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Diferença entre comerciante e empresário Inicialmente, com a promulgação do Código Comercial de 1850 e com a necessidade da adoção de uma teoria capaz de apresentar os elementos necessários para a identificação do sujeito de tais normas, o ordenamento jurídico brasileiro, inspirado no Código Comercial Francês de 1808, adotou a Teoria dos Atos de Comércio. Para esta teoria, a identificação do sujeito das normas do direito comercial se dá em função da atividade por ele exercida. Assim, todo aquele que explore uma atividade considerada como um ato de comércio é um comerciante, submetendo-se às normas próprias do direito comercial. Ressalte-se que, embora o Código Comercial de 1850 não tenha identificado em seu texto os atos de comércio, o Regulamento 737, de 1850, os especificou taxativamente. Deste modo, nos termos do revogado artigo 19 do Regulamento 737/1850, eram considerados atos de mercancia, ou seja, atos de comércio, ou simplesmente comércio, as seguintes atividades: a compra e venda ou troca de bens móveis ou semoventes; as operações de câmbio, banco e corretagem; a fabricação, depósito, expedição e transporte de mercadorias; a realização de espetáculos públicos, seguros, fretamentos; e a armação e expedição de navios. Logo, todo aquele que explorasse qualquer uma das referidas atividades seria considerado um comerciante pelo simples fato de explorar um ato de comércio, submetendo-se às normas do direito comercial. Neste sentido, sob a vigência da Teoria dos Atos de Comércio, nada mais correto do que designar o seu sujeito como comerciante; a atividade por ele explorada como comércio; o conjunto de bens por ele organizado para exploração de sua atividade como estabelecimento comercial; OBS: podemos assim afirmar que todo comerciante é empresário, mas nem todo empresário é comerciante. Empresário conceito (artigo 966do C.C.): como sendo aquele que “exerce profissionalmente atividade econômica organizada para a produção ou a circulação de bens ou de serviços”. Comerciante conceito: é toda pessoa capaz que pratica, profissionalmente, atos de intermediação na troca, com intuito de lucro. Características: · a)Capacidade- podem exercer o comércio todos os que se acharem na livre administração de suas pessoas e bens, de acordo com as regras do Código Civil. Observe-se que no caso de pessoa jurídica, quem tem a qualidade de comerciante é ela e não os sócios. · b)Intermediação- por intermediação entende-se o fato de estar o comerciante colocado entre o produtor e o consumidor. · c) Especulação ou intuito de lucro- não é necessário que o lucro esteja presente, bastando a sua perseguição. · d)Profissionalidade-é o exercício efetivo e habitual da mercancia. · e) Atuação no próprio nome- para que uma pessoa possa adquirir a qualidade de comerciante, é necessário que a prática habitual do comércio seja exercida pelo próprio comerciante, ou em seu nome e por sua conta.
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