Buscar

UNIP UNIVERSIDADE PAULISTA ETICA

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 11 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 11 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 11 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

11
UNIP UNIVERSIDADE PAULISTA
RODRIGO SCHNEIDER
MATRICULA: N305HE-7
JUSTIÇA DO TRABALHO
JUSTIÇA MILITAR E JUSTIÇA ELEITORAL
SÃO PAULO
2018
Justiça do trabalho
I – Introdução 
Neste trabalho principalmente terá como objetivo divulgar esse ramo especializado do Poder Judiciário, promovido pelo Comando Sul dos Estados Unidos da América.
	Serão feitas algumas considerações a respeito da história, estrutura e organização da Justiça Militar brasileira, assim como alguns apontamentos referentes a direito militar.
II – História
A história da Justiça Militar no Brasil começa com a chegada da Família Real nas terras tupiniquins, em 1808, a partir de quando o país, então, deixou a sua condição de colônia para ser considerado Reino Unido a Portugal, passando a Administração Pública lusitana a se instalar no Novo Mundo.
Durante o período do reinado no Brasil, foram criadas instituições, como, por exemplo, a pomposa Guarda Real, a rica Biblioteca Nacional, o formoso Jardim Botânico.
À instituição militar, que também acompanhou a vinda da família Real, foi representada pela organização de um corpo militar uniformizado com o intento de defesa e proteção da família real, e mais a frente, das instituições criadas na ex-colônia.
Os militares eram regidos por regulamentos próprios, aplicados por aqueles que integravam a carreira das Armas, que se encontrava, como ainda se encontra, assentada em dois princípios fundamentais: a hierarquia e a disciplina.
Formada toda estrutura de Estado, logo após a organização dos Ministérios, foi criado, na cidade do Rio de Janeiro – sede da Corte no Brasil –, o Conselho Supremo Militar e de Justiça, e, por extensão, a Justiça Militar Brasileira, consoante ditado pelo Alvará de 1º de abril de 1808, com força de lei, assinado pelo mesmo Príncipe Regente D. João. É, portanto, o mais antigo tribunal superior do País.
Conselho Supremo Militar e de Justiça acumulava duas funções, sendo uma de caráter administrativo e outra de caráter puramente judiciário. Na de caráter administrativo coadjuvava com o Governo "em questões referentes a requerimentos, cartas-patentes, promoções, soldos, reformas, nomeações, lavratura de patentes e uso de insígnias, sobre as quais manifestava seu parecer, quando consultado" e, na referente aos aspectos judiciários, "como Tribunal Superior da Justiça Militar, o Conselho Supremo julgava em última instância os processos criminais dos réus sujeitos ao foro militar."
O Conselho Supremo Militar e de Justiça, instalou-se o primeiro Tribunal Superior de Justiça instituído no Brasil, e "sua originária denominação foi mantida até o advento da República, quando, pela Constituição de 1891, passou a intitular-se Supremo Tribunal Militar, com organização e atribuições definidas pela Lei nº 149, de 18-7-1893", passando a integrar o Poder Judiciário pela Constituição de 1934 e, com a Constituição de 1946, vindo a ser denominado Superior Tribunal Militar.
Com a evolução do poder judiciário, a justiça militar acabou se bifurcando em duas espécies: a Justiça Militar da União e a Justiça Militar Estadual. A primeira possui previsão constitucional desde a Constituição Federal de 1934, e a segunda, desde a Constituição Federal de 1946, ou seja, em data muito anterior ao movimento de 1964 (ano do Golpe de Estado, no qual militares assumiram o Governo do país).
 A Justiça Militar existiu mesmo antes da Justiça comum, pois chegou a bordo das caravelas portuguesas que integravam a expedição militar de Silva Paes, em 1737.
III – Composição
É composto de duas espécies, a Justiça Militar da União e a Justiça Militar Estadual.
a) Justiça Militar da União
A Justiça Militar da União é órgão jurisdicional federal, tendo por competência julgar e processar os crimes militares definidos em lei, não importando quem seja seu autor, o que vale dizer que julga inclusive civis. É justiça especializada na aplicação da lei a uma categoria própria: a dos militares federais – Marinha, Exército e Aeronáutica, possuindo jurisdição em todo o território nacional são órgãos de a Justiça Militar da União: o Superior Tribunal Militar (STM) e os Tribunais e Juízes Militares instituídos em lei.
Os juízes de primeiro grau de jurisdição são civis, chamados de juízes-auditores, nomeados somente depois de aprovados, por meio de concurso público de provas e títulos, e com, no mínimo três anos de atividade jurídica (art. 93, I, da CRFB[1]), possuindo garantias inerentes aos membros do Poder Judiciário, como vitaliciedade, inamovibilidade e irredutibilidade de subsídios.
Acima dos juízes de primeiro grau, estão, a 2ª instância da Justiça Militar da União, o Superior Tribunal Militar tem competência originária para processar e julgar os Oficiais-Generais, bem como de decretar a perda do posto e da patente dos Oficiais que forem julgados indignos ou incompatíveis para com o oficialato.
A composição do STM é formada por 15 (quinze) ministros vitalícios, nomeados pelo Presidente da República, depois de aprovada a indicação pelo Senado Federal, sendo 3 (três) entre Oficiais-Generais da Marinha, 4 (quatro) entre Oficiais-Generais do Exército e 3 (três) dentre Oficiais-Generais da Aeronáutica, todos da ativa e do posto mais elevado da carreira e, 5 (cinco) entre civis. Estes, por sua vez, são escolhidos também pelo Presidente da República sendo, 3 (três) entre advogados de notório saber jurídico e conduta ilibada, com mais de 10 anos de atividade profissional, e 2 (dois) por escolha paritária, dentre juízes auditores e membros do Ministério Público Militar.
A Justiça Militar da União está prevista entre os artigos 122 a 124 da Constituição Federal de 1988, tutelando os valores que são caros para as Forças Armadas do país.
b) Justiça Militar Estadual
 À Justiça Militar Estadual, está a missão de tutelar os valores afetos às Polícias Militares e aos Corpos de Bombeiros Militares, competindo-lhe processar e julgar os crimes militares definidos em lei, desde que praticados por membros das corporações mencionadas.
Sua competência é restrita, não sendo de seu campo de atuação processar e julgar civis. A jurisdição limita-se ao território de cada Estado ou do Distrito Federal.
IV – Competência
Ao Juiz de Direito da Justiça Militar, o qual é órgão singular, compete o julgamento de crimes militares cometidos por policiais militares ou bombeiros militares contra civil, conferindo-se competência ao Conselho de Justiça para o processo e julgamento dos demais crimes militares, nos termos do § 5º do supracitado artigo:
§ 5º Compete aos juízes de direito do juízo militar processar e julgar, singularmente, os crimes militares cometidos contra civis e as ações judiciais contra atos disciplinares militares, cabendo ao Conselho de Justiça, sob a presidência de juiz de direito, processar e julgar os demais crimes militares.
Depreende-se da leitura do quinto parágrafo acima que a Justiça Militar estadual não julga civis. A Justiça Castrense julga os militares das forças auxiliares (policiais e bombeiros) quando da prática de crimes militares, com a ressalva trazida pelo art. 125, § 4º da Carta Magna que assim dispõe:
§ 4º Compete à Justiça Militar estadual processar e julgar os militares dos Estados, nos crimes militares definidos em lei e as ações judiciais contra atos disciplinares militares, ressalvada a competência do júri quando a vítima for civil, cabendo ao tribunal competente decidir sobre a perda do posto e da patente dos oficiais e da graduação das praças.
A Justiça Militar Federal é composta em primeira instância pelos Conselhos de Justiça. O Conselho de Justiça divide-se em Conselho de Justiça Especial, que julga os Oficiais, e Conselho de Justiça Permanente, que julga as Praças, sendo órgão colegiado que atuará nas sedes das Auditorias Militares. O Superior Tribunal Militar (STM) constitui órgão de instância superior. 
Os Conselhos de Justiça são formados por cinco julgadores, sendo quatro deles pertencentes à carreira militar, oficiais da ativa, sendo presididos por um juiz de direito, denominado auditormilitar, que foi provido ao cargo por meio de concurso de provas e títulos. A presidência do Conselho de Justiça é exercida pelo oficial de mais alta patente.
Os Juízes Militares que integrarem os Conselhos Especiais serão de posto superior ao acusado, ou do mesmo posto e de maior antiguidade. No caso de pluralidade de agentes, servirá de base à constituição do Conselho Especial a patente do acusado de maior posto. Se a acusação abranger Oficial e Praça, será constituído Conselho Especial de Justiça para o processamento e julgamento do feito.
À 2ª instância da Justiça Militar Federal é exercida pelo Superior Tribunal Militar – S.T.M, composto de 15 Ministros vitalícios com todas as garantias asseguradas aos juízes: vitaliciedade, inamovibilidade, e irredutibilidade de vencimentos. Possui competência originária e derivada para processar e julgar todos os recursos provenientes das auditorias militares distribuídas pelo território brasileiro.
Temos que a Carta da República outorgou à Justiça Militar Federal competência para julgar militares e civis. Contudo, cumpre observar que em razão da especificidade da jurisdição castrense, ela somente julga delitos militares, havendo separação obrigatória de processos em caso de concurso de crimes militares com crimes comuns. Nesse ponto há de se ressaltar que não compete à Justiça Militar Federal o julgamento de crimes políticos e contra a segurança externa do país, porquanto, à luz do artigo 109, inciso IV, primeira parte, da Constituição Federal, serão de competência da Justiça Federal. Cumpre-nos gizar que a Carta Magna não define o que seja crime político. Tal tarefa, então passou a ser feita pela doutrina e pela jurisprudência.
IV - CONCLUSÃO
Neste objetivo trabalho, a competência da Justiça Militar enseja diversas discussões doutrinárias e, principalmente, jurisprudenciais. Os operadores do direito, a esse respeito, são unânimes em reconhecer a importância do art. 9º do Código Penal Militar, o qual serve de norte aos julgadores diante da análise do caso concreto.
Conforme apanhado jurisprudência trazido para o presente estudo, é de suma importância, diante do fato-crime, verificar a parte especial do CPM. Além disso, devidamente enquadrado e tipificado na parte especial daquele código, o art. 9º atende para os critérios que aproximam o fato à justiça militar (matéria, pessoa, local, tempo).
Inexistindo causas de exclusão da ilicitude, passe-se ao mais importante passo a fim de caracterizar a competência militar: a necessária ofensa às instituições militares. Neste ponto é que residem as maiores divergências entre o STM e o STF. Nesse sentido, o STF se manifesta afirmando: “A competência da Justiça Castrense é para julgar crimes militares e não crimes dos militares.”
Assim, mesmo um crime cometido por militar contra militar, ambos da ativa, não necessariamente será competente a Justiça Militar. Apesar de o art. 9º do CPM, a princípio, afirmar a competência militar (critério em razão da pessoa ou em razão da matéria), necessário é a análise subjetiva, ou seja, o conhecimento por parte do agente da condição de militar da vítima e/ou a intenção de ofender as instituições militares.
Portanto, o entendimento do STF, quem dá a palavra final no assunto, não vem no mesmo compasso que a jurisprudência do Superior Tribunal Militar, o que, em muitos casos, enseja a anulação do processo e de todos os atos instrutórios realizados na seara militar, gerando insegurança jurídica e, em muitos casos, impunidade, em razão do lapso prescricional.
Justiça Eleitoral
I – Introdução 
     O presente trabalho tem por escopo traçar características acerca de um dos mais importantes institutos do Direito atual, qual seja, o Eleitoral. O responsável por garantir a democracia e o exercício da soberania por parte de cada cidadão.
 Para seu estudo, é fundamental que se leve em consideração seu histórico e os normativos que atualmente o regem dentro do ordenamento jurídico nacional, notadamente diante da grande relevância que guarda dentro da Constituição Federal de 1988.
  De outro lado, com a finalidade de efetivar esse direito e permitir que seja livremente exercido, temos a Justiça Eleitoral, julgando e regulamentando o exercício do sufrágio, almejando a busca pela democracia plena.
II – História
O Direito Eleitoral surge como um ramo jurídico responsável por regular as relações do voto e do poder por ele exercido. Melhor dizendo, o voto é a forma com que se exterioriza o poder que pertence ao povo e, por isso, é de fundamental relevância que seja regido por determinadas normas.
Deveras, as civilizações sempre buscaram modos de escolher os seus representantes, até porque quase impossível que alguma decisão seja tomada por unanimidade, ainda mais quando se tem grupos com necessidades específicas e particulares, que muitas das vezes são maiores do que os recursos financeiros de um Estado.
Há de considerar-se, ainda, que, em qualquer grupo ou coletividade, as decisões que implicam a manifestação dos interesses primordiais não conseguem ser ratificadas e aprovadas por todos os integrantes da sociedade, ou seja, mesmo que, nas sociedades mais primitivas, essa prática fosse possível, as sociedades organizadas sempre se valeram de adotaram sistema para a escolha de seus dirigentes e representantes.
a democracia em seu conceito clássico remete ao poder atribuído ao povo, que nada mais é do que a soberania popular. A democracia pode ser dividida em democracia direta, quando o próprio povo a exerce sem intermediários e a indireta.
Na democracia indireta, faz-se presente o princípio da delegabilidade da soberania popular em sua máxima expressão, pois os eleitores escolherão os candidatos previamente selecionados pelos partidos políticos para exercerem, por delegação, o integral cumprimento das promessas feitas.
O voto é o exercício do poder pelo povo, que pode atuar nos rumos do Estado diretamente, ou por meio de representantes eleitos, ou até mesmo pelas duas formas. Este é o conceito que torna mais próximo a atuação do direito eleitoral como garantidor do Estado Democrático de Direito.
III – Composição
O Direito Eleitoral é classificado por Gomes (2011) como:
Direito Eleitoral é o ramo do Direito Público cujo objeto são os institutos, as normas e os procedimentos regularizadores dos direitos políticos. Normatiza o exercício do sufrágio com vistas à concretização da soberania popular.
Os conceitos são muito próximos e que sempre buscam demonstrar a importância deste ramo jurídico como fundamental para consecução das liberdades públicas. 
O Direito Eleitoral visa, com isso, garantir a soberania popular quando esta é exercida por meio do sufrágio. O cidadão, possuidor, assim, de direitos políticos, apto para exercer o direito ao voto, tem estas relações regidas por normas de ordem pública que se sobrepõem ao interesse pessoal que este possui. A liberdade verificada, neste caso, é tão somente quanto ao direcionamento em que o voto será depositado. As demais situações até que cheguem ao ponto de permitir o exercício do sufrágio são regidas pelas normas de ordem pública do Direito Eleitoral.
Assim, a Justiça Eleitoral aplica os preceitos, obviamente, do Direito Eleitoral, para que sejam sustentadas as garantias previstas na Constituição para o exercício da soberania popular, que é implementada por meio do sufrágio universal e do voto secreto, direto e com valor igual para todos (art. 14): “Art. 14. A soberania popular será exercida pelo sufrágio universal e pelo voto direto e secreto, com valor igual para todos, e, nos termos da lei, mediante: (...)”.
 Cabe reforçar que somente as situações que envolvem o voto são regidas pelo Direito Eleitoral e aplicadas pela Justiça especializada. Ainda que indiretamente possam ser próximas às questões eleitorais, certas matérias não são previstas como de competência deste ramo do direito, posto que não afeta de modo direto o sufrágio universal. Restringe-se, assim, a competência aos casos que intermedeiam o partido político e relaçõesque envolvam mandato parlamentar, o registro de candidatura, as propagandas eleitorais, ações de ilícitos eleitorais cometidos, além de fatos que tenham respaldo na diplomação dos eleitos.
 Além disso, a Justiça Eleitoral faz parte da União, um dos entes federados previstos pela Constituição, e que tem atribuição para manter e regulamentar as normas que regem esta Justiça. Possui em sua estrutura um dos Tribunais Superiores existentes, tendo como órgãos o Tribunal Superior Eleitoral, os Tribunais Regionais Eleitorais, os Juízes Eleitorais e as Juntas Eleitorais (art. 118 da Constituição Federal).
IV - COMPETÊNCIA
Art. 118. São órgãos da Justiça Eleitoral:
I - O Tribunal Superior Eleitoral;
II - Os Tribunais Regionais Eleitorais;
III - Os Juízes Eleitorais;
IV – As Juntas Eleitorais.
Gomes, nos lembra que ao contrário dos demais ramos integrantes do Poder Judiciário nacionais, a Justiça Eleitoral não possui corpo próprio de juízes. É integrada por magistrados oriundos dos demais órgãos do Judiciário, sendo que, para ele, isto nada mais é do que a manifestação do princípio cooperativo dentro da Federação brasileira. Recorda também que a investidura dos membros é temporária, embora não deixe de tecer uma crítica ao fato:
Apesar do bom desempenho que sempre lhe foi reconhecido, o ideal seria que a Justiça Eleitoral contasse em todas as instâncias com corpo próprio e especializado de juízes, ideal é que fosse uma justiça autônoma e independente, como são os demais ramos do Poder Judiciário. Mas tal solução não pareceu viável ao Legislado Constituinte.
  Posto isto, podemos perceber que a Justiça Eleitoral tem suma importância dentro do cenário nacional, implantada pela Constituição Federal para que a garantia maior do voto e da soberania popular – o povo como detentor do poder -, possa ser exercida sem vícios que o maculem ou contaminem.
V - Conclusão
Podemos perceber que ele guarda uma importância maior dentro do ordenamento jurídico e do cotidiano nacional, sendo essencial para que o preceito básico da democracia para que seja exercido.
Desde regular as relações do voto e o poder exercido pelo povo, sendo o voto a forma de exteriorização do poder, bem como dos modos de divisão da democracia, temos que o Direito Eleitoral é imprescindível para consecução das liberdades públicas.
Para além disso, e de forma a garantir que a democracia seja efetivamente exercida e livre de eventuais vícios, a Justiça Eleitoral sustenta as garantias previstas na Constituição para o exercício da soberania popular, que é implementada por meio do sufrágio universal e do voto secreto, direto e com valor igual para todos, nos moldes Constituição Federal de 1988.
BIBLIOGRAFIA
BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília, DF: Senado, 1988.
ASSIS, Jorge César de. Direito Militar. Aspectos Penais, Processuais Penais e Administrativos. 3ª edição. Curitiba: Editora Juruá, 2012;
ASSIS, Jorge César de. Comentários ao Código Penal Militar. Parte Geral. 3ª edição. Curitiba: Ed Juruá, 2002;
BRASIL. Decreto-Lei 1.001, de 21 de outubro de 1969, Código Penal Militar. Disponível em: . Acesso em: 5 jan. 2013;
BRASIL. Decreto-lei nº 1.002, de 21 de outubro de 1969. Código de Processo Penal Militar. Disponível em: < http://www.planalto.gov.br/>. Acesso em: 5 jan. 2013;
CAVALCANTI, João Barbalho Uchõa. Constituição Federal Brasileira (1891): comentada. Editora Fac-similar, Brasília: Senado Federal – Secretaria de Documentação e Informação, 1992;
RANGEL, Paulo. Direito processual penal. 7ª ed. Rio de Janeiro: Editora Lumen Juris, 2003.
ROTH, Ronaldo João. Justiça Militar e as peculiaridades do Juiz Militar na atuação jurisdicional. São Paulo: Juarez de Oliveira, 2003.
TÁVORA, Nestor; ANTONNI, Rosmar. Curso de Direito Processual Penal. 2ªed. Salvador: Editora JusPodium, 2009.
GOMES, José Jairo. Direito eleitoral.7.ed. revisada, atualizada e ampliada. São Paulo: Atlas, 2011.
PINTO, Djalma. Direito eleitoral: improbidade administrativa e responsabilidade fiscal: noções gerais. 5. ed. São Paulo: Atlas, 2010.

Outros materiais