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A Corte Portuguesa no Brasil e a Independência

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PATRIMÔNIO HISTÓRICO BRASILEIRO
Aula 6: A corte portuguesa no Brasil, a independência e as disputas políticas no período Imperial
AULA 6
PATRIMÔNIO HISTÓRICO BRASILEIRO
	Listar as mudanças durante o Período Joanino;
	Estabelecer os antecedentes do processo de independência;
	Caracterizar o Primeiro Reinado como o momento de transição entre a colônia e império.
OBJETIVOS DA AULA:
AULA 6
PATRIMÔNIO HISTÓRICO BRASILEIRO
Nesta aula, identificaremos as diversas transformações ocorridas a partir de 1808 que permitiram ao Brasil tornar-se independente e a transição entre a colônia e o império, permeada por diversos embates em um momento crucial para a formação da identidade nacional brasileira.
A montagem da empresa açucareira e o tráfico negreiro proporcionaram enormes lucros para Portugal. 
 
No Brasil, a colônia se consolidava baseada na sociedade patriarcal e nas políticas de favorecimento que, mais tarde, caracterizariam a sociedade oligárquica.  
INTRODUÇÃO:
AULA 6
PATRIMÔNIO HISTÓRICO BRASILEIRO
O eixo econômico concentrava-se, sobretudo, no litoral, em uma realidade que durou até o século XVIII, com a descoberta de ouro na região das Minas Gerais. Ainda assim, a maior parte da população se concentrava nas áreas litorâneas e o eixo do poder político era a capital, Rio de Janeiro. 
No início da ocupação portuguesa, Salvador, na Bahia, foi a primeira capital, posto que ocupou até 1763. 
Com a descoberta do ouro mineiro, o porto do Rio de Janeiro era a melhor escolha para o escoamento do minério. Logo, a cidade tornou-se uma das mais populosas da colônia e, em 1763, o Marquês de Pombal, então ministro do reino, transferiu a capital da Bahia para o Rio de Janeiro.
AULA 6
PATRIMÔNIO HISTÓRICO BRASILEIRO
A VINDA DA FAMÍLIA REAL
O poder político carioca tornou-se ainda mais evidente a partir de 1808, com a vinda da família real portuguesa para o Brasil, evento que pode ser considerado como um dos pontos de partida para a independência, que aconteceria em 1822.
AULA 6
PATRIMÔNIO HISTÓRICO BRASILEIRO
Após a Revolução Francesa, de 1789, a França passou por diversas fases políticas, até a chegada ao poder de Napoleão Bonaparte.  Entre 1805 e 1815, Napoleão empreendeu uma política expansionista, invadindo diversos reinos europeus. Seu principal opositor era a Inglaterra, que apoiava a resistência destes reinos frente ao poderio francês.  Para enfraquecer os ingleses, foi decretado o Bloqueio Continental (O objetivo era impedir o acesso dos ingleses a portos que pertencessem à França ou a seus aliados. Ademais, havia a constante ameaça de invasão francesa aos aliados ingleses, como era o caso de Portugal.)
Mas, por qual razão a corte portuguesa fugiria às pressas da Europa rumo ao Brasil? 
AULA 6
PATRIMÔNIO HISTÓRICO BRASILEIRO
A Vinda da Família Real Portuguesa para o Brasil  foi um acontecimento inédito na história mundial, já que nunca antes uma corte completa tinha deixado o seu reino para se alojar numa colônia, especialmente em terras tão distante quanto o Brasil.
 
Partiram do porto de Lisboa no dia 29 de novembro de 1807 a rainha Maria I, o príncipe regente D. João, sua esposa, a princesa Carlota Joaquina e outras centenas de nobres e funcionários reais - cerca de dez mil pessoas.
A partida foi feita com urgência, quase uma fuga, já que a família real estava sob ameaças do imperador da França Napoleão Bonaparte  que prometera invadir Portugal, aprisionar a corte e destituir o príncipe regente. 
AULA 6
PATRIMÔNIO HISTÓRICO BRASILEIRO
Eles embarcaram em mais de 50 navios que tinham como destino a maior colônia portuguesa, o Brasil.
A viagem se sucedeu de forma precária, sem as mínimas condições de conforto e higiene. Além do escorbuto, doença causada pela falta de vitamina C, houve uma epidemia de piolhos que tornou a situação ainda mais insuportável. 
No dia 24 de janeiro de 1808 a família real desembarcou em Salvador. Esse desembarque gerou uma série de alteração na colônia que até então era atrasada e totalmente dependente da metrópole.
AULA 6
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AULA 6
PATRIMÔNIO HISTÓRICO BRASILEIRO
As transformações sociais, políticas e econômicas que a vinda da família real provocou no Brasil foram avassaladoras. 
Em primeiro lugar, tinha fim o pacto colonial. Desde o inicio da colonização, o exclusivo comercial estava assegurado por este pacto, que garantia que o Brasil só poderia comercializar com Portugal. Com a metrópole invadida e o centro de governo sendo transferido para o Rio de Janeiro, o pacto perdeu seu sentido.
 
AULA 6
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O famoso alvará de 1785, proibindo a existência de fábricas na Colônia e mandando fechar as existentes, exceto as de panos grosseiros, para enfardamento, roupa de escravos e empacotamento, teve como efeito impedir a evolução da atividade e atrasou, realmente, a implantação da indústria têxtil no país. 
Também em 1808, Dom João revogou o alvará de 1785, que havia sido implementado por sua mãe proibindo a instalação de manufaturas no Brasil. 
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A revogação do alvará, com D.João VI, e os estímulos criados com privilégios e subsídios às manufaturas que necessitassem de auxílio, criaram condições para a atividade de tecelagem. Porém o tratado comercial com a Inglaterra, que conferia tarifa preferencial às importações inglesas, impediu o florescimento da indústria. Somente em 1844, com a Lei Alves Branco, é que se abre alguma perspectiva para a indústria nacional.
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AS MUDANÇAS ESTRUTURAIS
Ainda que as mudanças na estrutura política sejam as mais evidentes, há toda uma gama de transformações sociais, proporcionada pelo Período Joanino. 
Podemos dizer que, a partir de 1808, a colônia assume ares de metrópole, não só se tornando o centro das decisões político administrativas do Império, mas também do ponto de vista da sociedade.
Neste sentido, podemos apontar como exemplo as mais diversas criações culturais e científicas, estimuladas pelo regente.
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Em 1808, foi criada a Escola de Cirurgia, no Hospital Real de Salvador, na Bahia, a primeira instituição de Ensino Superior Brasileira. A preocupação com a construção da memória é notada com a criação do Real Arquivo Militar, que hoje é o Arquivo Histórico do Exército. 
Desde o inicio da colonização, vigorava a proibição aos impressos, que foi extinta por Dom João, com a criação da Impressão Régia. Do ponto de vista da elaboração de um Estado nacional, foi criada a Guarda Real.
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Na colônia, vigorava a proibição à imprensa, fato que também muda com a família real.
Em 1808 entra em circulação o jornal Correio Braziliense, publicado em Londres e, mais tarde, a Gazeta do Rio de Janeiro, sendo estes os primeiros jornais do país.
Para fins de defesa, foi criada a Fábrica de Pólvora, em terras que foram incorporadas à Coroa.  
Nas terras foi instalado um jardim, chamado originalmente de Jardim de Aclimação. Mais tarde, o jardim de Dom João passou a se chamar Real Horto e depois, Jardim Botânico. 
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Por sua história e importância, foi tombado pelo Patrimônio Histórico em 1937 e nele ainda se encontram as ruínas da primeira fábrica de pólvora do Período Joanino.
“Casa dos pilões", resto da antiga fábrica de pólvora.
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ALOJANDO A CORTE 
A corte chegara ao Brasil com milhares de pessoas.
Ao chegar ao Rio de Janeiro, o regente desapropriou diversas moradias. Na fachada das casas, eram pintadas as letras PR, iniciais de Príncipe Regente. Isso queria dizer que o morador daquela casa deveria se mudar para dar lugar a alguém designado pela Coroa.  Mas este não foi o caso da residência que abrigou a família real, a Quinta da Boa Vista.
Onde alojar todos estes novos habitantes? 
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A QUINTA DA BOA VISTA
Quinta é como se chama uma propriedade em
área rural,e o termo é muito comum em Portugal. Originalmente, as terras da quinta da Boa Vista, 
no atual bairro de São Cristóvão, pertenciam
 aos jesuítas. 
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No século XVIII, o Marquês de Pombal expulsou a ordem jesuíta do Brasil, pois defendia a total separação entre a Igreja e o Estado – Pombal era um déspota esclarecido – e temia a influência da Igreja na colônia, especialmente dos jesuítas, cuja presença remontava aos primórdios da colonização, ainda no século XVI.
As propriedades jesuítas foram desmembradas e vendidas a particulares e o terreno da quinta acabou indo parar nas mãos do comerciante português Elias Antônio Lopes.
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O comerciante mandou erguer, no ponto mais alto do terreno, uma belíssima residência, com vista para a baía da Guanabara – por isso o nome Quinta da Boa Vista – mas, com a chegada da corte, Elias doou sua propriedade à família real, que a utilizou como residência, função que permaneceu após a independência e durante todo o império.
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A casa e seus jardins fora tombados pelo Patrimônio Histórico e são um raro exemplar da arquitetura do século XIX.
É interessante notar que, em 1808, esta região era considerada rural e afastada, sendo que atualmente, ela faz parte do centro da cidade do Rio de Janeiro. 
Neste caso, devemos considerar que com a existência de poucas estradas e caminhos, o deslocamento era difícil, ademais, essa era uma área pantanosa e de difícil acesso, o que foi progressivamente alterado com a mudança da família real para este palácio. 
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A URBANIZAÇÃO
Durante a permanência da corte no Rio de Janeiro, entre 1808 e 1821, além das transformações que já citamos, houve uma intensa urbanização:
	Surgiram teatros; 
	Foi criado o Banco do Brasil; 
	O acervo que daria origem à Biblioteca Nacional foi trazido de Portugal;
	Diversos artistas, entre pintores e escultores vieram à colônia na chamada Missão Artística Francesa; 
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Foi criada a Escola Real de Artes e Ofícios que daria origem a Escola de Belas Artes, dentre diversas outras medidas.
Escola Real de Ciências, Artes e Ofícios (1816-1822), Academia Imperial das Belas Artes (1822-1889) e por fim Escola de Belas Artes, hoje unidade da Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, Brasil.
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BANCO DO BRASIL
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O RETORNO DA FAMÍLIA REAL A PORTUGAL  
Com a eclosão da Revolução Liberal do Porto, em 1820, Dom João, já coroado imperador após a morte de sua mãe, decide retornar a Portugal e, em 1821, a corte retorna a Europa. 
Dom Pedro, filho de Dom João e Carlota Joaquina, assume então como regente. Mas a colônia que a família real encontrou e aquela que ela deixava, eram muito diferentes.
A elevação do Brasil a Reino Unido consolidou politicamente a autonomia que havia sido iniciada com a vinda da família real em 1808.
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Ao retornar, Dom João teve que reordenar a política portuguesa, e as cortes demandavam o retorno imediato de Dom Pedro, pois desejavam que o Brasil fosse recolonizado e retornasse ao papel de colônia, que havia ocupado anteriormente, reforçando a economia de Portugal, que então se reafirmaria como metrópole.  
Mas os interesses das cortes feriam o desejo da elite política e econômica brasileira, que ganhara autonomia no Período Joanino e não estava disposta a abrir mão destas conquistas.
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A DECLARAÇÃO DA INDEPENDÊNCIA  
Sem espaço para uma negociação viável, restou a Dom Pedro declarar a independência, em 7 de setembro de 1822, em uma estratégia que o historiador Caio Prado definiu como “arranjo político”. 
O processo de independência, que não contou com a participação popular, respondeu aos interesses das elites brasileiras, muito mais do que a qualquer aspiração que viesse do povo. 
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O que temos é a manutenção das estruturas socioeconômicas oriundas do período colonial, que foram legadas ao império sem qualquer alteração. 
Não houve uma reforma agrária ou a abolição da escravatura, medidas que de fato alterariam o panorama político do Brasil
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Esse claro caráter de continuidade pode ser percebido não somente na manutenção do regime monárquico, enquanto os demais países latino-americanos ao se independerem, adotaram a república, mas também na elaboração da carta Constitucional de 1824.
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O PÓS-INDEPENDÊNCIA
Após a independência, Dom Pedro I enfrentou diversos problemas. A manutenção da  unidade territorial era uma das maiores preocupações, já que as dimensões continentais do país e os interesses das diferentes elites faziam com que o separatismo regional fosse uma ameaça constante. 
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Mapa do Brasil em 1823
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A economia se manteve agroexportadora e a busca por um parceiro comercial que ocupasse o lugar da metrópole portuguesa fez com que o Estado imperial adotasse uma série de vantagens para tornar as taxas de exportação mais atraentes. 
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ATENÇÃO!!!
Para se firmar enquanto nação, era necessário o reconhecimento da independência pelos demais países. O primeiro país a reconhecer a emancipação do Brasil foram os Estados Unidos, que haviam se independido da Inglaterra em 1776.  
Em 1823, o governo norte-americano reconheceu a independência do Brasil, seguindo os princípios da Doutrina Monroe, cujo lema “América para os americanos”, estimulava a libertação das colônias de suas metrópoles. Portugal reconheceu logo depois, seguido pela Inglaterra.
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A NOVA CONSTITUIÇÃO
Como uma de suas primeiras medidas, Dom Pedro I ordenou a convocação de uma assembleia constituinte, para preparar uma nova constituição que regeria a nação independente.
Já em sua composição inicial, havia a clara intenção de manter de fora a camada mais pobre da população que não possuía representantes. 
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O projeto concebido tornou esse afastamento ainda mais claro, ao estabelecer uma renda para eleitores e cargos elegíveis, fixada em alqueires de farinha de mandioca, o que fez com este projeto fosse apelidado de Constituição da Mandioca.
SAIBA MAIS!
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O PODER MODERADOR
O que era o Poder Moderador?
Montesquieu, um crítico do sistema absolutista, defendia a separação dos poderes, que seria por sua vez, dividido em três instâncias. 
Na Europa do iluminismo, o filosofo francês Charles Montesquieu, que viveu entre os séculos XVII e XVIII elaborou uma teoria política, expressa em sua obra o Espírito das Leis. 
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O filósofo suíço, Benjamin Constant, a partir dos escritos de Montesquieu, acrescentou a esta teoria um quarto poder, moderador, buscando reorganizar a estrutura da monarquia constitucional. 
Segundo a teoria de Constant, o Poder Moderador, exercido pelo monarca, teria um caráter de neutralidade, garantindo  a harmonia dos demais poderes.
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No Brasil, ao ser aplicado na constituição de 1824, a teoria de Constant não foi adotada em sua íntegra. 
O poder moderador instituído pelo documento estava longe de ser neutro, mas concedia ao imperador poderes totais sobre as demais instâncias, consistindo em um mecanismo absolutista no novo regime monárquico. 
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REGIME DO PADROADO
O estabelecimento do Poder Moderador gerou diversas reações, tendo a Confederação do Equador, que eclodiu em 1824, em Pernambuco, ganhado a adesão de outras províncias, como Ceará, Rio Grande do Norte e Paraíba.  
A revolta, motivada pela centralização de poder nas mãos de Dom Pedro I e pela intensa interferênciapolítica que os portugueses tinham no Estado, mesmo após a independência, sofreu intensa repressão do império e culminou na execução de dois de seus líderes: Frei Caneca e o Padre Mororó. 
AULA 6
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A manutenção do regime do padroado na nova Constituição também foi controversa. 
Segundo o padroado, cabia ao imperador escolher membros da Igreja para ocupar determinados cargos eclesiásticos, como os bispados. 
Havia, portanto, uma estreita ligação entre Estado e Igreja, outra herança do período colonial.
AULA 6
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PROBLEMAS ALÉM FRONTEIRAS  
No plano externo, o país se envolveu na Guerra da Cisplatina, entre 1825 e 1828. Além das perdas humanas, o conflito aumentou a crise, em uma economia já fragilizada, o que abalou profundamente a popularidade do imperador. 
Soma-se às crises internas a disputa gerada pelo trono de Portugal, do qual Dom Pedro I era o herdeiro legítimo. Seu irmão, Dom Manuel, dera um golpe, tomando o poder para si e mergulhando o país na eminência de uma guerra civil.  
Não restou ao imperador alternativa a não ser a abdicação, que ocorreu em 1831. 
AULA 6
PATRIMÔNIO HISTÓRICO BRASILEIRO
Nesta Aula você:
	Reconheceu a vinda da família real como parte fundamental do processo de emancipação do Brasil;
	Compreendeu os interesses que cercavam o processo de independência;
	Identificou as continuidades entre a estrutura colonial e aquela que foi estabelecida no império.
 
AULA 6
PATRIMÔNIO HISTÓRICO BRASILEIRO
NA PRÓXIMA AULA:
	A crise do império;
	A questão abolicionista;
	O ideário republicano.

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