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Metabolismo e eletroforese de proteínas CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE E AGRARIAS DISCIPLINA DE BIOQUÍMICA CLÍNICA Prof. Dra. Gabriela Bonfanti macromoléculas, alto peso molecular, Pertencem à classe dos peptídeos: aminoácidos ligados covalentemente por ligações peptídicas PROTEÍNAS CLASSIFICAÇÃO: Quanto a Composição: Proteínas Simples - Por hidrólise liberam apenas aminoácidos. Proteínas Conjugadas - Por hidrólise liberam aminoácidos mais um composto orgânico ou inorgânico (grupo prostético). Ex: metaloproteínas, hemeproteínas, lipoproteínas, glicoproteínas. Quanto ao Número de Cadeias polipeptídicas: Proteínas Monoméricas - apenas uma cadeia polipeptídica. Proteínas Oligoméricas - mais de uma cadeia polipeptídica. Quanto à Forma: Proteínas Fibrosas - são insolúveis nos solventes aquosos e possuem PM muito elevados. Ex: fibrinogênio, troponina, colágeno, miosina... Proteínas Globulares - geralmente solúveis nos solventes aquosos e os seus PM situam-se entre 10.000 e vários milhões. Ex: hemoglobina, enzimas e proteínas do plasma... CLASSIFICAÇÃO: ORGANIZAÇÃO ESTRUTURAL: influenciam a distribuição dos fluidos extracelulares; transportam bilirrubina, hormônios esteróides e lipídios; sistema de defesa contra proteínas estranhas: anticorpos nutrição contrátil ou motilidade: actina e miosina estrutural (fibrosas): queratina, colágeno e elastina. hemostásica ; armazenamento: ferritina. receptores; Enzimas (globulares): atividade catalítica. Funções • sintetizadas no fígado; Nas células B (imunoglobulinas) Nos macrófagos (Complemento) PROTEÍNAS DA DIETA enzimas proteolíticas AA absorção jejuno sangue aa fígado síntese de aa reaproveitadas. • Aproximadamente 25g das proteínas plasmáticas são sintetizadas e secretadas a cada dia, pois não há armazenamento intracelular. Metabolismo • Fonte = alimentos. Metabolismo Estômago Intestino delgado HCl pepsina tripsina hidrólise aa Aminopeptidases Quimotripsina Carbopeptidase Pancreáticas Distribuição: como a água travessa mais livremente as paredes capilares que as proteínas, a concentração das proteínas no espaço vascular é afetada pela distribuição líquida. Catabolismo: as proteínas plasmáticas são degradas através do corpo. Os aminoácidos liberados ficam disponíveis para a síntese de proteínas celulares. Concentração normal no soro 6 a 8,2 g/dL • Velocidade de síntese; • Velocidade do catabolismo; • Volume de líquido no qual elas estão distribuídas O nível sérico de proteínas é afetado por diversos fatores biológicos: sexo, idade, fisiologia, raça, genética e drogas; Proteínas no liquor 80% das proteínas são originárias de uma ultrafiltração do plasma. São proteínas de baixo PM. Indicam aumento da permeabilidade BHE (albumina); Indice de albumina LCR/SORO: se < 9 normal, se > 100 ruptura total da BHE; Infecções bacterianas; Síntese intratecal de Ig (neurosífilis, esclerose múltipla, meningite tuberculosa). Proteínas séricas Albumina Globulares: porção não-albuminica: grupo heterogênio: glicoproteinas, lipoproteinas, imunoglobulinas Proteínas na urina (análise em urinas de 24h ou amostra coleta matinal) Glomérulos são ultrafiltros. As proteínas de baixo PM rotineiramente são filtradas através da membrana basal glomerular. Depende do PM e de sua [ ] plasmática. Excreção depende da reabsorção (deve reter proteínas); Proteínuria: Glomerular: principalmente albumina (aumento da permeabilidade glomerular = ↓ taxa filtração glomerular) Tubular: excreção de proteinas de ↓ PM que deveriam ser reabsorvidas (↓permeabilidade tubular ↓reabsorção dessas proteínas) De sobrecarga: alta [ ] proteína ↓PM que é filtrada normalmente mas excede a reabsorção tubular. Proteinúria pós-renal: produção de proteínas em decorrência de processos inflamatórios, infecciosos ou neoplásicos em vias urinárias. Causas de alterações na concentração de proteínas totais séricas AUMENTADA Aumento na síntese Hipergamaglobulinemia Desidratação volume de distribuição Artefatual Hemoconcentração (estase no sg na punção) DIMINUÍDA Diminuição na síntese Má nutrição ou má absorção Imunodeficiência humoral Super-hidratação permeabilidade capilar volume de distribuição excreção/catabolismo Estados catabólicos Técnicas de Análise- Quantificação Imunoquímicos Quantitativos - Nefelometria - Turbidimetria Espectrofotométricos UV 280 nm (tirosina e triptofano) Químicos - Biureto (complexo com íons cúpricos) - Lowry (Folin-Ciocalteu- ácido fosfotúngstico) - Kjedahl (titulação da amônia) - Bradford (Corante coomasie Blue ) Refratometria (Densidade específica estimativa) Técnicas de Análise- Fracionamento ELETROFORESE Acetato de Celulose e Agarose Western blotting IFE (Imunofixação) Eletroforese bidimensional PRECIPITAÇÃO Globulinas: Na2SO4; Na2SO3; (NH4)2SO4; MetOH FILTRAÇÃO POR GEL Gel-filtração ou peneira molecular Afinidade Troca Iônica Eletroforese: aspectos teóricos + + – Força Eletromotiva (emf) Arraste Eletrodo + ânodo Eletrodo - cátodo Moléculas de Carga – migram p/ o ânodo (eletrodo +) Moléculas de Carga + migram p/ o catodo (eletrodo -) Separação é seguida da fixação permanente das proteínas na posição do meio sobre qual migram. A separação pode ser em meio liquido (eletroforese de limite móvel) ou em suporte sólido inerte Eletroforese de Proteínas Baseia‐se na separação de compostos, conforme sua carga elétrica e tamanho, em um campo elétrico. Quando uma corrente elétrica é aplicada em uma solução iônica, contendo compostos que serão analisados, há produção de um fluxo de íons: cátions (+) migram para o pólo negativo (cátodo) e ânions migram para o pólo positivo (ânodo). As bandas produzidas podem ser coradas e quantificadas. Fatores que influenciam a migração Carga elétrica; Forma; PM; força eletroforética; força iônica; albumina alfa 1 globulina, alfa 2 globulina, betaglobulina gamaglobulina sete a oito zonas de proteínas do soro: Eletroforese de Proteínas Medida semi‐quantitativa das proteínas plasmáticas. Material utilizado: soro (fibrinogênio presente no plasma produz uma banda na região β2 – confundido com paraproteína). Proteínas separadas (mobilidade eletroforética) em acetato de celulose ou agarose: Albumina α1 e α2 globulinas β globulinas γ globulinas Eletroforese de Proteínas Séricas + - Albumina 1 2 aumenta a mobilidade Antes... Zonas do Perfil Eletroforético ZONA PROTEÍNA VR g/dL Albumina albumina Alfa-1 alfa-1 lipoproteína (HDL) alfa-1 antitripsina alfa-1 glicoproteína ácida alfa-1 lipoproteína (apo A) alfa-fetoproteína Alfa-2 alfa-2 macroglobulina haptoglobina ceruloplasmina Beta beta - lipoproteína (LDL) complemento (C3, C4) transferrina fibrinogênio beta-2 microglobulina Gama IgG, IgA, IgM, IgD, IgE, PCR 0,70-1,300,58-1,15 0,43-0,85 Proteína Totais 6,5-8,0 g/dL 0,18-0,36 3,90-5,00 Pré-albumina (Transtirretina) e Proteína ligadora de retinol (PLR ou RBP) Migram junto com a a banda da albumina; São proteínas sintetizadas pelo fígado que migram mais rapidamente (a frente da albumina). Indicadores de disfunção hepática. Funções: - São proteínas transportadoras - ligação com T3 e T4 (transtirretina) - ligação e transporte de vitamina A (proteína de ligação com o retinol– PLR ou RBP). Tempo de ½ vida sérica curta (t½ = 2 dias) melhor indicador precoce do estado nutricional do paciente do que outros marcadores como a albumina e a transferrina. Por causa de sua compactação, a pré-albumina atravessa mais livremente para o LCR, permitindo a visualização de uma banda característica na eletroforese deste líquido. Níveis diminuídos: doenças inflamatórias, na malignidade, cirrose e doenças c/ perda de proteínas. PLR: seus níveis aumentam na doença renal crônica e diminuem na deficiência de Zinco. Pré-albumina e Proteína ligadora de retinol (PLR ou RBP) Albumina • Proteína de maior concentração no plasma (50%) ½ vida 15 – 19 dias; • Representa 40 a 60% da proteínas totais. •Avaliação do estado nutricional e função hepática. •Sintetizada e excretada no fígado; •Atinge níveis adultos já no primeiro ano de vida, permanecendo estável até os 70 anos quando seus níveis começam a cair. Funções: Regulação osmótica: balanço dos fluídos e função oncótica. Transporte de hormônios tireoidianos, hormônios lipossolúveis, ácidos graxos, vitaminas, água, ácidos biliares, bilirrubina não conjugada, fármacos e drogas (analgésicos, salicilatos, barbitúricos, antibióticos, sulfas, digitálicos e diuréticos). Síntese e catabolismo hepático (fonte de aas) Atividade anti-oxidante Redução no soro: HIPOALBUMINEMIA •síntese : desnutrição (deficiência na ingestão de aminoácidos), doença hepática crônica (cirrose, hepatites); •distribuição anormal: administração de líquidos intravenosos, edema; É freqüente em indivíduos doentes (diluição edema (ICC), administração de líquidos intravenosos ou pela perda de albumina na urina, líquido ascítico ou através do trato gastrointestinal nas enteropatias). • Degradação: processos inflamatórios agudos; queimaduras (pele é maior local de armazenamento de albumina extravascular). Redução no soro: HIPOALBUMINEMIA Doenças crônicas graves, infecções e carcinomas, síndrome nefrótica, hemorragias, enteropatias e em reações de fase aguda. Disproteinemia familiar idiopática: Níveis muito baixos de albumina Analbuminemia: ausência congênita da albumina. Elevação no soro: HIPERALBUMINEMIA É infrequente. • desidratação, diarréia aguda. Consequências da HIPOALBUMINEMIA Dependentes da doença adjacente. Edema facial; Revestimento: perda da gordura subcutânea, pele áspera e seca, dermatoses doloridas, edema periférico, cabelo fino, icterícia; Cardiovascular: bradicardia, hipotensão, cardiomegalia; Respiratório: diminuição da expansão respiratória devido à infusão pleural e à debilidade dos músculos intercostais. Gastrointestinal: ascites. Músculo esquelético: perda muscular, retardo de crescimento em crianças, atrofia dos músculos das mãos. - Feto-proteína (AFP) Glicoproteína de PM de aproximadamente 69.000 daltons. É sintetizada pelo saco gestacional (vesícula vitelínica), trato gastrointestinal e principalmente pelo fígado fetal. Pequenas quantidades podem ser produzidas pelos rins e placenta. Principal proteína fetal, dosada no líquido amniótico para rastrear anormalidades fetais (defeitos dos tubos neurais: anencefalia, espinha bífida). Feto-proteína (AFP) fisiológica RN Determinação no líquido amniótico ou soro materno – detectar defeito no tubo neural do feto. patológica Marcador tumoral. Grandes elevações nos níveis de AFP soro são encontradas em Carcinomas hepatocelular (80% pacientes) e em pacientes com tumores de céls germinativas e hepatoblastoma (50%) Menor elevação: Câncer no pâncreas, intestino ou pulmão Dosagens seriadas: úteis para prognóstico e monitoramento do tratamento Interzona albumina - 1 Faixa 1: Antitripsina Glicoproteína ácida Antiquimotripsina GLOBULINAS: 1-ANTITRIPSINA (AAT) – 90% • Inibe a atividade das enzimas proteolíticas (proteases): tripsinas, quimiotripsina, plasmina, colageases. • É sintetizada pelo fígado, se difunde para os líquidos instersticiais e de revestimento alveolar. • No pulmão sua função é inativar a elastase dos neutrófilos, uma enzima liberada durante a fagocitose normal de organismos e partículas dos alvéolos. Essa elastase em excesso é a principal responsável pela destruição alveolar. A deficiência hereditária da alfa 1 antitripsina : homozigose Compromete o papel das ptns pulmonares e diminui a elasticidade do tecido pulmonar. lesões fibrosantes do tecido pulmonar enfisema ou cirrose hepática na infância. 1-ANTITRIPSINA (AAT) – 90% •Aumenta em estágios inflamatórios; Inflamação = ↑proteólise Níveis baixos são encontrados em perdas graves de proteínas, na Sindrome da angústia respiratória (SAR) neonatal, e de forma congênita. AAT GLICOPROTEÍNA ÁCIDA (AAG) – 10% mucoproteína ou seromucóide ou orosomucóide • Baixo PM e alto conteúdo glicídico • Sintetizada no fígado e por alguns tumores; • Função: modifica a adesividade das plaquetas; afeta nível de protrombina – proteína de fase aguda; resposta a inflamação aguda ( 4 dias ) abcessos,tumores, lesões,cirurgias, neoplasias, doenças do colágeno, tuberculose. grave lesão hepática, desnutrição, perdas proteicas. Faixa 2: haptoglobina macroglobulina ceruloplasmina Haptoglobina (HAP) Sintetizada pelos hepatócitos e, em pequenas quantidades, nas células do sistema retículo endotelial. Função: transporte da hemoglobina livre no plasma para o retículo endotelial onde é degradada. Haptoglobina-Hb: removidos pelo Sistema Reticuloendotelial Evita a perda de Hb pela urina e conserva Fe. Seus níveis esgotam em hemorragias graves retornando ao normal em 7 dias. Útil para monitoramento de estados hemolíticos. [haptoglobina] - hemólise intravascular - doença metastática - doença hepática crônica - septicemia ↑ [haptoglobina]: estados inflamatórios. 2-Macroglobulina Maior proteína globulinica (não-imunoglobulinica) PM>400.000, uma das maiores proteinas séricas. Inibidora de protease (inibe a atividade da tripsina, quimiotripsina, trombina, elastase…) ↑ síndrome nefrótica: (retida devido ao alto PM) - as outras saem e ela fica, ficando aumentando a [ ] dessa proteína. ↓ em pacientes com artrite reumatóide, mieloma múltiplo. A avaliação raramente tem valor clínico. CERULOPLASMINA (oxidase cuprica) • proteína de ligação com cobre (transporte); • antioxidante; reduz os níveis de ferro heme; • proteína de fase aguda tardia • nos processos inflamatórios malignos, na gravidez, uso de anticoncepcionais, intoxicação por cobre; • anemias, má nutrição, má absorção, doença hepática grave. Doença de Wilson = síntese e concentração plasmática de ceruloplasmina (<10mg/dL) alteração excreção hepática do cobre ⇛ deposição tóxica de cobre ⇛ rins, fígado cérebro Região Beta: Transferrina Complementos C3 e C4 Hemopexina Β-2-microglobulina TRANSFERRINA (TRF) (siderofilina) • Principal proteína para o transporte de ferro; • anemias pordeficiência de ferro: Sua concentração está relacionada com a capacidade total de ligação de ferro (TIBC). A ptn fica menos saturada devido aos níveis plasmáticos baixos de Fe. inflamação, doença hepática crônica, doença maligna. Diagnóstico diferencial das anemias e monitorização do tratamento: Anemia ferropriva: ↑TRF ↓TIBC Anemia resistente a ferro: TRF normal ou↓ ↑ TIBC 2-Microglobulina (BMG) Pequena proteína (baixo PM=11.8K), encontrada na supefície dos linfócitos; Filtrada pelos glomérulos e reabsorvida nos túbulos renais. BMG urinária: marcador sensível de função tubular renal (perda de função de filtração e reabsorção renal) e para avaliação de transplantes renais. (plasma) = Insuficiência renal, infecções e neoplasias (assoiadas aos linfócitos B) tumores de céls B leucemias agudas e linfomas com envolvimento do SNC C3 e C4 migram na região C3 e C4 – ativação da resposta imune humoral; deficiência genética inflamação Proteínas do Complemento - Atua no transporte do heme livre após catabolismo da hemoglobina e seus componentes. - O Complexo heme-hemopexina atinge o fígado onde a porção heme é convertida em bilirrubina. - Essa fração dificilmente é quantificada no laboratório clínico. Hemopexina (Hx, Hpx) Região Gama PCR Imunoglobulinas secretadas por plasmócitos Larga banda → principal Ig → Ig G Imunoglobulinas Imunoglobulinas (IgG, IgA, IgM, IgE, IgD) Proteínas (Glicoproteínas) plasmáticas que funcionam como anticorpos –específicas contra determinantes antigênicos. Apresentam estrutura básica similar: 2 cadeias pesadas e 2 cadeias leves, ligadas por pontes dissulfeto. Características das Imunoglobulinas Classe [plasma] (g/L) P.M. (KDa) Função IgG 14,0 (85%) 146 Ac de resposta imune 2ária. Neutralização de toxinas nos espaços teciduais. IgA 3,5 (10-15%) 160 Ac em secreções seromucóides. Proteção anti-séptica às superfícies externas. IgM 1,5 (5-10%) 970 Confinado em espaços vasculares; Em RN indica infecção pré-natal. IgD 0,03 (1%) 184 Superfície linfócitos B; reconhecimento Ag. IgE traços 188 Superfície mastócitos; Papel na alergia e imunidade antiparasitária. Hipogamaglobulinemia Ausência da fração : imunodeficiência congênita ou adquirida Causas fisiológicas: No nascimento: IgA e IgM IgG: transportado através da placenta (IgG materna declina); Hipogamaglobulinemias: principal causa de infecções em crianças. Albumin 1 2 Normal Hipogamaglobulinemia Causas patológicas: Hereditárias: agamaglobulinemia (doença de Bruton) – herança ligada ao X. disgamaglobulinemia (defeito parcial em uma ou duas Igs – IgA). Adquiridas: malignidades hematológicas (LLC, mieloma múltiplo, Hodgkin); efeitos adversos de drogas citotóxicas. catabolismo aumentado. OBS: necessário dosagem de Ig específicas Hipergamaglobulinemia Causas fisiológicas: Infecções agudas e crônicas. Investigações sorológicas envolvendo a medida de Acs contra Ags específicos são usadas no diagnóstico de doenças infecciosas. Causas patológicas: Doenças auto-imunes: Artrite reumatóide, Lúpus, doenças crônicas do fígado (base auto-imune). Medida de Acs específicos é de valor no diagnóstico de doenças auto-imunes. Gamopatia policlonal • largo e difuso aumento da fração -globulina estímulo da produção de várias Ig: Igs G, A, e M doenças crônicas do fígado: hepatopatias, cirrose, hepatite crônica ativa. infecções crônicas: tuberculose, malária; Processos auto-imunes: artrite reumatóride e lúpus. Gamopatia monoclonal (paraproteinemia): Paraproteínas (componentes monoclonais): Proteínas produzidas por um único clone de células da série dos linfócitos B. Eletroforese: soro e urina. banda discreta (monoclonal) usualmente na região γ; Picos estreitos e pontiagudos; banda única ou complexada com outra; OBS: pode ser vista mais de uma banda de paraproteínas (dimerização) Gamopatia monoclonal (paraproteinemia): Condições patológicas: Mieloma múltiplo (Ig G ou Ig A): Ocorre a produção de fragmentos de Ig – detecção de proteínas de cadeias leves (na urina) – prot. Bence Jones (presente em 75% dos casos de mieloma). Para diagnostico de síndromes mielomatosas. Produzida por plasmócitos em grandes quantidades. A produção prolongada desta proteína leva a uma lesão tubular com insuficiência renal. Linfomas malignos Mielomatoses Mieloma Múltiplo Tríade: 1) Paraproteínas (Linfócitos B) 2) lesões ósseas 3) células neoplásicas na medula óssea Dor óssea (FAL normal); Hipercalcemia; Proteína de Bence Jones é fator prognóstico (Pacientes com mieloma que secretam só proteína de Bence Jones têm prognóstico pior) Macroglobulinemia de Waldenstrom’s Tumor de células B. Proliferação monoclonal de linfócitos secretores de IgM. Geralmente tem um curso mais prolongado que o mieloma múltiplo. A elevação do teor de IgM promove o aumento da viscosidade plasmática com tendência à trombose. Hiperviscosidade e adesão das céls aos capilares formação de trombos. Gamopatia monoclonal (paraproteinemia): Macroglobulinemia essencial (Paraproteinemia benigna): incidência ↑ com a idade importante para excluir malignidade ‐ critério diagnóstico: concentração de paraproteínas não aumenta com o tempo. • Transitória ou persistente; Durante infecções agudas em doenças auto-imunes (estimulação de antígeno); Tumores benignos das células B; DM, cirrose, desordens do tecido conjuntivo. Gamopatia Monoclonal Albumin 1 2 Diminui albumina Pico pontiagudo na região gama (Sharp peak) Mieloma múltiplo Hipergamaglobulinemia Proteína C Reativa Marcador mais responsivo e específico da resposta inflamatória; • Sintetizada principalmente pelo o fígado; • Controla a quimiotaxia, a citotoxicidade. Proteína mediadora da resposta inflamatória. dentro de 6 a 12h, após o início da doença. Infarto do miocárdio, trauma, infecções. Níveis mais elevados de PCR ultra-sensível , na ausência de outras doenças inflamatórias que possam aumentar seus níveis , correlacionam-se com maior extensão da aterosclerose nas artérias. Indivíduos aparentemente saudáveis com níveis mais altos, apresentam também maior risco de desenvolvimento de doença arterial periférica ( placas de gordura ou ateromas nas artérias periféricas , como as dos membros inferiores ). A PCR ultra-sensível é considerada elevada , quando está acima de 3 mg/L, na ausência de outras doenças inflamatórias . Resposta de Fase Aguda: mudanças fisiológicas complexas que ocorrem seguindo ao trauma, nascimento, infecções, inflamações, destruições celulares neoplásicas ou hipersensíveis. É uma resposta inespecífica ao estímulo de lesão tecidual ou infecção e acomete vários órgãos e tecidos. Compreende: alterações hemodinâmicas, sistemas de coagulação e fibrinolítico, leucocitose, alteração na concentração de proteínas plasmáticas e efeitos sistêmicos (febre). Mediação: citoquinas, fatores de necrose celular e substâncias vasoativas. PROTEÍNAS REAGENTES DA FASE AGUDA Resposta de Fase Aguda Função principal: diferenciação e adaptação do organismo à infecção ou à lesão tecidual. A reação de fase aguda deve ser relativamente transitória, revertendo-se a níveis normais, ou pode ser persistente em doenças crônicas. Elevações: artrite reumatóide, LES, doença de Chron (doença inflamatória do Sistema digestivo), neoplasias malignas e IAM. • marcadores necrosetecidual e inflamação; As proteínas plasmáticas responsivas à fase aguda ⇛ positivas ou negativas (ou ). Por alterações de síntese ou de permeabilidade vascular. ( + ) [ ] na resposta à inflamação Ceruloplasmina, fibrinogênio, glicoproteína ácida, 1 antitripsina, haptoglobina , complemento c3 e PCR ( - ) [ ] na resposta a inflamação pré-albumina, albumina, transferrina PROTEÍNAS REAGENTES DA FASE AGUDA Reagentes de Fase Aguda Days Outras proteínas RFA incluem: 1- glicoproteína ácida, haptoglobina e ceruloplasmina X u p p er l im it o f n o rm a l 1 5 10 1 2 3 4 5 Proteína C reativa 1-Antitripsina C3 Reagentes de Fase Aguda Outras proteínas plasmáticas de interesse clínico Fatores da coagulação – desordens da coagulação Sistema complemento – investigação de doenças imunológicas Apolipoproteínas – dislipidemias Proteínas ligadoras de hormônios Proteínas marcadoras de tumor. Padrão de Resposta Imediata (Aguda) Albumin 1 2 Diminuição em albumina Aumento em haptoglobina Migrações eletroforéticas em patologias Albumin 1 2 Diminui albumina Aumenta haptoglobina Aumenta gama - globulinas Padrão de Resposta Tardia Síndrome Nefrótica Albumin 1 2 Diminui albumina Aumenta 2-macroglobulina Diminui gama - globulinas Cirrose Hepática Albumin 1 2 Diminui albumina (síntese) Aumenta gama - globulinas (gamopatia policlonal) Ig A fusão beta-gama Enteropatias – perdas de proteínas Albumin 1 2 Diminui albumina Aumenta 2-macroglobulina Diminui gama - globulinas Aspectos laboratoriais para determinação de proteínas Proteínas Totais Albumina AMOSTRA: Soro sem hemólise e não lipêmico. A amostra pode ser refrigerada por até uma semana. Observações: •Alimentação – evitar dieta rica em gordura; •Posição do paciente no momento da coleta (hospitalizado = retenção de líquido = hemodiluição) •Hemólise (ptn do interior da hemácea). •A concentração total de proteínas no soro, obtida de um adulto saudável em movimento é de 6, 3 a 8, 3 g/dl, e de um adulto em repouso, de 6 a 7, 8 g/dl. • Os exercícios violentos aumentam PT devido a um influxo de proteína dos espaços intersticiais, o que ocorre após uma perda inicial, tanto de líquido quanto de proteínas pelos capilares. • O paciente não deve ingerir dieta rica em gorduras durante 8 horas antes da análise. Suspender as medicações que interferem nos níveis de proteínas séricas Evitar estase prolongada na coleta de sangue, pois a hemoconcentração aumenta os níveis de proteínas plasmáticas. Aspectos laboratoriais para determinação de proteínas Proteínas Totais Albumina IMPORTANTE!!!! • As alterações mais usuais encontradas em relação a PT no soro referem-se a mudança no volume de água no plasma e mudança na concentração de uma ou mais proteínas específicas no plasma. • A diminuição no volume da água do plasma (hemoconcentracão) reflete-se em uma hiperproteinemia relativa. As concentrações de todas as proteínas plasmáticas individuais mostram-se aumentadas no mesmo grau. Isso ocorre em desidratação, vômitos graves, diarréias, etc. • A hemodiluicão reflete-se em uma hipoproteinemia relativa. As concentrações individuais de todas as proteínas do plasma estão diminuídas no mesmo grau. A hemodiluicão ocorre nas síndromes de intoxicação de água ou retenção de sal, durante intensas infusões intravenosas, e, fisiologicamente, quando é assumida uma posição deitada. Esta posição diminui a concentração total de proteínas de 0,3 a 0,5 g/dl.
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