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setor A setor 1206 físicA Prof.: aula 9 ............... AD h...............TM h............... TC h .................. 50 aula 10 ............... AD h...............TM h............... TC h .................. 52 aula 11 ............... AD h...............TM h............... TC h .................. 52 aula 12 ............... AD h...............TM h............... TC h .................. 55 aula 13 ............... AD h...............TM h............... TC h .................. 55 aula 14 ............... AD h...............TM h............... TC h .................. 57 aula 15 ............... AD h...............TM h............... TC h .................. 59 aula 16 ............... AD h...............TM h............... TC h .................. 61 Texto teórico ................................................................................... 63 850420216_KAPA2_CA_049a074_Fisica_A.indd 49 12/9/15 5:06 PM 50 Física – Setor 1206 KAPA 2 AULA 9 GrAndezAs escALAres e vetoriAis. veLocidAde vetoriAL Grandezas escalares As grandezas escalares se caracterizam apenas pelo valor numŽrico (medida), acompanhado da unidade de medida. Exemplo: L 5 5 m UnidadeIntensidade Medida Grandezas vetoriais As grandezas vetoriais se caracterizam por um valor numŽrico (sem sinal), denominado m—dulo ou intensidade, acompanhado da respectiva unidade de medida e de uma orienta•‹o espacial, isto Ž, uma dire•‹o e um sentido. Exemplo: Um corpo se desloca 2 m na direção horizontal e para direita. 2 m Posição inicial Posição fnal D → Características do D: Intensidade: D = 2 m Direção: horizontal Sentido: para direita velocidade vetorial A velocidade vetorial caracteriza o movimento do corpo em um instante. Caracter’sticas da V: Intensidade: igual ao m—dulo da velocidade escalar; Direção: da reta tangente ˆ trajet—ria; Sentido: do movimento. V → Reta tangente à trajetória Trajetória 850420216_KAPA2_CA_049a074_Fisica_A.indd 50 12/9/15 5:06 PM KAPA 2 Física – Setor 1206 51 exercícios 1 Grandezas f’sicas s‹o aquelas grandezas que po- dem ser medidas, ou seja, que descrevem quali- tativamente e quantitativamente as rela•›es entre as propriedades observadas no estudo dos fen™- menos f’sicos. Em F’sica, elas podem ser vetoriais ou escalares. Analise as alternativas e marque a œnica que apresenta apenas grandezas f’sicas vetoriais. a) Comprimento, acelera•‹o, massa e temperatura. b) For•a, tempo e velocidade. c) Deslocamento, for•a e velocidade. d) For•a, deslocamento, massa e acelera•‹o. e) Temperatura, velocidade, massa e for•a. Grandezas vetoriais possuem módulo, direção e sentido. Massa, temperatura e tempo são grandezas escalares. H-18 2 Velocidade Ž um conceito fundamental para a me- c‰nica cl‡ssica. Foi a partir desse conceito que os primeiros f’sicos puderam desenvolver o estudo do movimento dos corpos. Trata-se de uma gran- deza vetorial que caracteriza o movimento do cor- po em um dado instante. Para cada movimento abaixo, associe a situa•‹o da velocidade vetorial correspondente. a) Retil’neo. b) Uniforme. c) Retil’neo e uniforme. d) Curvil’neo e uniforme. e) Curvil’neo e variado. f) Retil’neo e variado. I. O vetor velocidade Ž constante em m—dulo. II. O vetor velocidade Ž constante em dire•‹o. III. O vetor velocidade Ž constante em m—dulo e dire•‹o. IV. ƒ vari‡vel em m—dulo e dire•‹o. V. ƒ constante em m—dulo e vari‡vel em dire•‹o. VI. ƒ vari‡vel em m—dulo e constante em dire•‹o. I. b; II. a; III. c; IV. e; V. d; VI. f I. O vetor velocidade é constante em módulo. Pode-se afir- mar que é uniforme (b). II. O vetor velocidade é constante em direção. Pode-se afir- mar que é retilíneo (a). III. O vetor velocidade é constante em módulo e direção. Pode-se afirmar que é retilíneo e uniforme (c). IV. É variável em módulo e direção. Pode-se afirmar que é curvilíneo e variado (e). V. É constante em módulo e variável em direção. Pode-se afirmar que é curvilíneo e uniforme (d). VI. É variável em módulo e constante em direção. Pode-se afirmar que é retilíneo e variado (f). H-20 tarefa Mínima tarefa complementar orientAção de estUdo Leia o resumo da aula. Faça os exercícios 1 e 2 do Caderno de exercícios, série 5. Faça os exercícios 6 e 7 do Caderno de exercícios, série 5. Leia o Texto teórico da aula 9. Faça o exercício 3 do Rumo ao Enem. 850420216_KAPA2_CA_049a074_Fisica_A.indd 51 12/9/15 5:06 PM 52 Física – Setor 1206 KAPA 2 AULAs 10 e 11 AceLerAção: tAnGenciAL, centrípetA e vetoriAL aceleração tanGencial (a T ) A aceleração tangencial é responsável por indicar a variação da intensidade do vetor velocidade. Características da a T : Intensidade: igual ao módulo da aceleração escalar; Direção: da reta tangente à trajetória (mesma de V); Sentido: se o movimento for acelerado o sentido é o mesmo de V; se o movimento for retardado o sentido é oposto ao de V. aceleração centrípeta (a C ) A aceleração centrípeta é responsável por indicar a variação da direção do vetor velocidade. Características da a C : Intensidade: 5a V R ,C 2 em que V é a velocidade escalar instantânea e R o raio da curva; Direção: radial Sentido: para o centro. aceleração vetorial (γ) A aceleração vetorial é a aceleração de um móvel em um determinado instante. Determina-se a aceleração vetorial como sendo a soma vetorial das acelerações tangencial e centrípeta. γ 5 a T 1 a C γ a + aT 2 2 C 5 γ → a T → V → a C → exercícios 1 (PUC-SP Ð Adaptada) Um autom—vel, dirigido por um motorista de massa igual a m, passa pela parte mais baixa de uma depressão de raio = 20 m com velocidade escalar constante de m—dulo 72 km/h. Nesse momento,a intensidade da aceleração centr’peta vale, em m/s2: a) 1 b) 5 c) 10 d) 20 e) 100 H-17 Da defini•‹o de acelera•‹o centr’peta, tem-se: = = =a V R 20 20 20 m s C 2 2 2 r 5 20 m 850420216_KAPA2_CA_049a074_Fisica_A.indd 52 12/9/15 5:06 PM KAPA 2 F’sica Ð Setor 1206 53 2 (UFSM-RS – Adaptada) A figura representa dois atletas numa corrida, percorrendo uma curva cir- cular, cada um em uma raia. Eles desenvolvem ve- locidades escalares com módulos iguais e cons- tantes, num referencial fixo no solo. Atendendo à informação dada, assinale a resposta correta. A B a) A aceleração centrípeta é nula para os dois atle- tas. b) A aceleração vetorial é a mesma para os dois atletas. c) Em módulo, a aceleração centrípeta de A é maior do que a aceleração centrípeta de B. d) Em módulo, a aceleração centrípeta de B é maior do que a aceleração centrípeta de A. e) O valor da aceleração tangencial é maior do que o valor da aceleração centrípeta para os dois atletas. Pela expressão da aceleração centrípeta, =a V R C 2 , obser- va-se que sua intensidade é inversamente proporcional ao raio da curva. Os dois atletas têm mesma velocidade escalar V, porém A corre na raia mais interna, de menor raio de curvatura (R A < R B ). Portanto: a a .C CA B> H-17 3 (Enem) Um professor utiliza essa história em qua- drinhos para discutir com os estudantes o movi- mento de satélites. Nesse sentido, pede a eles que analisem o movimento do coelhinho, consi- derando o módulo da velocidade constante. SOUSA, M. Cebolinha, n. 240, jun. 2006. Desprezando a existência de forças dissipativas, o vetor aceleração tangencial do coelhinho, no terceiro quadrinho, é: a) nulo. b) paralelo à sua velocidade linear e no mesmo sentido. c) paralelo à sua velocidade linear e no sentido oposto. d) perpendicular à sua velocidade linear e dirigido para o centro da Terra. e) perpendicular à sua velocidade linear e dirigido para fora da superfície da Terra. Como o módulo da velocidade é constante, o movimento do coelhinho é circular uniforme, sendo nulo o módulo da com- ponente tangencial da aceleração no terceiro quadrinho. H-17 © M A u R IC IO D E S O u S A /M A u R IC IO D E S O u S A P R O D u ç õ E S L T D A . 850420216_KAPA2_CA_049a074_Fisica_A.indd53 12/9/15 5:06 PM 54 Física – Setor 1206 KAPA 2 4 (Vunesp) Curvas com ligeiras inclinações em circui- tos automobilísticos são indicadas para aumentar a segurança do carro a altas velocidades, como, por exemplo, no Talladega Superspeedway, um circuito utilizado para corridas promovidas pela NASCAR (National Association for Stock Car Auto Racing). Considere um carro como sendo um ponto material percorrendo uma pista circular, de centro C, inclinada de um ângulo a e com raio R, constantes, como mostra a figura, que apresenta a frente do carro em um dos trechos da pista. Raio: R C α Se a velocidade do carro tem módulo constante, é correto afirmar que o carro: a) não possui aceleração vetorial. b) possui aceleração com módulo variável, direção radial e no sentido para o ponto C. c) possui aceleração com módulo variável e tan- gente à trajetória circular. d) possui aceleração com módulo constante, di- reção radial e no sentido para o ponto C. e) possui aceleração com módulo constante e tan- gente à trajetória circular. Como a pista é circular e a velocidade do carro tem módulo constante, o movimento é circular e uniforme. Dessa for- ma, a aceleração tangencial do corpo é nula e a aceleração centrípeta tem módulo constante. Assim, a aceleração do corpo tem módulo constante, direção radial e aponta para o ponto C. H-20 orientAção de estUdo tarefa Mínima tarefa complementar AULA 10 Leia o resumo da aula. Faça os exercícios 1 e 2 do Caderno de exercícios, série 10. AULA 11 Leia o resumo da aula. Faça os exercícios 5 e 7 do Caderno de exercícios, série 10. AULA 10 Faça os exercícios 3 e 4 do Caderno de exercícios, série 10. Leia o Texto teórico das aulas 10 e 11. AULA 11 Faça o exercício 8 do Caderno de exercícios, série 10. Faça o exercício 1 do Rumo ao Enem. AnotAçÕes 850420216_KAPA2_CA_049a074_Fisica_A.indd 54 12/9/15 5:06 PM KAPA 2 Física – Setor 1206 55 AULAs 12 e 13 conceito e tipos de forçAs conceito For•a Ž uma grandeza vetorial que caracteriza a a•‹o (pux‹o, empurr‹o, esfrega•‹o, atra•‹o, repuls‹o) de um corpo sobre outro e que tem como efeito a deforma•‹o e/ou altera•‹o da velocidade do corpo ao qual est‡ aplicada. tipos de forças Força de contato (C): exercida pelo apoio sobre o corpo e que impede, ao mesmo tempo, a penetração e o escorregamento. → → → Atrito (A): componente de C que impede ou difculta o escorregamento. → → Normal (N): componente de C que impede a penetração. → Peso (P): é a força de atração gravitacional aplicada pela Terra (ou outro astro) sobre o corpo; tem direção vertical e sentido para baixo. → Tração (T): é a força exercida pelo homem sobre o corpo, transmitida pelo fo, e que impede a separação entre eles. Fio Apoio exercícios 1 Existem frases criadas em desenhos animados que se tornam extremamente populares e acabam se mantendo na mem—ria de muita gente. Uma delas sem dœvida alguma Ž: ÒPelos poderes de Grays- kull... Eu tenho a for•a!Ó A famosa express‹o era proferida por He-Man, o super-her—i que caiu no gosto da garotada e emplacou como uma sŽrie animada de sucesso nos anos oitenta. PorŽm, do ponto de vista da F’sica, existe um erro conceitual nesta frase. Qual Ž o erro? Justifique. O erro é: “Eu tenho a força!”. Força é o resultado da inte- ração entre um par de corpos, assim é incorreto dizer que um corpo possui força. H-17 2 (UFSC) Uma mola comprimida no interior de um tubo cil’ndrico impulsiona uma bola, projetando-a horizontalmente para fora do tubo. Desprezando- -se a resist•ncia do ar, o esquema que representa corretamente a(s) for•a(s) atuante(s) sobre a bola fora do tubo Ž: a) b) c) d) e) Desprezando a resistência do ar, a única força que atua na bola fora do tubo é a força peso, que tem direção vertical e sentido para baixo, ou seja, alternativa d. H-20 850420216_KAPA2_CA_049a074_Fisica_A.indd 55 12/9/15 5:06 PM 56 Física – Setor 1206 KAPA 2 3 Um operário de uma montadora de automóveis, ao empurrar uma caixa ao longo de uma rampa inclinada, aplica uma força f, paralela à superfície da rampa. A caixa, devido à aplicação da força f, se desloca para cima, com velocidade constante v, como indicado na figura. Qual dos diagramas melhor representa as forças que atuam sobre a caixa? Considere: a a “força de atrito”, n a “força normal” e p o peso do caixote. V A N F P a) F N A P b) F N A P d) F N A P e) A N F P c) 4 (UFPE) Um bloco desliza, com atrito, sobre um hemisfério e para baixo. Qual das opções a seguir melhor representa todas as forças que atuam sobre o bloco? Reação normal AtritoPeso a) Atrito Peso c) Centrípeta Reação normal Atrito Peso d) Centrípeta Reação normal Atrito Peso e) Atrito Peso b) H-20 H-17 As forças que atuam no bloco são a força peso, a normal e o atrito. Como indicado na alternativa e. AULA 12 Leia o resumo da aula. Faça os exercícios 1 a 3 do Caderno de exercícios, série 6. AULA 13 Leia o resumo da aula. Faça os exercícios 5 e 6 do Caderno de exercícios, série 6. AULA 12 Faça o exercício 4 do Caderno de exercícios, série 6. Leia o Texto teórico das aulas 12 e 13. Faça o exercício 2 do Rumo ao Enem. AULA 13 Faça o exercício 7 do Caderno de exercícios, série 6. Faça o exercício 4 do Rumo ao Enem. tarefa Mínima tarefa complementar orientAção de estUdo O esquema a seguir representa todas as forças, como cita- das no enunciado, que atuam no corpo. N A F P 850420216_KAPA2_CA_049a074_Fisica_A.indd 56 12/9/15 5:06 PM KAPA 2 Física – Setor 1206 57 AULA 14 resULtAnte dAs forçAs conceito Resultante (R): é a força que, se existisse, substituiria todas as forças que agem no corpo de maneira a proporcionar o mesmo efeito dinâmico. É obtida pela soma vetorial das forças aplicadas no corpo. Em símbolos: R 5 SF. linha poliGonal F 1 F 1 R R F 2 F 2 F 3 F 3 casos particulares I) R 5 F 1 GF G II) F . G R 5 F 2 GG III) G G R F F R 5 F2 1 G2 IV) 120¡ F F R 5 F F F exercícios 1 Determine a intensidade da força resultante nos seguintes casos: a) F A 5 7 N F B 5 10 N b) F A 5 3 N F B 5 8 N c) F A 5 3 N F B 5 8 N F C 5 15 N d) F A 5 6 N F B 5 8 N e) F A 5 7 N F B 5 10 N F D 5 12 N F C 5 15 N F E 5 13 N H-20 R 5 17 N R 5 5 N R 5 20 N R 5 10 N R 5 5 N 850420216_KAPA2_CA_049a074_Fisica_A.indd 57 12/9/15 5:06 PM 58 Física – Setor 1206 KAPA 2 2 (CPS-SP) No trabalho de despoluir o Rio Tiet•, na cidade de S‹o Paulo, uma balsa carrega uma draga mo- vendo-se paralelamente ˆs margens do rio. A balsa Ž tracionada por dois cabos de a•o, que aplicam for•as iguais, como mostrado na figura a seguir. 90¼ T T A for•a resultante das for•as de tra•‹o dos cabos de a•o Ž: a) T b) ⋅2 T 3 c) ⋅2 T d) ⋅3 T e) 2 ? T A figura mostra a resultante dessas duas forças. R T T 90¡ Como elas são perpendiculares entre si, aplicando o teorema de Pitágoras, vem: R T T R 2T R 2T R 2T2 2 2 2 2 2= + ⇒ = ⇒ = ⇒ = H-17 tarefa Mínima tarefa complementar orientAção de estUdo Leia o resumo da aula. Faça os exercícios 1 e 4 do Caderno de exercícios, série 7. Faça o exercício 6 do Caderno de exercícios, série 7. Leia o Texto teórico da aula 14. Faça os exercícios 5 e 6 do Rumo ao Enem. 850420216_KAPA2_CA_049a074_Fisica_A.indd 58 12/9/15 5:06 PM KAPA 2 Física – Setor 1206 59 AULA 15 princípio dA inérciA oU 1 a Lei de newton: conceito e ApLicAçÕes enunciado informal do princípio da inércia Os corpos tendem a permanecer em seu estado original de repouso ou movimento retilíneo e uniforme, em relação à Terra, a menos que uma resultante de forças não nula atue sobre eles. enunciado formal do princípio da inércia Caso a resultante das forças atuantes sobre o corpo seja nula, o corpo mantém-se em repouso ou em movi- mento retilíneo uniforme, ou seja, sua velocidade vetorial é constante. Assim, podemosescrever: R 5 0 → V 5 constante resultante das forças R 5 SF • Força imaginária que substitui todas as forças aplicadas no corpo. • Não corresponde a uma interação física. • Soma vetorial das forças ao corpo. equilíbrio = → → = → ≠ → R 0 equil’brio repouso (V 0) equil’brio est‡tico MRU (V 0) equil’brio din‰mico exercícios 1 (Enem) Em 1543, Nicolau Copérnico publicou um livro revolucionário em que propunha a Terra girando em torno do seu próprio eixo e rodando em torno do Sol. Isso contraria a concepção aristotélica, que acredita que a Terra é o centro do universo. Para os aristotélicos, se a Terra gira do oeste para o leste, coisas como nuvens e pássaros, que não estão presas à Terra, pareceriam estar sempre se movendo do leste para o oeste, justamente como o Sol. Mas foi Galileu Galilei que, em 1632, baseando-se em experiências, rebateu a crítica aristotélica, confirmando assim o sistema de Copérnico. Seu argumento, adaptado para a nossa época, é se uma pessoa, dentro de um vagão de trem em repouso, solta uma bola, ela cai junto a seus pés. Mas se o vagão estiver se movendo com velocidade constante, a bola também cai junto a seus pés. Isto porque a bola, enquanto cai, continua a compartilhar do movimento do vagão. O princípio físico usado por Galileu para rebater o argumento aristotélico foi: a) a lei da inércia. b) ação e reação. c) a segunda lei de Newton. d) a conservação da energia. e) o princípio da equivalência. De acordo com o Princípio da Inércia, um corpo sempre tende a manter seu estado de repouso ou movimento com velocidade constante se a resultante das forças sobre ele for nula. Aplicando-se essa ideia ao movimento da bola, percebe-se que na direção horizontal não há forças agindo sobre ela de tal forma que esse movimento se mantém, associado agora à queda. Assim, como o movimento horizontal não se altera, ela segue junto com a pessoa continuando a cair em seus pés. H-17 850420216_KAPA2_CA_049a074_Fisica_A.indd 59 12/9/15 5:06 PM 60 Física – Setor 1206 KAPA 2 2 (CFT-MG) Disponível em: <http://tirinhasdefisica.blogspot.com.br>. Acesso em: 1o out. 2012. Ao analisar a situação representada na tirinha acima, quando o motorista freia subitamente, o passageiro a) mantém-se em repouso e o para-brisa colide contra ele. b) tende a continuar em movimento e colide con- tra o para-brisa. c) é empurrado para frente pela inércia e colide contra o para-brisa. d) permanece junto ao banco do veículo, por inér- cia, e o para-brisa colide contra ele. Todo corpo em repouso tende a continuar em repouso; todo corpo em movimento tende a continuar em movimento re- tilíneo e uniforme, desde que a resultante das forças apli- cadas sobre ele seja nula. H-17 © D IO N E I/ C E F E T -M G 3 Um automóvel desloca-se com velocidade cons- tante em uma estrada plana e horizontal, sob a ação de quatro forças: o peso P, a normal exercida pela estrada N, a propulsora do motor F e a de atrito A, conforme a figura a seguir: A 5 350 N P 5 1000 N N F A relação correta entre os módulos dessas forças é: a) 1 000 N = N e F = 350 N b) 1 000 N = N e F > 350 N c) 1 000 N > N e F > 350 N d) 1 000 N > N e F = 350 N Pela lei da inercia, se a velocidade é constante a resultante das forças é nula. Dessa forma, N = 1 000 N e F = 350 N. H-20 tarefa Mínima tarefa complementar orientAção de estUdo Leia o resumo da aula. Faça os exercícios 2, 3 e 5 do Caderno de exercícios, série 8. Faça os exercícios 1, 4 e 9 do Caderno de exercícios, série 8. Leia o Texto teórico da aula 15. Faça os exercícios 7 e 8 do Rumo ao Enem. 850420216_KAPA2_CA_049a074_Fisica_A.indd 60 12/9/15 5:06 PM KAPA 2 F’sica Ð Setor 1206 61 AULA 16 princípio fUndAMentAL dA dinâMicA oU 2a Lei de newton: conceito e ApLicAçÕes Vimos anteriormente que: R 5 0 → V 5 constante Assim, R Þ 0 → V Þ constante → γ Þ 0 (aceleração não nula) equação fundamental da dinâmica R 5 m ? γ R e γ têm mesma direção e sentido. Intensidade: R 5 m ? γ Unidade SI: N 5 kg ? m/s2 R g Observa•‹o: A resultante das forças e a velocidade não têm necessariamente a mesma direção e sentido. exercícios 1 (CPS-SP) No Monumento às Bandeiras, situado no Parque do Ibirapuera, em São Paulo, o escultor Victor Brecheret representou a ação de escravos e portugueses empenhados em transportar uma enorme canoa, arrastando-a pela mata. Admita que, numa situação real, todos os homens que estão a pé exercem forças de iguais intensidades entre si e que as forças exercidas pelos cavalos também tenham as mesmas intensidades entre si. Na malha quadriculada, estão representados o sentido e a direção dos vetores representativos da força de um homem, de um cavalo e do atrito da canoa com o chão. Como a malha é constituída de quadrados, tam- bém é possível verificar que as intensidades da força de um cavalo e do atrito são múltiplos da intensidade da força de um homem. H-17 R E P R O D u ç ã O /C P S 850420216_KAPA2_CA_049a074_Fisica_A.indd 61 12/9/15 5:06 PM 62 F’sica Ð Setor 1206 KAPA 2 h c a → → → h: vetor que representa a força de um único homem. c: vetor que representa a força de um único cavalo. a: vetor que representa a força de atrito da canoa com o chão. Imagine que, em determinado momento, as forças horizontais sobre a canoa sejam unicamente a de sete homens, dois cavalos e do atrito da canoa com o chão. A canoa tem massa igual a 1 200 kg e, devido às forças aplicadas, ela é movimentada com aceleração de 0,4 m/s2. Com base nessas informações, é correto afirmar que a intensidade da força exercida por um único homem é, em newtons, a) 180. b) 240. c) 360. d) 480. e) 500. Analisando a escala apresentada na figura, onde 1 quadra- dinho representa a força de um único homem, podemos escrever as relações para o cavalo e para o atrito: c 5 5 h e a 5 15 h Como são 7 homens e 2 cavalos e aplicando o Princípio Fundamental da Dinâmica, podemos escrever: 5 1 2 5 1 2 5 5 5 γ ⇒ γ ⇒ ⇒ ⇒ F 7h 2c a m 7h 2(5h) 15h m 2h 1200(0,4) h 240 N resultante 2 (Vunesp) Ao tentar arrastar um móvel de 120 kg sobre uma superfície plana e horizontal, Dona El- vira percebeu que, mesmo exercendo sua máxima força sobre ele, não conseguiria movê-lo, devido à força de atrito entre o móvel e a superfície do solo. Chamou, então, Dona Dolores, para ajudá-la. Empurrando juntas, elas conseguiram arrastar o móvel em linha reta, com aceleração escalar cons- tante de módulo 0,2 m/s2. Sabendo que as forças aplicadas pelas duas se- nhoras tinham a mesma direção e o mesmo sen- tido do movimento do móvel, que Dona Elvira aplicou uma força de módulo igual ao dobro da aplicada por Dona Dolores e, que, durante o mo- vimento, atuou sobre o móvel uma força de atrito de intensidade constante e igual a 240 N, é correto afirmar que o módulo da força aplicada por Dona Elvira, em newtons, foi igual a a) 340. b) 60. c) 256. d) 176. e) 120. A figura a seguir, representa as forças que agem no móvel e são pertinentes à resolução do exercício. F E F DA M—vel Aplicando o Princípio Fundamental da Dinâmica, tem-se: + − = ⋅ = + − = ⋅ − = ⋅ = ⋅ + = ⋅ + = = ⋅ = F F A m a F 2F 2F F A m a 3F A m a F m a A 3 120 0,2 240 3 88 N F 2 88 176 N D E E D D D D D E H-17 tarefa Mínima tarefa complementar orientAção de estUdo Leia o resumo da aula. Faça os exercícios 1, 5 e 7 do Caderno de exercícios, série 14. Faça os exercícios 2 e 6 do Caderno de exercícios, série 14. Leia o Texto teórico da aula 16. Faça os exercícios 9 e 10 do Rumo ao Enem. 850420216_KAPA2_CA_049a074_Fisica_A.indd 62 12/9/15 5:06 PM KAPA 2 Física – Setor 1206 63 TEXTO TEóriCO AULA 9 1. conceitos fundamentais da dinâmica 1.1 introdução Dinâmica é a parte da Mecânica que estuda os movimentos e os fatores que os produzem ou os mo- dificam. Nessa parte da Física, as leis que regem os movimentos envolvem os conceitos de massa, força, velocidade e aceleração.Na chamada Mecânica Clássi- ca o conceito de força, mais precisamente, a resultante das forças, é a causa da aceleração. 1.2 Grandeza física Denomina-se grandeza física tudo o que pode ser medido por um instrumento. Medir uma grandeza é estabelecer uma relação entre a grandeza e uma unida- de de medida. Comprimento, massa e tempo são gran- dezas físicas, pois podem ser medidas por uma régua, por uma balança e por um relógio, respectivamente. No entanto, as grandezas físicas são divididas em dois grupos: as grandezas escalares e as grandezas vetoriais. Grandeza física escalar As grandezas escalares caracterizam-se apenas pelo valor numérico (medida), acompanhado da uni- dade de medida. Pode-se dizer, informalmente, que a grandeza escalar fica determinada quando se sabe quanto ela vale. A massa, a temperatura e o compri- mento são exemplos de grandezas escalares. A temperatura T 5 19,4 °C, medida por um termômetro, é uma grandeza escalar, já que fica totalmente caracterizada pelo valor numérico (19,4) acompanhado da unidade de medida (°C). Grandeza física vetorial As grandezas vetoriais caracterizam-se por um valor numérico (sem sinal), denominado módulo ou intensidade, acompanhado da respectiva unidade de F O O D S T O C k E R / S h u T T E R S T O C k medida e de uma orientação espacial, isto é, uma di- reção e um sentido. Informalmente, pode-se dizer que uma grandeza vetorial só pode ser determinada quando se sabe quanto ela vale e para onde ela aponta (direção e sentido). Deslocamento, velocidade, aceleração e for- ça são exemplos de grandezas vetoriais. Observe, na figura a seguir, que o deslocamento sofrido pelo carro ao movimentar-se de P até Q é uma grandeza vetorial, caracterizada por uma intensidade (10 m), uma direção (leste-oeste) e um sentido (de oes- te para leste). P Q 10 m N S O L O deslocamento é uma grandeza vetorial. É importante não confundir direção com sentido, pois são conceitos diferentes. Um segmento de reta define uma direção, e a essa direção pode-se associar dois sentidos. Na figura a seguir, os carros A e B deslocam-se sobre uma mesma rodovia. Observe que suas veloci- dades têm a mesma direção, porém sentidos opostos. A B A e B deslocam-se na mesma direção, mas em sentidos opostos. Grandeza escalar ou vetorial? Uma maneira prática de saber se uma grandeza é escalar ou vetorial, é testar a validade da informação “para onde?” em relação a essa grandeza. Se a informação for adequada, a grandeza é vetorial. Por exemplo, se alguém informar que são 6 horas da tarde ou que um saco de arroz tem 5 quilogramas, ninguém vai perguntar “para onde?”. Mas, se alguém disser “desloque-se 2 metros”, a pergunta “para onde?” é perfeitamente adequada, o que indica que o deslocamento é uma grandeza vetorial. 850420216_KAPA2_CA_049a074_Fisica_A.indd 63 12/9/15 5:06 PM 64 F’sica Ð Setor 1206 KAPA 2 1.3 velocidade vetorial (V) Um dos objetivos de estudar Cinemática escalar é investigar o deslocamento escalar de um corpo em um intervalo de tempo considerado. Apesar de a velocidade ser uma grandeza vetorial (lembre-se, a pergunta “para onde?” é pertinente ao se mencionar a velocidade de um corpo), na Cinemática que estudamos anteriormente foi-lhe atribuído um comportamento escalar. Isso foi possível, pois, na Cinemática escalar, as trajetórias dos cor- pos são assumidamente conhecidas. Assim, o corpo só pode se movimentar de duas maneiras: a favor ou contra a orientação estabelecida na trajetória. Para fornecer essa informação, foi suficiente atribuir um sinal positivo ou negativo à velocidade. Por exemplo, V = +5 m/s indica que o móvel tem rapidez de deslocamento de 5 metros a cada segundo, deslocando-se a favor da orientação da trajetória. Se V = –2 m/s, o móvel se desloca contra a orientação da trajetória com rapidez de 2 metros a cada segundo. De forma resumida, o módulo da velocidade escalar indica a rapidez com que o corpo se movimenta. Já o sinal que a acompanha indica o sentido em uma trajetória conhecida. Todavia, quando a trajetória do corpo não é previamente conhecida, devemos dar um tratamento vetorial à velocidade. Escolher um tratamento escalar ou vetorial à velocidade é uma questão que depende da circunstância, ou seja, de acordo com a situação física que se apresenta, decide-se pela conveniência de um tratamento escalar ou vetorial à velocidade. A velocidade vetorial caracteriza o movimento do corpo em um instante. V → Reta tangente ˆ trajet—ria Trajet—ria Características da V: Intensidade: igual ao módulo da velocidade escalar; Dire•‹o: da reta tangente à trajetória; Sentido: do movimento. classificação dos movimentos quanto à trajetória e à intensidade da velocidade vetorial (V) Dependendo da trajetória realizada pelo corpo, os movimentos são classificados em retilíneos ou curvilíneos. Num movimento retilíneo, a direção da velocidade é sempre a mesma, já nos movimentos curvilíneos a direção se altera a todo instante. Os movimentos curvilíneos, de acordo com a curva que descrevem, são classificados em circulares, parabólicos, elípticos, etc. Quanto ao modo de percorrer a trajetória, um movimento é classificado como uniforme ou variado, conforme sua velocidade tenha intensidade constante ou variável. Os movimentos variados podem ainda ser classificados em acelerados e retardados, caso sua velocidade seja crescente ou decrescente em intensidade. Observe os exemplos a seguir: a) Movimento Retilíneo Uniforme (MRU): velocidade constante em direção e intensidade. VV b) Movimento Retilíneo Acelerado (MRA): velocidade constante em direção e com intensidade crescente. VV 0 c) Movimento Retilíneo Retardado (MRR): velocidade constante em Direção e Com intensidade decrescente. VV 0 850420216_KAPA2_CA_049a074_Fisica_A.indd 64 12/9/15 5:06 PM KAPA 2 F’sica Ð Setor 1206 65 d) Movimento Circular Uniforme (MCU): velocidade va- ri‡vel na dire•‹o e constante na intensidade. V V V V e) Movimento Curvil’neo Acelerado (MCA): velocidade vari‡vel na dire•‹o e com intensidade crescente. V 0 V f) Movimento Curvil’neo Retardado (MCR): velocidade vari‡vel na dire•‹o e com intensidade decrescente. V0 V Observação: Uma vez que a velocidade Ž uma grandeza vetorial, para que seja considerada constante, ela n‹o deve apresentar varia•‹o em intensidade, em dire•‹o e em sentido. Assim, o único movimento em que a velocidade vetorial Ž constante Ž o movimento retil’neo uniforme (MRU). AULAs 10 e 11 1. aceleração vetorial ( γ ) Quando um corpo varia sua velocidade na dire•‹o, no sentido ou na intensidade, essa varia•‹o Ž descrita por uma grandeza vetorial denominada acelera•‹o vetorial (γ ). Portanto, informa•›es sobre o comportamento da velocidade, em um dado movimento, s‹o dadas pela acelera•‹o vetorial num dado instante. γ → a T → V → a C → Na pr‡tica Ž conveniente decompor a acelera•‹o vetorial e estudar suas componentes isoladamente. As com- ponentes s‹o: acelera•‹o tangencial (a T ) e a acelera•‹o centr’peta (a C ). 1.1 aceleração tangencial (a t ) A acelera•‹o tangencial Ž respons‡vel por indicar a varia•‹o da intensidade do vetor velocidade. Nos movimentos variados, isto Ž, naqueles em que a intensidade da velocidade vetorial Ž vari‡vel (movimentos acelerados ou retardados), a acelera•‹o tangencial Ž n‹o nula. Nos movimentos uniformes, isto Ž, naqueles em que a intensidade da velocidade vetorial Ž constante, a ace- lera•‹o tangencial Ž nula. 850420216_KAPA2_CA_049a074_Fisica_A.indd 65 12/9/15 5:06 PM 66 F’sica Ð Setor 1206 KAPA 2 Caracter’sticas da a T : Intensidade: igual ao m—dulo da acelera•‹o escalar; Direção: da reta tangente ˆ trajet—ria (mesma de V); Sentido: se o movimento for acelerado o sen- tido Ž o mesmo de V; V a T M ov im en to se o movimento for retardado o sentido Ž opos- to ao de V. M ov im en to V a T 1.2 aceleração centrípeta (a c ) A acelera•‹o centr’peta Ž respons‡vel por indicara varia•‹o da dire•‹o do vetor velocidade. Nos movimentos curvil’neos, isto Ž, naqueles em que a dire•‹o da velocidade vetorial Ž vari‡vel, a ace- lera•‹o centr’peta Ž n‹o nula. Nos movimentos retil’neos, isto Ž, naqueles em que a dire•‹o da velocidade vetorial Ž constante, a ace- lera•‹o centr’peta Ž nula. Caracter’sticas da a C : t C M o v im e n to V a C Intensidade: =a V RC 2 em que V Ž a velocidade escalar instant‰nea e R o raio da curva; Direção: radial; Sentido: para o centro. Assim, de posse das componentes, determina-se a acelera•‹o vetorial (g) como sendo a soma vetorial das acelera•›es tangencial (a T ) e centr’peta (a C ). Observe a figura que segue: V → γ → a T → a C → AULAs 12 e 13 1. conceito de força For•a Ž uma grandeza vetorial que caracteriza a a•‹o (pux‹o, empurr‹o, esfrega•‹o, atra•‹o, repuls‹o) de um corpo sobre outro e que tem como efeito a de- forma•‹o e/ou altera•‹o da velocidade do corpo ao qual est‡ aplicada. Em homenagem a Isaac Newton, a unidade de for•a no Sistema Internacional de Unidades (SI) Ž o newton, cujo s’mbolo Ž dado pela letra N (maiœscula). O instrumento que permite determinar a intensi- dade de uma for•a Ž o dinam™metro. (Leia o box: ÒLei de Hooke e o dinam™metroÓ). A maneira mais comum de representar a for•a apli- cada em um corpo Ž por um vetor de origem no centro do corpo, como mostrado na figura a seguir. F ponto de aplicação F representa a força aplicada ao corpo e não a força que ele aplica. 2. tipos de forças Quanto ao modo como s‹o exercidas, as for•as po- dem ser divididas em dois grupos: for•as de campo e for•as de contato. 2.1 forças de campo S‹o for•as que os corpos exercem mutuamente, ainda que estejam distantes uns dos outros. A atra•‹o entre um corpo e a Terra (figura 1) ou a atra•‹o entre corpos eletrizados (figura 2) s‹o exemplos de for•as de campo. γ 5 a T 1 a C γ a + aT 2 2 C 5 850420216_KAPA2_CA_049a074_Fisica_A.indd 66 12/9/15 5:06 PM KAPA 2 F’sica Ð Setor 1206 67 Corpo Figura 1 Figura 2 H‡ for•as de campo entre o corpo e a Terra, e entre a esfera e o bast‹o eletrizados. A força peso )(P , a força magnética )(Fmag e a força elétrica )(Fel são exemplos de forças de campo. força peso (p ) Um corpo na superfície ou nas proximidades da Terra, ou de qualquer outro planeta, está submetido a uma força de atração gravitacional, chamada força peso. A existência dessa força explica fenômenos do cotidiano, como, por exemplo, a queda dos corpos. A força peso é dirigida para o centro da Terra. Qualquer reta que passe pelo centro do planeta é denominada vertical. Pode-se, então, dizer que o peso tem direção vertical e sentido para baixo. A intensidade da força peso é determinada pelo produto da massa do corpo pela aceleração da gravidade local. Vale ressaltar que para o peso ser expresso em newton, deve-se utilizar a massa (m) do corpo em kg e a aceleração da gravidade (g) em m/s2. P 1 P 2 P 3 → → → Características da força P: Intensidade: P 5 m ? g; Dire•‹o: vertical; Sentido: para baixo. 850420216_KAPA2_CA_049a074_Fisica_A.indd 67 12/9/15 5:07 PM 68 F’sica Ð Setor 1206 KAPA 2 2.2 forças de contato São forças que existem quando as superfícies de dois corpos entram em contato. Além disso, deve ha- ver uma tentativa de penetração de um corpo sobre o outro. Por exemplo, quando se empurra um bloco contra uma parede (figura 1) há força de contato entre a mão e bloco e entre o bloco e a parede. Quando um corpo encontra-se apoiado em uma mesa (figura 2), há força de contato entre o corpo e a mesa e entre a mesa e o solo. Figura 1 Figura 2 H‡ forças devido ao contato entre o corpo e a parede, e entre a maçã e a mesa. A força de tração ( T ) e a força de contato ( C ) são exemplos de forças de contato. força de tração (t ) Considere um homem que puxa um carro por meio de uma corda de massa desprezível. Quando o homem puxa o carro, ele exerce sobre a corda uma força de tra- ção T. Por sua vez, o cabo acaba puxando o carro com a mesma força de tração T. Veremos mais adiante que todo corpo de massa desprezível (que é o caso da cor- da considerada) atua como elemento de transmissão de força. Cordas e cabos, que aqui serão chamados generi- camente de fio, desde que tenham massas desprezíveis, constituem elementos de transmissão de força de tração. Dessa forma, de maneira simplificada, como o cabo atua como um elemento de transmissão de for- ça, dizemos que o homem puxa o carro com uma força de tração T. A tração transmitida por um fio tem sempre a dire- ção do fio e o sentido de puxar, como indica o exemplo a seguir. T → A força de tração T, aplicada ao carro, tem a direção da corda e o sentido do puxão. força de contato (c ) Considere a bengala de um idoso durante um de- terminado instante de sua caminhada. Há uma força de contato ( C ) entre a bengala e o solo que tende a resistir tanto à penetração como ao escorregamento. Na prática é mais conveniente decompor a for- ça contato e estudar suas componentes isoladamente. São elas: componente perpendicular à superfície de apoio, denominada normal ( N ) e a componente tan- gencial à superfície de apoio, denominada atrito ( A ). N → C → Componente perpendicular ˆ superf’cie de apoio denominada normal Tend•ncias de penetra•‹o Normal ( N ) Ð impede que a bengala penetre na superfície de contato. ƒ ela que garante a impenetrabili- dade dos corpos quando no estado sólido. A componente normal está presente sempre que dois corpos entram em contato e um deles tende a penetrar no outro. Tem a direção normal (perpendicular) à superfície de contato e o sentido contrário à tend•ncia de penetração. A → C → Tendência de escorregamento Componente de atrito da força de contato Atrito ( A ) Ð impede ou dificulta o escorrega- mento da bengala em relação à superfície de apoio. Surge sempre que dois corpos estão em contato e um tenta escorregar em relação ao outro. Tem dire- ção tangente (ou paralela) à superfície de contato e sentido contrário à tend•ncia de escorregamento ou ao escorregamento. Observação: Para fins de análises de situações dinâmicas, as componentes da força de conta- to (N e A ) são muito mais convenientes que a própria força de contato ( C ). Por isso, é comum tratá-las como forças e não como componen- tes. São comuns as expressões Òforça normalÓ e Òforça de atritoÓ, em lugar das formas corretas: componente normal da força de contato e com- ponente tangencial da força de contato. Em algumas situações, a componente de atrito pode ser desprezada. Quando isso acontece, a compo- nente normal coincide com a força de contato e passa a ser correto falar em força normal. 850420216_KAPA2_CA_049a074_Fisica_A.indd 68 12/9/15 5:07 PM KAPA 2 Física – Setor 1206 69 lei de hooke e o dinamômetro Lei de Hooke Considere a figura a seguir, em que a mola de massa desprezível tem uma de suas extremidades fixa. X 0 Situa•‹o 1 Situa•‹o 3 Situa•‹o 2 X X 0 X 0 F e → O comprimento da mola na situação 1 é seu comprimento natural (x0). Logo, a mola não está deformada. Na situação 2, uma força Fe é aplicada na extremidade livre da mola, provocando, na mola, uma deformação x. Observe que na situação 3, cessa a força de deformação e a mola volta a ter seu comprimento natural (x0). Devido a esse fato dizemos que a mola experimenta uma deformação elástica. Nos estudos sobre as deformações elásticas, Robert Hooke chegou à seguinte conclusão, conhecida como Lei de Hooke: Em regime elástico, a deformação sofrida por uma mola é diretamente proporcional à intensidade da força que a provoca. Em símbolos: Fe 5 K ? x Em que, símbolo significado Unidade no si F e Intensidade da força elástica N K Constante elástica da mola N/m x Deformação sofrida pela mola m Dinam™metro O dinamômetro é um dispositivo destinado a medir a intensidade de forças. Seu funcionamento baseia-se nas deformações elásticas sofridas por uma mola quetem ligado a si um cursor. À medida que a mola é deformada, o cursor corre ao longo de uma escala impressa no suporte do aparato. A calibração da escala pode ser graduada em newtons ou em qualquer outra unidade de força. Observe o exemplo que segue. Considere um dinamômetro construído com uma mola de constante elástica K = 100 N/m (1 N/cm) e que irá ser utilizado numa região da Terra em que a aceleração da gravidade vale 10 m/s2. Na situação de equilíbrio a intensidade da força elástica será igual a da força peso, sendo assim, tem-se: P 5 Fe 5 K ? x A partir daí constrói-se a seguinte tabela: x (deformação) força elástica (k ? x) peso do corpo 10 cm 10 N 10 N 20 cm 20 N 20 N 30 cm 30 N 30 N 0 10 cm 20 cm 30 cm 0 10 N 20 N 30 N Dinamômetro construído a partir das considerações acima citadas. Nesse caso, ele mostra que o peso da esfera tem intensidade 30 N. 850420216_KAPA2_CA_049a074_Fisica_A.indd 69 12/9/15 5:07 PM 70 Física – Setor 1206 KAPA 2 AULA 14 1. resultante das forças O conjunto das for•as que agem sobre um corpo Ž denominado sistema de for•as. Para estudar o mo- vimento de um corpo, na maioria das vezes, o que interessa Ž o efeito total que o sistema de for•as causa nesse movimento. Nesses casos, aplica-se o conceito de resultante do sistema de for•as. Resultante ( R ): Ž a for•a que, se existisse, subs- tituiria todas as for•as que agem no corpo de maneira a proporcionar o mesmo efeito din‰mico. ƒ obtida pela soma vetorial das for•as aplicadas no corpo. Em s’mbolos: ∑R F5 1.1 linha poligonal R F 2 R F 3 F 1 F 1 → F 2 F 3 → → → → → → → 1.2 casos particulares I) F G R 5 F 1 G → → II) F . GG R 5 F 2 G → → → III) G G R F F R 5 F2 1 G2 → → IV) 120¡ F F F F → R 5 F → AULA 15 1. leis de newton 1.1 introdução aristóteles, os quatro elementos e o estado natural de todas as coisas Atribui-se a Arist—teles a s’ntese do pensamento que afirmava que tudo o que existe no mundo f’sico vis’vel seria formado por quatro elementos essen- ciais: terra, ‡gua, ar e fogo. Cada um desses elementos teria seu lugar natural no mundo f’sico: terra abaixo de todos, seguido na ver- tical pelo lugar natural da ‡gua, depois o lugar natural do ar e, acima de todos, o lugar natural do fogo. Ainda de acordo com Arist—teles, o estado natural de todos os corpos seria o repouso, sendo o movimento uma perturba•‹o nesse estado natural. Dessa forma, os corpos em movimento procurariam espontaneamente o repouso, buscando o seu lugar natural no mundo f’sico. Por meio desse pensamento, se, por exemplo, uma pedra, formada pelo elemento terra, fosse solta no ar cairia e afundaria num lago chegando atŽ seu fundo numa busca espont‰nea do seu lugar natural Ð a terra Ð onde entraria finalmente em repouso. Pelo mesmo princ’pio, a fuma•a subiria sempre e as ‡guas de uma cachoeira sempre formariam quedas. A tais movimentos, Arist—teles denominava Òmovimen- tos naturais ou espont‰neosÓ. Arist—teles de Estagira (384 a.C.-322 a.C.). Pedras que andam sozinhas no Vale da Morte, Calif—rnia, EUA. Sem que aparentemente algum agente externo as empurre, grandes pedras movem-se por dist‰ncias razo‡veis. Movimento espont‰neo ou for•ado? P A u L B R A D y P h O T O /S h u T T E R S T O C k P A N O S k A R A S /S h u T T E R S T O C k 850420216_KAPA2_CA_049a074_Fisica_A.indd 70 12/9/15 5:07 PM KAPA 2 Física – Setor 1206 71 No entanto, uma pedra j‡ apoiada no solo, n‹o se moveria sozinha, sendo necess‡ria uma a•‹o que a tirasse do seu estado natural Ð o repouso Ð e causasse tal movimento, denominado por Arist—teles de Òmovi- mento violento ou for•adoÓ. Os movimentos violentos, por sua vez, s— poderiam existir enquanto houvesse a presen•a de um agente externo que causasse tal per- turba•‹o. Uma vez cessada a a•‹o desse agente exter- no, tal movimento deixaria de existir e o corpo voltaria novamente ao seu estado natural Ð o repouso. Essas conclus›es de Arist—teles sobre movimentos naturais e for•ados condizem em certo grau com o que observamos cotidianamente. Por isso, n‹o raro, encontra- mos pessoas utilizando ideias semelhantes para explicar por que uma cadeira s— anda se empurrada e normalmen- te para ao deixar de ser empurrada. Afinal, se ninguŽm a empurra mais, seu movimento deixar‡ de existir, n‹o Ž mesmo? Essa conclus‹o, embora equivocada, s— foi co- locada em xeque vinte sŽculos adiante com os trabalhos de Galileu e Newton. Galileu e o “princípio” do princípio da inércia Galileu Galilei (1564- -1642) abordou a ideia do movimento de forma dife- rente e colocou em xeque as ideias de Arist—teles usando um argumento con- siderado bastante convin- cente Ð a experimenta•‹o. Para estudar tais movi- mentos, Galileu valeu-se de um plano inclinado, de tal forma que, ao deixar rolar esferas por essa rampa de inclina•‹o controlada, sua acelera•‹o torna-se menor e seu movimento mais f‡cil de ser acompanhado, quan- do comparado a uma queda livre. Apoiada em uma mesa plana, tal rampa permitia que a esfera descesse em movimento acelerado e rolasse pela mesa, parando ap—s percorrer certa dist‰ncia. Ilustração de Galileu realizando seu experimento com esferas rolando por um plano inclinado. O escoar controlado da água, mostrado na imagem, era utilizado como um rudimentar medidor de tempo. R E P R O D u ç ã O /< w w w .IS TI Tu TO M O N TA N I.I T> Galileu, ao perceber esse fato passou a realizar po- limentos cada vez maiores na mesa plana e observou que as esferas rolavam por dist‰ncias cada vez maiores, antes de pararem. O que Galileu estava de fato fazendo era reduzir a influ•ncia do atrito entre a superf’cie da mesa plana e as esferas, permitindo que elas percor- ressem dist‰ncias cada vez maiores. Ao fazer isso, Galileu conclui que o movimento das esferas se encerra devido ̂ exist•ncia de uma a•‹o externa Ð o atrito Ð e n‹o devido ˆ aus•ncia de uma a•‹o externa Ð alguŽm empurrando a esfera. Galileu concluiu ent‹o que, se hipoteticamente o atrito fosse totalmente eliminado, a esfera continuaria se movendo sem jamais parar, caso a rampa plana fosse infinita. Assim, Galileu chegou ˆ conclus‹o de que tal movimento poderia se perpetuar, mesmo que n‹o houvesse uma a•‹o externa aplicada sobre ele. Essa Ž a semente do Princ’pio da InŽrcia como o conhecemos, mas Galileu n‹o conseguiu chegar a sua formula•‹o final, pois acreditava que movimentos circulares uniformes poderiam se manter tambŽm por inŽrcia, uma vez que o m—dulo de suas velocidades permanece constante. Esse ponto fr‡gil da ideia de Galileu seria fortale- cido com Isaac Newton (1642-1727) e sua formula•‹o final do Princ’pio da InŽrcia, que mostra que, devido ˆ inŽrcia, apenas o repouso ou o movimento retil’neo uniforme podem ocorrer. 1.2 o princípio da inércia ou 1a lei de newton forças e movimento Considere o seguinte exemplo: uma caixa est‡ em determinado instante em repouso e apoiada num plano horizontal. Tal caixa est‡ sujeita ̂ a•‹o de duas for•as: o peso aplicado pela Terra (for•a de campo) e a compo- nente normal do contato com a superf’cie. N P → → Para que essa caixa esteja inicialmente em repou- so, deve haver equil’brio entre essas for•as. Como elas t•m a mesma dire•‹o, mas sentidos opostos, suas in- tensidades s‹o iguais (N = P) e a resultante das for•as Ž nula. Mantida essa condi•‹o, tal corpo permanecer‡ em repouso, pois n‹o h‡ como ele sozinho passar a se mover. Galileu Galilei (1564-1642) R E P R O D u ç ã O /M u S E u M A R íT IM O N A C IO N A L , LO N D R E S , I N G LA TE R R A . 850420216_KAPA2_CA_049a074_Fisica_A.indd 71 12/9/15 5:07 PM 72 F’sica Ð Setor 1206 KAPA 2 Considere que, em determinado instante, alguŽm aplique uma for•a f na dire•‹o horizontal e sentido para a direita, conforme mostrado a seguir: N f P → → → Considerando que o apoio seja bastante polido de tal forma que o atrito possaser desconsiderado, observa-se que a caixa inicia movimento com velocidade de intensidade cada vez maior, enquanto o empurr‹o causado pela m‹o da pessoa ( f ) estiver ocorrendo. O corpo muda, ent‹o, seu estado de repouso entrando em movimento acelerado. Mas, o que aconteceria se a pessoa que empurra essa caixa deixasse de empurr‡-la? N P → → Uma vez que o atrito entre as superf’cies Ž bastante reduzido, mas existe, pode-se observar que a caixa es- corregar‡ por uma dist‰ncia muito grande, sempre em linha reta, parando muito distante do ponto de in’cio do seu movimento. Pode-se inferir que se o atrito fosse completamente eliminado, o bloco n‹o pararia jamais. Afinal n‹o haveria nenhu- ma for•a se opondo ao movimento, diminuindo a intensidade de sua velocidade e levando o bloco novamente ao repouso. Dessa an‡lise, pode-se concluir que, desconsiderando os efeitos do atrito: a) Se o bloco, que num dado instante est‡ em repouso, n‹o for empurrado (resultante das for•as nula) ele n‹o sai do repouso, permanecendo nessa condi•‹o; b) O movimento se inicia quando o bloco Ž convenientemente empurrado (resultante das for•as n‹o nula); c) Uma vez em movimento, se o empurr‹o deixar de acontecer (a resultante das for•as volta a ser nula), o movimento se perpetua, com velocidade constante em m—dulo e dire•‹o; d) O bloco para se a resultante das for•as voltar a ser n‹o nula e oposta ao movimento. Esse Ž o papel do atrito, por exemplo. enunciado informal do princípio da inércia Do exposto anteriormente, pode-se concluir que se, num determinado instante, a resultante das for•as apli- cadas ao corpo for nula, o corpo ter‡ a tend•ncia de manter-se no estado em que se encontra nesse instante. Se o corpo est‡ em repouso, mantŽm-se em repouso; se est‡ em movimento, mantŽm-se em movimento com velocidade constante em intensidade e dire•‹o (MRU). enunciado formal do princípio da inércia Quando a resultante das for•as aplicadas a um corpo Ž nula, sua velocidade mantŽm-se constante em intensi- dade e dire•‹o. Isso pode ser escrito da seguinte forma, conhecida como enunciado formal do Princ’pio da InŽrcia: R 5 0 → V 5 constante Dizemos, ent‹o, que o corpo est‡ em equil’brio: equil’brio repouso (V 0) equil’brio est‡tico MRU (V 0) equil’brio din‰mico = → → = → ≠ → R 5 0 850420216_KAPA2_CA_049a074_Fisica_A.indd 72 12/9/15 5:07 PM KAPA 2 F’sica Ð Setor 1206 73 1.3 o princípio fundamental da dinâmica ou 2a lei de newton Como vimos, pelo Princípio da Inércia, o vetor velocidade de um corpo se mantém constante se a re- sultante das forças nele aplicadas é nula. De acordo com esse princípio, o movimento pode se manter, mesmo na ausência de uma resultante de forças. Em outras palavras, não é necessária força para que o movimento exista. O Princípio Fundamental da Dinâmica, ao contrá- rio do Princípio da Inércia, analisa o comportamento do vetor velocidade do corpo na situação em que a resultante das forças não é nula. Se por um lado, quando a resultante das forças é nula, a velocidade vetorial do corpo não se altera, podemos presumir que na situação oposta, quando a resultante de forças não é nula, a velocidade vetorial do corpo apresenta alteração. Assim, o efeito de uma resultante de forças não nula aplicada em um corpo é provocar a variação de velocida- de deste corpo, ou seja, de lhe causar uma aceleração. Veja os exemplos a seguir: movimento retilíneo acelerado (mra) Um corpo em determinado instante encontra-se em repouso quando uma resultante não nula é aplicada a ele. Dessa forma ele passa a se mover com velocidade de módulo crescente na mesma direção e sentido da força aplicada. Como o movimento é acelerado, a velocidade e a aceleração também apresentam a mesma direção e sentido. V g R movimento retilíneo retardado (mrr) Um corpo encontra-se em movimento retilíneo quando, num determinado instante, uma resultante não nula passa atuar sobre ele na mesma direção do movi- mento, mas em sentido oposto. A partir desse instante, seu movimento passa a ser retardado. A aceleração e a velocidade apresentam mesma direção, mas sentidos opostos. g V R Observa-se nos dois casos expostos que a acele- ração e a resultante das forças apresentam a mesma orientação. Mas a velocidade pode apresentar orienta- ção diferente. Assim, pode-se afirmar que: “A resultante das forças e a aceleração sempre têm a mesma direção e sentido”. g R Isso também pode ser verificado em outros tipos de movimentos, inclusive curvilíneos. Além disso, verifica-se também que a intensidade da resultante e a intensidade da aceleração são propor- cionais entre si. Podemos representar essa relação da seguinte maneira: = γ γ γ R m R e têm mesma direção e sentido Intensidade: R m? 5 ? A grandeza m é denominada massa inercial, pois representa a inércia do corpo sobre o qual está aplicada a resultante de forças. Observações: No Sistema Internacional de Unidades, tem-se: m kg (quilograma) m/s R kg m/s N (newton) 2 2 ? 5 → γ → → A massa de um corpo pode ser constante ou não. Como exemplo, tome-se um automóvel que ini- cia uma viagem com o tanque completamente cheio de combustível e termina a viagem com o tanque praticamente vazio. Nesse caso, sua massa diminui durante a viagem. Essa situação, no entanto, não constitui a regra. Dessa forma, no estudo que faremos aqui, salvo menções con- trárias, consideramos sempre a massa do corpo como sendo constante. 1.4 representação gráfica: r 3 γ O gráfico da intensidade da resultante das forças em função da intensidade da aceleração é uma manei- ra útil de se apresentar a relação dada pelo Princípio Fundamental da Dinâmica. 850420216_KAPA2_CA_049a074_Fisica_A.indd 73 12/9/15 5:07 PM 74 Física Ð Setor 1206 KAPA 2 Considerando-se que a massa de um corpo Ž constante, temos a seguinte representa•‹o gr‡fica dessa rela•‹o: R g Podemos representar essa mesma rela•‹o para mais de um corpo num mesmo gr‡fico. Veja o exemplo para dois corpos A e B, cujas massas s‹o diferentes. R R B B A R A g g A leitura do gr‡fico apresentado permite concluir que a mesma intensidade de acelera•‹o (γ) Ž causada por diferentes intensidades de resultantes de for•a (R). Assim, pode-se escrever: = ⋅ γ = ⋅ γ R m R m A A B B Do gr‡fico, tem-se: R A , R B Como a acelera•‹o apresenta a mesma intensidade, conclui-se que: m A , m B Em outras palavras, olhando-se para o gr‡fico, pode-se concluir que a reta com maior inclina•‹o (B) repre- senta o corpo de maior massa (m B ). AnotAçÕes 850420216_KAPA2_CA_049a074_Fisica_A.indd 74 12/9/15 5:07 PM
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