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MERCADO DE TRABALHO

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1 
 
MERCADO DE TRABALHO 
 
 
O mercado de trabalho é uma expressão utilizada para se referir as formas de trabalho que 
possam existir, sendo remunerados de alguma forma, seja trabalho manual ou intelectual. 
 
As pessoas vendem sua força de trabalho por um salário, que pode ser em dinheiro, 
moradia, bonificação, ou outra forma de recompensa pelo trabalho exercido. 
 
Dentro do mercado de trabalho existem diferentes relações, como a oferta e a demanda, 
que se caracteriza na parcela de trabalho oferecido, ou seja, a quantidade de vagas de 
emprego, e a parcela de trabalhadores disponíveis para vender sua força de trabalho para 
essas vagas, o que muitas vezes é maior. 
 
O mercado de trabalho é dividido em setores: 
 
 Setor Primário: onde estão as relações de trabalho que lidam diretamente com a 
matéria-prima, como a agricultura, a pecuária e a extração mineral e vegetal. 
 Setor Secundário: onde estão as relações de trabalho que lidam com a modificação da 
matéria-prima, construindo objetos utilizáveis, como as indústrias e a construção 
civil. 
 Setor Terciário: onde estão as relações de trabalho interpessoais, ou seja, que há 
correspondência entre as pessoas, a prestação de serviços, como o ramo de vendas, 
bancos, hospitais, escolas, ou seja, quando a forma de trabalho lida com pessoas e não 
com os objetos como principal foco de trabalho. É esse setor que se encontram 
principalmente a força de trabalho intelectual. 
 
Mesmo com a divisão de trabalhos nos três setores, há uma interrelação entre elas, ou 
seja, a matéria prima que é extraída no setor primário é modificada e se transforma em 
um objeto no setor secundário e posteriormente é comercializada no setor terciário. 
 
No mercado de trabalho existem duas classificações de trabalho: o trabalho formal, onde 
há registro na carteira de trabalho, contribuições à previdência social, legalidades 
trabalhistas e o trabalho informal, que não há registro, não há pagamento da contribuição 
previdenciária, e tem crescido muito nos últimos tempos. 
 
O crescimento do trabalho informal tem prejudicado a previdência pública, pois não há 
entrada das contribuições para que haja o pagamento das aposentadorias, criando um 
déficit econômico nas contas do governo. Um dos principais fatores que levam ao 
aumento significativo do trabalho informal são as crises econômicas, que implicam 
muitas vezes no trabalho autônomo da população. 
 
O mercado de trabalho passou por evoluções, principalmente no que diz a entrada das 
tecnologias, extinguindo algumas profissões, causando o desemprego estrutural. Por 
outro lado, há criações de novas profissões, que necessitam dessas tecnologias, onde há 
relações diretas com os meios tecnológicos, por exemplo o profissional de Tecnologia da 
Informação (TI), que tem crescido muito nos últimos tempos. 
 
A ampliação do uso de máquinas principalmente nas indústrias, gera uma diminuição da 
população que trabalha no setor secundário, porém há um aumento do setor terciário. Essa 
https://www.infoescola.com/economia/setor-primario/
https://www.infoescola.com/economia/setor-secundario/
https://www.infoescola.com/economia/setor-terciario/
https://www.infoescola.com/sociedade/trabalho-informal/
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tecnologia nos setores trabalhistas aumentam a necessidade de maiores especializações 
de ensino, maior qualificação das forças de trabalho, onde vão exercer maiores e mais 
complexas funções. 
 
A participação das mulheres no mercado de trabalho é outro fator que tem aumentado a 
modificação desse campo. A entrada da mulher no mercado de trabalho é algo que tem 
crescido gradativamente, o que implica em maior profissionalização das mulheres em 
relação aos homens, conseguindo ampliar sua presença nesse mercado. Porém ainda há 
desigualdade na remuneração da força de trabalho das mulheres em relação aos homens, 
mesmo exercendo as mesmas funções, o homem recebe mais do que a mulher, fato que 
deve ser rebatido, e a igualdade salarial prevalecer. 
 
 
DESEMPREGO: CONCEITO E TIPOS DE DESEMPREGO 
 
Um dos grandes problemas da economia é a questão do desemprego, que pode ser 
definido como a parcela da população disponível e apta para trabalhar, mas que não 
encontra emprego. Na teoria econômica, a situação desejável seria o pleno emprego dos 
recursos. No entanto, nem mesmo nessa situação o desemprego dos trabalhadores seria 
igual a zero. É importante compreender os conceitos e tipos de desemprego. 
 
CONCEITO DE DESEMPREGO 
 
O mercado de trabalho é onde se realizam as negociações de venda de mão de obra. Nesse 
mercado, a mão de obra é um fator de produção oferecido pelos trabalhadores e 
demandado pelas empresas. O preço dos salários é determinado a partir da interação entre 
oferta e demanda por mão de obra. 
 
Quanto maior a oferta de mão de obra, menores serão os salários. Quanto mais escassa a 
mão de obra, pois mais empresas desejam contratá-la, maiores serão os níveis de salários. 
 
Nem toda a população adulta faz parte do mercado de trabalho. Para identificar a oferta 
de trabalho, precisamos compreender o que é a força de trabalho. A força de trabalho é a 
população que está disponível e apta para o trabalho, ou seja, pessoas que desejam 
trabalhar e tem condições físicas, mentais e intelectuais para tal. 
 
Para monitorar o mercado de trabalho a política econômica observa a evolução dessas 
variáveis, especialmente a taxa de desemprego. No entanto, é necessário observar que 
nem todo o desemprego é preocupante, do ponto de vista da política econômica. Vamos 
analisar quais os tipos de desemprego. 
 
TIPOS DE DESEMPREGO 
 
Temos os seguintes tipos de desemprego: friccional, cíclico, sazonal e estrutural. 
 
Desemprego friccional 
 
O desemprego friccional é também denominado desemprego natural. São pessoas que se 
encontram temporariamente desempregadas por estarem procurando um novo emprego, 
ou seja, pessoas que saíram ou foram despedidas do emprego anterior ou pessoas que 
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estão entrando no mercado de trabalho e procuram um emprego. É um movimento normal 
no mercado de trabalho, pois não é possível obter emprego de forma rápida, há sempre 
um tempo entre o início da busca e o emprego efetivamente. Essa forma de desemprego 
é permanente na economia, porém ocorre em prazos curtos, ou seja, é um fenômeno de 
curto prazo. 
 
Desemprego cíclico 
 
O desemprego cíclico é também denominado de desemprego involuntário. As pessoas 
desejam trabalhar, mas não encontram emprego devido ao ciclo econômico em fase 
depressiva. Quando ocorre uma redução na atividade econômica as empresas deixam de 
gerar novos empregos ou, ainda, despedem alguns funcionários. 
 
O desemprego cíclico é assim denominado porque ocorre na fase de recessão do ciclo 
econômico. Ele é causado por uma deficiência nos gastos totais da economia (consumo, 
investimento e gastos governamentais). A demanda por bens e serviços diminui, 
reduzindo a produção e aumentando o desemprego. 
 
Desemprego sazonal 
 
O desemprego sazonal decorre das atividades sazonais da economia. Há sazonalidade em 
atividades de turismo, agricultura, comercio, entre outros, que resultam em maior nível 
de desemprego em determinadas épocas do ano. Devido a essa característica, as taxas de 
desemprego são comparadas de forma sazonal, ou seja, para os mesmos períodos do ano 
anterior. 
 
Desemprego estrutural 
 
Também conhecido como desemprego tecnológico, o desemprego estrutural decorre de 
mudanças estruturais na economia, tais como mudanças na tecnologia de produção 
(aumento da mecanização e automação) ou nos padrões de demanda dos consumidores 
(tornando obsoletas certas indústrias e profissões e fazendo surgir outras novas). 
 
O desemprego estrutural está relacionado a incompatibilidade de capacitação entre oferta 
e demanda de trabalho. Em determinados momentos, uma economia tem suas atividades 
mais sofisticadas, que exigem pessoasmais qualificadas. Se a população não possui essa 
qualificação, então sobra força de trabalho desqualificada no mercado, causando o 
desemprego estrutural. O desemprego estrutural é de longo prazo, pois, para que a 
população economicamente ativa se capacite para assumir novas funções na economia, 
leva algum tempo. 
 
 
O PLENO EMPREGO E A TAXA NATURAL DE DESEMPREGO 
 
Nenhuma economia consegue ter toda a sua força de trabalho empregada totalmente. Nem 
mesmo nas situações denominadas de pleno emprego, em que os recursos de produção 
estão plenamente empregados. Nesse caso, há sempre uma parcela da população 
desempregada devido ao desemprego friccional ou ao desemprego sazonal. É possível, 
ainda, haver pessoas desempregadas devido ao desemprego estrutural. A soma das taxas 
de desemprego estrutural, friccional e sazonal é denominada de taxa natural de 
4 
 
desemprego. Ou seja, no pleno emprego a economia não possui desemprego zero e sim 
uma taxa natural de desemprego. Porém, no pleno emprego a taxa de desemprego cíclico 
é zero: ou seja, a economia encontra-se em ampla atividade, gerando empregos que são 
absorvidos no mercado de trabalho. 
 
Os economistas, ao utilizarem o termo pleno emprego, não estão querendo dizer que o 
desemprego seja zero. Na verdade, haverá sempre uma taxa de desemprego, mesmo que 
haja pleno emprego da forca de trabalho. 
 
 
CUSTOS DO DESEMPREGO 
 
O desemprego é socialmente e economicamente um custo. As pessoas desempregadas 
perdem autoestima, além de ter sua capacidade produtiva deteriorada. A deterioração da 
capacidade de trabalho dos indivíduos ocorre porque as mudanças nos ambientes de 
trabalho são intensas e a cada dia que um indivíduo fica desempregado perde a 
possibilidade de atualizar-se. 
 
Do ponto de vista econômico, desemprego significa perda de renda ou de produção 
potencial. As pessoas desempregadas poderiam gerar renda nacional, participando da 
produção nacional. Além disso, piora a distribuição de renda, aumentando a desigualdade 
social. Socialmente, o desemprego tem como efeitos o aumento da violência, porque as 
pessoas desocupadas tentam encontrar formas de obter renda. 
 
 
AS DIVISÕES DO MERCADO DE TRABALHO 
 
Uma definição mais completa de desemprego exige conhecer os critérios pelos quais uma 
pessoa é considerada economicamente ativa, ou seja, disponível para o trabalho, e quando 
passa a ser considerada ocupada ou desocupada, assim como as diferentes categorias de 
ocupação ou desocupação em que essa pessoa pode se encaixar – ver figura abaixo. 
 
Para pesquisar o desemprego e outros dados, começamos dividindo a população total 
entre os que têm ou não têm idade para trabalhar. 
 
PESSOAS NA FORÇA DE TRABALHO 
 
Ocupados 
 
A população ocupada se refere a: 
 
 Empregados (do setor público ou privado, com ou sem carteira de trabalho assinada, 
ou estatutários), 
 Trabalhadores por conta própria, 
 Empregadores, 
 Trabalhadores domésticos (com ou sem carteira de trabalho assinada), e 
 Trabalhadores familiares auxiliares (pessoas que ajudam no trabalho de seus 
familiares sem remuneração). 
 
 
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Desocupados 
 
Chamamos de desocupadas (popularmente conhecidas como desempregadas) as pessoas 
que não estão trabalhando, porém tomaram alguma providência efetiva para encontrar 
trabalho e estão disponíveis para assumi-lo, caso encontrem. 
 
Subocupados por insuficiência de horas trabalhadas 
 
Os subocupados por insuficiência de horas trabalhadas são trabalhadores que têm jornada 
de trabalho inferior a 40 horas semanais, mas gostariam de trabalhar mais horas e estão 
disponíveis para trabalhar. 
 
PESSOAS FORA DA FORÇA DE TRABALHO 
 
Força de trabalho potencial 
 
Pessoas que não estão na força de trabalho, mas possuem um potencial para serem 
integradas a esta força, formam a força de trabalho potencial. 
 
Fora da força de trabalho potencial 
 
Dentre as pessoas que estão fora da força de trabalho, estão as donas de casa que não 
trabalham fora, adolescentes em idade escolar, aposentados e outras pessoas que não têm 
interesse ou condições de trabalhar. Sendo assim, estas pessoas estão fora da força de 
trabalho potencial. 
 
SUBUTILIZAÇÃO DA FORÇA DE TRABALHO 
 
A subutilização da força de trabalho, que a Organização Internacional do Trabalho (OIT) 
recomenda desde 2013 que seja medida pelos órgãos oficiais de estatística, engloba os 
desocupados, aqueles na força de trabalho potencial e os subocupados por insuficiência 
de horas. 
 
A taxa de subutilização da força de trabalho é a porcentagem que esta subutilização 
representa dentro da força de trabalho ampliada (pessoas na força de trabalho somadas à 
força de trabalho potencial). 
 
Desalentados 
 
Os desalentados são pessoas que gostariam de trabalhar e estariam disponíveis, porém 
não procuraram trabalho por acharem que não encontrariam. Vários são os motivos que 
levam as pessoas de desistirem de procurar trabalho, entre eles: 
 
 Não encontrar trabalho na localidade, 
 Não conseguir trabalho adequado, 
 Não conseguir trabalho por ser considerado muito jovem ou idoso, ou 
 Não ter experiência profissional ou qualificação. 
 
 
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