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Aprendendo o conceito comportamentais e as praticas parentais na fase da adolescencia

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RESUMO: APRENDENDO CONCEITOS COMPORTAMENTAIS E PRÁTICAS PARENTAIS PARA ATUAR NA FASE DA ADOLESCENCIA.
 A adolescência é uma fase que ocorre entre os 10 aos 19 anos. Essa fase é uma fase onde ocorrem muitas mudanças e transformações sendo elas físicas e ambientais, e que podem trazer dificuldades de adequações e adaptações com o mundo e consigo mesmo. Entende-se que o ambiente também pode influenciar nas mudanças e comportamentos das pessoas envolvidas. Além disso, mudanças repentinas ou drásticas podem dificultar o fortalecimento, devido a possíveis consequências produzidas por este ambiente, portanto exposição a outros ambientes além da família, como: mudanças de escola, novos colegas, convívio com novos parceiros conjugais dos pais separados, mudança de cidade, etc., de acordo com as consequências de cada ambiente, também podem interferir no comportamento do adolescente e dificultar a seleção de comportamentos que possam repor os reforços positivos perdidos na infância.
 É importante que os pais estejam preparados para estas novas mudanças do adolescente, tais elas como: estilos, amizades e as praticas parentais, afinal, ele não é mais uma criança, mas sim um adolescente que está em nova fase da vida. Os pais precisam fazer o uso adequado da atenção, explicações e as recompensas são exemplos de praticas educativos parentais positivos, enquanto a falta de demonstração de afeto, não impor regras estabelecidas e a punição inconsistente são exemplos de praticas educativas negativas. É necessário que os pais saibam estabelecer limites, sem prejudicar o relacionamento interpessoal dos filhos.
 A importância das intervenções promove nos pais habilidades que diminuem os comportamentos inadequados e aumentam os comportamentos adequados, ajudando assim a prevenir e reduzir comportamentos, evitar dificuldades escolares, socialização, e de ser um jovem delinquente. Uma busca realizada apontou que é escasso o treinamento de pais de adolescentes, havendo mais pesquisas sobre treinamentos de pais de crianças. É comprovada a eficácia de treinamentos voltados para pais de crianças na aquisição de habilidades educativas em estudos Norte-americanos.
 Os autores deste artigo fizeram uma pesquisa com objetivo de descrever e avaliar um treinamento de pais de adolescentes, elaborado para fornecer instrumentos de ação mais concreta e eficaz a fim de colaborar com o desenvolvimento de seus filhos. Participaram da pesquisa oito famílias que frequentavam uma igreja evangélica. Quatro dessas famílias foram incluídas no grupo experimental e outras quatro no grupo controle. Foram entregues 50 questionários para as famílias que frequentavam a instituição religiosa e relatavam dificuldades no relacionamento com os filhos adolescentes. O estudo foi realizado apenas com o concentimento dos participantes, e a pesquisadora se comprometeu em manter sigilo da identidade deles. Foram usados os instrumentos: Roteiro de entrevista, Tarefas de casa e Relatório de campo. O programa de ensino foi elaborado pela pesquisadora e dividido em oito sessões de uma hora e meia cada, que ocorreram durante duas semanas, na segunda, terça, quinta e sexta, durante o período da noite. O conteúdo das sessões foi programado a partir das respostas obtidas nos 20 questionários recebidos no período da seleção dos participantes.
 Após as intervenções, mudanças relativas ao que foi treinado foram identificadas nas entrevistas finais, no grupo experimental, tanto nos pais como nos adolescentes. Os resultados permitem concluir que um treinamento voltado para pais de adolescentes vem a ser uma medida de intervenção válida e eficaz que serve para promover ambientes mais saudáveis para o desenvolvimento dos filhos adolescentes.
 Uma intervenção feita com pais é, segundo Weber et al. (2004), um processo de preparar os pais com habilidades e conhecimentos específicos que lhes permitam promover um desenvolvimento adequado de seus filhos. Este programa ajudou com que os pais entendessem que precisam de paciência e conhecimentos de práticas educativas para ajudar na criação e no comportamento dos filhos, que por muitas vezes não sabem como agir em determinadas situações e por acreditar esteja agindo de forma correta e por ter sido criado do mesmo modo, sem ao menos pensar em como o filho se sente em determinadas situações. 
 A plasticidade das relações no núcleo familiar pode gerar recursos promotores de saúde e, em muitas ocasiões, um padrasto pode substituir, de forma satisfatória, a figura de um pai ausente. Partindo destes supostos, é visto que as dificuldades de funcionamento familiar não estão necessariamente associadas à sua composição, mas às relações que se estabelecem entre os seus membros. 
 Este treinamento de pais, voltado para aquisição de repertórios comportamentais mais eficazes, buscou relatar uma experiência de mudança de comportamentos dos pais em relação aos filhos, a fim de que entendessem a especificidade desta fase do desenvolvimento tão importante na vida do adolescente.

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