titular dos direitos subjetivos Efeitos Erga Omnes Inter partes Competência STF Qualquer juízo ou tribunal Decisão Decisão de conteúdo mandamental Decisão de conteúdo mandamental, condenatório ou constitutivo. 21. As leis municipais podem ser objetos de controle concentrado junto ao STF? Não, depende de representação por inconstitucionalidade junto ao respectivo tribunal do Estado. 22. Qual o objeto, legitimados e órgão competente para examinar a ADC? Objeto: Reconhecer constitucionalidade de uma norma, quando houver controvérsia judicial. Legitimados: Presidente da República, Mesa do Senado Federal, Meda da Camara dos Deputados, Mesa da Assembleia Legislativa, Governador de Estado ou Distrito Federal; Procurador geral da República, Conselho Federal da OAB e partido político com representação no CN. Órgão competente: STF. 23. Por que afirmamos que a ADC tem natureza dúplice? Porque quando reconhece a constitucionalidade, afasta os questionamentos referentes a inconstitucionalidade. 24. É possível falar em medidas cautelares nas ações constitucionais? Sim, desde que presentes os requisitos para concessão das liminares. 25. O que é preceito fundamental? É o que STF disser que é. 26. Qual o objeto, legitimados e órgão competente para analisar ADPF? Objeto: evitar ou reparar lesão a preceito fundamental, resultante de ato do Poder Público. Legitimados: Presidente da República, Mesa do Senado Federal, Meda da Câmara dos Deputados, Mesa da Assembleia Legislativa, Governador de Estado ou Distrito Federal; Procurador geral da República, Conselho Federal da OAB e partido político com representação no CN. Órgão competente: STF. 27. Quais as espécies de habeas corpus previstas no direito brasileiro? Preventivo e Liberatório. 28. Comente acerca do HC nas questões militares. Não cabe, com exceções, pena atribuída por quem não tem competência, pena que excede o tempo determinado em lei... 29. Comente acerca do MS coletivo. Destina-se proteger direito líquido e certo só que de natureza corporativa, pertencente não a um indivíduo isolado, mas sim a um grupo de pessoas, não amparado por habeas corpus ou habeas data, sempre que houver ilegalidade ou abuso de poder perpetrado por autoridade. Pode ser impetrado por: a) partido político com representação no Congresso Nacional; b) organização sindical, entidade de classe ou associação legalmente constituída e em funcionamento há pelo menos um ano, em defesa dos interesses de seus membros ou associados; 30. Comente acerca do cabimento do HD. Cabe quando há negativa do órgão em fornecer dados pessoais ou retificar seus dados. 31. Qual o objeto e os legitimados da ação popular? Objeto: Pleitear anulação ou a declaração de nulidade de atos lesivos ao patrimônio da União, do DF, dos Estados, dos Municípios, de entidades autárquicas, de sociedades de economia mista... Legitimado: qualquer cidadão. 32. Quais são os direitos transindividuais previstos no ordenamento brasileiro? Difusos, coletivos e Individuais homogêneos (art.31,p.ú., CDC). 33. Quais são os instrumentos de proteção da tutela coletiva no Brasil? Ação civil pública, ação popular, mandado de segurança coletivo e ação de improbidade administrativa. 34. Comente acerca dos legitimados, objeto e o inquérito civil na ACP. Objeto: as ações de responsabilidade por danos morais e patrimoniais causados o meio ambiente; ao consumidor; a bens e direitos de valor artístico, estético, histórico, turístico e paisagístico; a qualquer outro interesse difuso ou coletivo, por infração da ordem econômica; à ordem urbanística, à honra e à dignidade de grupos raciais, étnicos ou religiosos e ao patrimônio público e social. Legitimados: Ministério Público, Defensoria Pública, União, Estados, DF e Municípios, a autarquia, empresa pública, fundação ou sociedade de economia mista. Associação que, concomitantemente: esteja constituída há pelo menos 1 ano e inclua entre suas finalidades institucionais, a proteção ao patrimônio público e social, ao meio ambiente, ao consumidor, à ordem econômica, à livre concorrência, aos direitos de grupos raciais, étnicos ou religiosos ou ao patrimônio artístico, estético, histórico, turístico e paisagístico. Inquérito Civil: É um procedimento prévio, de ordem administrativa e é dispensável, serve para colher provas, presidido pelo MP. Se o órgão do Ministério Público, esgotadas todas as diligências, se convencer da inexistência de fundamento para a propositura da ação civil, promoverá o arquivamento dos autos do inquérito civil ou das peças informativas, fazendo-o fundamentadamente. 35. Quais são os efeitos da sentença em ACP? Explique e comente o art. 16 da lei 7347/85. Efeito: Erga Omnes. O art. 16 merece um olhar cauteloso, com o afastamento da expressão, nos limites da competência territorial do órgão prolator. CASOS CONCRETOS. AULA 1 - Questão objetiva: Quando se tem uma norma ao mesmo tempo material e formalmente inconstitucional? a) Quando a norma infraconstitucional conflita com o texto da Constituição da República. b) Quando na elaboração da norma infraconstitucional, não se observa rigorosamente o processo de sua elaboração. c) Quando o conteúdo da norma infraconstitucional conflita com o texto da Constituição da República e também contém vício com relação a sua formação. d) Quando a norma infraconstitucional se conforma perfeitamente com o texto da Constituição da República, mas não com os tratados internacionais sobre direitos humanos. Questão discursiva: (OAB – XX Exame Unificado) O Presidente da República edita medida provisória estabelecendo novo projeto de ensino para a educação federal no País, que, dentre outros pontos, transfere o centenário Colégio Pedro II do Rio de Janeiro para Brasília, pois só fazia sentido que estivesse situado na cidade do Rio de Janeiro enquanto ela era a capital federal. Muitas críticas foram veiculadas na imprensa, sendo alegado que a medida provisória contraria o comando contido no Art. 242, § 2º, da CRFB/88. Em resposta, a Advocacia-Geral da União sustentou que não era correta a afirmação, já que o mencionado dispositivo da Constituição só é constitucional do ponto de vista formal, podendo, por isso, ser alterado por medida provisória. Considerando a situação hipotética apresentada, responda, de forma fundamentada, aos itens a seguir. a) Segundo a Teoria Constitucional, qual é a diferença entre as denominadas normas materialmente constitucionais e as normas formalmente constitucionais? As normas materiais possuem status constitucional em razão do seu conteúdo, pois estabelecem normas referentes a estrutura organizacional do estado, a separação dos poderes e aos direitos e garantias fundamentais, enquanto as normas em sentido formal só possuem o caráter de constitucionais porque foram elaboradas com o uso do processo legislativo próprio das normas constitucionais. b) O entendimento externado pela Advocacia-Geral da União à imprensa está correto, sendo possível a alteração de norma constitucional formal por medida provisória? Não, pois independentemente da essência da norma, todo dispositivo que estiver presente no texto constitucional, em razão da rigidez constitucional, só poderá ser alterado pelo processo legislativo solene das emendas constitucionais (art. 60, CF). AULA 2 - Questão discursiva: O Deputado Federal Alfredo Rodrigues apresentou projeto de lei prevendo o estabelecimento de penas de prisão perpétua e de trabalhos forçados para os condenados pela prática de crimes considerados hediondos pela legislação brasileira. Outro deputado, Silmar Correa, decide consultá- la acerca da possibilidade de questionar perante o Poder Judiciário uma suposta inconstitucionalidade do referido projeto de lei antes mesmo que ele venha a ser submetido a votação pelo Congresso Nacional. Como deverá ser respondida a consulta? Excepcionalmente, o poder judiciário pode realizar um controle prévio de constitucionalidade e neste caso, o fará por meio de mandado de segurança (MS 23047 DF). Questão objetiva (OAB - XX Exame Unificado) Um Senador da República apresentou projeto de lei visando determinar à União que sejam adotadas as providências necessárias para que toda a população brasileira seja vacinada contra determinada doença causadora de pandemia transmitida por mosquito. O Senado Federal, no entanto, preocupado com o fato de que os servidores da saúde poderiam descumprir o que determinaria a futura lei, isso em razão de seus baixos salários, acabou por emendar o projeto de lei, determinando, igualmente, a majoração da remuneração dos servidores públicos federais da área de saúde pública. Aprovado em ambas as Casas do Congresso Nacional, o projeto foi encaminhado ao Presidente da República. Com base na hipótese apresentada, assinale a afirmativa correta. a) O Presidente da República não terá motivos para vetar o projeto de lei por vício de inconstitucionalidade formal, ainda que possa vetá-lo por entendê-lo contrário ao interesse público, devendo fazer isso no prazo de quinze dias úteis. b) O Presidente da República, ainda que tenha motivos para vetar o projeto de lei por vício de inconstitucionalidade formal, poderá, no curso do prazo para a sanção ou o veto presidencial, editar medida provisória com igual conteúdo ao do projeto de lei aprovado pelo Congresso Nacional, tendo em vista o princípio da separação dos poderes. c) O Presidente da República poderá vetá-lo, por motivo de inconstitucionalidade material e não por inconstitucionalidade formal, uma vez que os projetos de lei que acarretem despesas para o Poder Executivo são de iniciativa privativa do Presidente da República. d) O Presidente da República poderá vetá-lo, por motivo de inconstitucionalidade formal, na parte que majorou a remuneração dos servidores públicos, uma vez que a iniciativa legislativa nessa matéria é privativa do Chefe do Poder Executivo, devendo o veto ser exercido no prazo de quinze dias úteis. AULA 3 - Questão objetiva: (OAB - XXI Exame Unificado) A parte autora em um processo judicial, inconformada com a sentença de primeiro grau de jurisdição que se embasou no ato normativo X, apela da decisão porque, no seu entender, esse ato normativo seria inconstitucional. A 3ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Estado Alfa, ao analisar a apelação interposta, reconhece que assiste razão à recorrente, mais especificamente no que se refere à inconstitucionalidade do referido ato normativo X. Ciente da existência de cláusula de reserva de plenário, a referida Turma dá provimento ao recurso sem declarar expressamente a inconstitucionalidade do ato normativo X, embora tenha afastado a sua incidência no caso concreto. De acordo com o sistema jurídico-constitucional brasileiro, o acórdão proferido pela 3ª Turma Cível. a)está juridicamente perfeito, posto que, nestas circunstâncias, a solução constitucionalmente expressa é o afastamento da incidência, no caso concreto, do ato normativo inconstitucional. b) não segue os parâmetros constitucionais, pois deveria ter declarado, expressamente, a inconstitucionalidade do ato normativo que fundamentou a sentença proferida pelo juízo a quo. c) está correto, posto que a 3ª Turma Cível, como órgão especial que é, pode arrogar para si a competência do Órgão Pleno do Tribunal de Justiça do Estado Alfa. d) está incorreto, posto que violou a cláusula de reserva de plenário, ainda que não tenha declarado expressamente a inconstitucionalidade do ato normativo. Questão discursiva: O Ministério Público Federal ajuizou Ação Civil Pública em face do INSS, visando obrigar a autarquia a emitir aos segurados certidão parcial de tempo de serviço, com base nos direitos constitucionalmente assegurados de petição e de obtenção de certidão em repartições públicas (CF, art. 5º, XXXIV, b). O INSS alega, por sua vez, que o Decreto 3048/99, em seu art. 130, justifica a recusa. Sustenta, ainda, que a Ação Civil Pública não seria a via adequada para a defesa de um direito individual homogêneo, além de sua utilização consubstanciar usurpação da competência do STF para conhecer, em abstrato, da constitucionalidade dos atos normativos brasileiros. Como deverá ser decidida a ação? No caso concreto a questão envolve a existência de relevante interesse social por corresponder a questões que envolvem direito de petição e o direito de obtenção de certidão em repartições públicas que são prerrogativas jurídicas de índole eminentemente constitucional, ressalve-se que o MP é legitimado para a propositura da ACP por conta do artigo 5º da lei 7347/85. AULA 4 - Questão discursiva: O servidor público aposentado “A” ingressou com uma ação requerendo a extensão de um benefício sob a alegação que o seu preterimento (a não extensão) implica em inconstitucionalidade. O juízo julgou procedente o pedido de “A”. O servidor “B” ingressa com a mesma ação se utilizando dos mesmos fundamentos da ação de “A”, no entanto o juízo competente julgou o seu pedido improcedente. Insatisfeito, “B” apela da decisão requerendo que a sentença de “A” seja utilizada de forma vinculante para ele. Poderia o tribunal competente acolher o pedido de “B”? Justifique sua resposta. Não, considerando tratar-se de controle na modalidade incidental, concreta e difusa, as decisões proferidas não possuem efeitos vinculantes. Questão objetiva: Ocorre o controle judicial difuso da constitucionalidade de uma lei quando a) o plenário de um Tribunal, pelo quórum mínimo de dois terços de seus membros, acolhe arguição de inconstitucionalidade. b) uma turma julgadora, por maioria absoluta, acolhe arguição de inconstitucionalidade. c) qualquer juiz, em primeira instância, acolhe arguição incidental de inconstitucionalidade. d) qualquer dos ministros do Supremo Tribunal Federal, nas funções de Corte Constitucional, declarar a inconstitucionalidade. e) uma seção julgadora, pelo quórum mínimo de dois terços de seus membros, acolhe arguição de inconstitucionalidade. AULA 5 - Questão discursiva 1: (OAB – XXI Exame Unificado) O prefeito do Município Sigma envia projeto de lei ao Poder Legislativo municipal, que fixa o valor do subsídio do chefe do Poder Executivo em idêntico valor ao subsídio mensal dos ministros do Supremo Tribunal Federal. Tal projeto é aprovado pela Câmara de Vereadores e sancionado pelo Chefe do Poder Executivo. No dia seguinte ao da publicação da referida norma municipal, o vereador José, do município Sigma, ajuizou Ação Direta de Inconstitucionalidade, perante o Supremo Tribunal Federal, a fim de que fosse tal lei declarada inconstitucional. Diante do exposto, responda aos itens a seguir. a) Há vício de inconstitucionalidade na norma municipal? Justifique. No caso concreto é possível afirmar que estamos diante de uma norma formalmente inconstitucional, pois deveria ter sido iniciada pela câmera municipal e não pelo prefeito (art. 29, V, CF). Não há que se falar em inconstitucionalidade material uma vez que o artigo 37, XI, CF limita o subsídio dos prefeitos ao teto constitucional. Art. 29. O Município reger-se-á por lei orgânica, votada em dois turnos, com o interstício mínimo de dez dias, e aprovada por dois terços dos membros da Câmara Municipal, que a promulgará, atendidos os princípios estabelecidos nesta Constituição, na Constituição do respectivo Estado e os seguintes preceitos: V - subsídios do Prefeito, do Vice-Prefeito e dos Secretários Municipais fixados por lei de iniciativa da Câmara Municipal, observado o que dispõem os arts. 37, XI, 39, § 4º, 150, II, 153, III, e 153, § 2º, I; Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte: XI - a remuneração e o subsídio dos ocupantes de cargos, funções e empregos públicos da administração direta, autárquica e fundacional, dos membros de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, dos detentores de mandato eletivo e dos demais agentes políticos e os proventos, pensões ou outra espécie remuneratória, percebidos cumulativamente ou não, incluídas as vantagens pessoais ou de qualquer outra natureza, não poderão exceder o subsídio mensal, em espécie, dos Ministros do Supremo Tribunal Federal, aplicando-se como limite, nos Municípios, o subsídio do Prefeito, e nos Estados e no Distrito Federal, o subsídio mensal do Governador no âmbito do Poder Executivo, o subsídio dos Deputados Estaduais e Distritais no âmbito do Poder Legislativo e o subsidio dos Desembargadores do Tribunal de Justiça, limitado a noventa inteiros e vinte e cinco centésimos por cento do subsídio mensal, em espécie, dos Ministros do Supremo Tribunal Federal, no âmbito do Poder Judiciário, aplicável este limite aos membros do Ministério Público, aos Procuradores e aos Defensores Públicos; b) A medida judicial adotada pelo Vereador está correta? Justifique. Não cabe ADIN no caso concreto pois a norma municipal não pode ser objeto de controle concentrado junto ao Supremo, ademais o vereador não possui legitimidade para propor ADIN (art. 102, I, “a” e 103 CF). Art. 103. Podem propor a ação direta de inconstitucionalidade e a ação declaratória de constitucionalidade: I - o Presidente da República; II - a Mesa do Senado Federal; III - a Mesa da Câmara dos Deputados; IV - a Mesa de Assembléia Legislativa ou da Câmara Legislativa do Distrito Federal; V - o Governador de Estado ou do Distrito Federal; VI - o Procurador-Geral da República; VII - o Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil; VIII - partido político com representação no Congresso Nacional; IX - confederação sindical ou entidade de classe de âmbito nacional. Questão discursiva 2: A Constituição de determinado estado da federação, promulgada em 1989, ao dispor sobre a administração pública estadual, estabelece que a investi dura em cargo ou emprego público é assegurada aos cidadãos naturais daquele estado e depende de aprovação prévia em concurso público de provas ou de provas e títulos, de acordo com a natureza e a complexidade do cargo ou emprego, ressalvadas as nomeações para cargo em comissão declarado em lei de livre nomeação e exoneração. Em 2009 foi promulgada pela Assembleia Legislativa daquele estado (após a derrubada de veto do Governador), uma lei que permite o ingresso em determinada carreira por meio de livre nomeação, assegurada a estabilidade do servidor nomeado após 3 (três) anos de efetivo exercício. Considerando-se que a Constituição estadual arrolao Governador como um dos legitimados para a propositura da ação direta de inconstitucionalidade em âmbito estadual (art. 125, §2° da CRFB), e considerando-se que o Governador pretende obter a declaração de inconstitucionalidade da referida lei estadual, responda: a) O que ocorreria se logo após o ajuizamento da ação direta de inconstitucionalidade de âmbito estadual, ajuizada pelo Governador do Estado junto ao Tribunal de Justiça (nos termos do art. 125, §2° da CRFB) e antes do julgamento, fosse ajuizada pelo Conselho Federal da OAB uma ação direta de inconstitucionalidade junto ao STF, tendo por objeto esta mesma lei? Explique. O caso traz à tona a coexistência de jurisdições constitucionais estaduais e federal. Com isso ocorrerá a suspensão do processo no âmbito da justiça estadual aguardando o pronunciamento do STF sobre a questão. b) Poderia o Presidente da República ajuizar ação direta de inconstitucionalidade junto ao STF contra o dispositivo da Constituição estadual? Explique. Sim. Considerando que o Presidente da República é um legitimado universal para o ajuizamento da ADIN (art. 103, CF). Questão objetiva: Com respeito ao modelo constitucional brasileiro, é correto afirmar: a) A declaração de inconstitucionalidade in abstracto torna inaplicável a legislação anterior revogada pela norma impugnada. b) A declaração de inconstitucionalidade in abstracto não possui efeito vinculante para os órgãos do Poder Judiciário. c) O controle em tese da constitucionalidade de leis opera pela via difusa. d) A declaração de inconstitucionalidade in abstracto de lei, no modelo brasileiro, possui caráter retroativo. e) O Supremo Tribunal Federal não pode apreciar pedido de medida cautelar nas ações diretas de inconstitucionalidade. AULA 6 - Questão discursiva 1: (OAB – XIX Exame Unificado) Durante a tramitação de determinado projeto de lei de iniciativa do Poder Executivo, importantes juristas questionaram a constitucionalidade de diversos dispositivos nele inseridos. Apesar dessa controvérsia doutrinária, o projeto encaminhado ao Congresso Nacional foi aprovado, seguindo-se a sanção, a promulgação e a publicação. Sabendo que a lei seria alvo de ataques perante o Poder Judiciário em sede de controle difuso de constitucionalidade, o Presidente da República resolveu ajuizar, logo no primeiro dia de vigência, uma Ação Declaratória de Constitucionalidade. Diante da narrativa acima, responda aos itens a seguir. a) É cabível a propositura da Ação Declaratória de Constitucionalidade (ADC) nesse caso? Não cabe ADC, considerando que a controvérsia está apenas no plano doutrinário e exige-se que a controvérsia aconteça no plano jurisdicional. b) Em sede de Ação Declaratória de Constitucionalidade (ADC), é cabível a propositura de medida cautelar perante o Supremo Tribunal Federal? Quais seriam os efeitos da decisão do STF no âmbito dessa medida cautelar? Sim e os efeitos serão decididos pelo próprio Supremo por decisão da maioria absoluta dos seus membros (art. 21, caput e p.ú. Lei 9868/99). Art. 21.O Supremo Tribunal Federal, por decisão da maioria absoluta de seus membros, poderá deferir pedido de medida cautelar na ação declaratória de constitucionalidade, consistente na determinação de que os juízes e os Tribunais suspendam o julgamento dos processos que envolvam a aplicação da lei ou do ato normativo objeto da ação até seu julgamento definitivo. Parágrafo único. Concedida a medida cautelar, o Supremo Tribunal Federal fará publicar em seção especial do Diário Oficial da União a parte dispositiva da decisão, no prazo de dez dias, devendo o Tribunal proceder ao julgamento da ação no prazo de cento e oitenta dias, sob pena de perda de sua eficácia. Questão discursiva 2: O Governador de um Estado-membro da Federação vem externando sua indignação à mídia, em relação ao conteúdo da Lei Estadual nº 1234/15. Este diploma normativo, que está em vigor e resultou de projeto de lei de iniciativa de determinado deputado estadual, criou uma Secretaria de Estado especializada no combate à desigualdade racial. Diante de tal quadro, o Governador resolveu ajuizar, perante o Supremo Tribunal Federal, uma Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) impugnando a Lei Estadual nº 1234/15. Com base no fragmento acima, responda, justificadamente, aos itens a seguir. a) A Lei Estadual nº 1234/15 apresenta algum vício de inconstitucionalidade? Apresenta apenas um vício de inconstitucionalidade formal, pois somente lei de iniciativa privada do chefe do executivo pode criar órgão de apoio a essa estrutura de poder (art. 61, § º 1, II, CF). b) É cabível a medida judicial proposta pelo Governador? Não cabe ADPF no caso em concreto, uma vez que está ação só pode ser utilizada diante da ausência de qualquer outro meio processual apto a sanar a lesividade indicada. Questão objetiva: (TRT 20 região 2016 – Analista Judiciário – Administrativa) Considere: I. Governador do Estado de Sergipe. II. Confederação Sindical “XXX”. III. Procurador-Geral da República. IV. Mesa da Câmara dos Deputados. V. Prefeito da cidade de Lagarto. De acordo com a Constituição Federal de 1988, possuem legitimidade ativa para propor ação declaratória de constitucionalidade, dentre outros, os indicados APENAS em: a) I, II e III. b) I, II, III e IV. c) I, III, IV e V. d) III, IV e V. e) I, III e IV AULA 7 - Questão discursiva: O Procurador Geral da República ajuizou uma Ação Direta de Inconstitucionalidade em face da Lei distrital n. 3.669/2005, que cria a carreira de atividades penitenciárias e respectivos cargos no quadro de pessoal do Distrito Federal. Alega, em síntese, que o DF teria usurpado competência da União (arts. 21, XIV c/c 32, § 4°, CRFB/88), que atribui a responsabilidade pelas funções exercidas por tal carreira aos agentes penitenciários integrantes da carreira da polícia civil. Citado na forma do art. 103, § 3°, CRFB/88, o Advogado Geral da União manifestou-se pela procedência da ação (pedido), pedindo, consequentemente, a declaração de inconstitucionalidade da referida lei distrital. Diante de tal situação, responda, justificadamente: Poderia o AGU ter deixado de proceder à defesa do ato normativo impugnado? A princípio cabe ao AGU a defesa da lei impugnada nos termos do paragrafo 3º do art. 103, CF. O Supremo no entanto entendeu ser necessário fazer uma interpretação sistemática no sentido de que o paragrafo 3º do art. 103 da Constituição concede ao AGU o direito de manifestação, haja vista que exigir defesa em favor do ato impugnado em casos como o presente em que o interesse da união coincide com o interesse do autor implicaria em retirar-lhe sua função primordial que é a de defender os interesses da união (art. 131, CF). Questão objetiva: Sobre o processo da ADI é incorreto afirmar que: a) A atuação do AGU somente será possível se o mesmo não representar o autor da ação. b) O PGR é chamado ao processo para apresentar o seu parecer. c) O amigo da corte participará do processo à convite do relator, figurando como um técnico na questão. d) O pedido liminar deferido suspenderá todas as ações do controle concreto que versem sobre a referida inconstitucionalidade. AULA 8 - Questão discursiva: (OAB – XX Exame de Ordem Unificado) Emenda à Constituição insere novo direito na Constituição da República. Trata-se de uma norma de eficácia limitada, que necessita da devida integração por via de lei. Produzido o diploma legal regulador (Lei Y), ainda assim, alguns dos destinatários não se encontram em condições de usufruir do direito a que fazem jus, por ausência de regulamentação da norma legal pelo órgão competente (o Ministério da Previdência Social), conforme exigido pela citada Lei Y. Passados dois anos após a edição da Lei Y, Mário, indignado com a demora e impossibilitado de usufruirdo direito constitucionalmente garantido, é aconselhado a impetrar um Mandado de Injunção. Não sabendo exatamente os efeitos que tal medida poderia acarretar, Mário consulta um(a) advogado(a). A orientação recebida foi a de que, no seu caso específico, a adoção, pelo órgão judicante, de uma solução concretista individual iria satisfazer plenamente suas necessidades. Diante dessa situação, responda fundamentadamente aos itens a seguir. a) Assiste razão ao(à) advogado(a) de Mário quanto à utilidade do acolhimento do Mandado de Injunção com fundamento na posição concretista individual? O STF tem admitido a aplicação da teoria concretista individual possibilitando com isso o uso do mandado de injunção para que Mário (e somente ele) pudesse usufruir do direito constitucional garantido. b) A que órgão do Poder Judiciário competiria decidir a matéria? É preciso observar a regra do art. 105, I, “h”, CF que atribui ao STJ a competência para examinar mandado de injunção sempre que a elaboração da norma regulamentadora ficar a cargo de órgão federal. Art. 105. Compete ao Superior Tribunal de Justiça: h) o mandado de injunção, quando a elaboração da norma regulamentadora for atribuição de órgão, entidade ou autoridade federal, da administração direta ou indireta, excetuados os casos de competência do Supremo Tribunal Federal e dos órgãos da Justiça Militar, da Justiça Eleitoral, da Justiça do Trabalho e da Justiça Federal; Questão objetiva: Assinale a opção correta no que diz respeito ao controle das omissões inconstitucionais. a) A ação direta de inconstitucionalidade por omissão que objetive a regulamentação de norma da CF somente pode ser ajuizada pelos sujeitos enumerados no artigo 103 da CF, sendo a competência para o seu julgamento privativa do STF. b) Na omissão inconstitucional total ou absoluta, o legislador deixa de proceder à completa integração constitucional, regulamentando deficientemente a norma da CF. c) A omissão inconstitucional pode ser sanada mediante dois instrumentos: o mandado de injunção, ação própria do controle de constitucionalidade concentrado; e a ação direta de inconstitucionalidade por omissão, instrumento do controle difuso de constitucionalidade. d) O mandado de injunção destina-se à proteção de qualquer direito previsto constitucionalmente, mas inviabilizado pela ausência de norma integradora. AULA 9 - Questão discursiva: Paulo, delegado de polícia, preside o inquérito X, no qual é apurada a prática de crime de estupro, por João, que se encontra preso, contra a menor M, de 13 anos de idade. No curso do inquérito, a menor se retratou da acusação de estupro, mas Paulo não comunicou tal fato ao juiz de direito competente para proceder ao arquivamento do inquérito, razão pela qual foi aberta, a pedido do Ministério Público, ação penal para apurar eventual crime de prevaricação. Tendo o juiz de direito do juizado especial criminal da comarca Y do estado Z determinado a intimação de Paulo para audiência de transação penal, este impetrou habeas corpus com vistas a impedir seu comparecimento à audiência bem como a se livrar do referido inquérito, mas a turma recursal estadual denegou o pedido. Em face dessa situação hipotética, indique, com a devida fundamentação legal, a medida judicial mais adequada para que Paulo atinja o objetivo pretendido, bem como o órgão do poder judiciário competente para julgá-la. Habeas Corpus para trancar a ação penal – HC 86834 SP Questão objetiva: (FUNCAB - PC-PA 2016 – DELEGADO DE POLICIA CIVIL - Adaptado) Maria, gestante de feto anencéfalo, pretende a obtenção de autorização judicial para realização de aborto. O Juízo de primeiro grau julgou improcedente o pedido. Pretende, agora, manejar um remédio constitucional para evitar o cometimento de crime. Para tanto, deverá demandar por meio do seguinte instrumento: a) Recurso Ordinário b) Habeas Corpus c) Revisão Criminal d) Mandado de Segurança e) Mandado de injunção AULA 10 - Questão discursiva: Determinada empresa, com a finalidade de obter restituição de indébito, após a recusa das informações requeridas da Receita Federal, impetra habeas data com a finalidade de obter informações sobre o recolhimento de tributos no período de janeiro de 1993 e dezembro de 1998 do Sistema de Conta Corrente de Pessoa Jurídica – SINCOR, pertencente àquela instituição. Indeferida de plano a petição sob o argumento de que não se pode requerer o remédio constitucional como ato preparatório para possível demanda judicial ou administrativa, mas, tão-somente, para o conhecimento e retificação das informações constantes no banco de dados de entidades governamentais ou de caráter público, a empresa apresenta recurso de apelação. Como deve ser julgado o recurso? Fundamente. Cabe ressaltar que o habeas data é uma ação constitucional que visa garantir ao impetrante o direito de conhecer ou retificar informações relativas a sua pessoa quando constantes de registros ou banco de dados de entidades governamentais ou de caráter público (art. 5 XXVII, CF). A lei 9507/97 não exige a exposição de motivos relativos a uso dessas informações. Questão objetiva: (FCC – TRT 20ª Região 2016 – ANALISTA JUDICIÁRIO – OJA) Bruna, desconfia que seu filho Murilo, 24 anos de idade, começou a praticar crimes de furtos, bem como crimes cibernéticos. Preocupada com a situação, inclusive porque Murilo recebe diversas cartas de cobranças de dívidas lícitas, Bruna resolve investigar a situação financeira do filho, mas nenhuma entidade Governamental, bem como nenhuma entidade de caráter público lhe fornecem qualquer informação. Conversando com sua amiga Soraia, estudante de direito, a mesma sugeriu que Bruna impetrasse um habeas data. Neste caso, Soraia fez a sugestão: a) Incorreta porque não cabe habeas data para o conhecimento de informação relativa a terceiro, mas somente relativa ao impetrante. b) correta porque segundo a carta magna conceder-se-á habeas data para assegurar o conhecimento de informações relativas à pessoa do impetrante, bem como de terceiros a ela relacionados constantes de registros ou bancos de dados de entidades governamentais ou de caráter público. c) incorreta porque o habeas data cabe apenas para a retificação de dados, quando não se prefira fazê-lo por processo sigiloso, judicial ou administrativo. d) correta porque o habeas data cabe exatamente para a retificação de quaisquer dados referentes a qualquer pessoa, em razão da observância do princípio da publicidade. e) Correta porque segundo a carta magna conceder-se-á habeas data exatamente para assegurar o conhecimento de informações relativas a terceiros constantes de registros ou bancos de dados de entidades governamentais ou de caráter público. AULA 11 - Questão discursiva: (FONTE: ENADE – 2009 – Adaptada) Sobre a implantação de “políticas afirmativas” relacionadas à adoção de “sistemas de cotas” por meio de Projetos de Lei em tramitação no Congresso Nacional, leia o texto a seguir: Desde a última quinta-feira, quando um grupo de intelectuais entregou ao Congresso Nacional um manifesto contrário à adoção de cotas raciais no Brasil, a polêmica foi reacesa. (...) O diretor executivo da Educação e Cidadania de Afrodescendentes e Carentes (Educafro), frei David Raimundo dos Santos, acredita que hoje o quadro do país é injusto com os negros e defende a adoção do sistema de cotas. Analisando o texto sobre o sistema de cotas “raciais” no âmbito da evolução social do Estado, responda JUSTIFICADAMENTE, se a posição defendida pelo diretor executivo da Educafro é absolutamente compatível com as expressões Estado liberal de Direito e Igualdade Material? A posição defendida é absolutamente compatível com o conceito de igualdade material e o Estado DemocráticoSocial de Direito constrói seu paradigma constitucional com base na igualdade material, proteção dos hipossuficientes, intervenção estatal das relações privadas e na garantia da dignidade da pessoa humana. Questão objetiva: Analise as assertivas abaixo sobre o constitucionalismo ocidental e assinale a resposta CORRETA: I. Plasmada em concepção negativista e minimalista do Estado, o constitucionalismo welfarista se atrela apenas ao catálogo de direitos de participação política e aos círculos de liberdades do indivíduo perante o Estado. II. O paradigma constitucional do Estado Liberal de Direito ganha nova vida jurídica ao inovar o regime de proteção dos direitos fundamentais, seja pelo reconhecimento da igualdade material ou real, seja pela intervenção estatal nas relações privadas para garantir a proteção dos hipossuficientes. a) as duas assertivas são falsas; b) a assertiva I é verdadeira e a assertiva II é falsa; c) ambas assertivas são verdadeiras; d) a assertiva I é falsa e a assertiva II é verdadeira. e) a assertiva I é verdadeira e justifica a assertiva II AULA 12 - Questão discursiva: Definindo o conceito de neoconstitucionalismo, Luís Roberto Barroso assim se manifestou: A dogmática jurídica brasileira sofreu, nos últimos anos, o impacto de um conjunto novo e denso de ideias, identificadas sob o rótulo genérico de pós-positivismo ou principialismo. Trata-se de um esforço de superação do legalismo estrito, característico do positivismo normativista, sem recorrer às categorias metafísicas do jusnaturalismo. Nele se incluem a atribuição de normatividade aos princípios e a definição de suas relações com valores e regras; a reabilitação da argumentação jurídica; a formação de uma nova hermenêutica constitucional; e o desenvolvimento de uma teoria dos direitos fundamentais edificada sob a ideia de dignidade da pessoa humana. Nesse ambiente, promove-se uma reaproximação entre o Direito e a Ética. A partir da leitura do texto, INDAGA-SE: a) O neoconstitucionalismo busca valorizar a aplicação axiológica do direito? A resposta afirmativa se impõe, uma vez que o próprio neoconstitucionalimo busca uma reaproximação entre a ética e o direito. Razão pela qual vai justamente valorizar o discurso axiológico que se desenvolve a partir da força normativa da Constituição. Chamamos o neoconstitucionalimo de pós-positivismo, pois afasta a aplicação mecânica da lei ampliando o horizonte interpretativo dos Princípios Jurídicos. b) Em caso de colisão de princípios constitucionais, é correto afirmar que a teoria neoconstitucional recorre aos critérios hermenêuticos da hierarquia, cronológico ou da especificidade? No pensamento jurídico contemporâneo a melhor doutrina defende que em caso de colisão, a melhor solução é a apreciação da técnica da ponderação de interesses e do Principio da Proporcionalidade. Questão objetiva: Com o ocaso do modelo positivista surge o novo Direito Constitucional voltado para a Moral e a Justiça. Este novo modelo foi nominado de neoconstitucionalismo e incorpora grandes transformações paradigmáticas na hermenêutica. Marque a única opção que não se coaduna com este modelo contemporâneo da interpretação constitucional: a) afastamento da aplicação axiomático-dedutiva do direito b) dignidade da pessoa humana como novo epicentro jurídico-constitucional do Estado de Direito c) garantia da efetividade dos princípios jurídicos d) reconhecimento do direito como um sistema fechado de regras jurídicas e) reaproximação entre a ética e o direito AULA 13 - Questão discursiva: João da Silva é proprietário de um terreno não edificado e que vem servindo de atalho para se chegar à única escola pública da sua região. A grande maioria das crianças do bairro costumam passar por dentro da propriedade de João da Silva. Incomodado com o grande número de crianças circulando em sua propriedade, João da Silva resolver proibir a passagem das crianças de pele negra, como meio de reduzir o número de crianças que cortam o caminho para a Escola por seu terreno. A família de uma das crianças decide ajuizar uma ação para obrigar João da Silva a liberar a passagem de todas as crianças, amparando sua pretensão no direito à igualdade. Citado, João da Silva argumenta que a propriedade é sua e que não há nenhuma lei infraconstitucional que o obrigue a liberar a passagem por sua propriedade. Alega que, nos termos doi nciso II do artigo 5º da Constituição de 1988, ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei. Portanto, como não há nenhuma lei que o impeça de proibir o trânsito pela sua propriedade, ele pode permitir a passagem de quem bem entender. Na qualidade de juiz da causa e com e spequena reconstrução neoconstitucionalista, responda, JUSTIFICADAMENTE, se o caso em tela é de aplicação direta dos direitos fundamentais nas relações entre particulares? Sim, trata-se de vinculação dos particulares aos direitos fundamentais conhecida como eficácia horizontal dos direitos fundamentais. O exame da eficácia horizontal dos direitos fundamentais é tema fundamental no constitucionalismo contemporâneo, na medida em que consolida a abertura do catálogo de direitos fundamentais e sua incidência nas relações jurídicas privadas. Assim sendo, assinale a alternativa correta: a) Os direitos fundamentais devem sempre ter aplicação indireta nas relações estabelecidas entre particulares. b) A jurisprudência do STF não aceita a assim chamada eficácia horizontal dos direitos fundamentais. c) A aplicação de direitos fundamentais nas relações privadas é um fator limitador da autonomia da vontade, princípio elementar do Direito Civil. d) A Constituição de 1988 expressamente prevê a possibilidade de aplicação dos direitos fundamentais às relações entre particulares. AULA 14 - Questão objetiva: Acerca do pós-positivismo jurídico, analise as seguintes assertivas: I - A dogmática jurídica pós-positivista supera o legalismo estrito; II - A elaboração da escola pós-positivista busca seu fundamento na ideia de que o direito é um sistema aberto de regras e princípios; ,III – No âmbito do pós-positivismo jurídico, a solução dos problemas constitucionais contemporâneos é encontrada no próprio texto da Carta Magna mediante aplicação do dogma da subsunção; IV - Dentre outras, a dogmática pós-positivista caracteriza-se pela noção de sistema fechado de regras garantidoras da certeza jurídica máxima; V- O pensamento axiológico-indutivo do direito é predominante na escola póspositivista. Somente é CORRETO o que se afirma em: a. I e III; b. I, II e IV; c. III e V; d. I, II e V. e. II, III e V Questão discursiva Maria, jovem estudante de Direito, aproveitando a onda de calor que marcou o último verão carioca, resolveu praticar topless na praia da Barra da Tijuca. Enquanto tomava seu banho de sol, foi fotografada inúmeras vezes por um repórter de um importante jornal de circulação nacional. No dia seguinte ao evento, uma das fotos foi estampada na primeira página do jornal e era acompanhada por uma legenda que informava o fato de os termômetros terem registrado 40º (quarenta graus centígrados) no último final de semana. Maria já procurou a direção do órgão de imprensa, mas este informou que exerceu seu direito à informação, constitucionalmente garantido, e que não houve ofensa a nenhum direito de Maria. Esta última procura então alguma orientação jurídica. Na qualidade de advogado, como você a orientaria? Como advogado responderia a Maria que para a solução do caso o magistrado utilizaria a ponderação de valores, desta forma, os princípios ali relacionados iriam ser ponderados considerando a razoabilidade e a proporcionalidade. Contudo, vale ressaltar que o STJ no que tangea um caso semelhante entendeu não haver direito a indenização. AULA 15 - Questão discursiva: Decisão judicial pode assegurar direitos fundamentais que acarretem gastos orçamentários Em decisão unânime, a Segunda Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) reconheceu a possibilidade de determinação judicial assegurar a efetivação de direitos fundamentais, mesmo que impliquem custos ao orçamento do Executivo. A questão teve origem em ação civil pública do Ministério Público de Santa Catarina, para que o município de Criciúma garantisse o direito constitucional de crianças de zero a seis anos de idade serem atendidas em creches e pré-escolas. O recurso ao STJ foi impetrado pelo município catarinense contra decisão do Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJSC). A partir da leitura do texto acima, analise os principais óbices que enfraquecem a efetividade dos direitos sociais no direito contemporâneo. Os direitos sociais devem respeitar 03 grandes princípios a saber: Reserva do Possível, Mínimo existencial e o Não retrocesso, desta forma percebe-se que a exigência da reserva do possível, ou seja, de um orçamento para a garantia do direito é o elemento que pode restringir a efetividade dos direitos sociais. Questão objetiva (fonte: Exame OAB - CESPE - 2009): Associado à questão da aplicação dos direitos fundamentais de segunda dimensão é lícito afirmar que são direitos que têm sua efetividade afirmada segundo: a) A reserva do possível encontrada na dignidade da pessoa humana b) O mínimo existencial do Estado que o impossibilita de atender todas as demandas sociais prestacionais c) A reserva do possível do Estado que obriga o atendimento das demandas sociais independentemente de recursos orçamentários d) O mínimo existencial encontrado na dignidade da pessoa humana e) A reserva do possível que não se relaciona aos recursos financeiros do Estado AULA 16 - 1) A respeito do Conselho Nacional de Justiça é correto afirmar que: a) é órgão integrante do Poder Judiciário com competência administrativa e jurisdicional. b) pode rever, de ofício ou mediante provocação, os processos disciplinares de juízes e membros de Tribunais julgados há menos de um ano. c) seus atos sujeitam-se ao controle do Supremo Tribunal Federal e do Superior Tribunal de Justiça. d) a presidência é exercida pelo Ministro do Supremo Tribunal Federal que o integra e que exerce o direito de voto em todas as deliberações submetidas àquele órgão. 2) A obrigatoriedade ou necessidade de deliberação plenária dos tribunais, no sistema de controle de constitucionalidade brasileiro, significa que: a) somente pelo voto da maioria absoluta de seus membros ou dos membros do respectivo órgão especial poderão os tribunais declarar a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo do Poder Público. b) a parte legitimamente interessada pode recorrer ao respectivo Tribunal Pleno das decisões dos órgãos fracionários dos Tribunais Federais ou Estaduais que, em decisão definitiva, tenha declarado a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo. c) somente nas sessões plenárias de julgamento dos Tribunais Superiores é que a matéria relativa a eventual inconstitucionalidade da lei ou ato normativo pode ser decidida. d) a competência do Supremo Tribunal Federal para processar e julgar toda e qualquer ação que pretenda invalidar lei ou ato normativo do Poder Público pode ser delegada a qualquer tribunal, condicionada a delegação a que a decisão seja proferida por este órgão jurisdicional delegado em sessão plenária. 3) Em relação à inovação da ordem constitucional que instituiu a nominada Súmula Vinculante, é correto afirmar que: a) somente os Tribunais Superiores podem editá-la. b) podem ser canceladas, mas vedada a mera revisão. c) a proposta para edição da Súmula pode ser provocada pelos legitimados para a propositura da ação direta de inconstitucionalidade. d) desde que haja reiteradas decisões sobre matéria constitucional, o Supremo Tribunal Federal poderá, de ofício ou por provocação, aprovar a Súmula mediante decisão da maioria absoluta de seus membros. 4) Declarando o Supremo Tribunal Federal, incidentalmente, a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo federal em face da Constituição do Brasil, caberá a) ao Procurador-Geral da República, como chefe do Ministério Público da União, expedir atos para o cumprimento da decisão pelos membros do Ministério Público Federal e dos Estados. b) ao Presidente da República editar decreto para tornar inválida a lei no âmbito da administração pública. c) ao Senado Federal suspender a execução da lei, total ou parcialmente, conforme o caso, desde que a decisão do Supremo Tribunal Federal seja definitiva. d) ao Advogado-Geral da União interpor o recurso cabível para impedir que a União seja compelida a cumprir a referida decisão. 5) Assinale a opção correta a respeito da medida cautelar em sede de ação direta de inconstitucionalidade, de acordo com o que dispõe a Lei n.º 9.868/1999. a) Tal medida não poderá ser apreciada em período de recesso ou férias, visto que é imperioso que seja concedida por decisão da maioria absoluta dos membros do STF, após a audiência dos órgãos ou autoridades dos quais emanou a lei ou ato normativo impugnado. b) Essa medida cautelar só poderá ser concedida se ouvidos, previamente, o advogado geral da União e o procurador-geral da República. c) A decisão proferida em sede de cautelar, seja ela concessiva ou não, será dotada de eficácia contra todos, com efeito ex nunc, salvo se o STF entender que deva conceder-lhe eficácia retroativa. d) O relator, em face da relevância da matéria e de seu especial significado para a ordem social e a segurança jurídica, poderá, após a prestação das informações e a manifestação do advogado-geral da União e do procurador-geral da República, sucessivamente, submeter o processo diretamente ao STF, que terá a faculdade de julgar definitivamente a ação. 6) Acerca da edição de súmulas vinculantes pelo STF, assinale a opção correta. a) Ainda que inexistam reiteradas decisões sobre determinada matéria constitucional, o STF poderá criar súmula vinculante acerca do tema caso o julgue relevante. b) O enunciado da súmula deve versar sobre normas determinadas, quando exista, com relação a elas, controvérsia atual, entre órgãos judiciários ou entre esses e a administração pública, que acarrete grave insegurança jurídica e relevante multiplicação de processos. c) O procurador-geral da República manifestar-se-á acerca da edição de enunciado de súmula vinculante apenas nos casos em que o propuser. d) O Conselho Federal da OAB e os conselhos seccionais são legitimados a propor a edição de enunciado de súmula vinculante. 7) No que concerne ao controle de constitucionalidade, assinale a opção correta. a) Controle de constitucionalidade consiste na verificação da compatibilidade de qualquer norma infraconstitucional com a CF. b) Entre os pressupostos do controle de constitucionalidade, destacam-se a supremacia da CF e a rigidez constitucional. c) O controle concentrado de constitucionalidade origina-se do direito norte-americano, tendo sido empregado pela primeira vez no famoso caso Marbury versus Madison, em 1803. d) O controle concentrado de constitucionalidade permite que qualquer juiz ou tribunal declare a inconstitucionalidade de norma incompatível com a CF. 8) Assinale a opção correta no que diz respeito ao controle das omissões inconstitucionais. a) A omissão inconstitucional pode ser sanada mediante dois instrumentos: o mandado de injunção, ação própria do controle de constitucionalidade concentrado; e a ação direta de inconstitucionalidade por omissão, instrumento do controle difuso de constitucionalidade. b) O mandado de injunção destina-se à proteção de qualquer direito previsto constitucionalmente, mas inviabilizado pelaausência de norma integradora. c) A ação direta de inconstitucionalidade por omissão que objetive a regulamentação de norma da CF somente pode ser ajuizada pelos sujeitos enumerados no artigo 103 da CF, sendo a competência para o seu julgamento privativa do STF. d) Na omissão inconstitucional total ou absoluta, o legislador deixa de proceder à completa integração constitucional, regulamentando deficientemente a norma da CF. 9) Relativamente à organização e às competências do Poder Judiciário, assinale a opção correta. a) O Conselho Nacional de Justiça, órgão interno de controle administrativo, financeiro e disciplinar da magistratura, é composto por membros do Poder Judiciário, do MP, da advocacia e da sociedade civil. b) As causas em que entidade autárquica, empresa pública federal ou sociedade de economia mista seja interessada na condição de autora, ré, assistente ou oponente são de competência da justiça federal. c) A edição de súmula vinculante pelo STF poderá ocorrer de ofício ou por provocação de pessoas ou entes autorizados em lei, entre estes, os legitimados para a ação direta de inconstitucionalidade. O cancelamento ou revisão de súmula somente poderá ocorrer por iniciativa do próprio STF. d) Cabe reclamação constitucional dirigida ao STF contra decisão judicial que contrarie súmula vinculante ou que indevidamente a aplique. O modelo adotado na CF não admite reclamação contra ato que, provindo da administração, esteja em desconformidade com a referida súmula. 10) A respeito da arguição de descumprimento de preceito fundamental (ADPF), assinale a opção correta. a) O conceito de preceito fundamental foi introduzido no ordenamento jurídico brasileiro pela Lei n.º 9.882/1999, segundo a qual apenas as normas constitucionais que protejam direitos e garantias fundamentais podem ser consideradas preceito fundamental. b) Na ADPF, não se admite a figura do amicus curiae. c) A ADPF, criada com o objetivo de complementar o sistema de proteção da CF, constitui instrumento de controle concentrado de constitucionalidade a ser ajuizado unicamente no STF. d) A ADPF pode ser ajuizada mesmo quando houver outra ação judicial ou recurso administrativo eficaz para sanar a lesividade que se pretende atacar, em observância ao princípio da indeclinabilidade da prestação judicial. 11) No que diz respeito ao instituto da repercussão geral, inovação criada pela EC 45/2004 e regulamentada pela Lei n.º 11.418/2006, assinale a opção correta. a) Tal inovação tem por finalidade aumentar o número de processos que devem ser apreciados no STF, a fim de que as questões relevantes sejam todas julgadas o mais breve possível. b) Para a rejeição da repercussão geral, é necessária a manifestação da maioria absoluta dos membros do STF. c) A competência para a verificação da existência de repercussão geral, por decisão irrecorrível, é dos tribunais superiores e do STF. d) A decisão que nega a existência de repercussão geral vale para todos os recursos que versem sobre matéria idêntica, os quais serão indeferidos liminarmente. 12) Acerca do controle concentrado de constitucionalidade exercido pelo STF, assinale a opção correta. a) É possível a declaração de inconstitucionalidade de normas constitucionais originárias. b) É cabível o ajuizamento de ação direta de inconstitucionalidade cujo objeto seja lei ou ato normativo distrital decorrente do exercício de competência estadual e municipal. c) A ação direta de inconstitucionalidade por omissão admite pedido de medida liminar. d) Declarada a constitucionalidade de lei ou de ato normativo federal, em sede de ação declaratória de constitucionalidade, não se revela possível a realização de nova análise contestatória da matéria sob a alegação de que novos argumentos conduziriam a uma decisão pela inconstitucionalidade. 13) Acerca da edição de súmulas vinculantes pelo STF, assinale a opção correta. a) Ainda que inexistam decisões sobre determinada matéria constitucional, o STF poderá criar súmula vinculante acerca de tal matéria, caso a julgue relevante. b) O enunciado da súmula deve versar sobre normas determinadas apenas quando exista controvérsia atual quanto a elas, entre órgãos judiciários ou entre esses e a administração pública, que acarrete grave insegurança jurídica e relevante multiplicação de processos. c) O procurador-geral da República deverá se manifestar acerca da edição de enunciado de súmula vinculante apenas nos casos em que o propuser. d) O Conselho Federal da OAB e seus órgãos seccionais são legitimados a propor a edição de enunciado de súmula vinculante. 14) Acerca do controle de constitucionalidade, assinale a opção correta. a) Tanto na ação direta de inconstitucionalidade como na ação declaratória de constitucionalidade, as decisões do STF possuem força vinculante em relação aos demais tribunais e à administração pública federal, independentemente de a decisão ter sido sumulada. b) Os tribunais de justiça nos estados podem desempenhar o controle abstrato e concentrado de leis estaduais e municipais diretamente em face da CF. c) O STF é o único órgão competente para desempenhar o controle incidental de constitucionalidade no Brasil. d) Na ação direta de inconstitucionalidade, quando o relator indefere, sob qualquer fundamento, pedido de liminar, é admissível a utilização da reclamação contra essa decisão. 15) Acerca do Poder Judiciário, assinale a opção correta. a) Compete ao STJ julgar os conflitos de competência entre o TST e o TRF. b) Supondo-se que Fernando fosse condenado por crime político por meio de sentença proferida por juiz federal da Seção Judiciária de São Paulo, o recurso interposto contra essa sentença seria julgado pelo respectivo TRF. c) Supondo-se que João, servidor público federal regido pela Lei n.º 8.112/1990, pretendesse ingressar com ação contra a União buscando o pagamento de verbas salariais a que tivesse direito, a ação deveria ser proposta perante a justiça federal e não perante a justiça do trabalho. d) Supondo-se que Marcos, após ter sofrido dano por ação de empregado de empresa pública federal, pretendesse ingressar com ação de reparação de danos materiais e morais contra a empresa pública, deveria fazê-lo na justiça comum estadual. 16) Assinale a opção correta acerca do CNJ. a) Nenhum de seus membros pode ser indicado pelo Conselho Federal da OAB, cujos representantes podem, porém, falar e ser ouvidos em quaisquer sessões do CNJ. b) São suas funções receber e conhecer reclamações contra membro ou órgão do Poder Judiciário, inclusive contra seus serviços auxiliares. c) O mandato de seus membros dura quatro anos, admitida uma recondução. d) Seus membros são nomeados pelo presidente da República, depois de aprovada a escolha pela maioria absoluta da Câmara dos Deputados e do Senado Federal. 17) Com relação às regras pertinentes ao Poder Judiciário constantes da CF, assinale a opção correta. a) Compete à justiça do trabalho processar e julgar as ações oriundas da relação de trabalho, abrangidos os entes de direito público externo e da administração pública direta e indireta da União, dos estados, do DF e dos municípios. b) Cabem ao STF o processo e o julgamento dos mandados de segurança e dos habeas data contra ato de ministro de Estado, dos comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica. c) O ingresso na carreira da magistratura deve ser feito por concurso público de provas ou de provas e títulos, e o cargo inicial será o de juiz substituto. d) Os TRTs não se submetem à regra do quinto constitucional, diferentemente dos tribunais regionais federais e dos tribunais dos estados e do DF. 18) Acerca do controle de constitucionalidade concentrado, julgue os itens a seguir. I A administração públicaindireta, assim como a direta, nas esferas federal, estadual e municipal, fica vinculada às decisões definitivas de mérito proferidas pelo STF nas ações diretas de inconstitucionalidade e nas ações declaratórias de constitucionalidade. II Em razão do princípio da subsidiariedade, a ação direta de inconstitucionalidade por omissão somente será cabível se ficar provada a inexistência de qualquer meio eficaz para afastar a lesão no âmbito judicial. III É possível controle de constitucionalidade do direito estadual e do direito municipal no processo de argüição de descumprimento de preceito fundamental. IV São legitimados para propor ação direta de inconstitucionalidade interventiva os mesmos que têm legitimação para propor ação direta de inconstitucionalidade genérica. Estão certos apenas os itens a) I e II. b) I e III. c) II e IV. d) III e IV. 19) Assinale a opção incorreta com relação à argüição de descumprimento de preceito fundamental. a) As decisões de mérito, em argüição de descumprimento de preceito fundamental, possuem efeito vinculante. b) A argüição de descumprimento de preceito fundamental não será admitida quando houver outro meio eficaz para sanar a lesividade. c) Cabe reclamação ao STF quando for descumprida uma decisão tomada em argüição de descumprimento de preceito fundamental. d) Qualquer cidadão pode propor argüição de descumprimento de preceito fundamental. 20) Com relação ao controle de constitucionalidade no direito brasileiro, assinale a opção incorreta. a) A jurisprudência do STF entende que, nas ações diretas de inconstitucionalidade, o advogado- geral da União não está obrigado a fazer defesa do ato questionado, especialmente se o STF já tiver se manifestado pela inconstitucionalidade. b) A ação declaratória de constitucionalidade só é cabível quando ficar demonstrada a existência de controvérsia judicial relevante sobre a aplicação da disposição objeto da ação. c) Pode ser objeto da ação direta de inconstitucionalidade o decreto legislativo aprovado pelo Congresso Nacional com o escopo de sustar os atos normativos do Poder Executivo que exorbitem do poder regulamentar ou dos limites de delegação legislativa. d) O governador de um estado ou a assembléia legislativa que impugna ato normativo de outro estado não tem necessidade de demonstrar a relação de pertinência da pretendida declaração de inconstitucionalidade da lei. Correção AV1. 1. A respeito de deflagração do controle abstrato de constitucionalidade perante o STF, é correto afirmar que: b) requisito da pertinência temática não é exigido do CFOAB. 2. Quanto à temática do Controle de Constitucionalidade no ordenamento jurídico pátrio, destacadamente, em relação às normas preconizadas na Lei Federal nº 9868/99, é correto afirmar que:00 b) decorrido o prazo das informações da ADIN, serão ouvidos, sucessivamente, o AGU e o PGR, que deverão manifestar-se, cada qual, no prazo de quinze dias. 3. Itens que está de acordo com os aspectos processuais e procedimentais das ações diretas de inconstitucionalidade e das ações declaratórias de constitucionalidade: • Para o ajuizamento dessas ações não existe prazo prescricional ou decadencial; • É possível a apuração de questões fáticas, tanto que se admite, por exmeplo, a designação de peritos em caso de necessidade de esclarecimentos de circunstância de fato; • Restará impossível ao STF analisar a inconstitucionalidade material, caso o pedido verse apenas sobre a inconstitucionalidade formal de uma lei ou ato normativo. • São ações de índole objetiva, não admite-se a arguição de suspeição. Pode ocorrer o impedimento de Ministro que tenha atuado previamente no mesmo processo com o AGU ou PGR, requerente ou requerido. 4. Determinada lei municipal regulamentou o sistema de consórcios e sorteios em seu território. A ação cabível para que essa lei seja declarada inconstitucional, pelo STF, ante a usurpação da competência da União, para, privativamente, legislar sobre o assunto, é a: d) ADPF 5. Tendo em vista que a petição inicial de arguição de descumprimento de preceito fundamental (ADPF) dirigida ao STF deverá conter, entre outros requisitos, a indicação do ato questionado, a opção correta acerca do cabimento dessa ação constitucional: d) cabe ADPF sobre ato de efeitos concretos como decisões judiciais. 6. Determinado estado da Federação pretende realizar licitação para construção de um grande estádio de futebol. Mateus pretende, como cidadão, impedir a realização da obra, cuja, estimativa de preço considera superfaturada e que, em sua opinião será usada para o desvio de recursos públicos. Buscando reunir a documentação necessária à realização de seu intento, requer à autoridade competente, com a devida fundamentação, informações sobre os projetos e cálculos dos custos da obra. A autoridade requerida indefere o requerimento sem motivação. Contra o indeferimento, Mateus deverá utilizar a seguinte garantia constitucional: b) Mandado de segurança. 7. Acerca das formas de controle abstrato de constitucionalidade e do processo civil coletivo, responda os seguintes itens: a) É possível arguir em sede de ação civil pública a inconstitucionalidade de uma lei como objeto principal? Por que? . Não, apenas incidentalmente, pois usurparia a competência do STF, considerando que alcançaríamos com tal medida o efeito erga omnes. b) É possível afirmar que as ações constitucionais têm natureza de processo objetivo? Por que? Enumere 05 consequências processuais. Sim. Não cabe desistência, o contraditório é diferido, não precisa capacidade postulatória, alguns legitimados prescindem de demonstração de pertinência temática, a formação de litisconsórcio no polo passivo é restrita as autoridades das quais emanou a lei ou ato normativo impugnado, não é admitida a intervenção de terceiros com exceção do amicus curiae, não cabe ação rescisória, não possui dilação probatória e não é admitida a suspeição e impedimento. Pode produzir provas, efeitos erga omnes. 8. O Ministério da Justiça e o Presidente do CNJ assinaram acordos de colaboração técnica para facilitar a implantação do projeto Audiência de Custódia em todo o Brasil. Os acordos buscam incentivar o desenvolvimento e de penas alternativas e da política de monitoração eletrônica. As medidas previstas nos acordos buscam estimular e aproveitar o “potencial desencarcerador”, assegurando o uso dessas ferramentas com respeito aos direitos fundamentais. A assinatura dos documentos alinha-se a uma das principais diretrizes da atual gestaõ do CNJ, que é o combate à cultura do encarceramento. Segundo o Ministro da Justiça, é necessário desnudar problemas típicos do sistema prisional brasilero, a exmeplo da superlotação carcerária e da falta de capacidade para a ressocialização de presos. Precisamos aplicar as sanções penais devidas e efetivas. Ainda há a ideia de que apenas a pena restiritiva de liberdade é eficaz, mas há medidas cautelares, como a monitoração eletrônica, que precisam ser aplicadas. Precisamnos encontrar sanções penais duras, eficazes e que não prejudiquem a segurança pública nos estados”, defendeu o Ministro. Considerando a atenção aos princípios constitucionais comente fundamendamente acerca do sistema carcerário brasileiro e o estudo de coisas inconstitucional. O estado de coisas inconstitucional tem origem nas decisões da suprema corte colombiana, que uma de suas decisões reconheceu a inconstitucionalidade do sistema carcerário por ofensa do princípio da dignidade da pessoa humana. No Brasil há uma ADIN no STF solicitando o reconhecimento do estado de coisas inconstitucional do sistema carcerário. O grande do problema do reconhecimento é a aplicação e os efeitos práticos, após o reconhecimento. Estado de Coisas Inconstitucional– existe quando um quadro insuportável de violações de direitos fundamentais começam a ocorrer de forma massiva/generalizada, decorrente da omissão ou comissão de diferentes autoridades públicas, agravado pela inércia reiterada dessas mesmas autoridades, ou seja, a estrutura da ação estatal está com sérios problemas e não consegue modificar a situação tida como inconstitucional. 9. O Deputado Federal Alfredo Rodrigues apresentou projeto de lei prevendo o estabelecimento de penas de prisão perpétua e de trabalhos forçados para os condenados pela prática de crimes considerados hediondos pela legislação brasileira. Outro deputado, Silmar Correa, decide consultá- lo acerca da possibilidade de questionar perante o Poder Judiciário uma suposta inconstitucionalidade do referido projeto de lei antes mesmo que ele venha a ser submetido a votação pelo CN. Como deverá ser respondida a consulta? Excepcionalmente, o poder judiciário pode realizar um controle prévio de constitucionalidade e neste caso, o fará por meio de mandado de segurança (MS 23047 DF). Revisão. Papel da Sumula Vinculante no controle da constitucionalidade: Instrumento utilizado pelo STF, onde poucos legitimados (previsto em lei) podem solicitar sua edição, mas normalmente o próprio supremo resolve editar (após reiteradas decisões sobre matéria constitucional). Possuem efeitos vinculantes e erga omnes. Não vincula o STF, apenas as instâncias inferiores e a administração pública. No âmbito administrativo, a não observância da Súmula acarreta a anulação do ato administrativo e na esfera judiciária a cassação da decisão judicial. Dada a supremacia da Constituição Federal e tendo em vista que o objeto da súmula vinculante é matéria constitucional, vislumbra-se no efeito vinculante um novo controle de constitucionalidade, pois vincula a todos, independente se a lei ou ato administrativo tenha sido objeto de uma específica ação direta de inconstitucionalidade. Preceitos Fundamentais – são os princípios fundamentais (art.1 ao 4), os princípios sensíveis (art. 34), os princípios que regem a administração pública (art. 37) e as cláusulas pétreas (art.60). O que é modulação temporal das decisões judiciais em sede de ações constitucionais? É o que permite o STF quando da decisão em sede de ação constitucional diga a partir de quando a decisão vai produzir efeitos. As questões ou decisões políticas que deveriam ser tomadas por outros poderes (Executivo e Legislativo) acabam por ser decididas pelo Poder Judiciário: • No ativismo judicial ocorre pela vontade do juiz, ao realizar a interpretação das leis, em casos concretos que chegam a sua jurisdição, de forma proativa e inspirado em princípios neoconstitucionalistas, opta por realizar uma interpretação ativista da lei, mais pautada em princípios constitucionais do que na letra da lei, por vezes dando determinações a outros poderes para que realizem esta ou aquela política pública, sem requisição e, às vezes, sem participação processual dos demais poderes no caso concreto. Atende às demandas sociais não atendidas por instâncias políticas. O ativismo judicial ocorre quando o Judiciário, incumbido de julgar e guardar a Constituição, por escolha própria, avoca para si o papel de tomar as decisões políticas. • Na Judicialização, as decisões políticas acabam sendo encaminhadas ao judiciário pelos outros poderes ou por agentes políticos desses poderes. Representa em grande parte a transferência de poder político para o Judiciário, principalmente, para o Supremo Tribunal Federal. Significa que questões relevantes do ponto de vista político, social ou moral estão sendo decididas, em caráter final, pelo Poder Judiciário. Estado de Coisas Inconstitucional – existe quando um quadro insuportável de violações de direitos fundamentais começam a ocorrer de forma massiva/generalizada, decorrente da omissão ou comissão de diferentes autoridades públicas, agravado pela inércia reiterada dessas mesmas autoridades, ou seja, a estrutura da ação estatal está com sérios problemas e não consegue modificar a situação tida como inconstitucional. As ações constitucionais são imprescritíveis e não sofrem os efeitos da decadência e prescrição.
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