Alfred Adler

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Alfred Adler
Psicoterapias Dinâmicas
Docentes: Prof. Bruno Gonçalves
Prof.ª Salomé Santos
Discentes: Leonor Peres, Nº 10157
Pedro Garcia Lopes, Nº 7486 
Rafaela Rosa, Nº 7881
Sandra Dias, Nº 7927
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O nosso trabalho…
● Introdução
○ -Notas bibliográficas
○ -O legado de Alfred Adler
● Psicologia Individual
○ -Conceitos base
○ -Princípios da teoria Adleriana
● Psicoterapia
○ -A perturbação psicológica
○ -Abordagem da terapia Adleriana
○ -Fases do processo psicoterapêutico
○ -Técnicas psicoterapêuticas
○ -Casos clínicos
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Principais notas 
BiográficasAlfred Adler
Nasceu em 1870, em Viena. Faleceu, vítima de ataque cardíaco, 
em 1937 na Escócia.
“Alfred Adler enfatizou a importância de se entender os indivíduos 
no seu contexto social. Logo no início do século passado, Adler 
começou a defender conceitos tão cruciais e contemporâneos 
como a igualdade, a educação parental, a influência da ordem de 
nascimento, o estilo de vida e o carácter holístico dos indivíduos.”
Fonte: North American Society of Adlerian Psychology - http://www.alfredadler.org/
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O legado de Alfred Adler 
Publicações do Autor
Publicações das Associações Adlerianas
 Journal of Individual Psychology (Semestral)
 The Individual Psychologist (Trimestral)
 …
Principais Publicações
Exemplos de outras áreas
Psicoterapia
Counseling
Psicologia Educacional
Psicologia Relacional
Personalidade
Principais áreas 
abordadas
Comportamentos aditivos
Suicídio
Distúrbios psiquiátricos
Clientes não motivados
…
Fonte: North American Society of Adlerian Psychology - http://www.alfredadler.org/
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O legado de Alfred Adler 
● • North American Society of Adlerian Psychology
● • Adlerian Society UK & Institute for Individual Psychology (ASIIP) 
● • Association of Adlerian Individual Psychological Counsellors Germany 
(VIBD) 
● • Centro de Estudios Adlerianos (Uruguai)
● • Società Italiana di Psicologia Individuale
● • Italian Center of Adlerian Studies
Sociedades 
Internacionais
Sociedades Nacionais
● International Association of Individual Psychology 
● The International Committee for Adlerian Summer Schools and 
Institutes (ICASSI) 
Fonte: North American Society of Adlerian Psychology - http://www.alfredadler.org/
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O legado de Alfred Adler 
● • Alfred Adler Institute of New York 
● • Alfred Adler Institute of Northwestern Washington 
● • Alfred Adler Institute of San Francisco 
● • Florida Adlerian Society 
● • Georgia Society of Adlerian Psychology 
● • Idaho Society of Individual Psychology 
● Kinderschool Adlerian Nursery (Ontario) 
● MAPS/McAbee Adlerian Psychology Society (Maryland) 
● Puget Sound Adlerian Society (Washington)
● Saskatoon Adlerian Society (Canadá)
● South Carolina Society for Adlerian Psychology 
● The Individual Psychology Society - Chicago 
Sociedades Norte Americanas
Fonte: North American Society of Adlerian Psychology - http://www.alfredadler.org/
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O legado de Alfred Adler 
Alfred Adler, 1929
Fonte: North American Society of Adlerian Psychology - http://www.alfredadler.org/
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Psicologia Individual
●•A sua psicologia individual apresenta 
uma visão optimista das pessoas, 
baseada fortemente no conceito de 
interesse social – sentimento de 
identidade para com a humanidade.
●•Pessoas essencialmente motivadas 
por influências sociais e pela luta para 
alcançar a superioridade ou o sucesso.
Pessoas são responsáveis por aquilo que 
são.
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Psicologia Individual
Comportamento presente é moldado 
pelas visões das pessoas sobre o 
futuro.
As pessoas psicologicamente 
saudáveis estão cientes do que 
fazem e por que razão o fazem.
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Psicologia Individual
Adler desenvolveu uma teoria 
simples e moderada: 
As pessoas nascem com corpos 
fracos e inferiores – condição que leva 
a sentimentos de inferioridade e 
consequente dependência de outras 
pessoas. Portanto, um sentimento de 
identidade com os outros – interesse 
social – é inerente ao indivíduo e 
corresponde ao padrão final de saúde 
psicológica. 
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Psicologia Individual
Princípios da 
Teoria Adleriana
Feist, J. & Feist, G. 
(2008)
1. A força dinâmica 
subjacente ao 
comportamento das 
pessoas é a luta pelo 
sucesso ou pela 
superioridade;
2. As percepções 
subjectivas das 
pessoas moldam os 
seus comportamentos 
e as suas 
personalidades;
3. A personalidade é 
unificada e auto-
consistente;
4. O valor de toda a 
actividade humana 
deve ser visto a partir 
da perspectiva do 
interesse social;
5. A estrutura de 
personalidade auto-
consciente manifesta-
se no estilo de vida 
das pessoas;
6. O estilo de vida é 
moldado pelo poder 
criativo das pessoas.
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1. Luta pelo sucesso ou pela superioridade
● •Adler reduzia toda a motivação a um único 
impulso – o da luta pelo sucesso ou pela 
superioridade. 
● •Todos os indivíduos nascem com 
deficiências físicas que activam sentimentos 
de inferioridade que, por si, motivam o 
alcance do sucesso ou da superioridade.
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● •Assim, indivíduos psicologicamente doentes lutam pela 
superioridade pessoal enquanto que pessoas 
psicologicamente saudáveis pretendem o sucesso para 
toda a humanidade. 
● •Adler chamou a força dinâmica única de luta pela 
superioridade, limitada às pessoas que buscam a 
superioridade pessoal sobre os outros; introduziu então o 
termo de luta pela sucesso para descrever as acções dos 
indivíduos que são motivados por interesses sociais 
altamente desenvolvidos (1956).
1. Luta pelo sucesso ou pela superioridade
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Independentemente da motivação para a luta, cada um 
é orientado por uma meta final: fictícia, não possuindo 
uma existência objectiva, mas apresentando grande 
significado – unifica a personalidade e torna todos os 
comportamentos compreensíveis. 
Cada pessoa tem poder para criar uma meta fictícia 
personalizada, construída a partir das matérias-primas oferecidas 
pela hereditariedade e pelo ambiente, não sendo contudo 
determinada geneticamente ou ambientalmente
1. Luta pelo sucesso ou pela superioridade
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A meta é produto de um poder criativo – da 
habilidade para moldar livremente o 
comportamento e para criar uma personalidade 
própria. Reduz, assim, o sofrimento causado 
pelos sentimentos de inferioridade e orienta a 
pessoa na direcção da superioridade ou 
sucesso. 
1. Luta pelo sucesso ou pela superioridade
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Crianças psicologicamente inseguras criaram a sua 
meta essencialmente a nível inconsciente, 
enquanto crianças que experimentaram amor e 
segurança estabelecem metas bastante 
conscientes e entendidas com clareza – têm níveis 
mais altos de percepção.
1. Luta pelo sucesso ou pela superioridade
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Na luta pela meta final, o indivíduo vai criando e 
procurando muitas metas preliminares. Estas 
são frequentemente conscientes, permanecendo 
contudo desconhecida a sua conexão com a 
meta final. Agrupam-se num padrão auto-
consciente e, quando a meta final de um 
indivíduo é conhecida, todas as acções ganham 
sentido e cada uma assume um novo 
significado.
Mais, os sentimentos de inferioridade são apenas 
deflagrados pela tendência humana inata para a realização 
ou para a perfeição
1. Luta pelo sucesso ou pela superioridade
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● •Adler identificou assim dois caminhos gerais de luta:
- Tentativa não-produtiva de conquistar a superioridade 
pessoal (lutam por superioridade com pouca ou nenhuma preocupação pelos 
outros, com metas pessoais e lutas são motivadas essencialmente por exageros de 
inferioridade; por vezes podem esconder consciente ou inconscientemente o seu 
egocentrismopor detrás de uma máscara de interesse social)
- Interesse social direccionado para o sucesso ou perfeição de 
cada um (psicologicamente saudáveis, motivadas pelo interesse social e sucesso 
de toda a humanidade; preocupados com metas acima deles próprios e capazes de 
prestar auxilio sem espera de recompensa pessoal; o seu sucesso não é conseguido 
à custa dos outros mas sim através de uma tendência natural para seguir na 
direcção da realização/perfeição; o progresso social torna-se, para elas, mais 
importante que o crédito pessoal)
1. Luta pelo sucesso ou pela superioridade
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A maneira como os indivíduos lutam não é 
determinada pela realidade, mas sim moldado 
pelas suas percepções dela – ficções ou 
expectativas para o futuro. 
A meta final e subjectiva orienta o nosso estilo de 
vida e proporciona unidade à nossa 
personalidade, estando a motivação não 
baseada no que é verdadeiro, mas nas 
percepções subjectivas do que é verdadeiro.
2. Percepções Subjectivas
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Assim, Adler adoptou uma visão teleológica, em 
que as pessoas são motivadas por percepções 
presentes acerca do futuro – não precisando 
estas de serem conscientes ou compreendidas – 
que oferecem um propósito para todas as acções 
e que são responsáveis por um padrão 
consistente que se mantém ao longo de toda a 
vida.
2. Percepções Subjectivas
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Com o termo psicologia individual, Adler 
pretendia salientar a ideia de que cada indivíduo 
é único e indivisível. 
Assim, insiste na unidade fundamental da 
personalidade contrariando a existência de 
comportamentos inconsistentes. 
Pensamentos, sentimentos e acções são, todos 
eles, dirigidos a uma única meta e servem um 
único propósito. 
3. Unidade e auto-consistência da personalidade
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Adler (1956) reconheceu diversas formas 
pelas quais a pessoa, como um todo, 
funciona com unicidade e auto-consistência: 
dialecto dos órgãos e harmonia entre 
acções conscientes e inconscientes.
3. Unidade e auto-consistência da personalidade
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No primeiro caso, a pessoa como um todo luta 
de forma auto-consistente na direcção de uma 
meta única sendo todas as acções e funções em 
separado consideradas apenas como parte 
dessa meta. Logo, a perturbação de uma parte 
do corpo humano nunca pode ser vista de modo 
isolado; afecta a pessoa como um todo. 
3. Unidade e auto-consistência da personalidade
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A expressão dialecto dos órgãos implica que 
o órgão deficiente expressa a direcção da 
meta do indivíduo – os órgãos do corpo 
“falam uma língua que normalmente é mais 
expressiva e revela mais claramente a 
opinião do individuo do que as palavras são 
capazes de fazer”. 
3. Unidade e auto-consistência da personalidade
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Relativamente à harmonia entre as acções 
conscientes e inconscientes, Adler definiu o 
inconsciente como parte da meta que não é 
claramente formulada nem totalmente 
compreendida pelo indivíduo. 
O autor considerava ambas as partes 
colaboradoras de um mesmo sistema unificado, 
sendo os pensamentos conscientes 
compreendidos e considerados pela pessoa 
como úteis na sua luta, enquanto os 
inconscientes não o eram.
3. Unidade e auto-consistência da personalidade
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Os comportamentos de cada um levam ou 
não a um estilo de vida saudável, 
dependendo do grau de interesse social 
que cada um desenvolveu durante a 
infância.
3. Unidade e auto-consistência da personalidade
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Gemeinschaftsgefühl
Uma tradução mais apurada poderia ser: 
sentimento social ou de comunidade 
Termo original – sentimento de unidade com 
todas as pessoas, implicando afiliação à 
comunidade social de toda a humanidade. 
Uma pessoa com uma Gemeinschaftsgefühl desenvolvida 
não luta pela superioridade pessoal, mas por perfeição para 
todas as pessoas numa comunidade ideal.
4. Interesse social
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O interesse social pode ser definido como uma atitude de se 
relacionar com os outros e com uma empatia com cada indivíduo. 
Manifesta-se como cooperação com outras pessoas para o 
progresso pessoal e é condição natural da espécie humana para a 
união da sociedade. 
A inferioridade individual torna necessário o interesse social de 
modo a formar uma sociedade. 
Este interesse encontra-se enraizado em todos os indivíduos mas 
deve ser desenvolvido, tendo origem no relacionamento entre a 
criança e a mãe nos primeiros meses de vida.
4. Interesse social
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O interesse social era o padrão usado por Adler 
para avaliar a saúde psiquica, sendo “o critério 
exclusivo dos valores humanos” (1927). Era o 
padrão a ser empregado na determinação da 
utilidade de uma vida. O grau de interesse social 
de uma pessoa determina a maturidade 
psicológica.
4. Interesse social
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Característica da vida da pessoa, que inclui a 
meta, o auto-conceito, os sentimentos pelos 
outros e a atitude referente ao mundo. 
Resulta da interacção entre hereditariedade, 
ambiente e poder criativo de uma pessoa.
5. Estilo de vida
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Indivíduos psicologicamente não saudáveis têm um estilo de vida 
inflexível, marcado pela incapacidade de escolher novos estilos ou 
reagir ao ambiente. 
Pelo contrário, os saudáveis comportam-se de maneiras 
diversificadas e bastante flexíveis, com estilos de vida complexos, 
ricos e em constante mutação. Estes indivíduos vêem muitas 
formas de lutar pelo sucesso e vão sempre procurando novas 
opções. Embora a sua meta permaneça constante, estas pessoas 
vêem-na constantemente de formas diferentes. Assim, podem 
escolher novas opções sobre vários pontos de vista.
5. Estilo de vida
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5. Estilo de vida
Um estilo de vida saudável e socialmente útil é expresso 
através das acções de cada um. As pessoas lutam 
activamente para resolver aqueles a que Adler considerava os 
3 principais problemas da vida: amor fraterno, amor sexual e 
ocupação. Fazem-no pela cooperação, coragem pessoal e 
desejo de contribuir para o bem-estar de outras pessoas.
Estilo de vida socialmente útil – forma mais elevada de 
humanidade no processo evolutivo que povoaram, 
provavelmente, o mundo no futuro.
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Adler acreditava que cada pessoa é dotada de 
liberdade para criar o seu próprio estilo de vida, 
pelo que todas são responsáveis pelo que são e 
pela forma como se comportam. O poder criativo 
de cada um, coloca o controlo da sua vida em si 
próprio e é responsável pela sua meta final, 
determinando o seu método de lutar pelos 
objectivos e contribuindo para o desenvolvimento 
do interesse social. 
6. Poder criativo
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Ou seja, o poder criativo faz de cada pessoa 
um individuo livre. 
É um conceito dinâmico que implica 
movimento – característica que mais 
sobressai na vida. 
Toda a vida psíquica envolve movimentos em 
relação a uma meta, movimentos com uma 
direcção.
6. Poder criativo
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Adler considerava a hereditariedade e o 
ambiente importantes formadores da 
personalidade (mas não só – pessoas também 
agem sobre os ambiente e provocam reacções 
deles). 
O importante não é o que se recebe, mas o que 
se faz com isso.
1964 - “a lei da passagem baixa” (analogia)
6. Poder criativo
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Psicoterapia
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Origem da Neurose
(Adler, 1959) 
1. O ponto de partida de todo o processo neurótico encontra-se 
no sentimento de insegurança e inferioridade, que origina 
um desejo irresistível de estabelecer objectivos capazes de 
conduzir a vida numa direcção certa com uma fonte segura e 
calma;
2. A essência da neurose é a utilização incessante e 
exagerada dos recursos psíquicos de que dispõeo 
indivíduo, entre os principais está o emprego de 
construções auxiliares (fantasias) para o pensamento, 
vontade e acção.
A Perturbação Psicológica
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Características do Neurótico
(Adler, 1959) 
1. O Neurótico tem uma sensibilidade permanente e 
exagerada
2. Está sempre em guarda/alerta/vigilante relativamente à 
situação presente e futura;
3. Luta pela realização dos seus objectivos com todas as suas 
tendências agressivas;
4. Todo ele é intranquilidade e impaciência;
5. Avalia e compara permanentemente acontecimentos o 
que faz surgir sentimentos como: medo esperança, dúvida, 
asco, ódio, amor e toda a espécie de ilusões;
A Perturbação Psicológica
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Características do Neurótico
(Adler, 1959) 
1. A sua psique procura incessantemente assegurar-se contra 
toda a surpresa e contra toda a diminuição do sentimento 
de personalidade;
2. É incapaz de se adaptar à realidade pois trabalha com vista a 
atingir um ideal irrealizável;
3. O neurótico procura segurança incessantemente procurando 
eliminar da sua vida todo o motivo de humilhação. 
A Perturbação Psicológica
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Conclusões sobre a Neurose e Psicose
(Adler, 1959) 
1. A Neurose e a Psicose são compensações e esforços 
construtivos da psique que resultam numa “directriz” reforçada 
e exaltada de uma criança afectada por alguma inferioridade;
2. A sua insegurança quanto ao futuro e êxito da sua vida 
impele-o a realizar os maiores esforços para assegurar a 
tentativa de se cumprir o seu plano de vida fictício e que o vai 
levar a desviar-se dos seus problemas vitais;
A Perturbação Psicológica
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Conclusões sobre a Neurose e Psicose
(Adler, 1959) 
1. O traço de carácter predominante do neurótico é a sua 
enorme sensibilidade que se apodera da realidade para a 
tentar submeter ao seu ideal de personalidade;
2. Os neuróticos buscam energicamente um plano de vida 
segura. Tudo o que o contrarie é visto como uma derrota ou 
castração;
3. O tratamento psicoterapêutico deve pois “desfazer”este 
comportamento neurótico e fazer compreender ao paciente 
que a sua atitude rigidamente oposicionista é um produto do 
velho molde neurótico.
A Perturbação Psicológica
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Normas directivas para o exercício da Psicologia do 
Indivíduo
(Adler, 1961) 
1. Toda a neurose deve ser entendida como uma tentativa 
culturalmente equivocada feita por um indivíduo para libertar-se 
de um sentimento de inferioridade e procurar um sentimento 
de superioridade;
1. A neurose força o paciente a enclausurar-se num estreito 
círculo familiar e obriga-o a terminar numa posição de 
isolamento;
2. A rede social é total ou parcialmente eliminada face à 
hipersensibilidade e à intolerância do neurótico. Restará 
somente um estreito círculo de pessoas aptas para o logro da 
superioridade ao mesmo tempo que garantem a segurança e 
a fuga das exigências sociais;
3. A Neurose é uma tentativa de subtrair-se a toda a 
compulsão social mediante uma compulsão contrária 
(rebelião contra a sociedade).
A Perturbação Psicológica
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Normas directivas para o exercício da Psicologia do 
Indivíduo
(Adler, 1961) 
1. Qualquer lógica, estética, amor, solidariedade humana, 
sucumbe face à compulsão oposicionista da neurose.
2. A cura da Neurose exige que paciente:
1. Se “eduque” de outra maneira;
2. Corrija os seus erros;
3. E se devolva definitivamente e sem reservas ao seio 
da sociedade humana
3. A “ditadura” oposicionista do neurótico impede todas as 
aspirações autênticas e todas as resoluções dos verdadeiros 
problemas do neurótico, fazendo com que este se rebele 
contra qualquer sentimento de comunidade.
A Perturbação Psicológica
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Lei do desenvolvimento psíquico
(Adler, 1961) 
“O exagerado vulto da ambição e da vaidade impedem o 
desenvolvimento harmonioso de um indivíduo. O surto de seu 
sentimento de sociabilidade faz-se assim descontínuo, 
cortado de obstáculos, ou mesmo frustro. Devido ao influxo 
perturbador desses dois elementos, a evolução daquele 
sentimento se vê entravada, ao mesmo tempo que a ânsia de 
predomínio da pessoa a leva à sua própria destruição”
A Perturbação Psicológica
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● Capacidade de tomar decisões; 
● Acções e movimentos psicológicos com propósito;
● Inserção num contexto social Identificação de objectivos;
Abordagem da Terapia Adleriana
● Pessoas como Seres indivisíveis e Sociais;
Componentes Sociais, Teleológicos e Holísticos
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Objectivos
● Re-educação das percepções e valores sociais deficientes do cliente 
bem como das suas motivações;
● Substituição dos sentimentos de inferioridade interesse social;
● Mudanças no estilo de vida do cliente;
● Encorajar o indivíduo a reconhecer a igualdade;
● Ajudar o cliente a tornar-se um Ser Humano cooperante;
Abordagem da Terapia Adleriana
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Fases do Processo 
Psicoterapêutico
● Estabelecer e manter uma boa relação com o cliente;
● Descoberta das dinâmicas do cliente;
● Promover o insight por parte do paciente;
● Reorientação.
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Primeira fase (Estabelecer e manter uma boa relação com o 
cliente)
● Estabelecer uma relação de cooperação entre iguais; 
Poderá ser a primeira para o cliente pelo que será 
importante uma resposta calorosa
● Estabelecimento de objectivos concordantes;
● Desencorajamento da tentativa de permanecer passivo;
● Terapeuta deverá ser caloroso e aceitar a pessoa como ela é;
● Possível sentimento de incompreensão, injustiça, não ser amado;
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Segunda Fase (Descoberta das dinâmicas do cliente)
● Recolha de informações não verbais;
Ex: como falam, onde escolhem sentar-se, postura, etc.
● O terapeuta irá colocando hipóteses, recusando outras tentando 
compreender o paciente; 
● Exploração do funcionamento do cliente ao nível das 3 tarefas 
essenciais da vida;
● Recursos reconhecidos pelo paciente;
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● Constelação Familiar e interpretação de memórias precoces:
● Descrição de si próprio e seus irmãos enquanto crianças;
● Ordem de nascimento;
● Memórias anteriores aos 5 anos de idade;
Alinhar com informações da constelação familiar;
● O resumo da história de vida do paciente permite compreender alguns 
dos erros básicos do cliente (Basic mistakes)
Segunda Fase (Descoberta das dinâmicas do cliente)
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Os sonhos
● Actividade de resolução de problemas com uma orientação para o 
futuro;
● Os sonhos podem representar possíveis respostas para os 
problemas imediatos;
● Rejeição do Simbolismo fixo;
“Os sonhos são a fábrica das emoções”
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Terceira Fase(Promover o insight por 
parte do paciente)
● Fase de interpretação e desenvolvimento de insight;
Reflecte a compreensão do paciente sobre a natureza intencional do 
seu comportamento e percepções erradas; 
● Não poderá ocorrer mudança na sua ausência;
● Facilitado pela Interpretação por parte do terapeuta; 
Ex: Sonhos, comunicações, fantasias, comportamentos;
● Estabelecer relação entre passado e presente Não no sentido causal;
● “Cuspir na Sopa do paciente”;
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Quarta Fase
(Reorientação)
● Na sequência de adquirir capacidade de Insight;
● Convencer o paciente do interesse da mudança;
● Segurança vs Felicidade;
● A decisão cabe sempre ao paciente;
“Bear those ills we have than fly to others that we not know of”
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Técnicas Psicoterapêuticas
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Agir como se (“Acting as if”)
● Passar de “Se ao menos eu pudesse” para “agir como 
se…”;
● O objectivo é que o paciente experimente novos papéis;
● Poderá sentir que está a ser falso;
● Analogia com vestir um fato;
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Definição de tarefas (task setting)
●Duas tarefas realizadas ao longo de várias semanas, fora da terapia;
○ Actividades agradáveis ao sujeito (1º momento);
○ Dar prazer a outras pessoas (2º momento);
● Reforçar a auto-estima, ajudar a pessoa a sentir-se útil, melhoramento 
da qualidade de vida;
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Criação de imagens (creating images)
● Descrição do paciente em frases simples ou através de imagens;
● Recordar aos pacientes os seus objectivos;
● Aprender a rirem-se de si próprios;
“Uma imagem vale mais que mil palavras”
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Apanhar-se a si mesmo (Catching 
oneself)
● Apanhar-se a si mesmo no meio do seu comportamento antigo;
● aumentar a consciencialização do paciente sobre os seus "velhos" 
comportamentos;
● proporcionar uma oportunidade para substituí-los por novos;
● aprender a antecipar a situação e o seu comportamento;
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The pushbuttom Technique
● Indicado para pacientes que se sentem vítimas das suas 
emoções;
● Momento agradável e desagradável e reflexão sobre sentimentos 
associados;
● Ensinar ao cliente que ele pode criar qualquer sentimento que deseja;
Paciente como criador e não vítima dos seus sentimentos
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Experiência “ahah”
● Aumento da participação na vida e consciência dos ganhos 
do tratamento momento de revelação;
● Maior confiança em si próprio;
● Optimismo para enfrentar os problemas da vida com 
compaixão, compromisso e empatia.
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Processo de Mudança
Amor, Fé, Esperança
Amor: O paciente deve sentir que o terapeuta se preocupa. O simples 
acto de tratar o paciente pode fornecer tais provas, usando técnicas como 
a escuta empática, trabalhando juntos no problema, etc;
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Processo de Mudança
Amor, Fé, Esperança
Fé: A própria fé do terapeuta em si mesmo, a aparente sabedoria do 
terapeuta, força e segurança, a disposição do terapeuta para ouvir sem 
críticas, todos podem ser usados ​​pelo paciente para fortalecer a fé do 
paciente;
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Processo de Mudança
Amor, Fé, Esperança
Esperança: A expressão de fé no paciente, o facto de não o condenar, e 
a sua relutância em ser demasiado exigente com ele pode dar a esperança 
que o paciente precisa. A esperança do paciente pode derivar também do 
sentimento de ser compreendido. 
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● Sentimentos de inferioridade ;
● Maior satisfação consigo próprios;
● Os seus objectivos inatingíveis serão substituídos pela coragem 
de ser imperfeito;
● Reconhecimento de que todos os Seres Humanos cometem 
erros;
● O seu foco de interesse será a sua contribuição pessoal para a 
tarefa em mãos;
Resultados
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3 Casos Clínicos
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Casos Clínicos(Adler, 1961)
A case of rare sex deviation - Hertha Nathorff
Estabelecer e manter uma 
boa relação com o paciente
Descobrir as dinâmicas do 
paciente
Promover o insight por parte 
do paciente
Encorajar a reorientação
Fases do processo 
terapêutico
Principais técnicas terapêuticas 
usadas
Acting as if
Creating images
The push button 
expirience
Task Seting
Cathing one self
The “AhAh!” 
expirience
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Casos Clínicos(Adler, 1961)
A case of remission after short-term Adlerian therapy – Alice 
Schaumberg
Estabelecer e manter uma 
boa relação com o paciente
Descobrir as dinâmicas do 
paciente
Promover o insight por parte 
do paciente
Encorajar a reorientação
Fases do processo 
terapêutico
Principais técnicas terapêuticas 
usadas
Acting as if
Creating images
The push button 
expirience
Task Seting
Cathing one self
The “AhAh!” 
expirience
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Casos Clínicos(Adler, 1961)
A case of “Organ dialect” –Ilse B. Elkisch
Estabelecer e manter uma 
boa relação com o paciente
Descobrir as dinâmicas do 
paciente
Promover o insight por parte 
do paciente
Encorajar a reorientação
Fases do processo 
terapêutico
Principais técnicas terapêuticas 
usadas
Acting as if
Creating images
The push button 
expirience
Task Seting
Cathing one self
The “AhAh!” 
expirience
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Bibliografia
● •Adler A.(1959). El Carácter Neurótico. Buenos Aires: Editorial Paidós.
● •Adler A. (1961). A Ciência da natureza humana. São Paulo: Companhia Editorial 
Nacional.
● •Adler A.(1961). Pratica y Teoria de la Psicologia del Individuo. Buenos Aires: Editorial 
Paidós.
● •Adler K. A. & Deutsch D. (1959). Essays in Individual Psychology: Contemporary 
application of Alfred Adler’s theories. New York: Grove Press. 
● •Clifford, J. Adlerian Therapy in W.Dryden,(1996) Handbook of Individual therapy. 
London: SAGE.;
● •Feist, J. e Feist, G. J. (2006). Teorias da Personalidade. São Paulo, Brasil: McGraw-
Hill.
● •Mosak, H. (1979). Adlerian Psychotherapy. In R. Corsini (Eds.), Current 
Psychotherapies (pp. 44 – 88). Illinois: F.E. Peacock
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“O valor de qualquer 
conhecimento está na razão 
directa da sua utilidade pela 
humanidade.”
Adler, 1961