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MENINGES E LIQUOR O tecido do SNC é muito delicado

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MENINGES E LIQUOR O tecido do SNC é muito delicado. Por esse motivo, apresenta um elaborado sistema de proteção que consiste de quatro estruturas: crânio, meninges, líquido cerebrospinal (liquor) e barreira hematoencefálica. Nesta página, abordaremos as meninges e o líquido cerebrespinhal, estruturas que envolvem o SNC e são de extrema importância para a defesa do nosso corpo.
MENINGES: O sistema nervoso é envolto por membranas conjuntivas denominadas meninges que são classificadas como três: dura-máter, aracnoide e pia-máter. A aracnoide e a pia-máter, que no embrião constituem um só folheto, são às vezes consideradas como uma só formação conhecida como a leptomeninge; e a dura-máter que é mais espessa é conhecida como paquimeninge.
Dura-máter: É a meninge mais superficial, espessa e resistente, formada por tecido conjuntivo muito rico em fibras colágenas, contendo nervos e vasos.
É formada por dois folhetos: um externo e um interno. O folheto externo adere intimamente aos ossos do crânio e se comporta como um periósteo destes ossos, mas sem capacidade osteogênica (nas fraturas cranianas dificulta a formação de um calo ósseo).
Em virtude da aderência da dura-máter aos ossos do crânio, não existe, no crânio, um espaço epidural como na medula. No encéfalo, a principal artéria que irriga a dura-máter é a artéria meníngea média, ramo da artéria maxilar.
A dura-máter, ao contrário das outras meninges, é ricamente inervada. Como o encéfalo não possui terminações nervosas sensitivas, toda ou qualquer sensibilidade intracraniana se localiza na dura-máter, que é responsável pela maioria das dores de cabeça.
Pregas da Dura-máter: em algumas áreas o folheto interno da dura-máter destaca-se do externo para formar pregas que dividem a cavidade craniana em compartimentos que se comunicam amplamente. As principais pregas são:
 Foice do Cérebro: é um septo vertical mediano em forma de foice que ocupa a fissura longitudinal do cérebro, separando os dois hemisférios.
 Tenda do Cerebelo: projeta-se para diante como um septo transversal entre os lobos occipitais e o cerebelo. A tenda do cerebelo separa a fossa posterior da fossa média do crânio, dividindo a cavidade craniana em um compartimento superior, ou supratentorial, e outro inferior, ou infratentorial. A borda anterior livre da tenda do cerebelo, denominada incisura da tenda, ajusta-se ao mesencéfalo.
 Foice do Cerebelo: pequeno septo vertical mediano, situado abaixo da tenda do cerebelo entre os dois hemisférios cerebelares.
 Diafragma da Sela: pequena lâmina horizontal que fecha superiormente a sela túrcica, deixando apenas um orifício de passagem para a haste hipofisára.
Cavidades da dura-máter: em determinada área, os dois folhetos da dura-máter do encéfalo separam-se delimitando cavidades. Uma delas é o cavo trigeminal, que contém o gânglio trigeminal. Outras cavidades são revestidas de endotélio e contém sangue, constituído os seios da dura-máter, que se dispõem principalmente ao longo da inserção das pregas da dura-máter. Os seios da dura-máter foram estudados no sistema cardiovascular junto com o sistema venoso.
Aracnoide: É uma membrana muito delgada, justaposta à dura-máter, da qual se separa por um espaço virtual, o espaço subdural, contendo uma pequena quantidade de líquido necessário á lubrificação das superfícies de contato das membranas. A aracnoide separa-se da pia-máter pelo espaço subaracnoideo que contem liquor, havendo grande comunicação entre os espaços subaracnoideos do encéfalo e da medula. Considera-se também como pertencendo à aracnoide, as delicadas trabéculas que atravessam o espaço para ligar à pia-máter, e que são denominados de trabéculas aracnoides. Estas trabéculas lembram, um aspecto de teias de aranha donde vem o nome aracnoide.
 Cisternas Subaracnoideas: a aracnoide justapõe-se à dura-máter e ambas acompanham apenas grosseiramente o encéfalo e a sua superfície. A pia-máter adere intimamente a esta superfície que acompanha os giros, os sulcos e depressões. Deste modo, a distância entre as duas membranas, ou seja, a profundidade do espaço subaracnoideo é muito variável, sendo muito pequena nos giros e grande nas áreas onde parte do encéfalo se afasta da parede craniana. Forma-se assim nestas áreas, dilatações do espaço subaracnoideo, as cisternas subaracnoideas, que contém uma grande quantidade de liquor. As cisternas mais importantes são as seguintes:
 Cisterna Magna: ocupa o espaço entre a face inferior do cerebelo e a face dorsal do bulbo e do tecto do III ventrículo. Continua caudalmente com o espaço subaracnoideo da medula e liga-se ao IV ventrículo através da abertura mediana. A cisterna magna é a maior e mais importante, sendo às vezes utilizada para obtenção de liquor através de punções.
 Cisterna Pontina: situada ventralmente a ponte.
 Cisterna Interpeduncular: localizada na fossa interpeduncular.
· Cisterna Quiasmática: situada diante o quiasma óptico.
·  Cisterna Superior: situada dorsalmente ao tecto mesencefálico, entre o cerebelo e o esplênio do corpo caloso. A cisterna superior corresponde, pelo menos em parte, à cisterna ambiens, termo usado pelos clínicos.
 Cisterna da Fossa Lateral do Cérebro: corresponde à depressão formada pelo sulco lateral de cada hemisfério.
Granulações Aracnoides: em alguns pontos da aracnoide, formam-se pequenos tufos que penetram no interior dos seios da dura-máter, constituindo as granulações aracnoideas, mais abundantes no seio sagital superior. As granulações aracnoideas levam pequenos prolongamentos do espaço subaracnoideo, verdadeiros divertículos deste espaço, nos quais o liquor está separado do sangue apenas pelo endotélio do seio e uma delgada camada de aracnoide. São estruturas admiravelmente adaptadas à absorção do liquor, que neste ponto, vai para o sangue.
Pia-máter: É a mais interna das meninges, aderindo intimamente à superfície do encéfalo e da medula, cujos relevos e depressões acompanham até o fundo dos sulcos cerebrais. Sua porção mais profunda recebe numerosos prolongamentos dos astrócitos do tecido nervoso, constituindo assim a membrana pio-glial. A pia-máter dá resistência aos órgãos nervosos, pois o tecido nervoso é de consistência muito mole. A pia-máter acompanha os vasos que penetram no tecido nervoso a partir do espaço subaracnoideo, formando a parede externa dos espaços perivasculares.
Neste espaço existem prolongamentos do espaço subaracnoideo, contendo liquor, que forma um manguito protetor em torno dos vasos, muito importante para amortecer o efeito da pulsação das artérias sobre o tecido circunvizinho. Verificou-se que os espaços perivasculares acompanham os vasos mais calibrosos até uma pequena distância e terminam por fusão da pia com a adventícia do vaso. As pequenas arteríolas são envolvidas até o nível capilar por pré-vasculares dos astrócitos do tecido nervoso.
Espaço entre as Meninges:
O espaço extradural ou epidural normalmente não é um espaço real mas apenas um espaço potencial entre os ossos do crânio e a camada periosteal externa da dura-máter. Torna-se um espaço real apenas patologicamente, por exemplo, no hematoma extradural.
LIQUOR: É um fluido aquoso e incolor que ocupa o espaço subaracnoideo e as cavidades ventriculares. A são função primordial é proteção mecânica do sistema nervoso central.
Formação, Absorção e Circulação do Liquor:
Sabe-se hoje em dia que o liquor é produzido nos plexos corioides dos ventrículos e também que uma pequena porção é produzida a partir do epêndima das paredes ventriculares e dos vasos da leptomeninge. Existem plexos corioides nos ventrículos, como já vimos anteriormente, e os ventrículos laterais contribuem com maior contingente liquórico, que passa ao III ventrículo através dos forames interventriculares e daí para o IV ventrículo através do aqueduto cerebral.
Através das aberturas medianas e laterais do IV ventrículo, o liquor passa para o espaço subaracnoideo, sendo reabsorvido principalmente pelas granulações aracnoideas que se projetam para o interior da dura-máter. Como essas granulações predominamno eixo sagital superior, a circulação do liquor se faz de baixo para cima, devendo atravessar o espaço entre a incisura da tenda e o mesencéfalo. No espaço subaracnoideo da medula, o liquor desce em direção caudal, mas apenas uma parte volta, pois reabsorção liquórica ocorre nas pequenas granulações aracnoideas existentes nos prolongamentos da dura-máter que acompanham as raízes dos nervos espinhais.
A circulação do liquor é extremamente lenta e são ainda discutidos os fatores que a determinam. Sem dúvida, a produção do liquor em uma extremidade e a sua absorção em outra já são o suficiente para causar sua movimentação. Um outro fator é a pulsação das artérias intracranianas, que, cada sístole, aumenta a pressão liquórica, possivelmente contribuindo para empurrar o liquor através das granulações aracnoideas.
Sistema límbico
Na superfície medial do cérebro dos mamíferos, o sistema límbico é a unidade responsável pelas emoções e comportamentos sociais.[1] É uma região constituída de neurônios, células que formam uma massa cinzenta denominada de lobo límbico.
Originou-se a partir da emergência dos mamíferos mais antigos. Através do sistema nervoso autônomo, ele comanda certos comportamentos necessários à sobrevivência de todos os mamíferos, interferindo positiva ou negativamente no funcionamento visceral e na regulamentação metabólica de todo o organismo.[2]
O termo límbico corresponde a um adjetivo que dá o valor de relativo ou pertencente ao limbo, ou seja, remete para o conceito de margem. O Sistema Límbico compreende todas as estruturas cerebrais que estejam relacionadas, principalmente, com comportamentos emocionais e sexuais, aprendizagem, memória, motivação, mas também com algumas respostas homeostáticas. Resumindo, a sua principal função será a integração de informações sensitivo-sensoriais com o estado psíquico interno, onde é atribuído um conteúdo afetivo a esses estímulos, a informação é registrada e relacionada com as memórias pré-existentes, o que leva à produção de uma resposta emocional adequada, consciente e/ou vegetativa. Estas formações podem dividir-se em componentes corticais e componentes subcorticais, estando associadas a esta região cerebral um conjunto de estruturas que, contribuem para a execução das funções deste sistema.
Enumerando os componentes corticais pertencentes ao Sistema Límbico podemos observar o hipocampo e o lobo límbico de Broca. “Le grande lobe limbique”, foi o termo criado em 1878, por Pierre-Paul Broca, referente ao conjunto de estruturas que se situam em volta do tronco encefálico, na face interna (medial) e inferior dos hemisférios cerebrais. Já 1664, Thomas Willlis designou o anel cortical que circundava o tronco cerebral de cerebri limbus. Quanto aos componentes subcorticais é possível diferenciar as amígdalas (núcleos amigdalinos), a área septal, os corpos mamilares, os núcleos anteriores do tálamo, os núcleos habenulares e os núcleos Accumbens. Os componentes cerebrais associados ao Sistema Límbico são o Tronco Cerebral, o Hipotálamo, o Tálamo, a Área Pré-frontal e o Rinencéfalo (Sistema Olfativo).
Tronco Cerebral
No tronco cerebral é possível encontrar os vários núcleos (origens reais) dos pares cranianos, bem como centros viscerais importantes para a manutenção da vida, como são o centro respiratório e o centro vasomotor. A ativação destas estruturas ocorre perante os diferentes estados emocionais. Esta ativação faz com que se dê uma resposta periférica das emoções como é o caso do choro, da sudorese, do aumento da frequência cardíaca, entre outros.
Nesta porção do Sistema Nervoso tem origem a via mesolímbica, via dopaminérgica, que se inicia ao nível da área tegmental do Mesencéfalo. Esta via projeta-se para a área pré-frontal e para o sistema límbico através da conexão com o núcleo Accumbens, a amígdala e o hipocampo. Está relacionada com a regulação de fenómenos emocionais, essencialmente associados ao prazer, recompensa e à aprendizagem. Hipotálamo
Hipotálamo
O hipotálamo corresponde a uma das estruturas do diencéfalo e constitui um dos principais componentes do Sistema Nervoso Autónomo (SNA), essencial na homeostasia. Apresenta um conjunto de funções, onde se destaca o papel na regulação do comportamento emocional, nomeadamente nas respostas periféricas como o choro, a salivação, a alteração do ritmo cardíaco e respiratório e nos processos motivacionais. As principais lesões nesta região, associadas ao comportamento emocional e verificadas em animais, estão associadas ao núcleo ventromedial, provocando reação de defesa. A estimulação do hipotálamo anterior (núcleos laterais) provoca a reação de fuga.
Todas estas funções, relacionadas com o comportamento e com a emoção estão associadas ao sistema límbico, sendo a conexão entre o Área Pré-Frontal (límbica) e o hipotálamo posterior um dos principais meios de controlo da resposta visceral à emoção.
Outras conexões do hipotálamo, associadas ao sistema límbico, passam pela que se faz através do fórnix/trígono que, associa o hipotálamo ao hipocampo (conexão entre o hipocampo e os corpos mamilares – Circuito de Papez); a que se faz pelo feixe prosencefálico medial (feixe medial do telencéfalo) entre o hipotálamo e a área septal e ainda a que se faz pela estria terminalis entre o hipotálamo e o corpo amigdaloide (amígdala).
Tálamo
O tálamo constitui uma das estruturas do Diencéfalo, sendo que a sua principal função, no que respeita ao sistema límbico consiste na integração da informação somática e visceral e na sua associação às emoções e aos estados subjetivos do indivíduo. No tálamo, para além dos núcleos anteriores que são parte integrante do sistema límbico, como componentes subcorticais e que serão descritos mais à frente, o núcleo dorsomedial apresenta conexão com áreas relacionadas com o sistema límbico. Vão se realizar conexões recíprocas com a área pré-frontal, o hipotálamo e os restantes núcleos talâmicos.
Área Pré-Frontal
Atentando às áreas funcionais do lobo frontal, podemos destacar, associada ao sistema límbico, a área ou córtex pré-frontal. A área pré-frontal situa-se anteriormente à área pré-central (área 6 de Brodman) e compreende as áreas 9,10,11,12 e 46 de Brodman, situadas nas faces externa (lateral), interna (medial) e orbitária (inferior) do lobo frontal. Apresenta conexões (aferências e eferências) com o restante córtex cerebral, tálamo, hipotálamo e corpo estriado. A sua função tem sido estudada essencialmente em macacos e em humanos com lesões nesta área (Gage Harlow, por exemplo.), e está relacionada com a estruturação da personalidade do individuo, capacidade de julgamento, motivação e comportamento emocional. Cada uma destas funções estará distribuída por cada uma das porções desta área funcional. Assim sendo, a porção dorsolateral (áreas 9,10 e 46 de Brodman) é responsável pela memória a curto prazo, pela distribuição da atenção e pela velocidade de processamento; a porção medial superior (áreas 6 e partes da 9 e 32 de Brodman) é responsável pelas emoções, motivação e iniciação dos movimentos e finalmente a área ventromedial (áreas 11 e 12 de Brodman) é responsável pela tomada de decisões e ainda pelo controlo das emoções.
Amígdalas (Núcleos Amigdalinos)
As amígdalas são duas massas de substância cinzenta que apresentam a forma de uma amêndoa e estão situadas na continuidade da cauda do núcleo caudado. É possível encontra-las na extremidade do lobo temporal, anterior e superiormente ao vértice do corno inferior dos ventrículos laterais, ou seja, sob o córtex do úncus.
Apresentam dois grupos de núcleos, um corticomedial-central e outro basolateral. O grupo corticomedial-central é filogeneticamente mais antigo do que o basolateral, sendo que as suas conexões serão para as áreas filogeneticamente mais antigas (bulbo olfativo, hipotálamo e tronco encefálico) e mais recentes, respetivamente. Neste núcleo da base é possível detetar diversos neurotransmissores tais como a acetilcolina, a noradrenalina, a serotonina, o ácido gama-aminobutírico (GABA), a substância P e encefalinas.Área Septal
A Área Septal é constituída por duas porções: o septo pelúcido e o septo verum (septo pré-comissural). O septo pelúcido consiste numa dupla membrana vertical, que encerra no seu interior a cavidade septal e, que se estende da face inferior do corpo caloso à face superior do fórnix/trígono. Tem uma forma triangular, onde se destacam 3 bordos: bordo superior que está unido à face inferior do corpo caloso; bordo ântero-inferior que se relaciona com o joelho do corpo caloso e bordo póstero-inferior que se encontra unido aos pilares anteriores do fórnix e 3 ângulos: ângulo anterior que se relacionado com o joelho do corpo caloso e com o corpo do trígono; ângulo posterior que se encontra na união do corpo caloso com o corpo do fórnix e ângulo inferior que está localizado na união dos pilares anteriores do trígono, bico do corpo caloso e comissura branca anterior.
O septo verum ou pré-comissural é anterior ao septo pelúcido. Situado entre a circunvolução subcalosa e a comissura branca anterior e hipotálamo. Neste região estão localizadas importantes estruturas nervosas, onde se destacam: a fita diagonal de Broca, o núcleo da estria terminalis (fita semi-circular), o núcleo accubens e os núcleos septais (externo (lateral) – recebe a maioria das aferências que envia para o grupo medial, interno (medial) – origina a maioria das eferências e posterior – recebe aferências do hipocampo e envia aferências para os núcleos habenulares).
Hipocampo
As funções do hipocampo têm de ser analisadas tendo em conta as vastas conexões que este apresenta. Assim sendo, por exemplo, os efeitos de estimulação ou ablação do hipocampo não podem ser estudados isoladamente. O hipocampo apresenta potenciais de ação quando se realizam estímulos visuais, acústicos, gustativos e somaticosensitivos.
· Memória Associativa (declarativa);
· Atenção;
· Alerta;
· Funções endócrinas;
· Funções viscerais e
· Funções comportamentais e sociais
Amígdala
Efeitos autónomos (aquando da estimulação da amígdala):
· Alterações da frequência cardíaca;
· Respiração;
· Pressão Arterial e
· Motilidade Gástrica
Comportamento Emocional e Ingestão Alimentar:
· Núcleos corticomediais (lesão): afagia, vigor emocional reduzido, agressividade, tristeza e medo; (estimulação): reação agressiva e defensiva
· Núcleos basolaterais (lesão): hiperfagia, felicidade, reações prazerosas; (estimulação): medo e fuga
Expressão Facial: A amígdala tem o papel de associar a expressão facial face ao conhecimento sobre o significado emocional e social de um acontecimento.
Atividade Sexual A amígdala apresenta uma grande quantidade de recetores específicos para hormonas sexuais. A estimulação da amígdala estará então associada a comportamentos sexuais como: ejaculação, ereção, movimentos de cópula e ovulação. Lesões laterais da amígdala levam a distúrbios de hípersexualidade e comportamento sexual pervertido.
Resumindo:
· Funções autonómicas;
· Orientação (atenção nas tarefas);
· Ingestão de alimentos;
· Excitação e
· Atividade sexual e motora.
Região Septal
· Comportamento Emocional;
· Ingestão de Água;
· Aprendizagem;
· Recompensa e
· Efeitos Autonómicos.
Substância cinzenta
Substância cinzenta, matéria cinzenta ou massa cinzenta é um importante componente do sistema nervoso central, consistindo de corpos de células nervosas, células da glia (astroglia e oligodendrócitos), capilares, axônios e dendritos. A substância cinzenta contém o corpo celular do neurônio, em contraste com a substância branca, a qual não contém e, em sua maioria, contém tratos de axônios mielíticos. A diferença de cores provém principalmente da brancura da mielina. Em tecidos vivos, na prática, a substância cinzenta tem uma cor mais cinza-amarronzada, a qual vem dos vasos sanguíneos capilares e dos corpos celulares dos neurônios.
Função
A substância cinzenta é composta de corpos celulares de neurônios, e é responsável por interpretar os impulsos nervosos das regiões do corpo até o encéfalo, produzir impulsos e coordenar atividades musculares e reflexos. A substância cinzenta inclui regiões do cérebro envolvidas no controle muscular, percepção sensorial - como visão e audição, memória, emoções e fala.
Distribuição
A substância cinzenta está distribuída na superfície dos hemisférios cerebrais e do cerebelo, assim como nas profundidades do cérebro, do cerebelo, da haste cerebral e da substância cinzenta espinhal.Agrupamentos de corpos celulares no encéfalo e na medula espinal são conhecidos como núcleos,em geral sendo identificados nomes específicos,como núcleo geniculado lateral,onde a informação e processada.
A substância branca (substantia alba em Latim) se refere a um conjunto de células com funções de apoio, sustentação, isolamento elétrico ou nutrição dos neurônios e gânglios. Consiste principalmente de células gliais e axônios mielíticos. Sua cor branca é devido à sua preservação típica de formaldeído. Um homem de 20 anos de idade tem por volta de 176.000 km de axônios mielíticos em seu cérebro.[1]
No Sistema nervoso central, os feixes de axônios na substância branca são chamados de tratos ou fascículos dependendo do formato e tamanho.[2] Já no Sistema nervoso periférico os feixes de axônios são chamados de nervos. Passam por tratos nervosos que exigem velocidade de transmissão, com menor perda energética e maior suporte (como neurônios relacionados a movimento, sensação, associação das várias áreas do córtex cerebral, tronco encefálico, cerebelo e medula espinhal). Para isso a substância banca percorre a região medial do cérebro, a região central e dorsal do tronco, a região medial do cerebelo e a região perimetral da medula espinhal.[3]
A outra principal componente do cérebro é a substância cinzenta (praticamente rosada devido aos capilares sanguíneos). Um terceiro componente encontrado no cérebro, o qual aparece mais escuro devido aos altos níveis de melanina nos neurônios dopaminérgicos, é a substância negra.
Enquanto a substância cinzenta (composta de neurônios) é primeiramente relacionada com processamento e cognição, a substância branca (composta de axônios mielíticos) modula a distribuição de ações potenciais, agindo como um relé e coordenando a comunicação entre diferentes regiões cerebrais.[4]
A substância branca é composta de pacotes de processos de células nervosas mielinadas (ou axônios), os quais conectam diversas áreas de substância cinzenta (os locais dos corpos celulares nervosos) do cérebro umas às outras e mandam impulsos nervosos entre neurônios. A mielina age como um isolante, aumentando a velocidade de transmissão de todos sinais nervosos.[5]
O número total de fibras longas dentro dum hemisfério cerebral é de 2% do número total de fibras corticocorticais e é aproximadamente o mesmo número daquelas que se comunicam entre os dois hemisférios no corpo caloso.[6] Schüz e Braitenberg notam que "Grosso modo, o número de fibras de um certo alcance de comprimento é inversamente proporcional a seus comprimentos".
CORPO CALOSO
Trata-se da maior comissura do cérebro. Corresponde a uma espécie de lâmina de substância branca que une os dois hemisférios no fundo da fenda inter-hemisférica, constituindo uma ponte telencefálica superiormente em relação ao diencéfalo. Geralmente considera-se que o corpo caloso apresenta quatro regiões: Rostrum (ou Bico), Joelho, Corpo e Debrum (ou Esplénio). Contudo, quando se procede à descrição do corpo caloso, torna-se mais simples a distinção de uma face superior, uma face inferior, uma extremidade anterior e uma extremidade posterior.
· Face superior – é convexa no sentido antero-posterior e aplanada transversalmente. Esta face inter-hemisférica vai estar coberta por vestígios de córtex primitivo, o indusium griseum (ou indusium cinzento), o qual é percorrido por cordões de substância branca pertencentes ao sistema rinencefálico.
· Face inferior – contrariamente à superior, esta face é côncava antero-posteriormente, estando localizada entre os cornos frontais dos ventrículos laterais, constituindo o tecto dos mesmos. Apresenta uma divisão na linhamediana correspondente ao septum lucidum. Ainda na linha média, esta face une-se, posteriormente, ao bordo posterior do trígono.
· Extremidade anterior – corresponde ao joelho. A nível inferior, é prolongada por uma
lâmina afilada, o rostrum do corpo caloso, o qual contribui para a formação da lâmina terminal. Esta localiza-se superiormente em relação à comissura branca anterior.
· Extremidade posterior – corresponde ao debrum, tratando-se da zona de maior
espessura do corpo caloso. A nível superior, limita a entrada na fenda de Bichat.
As fibras do corpo caloso dividem-se em três grupos:
· Forceps minor – do joelho aos lobos frontais.
· Forceps major – do debrum para os lobos occipitais.
· Fibras transversais – conferem o aspecto radiado ao corpo caloso.
O tecido nervoso trata-se de um dos tecidos mais especializados do organismo animal e é o principal tecido responsável pela troca rápida de informações dentro do corpo. Esse tecido é sensível aos vários tipos de estímulos que se originam de fora ou do interior do organismo. Ao ser estimulado, torna-se capaz de conduzir os impulsos nervosos de maneira rápida e, às vezes, por distâncias relativamente grandes. Aos estímulos externos o tecido nervoso permite que animais percebam em seu organismo mudanças ambientais como calor, frio e choque e reagem adotando posturas a partir de determinado estímulo. O tecido nervoso tem origem na ectoderme e é composto principalmente por neurônio e neuróglia.
O conhecimento do homem com o meio ambiente tornou-se viável devido a um conjunto dessas células especializadas presentes no tecido nervoso que fazem parte de um sistema integrador, o Sistema Nervoso (SN).[1] Essas células têm a capacidade de excitabilidadee condutividade que favoreceu não só o conhecimento do homem com o meio ambiente, mas também, as respostas do corpo humanoà mudanças ambientais. A transmissão de informação pelos impulsos nervosos se dá em estruturas altamente especializadas: as sinapses. 
O Sistema Nervoso é anatomicamente dividido em Sistema nervoso central (SNC), formado pelo encéfalo e pela medula espinhal, localizados na caixa craniana e coluna vertebral, respectivamente. e Sistema nervoso periférico (SNP), formado pelos nervos e gânglios nervosos que emergem do Tronco cerebral. 
Os neurônios são células nucleadas responsáveis pelos impulsos nervosos, altamente especializadas, dotadas de corpo celular e numerosos prolongamentos citoplasmáticos, capazes de captar e transmitir estímulos. O corpo celular do neurônio contém um núcleo grande e arredondado. As mitocôndrias são numerosas e o ergastoplasma é bem desenvolvido. As células nervosas possuem grandes variações tanto em formato, quanto em tamanho. Localizam-se principalmente no encéfalo e medula espinhal. Os poucos neurônios que ficam foram do SNC formam os gânglios nervosos, agrupados em pontos específicos do corpo. 
Morfologicamente os neurônios classificam-se em: 
1. Neurônios multipolares: possuem mais de dois prolongamentos celulares, ou seja, presença de um axônio e vários dendritos. A maioria dos neurônios se enquadram nesse tipo, e são encontrados no encéfalo e medula espinhal. 
2. Neurônios bipolares: possuem um dendrito e um axônio. Função principal: transmissão de informações que foram captadas por órgãos sensoriais como o olfato, visão e audição, ao SNC 
3. Neurônios pseudo-unipolares: esse tipo de célula possuem um corpo celular que logo divide-se em dois correspondendo ao dendrito e ao axônio. Nesse tipo de neurônio os impulsos nervosos originados nos dendritos podem ser transportados para o axônio sem a necessidade de passar pelo corpo celular 
Eles podem classificar-se também baseado a função que exercem:
1. Aferentes, sensitivos ou sensoriais: Função de receber informações vindas do ambiente ou fora do corpo, e as transmitem para o SNC através de impulsos nervosos.
2. Eferentes ou motores: essas células transmitem informações do SNC. Conduzem impulsos nervosos do SNC para órgãos efetores (músculos, por exemplo) 
3. Associativos ou interneurônios: Conectam diversos tipos de neurônios, encontradas principalmente no encéfalo e medula espinhal.
Apesar da especialização dessas células nervosas elas possuem em sua maioria três componentes básicos: dendritos, corpo celular e axônio.[
Axônio
O axônio (do grego áxon: eixo), é considerado o maior prolongamento da célula nervosa (varia de frações de milímetro até cerca de 1 metro). Cada neurônio contém um axônio, e se origina de uma região da célula denominada cone de implantação e suas extremidades há ramificações em estruturas muito finas denominadas de telodendro. O citoplasma é muito pobre em organelas, contendo apenas de poucas mitocôndrias, retículo endoplasmático liso (REL) e microtúbulos. O axônio tem a função de transmitir informações do corpo celular e dos dendritos para outros neurônios e células musculares.
Proteínas que são produzidas no corpo celular são transportadas através do axônio com velocidade rápida ou lenta dependendo da necessidade, esse fluxo é denominado fluxo anterógrado. Existe também transporte de fluidos em sentido oposto, ou seja, do axônio para o corpo celular, ele é denominado de fluxo retrógrado. O fluxo retrógrado pode levar substâncias para serem reutilizadas pelo pericário e transportar material adquirido pela endocitose. 
Células de Schwann
São células da glia encontradas no sistema nervoso periférico e tem a função similar aos oligodendrócitos. As células de Schwann possuem prolongamentos que se enrolam nas neurofibras, dando origem a bainha de mielina cuja função é proteger e se tornar um isolante elétrico para o bom funcionamento das células
Atuação dos neuro-hormônios
Os neuro-hormônio estão contidos em micro vesículas presentes nas extremidades do axônio. Quando o impulso nervoso chega até essas extremidades, as microvesículas liberam o mediador químico para o espaço sináptico. O neuro-hormônio, então, combina-se com receptores moleculares presentes no neurônio que deverá ser estimulado (ou na fibra muscular ou na célula glandular). Dessa combinação resulta a mudança na permeabilidade da membrana da célula receptora, fato que desencadeia uma entrada de íons no interior da célula e a consequente inversão da polaridade da membrana. Surge, então, um potencial de ação que gera, na célula receptora, um impulso nervoso
Neuróglia
As células da glia, geralmente chamadas neuróglia, nevróglia, gliócitos ou simplesmente glia (em grego, γλία : "cola") ], são células não neuronais do sistema nervoso centralque proporcionam suporte e nutrição aos neurônios.
Geralmente arredondadas, no cérebro humano as células da glia são, aproximadamente, 1000 vezes mais frequentes que os neurônios no corpo humano. Ao contrário do neurônio, que é amitótico, nas células gliais ocorre a mitose.
Por décadas, neurocientistas acreditaram que os neurônios eram os responsáveis por toda a comunicação no cérebro e sistema nervoso, e que as células gliais, embora nove vezes mais numerosas que os neurônios, apenas os alimentavam. Novas técnicas de imagem e instrumentos de “escuta” mostram que as células gliais se comunicam com os neurônios e umas com as outras. As células gliais são capazes de modificar esses sinais nas fendas sinápticas entre os neurônios e podem até mesmo influenciar o local da formação das sinapses. Devido a essa proeza, as células gliais podem ser essenciais para o aprendizado e para a construção de lembranças, além de importantes na recuperação de lesões neurológicas. 
Funções
As principais funções das células da glia são cercar os neurônios e mantê-los no seu lugar, fornecer nutrientes e oxigênio para os neurônios, isolar um neurônio do outro, destruir patógenos e remover neurônios mortos. Mantêm a homeostase, formam mielina e participam na transmissão de sinais no sistema nervoso.
As células de glia têm a importante função de produzir moléculas que modificam o crescimento de dendritos e axónios. Descobertas recentes no hipocampo e cerebelo indicam que também participam ativamente nas transmissões sinápticas,regulando a liberação de neurotransmissores ou liberando-os, elas mesmas, e liberando ATP que modela funções pré-sinápticas.
São cruciais na reparação de neurônios que sofreram danos: no sistema nervoso central, a glia impede a reparação (os astrócitos alargam e proliferam, de modo a produzirem mielina e moléculas que inibem o crescimento de um axónio lesado); no sistema nervoso periférico , as células de Schwann promovem a reparação.
humanos normalmente possuem 206 ossos divididos em: cabeça (28), pescoço (8), tórax (37), abdome (7), membros superiores (64), membros inferiores (62).
Tipos de ossos
Existem cinco tipos de ossos: a) os planos, laminares ou chatos (apresentam função protetora, e comprimento e largura similares ou maiores que a espessura, ex.: osso frontal do crânio); b) os curtos (apresentam três dimensões semelhantes, ex.: ossos carpais); c) os sesamoides (desenvolvem-se dentro de tendões, ex.: patela); d) os irregulares (não apresentam relação entre suas dimensões, ex.: vértebras); e) e os longos (apresentam forma tubular, e comprimento maior que largura e espessura, ex.: fêmur).
Os ossos longos são divididos em três partes: a diáfise (haste longa do osso), epífases (as duas extremidades alargadas do nosso) e as metáfises (parte dilatada da diáfise próxima as epífases).
O periósteo é uma membrana de tecido que reveste a superfície externa da diáfise, ele protege o osso e serve como meio de fixação para a musculatura, além de possuir vasos sanguíneos. Já o endósteo está localizado no interior da região medular do osso (centro do osso).
Função do Sistema Esquelético
Como citado acima, os ossos servem como sustentação para o corpo. Mas além disso, ele também serve como: a) proteção de estruturas vitais, como coração (protegido pelas costelas) e cérebro (protegido pelo crânio), b) base mecânica para o movimento, e c) suprimento contínuo de células sanguíneas (hematopoiética).
As articulações ou junturas podem ser definidas como o local de conexão entre dois ou mais ossos ou destes com as cartilagens. As principais funções desses locais são permitir a movimentação dos segmentos do corpo e manter todos os ossos do esqueleto juntos e estáveis.
De acordo com o tipo de tecido conectivo entre os ossos, as articulações podem ser classificadas em três tipos básicos: fibrosas, cartilaginosas e sinoviais. As articulações fibrosas, também chamadas de sinartroses ou imóveis, possuem uma pequena separação com tecido conjuntivofibroso e não apresentam cavidade articular (espaço entre as superfícies articulares). A mobilidade dessa articulação é bastante reduzida ou inexistente, porém apresenta certa elasticidade.
Existem dois tipos principais de articulação fibrosa: as suturas e a sindesmoses. O primeiro grupo está relacionado com as articulações do crânio. Já as sindesmoses referem-se à articulação entre tíbia e fíbula e entre o rádio e a ulna.
As articulações cartilaginosas, também chamadas de anfiartroses ou levemente móveis, possuem uma separação cartilaginosa e não apresentam cavidade articular. A mobilidade dessas articulações é reduzida.
Existem dois tipos de articulações cartilaginosas: as sincondroses e as sínfises. Essas últimas possuem entre os ossos cartilagem fibrosa. Como exemplo, podemos citar as articulações presentes entre as vértebras, que possuem entre elas o disco intervertebral. Já as sincondroses possuem entre os ossos cartilagem hialina. A articulação esternocostal, entre o esterno e a cartilagem costal da primeira costela, é um exemplo desse tipo de articulação.
As articulações sinoviais, também chamadas de diartroses ou móveis, possuem uma cavidade articular (cavidade sinovial) que apresenta uma cápsula cheia de líquido sinovial, que funciona como um lubrificante. Essas articulações possuem uma maior liberdade de movimento e são as mais encontradas em nosso corpo.
De acordo com o movimento, as articulações sinoviais podem ser classificadas em uniaxial, biaxial e poliaxial.
- Uniaxial – Permite apenas um eixo de rotação. Exemplo: Articulação encontrada entre o úmero e a ulna.
- Biaxial – Permite dois eixos de rotação. Exemplo: Articulação do punho.
- Poliaxial – Permite três eixos de rotação. Exemplo: Articulação do ombro.
Sistema nervoso periférico
O sistema nervoso periférico (SNP) é a parte do sistema nervoso que se encontra fora do sistema nervoso central (SNC). É constituído por fibras (nervos), gânglios nervosos e órgãos terminais.[1] A função do SNP é conectar o SNC com as outras partes do corpo humano.
Os nervos se dividem em três tipos:
· Nervos Sensitivos: são os nervos que têm o papel de transmitir os impulsos nervosos do órgão receptor até ao SNC;
· Nervos Motores: conduzem o impulso codificado no encéfalo (SNC), até ao órgão efetor;
· Nervos Mistos: tem o mesmo papel que os nervos sensitivos e motores ao mesmo tempo.
Os órgãos receptores são os órgãos dos sentidos (visão, audição, olfato, paladar e corpúsculos táteis) com conexões nervosas adaptada à transdução dos diferentes tipos de estímulos captados no mundo exterior (ver relação de receptores abaixo discriminados). Já os órgãos efetores são basicamente as glândulas e os músculos lisos e estriados. Podemos agrupar os receptores em: quimiorreceptores:recebem estímulos por meio de substancias que permitem o sentido do olfato e paladar; fotorreceptores: estímulos luminosos permitem a visão: cores imagens etc; termorreceptores: estímulos térmicos, permite o tato, e estão localizadas em diferentes parte do corpo; mecanorreceptores: estímulos mecânicos de pressão, permite ser auditivos, táteis ou até mesmo a dor.
Diferentemente do sistema nervoso central, o sistema nervoso periférico não se encontra protegido pela barreira hematoencefálica.
É graças a este sistema que o cérebro e a medula espinhal recebem e enviam as informações permitindo-nos reagir às diferentes situações que têm origem no meio externo ou interno.
O sistema nervoso periférico organiza-se em plexos e funções pode ser dividido em duas classes diferentes dependendo da origem ou terminação dos terminais nervosos que o constituem. Se os nervos começarem, ou acabarem, no encéfalo, temos aí os 'pares nervosos cranianos', mas se estes começarem na medula espinhal estamos perante 'pares nervosos raquidianos'. Quanto à funções pode-se distinguir o sistema nervoso autônomo e o somático / sensorial.
Os gânglios linfáticos são pequenas glândulas pertencentes ao sistema linfático, que estão espalhados pelo corpo e que são responsáveis por filtrar a linfa, recolhendo vírus, bactérias e outros organismos que podem provocar doenças. Uma vez nos gânglios linfáticos, esses micro-organismos são eliminados pelos linfócitos, que são células de defesa importantes do organismo.
Assim, os gânglios linfáticos são essenciais para o sistema imune de cada pessoa, ajudando a evitar ou combater infecções como gripes, amigdalites, otites ou resfriados. Em casos mais raros, a presença frequente de gânglios inflamados pode até ser sinal de câncer, especialmente linfoma ou leucemia.
Embora, na maioria do tempo, os gânglios não possam ser apalpados ou sentidos, quando estão combatendo uma infecção, aumentam de tamanho, ficando inchados e, nesses casos, podem ser sentidos perto da região onde está ocorrendo a infecção
 
Porção localizada na parte distal dos nervos, com função de contatar os órgãos periféricos. Podem ser sensitivas (sensíveis a um determinado tipo de estímulo, a partir do qual eles desencadearão o aparecimento de impulsos nervosos nas fibras aferentes do SNC e depois atingem áreas específicas do cérebro onde são interpretados resultando diferentes formas de sensibilidade) ou motoras (somáticas e viscerais. Estabelecem contato com as fibras nervosas e os órgãos efetuadores (músculos e glândulas). Podem ser chamadas de junção neuromuscular).
TELENCÉFALO
O telencéfalo compreende os dois hemisférios cerebrais, direito e esquerdo, e uma pequena linha mediana situada na porção anterior do III ventrículo.
Os dois hemisférios cerebrais são incompletamente separados pelafissura longitudinal do cérebro, cujo o assoalho é formado por uma larga faixa de fibras comissurais, denominada corpo caloso, principal meio de união entre os dois hemisférios. Os hemisférios possuem cavidades, os ventrículos laterais direito e esquerdo, que se comunicam com o III ventrículo pelos forames interventriculares.
c ada hemisfério possui três pólos: Frontal, Occipital e Temporal; e três faces: Súpero-lateral (convexa); Medial(plana); e Inferior ou base do cérebro (irregular), repousando anteriormente nos andares anterior e médio da base do crânio e posteriormente na tenda do cerebelo.
Sulcos e Giros: Durante o desenvolvimento embrionário, quando o tamanho do encéfalo aumenta rapidamente, a substância cinzenta do córtex aumenta com maior rapidez que a substância branca subjacente. Como resultado, a região cortical se enrola e se dobra sobre si mesma. Portanto, a superfície do cérebro do homem e de vários animais apresenta depressões denominadas sulcos, que delimitam os giros ou circunvoluções cerebrais. A existência dos sulcos permite considerável aumento do volume cerebral e sabe-se que cerca de dois terços da área ocupada pelo córtex cerebral estão “escondidos” nos sulcos.
Em qualquer hemisfério, os dois sulcos mais importantes são o sulco lateral e o sulco central.
Sulco Lateral: é o sulco que separa o lobo frontal do lobo temporal. Ele é subdividido em ascendente, anterior e posterior.
Sulco Central: separa o lobo parietal do frontal. O sulco central é ladeado por dois giros paralelos, um anterior, giro pré-central, e outro posterior, giro pós-central. As áreas situadas adiante do sulco central relacionam-se com a MOTRICIDADE, enquanto as situadas atrás deste sulco relacionam-se com a SENSIBILIDADE.
Outro sulco importante situado no telencéfalo, na face medial, é o Sulco Parieto-occipital, que separa o lobo parietal do occipital.
Os lobos cerebrais recebem o nome de acordo com a sua localização em relação aos ossos do crânio. Portanto, temos cinco lobos: Frontal, Temporal, Parietal, Occipital e o Lobo da Ínsula, que é o único que não se relaciona com nenhum osso do crânio, pois está situado profundamente no sulco lateral.
A divisão dos lobos não corresponde muito a uma divisão funcional, exceto pelo lobo occipital que parece estar relacionado somente com a visão.
O lobo frontal está localizado acima do sulco lateral e adiante do sulco central. Na face medial do cérebro, o limite anterior do lobo occipital é o sulco parieto-occipital. Na sua face súpero-lateral, este limite é arbitrariamente situado em uma linha imaginaria que se une a terminação do sulco parieto-occipital, na borda superior do hemisfério, à incisura pré-occipital, situada na borda ínfero-lateral, cerca de 4 cm do pólo occipital. Do meio desta linha imaginaria parte uma segunda linha imaginaria em direção no ramo posterior do sulco lateral e que, juntamente com este ramo, limita o lobo temporal do lobo parietal.
Septo Pelúcido:
Entre o corpo caloso e o fórnix estende-se o septo pelúcido, constituído por duas delgadas lâminas de tecido nervoso que delimitam uma cavidade muito estreita, a cavidade do septo pelúcido. O septo pelúcido separa os dois ventrículos laterais.
O epitálamo é um segmento do diencéfalo (um segmento central do cérebro que também contém o hipotálamo e o tálamo). É formado pelo trígono das habénulas, pela comissura habenular, a estria medular e glândula pineal. Funciona como conexão do sistema límbico a outras áreas do cérebro.
O hipotálamo liga o sistema nervoso ao sistema endócrino sintetizando a secreção de neuro hormônios (também chamado de "liberador de hormônios") sendo necessário no controle da secreção de hormônios da glândula pituitária — entre eles, liberação da gonadotropina (GnRH).
Hipófise (também denominada glândula pituitária) é uma glândula endócrina com cerca de 1 cm de diâmetro alojada na sela túrcicaou fossa hipofisária do osso esfenoide na base do cérebro. Está localizada abaixo do hipotálamo e posteriormente ao quiasma óptico, sendo ligada ao hipotálamo pela haste pedúnculo hipofisário ou infundíbulo, é envolvida pela dura-máter (exceto o infundíbulo). A hipófise é considerada uma "glândula mestra", pois secreta hormônios que controlam o funcionamento de outras glândulas, sendo grande parte de suas funções reguladas pelo hipotálamo.
Do ponto de vista fisiológico, a hipófise é dividida anatomicamente e funcionalmente em duas partes distintas: o lobo anterior (adeno-hipófise) e o lobo posterior (neuro-hipófise). A adeno-hipófise possui origem de células epiteliais, enquanto neuro - hipófise possui origem nervosa. Entre essas duas porções existe uma zona pouco vascularizada chamada de parte intermédia, praticamente ausente em humanos, mas bem desenvolvida e funcional em outros animais[1].
É responsável pela regulação da atividade de outras glândulas e de várias funções do organismo como o crescimento (hormônio do crescimento - adeno - hipófise) e secreção do leite através dos seios (ocitocina - neuro - hipófise). Possui dimensões aproximadas a um grão de ervilha, pesando de 0,5 a 1 grama.
O tronco cerebral tem três porções que são, de baixo para cima:
1. Bolbo raquidiano ou Medula oblonga: Conecta o encéfalo com a medula espinhal. O bolbo contém os centros cardíacos, respiratórios e vasomotores responsáveis por regular a freqüência cardíaca, respiração e pressão arterial. Também regular o reflexo de tossir, espirrar, engolir e vomitar. É onde a maioria das vias motoras se cruzam contralateralmente. [1]
2. Protuberância/ponte de Varolio: A ponte de Varolio conecta os sinais do cérebro, medula e cerebelo. Foi descrita pela primeira vez pelo anatomista italiano Costanzo Varolio (1543–75). A ponte contém núcleos que regulam principalmente sono, respiração, deglutição, controle da bexiga, audição, equilíbrio, gosto, movimento dos olhos, expressões faciais, sensação facial e postura.[2]
3. Mesencéfalo: Dividido em tectum (teto em latim) e pedúnculo cerebral possui núcleos que regulam movimentos oculares, audição, tônus muscular, prazer, sono/vigília, alerta e regulação da temperatura.[3]
4. Quanto à forma do músculo e arranjo de suas fibras 
5. A função do músculo esta relacionada à sua forma e arranjo de suas fibras. Os músculos têm suas fibras dispostas paralelas ou oblíquas à direção de tração exercida ou ao tendão.
Na disposição paralela das fibras, há predomínio apenas do comprimento muscular como, nos músculos longos, curtos, circulares e largos.
Nos músculos longos é comum notar uma convergência de fibras musculares em direção aos tendões de origem e inserção, sendo que a parte média tem um diâmetro maior que as extremidades, chamados de fusiforme.
Também na disposição paralela das fibras, há equivalência do comprimento e largura muscular como, nos músculos largos.
Nestes músculos as fibras se convergem para um tendão em umas das extremidades, chamado de leque.
Na disposição oblíqua da fibra, os músculos apresentam fibras oblíquas em relação aos tendões e são denominados peniformes (lembra uma pena).
Porém, se os feixes musculares se prendem em apenas uma borda do tendão é dito unipenado e se os feixes se prendem nas duas bordas é dito bipenado.
ação ou função muscular 
Para este tipo de classificação vai depende da ação principal resultante da contração muscular, ou melhor, dizendo do movimento.
O mesmo pode ser classificado em flexor, extensor, adutor, abdutor, rotador medial, rotador lateral, pronador, supinador, flexor plantar e flexor dorsal, dentre outros.
Você sabia? Alguns músculos podem ter mais de uma classificação, como por exemplo, o músculo bíceps braquial que apresenta duas cabeças de origens, por isso é chamado de bíceps, mas também ele é classificado quanto a sua ação que é um grande flexor do antebraço.
Músculo Agonista
Um músculo ou grupo muscular que está se contraindo, que é considerado o principal músculo produzindo movimento articular ou mantendo uma postura, é designado um agonista. O agonista sempre se contrai ativamente para produzir uma contraçãoconcêntrica, excêntrica ou isométrica.
Por exemplo: o músculo agonista no movimento de abdução da coxa é o glúteo médio.
Músculo Antagonista
O antagonista é um músculo ou grupo muscular que possui a ação anatômica oposta à do agonista. Usualmente o antagonista é um músculo que não está se contraindo e que nem auxilia nem resiste ao movimento, mas que passivamente se alonga ou encurta para permitir que o movimento ocorra.
Por exemplo: o músculo antagonista no movimento de abdução da coxa é o adutor magno.
Músculo Sinergista
Um músculo é considerado sinergista sempre quando se contrai ao mesmo tempo em que o agonista, mas não é o principal músculo responsável pelo movimento ou manutenção da postura. Normalmente, o músculo sinergista é auxiliar ao movimento, e também existe mais de um músculo sinergista em um movimento articular.
Por exemplo: os músculos sinergistas no movimento de abdução da coxa são o reto femoral, glúteo máximo (porção que se insere no tracto iliotibial), tensor da fáscia lata, glúteo mínimo, sartório e piriforme.
As articulações sinoviais são as amplamentes móveis e são classificadas quanto à sua morfologia e quanto ao número de eixos  em que ela se movimenta, mas antes disso, vejamos o que toda articulação sinovial possui e entender pra que serve cada elemento.
Superfície articular - é a parte do osso que vai estar em contato na articulação, é como diz o nome, a superfície que se articula.
Cartilagem articular - localiza-se logo após a superfície articular, serve para diminuir o atrito entre os ossos da articulação.
Cápsula articular - reveste a articulação, esta, além de dar firmeza à articulação, limita seus movimentos.
Membrana sinovial - faz a infiltração do sangue para a articulação e produz mucina; sangue + mucina = líquido sinovial.
Cavidade articular - é o espaço, dentro da cápsula articular e entre os ossos, nesse espaço que fica o líquido sinovial.
Líquido sinovial - é um líquido (composto por mucina e sangue) que lubrifica a articulação e melhora o deslizamento entre os ossos (não chamem o líquido sinovial, nunca, de "águinha", não tem nada à ver água com líquido sinovial .
Ligamentos - são reforços para a cápsula articular, eles também auxiliam na sustentação e limitam os movimentos articulares.
Todos esses itens que foram citados acima são SEMPRE encontrados em qualquer articulação sinovial, são chamados de elementos essenciais; nas articulações sinoviais nós também encontramos os elementos acessórios, que não são encontrados em TODAS articulações, mas são essenciais nas articulações em que se encontram.

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