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DEFESA DE ADRIAN

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Disciplina: Direito Penal IV
Discente: Edvaldo Rocha da Silva
DEFESA DE ADRIAN
O filme é um belo exemplo do que ser um ótimo advogado. O autor em sua obra, mostra várias faces de como o crime poderia ter ocorrido e as inúmeras linhas de pensamentos e investigações, ficando assim, difícil de esmiuçar à respeito de uma forma para apresentar a defesa de Adrian. Porém, olhando no final do filme, observamos que a “suposta” advogada que depois se mostrou a mãe do menino cujo o corpo estava desaparecido, obteve uma forçada delação do suposto Réu, uma vez que Adrian agiu sobre erro e com forte emoção e medo, pois os argumentos da mesma eram convincentes e o poder de persuasão dela era inigualável, fazendo assim, o suposto Réu acreditar em uma história criada por ela.
As gravações feitas em desfavor de Adrian, não podem ser incluídas ao processo, pois, são provas ilícitas. Nosso digníssimo Código de Processo Penal, é bem claro em seu art. 157, em seu parágrafo 1º, Art. Esse que depois da reforma com a Lei 11.690/2008, passou-se a contar com nova redação que diz: 
Art. 157. São inadmissíveis, devendo ser desentranhadas do processo, as provas ilícitas, assim entendidas as obtidas em violação as normas constitucionais ou legais.
Parágrafo 1º. São também inadmissíveis as provas derivadas das ilícitas, salvo quando não evidenciado o nexo de causalidade entre umas e outras, ou quando as derivadas puderem ser obtidas por uma fonte independente das primeiras.
Essas gravações, além de ilícitas, vão contra as normas Constitucionais, e vias de regra, devem ser obtidas somente mediante prévia autorização do Juiz competente e apresentadas ao processo através do Inquérito Policial ou em raros casos, por investigações pelo Ministério Público. Tais informações, quando apresentadas no Inquérito Policial, são analisadas a posteriori pelo MP, o qual deve propor (acaso presentes os requisitos necessários) ação penal com vistas a submeter ao Judiciário eventual pretensão punitiva.
Após uma boa defesa elaborada com os argumentos expostos acima, o renomado advogado poderia arguir nulidade da prova apresentada, e em sua resposta à acusação, propor uma ação em face da mãe do menino desaparecido, uma vez que a mesma se passou por uma advogada e constrangeu o suposto Réu, ferindo assim os crimes contra a liberdade individual, onde encontra-se o de constrangimento ilegal, previsto no artigo 146 do Código Penal, com a seguinte redação:
Art. 146 - Constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça, ou depois de lhe haver reduzido, por qualquer outro meio, a capacidade de resistência, a não fazer o que a lei permite, ou a fazer o que ela não manda.
Pena - detenção, de três meses a um ano, ou multa.
Em tempo, deve-se também, o Advogado constituído por Adrian, mover uma ação em face da mãe do menino, O crime de “falsidade ideológica” se encontra tipificado no art. 299 do Código Penal, por se passar por outra pessoa e também por uma falsa Advogada, que assim determina:
Art. 299 - Omitir, em documento público ou particular, declaração que dele devia constar, ou nele inserir ou fazer inserir declaração falsa ou diversa da que devia ser escrita, com o fim de prejudicar direito, criar obrigação ou alterar a verdade sobre fato juridicamente relevante:
Pena - reclusão, de um a cinco anos, e multa, se o documento é público, e reclusão de um a três anos, e multa, de quinhentos mil réis a cinco contos de réis, se o documento é particular.
 
VITÓRIA DA CONQUISTA, ABRIL DE 2020.

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