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KEILA NASCIMENTO DA SILVA
MATERIAIS CERÂMICOS 
CERÂMICA E SEUS MÉTODOS CONSTRUTIVOS 
SÃO PAULO
2019
KEILA NASCIMENTO DA SILVA
MATERIAIS CERÂMICOS
CERÂMICA E SEUS MÉTODOS CONSTRUTIVOS 
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Anhanguera Campo Limpo como requisito parcial para a obtenção do título de graduado em Engenharia Civil.
Orientador: ARMANDO SOBRINHO
São Paulo
2019
KEILA NASCIMENTO DA SILVA
MATERIAIS CERÂMICOS
CERÂMICA E SEUS MÉTODOS CONSTRUTIVOS 
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Anhanguera Campo Limpo), como requisito parcial para a obtenção do título de graduado em Engenharia Civil.
BANCA EXAMINADORA
Prof(a). Titulação Nome do Professor(a)
Prof(a). Titulação Nome do Professor(a)
Prof(a). Titulação Nome do Professor(a)
São Paulo, dia de mês de 2019
 
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS 
ABNT	Associação Brasileira de Normas Técnicas
NBR	Norma Brasileira
15
SUMÁRIO
1.	INTRODUÇÃO	6
2.	Origem do MATERIAl CERÂMICO	7
2.1 CARACTERISTICAS DO MATERIAL CERÂMICO.................................................8
2.2 FABRICAÇÃO DA CERÂMICA...........................................................8 
2.3 PROCESSO CERÂMICO......................................................................................9
2.4 TIPOS E ARMAZENAMENTO................................................................................9
2.5 FUNÇÕES DO REVESTIMENTO CERÂMICO.....................................................10
2.6 TIPOS DE CERÂMICA.........................................................................................10
3.	VANTAGENS E DESVANTAGENS DO MATERIAL CERÂMICa	11
3.1 DURABILIDADE..................................................................................................11
3.2 VARIEDADES E MODELOS.................................................................................11
3.2.1 intalação............................................................................................................11
3.2.2 manutenção ......................................................................................................11
3.2.3 desvantagens da carâmica................................................................................12 
3.2.4 isolamento.........................................................................................................12
3.2.5 escorregadio......................................................................................................12
4.	METODOLOGIA CONSTRUTIVa e suas patologias do material ceramico	13
4.1 PROCESSO VIA ÚMIDA E VIA SECA................................................................13 
4.2 FASE INICIAL......................................................................................................14 
4.3 AVANÇO DOS MATERIAS CERÂMICOS NA CONSTRUÇÃO CIVIL.................14
4.4 CERÂMICA VERMELHA.....................................................................................14
4.5 PROCESSO PRODUTIVO DO MATERIAL CERÂMICO.....................................15
4.6 JUNTAS DE DILATAÇÃO.....................................................................................15 
4.7 REJUNTE DO REVESTIMENTO.........................................................................15 
4.8 PATOLOGIAS DOS MATERIAS CERÂMICOS...................................................16 
4.9 PRINCIPAIS CARACTERISTICAS DA PATOLOGIA..........................................16
4.10 OS PRINCIPAIS FATORES QUE GERAM PATOLOGIAS.................................17
4.11 DEFINIÇÕES E PRINCIPAIS CONSIDERAÇÕES............................................18
4.12 CAUSAS PRINCIPAIS DO SURGIMENTO DE FISSURA..................................18
4.13 CAUSAS PRINCIPAIS DO SURGIMENTO DE FISSURA..................................18
4.14 DESTACAMENTO OU DESLOCAMENTO........................................................19 
4.15 PROCEDIMENTO PARA RESOLUÇÕES PATOLOGICAS...............................19
REFERÊNCIAS	20
INTRODUÇÃO
Desde os primórdios, a evolução humana caminha sempre a favor de um só objetivo, que é proporcionar uma melhoria em todos aspectos de sua vida. Dentro da construção civil não é diferente, devido ao avanço da tecnologia a métodos de utilização dos sistemas construtivos e de fabricação, afim de reduzir custos, tempo de execução e trabalhar junto com a sustentabilidade, com a existência de alguns produtos extraindo da matéria prima da cerâmica a (Argila), vem se adquirindo meios mais eficazes e tecnológicos para sua extração, tendo por objetivo chegar o seu produto final a cerâmica. O termo cerâmico tem origem grego que significa “Coeva do fogo” a cerâmica — sendo do grego "kéramos”, ou "terra queimada" - é um material de imensa resistência, sendo frequentemente encontrado em escavações arqueológicas.
 A infraestrutura do país visando o cenário econômico, o material de construção civil cerâmico vem se destacando e crescendo a cada dia que passa, mais especificamente relatando sobre um dos materiais mais utilizadas sendo a cerâmica e suas aplicações no ramo da construção civil, e com isso um exemplo de modernidade, economia, e qualidade, juntos no mesmo projeto.
Os materiais cerâmicos, são materiais que fazem parte da gama de produtos utilizados na construção civil, é um dos itens utilizados no acabamento, tanto em edificações, residências entre outros. Nesse contexto a problemática apresentada foi: De que forma o material cerâmico se faz necessário na construção civil?
 O objetivo principal do trabalho foi analisar a viabilidade e eficácia para metodologia construtivas do material cerâmico (cerâmica), e seus avanços dentro da construção civil. Sendo assim o mesmo apresentou os seguintes objetivos específicos: a origem do material cerâmico na construção civil, demonstrar as vantagens e desvantagens da cerâmica, apresentar a metodologia construtiva e suas patologias.
O tipo de pesquisa a ser realizado neste trabalho, será uma Revisão de Literatura, no qual será realizada uma consulta a livros, dissertações e por artigos científicos selecionados através de busca nos seguintes base de dados (livros, sites de banco de dados, etc.). O período dos artigos pesquisados serão os trabalhos publicados nos últimos 10 anos. As palavras-chave utilizadas na busca foram: matérias cerâmicos, metodologia construtiva, vantagens e desvantagens.
Origem do MATERIAl CERÂMICO
 A cerâmica é o material artificial mais antigo produzido pelo homem. Do grego "kéramos” ("terra queimada" ou “argila queimada”). O material cerâmico extraído da argila é composto por grande quantidade de material amorfo, predominando o material cristalizado. Os cristais da argila podem agrupar em espécies mineralógicas bem definidas (SILVA ,1985).
 A origem do material cerâmico vem de um material sedimentar de grão muito fino, derivado de uma rocha constituída essencialmente por silicatos de alumínio hidratados. A decomposição de granito e rochas magmáticas tem como resultado o quartzo, a mica e o barro, Nesse mesmo tempo iniciou o esforço do setor da construção civil para introduzir métodos e processos racionalizados de construção e sistemas pré-fabricados que por sua vez eram mais eficazes (PETRUCCI, 1973)
De acordo com a Associação ao Brasileira de Cerâmica (ABC, 2002), cerâmica compreende todos as materiais de emprego em engenharia ou produtos químicos, inorquimicos, excetuados as metais e suas ligas, que são utilizáveis pelo tratamento me alta temperatura. Para Green (1962), a palavra cerâmica refere-se à fabricação de produtos de materiais terrosos pela aplicação de altas temperaturas.
 
2.1 CARACTERISTICAS DO MATERIAL CERÂMICO
 As características finais dos produtos são variáveis conforme sua utilização, devendo ter alguma porosidade em tijolos e blocos para permitir sua aderência a argamassa e melhorar suas propriedades térmicas e acústicas e pouca porosidade em telhas e manilhas que devem ter boa impermeabilidade (TOFFOll, 1997). Para Abitante e Bergman (2001),o produto cerâmico tem grande importância na valorização econômica do bem e nas características estéticas do conjunto, influenciando assim na definição do padrão do edifício. Existe uma demanda cada vez maior para a utilização de produtos da cerâmica vermelha, como blocos e tijolos cerâmicos, em virtude de algumas vantagens como (FONSECA,1994; ROMAN, 1983).
A cerâmica, tanto de uso comum como artístico, é produzida hoje por toda parte, seja em grandes estabelecimentos ou por pequenos artesãos que ainda extraem essa matéria prima com serviços braçais (PETRUCCI,1977).
 2.2 FABRICAÇÃO DA CERÂMICA 
A cerâmica é uma atividade de produção de artefatos a partir da argila, que se torna muito plástica e fácil de moldar quando umedecida. Depois de submetida a uma secagem para retirar a maior parte da água, a peça moldada é submetida a altas temperaturas (ao redor de 1.000ºC), que lhe atribuem rigidez e resistência mediante a fusão de certos componentes da massa e, em alguns casos, fixando os esmaltes na superfície (ANFACER,2003).
 2.3 PROCESSO CERÂMICO
O processo de fabricação da cerâmica, normalmente é feito de forma padrão, inicia-se com a extração argila, depois é removido uma camada de solo superficial, ao se tratar de um solo mais fino, todo processo é feito através de maquinas extraindo o material, e são levadas para jazidas e ali sendo tratadas até chegar a um produto de uma ótima elasticidade posteriormente é feita a calcificação em fornos rotativos numa temperatura de 160ºC, ou pode variar até 250º C, dependendo da finalidade que será usado o produto final. Com o aquecimento, o material perde todo seu liquido (SALEMA 2017).
A maior parte dos fabricantes de cerâmica vermelha constrói suas indústrias próximas as jazidas, assim como a mineradora Martins Lara que tem suas jazidas, próximas as margens dos rios que contem argilas, ou baixios que contém grande quantidade de argila isto decorre do fato que matéria prima tem um baixo valor e para transportá-la de distâncias maiores o seu frete fica muito caro pois a argila tem um baixo valor agregado (LARA, 2018).
Os revestimentos cerâmicos são os produtos de grés queimados em elevadas temperaturas e esmaltados, tais como azulejos, cerâmicas para revestimentos internos e externos, com uma grande gama de dimensões (RIBEIRO, 2000). 
2.4 TIPOS E ARMAZENAMENTO
O Material Cerâmico e um método construtivo dentro do ramo da construção civil, pode-se citar vários exemplos do que é usado desde a construção ao acabamento final de uma obra, onde os principais produtos cerâmicos podem ser classificados das seguintes formas: Porosos, que se enquadra, tijolos, telhas ladrilhos, azulejos, pastilhas, manilhas, louças, com Calcária e sanitária e não poroso, como porcelana e gré cerâmico (VIEIRA 2006).
Quando citamos os materiais cerâmicos, obrigatoriamente, descrevemos a argila, que é seu principal componente, pois é um material que concede uma boa resistência, quando passado por uma grande temperatura. A palavra argila é a versão em latim do grego Argiloso. O termo é utilizado para denominar e caracterizar uma gama de materiais, dependendo da área de atuação (SALEMA 2017).
 A argila é composta por grande quantidade de material amorfo, predominando o material cristalizado. Os cristais da argila podem agrupar em espécies mineralógicas bem definidas (SILVA 2003). O Material Cerâmico é um do itens mais acessíveis na construção civil, desde o início da obra até o acabamento final.
 
2.5 FUNÇÕES DO REVESTIMENTO CERÂMICO
 De acordo com Sabatini (1988), o revestimento de argamassa de fachada apresenta importantes funções que são, genericamente: proteger os elementos de vedação dos edifícios da ação direta dos agentes agressivos; auxiliar as vedações no cumprimento de suas funções como, por exemplo, o isolamento termo acústico e a estanqueidade à água e aos gases; regularizar a superfície dos elementos de vedação, servindo de base regular e adequada ao recebimento de outros revestimentos; constituir-se no acabamento final.
2.6 TIPOS DE CERÂMICA
A cerâmica para revestimento constitui um segmento da indústria de transformação, de capital intensivo, inserido no ramo de minerais não-metálicos, e tem como atividade a produção de placas para revestimentos de pisos e paredes (TRISTÃO, 2005). 
De acordo com as ABNT (2007), são placas cerâmicas compostas por argila, feldspato e outras matérias-primas inorgânicas, conformadas por extrusão, prensagem ou outros processos. Podem ser esmaltadas ou não esmaltadas, polida ou natural, retificada ou não retificada.
Segundo ABNT (2007) a diferença fundamental entre esmaltados e não esmaltados é que a placa cerâmica esmaltada possui duas camadas distintas, o biscoito e o esmalte (superfície), e estas apresentam características físicas e químicas diferenciadas, enquanto os revestimentos não esmaltados se constituem de um corpo único. As placas cerâmicas esmaltadas são sempre ensaiadas por abrasão superficial 
Neste capítulo, foi possível entender que o material cerâmico é de grande importância no ramo da construção civil, pois e através desse item que pode ser utilizado para finalizar o acabamento, deixando o ambiente com um, designer diferenciado devido ao grande número de variações existente com mercado. 
3. VANTAGENS E DESVANTAGENS DO MATERIAL CERÂMICa 
Em relação à os outros materiais pode se disser que o material cerâmico no caso o revestimento existe inúmeras vantagens de se usar.
 
3.1 DURABILIDADE
 O Piso cerâmico possui uma resistência a agua e a bactérias, é um material bem resistente e durável devido aos materias utilizados em sua fabricação.
3.2 VARIEDADES E MODELOS
 O piso cerâmico possui características tais como: variedade de modelos, colorações, formatos e tamanhos.Segundo Siva (2003) o piso cerâmico pode ser encontrado em diversas cores, desde as mais vibrantes aos tons mais sóbrios. Alguns modelos de pisos cerâmicos apresentam também textura ou imitam, inclusive, pisos considerados mais nobres, como madeira ou mármore,com este tipo de piso é vendido à peça, é possível criar padrões elegantes ou mais originais, dependendo da forma como são dispostas as telhas no chão.).
3.2.1 INTALAÇÃO
Para que ocorra a instalação do piso cerâmico, faz –se necessário seguir alguns passos apara que futuramente não ocorra nenhum tipo de patologia como: descolamento de cerâmica, trintas entre outras. A superfície deve estar limpa e seca, e com o chão feito o contra piso. É necessário para que a cerâmica tenha uma qualidade assegurada é necessário que se tenha um profissional qualificado para que possa estar executando o serviço com qualidade.
3.2.2 MANUTENÇÃO 
A manutenção da ceramica se caracteriza em facil , pois com apenas alguns processo faz que seu piso mantenha-se adquado para utilização .É simples varre-lo passar um pano semi umido e com detergente , não utilizar produtos quimicos para naão danificar .
3.2.3 DESVANTAGENS DA CARÂMICA 
Mesmo com muitas vantagens o material cerâmico ainda tem algumas desvantagens. 
Em relação a cerâmica em geral pode se dizer, que ainda para algumas especialidades que depende da cerâmica, existem muitas desvantagens e os seguintes tópicos. 
3.2.4 ISOLAMENTO
Segundo Addor (2009) relata que por mais que os pisos ceramicos são o revestimento amis adquado para os climas(quente/frios)em temperaturas mais frias os pisos tende-se a ficar mais gelado .
3.2.5 ESCORREGADIO
Vieira (2006) relata que quando o piso ceramica esta no estado de molha ele tem a possibilidades de ficar escorregadio , por isso que aconselha-se sempre fazer a limpeza do mesmo de uma forma segura , para que possa-se ser evitado quedas e ate mesmo fraturas , para o piso da area externa aconselha que possa ser utilizado um piso antiderrapante 
4. METODOLOGIA CONSTRUTIVa e suas patologias do material ceramico
O Material Cerâmico e um método construtivo dentro do ramo da construção civil, pode-se citar vários exemplos do que é usado desde a construção ao acabamento final de uma obra,onde os principais produtos cerâmicos podem ser classificados das seguintes formas: Porosos, que se enquadra, tijolos, telhas ladrilhos, azulejos, pastilhas, manilhas, temos também louças, com Calcária e sanitária e não poroso, como porcelana e gré cerâmico (VIEIRA 2006).
Os materiais cerâmicos por sua vez que tenha uma vital importância, em relação a qualidade, pois possuem caracteristicas constutivas indispensaveis na execução do seus processos , sendo assim evitando a ocorrencia de patologias no futuro .
4.1 PROCESSO VIA ÚMIDA E VIA SECA 
Na preparação da massa para a produção dos revestimentos, dois processos de moagem se diferem quanto à utilização de água ou não nos moinhos. Por isso, um processo é chamado de via úmida enquanto o outro, de via seca. No caso da via seca, dois ou três tipos de argilas são trituradas em moinhos de martelo e pendulares, e, no caso da via úmida, vários tipos de argilas são moídas em moinhos de bola juntamente com água e desfloculaste.
 Os moinhos de bola são descrito por Brum (2005) como sendo “um equipamento cilíndrico de aço, revestido internamente com borracha, ao qual é introduzida uma carga de ágata, as quais são responsáveis em fazer a moagem das argilas” (BRUM, 2005, p. 75). A qualidade da massa que sai dos moinhos é resultante do tipo de processo utilizado.
 Pela via úmida se consegue uma massa bem mais homogênea com maior produtividade nas prensas e mais resistência mecânica. Na via seca não é possível a obtenção de uma granulometria comparável à da via úmida. O processo de execução de montagem da cerâmica, normalmente tem um passo a passo a ser seguido, ou por assim dizer, uma ordem de execução dos processos e sub processos. Geralmente, todo profissional do ramo, já conhece todos processos e sub processos, com isso, os erros são quase nulos, evitando assim, atrasos, desperdício de materiais, entre outros transtornos.
4.2 FASE INICIAL 
Antes de iniciar a execução do projeto, é feito um levantamento nos materiais que serão usados, como tipo de peças, de acordo com o projeto do local, se há necessidade de alguma montagem especial, tipo: uma peça sobre medida e etc. Também deve-se atentar as espessuras que serão usadas, isso também com sua devida compatibilidade com relação a todos os sistemas do projeto, como hidráulico, elétrica, som, forros, acabamentos em geral, entre outras. O objetivo é prever detalhes, verificar limitações, respeitar juntas, prever/estudar sistemas de instalações, prever/estudar sistemas de embutir o e definir juntas de movimentação (PINTO, 2001). 
Todos os cuidados devem começar já no canteiro de obra, logo ao receber dos componentes, deve-se verificar se os mesmo estão íntegros, antes de descarregar, verificar se os paletes de transportes, estão devidamente estrexados e com cantoneiras ou proteções nos pontos de contatos com cordas ou fitas de amarração, seu empilhamento máximo deve ser de no máximo três paletes. Os paletes podem ser transportadas manualmente ou por empilhadeira, no caso do transporte manual, as peças devem ser levadas na posição vertical (KNAUF, 2018).
 
4.3 AVANÇO DOS MATERIAS CERÂMICOS NA CONSTRUÇÃO CIVIL
Os materiais cerâmicos é um dos componentes mais importantes na construção civil. Devido a sua diversidade, pois são utilizados tanto na parte estrutural, quando no acabamento.
4.4 CERÂMICA VERMELHA
Segundo Souza Santos (1989), a cerâmica vermelha e uma das indústrias mais difundidas é um dos poucos campos em que uma única matéria prima, a argila, e moldada na forma final de utilização sem a adição de outro minério. Para Gomes (1988), a matéria-prima da cerâmica vermelha e uma argila grosseira possuindo grande quantidade de silte e com cores variadas: preto, cinzento, vermelho, castanho, amarelo ou verde. O teor em fração argilosa e baixo, mas suficiente para permitir, o desenvolvimento da plasticidade necessária para a modelagem dos corpos cerâmicos, plasticidade que cresce em relação aos minerais argilosos e minerais não argilosos. A argila e queimada em atmosfera oxidante a temperatura em regra não superior a 950oc, e os corpos cerâmicos queimados apresenta cor vermelha. 
4.5 PROCESSO PRODUTIVO DO MATERIAL CERÂMICO
Segundo loshimoto e Thomaz (1990). A fabricação de produtos cerâmicos compreende as fases, de exploração da jazida e tratamento previa da matéria prima, moldagem, secagem e queima do produto. Segundo Oliveira (2002) apesar de muitos anos de utilização dos produtos cerâmicos, seu processo produtivo sofreu pouca evolução tecnol6gica, acarretando em baixa produtividade e desperdícios elevados no setor, causando problemas para a indústria da construção civil. 
Por outro lado argumenta Agopyan (1998) que os produtos são produzidos localmente, com baixo consumo de energia (na produção ou no transporte), com tecnologia simples e em indústrias com baixo custo capital, contribuindo para a redução do custo da edificação.
4.6 JUNTAS DE DILATAÇÃO 
Toda estrutura dos pisos é constituída sobre juntas verticais, normalmente fixadas no piso, que são encaixados nos pisos com espaçamento que variando dependendo do tamanho da peça ou de acordo com o projeto. A maioria dos profissionais costumam colocar no assentamento da cerâmica um espaçador em cada quina, chamado de espaçador. Que serve para forma a chamada junta de dilatação, que e um molde de estar ajudando no comportamento do piso e sua resistência. Ao colocar essas juntas de dilatação e a cerâmica tendo seu tempo de cura bem respeitado, não trará futuros problemas ao proprietário, sendo assim seguindo se no caso o projeto previsto para serem adotados na obra (HOLANDA, 2003).
4.7 REJUNTE DO REVESTIMENTO 
Para o rejunte do revestimento, é usado uma massa para rejunte de piso com o auxílio de uma desempenadeira metálica de bordas lisas de 30cm e uma espátula metálica, lisa de 14 a 15 cm e se aplica de uma a três demãos se for necessário (BECATTINI, 2002).
4.8 PATOLOGIAS DOS MATERIAS CERÂMICOS 
A palavra "patologia" significa literalmente "estudo da doença"​ e tem origem no grego, onde Pathos = doença e Logos = estudo.
Patologia das edificações é a ciência que estuda as origens, causas, mecanismos de ocorrência, manifestações e consequências das situações em que os edifícios ou suas partes deixam de apresentar o desempenho mínimo pré-estabelecido.
4.9 PRINCIPAIS CARACTERISTICAS DA PATOLOGIA
Queda das placas cerâmicas, devido ao emboco) enfraquecida, tanto na sua superfície quanto na sua aderência ao substrato, quando este se desprega junto com a cerâmica; as causas desse enfraquecimento podem ser várias (traço e execução incorreta, fissuração e presença de umidade, entre outros); 
A. Perdas de aderência 
B. Estufamento
C. Cura incompleta
D. Ambiente sujo
E. Presença de umidade provocada por infiltrações e vazamento 
F. Movimentação do substrato (estrutura e alvenaria)
G. Falta de juntas no revestimento cerâmico
A figura 1 mostra uma cerâmica em estado de estufamento (patologia)
 Figura 1:ESTUFAMENTO
 
Fonte:construfacilrj.com.br (2003)
4.10 OS PRINCIPAIS FATORES QUE GERAM PATOLOGIAS 
Os revestimento em argamassas são: tipo e qualidade dos materiais utilizados na argamassa, má proporção do traço, falta de técnica e cuidados na execução. As fissuras podem estar relacionadas com um ou mais destes fatores havendo uma junção dos efeitos ao surgimento das manifestações. Tais fatores geram um quadro de agravos aos revestimentos, dentre estes, pode-se citar: fissuras localizadas, descolamento de partes do revestimento, não execução de chapisco, agravo do quadro de fissuração por excesso de umidade, espessura do revestimento fora do padrão adequado conforme previsto nas normas técnicas ABNT NBR 7200/1998 – Execução de revestimento de paredes e tetos de argamassas inorgânicas – Procedimento e NBR 13749/2013 Revestimento de paredes e tetos de argamassas inorgânicas – Especificação (CARMO, 2003).
4.11 DEFINIÇÕES E PRINCIPAIS CONSIDERAÇÕES
A fissuração está entre um dos principais tipos de patologias que podem ocorrer em uma edificação. De acordo comLORDSLEEM JÚNIOR E FRANCO (1998 apud TEIXEIRA, 2010, p.37): “[...] a fissura pode ser entendida como a manifestação patológica resultante do alívio de tensões entre as partes de um mesmo elemento ou entre dois elementos em contato.”.
Fenômeno complexo, ocasionado por uma série de fatores, Valle (2008) ressalta os principais, tais como: movimentos das fundações, ação de cargas externas, deformabilidade excessiva das estruturas, variações térmicas, variações de umidade, alterações químicas, ação do gelo, ações acidentais etc. Essa grande diversidade de causas torna a questão muito abrangente.
Como listado por Vitório (2003) as fissuras podem ter os mais diversos formatos e se desenvolvem nos sentidos: vertical, horizontal ou até mesmo inclinado. Como exposto pelo próprio autor, o sentido de uma fissura é o primeiro indício de sua causa. Por exemplo: a fissura vertical pode ocorrer pela deformação da argamassa de assentamento em paredes submetidas a uma carga vertical uniformemente distribuída, segundo Bauer (2000 apud VITÓRIO, 2003, p. 44).
As fissuras, ainda, acabam por gerar outras consequências maléficas à vida útil da obra. Como destacado por Sahade, et al. (2013, p. 13):
A importância dada às fissuras como manifestação patológica deve-se ao fato de reduzirem a durabilidade e a vida útil das edificações por permitirem a infiltração e a fixação de microrganismos em fachadas, gerarem gastos na sua recuperação, criarem o desconforto psicológico aos usuários da edificação e fornecerem condições desfavoráveis no relacionamento construtora x usuário.”
É importante entender, ainda, que o modo como as estruturas se desenvolveram contribui para o surgimento de regiões propícias ao desenvolvimento de trincas e fissuras. Nas estruturas reticuladas, formadas por pilares, vigas e lajes, esses elementos acabam por resistir aos esforços atuantes nas estruturas, transmitindo entre si as tensões e deformações.
Entretanto, segundo Tramontin, Moreno, Junior (2013) essas deformações podem acabar sendo transmitidas aos elementos de vedação que, mesmo não sendo projetados para resistir a esforços excessivos, são capazes de aliviar os acréscimos de tensões. Entretanto, as ligações entre os blocos e a estrutura de concreto não são capazes de suportar tais esforços, o que ocasiona trincas na interface alvenaria/estrutura.
Ainda segundo Tramontin, Moreno, Junior (2013): “Existem [...] muitas técnicas de tratamento da citada junta de ligação parede/estrutura para prevenir fissuras [...]”. Dentre elas os autores destacam: “[...] adotar reforços metálicos como suporte das tensões atuantes nas regiões mais solicitadas, ou juntas de controle, permitindo que estas tensões sejam dissipadas.”.
A origem de um tipo de fissura é fundamental para o início da correção da patologia tanto para estabilizar ou para reparo do dano à edificação.
4.12 CAUSAS PRINCIPAIS DO SURGIMENTO DE FISSURA
Silva (2002) relaciona as causas e particularidades de cada agente mobilizador de fissuras, existem uma infinidade de variáveis que podem acarretar no surgimento de fissuras e sua completa eliminação é inviável. Entretanto, existem uma série de medidas executivas a serem adotadas de modo a prevenir ou minimizar os efeitos patológicos, como será visto mais adiante.
 Gretamento ocorre pela dilatação diferencial entre o esmalte e o biscoito da placa cerâmica. É um dano também irreparável e pode retratar algum problema na fabricação. 
4.13 DESTACAMENTO OU DESLOCAMENTO 
A perda de aderência um processo causado por falhas ou ruptura da interfase entre as camadas de revestimento e entre a base do substrato (estrutura, alvenaria ou etc.) essa perda de aderência ocorre quando as tensões que surgem trapaça a capacidade de aderência das ligações. (BARROS et,1997, p.9).
Barros (1997) afirmam que as juntas de movimentação não tem sido muito utilizadas no Brasil , destacamento pode fazer com que os revestimentos deixem de cumprir todas as suas funções de proteção, estanqueidade e estética
Segundo Do Carmo:
 A prevenção é a melhor estratégia para que a construção apresente desempenho satisfatório durante sua vida útil. Assim torna-se necessário especificar os sistemas mais adequados para cada componente que sera utilizado desde o inicio ate o final , verificar as propriedades dos materiais e fiscalizar a execução dos trabalhos (DO CARMO, 2003, p. 56).
4.14 PROCEDIMENTO PARA RESOLUÇÕES PATOLOGICAS
A resolução de um problema patológico envolve um conjunto complexo de procedimentos a serem feitos, a prática profissional usada na análise destes problemas tem sido muitas vezes caracterizada pela falta de uma metodologia cientificamente reconhecida e comprovada prevalecendo em muitas situações a experiência profissional do engenheiro, obtida ao longo dos anos e a utilização de métodos empíricos de análise prévia, tal fato é relevante quando se mostra necessária uma análise pormenorizada e individualizada do problema, quando estes se mostram mais complexos (RIPPER; SOUZA, 1998). 
Dal Molin (2008) discorre que: A investigação necessária para o diagnóstico da(s) causa(s) responsável por algum defeito na edificação deve ser realizada de maneira completa e sistemática.
Segundo Freire (2010), o processo construtivo para a resolução das patologias é que envolve pelo menos quatro principais etapas: projeto, execução, emprego de materiais e utilização da edificação. Para que o resultado final seja satisfatório é necessário que para cada uma dessas etapas seja dada a devida importância.
REFERÊNCIAS
COELHO, A.C. VIEIRA; SANTOS, P.S.; SANTOS, H. DE S. Argilas especiais: o que são, caracterização e propriedades. Quím. Nova, v.30, n.1, São Paulo , 2007. p.146-152.
GRUPO MARTINS LARA. Industria e mineração, 2018. Disponível em http:www.grupomartinslara.com.br/ceramica-lara/producao/> Acessado em 18 de fevereiro de 2019 ás 10h:30 min
MARTINS LARA. Industria de mineração - Extração de argila, 2018. Disponível em http:www.grupomartinslara.com.br/ceramica-lara/producao/> Acessado em 18 de fevereiro de 2019 ás 19h10 min
OLIVEIRA, T.Y.M. Estudo sobre o uso de materiais de construção alternativos que otimizam a sustentabilidade em edificações. 2015. Monografia (Curso de Engenharia Civil) – Escola Politécnica, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2015.
RIBEIRO, Carmem Couto. Materiais de Construção Civil. Carmem Couto Ribeiro, Joana Darc da Silva Pinto, Tadeu Starling. Belo Horizonte: C. Couto Ribeiro, 2000. 96p; 21cm.
SABBATINI, F.H. et al. Recomendações para execução de revestimentos de argamassa para paredes de vedação e tetos. São Paulo, EPUSP, 1988. (Relatório Técnico do Convênio EPUSP/ENCOL, Projeto EP/EN-01).
SALEMA, Processo produtivo, fabricação da cerâmica, 2017. Disponível em http://www.ceramicasalema.com.br/processo-produtivo> Acessado em 18 de fevereiro de 2019 ás 16h39 min
SEBRAE, Cerâmica vermelha estudos de mercado, 2008. Disponível em http://www.sebraemercados.com.br/content/uploads> Acessado em 18 de fevereiro de 2019 ás 20h:00 min
SILVA, Margarete Maria Araújo. Diretrizes Para o Projeto de Alvenaria de Vedação. 2003. 274 p. Dissertação (Mestrado) – Escola Politécnica da Universidade de São Paulo, São Paulo, 2003.
FAZFACIL. Reformas e Construção, 2017. Disponível em http:www.fazfacil.com.br/reforma-construção/ferramenta-instalar-piso/> Acesso 26 DE Abril de 2019 as 16h:23min
PORTOBELLO. Tudo sobre Revestimentos cerâmico, 2016. Disponível em https:archtrends.com/blog/tudo-sobre-revestimento-ceramico> Acesso 26 DE Abril de 2019 as 10h:20min

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