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BIOQUÍMICA DOS LIPÍDEOSBIOQUÍMICA DOS LIPÍDEOS UNIVERSIDADE DE CRUZ ALTA CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE E AGRARIAS DISCIPLINA DE BIOQUÍMICA CLÍNICA Prof. Dra. Gabriela Bonfanti BIOQUÍMICA DOS LIPÍDEOSBIOQUÍMICA DOS LIPÍDEOS Lipídeos Compostos orgânicos solúveis em solventes orgânicos e insolúveis em água; Alguns são combinados com outras classes de compostos, como proteínas (lipoproteínas) e carboidratos (glicolipídeos). Geram, por hidrólise, ácidos graxos ou alcoóis complexos; Funções: componentes de membranas, precursores de hormônios e vitaminas (ADEK), combustível metabólico, armazenamento de energia... Classificação dos Lipídeos Derivados Esteróides (derivados do colesterol): Colesterol e seus ésteres Hormônios esteróides (estrogênio e progesterona) Ésteres do Glicerol: Triglicerídeos Fosfoglicerídeos Derivados da Esfingosina Esfingomielinas Ácidos biliares Vitamina D Ácidos Graxos: Cadeia curta Cadeia média Cadeia longa Prostaglandinas Esfingomielinas Glicoesfingolipídeos Terpenos: Vitamina A Vitamina E Vitamina K Ácidos Graxos (AG) Podem ser saturados, monoinsaturados (contém uma dupla ligação) ou poli-insaturados (contém duas ou mais duplas ligações), OH O Ácido láurico (ácido n-dodecanóico) Ácido graxo SATURADO Gordura animal OH OÁcido palmitoleico (ácido 9-hexadecanóico) Gordura vegetal Ácido graxo INSATURADO Gordura animal Gordura vegetal AG SATURADOS: láurico, mirístico, palmítico e esteárico (12-18 átomos de carbono) AG MONOINSATURADOS: ácido oléico (18 átomos de carbono); AG POLI-INSATURADOS: ômega 3 e ômega 6. Ácidos Graxos (AG) Ácidos graxos insaturados: Como as duplas ligações são estruturas rígidas, as moléculas podem ocorrer sob duas formas isoméricas: cis ou trans. O isômeros cis ocorrem na maioria dos AG naturais. Os isômeros cis ocorrem na maioria dos AG naturais. Ácidos Graxos (AG) Os AG de importância no metabolismo são os da classe de cadeia longa. O homem sintetiza a maioria os AG de que necessita; Mamíferos sintetizam AG saturados e mono-insaturados. •• ÁcidosÁcidos graxosgraxos essenciaisessenciais ((poliinsaturadospoliinsaturados)): não são sintetizados pelo homem. São sintetizados por animais marinhos esintetizados por animais marinhos e vegetais, e devem ser adquiridos pela dieta. ÔmegaÔmega 33:: linolênico → Eicosapentaenoico − EPA, Docosahexaenoico − DHA. ÔmegaÔmega 66:: linoleico Ácidos Graxos (AG) Funções: atuam como precursores para a síntese de ácidos graxos polinsaturados de cadeia longa como os ácidos araquidônico (AA), eicosapentaenóico (EPA) e docosahexaenóico (DHA), que fazem parte de numerosas funções celulares como a integridade e fluidez das membranas, atividade das enzimas de membrana, interações lipídio-proteína e síntese de eicosanóides como as prostaglandinas, leucotrienos e tromboxanos. - Biossíntese de prostaglandinas, coagulação sanguínea adequada, controle de inflamações e sistema imunológico. Dietas pobres em AG essenciais: - dermatites, Demora na cura de ferimentos,; - reduzida resistência à infecção; - alopecia (perda de cabelo); - trombocitopenia (redução no número de plaquetas). Fontes da dieta: peixes (óleo de peixe), salmão, sementes oleaginosas, óleos vegetais (soja, milho, girassol). Ácidos Graxos (AG) Ácidos graxos insaturados: - Geralmente possuem configuração CIS – menores forças de wan de Walls e baixo PF. - Geralmente são líquidos à temperatura ambiente; - Encontrados em óleos de origem vegetal: canola, girassol, soja, abacate, noz, amendoim. Molécula menos compacta = menor PF Ácidos Graxos (AG) Ácidos graxos saturados: - Não possuem duplas ligações; - Geralmente são sólidos à temperatura ambiente; - os pontos de fusão dos AG se elevam de acordo com o comprimento da cadeia hidrocarbonada. - Gorduras de origem animal: banha, bacon, manteiga, leite integral, ovos, carne vermelha, chocolate. Molécula compacta = maior PF Gorduras Trans • As gorduras trans são um tipo especial de gordura, que, em vez de serem formadas por AG saturados ou insaturados na configuração cis, contém AG insaturados na configuração trans. • São um tipo específico de gordura formada por um processo de hidrogenação, quer seja natural (ocorrido no rúmen de animais) ou artificial. transcis (ocorrido no rúmen de animais) ou artificial. • NÃO SENDO SINTETIZADOS NO CORPO HUMANO (???). • Historicamente, o consumo de AG saturados foi associado à elevação dos níveis de colesterol sanguíneo e associado à DCV; • Novos estudo demonstram que os AG trans atuam como AG saturados, causando além do aumento dos níveis de LDL a diminuição dos níveis de HDL. Estável e linear + rígida Hidrogenação: Processo no qual o hidrogênio é adicionado diretamente aos pontos de insaturação dos AG. Modificações que ocorrem na molécula: a dupla ligação pode ser modificada para uma ligação simples (hidrogenação); a localização da dupla ligação pode se movimentar ao longo da molécula (isomerização); a configuração cis da dupla ligação poderá passar para uma configuração trans. Gorduras Trans trans. Transformação de óleos em gorduras. O consumo excessivo de alimentos ricos em gorduras trans pode causar: Aumento do colesterol total e colesterol LDL; Redução dos níveis de colesterol HDL; Pois as gorduras trans agem como gorduras saturadas!! Presentes em: alimentos industrializados como margarinas, biscoitos, pães, bolos, sorvetes, chocolates... quanto mais dura a margarina, mais gordura trans possui. alimentos de origem animal como a carne, leite e gorduras de animais ruminantes – pequenas quantidades dessas gorduras (resultantes da biohidrogenação dos AG poliinsaturados por bactérias do rúmen). Gorduras Trans A Organização Mundial da Saúde - OMS -A Organização Mundial da Saúde - OMS - estabelece que a ingestão diária máxima de gordura trans não deve ser superior a 1% das calorias diárias ingeridas. Em uma dieta de 2.000 calorias, por exemplo, isso equivale a 2,2g de gordura trans. No Brasil, o consumo médio desse tipo de gordura chega a 3% do total calórico diário (6,6g de gordura trans), o equivalente a uma porção grande de batata frita de fast food ou quatro biscoitos recheados de chocolate. Gorduras Trans Anvisa: valores abaixo de 0,2 g são considerados negativos. Interesterificação: Alternativa a hidrogenação parcial; Preparação de gorduras plásticas com baixos teores de AC trans ou até ausência desses compostos; substituição de ácidos graxos esterificados ao glicerol pela reação química entre um triacilglicerol e um ácido graxo ou entre dois triacilgliceróis; os ácidos graxos permanecem inalterados, mas ocorre a redistribuição Gorduras Trans os ácidos graxos permanecem inalterados, mas ocorre a redistribuição dos mesmos nas moléculas dos triacilgliceróis, resultando na modificação da composição triacilglicerídica; Rancificação: Acontece em temperatura ambiente e em contato com o ar; Produção de compostos com odores desagradáveis. Manteiga → ácido butírico. Oxidação: produz rancificação; Produção de diversos compostos tóxicos: cetonas, peróxidos, AG livres, TG, formação de isômeros trans; Gorduras Trans formação de isômeros trans; Os isômeros CIS são mais suscetíveis; Reposição de óleo ou gordura durante o processo de fritura diluem os subprodutos do processo de oxidação. Ésteres de Glicerol (TRIGLICERÍDEOS) Os triacilgliceróis (TRIGLICERÍDEOS – TG) são ésteres de AG com glicerol. H CH OH C C H OH H H OH H CH O C C H O H H O CO CO CO (CH2)n (CH2)n (CH2)n CH3 CH3 CH3 TG TG ouou triacilgliceroltriacilglicerol 1 moléc. Glicerol + 3 moléc. de ác. graxo São os lipídeos + abundantes nas células animais e de plantas, e os maiores componentes da dieta humana; São armazenados no citoplasma das células do tecido adiposo; São encontrados também no fígado e no músculo; São os principais combustíveis de reserva e a forma mais importante de transporte de AG (libera o dobro de energiado que glicogênio e proteínas). Servem como isolante térmico – tecido subcutâneo; GlicerolGlicerol TRIGLICERÍDEOS ~3,5h para digestão = sensação de saciedade. São transportado no sangue ligado as lipoproteínas VDLD, Qm, LDL. Plantas: reserva de energia nos frutos e sementes: AG insaturados (óleos vegetais). Amendoim, milho, abacate e azeitona. Fonte exógena: A ingestão de uma dieta ocidental é de aproximadamente 100-150g/dia; Fonte endógena: produzidos no figado e tecido adiposo a partir de AG e certos alimentos ricos em carboidratos simples (açúcares, doces, etc), carboidratos complexos (arroz, massas, pães, etc), gorduras e bebidas alcoólicas e liberados no sangue pelas VLDL (40 a 100g/dia). Fígado Fígado e tecido adiposo Glicerol Glicose Triacilglicerol VLDL sanguíneas Estoques no tecido adiposo Dieta rica em lipídios Jejum prolongado Influxo de ácidos graxos no fígado, ultrapassando a capacidade de síntese de VLDL Diabetes não tratado TRIGLICERÍDEOS Acúmulo de TG no fígado Fígado Gordo ou Gorduroso ESTEATOSE Colesterol O esteróide (esterol) + importante é o colesterol; Está nas membranas celulares entre as células fosfolipídicas, ajudando a manter a fluidez da membrana. O colesterol é o precursor dos hormônios sexuais, glicocorticóides, mineralocorticóides, ácidos e sais biliares e vitamina D.mineralocorticóides, ácidos e sais biliares e vitamina D. Está armazenado na forma de éster de AG. Esterificado com Ácido Graxo Origem do Colesterol Endógeno: Sintetizado a partir da Acetil CoA, no RE e no citosol de todos os tecidos que contenham células nucleadas, principalmente (90%) no figado e intestino. Exógeno: Metade fornecido pela dieta → Produto Típico do Metabolismo Animal (Gema de Ovo, Carne, Fígado). MomentoMomento MetabólicoMetabólico dada SínteseSíntese:: DuranteDurante oo estadoestado alimentadoalimentado ouou quandoquando háhá umauma ingestãoingestão insuficienteinsuficiente dede colesterolcolesterol parapara suprirsuprir aa demandademanda..umauma ingestãoingestão insuficienteinsuficiente dede colesterolcolesterol parapara suprirsuprir aa demandademanda.. • Cerca de 2% (~ 1,5 g) de todo o colesterol do corpo é renovado todo dia; • A dieta corresponde a 150-300 mg/dia; • A absorção máxima de colesterol da dieta parece ser ~1 g/dia; INSULINA: ativa a síntese de colesterol GLUCAGON: inibe a síntese de colesterol Regulação da Síntese Hepática de Colesterol A HMG-CoA redutase é ativada por insulina (que aumenta a velocidade da síntese), sendo inibida por glucagon, colesterol intracelular, e sais biliares. etapa limitante da biossíntese de colesterol β-Hidroxi-β--metilglutaril-CoA (HMG-CoA) redutase - principal enzima da síntese e regulação do colesterol na ↑produção de colesterol endógeno Esterificação do Colesterol Intracelular: Ação da Acil-CoA Colesterol Aciltransferase (ACAT) → armazena colesterol dentro da célula colesterol intracelular, e sais biliares.biossíntese de colesterol Estatinas inibem esta enzima, além de aumentarem os receptores de LDL Regulação da Síntese de Colesterol O colesterol sintetizado no fígado pode seguir diferentes caminhos: - Incorporação às lipoproteínas de membrana celular (VLDL e LDL); - Secreção para bile como colesterol ou ácidos biliares; - Depósito como ésteres de colesterol.- Depósito como ésteres de colesterol. Esterificação do colesterol: Colesterol → Colesterol esterificado Célula: forma gotas lipídicas intracelulares. AcilCoA- colesterol aciltransferase (ACAT) Circulação: Lecitina colesterol aciltransferase (LCAT) Regulação da Síntese de Colesterol Esterificação do colesterol ACAT LCATLCAT Regulação da Síntese de Colesterol Síntese de sais biliares - Sais ou ácidos biliares são sintetizados no fígado a partir do colesterol; - Ácidos biliares primários: ÁCIDO CÓLICO e QUENOCÓLICO. - Os ácidos biliares primários sofre reação de conjugação com aminoácidos (glicina e taurina) - Ácidos biliares conjugados: + glicina: GLICOCÓLICO E GLICOQUENOCÓLICO. + taurina: TAUROCÓLICO e TAUROQUENOCÓLICO. - Após serem produzidos pelo fígado, são secretados para dentro da bile e estocados na vesícula biliar. - Sais biliares são moléculas anfipáticas (contém uma região hidrofílica e outra hidrofóbica) e compõem 80% da bile. Regulação da Síntese de Colesterol Síntese de sais biliares - São liberados no intestino durante a refeição onde auxiliam na digestão dos lipídeos. - As bactérias intestinais desconjugam e desidroxilam os sais biliares, formando os sais biliares secundários: ÁCIDO LITOCÓLICO ÁCIDO DESOXICÓLICO - Os ácidos biliares secundários são menos solúveis e não são facilmente absorvidos pela mucosa intestinal, servindo assim como forma de excreção de colesterol. - Mais de 95% dos sais biliares são reabsorvidos pelo íleo e retornam para o fígado via circulação êntero-hepática. - Ressecamento ou inflamação do intestino diminuem a reabsorção dos ácidos biliares, que diminuem na secreção biliar. - Os sais são reciclados pelo fígado e são novamente liberados na bile. Ácidos biliares: Ácidos biliares: forma de eliminação do colesterol do organismo. Em torno de 1g de colesterol/dia é eliminada nas fezes 50% sais biliares e 50% de excreção na bile na forma de bile na forma de colesterol Deficiência na secreção de sais biliares e fosfolipídios na bile • Má absorção de sais biliares do intestino • Obstrução do trato biliar • Disfunção hepática severa (↓ síntese de AB). Colelitíase Alto conteúdo de colesterol na bile, superior ao que pode ser solubilizado Pedra na Vesícula Formação de cálculos de colesterol Alto conteúdo de colesterol na bile, superior ao que pode ser solubilizado pelos sais biliares Absorção e digestão de lipídeos A presença de gordura na dieta aumenta a palatabilidade (aceite) do alimento e a sensação de saciedade, sendo também requerida para a absorção de vitaminas lipossolúveis; Um indivíduo adulto ingere em média de 60-150g de lipídios/dia. O total de lipídios da dieta não deve ultrapassar os 30%. Aproximadamente 40% das calorias da nossa dieta se originam das gorduras da dieta. 60% são carboidratos e proteínas. Gorduras de Origem Animal: são ricas em ácidos graxos saturados, exceto o peixe. Fornecem o colesterol (consumo diário de colesterol não deve ultrapassar de 300mg/dia). Gorduras de Origem Vegetal: são ricas em ácidos graxos insaturados, exceto os óleos de côco e de palma. Fornecem os AG essenciais: os ω-3 e ω-6 (omegas). Absorção e digestão de lipídeos Gorduras da dieta: triacilgliceróis (90%), colesterol, ésteres de colesterol e AG livres. Gorduras são insolúveis em água X maioria das enzimas catalizam reações em meio aquoso. Lipídeos são emulsificados pelos sais biliares, digeridos por enzimas hidrolíticas, organizados em micelas e absorvidos pelas células da mucosa intestinal. organizados em micelas e absorvidos pelas células da mucosa intestinal. BOCA: lipase lingual (pouca ação) ESTÔMAGO: lipase gástrica (um pouco inibida pelo pH ácido). DUODENO (intestino delgado): sais biliares (emulsionam as gorduras) ↑ a ação das lipases pancreáticas e intestinais, onde efetivamente ocorre a digestão dos lipídeos. Metabolizam AG de cadeia curta e média. Digestão e metabolismo dos TG São as principais gorduras da dieta humana. MetabolismoMetabolismo:: Triacilglicerol → diglicerídio + ác. Graxo livre Diacilglicerol → monoacilglicerol + AG Lipase lingual ou gástrica Lipase pancreática Monoacilglicerol → glicerol + AG. AG são absorvidos pelas células intestinais e ressintetizados, formando TG que são logo liberados nos vasos linfáticos como lipoproteínas (Quilomicrons) que atingem a circulação sanguínea. A maior parte da conversão de ác. graxos a TG ocorre no fígado e tecido adiposo. Esterase pancreática Digestão e metabolismo dos TG A concentração de TG no plasma = equilíbrio da velocidade de entrada no plasma e da sua velocidade de remoção. Tem um pico no plasma após 30 – 90 min da ingestão.Resposta lipêmica alimentar: Pico de absorção de TG: 3h após a ingesta. Absorção completa: 6h após a ingesta. Digestão e metabolismo dos TG O Orlistat é um inibidor reversível das lipases gástrica e pancreática no intestino. Diminui a absorção dos TG e aumenta sua eliminação nas fezes. Digestão e metabolismo do colesterol Após a emulsificação pelos sais biliares: Esteres de colesterol → colesterol e AG. Colesterol esterase O colesterol da dieta é fracamente absorvido (40%). O colesterol livre é incorporado nas micelas mistas, absorvidos pelos enterócitos e mistas, absorvidos pelos enterócitos e incorporados na superfície dos Qm. O colesterol em excesso, além do necessário para compor a superfície da Qm, é esterificado (enzima ACAT) e incorporado ao interior da partícula junto com TG. Tanto o colesterol livre quanto o esterificado são remetidos ao fígado como componentes de Qm remanescentes. Ácido graxo ingerido na dieta Ácidos graxos entram nas células Miócito ou adipócito Ácidos graxos são oxidados como combustível ou reesterificado para armazenamento Ácido graxo ingerido na dieta Sais biliares Ácidos graxos entram nas Miócito ou adipócito Ácidos graxos são oxidados como combustível ou reesterificado para armazenamento Lipases provenientes do pâncreas degradam triacilgliceróis no intestino Ácido graxo ingerido na dieta Ácidos graxos entram nas células Miócito ou adipócito Ácidos graxos são oxidados como combustível ou reesterificado para armazenamento Ácido graxo ingerido na dieta Sais biliares Ácidos graxos entram nas Miócito ou adipócito Ácidos graxos são oxidados como combustível ou reesterificado para armazenamento Lipases provenientes do pâncreas degradam triacilgliceróis no intestino Na luz intestinal São insolúveis em água Como elas se tornam acessíveis às lipases que estão em solução aquosa???? Por uma embalagem solúvel = micelas compostas por sais biliare Sais biliares emulsificam a gordura da dieta no intestino delgado, formando micelas mistas Lipases intestinais degradam triacilgliceróis Ácidos graxos e outros produtos da quebra são captados pela mucosa intestinal e convertido em triacilglicerol Capilar Mucosa intestinal Lipoproteína lipase ativada pela apoC-II no capilares libera ácidos graxos e glicerol Quilomicrons se movem através do sistema linfático e da corrente sangüínea para os tecidos Triacilgliceróis são incorporados com colesterol e apoliproteínas nos quilomícrons célulasSais biliaresemulsificam a gordura da dieta no intestino delgado, formando micelas mistas Ácidos graxos e outros produtos da quebra são captados pela mucosa intestinal e convertido em triacilglicerol Capilar Mucosa intestinal Lipoproteína lipase ativada pela apoC-II no capilares libera ácidos graxos e glicerol Quilomicrons se movem através do sistema linfático e da corrente sangüínea para os tecidos Triacilgliceróis são incorporados com colesterol e apoliproteínas nos quilomícrons entram nas células Sais biliares emulsificam a gordura da dieta no intestino delgado, formando micelas mistas Lipases intestinais degradam triacilgliceróis Ácidos graxos e outros produtos da quebra são captados pela mucosa intestinal e convertido em triacilglicerol Capilar Mucosa intestinal Lipoproteína lipase ativada pela apoC-II no capilares libera ácidos graxos e glicerol Quilomicrons se movem através do sistema linfático e da corrente sangüínea para os tecidos Triacilgliceróis são incorporados com colesterol e apoliproteínas nos quilomícrons célulasSais biliaresemulsificam a gordura da dieta no intestino delgado, formando micelas mistas Ácidos graxos e outros produtos da quebra são captados pela mucosa intestinal e convertido em triacilglicerol Capilar Mucosa intestinal Lipoproteína lipase ativada pela apoC-II no capilares libera ácidos graxos e glicerol Quilomicrons se movem através do sistema linfático e da corrente sangüínea para os tecidos Triacilgliceróis são incorporados com colesterol e apoliproteínas nos quilomícrons entram nas células Pâncreas Vesícula biliar Bile Lipídeos da dieta A má absorção de lipídeos, resulta em uma perda de lipídeos (incluindo as vitaminas lipossolúveis A, D, E e K, e ácidos graxos essenciais) nas fezes e pode ser causada por uma série de condições. MáMá absorçãoabsorção de de lipídeoslipídeos Obstrução do trato biliar, interrompendo Disfunção hepática grave, comprometendo a síntese de ácidos e sais biliares Disfunção pancreática, comprometendo síntese de enzimas digestivas (lipases). Fibrose cística. Doença que se caracteriza por defeito na bomba de cloreto. As secreções que lubrificam o intestino se tornam espessas. Pâncreas Lipídeo em excesso nas fezes (ESTEATORRÉIA) Células mucosas intestinais Células defeituosas Suco pancreático Obstrução do trato biliar, interrompendo a circulação entero hepática, impede a liberação e reciclagem dos sais biliares. Utiliza-se uma dieta rica em TG de cadeia média e curta, pois é estes são degradados principalmente pelas lipases lingual e gástrica no estômago Devido a má absorção dos lipídeos Até 30 g lipídeos/dia perdidos nas fezes. Enzimas importantes envolvidas no metabolismo dos lipídeos ACAT = acilCoA colesterol aciltransferase. - esterifica o colesterol intra-celular (armazenamento de colesterol). LCAT = lecitina colesterol aciltransferase. - esterifica o colesterol no plasma (principalmente na HDL). Ativada pela apo AI. HMGCoA Redutase: regula a síntese de colesterol endógeno.HMGCoA Redutase: regula a síntese de colesterol endógeno. LPL = lipase lipoproteica. - localizada na superfície endotelial dos capilares sanguíneos em vários tecidos extra-hepáticos. Atua na hidrólise dos TG presentes nos Qm e nas VLDL, formando glicerol e AG. Sua atividade aumenta após as refeições, em parte como resultado da ativação da apo CII. LIPASE HEPÁTICA: semelhante a lipase lipoproteica no fígado. LIPASE HORMÔNIO SENSÍVEL: controla a liberação de ácidos graxos do tecido adiposo para o plasma. Inibida pela insulina. LIPOPROTEÍNAS TG, COL e ésteres de colesterol são insolúveis em água e não são transportados pela circulação como moléculas livres. Em vez disso, essas moléculas se agregam aos fosfolipídeos e as às proteínas anfipáticas para formar partículas esféricas macromoleculares, conhecidas como lipoproteínaslipoproteínas. Possuem um núcleo hidrofóbico contendo TG e ésterel de colesterol e uma capa externa hidrofílica que consiste em moléculas anfipáticas: colesterol livre, fosfolipídeos e proteínas (apolipoproteínas). LIPOPROTEÍNAS São classificadas conforme a sua densidade e separadas por ultracentrifugação - Quilomícrons, VLDL, IDL, LDL e HDL. Associadas às lipoproteínas há ao menos 5 Apoproteínas principais (A-E) e subgrupos. Diâmetro das lipoproteínas A densidade está associada com o conteúdo de lipoproteínas, com menores densidades associadas a com elevado conteúdo de TG e baixo teor de proteínas. Triglicerídeos Fosfolipídeos Éster de colesterol Colesterol Proteínas Lipoproteínas Quilomícrons (QM): São sintetizados a partir dos lipídeos da dieta dentro das células epiteliais do intestino delgado e secretados para dentro dos vasos linfáticos; Transportam os lipídeos da alimentação por meio da linfa e do sangue, desde o intestino até o tecido muscular (energia) e adiposo (armazenamento). Tem alto conteúdo de triglicerídeos;Tem alto conteúdo de triglicerídeos; Estão presentes no sangue apenas após a refeição. Principais apoproteínas: apo B-48; apo CII, apo E. Qm remanescentes: São parcialmente hidrolizados e desprovidos de TG centrais; Ricos em colesterol são captados pelo fígado por endocitose. Apoproteínas: apoE e apo B48. Lipoproteínas Lipoproteína de densidade muito baixa (VLDL): São sintetizadas no fígado. Estimulada pelo excesso de energia (TG) no fígado. O excesso de ácidos graxos estimula síntese de TG, que junto com COL, COL-E, fosfolipídeose apoproteínas são empacotadas para formar a VLDL. Transportam TG e colesterol endógeno até os tecidos extra-hepáticos.Transportam TG e colesterol endógeno até os tecidos extra-hepáticos. Apoproteínas: apo B100, Apo C, ApoE; É precursora da IDL. Lipoproteína de Densidade Intermediária (IDL): é formada na transformação de VLDL em LDL. Lipoproteínas Lipoproteína de Densidade Baixa (LDL) : As LDL, enriquecidas de colesterol e ésteres de colesterol, transportam lipídeos para os tecidos periféricos. A remoção das LDL da circulação é mediada por receptores de LDL encontrados tanto no fígado como em tecidos extra-hepáticos. A remoção ocorre por endocitose e as lipases dos lisossomos e as proteases degradam a LDL. O colesterol liberado é incorporado nasproteases degradam a LDL. O colesterol liberado é incorporado nas membranas celulares ou armazenado como éster de colesterol. Seus níveis aumentados na circulação aumentam o risco de infarto agudo do miocárdio. Apoproteína: apoB100. Lipoproteínas Lipoproteína de Densidade Alta (HDL): As HDL removem o colesterol do plasma e dos tecidos extra-hepáticos, transportando-os para o fígado. TRANSPORTE REVERSO DO COLESTEROL. Na superfície hepática, a HDL se liga a receptores e transfere o colesterol e para o interior do hepatócito, onde o colesterol é convertido em sais biliares.biliares. A partícula de HDL com menor conteúdo de lipídeos volta para o plasma. Apoproteínas: apoAI, Apo AII, Apo CI e apo CII. Seus níveis aumentados no sangue estão associados a uma diminuição do risco de infarto agudo do miocárdio. Sistema de entrega deficiente – deposição gradual de Sistema de entrega deficiente – deposição gradual de lipídeos (arterosclerose). Subclasses da LDL • Os indivíduos podem ser categorizados de acordo com uma predominância de: – Partículas grandes, menos densas (fenótipo A) – Partículas pequenas, mais densas (fenótipo B) O fenótipo B está associado a:O fenótipo B está associado a: ↑ níveis de TG plasmáticos ↓ níveis de HDL Maior risco de DAC. Este fenótipo sofre influência de: sexo, idade e fatores ambientais, como obesidade abdominal, uso de contraceptivos orais e dieta; Lipoproteína A (semelhante ao LDL): Resulta da ligação covalente da de uma partícula de LDL à Apo A. Não tem função fisiológica conhecida; Estudos tem à associado à formação e progressão da placa aterosclerótica. inibe a geração de plasmina e consequentemente inibe a fibrinólise,inibe a geração de plasmina e consequentemente inibe a fibrinólise, possuindo propriedades aterogênicas. Classes de Lipoproteínas – características gerais Lipoproteínas Principais Lipídeos (%) Apo (%) Origem Função Quilomícron TG: 90% COL: 2-7% 2% Intestino Distribuição de lipídeos da dieta Qm remananescente TG COL Intravascular Retorno dos lipídeos da dieta para o fígado VLDL TG: 55-80% COL: 5-15% 5 a 8% Fígado e Intestino Distribuição lipídeos endógenos IDL TG: 20-50% COL: 20-40% 10% Intravascular Retorno dos lipídeos endógenos para o fígado. Precursor da LDL. LDL TG: 5-15% COL: 40-50% 20-24% Intravascular Distribuição do colesterol aos tecidos HDL Fosfolipídeos: 30% 50% Fígado e Intestino Transporte reverso do colesterol dos tecidos para o fígado Apoproteínas “As proteínas da lipoproteínas são chamadas de Apoproteínas.” Funções:Funções: • Ativar enzimas envolvidas no metabolismo lipídico (LCAT, LPL); • Manter a integridade estrutural do complexo lipídeo/proteína; • Transportar os lipídeos para as células através do reconhecimento de receptores de superfície. Principais Tipos de Apoproteínas Apo A: principais do HDL Apo AI: papel da ativação da LCAT e remoção do colesterol livre dos tecidos extra-hepáticos. Papel estrutural na HDL Apo AII: função desconhecida. Variante Apo-AIV: Função metabólica desconhecida. Associado a disbetaliproteinemia tipo IIIdisbetaliproteinemia tipo III Apo B: principal porção protéica em todas as lipoproteínas não HDL. B-48: Sintetizada no intestino. Montagem e secreção de Qm. B-100: Sintetizada no fígado. Montagem e secreção de VLDL. Proteína estrutural de VLDL, IDL e LDL. Se liga a receptores de membranas, importante no reconhecimento do LDL. Principais Tipos de Apoproteínas Apo C: sintetizadas no fígado. CI :inibe a ligação de lipoproteína que contém apo E ao receptor de LDL (impede a captação hepática de Qm e VLDL remanescentes). CII: cofator ativador da Lipase Lipoproteíca (LPL) extra-hepática → hidrólise das LP ricas em TG. Carência de Apo CII: não há atividadehidrólise das LP ricas em TG. Carência de Apo CII: não há atividade da LPL. CIII: inibe LPL e inibe a ligação de lipoproteina que contém apo E ao receptor de LDL (impede a captação hepática de Qm e VLDL remanescentes). Principais Tipos de Apoproteínas Apo E: É sintetizada no fígado, incorporada na HDL e transferida na circulação para os Qm e VLDL. Envolvida na captação hepática dos Qm remanescentes (Proteína Envolvida na captação hepática dos Qm remanescentes (Proteína Relacionada com o receptor de LDL (LRP)). Reconhecimento e catabolismo da IDL. Falta de Apo E-II: disbetalipoproteinemia tipo III; Sua ausência facilita a ligação da LDL ao receptor celular. Características das principais Apoproteínas Apo Tecido de origem Distribuição Função metabólica Apo AI Intestino, fígado HDL (Qm) Ativa LCAT, componente estrutural da HDL Apo AII Fígado HDL (Qm) Desconhecida Apo AIV Intestino HDL (Qm) DesconhecidaApo AIV Intestino HDL (Qm) Desconhecida Apo B-48 Intestino Qm Montagem e secreção de Qm a partir do ID Apo B-100 Fígado VLDL, IDL, LDL Montagem e secreção das VDLD no fígado; Estrutural das VLDL, IDL e LDL; Ligante de receptor LDL Características das principais Apoproteínas Apo Tecido de origem Distribuição Função metabólica Apo CI Fígado QM, VLDL, IDL, LDL desconhecida Apo CII Fígado QM, VLDL, IDL, LDL Ativa LPL Apo CIII Fígado QM, VLDL, IDL, LDL Inibe a LPL Inibe a captação hepática de Qm e VLDL remanescentes Apo E Fígado Qm remanescentes, VLDL, IDL, HDL Envolvida na ligação do LDL ao receptor Apo (a) Fígado LP(a) desconhecida Conteúdo de apolipoproteínas nas LPs Lipoproteína Apolipoproteína(s) Quilomícron AI (ativa LCAT), B-48, CI, CII, CIII, E VLDL B-100, CI/CII (ativa LPL) /CIII (inibe LPL), E IDL B-100, E (marcador p/ receptores hepáticos)IDL B-100, E (marcador p/ receptores hepáticos) LDL B-100 (captação do LDL) HDL AI (ativa LCAT), AII, CI; Lp(a) (a), B-100
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