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42 Re vi sã o: C ar la - D ia gr am aç ão : J ef fe rs on - 3 0/ 05 /1 6 Unidade II Unidade II 3 INFRAESTRUTURA DE TI E SERVIÇOS DE TI 3.1 Infraestrutura de TI 3.1.1 Conceitos de infraestrutura de TI Sobre os conceitos de governança de TI, os autores Weill e Ross (2006) afirmam que a infraestrutura de TI é o alicerce planejado de Tecnologia da Informação em toda a sua capacidade (tanto no que diz respeito a questões técnicas como recursos humanos), disponibilizada por meio de serviços compartilhados e confiáveis para todo o negócio e utilizada por aplicações múltiplas. A figura a seguir denota o conceito da infraestrutura de TI. Apresenta os seguintes itens: • Componentes de TI – são os elementos fundamentais da infraestrutura, tais como computadores, sistemas operacionais, componentes de redes de computadores e até os bancos de dados. • Recursos humanos de TI – representa toda mão de obra que faz efetivamente o ambiente tecnológico funcionar. Inclui programadores, analistas, técnicos e gestores de TI. • Serviços compartilhados de TI – é todo resultado entregue por meio de recursos de TI. Esses serviços são utilizados pelos usuários do ambiente organizacional. • Aplicações de TI compartilhadas – refere-se a todo software aplicativo utilizado pelas mais diversas áreas de uma organização. A infraestrutura de TI suporta as soluções e aplicações desejadas pelas áreas de negócios. São essas aplicações que suportam os processos de negócios dentro da perspectiva do alinhamento estratégico. Sobre os conceitos de Sistemas de Informação, os autores Stair e Reynolds (2011) mencionam que infraestrutura de TI é uma composição de itens compartilhados (hardware, software, bancos de dados, telecomunicações, pessoas e procedimentos) de sistemas de informação que forma a base dos sistemas computadorizados. 43 Re vi sã o: C ar la - D ia gr am aç ão : J ef fe rs on - 3 0/ 05 /1 6 GERENCIAMENTO DE SISTEMAS DE INFORMAÇÃO Aplicações de negócio Infraestrutura de TI Aplicaçãoes de TI compartilhadas e padronizadas Serviços compartilhados de Tecnologia da Informação Componentes de TI Recurso humanos Figura 11 – Infraestrutura de TI, segundo os conceitos de governança de TI 3.1.2 Papel da infraestrutura de TI nos negócios Por ser a base da capacidade planejada de TI, a infraestrutura desponta como um dos itens mais importantes na área de tecnologia das empresas. Justamente devido a essa relevância, os investimentos em infraestrutura, segundo Weill e Ross (2006), correspondem a aproximadamente 55% do total de investimentos em TI. Uma boa infraestrutura de TI permite um modelo de negócio flexível, de alta disponibilidade, garantindo que as organizações aumentem a sua produtividade e contribuam para o sucesso das corporações (MAGALHÃES; PINHEIRO, 2007). Eleva-se nos negócios uma mudança nos conceitos de infraestrutura para serviços de infraestrutura, em que os componentes tecnológicos são convertidos em serviços comuns. 44 Re vi sã o: C ar la - D ia gr am aç ão : J ef fe rs on - 3 0/ 05 /1 6 Unidade II Os serviços de infraestrutura de TI de uma empresa incluem, frequentemente, serviços de rede de telecomunicação; a provisão e o gerenciamento de computação em larga escala (como servidores e mainframe); o gerenciamento da base de dados compartilhada de clientes; a expertise em pesquisa e desenvolvimento, com o fim de identificar a utilidade de tecnologias emergentes para o negócio; e uma intranet para toda a empresa. Esses serviços podem ser prestados internamente ou por companhias terceirizadas, como a IBM Global Services, a Accenture e a HP. A infraestrutura interna da empresa frequentemente conecta-se a infraestruturas externas da indústria (como o sistema de pagamentos bancário) e a infraestrutura públicas (como a internet e as redes de telecomunicações). O conceito de serviços de infraestrutura de TI é muito poderoso, uma vez que os administradores podem valorizar mais prontamente um serviço do que um componente técnico como um servidor ou um pacote de software. Além disso, o serviço de prover o acesso de um computador laptop à internet e a todos os sistemas da empresa pode ser especificado, mensurado e controlado através de um acordo de nível de serviço (WEILL; ROSS, 2006, p. 37). 3.1.3 Recursos da infraestrutura de TI São quatro os recursos de infraestrutura de TI, segundo a maioria dos autores em sistemas de informações: hardware, software, bancos de dados e redes. Algumas bibliografias incluem também as pessoas como recursos de infraestrutura de TI e outros ainda destacam os serviços. Entretanto, nesta disciplina, o recorte trará os quatro recursos inicialmente mencionados. O hardware consiste nos recursos computacionais capazes de realizar as atividades de entrada, saída e processamento de dados. Estão inclusos os computadores pessoais, notebooks, mainframes, dispositivos móveis e suas constituições. Os softwares abrangem os programas de computador que gerenciam as atividades computacionais (software de sistemas) e que auxiliam o usuário em suas atividades básicas nos processos de negócios (software aplicativo). Os bancos de dados são uma coleção de dados organizacionais, que contêm informações dos negócios na forma de arquivos relacionados. Eles são um componente fundamental e valioso para o funcionamento dos sistemas computadorizados. As redes consistem no componente que proporciona a comunicação de dados, voz e imagem dentro do negócio por meio de uma transmissão eletrônica de sinais. 3.1.4 Os processos de negócios e o ambiente de infraestrutura de TI Cada vez mais os processos de negócios têm dependido do ambiente de infraestrutura de TI. Isso se dá justamente porque a TI suporta como nenhuma outra ferramenta a cadeia produtiva das organizações. Para tal, utiliza um sistema integrado, um sistema inteligente ou de suporte a decisão. 45 Re vi sã o: C ar la - D ia gr am aç ão : J ef fe rs on - 3 0/ 05 /1 6 GERENCIAMENTO DE SISTEMAS DE INFORMAÇÃO As aplicações de TI (sistemas integrados, planilhas eletrônicas, sistemas de suporte a decisões, dentre outros) atendem às necessidades do usuário final e são viabilizadas pela infraestrutura de TI. No entanto, antes da infraestrutura provida, é fundamental que a arquitetura de TI seja bem planejada. A arquitetura de TI pode ser entendida como uma visão macro e sistêmica de como os componentes lógicos e físicos funcionam de modo integrado para disponibilizar um serviço de TI. A arquitetura de TI pode ser dividida em três. São elas: • arquitetura de processos – mapa das atividades que compõem os grandes processos de negócios; • arquitetura de aplicação – define as aplicações individuais e suas interfaces; • arquitetura tecnológica – padrões tecnológicos nos quais os serviços de infraestrutura se baseiam. É comum a divisão da infraestrutura de TI em duas: infraestrutura lógica de TI e infraestrutura física de TI. Esta inclui todos os dispositivos associados ao processamento, armazenamento e comunicação de dados. Naquela, temos todos os softwares (de sistemas e de aplicação). Lembrete A infraestrutura de TI é fundamental para a concretização das estratégias de negócio. 3.1.5 Infraestrutura de data center Os data centers, também conhecidos pelo seu nome em português – centro de dados, são descendentes diretos dos antigos centros de processamento de dados (CPDs) das empresas, e a expansão da internet e dos serviços on-line e via web são responsáveis pela criação, desenvolvimento e crescimento dos data centers. Os CPDs são os chamados centros de armazenamento de dados, em que se encontra uma grande quantidade de informações registradas em grandes servidores, com muitos HDs para se realizar o armazenamento de dados e com uma rede classificada como SAN, ou seja, Storage Area Network. Nos data centers há muitos servidores e a infraestrutura necessária para colocar vários sistemas e bancos de dadosna internet. Dessa forma, evita-se que as empresas clientes tenham que ter sua estrutura própria com equipamentos e funcionários. 3.1.6 Comércio eletrônico Os modelos de negócios referentes a localização, tempo e receita baseiam-se, em alguma forma, no custo e na distribuição de informações. 46 Re vi sã o: C ar la - D ia gr am aç ão : J ef fe rs on - 3 0/ 05 /1 6 Unidade II A internet vem criando um marketplace digital em que milhões de pessoas são capazes de intercambiar imensas quantidades de informação de maneira direta, instantânea e gratuita. Com isso, a internet vem alterando a maneira como as empresas conduzem seus negócios e aumentam seu alcance global. A web diminuiu a assimetria de informação, que existe quando um participante da transação tem mais informação relevante à transação do que o outro. Essa informação a mais pode determinar seu poder de barganha relativo. Como nos mercados digitais consumidores e fornecedores podem “ver” os preços cobrados pelas mercadorias, dizemos que tais mercados são mais transparentes do que os tradicionais (LAUDON; LAUDON, 2011, p. 292). O ambiente competitivo em que as empresas operam tem impulsionado o surgimento de novas formas de comercialização de produtos e serviços. Nesse contexto, a área de Tecnologia da Informação se coloca como fonte de inovação por meio de suas soluções que reinventam as formas de negócios. A partir do uso das redes de computadores e da internet associado aos outros recursos de infraestrutura de TI, nasceu o comércio eletrônico, também conhecido por e-commerce, que é a realização de atividades comerciais eletronicamente por meio de redes de computadores como internet, extranet e redes corporativas. Iniciado por volta da década de 1990, com foco em na venda de CDs, DVDs e viagens, o comércio eletrônico hoje deixou de ser uma tendência para ser uma realidade na sociedade, com crescimento praticamente exponencial desde o seu surgimento. Alguns fatores podem ser apontados como motivadores do crescimento do comércio eletrônico, dentre eles: • aumento no número de acessos à internet via banda larga; • surgimento de uma nova e maior classe média; • empresas de pequeno porte e até pessoas físicas ofertam seus produtos e serviços com custo inferior às lojas tradicionais; • melhoria nos processos logísticos de entrega; • facilidade na criação de plataformas de vendas on-line. Entre as principais vantagens do comércio eletrônico, encontram-se: • redução de custos com processos de negócios devido à redução de custos fixos que as lojas tradicionais possuem; 47 Re vi sã o: C ar la - D ia gr am aç ão : J ef fe rs on - 3 0/ 05 /1 6 GERENCIAMENTO DE SISTEMAS DE INFORMAÇÃO • aceleração do fluxo de bens e informação graças a redes de computadores e à internet, que provêm um rápido fluxo de informação dos processos; • desenvolvimento no serviço ao consumidor, porque é possível entender melhor as necessidades dos clientes, haja vista tudo estar registrado na rede; • alta disponibilidade, porque o processo de vendas pode acontecer a qualquer hora e em qualquer lugar, bastando apenas o acesso à internet. Contudo, existem também algumas desvantagens, entre elas as questões de segurança, fraudes, invasão de privacidade do consumidor, exclusão digital e problemas de logística. Entre as principais tendências em comércio eletrônico, é possível citar: • crescimento do m-commerce, que são as relações de negócios com a utilização de um smartphone; • plataformas de e-commerce mais sofisticadas, com melhor usabilidade e interação homem-máquina; • aperfeiçoamento dos processos de logística na separação, transporte e entrega de produtos; • otimização e melhoria nos mecanismos de buscas com o uso de ferramentas de inteligência de negócios, como o Data Mining e o Processamento Analítico Online; • plataformas de e-commerce cada vez mais integradas com as redes sociais. Com a evolução do e-commerce, foi necessária uma separação dos tipos de transação para facilitar o acesso e criar regras específicas para cada uma delas. Desse modo, o comercio eletrônico apresenta-se sob os seguintes tipos: • Negócio a Negócio (B2B) – é a relação de negócios eletrônicos pela qual todos os participantes são organizações. Por exemplo, quando uma determinada empresa efetua a aquisição de um produto de uma outra empresa pela internet. • Negócios a Consumidor (B2C) – é a relação de negócios eletrônicos entre organizações e consumidores. Por exemplo, quando um consumidor acessa um site e faz a compra de um produto em uma loja virtual de uma rede varejista. • Consumidor a Consumidor (C2C) – é a relação de negócios de eletrônicos entre consumidores. Por exemplo, quando um consumidor utiliza uma plataforma de comércio eletrônico para comprar um produto de outro consumidor. 48 Re vi sã o: C ar la - D ia gr am aç ão : J ef fe rs on - 3 0/ 05 /1 6 Unidade II Exemplo de aplicação Faça uma pesquisa entre os seus colegas e encontre motivos que eles têm para comprar on-line, apontando eventuais desvantagens. O uso da Tecnologia da Informação e comunicação para simplificar o compartilhamento de informações, acelerar os processos anteriormente baseados em papel impresso e melhorar o relacionamento entre cidadãos e os governos na esfera federal, estadual ou municipal, é chamada de governo eletrônico ou e-governament. O governo eletrônico pode ser classificado em três tipos diferentes: • Governo a Consumidor (G2C) – é a relação entre o usuário (contribuinte) e o governo. Por exemplo, na declaração de imposto de renda de pessoa física. • Governo a Negócios (G2B) – é a relação entre empresas e o governo. Por exemplo, quando uma empresa acessa uma plataforma eletrônica do governo para aquisição de um financiamento público. • Governo a Governo (G2G) – é a relação entre governos de esferas diferentes ou iguais. Por exemplo, quando a prefeitura de uma cidade acessa uma plataforma eletrônica do Governo Federal para executar um determinado processo. 3.1.7 Tendências em infraestrutura de TI A área de TI tem uma característica muito peculiar: vive em constante mudança. Novas ferramentas surgem, outras se tornam obsoletas e tudo ocorre de forma muito rápida. Algumas tendências tornam-se realidade, outras nem chegam a essa situação e já somem como “fumaça”. Praticamente uma realidade, a computação nas nuvens, mais conhecida pelo termo em inglês cloud computing, é também uma tendência. A computação na nuvem é um conceito que nos remete ao uso de aplicações on-line de forma que todo o armazenamento de dados e informações fica situado na “nuvem” da internet. O grande objetivo é fazer com que os programas sejam executados no navegador de internet, dispensando a instalação de grande parte do software de modo stand alone. Muito associada à computação na nuvem e partindo de ideias semelhantes, a virtualização é colocada como uma tendência. A virtualização de computadores é uma tecnologia originária dos mainframes que confere a capacidade de se reproduzir as funções de um computador comum por um tipo de sistema normalmente chamado de máquina virtual – dentro de um computador real designado hospedeiro (host). Muito associada ao negócio, a prática de m-commerce tem crescido muito. Peritos apontam que o m-commerce e mais que uma tendência, é um fato. Consultorias especializadas no assunto apontam que o m-commerce cresce 300% mais rápido que o e-commerce tradicional. 49 Re vi sã o: C ar la - D ia gr am aç ão : J ef fe rs on - 3 0/ 05 /1 6 GERENCIAMENTO DE SISTEMAS DE INFORMAÇÃO Lembrete M-commerce é o comércio eletrônico por meio de smartphones com acesso à internet. Saiba mais Para conhecer um pouco mais sobre os números do e-commerce e m-commerce, acesse: <www.ecommercebrasil.com.br>. Dentre as diversas tendências, a Internet das Coisas, conhecida também pelo seu acrônimo IoT (Internet of Things), é a que certamente revolucionaráa humanidade. A ideia da IoT é conectar à internet todos os objetos e itens utilizados no nosso dia a dia. Um dos primeiros passos nessa tendência, que certamente popularizou o termo, foi o surgimento do Google Glass, um óculos que permitia a interação dos usuários com diversos conteúdos em realidade aumentada. Especificamente na gestão da Tecnologia da Informação, uma grande tendência, principalmente nas empresas brasileiras, é o emprego de framework e boas práticas gerenciais, tais como Itil, Cobit, CMMI, ISO, dentre diversos outros bem conhecidos no mercado. 3.2 Serviços de TI 3.2.1 Conceito de serviço Nos tempos correntes, tem crescido firmemente a importância dos serviços, representados por atividades que produzem resultados intangíveis, muitas vezes individualizados, que se apresentam em contraposto aos produtos tangíveis resultantes das atividades industriais. Diversas razões podem ser apontadas para justificar esse crescimento da importância dos serviços econômica e socialmente geradores de empregos, tais como: automação industrial, urbanização, maior tempo de lazer, desejo de melhor qualidade de vida, mudanças do perfil demográfico, mudanças socioeconômicas, aumento da sofisticação dos consumidores, mudanças tecnológicas, suporte à manufatura, como diferencial competitivo e como geradores de lucro (COSTA et al., 2012, p. 27). Embora aplicado comumente em diversas áreas de conhecimento e em muitas organizações, o termo serviço é frequentemente confundido com o conceito de produto, principalmente na área de TI. 50 Re vi sã o: C ar la - D ia gr am aç ão : J ef fe rs on - 3 0/ 05 /1 6 Unidade II Segundo Freitas (2013), serviço pode ser definido como uma maneira de entregar algo de valor percebido pelo cliente em vista da obtenção dos resultados que eles esperam, sem que tenham que arcar com a propriedade de determinados custos e riscos. Os clientes desejam serviços porque estes possuem valor agregado, ou seja, entregam benefícios que são percebidos. No entanto, o valor é mensurado não somente em matéria de benefícios, mas também por meio das despesas e riscos envolvidos. Na entrega de um serviço, há mais do que custos de produção, por exemplo: custo de negociação e decisão, de oportunidade e de governança. Assim, em muitas situações, o valor agregado de um serviço pode sim diminuir devido aos altos valores associados. Também ligados ao valor, encontram-se os riscos que permitem descobrir (quando mensurados) os requisitos de disponibilidade de um serviço, assim como equilibrá-lo com os custos associados, tornando viável a aquisição de um serviço e sua execução. 3.2.2 Diferenças entre produtos e serviços Há grandes diferenças entre produtos e serviços. Vamos, por exemplo, imaginar que a área de suporte de TI de uma empresa receba uma solicitação para instalar um novo computador na área comercial. O equipamento a ser alojado é de fato um produto, mas a instalação e o funcionamento do próprio computador são considerados como serviço. Observe que o cliente está interessado no serviço muito mais do que no produto. É possível afirmar que pelo menos em cinco características os produtos diferem dos serviços. São elas: a intangibilidade, a indivisibilidade, a variabilidade, a perecibilidade e o critério de satisfação. Sobre a intangibilidade dos serviços, pode-se dizer que não há como prová-los, apalpá-los, ouvi-los ou cheirá-los. É possível, sim, provar, apalpar, ouvir ou até cheirar um produto. Claro que há uma tendência em mensurar a qualidade de um serviço a partir do que se tangibiliza como seu produto. Por exemplo, um serviço prestado por um responsável por um buffet pode ter um aspecto de sua qualidade mensurado a partir da comida servida, no entanto, o serviço não se resume à comida. A indivisibilidade pode ser verificada pela impossibilidade em separar prestador do serviço, o modo como e percebido e o profissionalismo do próprio serviço. Essa indivisibilidade não envolve apenas pessoas. Sobre a variabilidade, Magalhães e Pinheiro (2007) afirmam que ela advém da qualidade dos serviços prestados, os quais são inseparáveis das pessoas, enquanto a qualidade, por sua vez, pode variar. A característica perecibilidade dos serviços difere da dos produtos. Por exemplo, quando um prestador de serviço não consegue vender os seus serviços, eles não podem ser armazenados para venda ou utilização posterior. Diferentemente de um produto, que pode ser naturalmente estocado quando a sua venda não acontece. 51 Re vi sã o: C ar la - D ia gr am aç ão : J ef fe rs on - 3 0/ 05 /1 6 GERENCIAMENTO DE SISTEMAS DE INFORMAÇÃO 3.2.3 Qualidade em serviços Aos poucos, os conceitos de qualidade de produtos foram estendidos para serviços, mas com as devidas adaptações, já que serviços e produtos possuem características diferentes e, sob determinados aspectos, são praticamente disjuntos. Sobre a dimensão tangibilidade, a qualidade em serviços pode ser percebida por meio de evidências físicas dos serviços, ou seja, pela aparência das instalações aplicadas, pessoas envolvidas, materiais e objetos utilizados. Os aspectos confiabilidade e responsividade também têm considerável importância. O primeiro por exibir a consistência e a capacidade demonstradas. O segundo por representar um aspecto extremamente desejado pelos clientes, que anseiam por respostas rápidas diante das situações. Saiba mais Para conhecer um pouco mais sobre qualidade em TI, leia: COSTA, I. et al. Qualidade em tecnologia da informação: conceitos de qualidade nos processos, produtos, normas, modelos e testes de software no apoio às estratégias empresariais. São Paulo: Atlas, 2012. Para conhecer um pouco mais sobre os conceitos gerais de qualidade, leia: COSTA NETO, O. P. L. Qualidade e competência nas decisões. São Paulo: Blucher, 2007. Desse modo, você conseguirá “mergulhar” um pouco mais no mundo da qualidade. 3.2.4 Serviços de TI Um serviço de TI é entregar valor por meio de ferramentas e recursos de infraestrutura de TI em vista da satisfação dos clientes. Bons exemplos de serviços de TI são os atendimentos de suporte de qualquer nível, automação de escritórios, meios de acesso à internet, dispositivos de integração via ERP, dentre outros. Tais utilidades são prestadas normalmente por provedores de serviços de TI, que podem ser terceirizados ou internalizados, e executados por uma área de TI interna das empresas. Os provedores possuem um portfólio de serviços que se colocam como disponíveis aos clientes. 52 Re vi sã o: C ar la - D ia gr am aç ão : J ef fe rs on - 3 0/ 05 /1 6 Unidade II 3.2.5 Arquitetura orientada a serviço A arquitetura orientada a serviço, também conhecida pelo seu acrônimo em inglês SOA (Service Oriented Architecture), é uma filosofia de arquitetura de TI que implementa princípios da orientação a serviço em vista da aproximação da relação entre os sistemas de informação que suportam o seu negócio e as organizações. A orientação a serviço é um método que visa integrar uma corporação com seus serviços interconectados, de modo que um aplicativo pode chamar uma função de outro aplicativo como serviço. O objetivo primordial da SOA é concretizar a possibilidade de conectar uma diversidade de sistemas de informação sem que haja a necessidade de descartar sistemas existentes. Em SOA, há o conceito de aplicações compostas, o que provê a execução de serviços integrados que apoia a empresa, de modo a facilitar e agilizar ajustes demandados pelos negócios. No entanto, para que esse modelo funcione, é necessário evitar grande interdependência entre serviços individuais, também conhecidos como baixo acoplamento, a fim de criar uma flexibilidade. Essa integração, proposta pela orientação, passa por uma série de desafios, tais como: redes de computadores não confiáveis e lentas, aplicativos programados nas mais diversas linguagens, formato de dados diferente, plataformas de execução emudanças que são inevitáveis. Os desafios também podem ser percebidos por meio de quatro itens: segurança, comunicação, formatação de dados e manutenção. Por isso, para que uma arquitetura de TI seja totalmente integrada de modo a atender às demandas de negócios, é necessário considerar a presença dos seguintes componentes: • sistemas – aplicativos que trocarão informação entre si; • dados – informação que trafegará entre os aplicativos; • interface – formato de envio e recebimento de informações entre os aplicativos; • comunicação – forma de comunicação entre os aplicativos. Esses componentes podem prover as necessidades de integração tão desejadas pelas aplicações de negócio. Dentre essas carências encontram-se: transferência de arquivos; base de dados compartilhada; chamada de procedimentos remotos; troca de informações e mensagens contendo instruções sobre o que deve ser feito com os dados enviados. Os principais benefícios, não somente da arquitetura orientada a serviço, mas de toda a computação orientada a serviço, são: • maior interoperabilidade intrínseca – é uma característica que as aplicações possuem de serem capazes de se comunicarem para compartilhar dados; 53 Re vi sã o: C ar la - D ia gr am aç ão : J ef fe rs on - 3 0/ 05 /1 6 GERENCIAMENTO DE SISTEMAS DE INFORMAÇÃO • maior federação – é a capacidade de estabelecer a união entre coisas diferentes para que elas possam agir como se fossem apenas uma; • mais opções de diversificação de fornecedores – é a habilidade de conseguir escolher uma entre diversas soluções apresentadas, além de ser possível o uso conjunto de recursos; • maior alinhamento do domínio de negócio e de tecnologia – possível graças ao paradigma de design, que promove a abstração em vários níveis; • maior retorno sobre o investimento (ROI) – há um grande retorno sob o investimento em arquiteturas reusáveis e componíveis; • maior agilidade organizacional – essa agilidade relaciona-se à eficiência com que a empresa responde às mudanças de mercado; • menor carga de trabalho de TI – o uso da orientação a serviços ao longo do tempo significa menor desperdício e redundância, além de um reduzido tamanho e custo operacional e menos despesas indiretas ligadas à governança e evolução. Saiba mais Para conhecer um pouco mais sobre SOA, leia: ERL, T. SOA: Princípios de design de serviços. São Paulo: Prentice Hall, 2008. 4 GERENCIAMENTO DE SERVIÇOS DE TI As necessidades e expectativas dos clientes frequentemente são muito diferentes. Na maioria dos casos, as necessidades são muito mais fáceis de satisfazer do que as expectativas. Os clientes tendem a comunicar e a preparar as suas especificações de serviços e produtos de TI a serem adquiridos baseados em suas necessidades, mas medem o desempenho da área de TI que os atende baseados em suas expectativas. Por exemplo, quando se pergunta a um cliente o que ele precisa em um determinado serviço de e-mail, ele irá responder que necessita da disponibilidade e da sua capacidade de armazenamento de mensagens, mas o que ele espera, além disso, é velocidade no acesso, rápido suporte técnico em caso de necessidade de ajuda e um baixo tempo de reparo, quando se fizer necessária uma ação corretiva, não importando se no ambiente do servidor ou em sua estação local, independentemente de onde estejam localizados. O atendimento das necessidades é frequentemente verificado pela criação 54 Re vi sã o: C ar la - D ia gr am aç ão : J ef fe rs on - 3 0/ 05 /1 6 Unidade II de indicadores de desempenho associados às variáveis de desempenho importantes para as necessidades existentes, fixando-se metas com uma faixa de variação determinada, mas o que realmente deseja o cliente é que todas as interações estejam próximas da média estabelecida, e não apenas dentro da faixa de tolerância, garantindo a uniformidade de resposta a sucessivas interações, o que pode ser traduzido como previsibilidade (MAGALHÃES; PINHEIRO, 2007, p. 54). 4.1 Modelos e normas de gerenciamento de serviços de TI 4.1.1 Introdução ao gerenciamento de serviços de TI Atualmente, a área de TI não é mais vista como uma simples provedora de infraestrutura. Em seu processo evolutivo, a TI tem sido considerada como uma área prestadora de serviços. Dentro desse contexto, a figura do usuário foi perdendo espaço para a figura do cliente, mesmo que seja interno à corporação. Assim, enfraqueceu-se a concepção de gerenciamento de infraestrutura de TI, de modo que as empresas assimilaram a ideia da gestão de serviços de TI. Até os frameworks e boas práticas de TI, antes relacionados à infraestrutura, deram espaço aos modelos gestão de serviços de TI. O controle de serviços de TI é uma composição especializada de habilidades organizacionais que, na forma de serviços de TI, entregam valor aos clientes. As habilidades assumem formato de um conjunto de processos de gestão de serviços de TI e suas respectivas funções. O objetivo principal do gerenciamento de serviços de TI é efetuar a transformação de recursos de TI em serviços que agregam valor aos negócios de uma corporação. Assim, temos habilidades unidas a recursos que atendem às necessidades do ambiente organizacional em vista de atingir suas metas. É por meio da administração adequada desses serviços que o provedor (área de TI que entrega serviços) entende os requisitos de negócios e garante a continuidade no uso das ferramentas tecnológicas, supervisionando adequadamente os custos e riscos associados aos serviços. Necessário também destacar os desafios para a concretização desse objetivo. O primeiro deles é a natureza intangível que diferencia principalmente os serviços de um produto. Outros desafios não menos importantes são: demanda totalmente aderente aos ativos do cliente; natureza perecível da saída dos serviços; capacidade e continuidade dos serviços, dentre outros. Observação No gerenciamento de serviços é fundamental equilibrar requisitos de clientes, capacidade disponível e custos. 55 Re vi sã o: C ar la - D ia gr am aç ão : J ef fe rs on - 3 0/ 05 /1 6 GERENCIAMENTO DE SISTEMAS DE INFORMAÇÃO 4.1.2 Conceitos básicos em gerenciamento de serviços de TI Gerenciamento de serviços de TI é praticamente uma área de conhecimento dentro da gestão da TI. Desse modo, é necessário entender o significado específico de algumas palavras que comumente se encontram em sua literatura. Dentre elas, é possível citar: • função – equipe ou grupo de pessoas dotadas de especialização e recursos utilizados em processos e atividades; • provedor de serviços – organização ou área que entrega serviços para um ou mais clientes externos ou internos; • cliente – aquele que recebe os serviços e remunera o provedor; • negócio – entidade ou organização composta de unidades de negócios; • processo – conjunto de atividades relacionadas que são combinadas com recursos e habilidades em vista da criação de valor para o cliente; • papel – conjunto de responsabilidades e autoridades delegado a uma pessoa ou grupo de pessoas. Lembrete Na gestão de serviços, o usuário é chamado de cliente. 4.1.3 Frameworks de gerenciamento de serviços de TI É possível apontar uma série de boas práticas na gestão de serviços de TI. Elas encontram-se agrupadas em frameworks e modelos bem conhecidos no mercado. Dentre eles, destacam-se o Information Technology Infrastructure Library (Itil) e a ISO 20.000. O Itil é o modelo mais apropriado aos profissionais, possuindo um esquema de certificação que promove um itinerário no conhecimento das boas práticas de gestão de serviços de TI. A ISO 20.000 é mais indicada para as empresas, porque comprova que o seu sistema de gestão de serviços de TI está de acordo com as melhores práticas de mercado. Não obstante, existem outras normas que também promovem o uso de boas práticas de gestão de serviços de TI, tais como o Capability Maturity Model – Integration for Services (CMMI-SVC), criadopelo Software Engineering Institute (SEI), e o Microsoft Operations Framework (MOF), criado pela Microsoft. 56 Re vi sã o: C ar la - D ia gr am aç ão : J ef fe rs on - 3 0/ 05 /1 6 Unidade II 4.2 Modelo Itil 4.2.1 Histórico e evolução do Itil O Itil é um framework para gerenciamento de serviços de TI apresentado por meio de boas práticas contidas em uma biblioteca de livros. Não é uma regra rígida, mas sim uma definição de recomendações para uma eficiente e eficaz gestão de serviços de TI. Foi desenvolvido na década de 1980, no Reino Unido, pela Agência Central de Computadores e Comunicações como um método que objetivava o governo da infraestrutura de Tecnologia da Informação em departamentos e órgãos públicos do Reino Unido. A primeira versão consistia em 31 livros que mencionavam aspectos importantes da provisão de serviços de TI com foco muito forte em infraestrutura, mais especificamente em planejamento e contingência. Essa versão também se referia fortemente à manutenção e operação dos recursos de infraestrutura de TI. A segunda versão surgiu em 2000, quando o modelo foi completamente reformulado e passou a ter apenas sete livros. Desse modo, uma das principais características era a forte aderência ao modelo PDCA (Plan-Do-Check-Action) e às suas práticas de melhoria contínua em processos. A partir dessa segunda versão, o Itil foi bastante disseminado como conjunto de boas práticas em gerenciamento de serviços de TI. No entanto, o mercado de modo geral considerava o conjunto de livros um pouco “desconectado”, fazendo com que muitos especialistas em TI de modo geral voltassem a sua atenção apenas para os livros de suporte ao serviço e entrega de serviço. É de se destacar que, em 2001, foi fundado o Fórum de gerenciamento de serviços de TI, conhecido pelo seu acrônimo em inglês ITSMF (Information Technology Service Management Forum). O seu objetivo era promover e desenvolver o gerenciamento de serviços de TI no mundo por meio da troca constante de informações e compartilhamento de experiências. Saiba mais Para conhecer um pouco mais sobre o Fórum de gerenciamento de serviços de TI, acesse: <www.itsmf.org>. Em 2007, foi lançada uma nova versão da Itil, a versão 3. Ela continha cinco livros abordando uma visão completa dos processos do gerenciamento de serviços de TI na forma de um ciclo denominado ciclo de vida do serviço. Possuía menos livros que a versão anterior, mas era mais denso em conteúdo. Em 2011, a versão 3 passou por alguns aprimoramentos, ampliando um pouco o seu escopo e produzindo a Itil V.3 edição 2011. 57 Re vi sã o: C ar la - D ia gr am aç ão : J ef fe rs on - 3 0/ 05 /1 6 GERENCIAMENTO DE SISTEMAS DE INFORMAÇÃO As principais características do modelo Itil são: • modelo não proprietário, que independe da plataforma de infraestrutura tecnológica; • altamente flexível, fácil adoção e prescrito para qualquer porte de empresa; • fornecedor de boas e melhores práticas no gerenciamento de serviços de TI; • utilizado em milhares de empresas do mundo; • contribui com a aderência aos requisitos da norma ISO 20.000. 4.2.2 Itil versão 3 A grande novidade da versão 3 do framework Itil foi o ciclo de vida do serviço. Fortemente baseado no modelo PDCA, o ciclo apresenta os processos de gerenciamento de serviços de TI numa sequência lógico-temporal. Esse ciclo divide-se em cinco fases. Alguns autores também chamam as fases de ciclos. São elas: • estratégia do serviço; • desenho do serviço; • transição do serviço; • operação do serviço; • melhoria continuada do serviço. Cada etapa, ou ciclo, tem os seus conceitos retomados por um livro de mesmo nome. Assim, a versão 3 tem um total de cinco livros. A primeira etapa, conhecida como estratégia de serviço, é praticamente uma novidade na Itil, porque esse modelo sempre teve o seu foco na operação do serviço, deixando as questões estratégicas para os ambientes de governança corporativa e de TI. Essa etapa é considerada o eixo central do modelo e a ideia é que tudo derive dela, pois é nesse momento que TI e negócio se alinham e se integram. Nessa fase também encontramos processos que tratam da estratégia propriamente dita, do portfólio de serviços de TI, das questões financeiras, da demanda e do relacionamento com o negócio. A segunda etapa é o desenho do serviço. Uma vez traçada a estratégia na fase anterior, é necessário projetar, desenhar e arquitetar o serviço de TI. Partindo do princípio de que há o alinhamento estratégico entre TI e negócio, o serviço começa a receber a sua definição em vista do valor a ser entregue. Nessa fase existe o desdobramento dos objetivos estratégicos de negócios em soluções baseadas em serviços de TI do portfólio. Encontramos processos de coordenação do desenho, de nível de serviço, de catálogo 58 Re vi sã o: C ar la - D ia gr am aç ão : J ef fe rs on - 3 0/ 05 /1 6 Unidade II de serviços, de capacidade, de disponibilidade, de continuidade de serviços, de segurança da informação e de fornecedores. A transição do serviço é a terceira etapa de seu ciclo de vida. Na estratégia, compreendem-se as exigências de negócios. No desenho, a estratégia é traduzida em serviço. Na transição ocorre a migração do serviço para o ambiente de produção. A ideia é não impactar o cliente com a entrada do novo serviço, fazendo com que tudo ocorra conforme especificado nas necessidades de negócio. Nessa fase, encontramos os processos de planejamento e suporte da transição, mudanças, liberação, implantação, configuração, testes e conhecimento. Considerada a fase mais próxima do cliente, a operação do serviço é considerada a quarta etapa de seu ciclo de vida. O foco dessa etapa é mantê-lo em operação, conforme todos os requisitos de negócio. Encontramos os processos de incidentes, eventos, requisição, problemas e acesso, além das funções de gerenciamento técnico, gestão de operações de TI, controle de aplicações e da central de serviços, muito conhecida pelo seu nome em inglês service desk. A última etapa é a melhoria de serviço continuada. O objetivo dessa fase é a busca da qualidade dos serviços de TI, conservando o alinhamento estratégico da TI. Nessa etapa, busca-se a identificação de formas que visem melhorar a utilidade e a garantia dos serviços entregues pela área de TI. Com a implementação da gestão por meio do ciclo de vida do serviço é possível um alinhamento “fim-a-fim” das expectativas, de modo que a estratégia concebida seja convertida em uma solução desenhada, implementada, operada e continuamente melhorada. 4.2.3 Estratégia de serviços de TI Não podemos confundir estratégia de negócio com estratégia para os serviços de TI. A estratégia da empresa define a razão de ser da empresa. Será que pode existir área de TI sem pensar no negócio da empresa? Então na verdade não existe estratégia de TI. Certa vez ouvi em uma reunião a seguinte citação do gerente de governança de uma grande empresa brasileira do setor de energia: “não existe estratégia de TI, existe focalização de TI na estratégia da empresa”. Essas palavras sábias me abriram a mente de que realmente a TI não pode pensar na razão de sua existência se não atender e viabilizar a estratégia de negócio (FREITAS, 2013, p. 111). O modelo Itil especifica que o objetivo principal do ciclo da estratégia de serviço é o entendimento da estratégia corporativa e de suas consequências na definição dos serviços de TI e de todo o seu valor agregado entregue às áreas de negócio, garantindo a manutenção do relacionamento da TI com os seus clientes. Segundo Freitas (2013), dentro de uma perspectiva qualitativa, o valor da TI é o benefício compreendido e aceito pelos clientes por meio dos serviços que a área de TI entrega, de modo a ser influenciado também por preferências e resultados entregues aos negócios. 59 Re vi sã o: C ar la - D ia gr am aç ão : J ef fe rs on - 3 0/ 05 /1 6 GERENCIAMENTO DE SISTEMASDE INFORMAÇÃO Num contexto mais quantitativo, o ITGI (2008) estabelece que o valor pode ser conceituado como o total de benefícios líquidos do ciclo de vida dos custos de entrega de um serviço de TI e investimentos relacionados, ajustados aos riscos associados, no tempo esperado. A figura a seguir apresenta esse conceito de valor. Valor CustosBenefícios Riscos Figura 12 – Valor da TI Para que a TI crie valor ao negócio, é necessário que os seus itens tenham utilidade e garantia. Utilidade, como a funcionalidade oferecida, ou seja, o que o produto ou serviço faz relacionado a questões de desempenho. Garantia, como a promessa de atendimento dos requisitos acordados, ou seja, assegurando o que o produto ou serviço faz relacionado a questões de disponibilidade, capacidade, continuidade e segurança. A estratégia do serviço pode ser concebida por meio de um portfólio de serviços administrados por um provedor de serviços de TI. Existem três tipos de provedores: • provedor de serviços internos – são assim chamados por representarem as áreas internas de TI das corporações que atendem exclusivamente uma unidade de negócio; • provedor de serviços compartilhados – caracterizado por áreas de TI que entregam serviços corporativos comuns de todas as unidades de negócios; • provedor de serviços externos – são as empresas prestadoras de serviços de TI que operam em corporações que não têm a TI como core business. Observação Core business significa coração do negócio. Por exemplo, em um supermercado, representa a comercialização de produtos de gêneros alimentícios, de limpeza, dentre outros. A estratégia de melhor provedor de serviços é determinada a partir de uma série de fatores, tais como: custos de transações de TI; custos de oportunidade; riscos associados aos negócios; nível de complexidade da execução dos serviços; habilidades das áreas internas de TI; quantidade de serviços entregues; cenários estratégicos. Nessa etapa da estratégia de serviços de TI, encontram-se cinco processos: • gerenciamento da estratégia para os serviços de TI; 60 Re vi sã o: C ar la - D ia gr am aç ão : J ef fe rs on - 3 0/ 05 /1 6 Unidade II • controle do portfólio de serviço; • gestão financeira para os serviços de TI; • acompanhamento da demanda; • supervisão do relacionamento com o negócio. 4.2.4 Processo de gerenciamento da estratégia para os serviços de TI O objetivo desse processo é a definição e manutenção da perspectiva, posição, planos e padrões dos serviços de TI, além do alinhamento estratégico entre o provedor de serviços de TI e as unidades de negócios por meio da definição de objetivos estratégicos dos serviços de TI interligados aos do negócio. A primeira atividade executada por esse processo é a avaliação estratégica. Nela acontece o estudo atual das atividades do provedor de serviços de TI por meio da análise SWOT. Considera-se, então, os fatores internos como as forças e fraquezas associadas ao provedor de serviços. Já os fatores externos são as oportunidades e ameaças, incluindo análises de tendências de mercado. Lembrete A análise SWOT é uma das ferramentas mais utilizadas em gestão estratégica para conceber um exame do contexto competitivo da empresa, em que são abordados e discutidos pontos fortes, pontos fracos, oportunidades e ameaças. A segunda atividade desse processo é a definição de espaços de mercado, que resulta da documentação da análise interna e externa de modo a prover decisões de continuidade da prestação de serviços internos, mudanças de serviços, além da contratação de fornecedores. Observação Segundo Freitas (2013), espaço de mercado é a composição de todas as oportunidades disponíveis a um provedor de serviço para sua eventual exploração. É descoberto a partir de análises. A terceira atividade desse processo é a identificação dos fatores estratégicos de mercado. Essa tarefa é executada a partir da observação e compreensão dos fatores externos à TI (oportunidades e ameaças). A quarta atividade é o estabelecimento de objetivos a partir dos contextos internos e externos. Deve surgir também a partir da compreensão dos objetivos estratégicos de negócios. 61 Re vi sã o: C ar la - D ia gr am aç ão : J ef fe rs on - 3 0/ 05 /1 6 GERENCIAMENTO DE SISTEMAS DE INFORMAÇÃO A quinta atividade consiste em gerar, avaliar e selecionar a estratégia de serviços de TI. Essa etapa está intimamente associada ao processo de planejamento estratégico de TI e visa construir planos de ação que auxiliem a área de TI a atingir as suas metas. Complementam as atividades desse processo: execução da estratégia; alinhamento de ativos de serviços; otimização de fatores críticos de sucesso; priorização de investimentos; medição e avaliação. Observação Segundo Freitas (2013), ativos de serviços são ativos intangíveis, pois não são dotados de características físicas, gerando benefícios econômicos para as organizações. As responsabilidades desse processo são exercidas em quatros papéis bem definidos. O primeiro papel é o do gerente de processo de estratégia de serviços de TI. Ele é responsável pela formulação, documentação, implementação, operação, melhoria e manutenção da estratégia de serviços de TI diante de todos os clientes e partes envolvidas. A segunda função é exercida pelo gerente de estratégia de negócio, responsável pelas formulação, comunicação, divulgação e manutenção da estratégia de negócio. A terceira atribuição é exercida pelo Comitê de TI, formado por diretores e gerentes de TI, que auxilia no processo de tomada de decisão de estratégias de TI. O quarto papel é exercido pelo diretor de TI e pelo gerente de serviços de TI, que coordenam o escritório de serviços de TI e os recursos de processos de gerenciamento desses itens. 4.2.5 Processo de gerenciamento de portfólio de serviços de TI Esse processo visa à garantia da existência de um conjunto de serviços de TI por meio de um portfólio oferecido por um provedor específico. Ele deve, em conjunto com outras etapas do ciclo de vida do serviço, gerenciar todos eles, desde a sua concepção até a sua obsolescência. O portfólio de serviços é composto pelos serviços administrados por um provedor de serviços de TI. Ele está dividido em três partes: funil de serviços, catálogo de serviços e serviços obsoletos. O funil de serviços é um documento que traz os serviços que ainda não foram colocados para os clientes como disponíveis, mas que estão sendo considerados e avaliados. A ideia é que nessa etapa do portfólio os serviços estejam quantificados dentro do critério financeiro, mensurando os seus riscos. O catálogo de serviços é um registro que apresenta os serviços disponibilizados para os clientes, com todas informações pertinentes, dentre elas: nome do serviço; versão; descrição; status; classificação e nível de criticidade; aplicações e dados relacionados; processos de negócio suportados; clientes; níveis; níveis de dependência e relacionamento com outros serviços; preço; e métricas de qualidade. 62 Re vi sã o: C ar la - D ia gr am aç ão : J ef fe rs on - 3 0/ 05 /1 6 Unidade II Nos serviços obsoletos encontram-se os serviços de TI estrategicamente desativados, ou seja, fora de produção. Dentro de um portfólio de serviços, é possível encontrar os status de serviços segundo o quadro a seguir. Quadro 2 – Status de um serviço no portfólio Status do serviço Descrição do status do serviço Requisitos Necessidades de negócio foram identificadas e documentadas Análise Necessidades de negócio em análise e priorização Aprovado Necessidades de negócio aprovadas Contratado Necessidades de negócio aprovadas, comunicadas e em definição de critérios financeiros Desenho Serviço em processo de desenho e planejamento Desenvolvimento Serviço em processo de construção Teste Serviço em processo de testes Homologação Serviço em homologação junto ao cliente Liberado Serviço aprovado no teste e na homologação ImplantaçãoServiço liberado em processo de implantação Operacional Serviço em produção no catálogo de serviço Retirado Serviço retirado do catálogo de serviço Adaptado de: Freitas (2013, p. 123). As atividades do processo de gerenciamento de portfólio incluem: definição; análise; aprovação; e contratação. Na definição ocorre o levantamento, documentação e identificação das informações básicas relacionadas ao serviço por meio do caso de negócio. Na análise, o caso de negócio é considerado a partir da estratégia de serviços de TI, além das informações sobre o espaço de mercado, capacidade dos ativos de serviço, análise de investimentos e orçamento disponível. Na atividade de aprovação ocorre a autorização da alocação de investimento, e na contratação elabora-se o documento de autorização do caso de negócio escolhido. 4.2.6 Processo de gerenciamento financeiro para os serviços de TI Nesse processo, o objetivo é a garantia dos recursos financeiros requisitados para a provisão dos serviços de TI aos clientes por meio do orçamento, da contabilização dos serviços e da mensuração da proposição de valor do serviço de TI para o negócio. Sobre o gerenciamento financeiro para os serviços de TI, Freitas (2013, p. 127) menciona que: O Gerenciamento Financeiro para os Serviços de TI tem a mesma ótica do Gerenciamento Financeiro da empresa. Deve ser sua responsabilidade identificar todos os custos envolvidos na entrega dos serviços de TI. Quando 63 Re vi sã o: C ar la - D ia gr am aç ão : J ef fe rs on - 3 0/ 05 /1 6 GERENCIAMENTO DE SISTEMAS DE INFORMAÇÃO a TI não é o negócio-fim da empresa, a TI não tem receita, e sim orçamento. Orçamento é o planejamento, anual na maioria das empresas, das despesas da área de TI para o ano seguinte levando em consideração os projetos que serão executados (Portfólio de Serviços) e os recursos necessários para manter os serviços de TI funcionando de acordo com as necessidades da estratégia da empresa. Quando a TI é o negócio-fim do provedor de serviços, ou seja, o negócio da empresa é fornecer serviços de TI para clientes, a TI precifica os seus serviços e cobrados clientes pela prestação dos serviços de TI de acordo com estratégias de cobrança de serviços (FREITAS, 2013, p. 127). Como parte da evolução da gestão da TI, o processo de gerenciamento financeiro de serviços de TI tem sido cada vez mais assimilado, fazendo com que as principais decisões estratégicas dentro da TI, outrora baseadas em questões essencialmente técnicas, sejam, agora, guiadas por critérios também financeiros. O uso desse processo permite aos provedores de serviços de TI não apenas a melhoria no processo de tomada de decisão estratégica, mas também agilidade em mudanças, melhoria no suporte ao gerenciamento do portfólio de serviços de TI, aprimoramento nos controles da TI, bem como uma melhor tangibilização da proposição de valor. As atividades que compõem esse processo incluem a contabilidade, a cobrança e o orçamento. O orçamento é uma atividade de estimação e negociação de gastos necessários para implementação e operação dos serviços de TI. A contabilidade é uma ação que visa identificar e alocar adequadamente os custos dos serviços de TI, bem como sua relação com o valor agregado entregue pelos mesmos serviços. A cobrança consiste na identificação dos preços dos serviços e a recuperação desses gastos por meio do acionamento dos clientes que recebem os serviços de TI entregues pelo provedor. 4.2.7 Processo de gerenciamento da demanda O processo de gerenciamento da demanda tem como principal objetivo o entendimento, a antecipação e a influência na demanda de serviços de TI por parte dos clientes. Trabalha em conjunto com a etapa de controle da capacidade no intuito de que o provedor de serviços reúna condições suficientes para os atendimentos das necessidades do cliente. Por ser um dos mais críticos da gestão de TI, é considerado como da etapa estratégica. A criticidade situa-se no planejamento da demanda, que, sendo extremamente crítica para os negócios, é fonte de risco para os provedores de serviços de TI. Freitas (2013) apresenta três casos reais sobre problemas relacionados ao gerenciamento da demanda. O primeiro caso é sobre um grande portal de conteúdo da internet: Um grande portal de conteúdo na Internet foi criado e o seu lançamento foi divulgado amplamente na mídia. No dia do lançamento, a quantidade de acessos simultâneos ao conteúdo do portal foi maior que sua 64 Re vi sã o: C ar la - D ia gr am aç ão : J ef fe rs on - 3 0/ 05 /1 6 Unidade II infraestrutura suportava e saiu do ar por lentidão no carregamento das páginas. A empresa dona do portal decidiu retirá-lo do ar e adiar seu lançamento (FREITAS, 2013, p. 136). O segundo evento é sobre uma grande rede de lojas de varejo: Uma grande rede de lojas de varejo divulgou na mídia que realizaria uma grande liquidação no fim de semana. Formaram-se filas nas portas das lojas aguardando a sua abertura. Uma hora após a abertura das lojas, o sistema integrado de vendas da rede lojas sobrecarregou o banco de dados, causando lentidão na consulta dos preços dos produtos e registro das vendas nos caixas das lojas. Com a demora para fechamento de uma compra no caixa, vários clientes decidiram deixar os produtos na loja e ir embora (FREITAS, 2013, p. 136). O terceiro caso traz uma corretora de ações no mercado de capitais: No momento da tão esperada oferta pública de ações de uma grande empresa do mercado, os clientes de uma corretora on-line enfrentaram dificuldades para realizar opções de compra de ações. Após meia hora de espera pela normalização do serviço, as ações já haviam valorizado em relação à oferta inicial e eles perderam a oportunidade de comprá-las a um valor menor (FREITAS, 2013, p. 136). A partir desses casos reais, é possível entender um pouco sobre os impactos da inadequada gestão de exigência de serviços de TI. Assim, da mesma forma que a TI com a demanda bem administrada pode agregar e entregar valor ao negócio, caso ocorra o contário, ela pode gerar danos irreparáveis à imagem da organização e custos absurdamente altos. Por isso, é necessário compreender bem a demanda por serviços de TI. Esse entendimento passa pelo desenho do padrão de atividade de negócio (PAN). O PAN é um documento que visa analisar, rastrear e monitorar as exigências de negócio, considerando crescimento e sazonalidade. Para construir um PAN, é necessário trilhar os seguintes passos: • fazer a escolha de uma atividade desempenhada pelas áreas negócio; • projetar uma tabela contendo um esquema de codificação de atividades de TI relacionadas a essa atividade de negócio; • documentar todo o PAN e entregá-lo ao responsável pelo processo de gerenciamento de mudança. O quadro a seguir mostra um exemplo de um PAN. 65 Re vi sã o: C ar la - D ia gr am aç ão : J ef fe rs on - 3 0/ 05 /1 6 GERENCIAMENTO DE SISTEMAS DE INFORMAÇÃO Quadro 3 – Exemplo de um PAN Atividade de negócio: compra de suprimentos Código: 2C Atividades de TI Alto Médio Baixo Não se aplica Utilização de largura de banda da internet x Utilização de suporte técnico x Utilização de armazenamento de dados x Processamento de informações x Necessidade de assistência técnica x Esse PAN mostra a atividade de negócio denominada “compra de suprimentos”, relacionando pelo menos cinco atividades de TI com os seus respectivos níveis de utilização (alto, médio, baixo, não se aplica). Associado ao PAN, utiliza-se também o mapeamento de perfil de usuário (PU). O PU é um documento que relaciona o padrão de demanda de serviços de TI por parte de clientes e usuários (pessoas, processos de negócios, funções e aplicações). O quadro a seguir apresenta um exemplo de PU. Quadro 4 – Exemplo de um PU Perfil de usuário Padrão de atividade de negócio aplicável PAN (código) Gerente de compras Profissional caracterizado pelo uso do sistema ERP, além de sites de pesquisade fornecedores. A sua sensibilidade à latência do link de internet é alta, bem como a sua disponibilidade e da telefonia. 2C 5D Departamento de vendas Formado por profissionais que atendem mais de 90% dos clientes, departamento em que a necessidade dos recursos de acesso remoto é crucial para o bom desempenho desse departamento. 1F 6H No quadro foram apresentados dois PUs: o primeiro, um gerente de compras, e o segundo, do departamento de vendas. Observe que para cada PU há códigos de PAN associados de modo a prover o mapeamento da demanda. Além de criar e projetar os documentos de PAN e PU, o processo de gerenciamento de demanda possui mais algumas atividades. São elas: identificação das fontes de previsão de demanda; controle de demanda baseado em atividades; desenvolvimento de ofertas diferenciadas; gerenciamento da demanda operacional. Essas atividades visam sempre ao equilíbrio demanda x capacidade, seja na influência da demanda por meio de preços diferenciados, desconto por volume de serviços e níveis de serviços diferenciados, sejapela própria previsão da demanda executada por meio de PANs e PUs. 66 Re vi sã o: C ar la - D ia gr am aç ão : J ef fe rs on - 3 0/ 05 /1 6 Unidade II 4.2.8 Processo de gerenciamento do relacionamento com o negócio O objetivo desse processo é o estabelecimento e a manutenção do relacionamento entre provedores de serviços de TI e os seus clientes por meio do atendimento dos requisitos e expectativas de negócio. Normalmente, é executado por profissionais experientes da área de TI, com grande conhecimento na prestação de serviços e dotados de expertise em relações humanas. Esse profissional tem um papel mais ligado à área comercial, por isso, muitas vezes, é chamado de “gerente de conta”. Essa função precisa ser desempenhada para dois objetivos: expectativa do cliente, ou seja, o que pode ser feito que agregue valor; e satisfação do cliente, ou seja, como foi feito o serviço. Resumo O cerne do estudo desta unidade reside no entendimento da infraestrutura de TI, serviços de TI e em como gerenciá-los. São comentados diversos conceitos de infraestrutura de TI, o seu papel nos negócios, além das tendências mais atuais em infraestrutura. Enfatizou-se a infraestrutura como alicerce planejado de Tecnologia da Informação em toda a sua capacidade (tanto no que diz respeito a questões técnicas como recursos humanos) disponibilizada por meio de serviços compartilhados e confiáveis para todo o negócio e utilizado por aplicações múltiplas. A infraestrutura é formada pelos componentes de TI (itens fundamentais da infraestrutura, tais como computadores, sistemas operacionais, dentre outros), pelos recursos humanos de TI (mão de obra que faz efetivamente o ambiente tecnológico funcionar), pelos serviços compartilhados de TI e pelas aplicações de TI compartilhadas. Ainda, foi apresentado o conceito de serviço de TI e mencionada uma mudança de paradigma que essa área sofreu. A TI deixou de ser percebida como um setor que oferecia infraestrutura para uma área que entregava serviço. O serviço de TI é definido como uma maneira de entregar algo de valor percebido pelo cliente em vista da obtenção dos resultados que os clientes esperam, sem que tenham que arcar com a propriedade de determinados custos e riscos. O gerenciamento de serviços de TI foi destacado como uma composição especializada de habilidades organizacionais que, na forma de serviços de TI, entregam valor aos clientes. As habilidades assumem formato de um conjunto de processos de gestão de serviços de TI e suas respectivas funções. Introduziu-se o framework Itil como um conjunto de boas práticas no gerenciamento de serviços, com ênfase na sua versão 3, que apresenta o 67 Re vi sã o: C ar la - D ia gr am aç ão : J ef fe rs on - 3 0/ 05 /1 6 GERENCIAMENTO DE SISTEMAS DE INFORMAÇÃO seu itinerário de práticas em torno do ciclo de vida do serviço. Fortemente baseado no modelo PDCA, o ciclo apresenta os processos de controle de serviços de TI numa sequência lógico-temporal. Esse ciclo divide-se em cinco fases. Alguns autores também chamam as fases de ciclos. São elas: estratégia do serviço; desenho do serviço; transição do serviço; operação do serviço; melhoria continuada do serviço. Por fim, evidenciou-se a etapa da estratégia de serviço com todos os seus processos: gerenciamento da estratégia para os serviços de TI; controle do portfólio; gestão financeira; acompanhamento da demanda; supervisão do relacionamento com o negócio.
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