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Aula 4_Direção

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DIREÇÃO
A função administrativa de direção no nível institucional da empresa:
É a responsável pela condução e pela orientação da ação empresarial por meio da dinamização das atividades realizadas em todas as áreas e níveis da empresa.
É uma função predominantemente voltada para o desempenho das pessoas, pois estas são os recursos que vivificam os demais recursos empresariais. 
A direção constitui a função de acionar, de fazer acontecer, de dinamizar a empresa, portanto está relacionada com a ação.
Além disso, esta função refere-se às relações interpessoais dos gestores em todos os níveis da organização e os seus respectivos subordinados, envolve todos os processos por meio dos quais se procura influenciar os empregados para que ajam dentro das expectativas e consigam atingir ou mesmo superar os objetivos planejados pela empresa.
Cada vez se enfatiza mais os grupos e as equipes e não apenas o comportamento individualizado. As equipes são mais do que simplesmente grupos de pessoas. Através da direção, obtém-se objetivos convergentes, sinergia entre as pessoas, responsabilidade coletiva e solidária e habilidades complementares. 
Daí, decorre a ênfase em programas de envolvimento das pessoas, como a administração participativa, a participação representativa, as forças-tarefas, os círculos de qualidade e os planos de aquisição de ações das companhias.
Existem dois estilos básicos de direção como dois extremos de um continuum:
 teoria X e o da teoria Y. 
TEORIA X
TEORIA Y
Teoria Comportamentalista – Behaviorista 
de Douglas MacGregor
TEORIA X - tradicional
TEORIA Y - moderna
Pessoas são indolentes/preguiçosas
Evitam o trabalho
São fundamentalmente egocêntricas
Seus objetivos pessoas opõem-se aos da organização
Evitam responsabilidades a fim de sentirem mais seguras
Sua dependência as torna incapazes de autocontrole autodisciplina
As pessoas são esforçadas e gostam de ter o que fazer
O trabalho é uma atividade tão natural quanto brincar ou descansar
Procuram e aceitam responsa-bilidades e desafios
Podem ser automotivadas e autodirigidas
São criativas e competentes
Adm.Científica de Taylor, Teoria Clássica de Fayol e Teoria da Burocracia de Weber
Adm. participativa baseada em valores humanos e sociais. Iniciativa individual.
Douglas McGregor publicou a obra “O Lado Humano da Empresa”. É um dos mais famosos autores behavioristas da Administração. Preocupou-se em comparar dois estilos opostos e antagônicos de administrar.
Diz o autor que a Teoria X - a concepção tradicional de administração, baseia-se em convicções errôneas e incorretas sobre o comportamento humano. Ela leva as pessoas a fazerem exatamente o que a organização pretende que elas façam, independentemente de suas opiniões ou objetivos pessoais.
Na sua visão, até a Teoria das Relações Humanas é demagógica e manipulativa - uma forma suave, macia e enganosa de se fazer Teoria X.
A Teoria Y é a Teoria Comportamental. O homem médio tem prazer em trabalhar. As pessoas não são resistentes ou passivas às necessidades da empresa. Têm comportamentos adequados e capacidade para assumir responsabilidades. Aprendem sob certas condições. Têm alto grau de imaginação e de criatividade à solução de problemas empresariais. Sob certas condições da vida moderna, as potencialidades intelectuais humanas são parcialmente utilizadas.
Medidas inovadoras e humanistas: a) descentralização das decisões e delegação de responsabilidades; b) ampliação do cargo para dar maior significado ao trabalho; c) participação nas decisões mais altas e administração consultivas (consultar empregados a respeito de decisões a serem tomadas); d) auto-avaliação do desempenho.
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A DIREÇÃO TAMBÉM DEPENDE DE UM 
CONTINUUM DE 4 SISTEMAS 
AUTORIÁRIO- COERCITIVO
CONSULTIVO
AUTORIÁRIO- BENEVOLENTE
PARTICIPATIVO
A gestão participativa está substituindo rapidamente a velha gestão autocrática do passado. Ela utiliza amplamente o conceito de empowerment no sentido de dar importância e autonomia às pessoas. Para tanto, o administrador precisa utilizar os alavancadores do empowerment.
Em alguns casos, verifica-se a coexistência dos quatro sistemas de administração 
em diferentes áreas e níveis da mesma organização. 
Tudo isso depende da cultura organizacional. 
A cultura organizacional pode ser percebida em três níveis de profundidade, 
de acordo com Schein:
Artefatos - É o primeiro nível, o mais superficial. Basicamente é tudo o que percebemos assim que temos contato com uma organização. Neste nível temos os produtos, padrões comportamentais, vestuário, espaço físico, símbolos, logotipos, a linguagem, etc.
A cultura organizacional pode ser percebida em três níveis de profundidade, 
de acordo com Schein:
Valores - Relacionados com a crença no que é certo ou errado dentro da organização. Existe em um nível consciente e são utilizados para explicar e justificar o comportamento dos integrantes. Podem ser percebidos nas histórias, lendas, na linguagem e nos símbolos.
A cultura organizacional pode ser percebida em três níveis de profundidade, 
de acordo com Schein:
Pressupostos Básicos - São as verdades inquestionáveis. Valores tão arraigados que nem mais são explicitados. São as fontes originais dos valores. É o nível mais profundo e difícil de ser mudado. Como os valores, podem ser percebidos nas histórias, lendas, na linguagem e nos símbolos.
 
Todo comportamento humano é causado, motivado e orientado por objetivos pessoais e pode ser explicado por meio do ciclo motivacional:
equilíbrio interno, estímulo ou incentivo, necessidade, tensão, comportamento ou ação e satisfação da necessidade ou frustração ou ainda compensação por meio de 
outro comportamento derivativo.
Equlíbrio interno
incentivo
necessidade
Tensão
Comporta-mento
Frustração
Compen-sação 
A função administrativa de direção no nível intermediário da empresa recebe o nome de gerência e se incumbe de dirigir o comportamento das pessoas para o alcance dos objetivos empresariais. 
A gerência é uma atividade voltada para as pessoas e se fundamenta na:
Motivação
Liderança
Comunicação
As necessidades humanas estão dispostas em uma hierarquia. 
As necessidades inferiores monopolizam o comportamento por serem 
mais prementes; contudo, à medida que são satisfeitas, as necessidades superiores começam a se manifestar. 
A Motivação é o primeiro aspecto importante
 da gerência
Em 1943, Maslow concebe a motivação como algo constante, infinito e complexo, encontrado em todos os seres humanos.
O homem é um animal que deseja e raramente alcança um estado de completa satisfação.
Auto-realização
(desenvolvimento pessoal, conquista)
Estima 
 (auto-estima, reconhecimento, status)
Sociais
(relacionamento, amor, fazer parte de um grupo)
Segurança
(defesa, proteção, trabalho e renda, abrigo)
Fisiológicas
(fome, sede, sexo, sono, etc.)
NECESSIDADES
A motivação e a satisfação são os primeiros aspectos importantes na gerência. São explicadas por dois fatores: higiênicos (ou extrínsecos ao cargo) e motivacionais (intrínsecos ao cargo). Esses fatores foram elaborados por Frederick Herzberg, denominados Teoria dos dois fatores.
Alguns conceitos da teoria dos dois fatores:
Os fatores motivacionais referem-se às tarefas e ao cargo ocupado e refletem diretamente na produtividade do trabalhador. Isso porque está relacionado com características ligadas a satisfação e ao reconhecimento profissional.
A insatisfação diante do seu trabalho é gerada pelo ambiente. Está diretamente ligada a fatores higiênicos.
Os fatores motivacionais são as atividades que geram um desafio e estimulam a sua satisfação diante do cargo ocupado.
	Fatores que levam à insatisfação	Fatores que levam 
à satisfação
	Política da empresa	Crescimento
	Condições do ambiente de trabalho	Desenvolvimento
	Relacionamento com outros funcionários	Responsabilidade
	Segurança	Reconhecimento
	Salário	Realização
São determinados pela organização e ligados a cultura organizacional. Não estãosob controle dos funcionários. Estão relacionados ao ambiente e todas as condições físicas do local de trabalho e podem incluir salários, benefícios, políticas, etc.
A expressão "higiênicos" foi escolhida para mostrar que deve ser algo totalmente prevenido em uma empresa para não gerar insatisfação dos colaboradores, ao mesmo tempo em que, quando estão de acordo com o ambiente, ocorre tudo de forma correta.
Fatores higiênicos (extrínsecos ou ambientais):
A motivação também pode ser explicada por uma abordagem contingencial. De acordo com essa abordagem, a motivação de produzir depende de expectativas, recompensas e de relações entre ambas, na qual os resultados intermediários dependem dos resultados finais esperados.
Os resultados intermediários que tenham elevada instrumentalidade e expectância em relação aos resultados finais têm maior potência motivacional, como é o caso do dinheiro. Daí, o conceito de homem complexo, em contraposição ao simplismo do conceito de homem econômico e de homem social. O estado motivacional das pessoas produz o clima organizacional reinante na empresa.
É a influência interpessoal exercida em uma situação e dirigida por meio do processo de comunicação humana para o alcance de objetivos específicos. 
A Liderança é o segundo aspecto importante
 da gerência
Pelos traços de personalidade do líder ou por estilos de liderança (autoritária, liberal e democrática ou centrada na tarefa versus centrada nas pessoas)
Por certas habilidades gerenciais básicas (como a teoria 3-D da eficácia gerencial). 
Ler explicação
A Liderança pode ser explicada:
Por teorias situacionais (ou contingenciais) que consideram o líder, os subordinados e a situação como três forças interagentes
Por um modelo contingencial que considera o poder da posição do líder, a estrutura da tarefa a ser executada pelos membros e as relações líder-membros.
A Liderança pode ser explicada:
Sobre a Teoria 3D leia: http://www.artigos.com/artigos/sociais/administracao/lideranca/o-perfil-do-lider-atraves-da-teoria-3_d-da-eficacia-de-lideranca.-4969/artigo/#.VE1qoovF_ok
Eficácia Gerencial de Reddin apresenta um modelo para o desenvolvimento da eficácia gerencial que se baseia no fato de que o administrador é solicitado a ser eficaz em uma variedade de situações e sua eficácia é medida na proporção em que ele é capaz de transformar seu estilo de maneira apropriada em situações de mudança. 
A Teoria de Reddin (1977) foi desenvolvida a partir de uma série de pesquisas realizadas por psicólogos nos Estados Unidos e denominada 
“Teoria 3-D da Eficácia de Liderança”.
1 – Eficácia gerencial: deve ser asvaliada em termos de produto, em vez de insumo, ou seja, mais por aquio que o administrador alcança em resultados, do que por aquilo 
que ele faz.
2 - A eficácia administrativa não é um aspecto de personalidade do administrador, mas é função da correta manipulação da situação. 
Principais conceitos da
“Teoria 3-D da Eficácia de Liderança”.
	Gerente eficiente	Gerente eficaz
	Faz as coisas de maneira certa	Faz as coisas certas
	Resolve os problemas	Produz alternativas criativas
	Cuida dos recursos	Aperfeiçoa a utilização dos recursos
	Cumpre seu dever	Obtém resultados
	Reduz custos	Aumenta lucros
Diferenças entre o gerente eficiente e o eficaz:
As comunicações – sejam formais ou informais, orais ou escritas, descendentes, ascendentes ou laterais – são importantes para o comportamento humano nas empresas.
Comunicação é o terceoroo aspecto importante
 da gerência
PROCESSO DE COMUNICAÇÃO: elementos-chave
Emissor
Codificação
Mensagem 
 Meio
Decodificação
Receptor
Feedback
Ruído
Resposta
O emissor é quem inicia o processo de comunicação, escolhe o código (codificação) para expressar sua mensagem (conteúdo da comunicação), por intermédio de meios de comunicação (mídia), dirigida ao receptor, que, por sua vez, decodifica a mensagem (decodificação). O receptor, estimulado pela comunicação, dará uma resposta ao emissor, que poderá ou não ser o resultado (feedback) esperado por este. Elementos imprevistos e fora do controle do emissor (ruído) poderão intervir nesse processo, reduzindo a eficácia da comunicação.
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O processo de comunicação é constituído de sete etapas: ideação, codificação, transmissão, canal, recepção, decodificação e ação, mas é influenciado por quatro elementos: linguagem, retroação, percepção e ruído. Também pode ser influenciado por barreiras técnicas, semânticas e humanas.

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