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@resumosdamed_ GORDURA SATURADA Lipídios 1. Sobre lipídeos: classificação, função, fontes alimentares e sua importância 2. Diferencie o colesterol (LDL, HDL, VLDL e total) 3. O que são quilomicrons? 4. Explique a digestão e a absorção: 5. Explique o metabolismo dos lipídeos (transporte, ciclos, oxidação, síntese, estoque/onde e como é usado, para onde vai) 6. Exame físico (circunferência) e sanguíneo, citar valores de referência. 7. Identifique os problemas do excesso e falta: A gordura trans é considerada o pior tipo de gordura para o organismo. Sua principal consequência é aumentar o colesterol ruim e diminuir o bom, podendo causar risco de doenças cardiovasculares. É encontrada em alimentos industrializados como biscoitos recheados, margarina, salgadinhos de pacote, preparo para massa de bolo, dentre outros produtos ultraprocessados. A gordura saturada é outro tipo ruim a ser consumido, pois em excesso contribui com o aumento do colesterol e acúmulo nos vasos sanguíneos, podendo causar até o entupimento das veias. É encontrada principalmente em alimentos de origem animal e em alimentos industrializados. Acido graxo + glicerol • Substancias caracterizadas pela sua baixa solubilidade em água e alta solubilidade em solventes organicos, ou seja, biomoléculas insolúveis em água. • Substancias que, por hidrólise, fornecem ácidos graxos e outros compostos: • Muitos lipídios são compostos anfipáticos, ou seja, apresentam na molécula uma porção polar e outra apolar (hidrofílica e hidrofóbica). A gordura insaturada representa as gorduras boas para o organismo e tem como principal fonte os alimentos de origem vegetal. Este tipo de gordura possui nutrientes que ajudam a prevenir doenças do coração, além de contribuir com a absorção de vitaminas. SÃO CLASSIFICADOS EM DOIS GRANDES GRUPOS QUANTO AO SEU PONTO DE FUSÃO: • Gorduras - glicerídeos de ácidos saturados são "sólidas" à temperatura ambiente PRODUZIDAS POR ANIMAIS. PERGUNTAS: GORDURA INSATURADA O QUE SÃO LIPÍDIOS? GORDURA TRANS @resumosdamed_ FUNÇÃO: • Óleos - glicerídeos de ácidos insaturados são líquidos à temperatura ambiente PRODUZIDAS POR PLANTAS. • Reserva de energia e combustível celular Membranas celulares (fosfolipídios e glicolipídios) FONTES: margarinas, milho, coco, aveia, cevada, trigo integral, centeio, óleos, crane e derivados, leite e derivados... • Isolamento e protecã̧ isolante térmico • Hormonal (esteróides) o de órgãos: Impermeabilizante (ceras) e • Anti-oxidante (Vitaminas A e E) • Digestiva (sais biliares) O metabolismo energético dos lipídios acontece, portanto, secundariamente ao dos carboidratos, o que torna os lipídios que contém ácidos graxos, notadamente os tri-acil-gliceróis (trigligerídeos) as principais biomoléculas de reserva energética. De fato, a própria absorc o dos lipídeos se dá de forma a favorecer esta func o. IMPORTÂNCIA NO METABOLISMO ENERGÉTICO: • Tem 2x mais energia do que no mesmo peso de glicose • Principal reserva energética em longo prazo • Balança energética da célula: demanda de energia – degradação – catabolismo excesso de energia – síntese – anabolismo • Fonte de ácidos graxos essenciais • Maior reserva energética • Armazenado nos adipócitos • Acido graxo --------- CO2 + H2O + energia (oxidação celular) @resumosdamed_ CLASSIFICAÇÃO: COM ÁCIDOS GRAXOS: Triglicerídeos: hidrofóbicos (3 AG + 1 glicerol): fornecem energia (adipócitos) SEM ÁCIDOS GRAXOS: Compostos com cadeia aberta Cabeças polares (hidrofílicas) e caudas apolares (hidrofóbicas) - Ácidos graxos - Triacilgliceróis - Glicerofosfolipídeos - Esfingolipídeos Compostos com cadeia cíclica - Esteróides -- ÁCIDOS GRAXOS: São ácidos monocarboxilicos, com uma cadeia longa (12 C), número par de carbonos e sem ramificações, podendo ser saturada ou insaturada (monoinsaturada ou poli-insaturada). O grupo carboxila constitui a porção polar e a cadeia carbônica a parte apolar. São sintetizados a partir de acetil CoA. Ácidos graxos livres são dificilmente encontrados no organismo, mais frequentemente estão ligados a um álcool, que pode ser o glicerol ou a esfingosina. Os lipídios resultantes no 1ª caso são os triacilglicerois e os glicerofosfolipidios, no 2ª são os esfingosina. Colesterol (esperificado é totalmente hidrofóbico: precursor dos hormônios esteroides (estrógeno, progesterona e testosterona) e vitamina D, membrana plasmática – bicamada fosfolipidica (anfipática) CONSTITUIÇÃO DOS LIPÍDIOS: @resumosdamed_ Cauda apolar e cabeça polar: Reações químicas: • Esterificação: 1, 2 ou 3 ac. Graxos + glicerol • Saponificação: ac. Graxo + base sal • Hidrogenação: ac. Graxo insaturado + H2 ÁCIDOS GRAXOS SATURADOS: Não possuem duplas ligações, geralmente sólidos a temp. ambiente – maior ponto de ebulição, gorduras de origem animal ricas em ácidos graxos saturados. ÁCIDOS GRAXOS INSATURADOS: São ácidos carboxílicos com cadeias de 4 a 36 c, com 1 ou mais duplas ligações, menor ponto de ebulição, as duplas ligações estão na posição cis na natureza, ao sofrer hidrogenização forma a ligação trans. TODOS OS ACIDOS GRAXOS SATURADOS SÃO SINTETIZADOS NO ORGANISMO A PARTIR DA ACETIL-COA, ENTRETANTO OS POLI- INSATURADOS SÃO EXCLUSIVOS DOS VEGETAIS, SENDO O ÁCIDO LINOLÉICO E O LINOLEICO SÃO ESSENCIAIS AOS SERES HUMANOS POR SEREM PERCURSSORES DOS EICOSANÓIDES E SEREM RESPONSAVEIS PELA FLUIDEZ DA MEMBRANA. -- TRIACILGLICERIDEOS: • gorduras neutras, origem animal • Mais abundantes na natureza • Apresentam função de reserva • Enzima lipase • 3 moléculas de acido graxo esterificadas a uma molécula de glicerol • Apolares • Intermediário na síntese de lipídeos que contem ac. graxo e glicerol • Produzem mais energia quando oxidados @resumosdamed_ -- GLICEROFOSFOLIPÍDEOS: -- ESFINGOLIPÍDIOS: • Como são compostos altamente reduzidos, sua oxidação libera muito mais energia que a oxidação de quantidades equivalentes de carboidratos e proteínas • Armazenadas de forma anidra (apolares), ou seja, sem moléculas de água adsorvidas • Gorduras animais (rico em acido graxo saturados, sólidos em temperatura ambiente) e óleos vegetais (ácidos graxos insaturados, líquidos em temperatura ambiente) são misturas destes • Armazenamento de energia: Adipócitos: especializados na síntese e armazenamento de triacilgliceróis; • Podem ser hidrolisados, liberando ácidos graxos e glicerol. Se essa hidrolise é feita em meio alcalino, forma-se sabões, processo chamado de saponificação. fosfolipídeos = ácidos graxos + fosfato • Principal /mais abundante componente lipídico das membranas biológicas • São derivados do glicerol que contém fosfato em sua estrutura • Moléculas anfifílicas com “caudas” apolares e “cabeças” fosforil- X polares • Mais simples: X = H -- Ácidos fosfatídicos (atua como intermédio da síntese de triglicerídeos e dos outros glicerofosfolipídeos • Ligado a uma molécula de fosfato • Atuam como agentes emulsificantes e estão presentes na bile, e fazem parte da monocamada externa das lipoproteínas. ácido graxo + esfingosina Componentes importantes de membranas celulares Derivados de um aminoálcool (esfingosina) de cadeia longa C18 ou um de seus derivados; 1 molécula de AG de cadeia longa; @resumosdamed_ COLESTEROL Seu caráter fortemente hidrofóbico permite que ele seja armazenado sob forma praticamente anidra. Lipídios anfipáticos: Os lipídios anfipáticos são componentes estruturais de membranas. Diferente dos triacilgliceróis, os glicerosfosfolipídios, os esfingolipídios e o colesterol são anfipáticos por apresentarem na molécula uma porção polar, hidrofílicas (grupo fostato), e uma porção apolar, hidrófibica. Os lipídiosanfipáticos, principalmente os fosfolipídios, são elementos estruturais importantes das membranas biológicas. O colesterol, por apresentar um sistema de anéis que compõem um plano rígido, interfere na fluidez das membranas celulares. O Colesterol é produzido no fígado e também está presente na alimentac o: na carne, produtos lácteos e cadeia cíclica • Lipídeos estruturais presentes na maioria das células eucarióticas - Papel estrutural - Papel hormonal - Papel inflamatório • Composto chave é o colesterol Triglicerídeos de reserva: São a maneira mais eficiente de guardar energia nos seres vivos. outros derivados de animais Transportado por lipoproteínas plasmáticas, geralmente ligado a ácidos graxos insaturados, como o linoleico formando ésteres de colesterol – a ligação éster forma-se entre o grupo hidroxila do colesterol e a carboxila do ácido graxo, esta também é a forma de armazenamento de colesterol dentro das células. Apesar de desempenhar funções absolutamente essenciais, o colesterol é muito conhecido por sua associação a aterosclerose. • Estrutura do corpo humano (células) • Crescimento • Reproduc o • Produção de vit D FUNÇÕES DOS LIPÍDEOS MAIS COMUNS: -- ESTERÓIDES: @resumosdamed_ • - Esteroide mais abundante nos animais • - É classificado como esterol por causa do grupo OH na posição C3 • - Pode causar a arterosclerose e esteatose • - Precursor à síntese de todos os outros esteroides, que incluem hormônios esteroides, sais biliares e vitamina D. • - É transportado pelas lipoproteínas plasmáticas • - Pode ser obtido por produção endógena ou pela alimentação. LDLè colesterol nos tecidos. Em níveis elevados pode aderir à parede das artérias dificultando a passagem do sangue e entupir as artérias e causando a aterosclerose. Direciona do fígado para tecidos periféricos HDLèé o colesterol que ajuda remover o LDL-C do organismo. Seu excesso protege as artérias do coração mas sua falta também é ruim para o organismo. Tira o LDL dos tecidos e leva para o fígado Essas duas apolipoproteínas devem estar em equilíbrio. Um desbalanço, principalmente o aumento de LDL, causa problemas como o acúmulo de colesterol na circulação periférica, causando obstrução e isquemia. IDLè intermediário entre o VLDL e HDL VLDL e quilomicron è triglicerídeos nos tecidos. Músculos e tecido adiposo Transportados por lipoproteínas (LDL, HDL, VLDL, IDL e quilomicrons) A síntese do colesterol é, portanto, uma síntese redutiva, que ocorre com grande consumo de energia: para cada molécula produzida são gastos 18 ATPs e dezenas de NADPH. EXPLICAÇÃO DO ESQUEMA: a) Condensação de 3 moleculas de acetil-coa produz HMG- coa, que é reduzida a mevalonato b) Mevalonato (C6) é convertido na unidade isoprenoide, o isopentenil-pirofosfato (C5), por fosforilação à custa de ATP e descarboxilação c) Seis unidades de isoprenóides formam o equaleno, um composto linear de 30 C, com redução por NADHP e produção de PPi d) A conversão de esqualeno em colesterol (C27) envolve a ciclização de esqualeno, por meio de vários passos que incluem a perda de 3 gruposmetila e o consumo de NADHP e O2. SÍNTESE DO COLESTEROL: @resumosdamed_ QUILOMICRONS Os ácidos biliares são esteroides di- ou triidroxilados, sintetizados no fígado a partir de colesterol, por reações que consomem NADPH. Os sais biliares são secretados da vesícula biliar para a porção superior do intestino delgado, onde tem papel fundamental na digestão de lipídeos: são responsáveis pela emulsificação e solubilização dos lipídeos e das vitaminas lipossolúveis, facilitando sua digestão e absorção. São reabsorvidos no íleo e retornam ao fígado. Quilomicrons: os triglicerídeos se dividem em monoglicerideos e ácidos graxos. Então na passagem atraves das células epiteliais intestinais, eles são ressintetizados em novas moléculas de glicerídeos, os quilomicrons, que chegam á linfa (são minúsculas gotículas dipersas). Apoproteina B é adsorvida as superficiesexterna dos quilomicrons São sintetizados no REL, recebendo suas apoproteínas no CG, onde são secretadas da célula para a circulação @resumosdamed_ linfática e sistema porta-hepático. Na circulação linfática, o QM interage com a HDL recebendo a apoproteína C-II, apo E, éster de colesterol, enquanto fornece para HDL, TG A apo CII ativa, no endotélio vascular, a lipase lipo protéica (LLP), que quebra os TG presente nos QM, liberando ácidos graxos livres e glicerol que serão utilizados pelo tecido e enviados ao fígado respectivamente. � Com a perda de grande quantidade de TG, o QM passa a ser chamado de QM remanescente. Através da apo E, o QM remanescente interage com o receptor no hepatócito, permitindo desta forma sua entrada e utilização dentro da célula. O colesterol é utilizado para produção de sais biliares e os TG são utilizados para produção de nova lipoproteína – VLDL. As células podem obter combustíveis de ácidos graxos de três maneiras: gorduras consumidas na dieta, gorduras armazenadas nas células como gotículas de lipídeos e gorduras sintetizadas em um órgão para exportação a outro. Antes que os triglicerídeos possam ser absorvidos através da parede intestinal eles precisam ser convertidos de partículas de gorduras macroscópicas insolúveis em micelas microscópicas finalmente dispersas. Essa solubilização é realizada pelos sais biliares, que são sintetizados a partir do colesterol do fígado, armazenados na vesícula biliar e liberados no intestino delgado após a ingestão de gorduras. Os sais biliares são compostos anfipáticos que atuam como detergentes biológicos, convertendo as gorduras da dieta em micelas mistas de sais biliares e triacilgliceróis (perde a carboxila). Uma pequena quantidade de triglicerídeos é digerida no estômago pela lipase pancreática e pela lipase lingual que é produzida pelas glândulas da boca e desce junto com a saliva na deglutição. Essa digestão não é muito eficiente, sendo menor que 10%. A primeira etapa da digestão de gorduras é a quebra física dos glóbulos de gordura em partículas pequenas, de maneira que as enzimas digestivas hidrossolúveis possam agir na superfície delas. Esse processo é denominado emulsificação de gorduras e começa pela agitação do estômago que mistura a gordura com os produtos da secreção gástrica. A maior parte da emulsificação (função de detergente) ocorre no duodeno com a influência da bile, secreção do fígado que contém grande quantidade de sais biliares (fosfolipídeo lecitina). Quando a gordura está bem pequena (1 micrômetro) a enzima lipases pancreática (presente no suco pancreático) agem sob elas. Além disso os enterócitos do intestino delgado contém uma lipase adicional, lipase entérica, mas que normalmente não é necessária. A partir disso, os triglicerídeos são hidrolizados pela lipase pancreática em ácidos graxos livres + 2-monoglicerídeos. Colesterol e fosfolipídeos são hidrolisados pelas enzimas hidrolase éster de colesterol e fosfolipase A, que estão contidas no suco pancreático. OBS: A chegada do bolo alimentar acidificado no duodeno induz a liberação hormônio digestivo colecistocinina (um peptídeo de 33 aminoácidos, também denominado pancreozimina) que, por sua vez, promove a contração da vesícula biliar, liberando a bile para o duodeno. A colecistocinina possui, ainda, função de estímulo do DIGESTÃO DE LIPÍDIOS: @resumosdamed_ ABSORÇÃO DE LIPÍDIOS: pâncreas para a liberação do suco pancreático, juntamente com outro hormônio liberado pelo duodeno, a secretina. • Lipases intestinais hidrolisam os triacilgliceróis. • Os ácidos graxos são absorvidos pela mucosa intestinal e reconvertidos em triacilglicerois. • Os triacilgliceróis juntamente com o colesterol e as apoliproteinas formam o quilomícron. • Os quilomícrons migram para o sistema linfático, depois paraa corrente sanguínea e seguem para os tecidos. • Ativada pela APO-II (lipoproteína lipase) libera ácido graxo e glicerol. • Os ácidos graxos entram nos adipócitos ou miócitos. Os ácidos graxos são oxidados em combustíveis ou reesterificados para armazenagem. Após a digestão, as micelas (que contém ác. Graxo e monoglicerídeo) formadas são carregadas para a borda em escova das células intestinais, penetrando os espaços entre os vilos em constante movimento. Os ácidos graxos e os monoglicerídeos se fundem das micelas para as membranas das células epiteliais (lipídios são solúveis na membrana da célula epitelial). Depois de entrar nas células, eles são captados pelo REL e são usados para formar novos triglicerídeos que serão sob a forma de quilomicrons. Pelo ducto linfático torácico os quilomicrons são transferidos para o sangue circulante. São absorvidos pela mucosa intestinal que promove a liberação da porção polar hidrófila (sais biliares) para a circulação porta hepática e um processo de ressíntese dos lipídios absorvidos com a formação de novas moléculas de tri-acil- gliceróis e ésteres de colesterol, que são adicionados de uma proteína (apo-proteína 48, ou apo-48) formando a lipoproteína quilimíocron, que é absorvida pelo duto linfático abdominal, seguindo para o duto linfático torácico e liberada na circulação sanguínea ao nível da veia jugular. @resumosdamed_ TRANSPORTE DE LIPÍDIOS – LIPOPROTEÍNAS PLASMÁTICAS: Ao serem captados, os ácidos graxos são utilizados como fonte de energia, síntese de membranas ou em último caso são armazenados para futura utilização como energia reserva. Os ácidos graxos são armazenados na forma de triacilglicerol no tecido adiposo, e não como ácidos graxos livres. Por serem em grande maioria apolares necessitam de transportadores para serem transportados na corrente sanguínea. Assim, essas moléculas devem se tornar mais hidrossolúveis pela combinação com proteínas produzidas pelo fígado e pelo intestino. Essa combinação entre lipídios e proteínas formam as chamas LIPOPROTEÍNAS (partículas esféricas formadas externamente por uma camada de proteínas, fosfolipídios e colesterol, circundando um núcleo interno de triglicerídeos e outros lipídeos). As proteínas da camada externa são chamadas de APOPROTEÍNAS. Ajudam a solubilizar a molécula e cada tipo possui uma função específica. LIPOPROTEÍNAS: essencialmente veículos de transporte. São categorizadas de acordo com sua densidade, que varia com a taxa de lipídeos e proteínas. ¨ Quilomicrons: São formados das células epiteliais da túnica mucosa do intestino delgado, transportam os lipídeos da dieta para serem armazenados no tecido adiposo. Têm 2% de proteínas, 85% de triglicerídeos, 7% de fosfolipídeos e 6% de colesterol, além de uma pequena quantidade de proteínas lipossolúveis. Entram nos vasos linfáticos a partir das vilosidades intestinais e são carregados pela linfa até o sangue venoso e então para a circulação sistêmica. Conforme os quilomicrons circulam pelos capilares do tecido adiposo uma de suas apoproteínas (apo C2) ativa a lipase endotelial de lipoproteínas, uma enzima que remove ácidos graxos dos triglicerídeos dos quilomicrons. Assim, os ácidos graxos são captados pelos adipócitos para a síntese de ATP e armazenamento de triglicerídeos. ¨ VLDL (lipoproteínas de densidade muito baixa): Formadas pelos hepatócitos. Contém principalmente lipídeos endógenos (produzidos no corpo). Têm 10% de proteínas, 50% de triglicerídeos, 20% de fosfolipideos e 20% de colesterol. Transportam os triglicerídeos sintetizados nos hepatócitos para serem armazenados nos adipócitos. Conforme depositam uma parte de seu conteúdo de triglicerídeo nos adipócitos elas são convertidas em LDL. ¨ LDL (lipoproteínas de densidade baixa): 25% de proteínas, 5% de triglicerídeos, 20% de fosfolipídeos e 50% de colesterol. Carregam cerca de 75%do colesterol total no sangue e entregam às células em todo o corpo para que seja utilizado no reparo das membranas celulares e na síntese de hormônios esteroides e sais biliares. Contém uma única apoproteína APO B100 (proteína de atracação, que faz com que o LDL entre nas membranas da célula por endocitose mediada por receptor). Dentro da célula a LDL é clivada e o colesterol é liberado para atender as necessidades da célula. Em excesso o LDL deposita colesterol dentro e ao redor das fibras musculares lisas das artérias, formando placas gordurosas que @resumosdamed_ aumentam o risco de doença da artéria coronária. Por esse motivo o colesterol contido no LDL é conhecido como ‘’ mal colesterol’’. ¨ HDL (lipoproteínas de densidade alta): 40-45% de proteínas, 5-10% de triglicerídeos, 30% de fosfolipídeos e 20% de colesterol. Removem o excesso de colesterol das células do corpo e do sangue e transportam o colesterol para o fígado para que seja eliminado. Como a HDL evita o acúmulo de colesterol no sangue, um alto nível de HDL está associado a menor risco de doença da artéria coronária. Ele é conhecido como “bom colesterol”. 3 etapas: • Ácidos graxos – acetil-coa • Acetil oxidado – ciclo de Krebs • Fosforilação oxidativa A beta oxidação produz gordura em ATP Produtos: Ex: acido palminico (16C) – oxidação total= 7 voltas no ciclo de Lynen (ultima volta forma 2 acetil-coa), no final serão 8 acetil-coa Destino dos produtos: • Acetil-coa – ciclo de Krebs (3NADH +1ATP + 1FADH2 +2CO2 • FADH2 e NADH – cadeia transportadora de elétrons • Rendimento: 8 acetil-coa, 7 NADH, 7 FADH2 e 108 ATP COMO OS LIPÍDEOS LIBERAM ENERGIA? @resumosdamed_ @resumosdamed_ @resumosdamed_ • Pode ocorrer a partir de carboidratos e proteínas. • Ocorre principalmente no fígado! • Substrato inicial: acetil-coa • Produto final: ácido palmítico A síntese é estimulada quando há muito ATP (sinal que a célula está com energia sobrando/em excesso (possível guardar essa energia em forma de gordura)) e acetil-coa. Nesse caso, o citrato não segue no ciclo de Krebs, pois o ATP inibe o isocitratodesidrogenase. É desviado para a síntese de lipideos. Processo: consiste em acrescentar carbonos (de 2 em 2) ate formar o acido palmítico, que possui 16C. • Pode ocorrer a partir de carboidratos e proteínas. • Ocorre principalmente no fígado e menos no tec. adiposo! • Substrato inicial: acetil-coa • Produto final: ácido palmítico A síntese é estimulada pelo ATP em excesso. Nesse caso o citrato não segue no ciclo de Krebs, porque o ATP inibe a isocitrato desidrogenase Há bastante acetil-coa no interior da mitocôndria, mas a coenzima a não consegue passar pela membrana interna da mitocôndria. Assim, quem sai da mitocôndria é o citrato. É a quebra (1ª passo para obter energia e a lipólise, separa o glicerol dos ac. graxos) Resumo: Quando o sangue está com concentração de glicose abaixo do normal, ele recebe glicose do fígado resultante da quebra do glicogênio. O fígado, por sua vez, para manter seu nível de glicogênio estável, retira ácidos graxos do sangue, transformando-os em glicogênio. Quando o sangue, que teve os ácidos graxos removidos pelo fígado, chega até a pele, esta, quebra a gordura armazenada em seus adipócitos e a introduz no sangue sob a forma de ácidos graxos. Os fatores que influenciam a lipólise e a lipogênese são: ingestão calórica, gasto energético, hormonal, psicológicos, sócio-familiares e hereditário. -- É o catabolismo dos lipídeos. Separa os gliceróis dos ácidos graxos para que o fígado, o tecido adiposo e os músculos possam catalizá-los e transformá-los em ATP. Presença de enzimas chamadas lipases. Hormônios como epinefrina e norepinafrina aumentam a decomposição dos triglicerídeos em ácidos graxos + glicerol, geralmente esses hormônios são liberados durante exercícios. O glicerol e os ácidos graxos obtidos através da lipólise do triglicerídeos sãocatabolizados por vias diferentes. Glicerol àé convertido por muitas células do corpo em gliceraldeído-3- fosfato, um dos compostos formados durante o catabolismo da glicose. Se o conteúdo de ATP da célula for alto ele será convertido em glicose, SÍNTESE DE LIPÍDEOS: LIPÓLISE: SÍNTESE DE ÁCIDOS GRAXOS: @resumosdamed_ CORPOS CETÔNICOS (ACETOACETATO E Β-HIDROXIBUTIRATO) uma forma de gliconeogênese, se o conteúdo de ATP da célula for baixo ele será convertido em ácido pirúvico. Ácidos graxos à geram mais ATP que o glicerol. O primeiro estágio é uma série de reações chamadas de BETAOXIDAÇÃO, que ocorre na matriz mitocondrial. As enzimas removem dois átomos de carbono da longa cadeia de ácido graxo de cada vez, ligando-os à COA, formando ACETIL COA, que entrará no ciclo de Krebs e em seguida na cadeia respiratória. Um ácido com 16C pode gerar até 129 ATPs. A oxidação dos ácidos graxos de cadeia longa à AcetilCOA é uma via central de geração da energia em muitos organismos e tecidos. Ela fornece até 80% das necessidades energéticas no coração e no fígado. OBS: A partir dos ácidos graxos também ocorre a formação dos corpos cetônicos pela CETOGÊNESE, onde 2 moléculas e AcetilcCOA são retiradas, condensadas, formando o ácido acetoacético, essa reação libera uma porção COA. Uma parte do ácido é convertida em beta- hidroxibutírico e outra em acetona, que ficam conhecidos como corpos cetônicos. Formados a partir do condesamento de acetil CoA, em um jejum prolongado ou em baixos níveis de insulina: Duas moléculas de acetil CoA condensam-se para formar o acetoacetil CoA. Adiciona-se mais uma molécula de acetil CoA através da HMG-CoA sintase, formando o HMG-CoA ( utilizado em varias vias). Para a formação de corpos cetônicos, retira-se 2 C do HMG-CoA, através da HMG-CoA liase, formando o Acetoacetato. Este é reduzido @resumosdamed_ LIPOGÊNESE: em β-hidroxibutirato, utilizando a enzima β-hidroxibutirato desidrogenase e NADH. A formação dessas substâncias serve para a preservação do tecido musculas, aliviando a gliconeogênese, uma vez que, em jejuns prolongados, o nível de glicogênio é baixo. Os corpos cetônicos são liberados na corrente sanguínea a partir da sua formação no fígado, podendo ser capturados pelos tecidos necessitados, onde formam Acetil CoA para fornecimento de ATP pelo TCA. A enzima acetoacetato succinil CoA transferase transfere uma CoA para o acetoacetato para formação do Acetoacetil CoA. Ela está ausente no fígado e presente nos outros tecidos, se não, ocorreria um ciclo fútil, uma vez que os corpos cetônicos se transformaria em acetoacetil CoA, deixando de irem aos outros tecidos. →Hálito Cetônico: encontrado em portadores de diabetes tipo 1 descontrolada ou em jejum prolongado. Isso ocorre porque há o aumento da glicemia e diminuição da glicose dentro da célula, fazendo com que haja uma maior formação de corpos cetônicos, levando a uma cetoacidose devido a degradação do acetoacetato em acetona, ficando com níveis elevados no sangue, sendo detectada no suor e hálito. Síntese de Ácidos Graxos É o anabolismo dos lipídeos. Os hepatócitos e os adipócitos conseguem sintetizar lipídeos a partir da glicose ou de aminoácidos por intermédio da lipogênese, que é estimulada pela insulina. A lipogênese ocorre quando os indivíduos consomem mais calorias do que necessário para a satisfação de suas necessidades de ATP. A biossíntese dos lipídios requer a participação de um intermediário de 3 carbonos, a MALONIL-COA (formada a partir de acetilCOA e bicarbonato). A MALONIL-COA é formada a partir de acetilCOA por um processo irreversível, catalisado pela enzima acetil-coa-carboxilase. A síntese de ácidos graxos ocorre em uma sequência de reações que se repetem em 4 etapas e que são catalisadas por um sistema conhecido como ÁCIDO-GRAXOSINTASE. Ocorre no citosol das células animais. Excesso de carboidratos, proteínas e gorduras dietéticos tem os mesmos destinos –são convertidos em triglicerídeos. • Aminoácidos à acetil COA à ácidos graxos à triglicerídeos. • Glicose à gliceraldeído-3-fosfato à glicerol. • Glicose à gliceraldeído-3-fosfato à acetil CoA à ácidos graxos. A partir disso os gliceróis e ácidos graxos formados podem sofrer reações anabólicas e se tornarem triglicerídeos armazenados ou produzirem lipoproteínas, fosfolipídeos e colesterol. @resumosdamed_ HORMÔNIOS: A bile é secretada pelo fígado, armazenada na visicula biliar e atua no duodeno. Possui duas funções importantes: importante na digestão e absorção de gorduras – os sais biliares (precursor: colesterol) ajudam a emulsificar as grandes partículas de gorduras nos alimentos a muitas partículas diminutas, cujas superfícies são atacadas pelas lipases secretadas no suco pancreático, e ajudam na absorção dos produtos finais da digestão da gordura através da membrana mucosa intestinal.Os sais biliares funcionam como um detergente nas gorduras, diminuindo a tensão superficial das partículas, permitindo a agitação e quebra delas em partículas menores. Além disso ajudam na absorção de ácidos graxos, monoglicerídeos e colesterol.No primeiro momento a bile é secretada pelas células principais do fígado, os hepatócitos para os canais biliares. Em seguida a bile flui para desembocar no duodeno. É armazenada na vesícula biliar (a bile armazenada tem sua concentração em até 15x maior, sendo melhor seu desempenho em emulsificar a gordura). a) Secretina: via corrente sanguínea estimula a secreção da bile pelo ducto hepático. Também estimula a secreção pancreática b) Colecistocinina: via corrente sanguínea causa contração da vesícula biliar, relaxamento do esfíncter de oddi, que liberará a bile. Circunferência abdominal: mulher até 88cm, homem até 102cm. IMC (KG/M2) Classificação • < 18,5 Baixo peso • 18,5 á 24,9 Normal MECANISMO DE AÇÃO DA BILE NO SISTEMA DIGESTÓRIO: MEDIDAS ABDOMINAIS E IMC IDEAIS: Tipo de colesterol Valor de referência para crianças e adolescentes Colesterol total menor que 170 mg/dl Colesterol HDL (bom) maior que 45 mg/dl Colesterol LDL (ruim) menor que 110 mg/dl Colesterol não-HDL (soma do LDL, VLDL e IDL) --- @resumosdamed_ EXCESSO E FALTA • 25 á 29,9 Pré-obeso • 30 á 34,9 Obesidade classe 1 (leve) • 35 á 39,9 Obesidade classe 2 (moderada) • >40 Obesidade classe 3 (grave) A falta de lipideos leva a doenças como hipolipidemias, relacionadas a falta de produção de alguns hormônios, como hormônios androgênicos, que tem como base o colesterol (um lipideo). Já o excesso de lipideos encontra-se relacionado a esteatoses hepáticas, assim como aterosclerose, a qual é compreendida como o aumento de lipoproteínas no sangue, que impedem o mesmo de circular, resultando na formação de trombos. REFERÊNCIAS Princípios de Bioquímica de Lehninger
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