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Psicologia Comunitária

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Introdução
Esse trabalho tem como objetivo apresentar de forma resumida a história da psicologia comunitária, seus objetivos e intervenção. 
A Psicologia Comunitária originou-se em 1965 nos EUA e se tornou uma área da Psicologia social que estuda a influência do contexto social no comportamento humano. Os profissionais dessa área atuam com objetivo de atender as necessidades de uma determinada população e seus representantes com a colaboração dos mesmos na resolução de conflitos.
Desenvolvimento:
Alguns acontecimentos contribuíram para o desenvolvimento da psicologia comunitária, como por exemplo, um projeto exposto pelo Presidente Kennedy ao Congresso Americano em 1963, que resultou na Lei dos Centros de Saúde Mental Comunitário. Além do modelo de cuidados oferecidos aos soldados feridos na zona de conflito da segunda guerra mundial, que serviu de base para o entendimento de que o suporte as crises devem estar situadas no mesmo local em que elas acontecem para resultados satisfatórios.
Estudos realizados na década de 60 apontaram que disfunções emocionais estão mais presentes em lugares de população carente e também onde há desorganização social. Essa problemática levou profissionais da saúde mental a participar de programas afim de transformações socioeconômicas com relação a saúde mental. Por tanto o problema deixou de ser atribuído a questões pessoais e passou a ser responsabilidade do sistema social que deve oferecer uma qualidade de vida propícia ao crescimento individual. Todos esses eventos foram importantes para que a psicologia comunitária ficasse conhecida através de um congresso realizado em Swampscott- Boston (EUA) em 1965.
A partir disso, a psicologia teve como objetivo principal na área comunitária, colaborar para o desenvolvimento individual, mas com enfoque principalmente coletivo de uma população alvo, como também promover mudança na dinâmica da população para tornar harmônico a interação das pessoas com o meio. Rappaport (1977) denomina a Saúde Mental Comunitária
uma abordagem dos problemas comunitários que rejeita a noção de défice, e defende o princípio do ajustamento do indivíduo ao seu meio, da relatividade cultural e da diversidade, que transforma o objetivo da intervenção social no fornecimento de recursos materiais, educacionais e psicológicos de suporte, aos indivíduos e grupos de uma comunidade que assim, podem viver segundo formas diferenciadas da sociedade em geral (pag. 61).
Neste sentido entendemos que o trabalho social é realizado para enquadrar as pessoas ao meio em que vivem oferecendo transformações que contribuam para o desenvolvimento das pessoas.
Existe um termo dentro dos fundamentos da psicologia comunitária chamado Ecologia que entende o comportamento humano dissociado de uma situação ou causa isolada, para ela, o contexto em que as pessoas estão inseridas influenciam diretamente seus comportamentos. Os estudos de Kelly (1966) e Levine (1969) culminaram no desenvolvimento de cinco noções que estruturam a atuação da Psicologia Comunitária: a primeira diz que os conflitos aparecem decorrentes a uma circunstância ou por algum evento e devido a isso é preciso compreender onde acontecem o desajuste do individuo com o meio para que possam alinha-los de forma prática; a segunda propõe que a adaptabilidade das pessoas a um contexto social é restrita, isso traz uma necessidade de alterar o sistema com um pensamento de curto e longo prazo; a terceira é que o suporte deve está instalado no mesmo local onde o problema ocorre; a quarta é que os valores de mudança dos prestadores de serviço devem estar em harmonia com os valores do contexto social para que não haja resistência; a quinta orienta que a assistência deve ser prestada utilizando de mecanismos do próprio ambiente ou adicionando mecanismos que se integrem no contexto. Por tanto entendemos que os conflitos e a resolução dos mesmos estão diretamente relacionados com o contexto social, e que o suporte oferecido deve seguir alguns preceitos que são importantes para a obtenção de resultados positivos.
A intervenção comunitária da importância aos recursos comunitários elaborados pela própria comunidade tendo máxima ou mínima participação de auxílio externo. Diante disso entende-se que as comunidades possuem capacidades suficientes para criarem uma dinâmica para sua evolução. A transformação e a resolução de conflitos são realizadas com a colaboração da população alvo e seus representante e nesse movimento, a psicologia comunitária, induz eles a aprender manipular as dificuldades futuras de modo preventivo e funcional. Existe um termo na psicologia comunitária chamada de Empowerment, que resumidamente significa a atribuição de poder a uma população-alvo. Segundo Julian Rappaport (1992, p. 2) o Empowerment é uma oportunidade de pessoas “excluídas” da sociedade ganharem o direito de se expressarem com relação a assuntos que lhe dizem respeito.
REFERÊNCIAS:
ORNELAS, José. Psicologia comunitária: Origens, fundamentos e áreas de intervenção. Aná. Psicológica [online]. 1997, vol.15, n.3, pp.375-388. ISSN 0870-8231. Disponível em <http://www.scielo.mec.pt/scielo.php?script=sci_abstract&pid=S0870-82311997000300002>. Acesso em: 20, abril, 2020.

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