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CURSO PREPARATÓRIO PARA CONCURSOS 
NA ÁREA DE ANÁLISES CLÍNICAS
Profª. Luciane Sales
Biomédica
Especialista em Análises Clínicas
Mestra em Imunologia Básica e Aplicada
BIOQUÍMICA
Avaliação da Função Renal, água, Eletrólitos, 
Equilíbrio ácido-base e Gasometria 
Fisiologia Renal
Os rins regulam as condições do fluído eletrolítico e o equilíbrio
ácido-base por meio de filtração do sangue, seguida de reabsorção
seletiva ou da secreção para o fluído tubular.
Os rins são críticos para a eliminação dos produtos da degradação,
excreção de medicamentos, função endócrina e adrenal.
Avaliação da Função Renal, água, Eletrólitos, 
Equilíbrio ácido-base e Gasometria 
Fisiologia Pulmonar
Uma função importante do sistema respiratório é fornecer oxigênio
para o sangue circulante nos pulmões, visando à liberação adequada
de oxigênio para os tecidos.
Avaliação da Função Renal, água, Eletrólitos, 
Equilíbrio ácido-base e Gasometria 
Equilíbrio Hídrico e Eletrolítico
A eliminação de água é controlada diariamente pelo hormônio
antidiurético (ADH). A produção de ADH é estimulada pela pressão
arterial reduzida ou pela osmolalidade plasmática aumentada.
O sódio é o principal cátion extracelular e o potássio é o principal
cátion intracelular, o cloreto é o principal ânion extracelular.
Compensação nos distúrbios Ácido-Base 
Os distúrbios ácido-base frequentemente são classificados em:
metabólicos e respiratórios.
Nos distúrbios metabólicos, o problema primário reside no
metabolismo anormal que leva a alterações no bicarbonato
plasmático.
Os distúrbios respiratórios resultam de alterações na excreção
pulmonar de dióxido de carbono.
Acidose e Alcalose x Acidemia e Alcalemia
A acidose ocorre sempre que houver um aumento líquido na
quantidade de ácido em relação à base.
Sendo, a alcalose, o processo inverso.
Acidemia e alcalemia referem-se a alterações no pH sanguíneo.
Exames laboratoriais e seus perfis nos 
distúrbios renais 
As determinações da Taxa de filtração glomerular (TFG) podem ser
obtidas por meio da avaliação da taxa de depuração de substâncias
filtradas pelos glomérulos e que não são reabsorvidas nem
excretadas pelos túbulos.
O método mais amplamente utilizado para estimar a TFG é a
depuração da creatinina. A depuração de um composto filtrado
pelos glomérulos é inversamente proporcional à concentração
plasmática.
Taxa de filtração glomerular (TFG): 125 a 150 ml/min.
Creatinina 
A creatinina é um produto da degradação da creatina muscular.
Pequenas alterações nos limiares de creatinina em uma pessoa
servem como marcadores sensíveis de alterações na função renal.
Uréia
A uréia é um produto da degradação do metabolismo dos
aminoácidos, produzida a partir da amônia no ciclo da uréia
hepática.
Síndromes Renais e suas alterações 
laboratoriais 
Azotemia pré-renal, síndrome glomerulares (síndrome nefrótica e
nefrítica), síndrome tubulares (necrose tubular aguda, nefrite
intersticial aguda), uropatia obstrutiva, insuficiência renal aguda,
insuficiência renal crônica.
Exames laboratoriais e seus perfis nos 
distúrbios hídricos e eletrolíticos 
Hiponatremia: ocorre quando a água e o sal são perdidos do
espaço vascular para o espaço extravascular.
A causa mais comum de hiponatremia é a síndrome da secreção
inadequada de hormônio antidiurético (ADH).
Hipernatremia: é resultante da perda de água em excesso de sódio.
Exames laboratoriais e seus perfis nos 
distúrbios hídricos e eletrolíticos 
Hipocalemia: a maioria dos casos resulta da perda de potássio
renal e/ou da ingestão deficitária de potássio.
As perdas de potássio no trato gastrointestinal podem ocorrer por
vômito, diarreia, etc.
Hipercalemia: o principal fator que contribui para a hipercalemia é
a excreção reduzida de potássio na urina.
Em uma pequena porcentagem dos casos, a ingestão aumentada
de potássio também contribui para hipercalemia.
Exames laboratoriais e seus perfis nos 
distúrbios ácido-base 
Alguns testes são necessários para reconhecer os distúrbios ácido-
base: dosagem do bicarbonato e determinação dos gases 
sanguíneos. 
Mecanismos dos distúrbios Ácido-base do 
tipo Metabólicos 
Acidose decorrente da produção aumentada de ácidos, por
ingestão de ácidos, por excreção reduzida de ácidos, por excreção
aumentada de bicarbonato.
Alcalose como resultado da excreção aumentada de ácido, ingestão
aumentada de base, excreção reduzida de bicarbonato.
Avaliação da função pulmonar 
Análise dos gases sanguíneos arteriais, determinação da saturação
de hemoglobina pela co-oximetria e saturação de oxigênio.
Carboidratos 
Os carboidratos juntamente com os lipídeos e proteínas, fornecem
energia e contribuem com a estrutura dos organismos.
A glicose é utilizada como fonte de energia ou é armazenada como
glicogênio.
Doenças resultantes do metabolismo anormal dos carboidratos:
diabetes melito e hipoglicemia.
Carboidratos 
Os carboidratos são quantificados no sangue total, no soro, no
plasma, na urina e no LCE.
A concentração da glicose no sangue normalmente é controlada
dentro de limites muitos estreitos por vários hormônios, dos quais o
mais importante é a insulina.
Função normal do pâncreas endócrino 
O pâncreas atua como órgão endócrino e exócrino.
Como glândula exócrina, o pâncreas secreta amilase (degrada os carboidratos a
monossacarídeos – Glicose). Como glândula endócrina, o pâncreas, secreta
hormônios que regulam a homeostasia da energia.
No pâncreas endócrino, são secretados 4 hormônios:
Insulina: produzida pelas células β (Beta).
Glucagon: produzido pelas células α (Alfa).
Somatostatina: pelas células ẟ (Delta).
Polipeptídeo pancreático: pelas células PP ou F.
Função normal do pâncreas endócrino 
A insulina estimula a incorporação da glicose e formação de
glicogênio e inibe a produção de glicose.
O glucagon estimula a produção de glicose e cetogênese.
A somatostatina inibe a secreção de insulina e glucagon.
O polipepitídeo pancreático pode estimular a motilidade gastro-
intestinal.
Insulina 
É um hormônio peptídico secretado pelas células β das ilhotas de
Langerhans no pâncreas.
A insulina é inicialmente sintetizada, como um precursor
denominado de pró- insulina.
A pró-insulina é processada em insulina nas células β pela remoção
enzimática do peptídeo C.
Insulina
Aproximadamente 50% da insulina são rapidamente removidos
pelo fígado.
Na cirrose, a hiperinsulinemia é observada como consequência da
depuração reduzida da insulina pelo fígado.
Os estados patológicos ocorrem quando as concentrações de
insulina são inadequadas para as concentrações sanguíneas de
glicose.
A deficiência de insulina, leva ao Diabetes melito.
Glucagon
O glucagon é sintetizado nas células α-pâncreas e nas células L do
intestino delgado.
O glucagon pancreático estimula a produção de glicose, e é um
importante regulador da glicogenólise, da gliconeogênese e da
cetogênese.
Somatostatina
A somatostatina inibe os hormônios hipofisários (hormônio do
crescimento e tiratrofina), gastrointestinais (gastrina, secretina,
peptídeo vaso intestinal) e pancreáticos (Insulina e glucagon).
Nas ilhotas pancreáticas, a somatostatina é produzida nas células ẟ.
Determinação da Glicose 
A glicose é quantificada no sangue total, plasma, soro, LCE, líquido
pleural e urina.
A amostra clínica padrão é a glicose plasmática venosa.
Deve ser adicionado um conservante como fluoreto de sódio, que
inibe a glicólise.
Quando refrigerada, a glicose é estável no soro ou plasma por 48
horas.
Determinação da Glicose 
Três sistemas enzimáticos são atualmente empregados para
quantificar a glicose: glicose desidrogenase, glicose oxidase e
hexoquinase.
Essas reações produzem uma corrente elétrica que é proporcional à
concentração de glicose, ou produzem um produto que é
quantificado por espectrofotometria.
Diabetes Melito
Constitui um grupo de doenças no qual as concentrações
sanguíneas de glicose se encontram elevadas como resultado de
deficiência na secreçãode insulina e/ou ação anormal de insulina.
Uma concentração de glicose sanguínea, em jejum, igual ou maior
que 126mg/dL em pelo menos duas ocasiões, é considerado
diagnóstico de diabetes.
Diabetes Melito
O exame deve ser realizado após jejum de 8 horas.
Os sintomas de hiperglicemia (poliúria, polidipsia, polifagia, perda
de peso inexplicada) associados a uma concentração de glicose
sanguínea casual maior ou igual a 200mg/dL também é considerado
diagnóstico de diabetes.
Os testes de tolerância a glicose oral não são mais recomendados
na rotina laboratorial.
Diabetes Melito
Se for realizado, deve ser ingerida uma carga de glicose de 75g,
concentrações de glicose de 200mg/dL ou superiores, duas horas
após a carga, confirmam diagnóstico de diabetes.
As amostras de glicose por punção venosa são preferencialmente
coletadas em tubos de tampa cinza contendo fluoreto e um
anticoagulante.
As formas mais comuns de diabetes são diabetes tipo 1 e diabetes
tipo 2.
Diabetes tipo 1 
O diabetes melito tipo 1 representa, aproximadamente, 10% de
todos os casos de diabetes.
Existe uma destruição auto-imune das células β produtoras de
insulina nas ilhotas pancreáticas, produzindo uma deficiência
absoluta na produção de insulina.
A hiperglicemia se desenvolve somente depois que a maioria das
células β foi destruída.
Diabetes tipo 1
Os marcadores da destruição das células β são auto-anticorpos.
As pessoas com diabetes tipo 1, não tratado, desenvolvem
cetoacidose diabética.
A terapia com insulina é necessária para todos os pacientes com
diabetes tipo 1.
Diabetes tipo 2 
É o tipo mais comum de diabetes, representando
aproximadamente 90% dos casos de diabetes.
Os fatores de risco incluem: obesidade, sedentarismo, histórico
familiar, idade avançada, etnia e história de diabetes gestacional,
comprometimento do metabolismo da glicose, hipertensão ou
dislipidemia.
Diabetes tipo 2 
Não é uma doença auto-imune, de modo que os exames para
anticorpos não tem finalidade.
A maioria das pessoas com diabete tipo 2 é resistente à insulina, e
possuem deficiência na secreção de insulina.
A maioria das pessoas com diabetes tipo 2, também é obesa.
Medidas de Controle Glicêmico 
O teste de hemoglobina glicada fornece um índice das
concentrações médias de glicose sanguínea no período de dois ou
três meses precedentes.
Os métodos foram padronizados para o ensaio de hemoglobina
A1c.
A hemoglobina glicada é formada de maneira não enzimática pela
hemoglobina A sendo glicada, dependendo da concentração de
glicose.
Medidas de Controle Glicêmico 
A meia-vida dos eritrócitos é de, aproximadamente, 120 dias,
portanto os ensaios de HgbA1c apresentam correlação com o
controle glicêmico por um período de dois a três meses.
Os ensaios de frutosamina são utilizados para avaliar o controle
glicêmico de curto prazo (três a seis semanas), uma vez que a meia-
vida média das proteínas é de 2 a 3 semanas.
Hipoglicemia
Caracteriza-se por concentrações plasmáticas baixas de glicose e
um grupo de sintomas que pode ser aliviados pela ingestão de
alimento ou carboidratos.
Os sintomas clássicos são: confusão, tonturas, perda da
consciência, convulsões, diaforese, palpitações, tremores, fome,
fraqueza, ansiedade, fadiga, visão turva, diplopia, formigamento,
cefaleias, pesadelos, etc.
Pode ocorrer quando existem concentrações elevadas
inadequadamente de insulina e/ou produção inadequada de glicose.
Concentrações de glicose plasmática, após jejum, inferiores a
45mg/dL são anormais.
Lipídeos e Lipoproteínas 
Lipoproteínas plasmáticas 
As lipoproteínas plasmáticas transportam essencialmente todo o
colesterol e os lipídeos esterificados no sangue.
Quilomícrons.
VLDL - lipoproteína de densidade muito baixa.
LDL - lipoproteína de baixa densidade.
HDL - lipoproteína de alta densidade.
IDL – lipoproteína de densidade intermediária.
[Lp(a)] – lipoproteína.
Lipoproteínas plasmáticas
A parte proteica das lipoproteínas é composta de várias proteínas
específicas denominadas apolipoproteínas.
Quilomícrons
Os quilomícrons são partículas grandes, produzidos pelo intestino,
muito ricas (85 a 95%) em triacilgliceróis de origem exógena (dieta).
Lipoproteínas de densidade muito baixa 
(VLDL) 
As partículas de VLDL também são ricas em triacilgliceróis, porém
estes são de origem endógena, principalmente de origem hepática.
As partículas menores com menor quantidade de triacilgliceróis
que resultam da hidrólise do VLDL, são denominadas IDL.
Lipoproteínas de baixa densidade (LDL) 
As LDLs são ricas em colesterol, em grande parte esterificado, que
contribui com cerca da metade da massa da LDL.
Aproximadamente, 25% da massa da LDL é proteína,
principalmente a apoB-100.
Lipoproteínas de alta densidade (HDL) 
A HDL é uma proteína pequena, consistindo em aproximadamente
50% de proteína (ApoAI e ApoAII), 20% de colesterol e 30% de
fosfolipídios.
Lipoproteínas Lp(a) 
É composta de 27% de proteína, 65% de lipídio e 8% de
carboidratos, tendo uma composição semelhante à LDL.
Os componentes apolipoproteína de Lp(a) são a ApoB e a Apo(a).
Apolipoproteínas (APO) 
ApoA
As apolipoproteínas A são as principais proteínas componentes de
HDL.
A apoA-I constitui aproximadamente 75% da ApoA nos HDL. É
sintetizada no fígado e no intestino, e é um ativador da enzima
lecitina colesterol aciltransferase
(LCAT), que esterifica o colesterol no plasma.
A apo-A-II constitui aproximadamente 20% de apoA nos HDLs.
ApoB
ApoB é o principal constituinte proteico (95%) das LDL e também
constitui aproximadamente 40% da parte proteica das VLDLs e dos
Quilomícrons.
O principal componente é a apoB-100, sintetizada no fígado e
encontrada nas lipoproteínas de natureza endógena (VLDL e LDL).
A apoB-48 é de origem intestinal e encontrada nos quilomícrons.
ApoC
A apoC é a principal proteína componente das VLDL, e constituintes
minoritário das HDL e LDL.
A apoC-I é um constituinte minoritário dos quilomícrons e das
VLDLs e HDLs. A apoC-II constitui 5 a 10% das VLDLs e menos de 2%
da HDL. É um potente ativador da proteína lípase.
A apoC-III é uma proteína componente importante de VLDL (25 a
30%) e também a principal forma de apoC em HDL.
Apolipoproteínas minoritárias (apoD) 
A apoD é um constituinte minoritário das HDLs (5%). A apoD ativa a
reação LCAT. A apoA-IV é constituinte da HDL e dos quilomícrons.
ApoE
Essa apolipoproteína rica em arginina é encontrada em VLDL, IDL,
lipoproteínas remanescentes, quilomícrons e HDL.
Enzimas que participam do Metabolismo 
das lipoproteínas 
Os principais sistemas enzimáticos que participam do metabolismo
das lipoproteínas são: enzimas lipolíticas e LCAT.
Enzimas lipolíticas: atividades lipolíticas são encontradas no plasma
humano, após a injeção intravenosa de heparina. Lipoproteína
lípase: hidrolisa os triacilgliceróis em quilomícrons e VLDL.
Lipase hepática de triacilgliceróis: hidrolisa os triacilgliceróis em
quilomícrons intactos e VLDL e pode participar da conversão dos
remanescentes de VLDL e IDL em LDL.
Lecitina Colesterol aciltransferase (LCAT): catalisa a esterificação do
colesterol.
Metabolismo das Lipoproteínas 
A principal função das lipoproteínas plasmáticas parece ser de
transportar os triacilgliceróis e o colesterol de seus locais de origem
no intestino e no fígado para os locais de reserva energética e
utilização.
Amostragem e armazenamento do sangue
Jejum de 12 horas antes da venopunção
Plasma ou soro podem ser utilizados quando somente colesterol,
triacilglicerróis e HDL-colesterol são determinados e o LDL-colesterol
é calculado.
Valores de Referência
Colesterol Total 
Colesterol sanguíneo desejável ˂200mg/dL
Colesterol sanguíneo elevado limítrofe 200-239mg/dL
Colesterol sanguíneo elevado ˃ 240mg/dL
HDL Colesterol 
HDL – Colesterol reduzido ˂35mg/dL
Valores de Referência
LDL Colesterol 
Colesterol sanguíneo desejável ˂100mg/dL
Colesterol sanguíneo elevado limítrofe 130-159mg/dL
Colesterol sanguíneoelevado ˃160mg/dL
Risco elevado de desenvolvimento de cardiopatia coronária está 
relacionada com LDL colesterol elevado e HDL colesterol diminuído. 
Proteínas Específicas 
Estrutura das proteínas 
As moléculas de proteínas consistem em uma cadeia contínua de
átomos de carbono e nitrogênio unidos por ligações peptídicas entre
aminoácidos adjacentes.
A estrutura primária de uma proteína é a sequência linear de seus
aminoácidos.
A estrutura secundária refere-se a configurações tridimensionais
regulares específicas (α-hélice e β-pregueadas).
Estrutura das proteínas
A estrutura terciária é a estrutura tridimensional real ou padrão de
dobramento da proteína.
A estrutura quaternária constitui proteínas individuais ou
subunidades que formam complexos mais estáveis como dímeros,
trímeros e tetrâmeros.
Proteínas Plasmáticas Específicas (Eletroforese) 
Pré-albumina 
É definida, eletroforeticamente, como a fração que migra mais
rapidamente do que albumina, caracterizando-se com uma das
menores proteínas séricas.
A pré-albumina possui uma meia-vida curta (2 dias), e a taxa de
síntese é sensível à ingestão da dieta e alterações da função
hepática, local onde a proteína é produzida.
A quantificação da pré-albumina sérica tem significado clínico
importante como marcador do estado nutricional.
Albumina 
A proteína mais abundante no plasma normal é a albumina. Por
esta razão, reduções nas concentrações de albumina resultam em
desequilíbrio grave de pressão oncótica intravascular.
A meia-vida da albumina circulante é de aproximadamente 17 dias.
A determinação da albumina glicada (frutosamina) pode ser útil na
avaliação do controle diabética durante algumas semanas, e quando
é impossível determinar a hemoglobina glicada, como nos casos de
anemia hemolítica.
Albumina 
Aumentos nas concentrações séricas da albumina são pouco
frequentes, ocorrem em casos de desidratação, e de maneira
artificial, como resultado da aplicação prolongada de um garrote
para venopunção.
Diminuições nas concentrações de albumina são frequentes em
pessoas doentes, ocasionadas provavelmente por problemas de
diluição, por perda de albumina na urina, no fluído ascítico ou no
trato gastrointestinal, ou por redução da síntese hepática, etc.
Albumina 
Reduções nas concentrações de albumina são diretamente
responsáveis pela redução de concentração de cálcio e magnésio.
As reduções nas concentrações de albumina são compensadas pelo
aumento de outras proteínas séricas, em alguns quadros
patológicos.
α1 – Antitripsina
O principal componente das α1-globulinas é o inibidor de protease
α1-antitripsina que possui a capacidade de se combinar com, e
inativar, a tripsina.
A α1-antitripsina é capaz de neutralizar a atividade das proteases, e
por isto é um fator intrínseco no mecanismo homeostático que
modula a proteólise endógena no organismo.
α2 – Macroglobulina 
É a principal proteína não-imunoglobulina no plasma.
A concentração de α2– macroglobulina aumenta na síndrome
nefrótica, pelo seu tamanho muito grande, ela não é eliminada na
urina.
A α2– macroglobulina inativa as proteases por se complexar e
formar ligações covalentes com elas.
Haptoglobina
Outra proteína importante que migra na região α2 é a haptoglobina. Tem a
função de se combinar com a hemoglobina liberada pela lise dos eritrócitos a
fim de preservar as reservas de ferro corporal e de proteínas.
Quando a capacidade da haptoglobina de ligar hemoglobina é excedida, a
hemoglobina livre é filtrada pelo glomérulo, onde depois é reabsorvida pelos
túbulos renais e convertida em hemossiderina.
As concentrações séricas de haptoglobina aumentam em resposta ao estresse,
infecção, inflamação aguda, globulina Gc, sendo que parte dela pode estar
complexada com vitamina D.
Hemopexina
A globulina com migração β, hemopexina, liga-se ao heme liberado
pela degradação da hemoglobina. Desta forma, a hemopexina pode
ser um auxiliar no diagnóstico da hemólise numa fase precoce.
Glicoproteína α1-ácida
Esta proteína, também conhecida como orosomucóide, é muito rica
em carboidratos.
Esta proteína é um reativo de fase aguda e é um ligante de
progesterona, sendo importante no transporte e metabolismo do
hormônio.
Proteína C-Reativa (PCR)
Estudos demonstraram que a proteína C reativa está presente no
soro de pacientes, onde há necrose tecidual.
Apesar das baixas concentrações no soro, a proteína C reativa tem
um significado importante como um reativo de fase aguda.
Na eletroforese, a proteína C reativa migra na faixa γ.
As concentrações de proteína C reativa, algumas vezes são
utilizadas como um teste rápido para o diagnóstico de infecção
bacteriana e viral.
Reagentes de fase Aguda 
As proteínas reativas de fase aguda compartilham a propriedade de
apresentar aumentos em suas concentrações em resposta a
condições estressantes ou inflamatórias que ocorrem durante
infecção, lesão, cirurgia, traumatismo ou necrose de outros tecidos.
Os reativos são: α1-antitripsina, glicoproteína α1-ácida,
haptoglobina, ceruloplasmina, fibrinogênio, proteína amiloide sérica
A, proteína C reativa, fator VIII, ferritina, lipoproteína, complemento
e imunoglobulinas.
Sendo a proteína C reativa, o reativo de fase aguda mais
amplamente utilizada.
Padrões de anormalidades protéicos
Os perfis de hipoproteinemia resultantes da desnutrição ou perda
proteica importante apresentam reduções em todas as frações.
A redução na intensidade para a β-lipoproteína ocorre
paralelamente com uma redução marcante na concentração de
colesterol sérico.
A enteropatia com perda de proteína apresenta a maioria das
frações diminuídas, porém a fração α2 apresenta-se elevada (α2-
macroglobulina).
Padrões de anormalidades protéicos
Na síndrome nefrótica, existem perfis complementares de
proteínas no soro
(Diminuições de albumina e α1, β e γ -globulinas, aumentos de α2-
macroglobulina e β-lipoproteína), contra aqueles na urina
(proteinúria glomerular com albumina, frações α1, β, γ presentes
porém sem α2-macroglobulina na amostra de urina).
O perfil de resposta imediata apresenta aumentos da concentração
de haptoglobina com ligeira diminuição da concentração de
albumina.
Padrões de anormalidades protéicos
O padrão de resposta tardia apresenta haptoglobina elevada, ligeira
redução na albumina e aumento policlonal das imunoglobulinas
ampliando a região γ.
A cirrose hepática resulta em diminuição da capacidade de
sintetizar albumina, regulada por um aumento policlonal marcante
das imunoglobulinas, o aumento de IgA na região β apresenta uma
continuidade com a fração γ (conhecido como ponte β-γ).
Padrões de anormalidades protéicos
A hipogamaglobulinemia se manifesta como uma ausência quase
completa da fração γ.
O mieloma múltiplo ou gamopatia monoclonal apresenta um perfil
que origina uma paraproteína (imunoglobulina) secretada por uma
proliferação monoclonal de plasmócito e geralmente apresenta-se
com quantidades anormais de γ-globulina policlonal.
Avaliação da função e lesão hepática 
Função Hepática Normal 
O fígado é o principal local para a síntese de proteínas plasmáticas,
lipídeos endógenos e lipoproteínas, fatores de coagulação e
glicogênio/glicose.
Função metabólica
O fígado está envolvido na depuração da bilirrubina, que faz parte
da conversão dos compostos lipossolúveis em formas mais
hidrossolúveis.
Função Hepática Normal
O fígado sintetiza ácidos biliares, que são importantes na absorção
da gordura pelo intestino.
É o principal local do ciclo da uréia, essencial para a conversão de
amônia em uréia.
O fígado sintetiza lipoproteínas, incluindo a VLDL, LDL e HDL. É o
principal local de gliconeogênese e de reserva de glicogênio.
Bilirrubina 
A bilirrubina é o principal metabólito do heme, encontrado na
hemoglobina, mioglobina e citocinas.
No baço, a metemoglobina dos eritrócitos é clivada liberando
globina e heme.
O anel de porfirina no heme produz biliverdina que é reduzida à
bilirrubina (bilirrubina não-conjugada), sendo estaaltamente
insolúvel em água.
No fígado, a bilirrubina entra nos hepatócitos para conjugação.
A bilirrubina é esterificada em ácido glicurônico pela ação da
bilirrubina-uridina-difosfato (UDP)- glicuronil-transferase.
A bilirrubina conjugada, sendo hidrossolúvel, pode ser filtrada pelo
glomérulo e aparecer na urina.
No intestino, a bilirrubina é metabolizada pelas bactérias em
urobilinogênio.
O urobilinogênio intestinal é convertido em pigmentos das fezes
como a estercobilina.
Distúrbios congênitos e adquiridos do 
metabolismo da bilirrubina 
Os distúrbios congênitos mais comuns que podem se apresentar
com icterícia e bilirrubina sérica elevada são: Síndrome de Gilbert,
Síndrome de Crigler-Najjar, Síndrome de Dubin-Johnson, Síndrome
de Rator.
Entre os distúrbios adquiridos, além das hepatopatias, o aumento
da bilirrubina pode ocorrer também na hemólise.
Testes laboratoriais da bilirrubina 
A bilirrubina é tipicamente quantificada por meio do ácido
sulfonílico diazotizado, o produto da reação é quantificado em
540nm.
Amônia 
A amônia deriva primariamente do metabolismo dos aminoácidos.
O metabolismo da amônia no fígado ocorre por meio do ciclo da
uréia.
A amônia aumentada é encontrada na cirrose, na Síndrome de
Reye e na insuficiência hepática aguda.
O acúmulo de amônia está associado com disfunção cerebral.
Lipídios 
O fígado é o principal local de síntese de colesterol,
apolipoproteínas e todas as lipoproteínas circulantes, portanto não é
surpreendente, que as hepatopatias alterem as concentrações
séricas de lipídeos e lipoproteínas.
A esteato hepatite não alcoólica (NASH) está associada com
triacilgliceróis aumentadas.
Na cirrose, as concentrações de lipídeos e lipoproteínas estão
reduzidas como resultado da síntese hepática reduzida.
Metabolismo de drogas 
Umas das funções do fígado envolve a produção de compostos
lipossolúveis e hidrossolúveis, facilitando excreção.
A capacidade de metabolização das drogas encontra-se
comprometida nas hepatopatias.
Ácidos biliares 
Os hepatócitos produzem ácidos biliares a partir do colesterol para
facilitar a absorção da gordura pelo intestino.
Com o comprometimento da função hepática, os ácidos biliares
devem aumentar, devido à depuração reduzida.
Síntese de proteínas 
O fígado é o local de síntese da maioria das proteínas plasmáticas.
Em muitas hepatopatias, as concentrações plasmáticas das proteínas
sintetizadas pelo fígado declinam.
Albumina
A albumina é a principal proteína produzida pelo fígado. A redução
na albumina é um dos principais sinais prognósticos nos pacientes
com cirrose.
Outras proteínas séricas 
Duas proteínas assumem importância fundamental para a detecção
das hepatopatias congênitas: α1-antitripsina, é o inibidor de protease
mais importante no plasma, os pacientes afetados desenvolvem
hepatite neonatal.
Ceruloplasmina, a principal proteína rica em cobre no soro.
Concentrações reduzidas de ceruloplasmina são encontradas na
doença de Wilson.
Fatores de coagulação 
A maioria dos fatores de coagulação é sintetizada no fígado.
Alterações da coagulação são comuns em pacientes com
hepatopatias.
O exame laboratorial mais frequentemente utilizado para detectar
anormalidades da coagulação associadas com hepatopatias é o
tempo de protrombina (TP).
Teste de lesão hepática 
Concentrações de enzimas plasmáticas
Os hepatócitos contêm concentrações elevadas de inúmeras
enzimas.
Com a lesão hepática, estas enzimas podem extravasar para o
plasma e podem ser úteis para o diagnóstico e monitoramento da
lesão hepática.
Localizações celulares das enzimas 
As enzimas citoplasmáticas incluem a lactato desidrogenase (LDH),
a aspartato aminotransferase (AST) e a alanina aminotransferase
(ALT).
As enzimas canaliculares, como fosfatase alcalina e γ-glutamil
transferase (GGT), encontram-se aumentadas nos processos
obstrutivos.
Enzimas que refletem primariamente a 
lesão celular 
Os principais marcadores de lesão celular são as enzimas
citoplasmáticas e mitocondriais. As hepatopatias são a causa mais
comum de ALT elevada.
A AST citoplasmática tem o maior índice de atividade nos
hepatócitos, enquanto a ALT tem maior meia-vida.
Na maioria das lesões hepatocelulares agudas, a AST estará
inicialmente mais elevada do que a ALT, em razão da maior atividade.
Se ocorrer dano contínuo, a ALT se tornará mais elevada do que a
AST, com base em sua meia-vida mais prolongada.
Enzimas que refletem primariamente a 
lesão canalicular 
Com a obstrução canalicular, existe um aumento gradual nas
atividades plasmáticas da fosfatase alcalina e GGT.
A GGT tende a estar mais elevada nos distúrbios obstrutivos e nas
lesões que ocupam espaço no fígado, também encontra-se
aumentada na exposição a drogas e nos pacientes que abusam
cronicamente do álcool.
A fosfatase alcalina de origem hepática é mais específica para os
processos obstrutivos.
Hepatopatias Agudas 
Os sintomas mais dramáticos estão relacionados com o controle da
bilirrubina alterada, como perda de cor nas fezes, seguida de
coloração escura da urina, esses eventos são decorrentes da
diminuição da depuração da bilirrubina no intestino e no
aparecimento de bilirrubina conjugada hidrossolúvel no plasma,
levando à bilirrubinemia.
Hepatite Aguda 
A hepatite aguda é um distúrbio no qual há lesão aguda dos
hepatócitos.
O sinal característico de lesão hepatocelular aguda é o aumento
das aminotransferases.
Aproximadamente 80 a 90% dos casos de lesão hepatocelular
aguda são resultados de infecção viral: 50% hepatite B, 25% hepatite
A e 20% hepatite C.
Icterícia colestática ou Obstrutiva 
A obstrução de drenagem por meio da árvore biliar é a outra causa
comum de icterícia de desenvolvimento agudo, denominado
também de icterícia colestática.
Um aumento nas enzimas canaliculares, particularmente fosfatase
alcalina e GGT, ocorre gradativamente com a obstrução biliar na
forma colestase.
Hepatopatias Crônicas 
A hepatite crônica refere-se ao dano contínuo ao hepatócito, que
ocorre frequentemente em indivíduos infectados com HBV e HCV.
A hepatite crônica é o principal fator predisponente à cirrose e ao
carcinoma hepatocelular, as duas principais causas de óbito por
hepatopatia.
Hemocromatose
A hemocromatose é o defeito congênito mais comum, onde o gene
afetado parece codificar uma proteína envolvida no reconhecimento
de transferrina.
Doença de Wilson
É um distúrbio congênito raro, onde o gene está envolvido no
controle do cobre no fígado, levando à incorporação inadequada do
cobre na ceruloplasmina.
A doença de Wilson está associada com disposição excessiva de
cobre nos tecidos, fígado e olhos. O cobre sérico se encontra
reduzido, enquanto o cobre urinário está aumentado.
Cirrose 
A cirrose representa o estágio final da hepatite crônica e sua fibrose
subsequente.
Na medida da evolução da fibrose, aumenta a resistência ao fluxo
sanguíneo venoso portal, produzindo evidência clínica de
hipertensão portal e levando ao comprometimento da função
sintética e metabólica do fígado.
Nos estágios finais, podem surgir complicações como encefalopatia
hepática, hipoxemia, ascite grave e síndrome hepatorrenal.
Carcinoma Hepatocelular
O carcinoma hepatocelular (HCC) é a malignidade primária mais
comum do fígado em indivíduos adultos.
Os principais fatores de risco para o desenvolvimento do HCC são
os vírus HBV e HCV.
Enzimologia Clínica 
As enzimas são proteínas que catalisam reações químicas.
Muitas enzimas possuem isoenzimas, formas estruturalmente
diferentes que catalisam a mesma reação.
Uma vez que as enzimas são compostas de alto peso molecular, a
morte das células que contêm enzimas é a causa mais comum de
aumento dessas moléculas no plasma.
Enzimas Específicas 
A síntese aumentada de enzimas pelas células também leva ao
aumento das atividades de enzimas no plasma.
Finalmente, atividades plasmáticas aumentadas de enzimas podem
ser resultado de diminuição na depuração de enzimas da circulação.O perfil de alterações enzimáticas frequentemente pode contribuir 
na identificação da fonte da lesão. 
Fosfatase ácida (ACP) 
A fosfatase ácida é uma enzima hidrolítica secretada por várias
células. Existem diversas isoenzimas da fosfatase ácida:
Fração 1 → próstata
Fração 2 e 4 → granulócitos
Fração 3 → plaquetas, eritrócitos e monócitos
Fração 5 → ossos
Fosfatase ácida (ACP) 
A doença prostática é a principal causa de aumento de fosfatase
ácida. A fosfatase ácida tem sido utilizada há muitos anos nos casos
de suspeita de estupro.
O fluido coletado da vagina fornecerá um teste positivo para
fosfatase ácida se houver sêmen presente.
A fosfatase ácida resistente ao tartarato elevada é comumente
encontrada na osteopatia metabólica.
Fosfatase Alcalina (ALP) 
Nas células, a fosfatase alcalina encontra-se primariamente ligada
às membranas.
Os hepatócitos produzem fosfatase alcalina hepática, e neste local a
enzima encontra-se ligada à superfície canalicular das células.
Os osteoblastos produzem fosfatase alcalina óssea, que parece
estar envolvida com a mineralização óssea.
As células do epitélio intestinal produzem fosfatase alcalina
intestinal, que é liberada no intestino após a ingestão de alimentos
ricos em gordura.
Fosfatase Alcalina (ALP) 
As causas mais comuns de aumento da fosfatase alcalina são as
hepatopatias e as osteopatias.
Os distúrbios que causam colestase provocam aumento da
fosfatase alcalina.
A atividade osteoblásticas aumentada na osteopatia de Paget,
osteossarcoma, tumores ósseos metastáticos e osteopatias
metabólicas são as causas mais comuns de aumento da isoenzima
óssea.
Atividades baixas de fosfatase alcalina podem ocorrer após
transfusões sanguíneas ou desvio cardiopulmonar.
Aminotransferases (AST e ALT) 
AST e ALT possuem ampla distribuição pelo organismo. AST e ALT
são catabolizadas no fígado, sendo que a atividade da AST é maior
do que aquela da ALT.
A causa mais importante de aumentos de AST e ALT é a lesão ao
hepatócito. AST e, em menor grau ALT encontra-se elevadas com
lesão muscular.
Creatina Quinase (CK) 
A CK está envolvida na reserva de energia nos tecidos,
primariamente no músculo.
As três isoenzimas resultantes são CK1 (BB), CK2 (MB) e CK3 (MM).
CK é encontrada em pequenas quantidades em todo o organismo,
mas suas concentrações mais elevadas encontram-se apenas no
músculo e no cérebro.
Creatina Quinase (CK) 
CK – MM → músculos esqueléticos
CK – MB → miocárdio
CK – BB → cérebro e músculo liso
A principal causa de aumento da CK é o dano aos músculos
cardíaco ou esquelético.
A CK-MB encontra-se elevada no infarto do miocárdio.
A CK-BB encontra-se aumentada na lesão ao músculo liso.
γ – Glutamil Transferase (GGT) 
Esta enzima encontra-se primariamente ligada à membrana
plasmática de células, como hepatócitos (nas bordas canaliculares).
 A liberação de GGT pelas células está relacionada com a liberação
dos fragmentos de membrana, sendo o fígado a principal fonte de
atividade de GGT.
A principal indicação do desempenho da GGT é a identificação da
lesão hepática.
γ – Glutamil Transferase (GGT) 
Aumentos dramáticos em GGT são indicativos característicos de
hepatopatia.
A GGT é, frequentemente, utilizada para determinar a causa de ALP
elevada.
A GGT também vem sendo sugerida como um teste para o abuso
do álcool.
Lactato desidrogenase (LD) 
A LD é uma enzima que contém zinco e faz parte da via glicolítica, é
encontrada no citoplasma de todas as células e tecidos do
organismo.
Possui cinco isoenzimas, onde a subunidade (H) é para coração e
(M) para músculo: LD1 (HHHH), LD2 (HHHM), LD3 (HHMM), LD4
(HMMM) e LD5 (MMMM).
No plasma, a maior parte de LD resulta da degradação de
eritrócitos e plaquetas.
A LD é um teste altamente inespecífico, valores alterados não são
específicos de dano a qualquer órgão em particular.
Lactato desidrogenase (LD) 
Quantidades relativas de LD, AST e ALT (juntamente com CK)
podem fornecer indícios sobre a fonte do aumento da LD.
Quando LD se encontra marcantemente elevada, mas AST, ALT e CK
estão normais ou minimamente aumentadas, isso sugere dano aos
eritrócitos ou leucócitos.
Aumentos em CK e LD, com elevações maiores em AST do que ALT,
ocorrem com lesão aos músculos cardíacos ou esqueléticos.
Aumentos em LD são raros na hepatopatia e geralmente AST e ALT
são tipicamente mais elevadas do que LD. Aumentos marcantes de
LD são observados na anemia megaloblástica, hemolíticas.
Músculo cardíaco e esquelético 
Os músculos cardíaco e esquelético possuem atividade ou
concentração elevada de enzimas e proteínas envolvidas na
geração de energia e na contração muscular.
A atividade de CK está várias vezes mais elevada no músculo
esquelético do que músculo cardíaco.
A mioglobina é uma proteína pequena e assim aparece no
plasma várias horas antes das enzimas maiores.
A troponina é predominantemente ligada às fibras musculares,
de modo que é liberada gradativamente e permanece elevada
por vários dias após a lesão.
Mioglobina 
A mioglobina é uma proteína contendo heme que se liga ao
oxigênio nos músculos cardíaco e esquelético.
No plasma, as concentrações de mioglobina estão relacionadas
com a massa e atividade musculares.
Troponinas
O termo troponina refere-se a uma família de compostos que liga a
tropomiosina e controla o acoplamento excitação-contração no
músculo.
Infarto do miocárdio 
O infarto agudo do miocárdio, a causa mais comum de morte nas
pessoas com mais de 40 anos de idade, é causado, na maior parte
das vezes, por oclusão aguda de uma artéria coronária por um
trombo.
Marcadores bioquímicos da lesão 
cardíaca 
De acordo com a OMS, os critérios para o diagnóstico do infarto do
miocárdio, exige os seguintes sinais: dor torácica, alterações no
eletrocardiograma (ECG) e aumento e declínio das enzimas
cardíacas.
AST e LD são de pouca aplicação atualmente no diagnóstico do
infarto do miocárdio.
Marcadores bioquímicos da lesão 
cardíaca 
AST apresenta um curso de tempo semelhante à CK total, com
valores de pico ocorrendo aprox. 24 horas após o infarto e
permanecendo elevados por 48 a 72 horas.
O pico de LD ocorre caracteristicamente com 36 a 48 horas após o
infarto e geralmente mostram-se alterados por quatro a sete dias.
A mioglobina é o primeiro marcador a se mostrar alterado após o
infarto do miocárdio.
Marcadores bioquímicos da lesão 
cardíaca 
A mioglobina apresenta sensibilidade razoável de 95% a 100%, mas
pouca especificidade para o diagnóstico de infarto do miocárdio.
A troponina está substituindo a CK-MB como teste diagnóstico de
eleição para infarto do miocárdio, sendo considerado padrão-ouro.
A troponina plasmática está praticamente ausente em indivíduos
normais, portanto a troponina é específica para a lesão cardíaca.
Avaliação da Função Endócrina 
Glândula Hipófise 
A glândula hipófise, localizada na base do crânio, é dividida em
lobos anterior e posterior.
A hipófise anterior produz o hormônio do crescimento (GH),
prolactina (PRL), tirotropina (hormônio estimulante da tireóide -
TSH), hormônio estimulante do folículo (FSH) e hormônio
luteinizante (LH).
A hipófise posterior libera vasopressina, também denominada de
hormônio antidiurético (ADH) e oxitocina.
Avaliação da Função Endócrina 
Glândula Hipófise 
O hipopituitarismo (função reduzida da hipófise anterior)
compreende a ausência isolada de um hormônio ou ausência
completa de todos os hormônios.
Os distúrbios hipotalâmicos e tumores hipofisários podem levar à
secreção excessiva de um ou mais hormônios.
Hormônio do Crescimento (GH) 
O diagnóstico de deficiência do GH é firmado utilizando-se a
quantificação de GH após estimulação farmacológica e o excesso de
GH é confirmado pela incapacidade de supressão do GH sérico após
uma carga de glicose oral.
O hormônio do crescimento tem ações muito amplas,
influenciando o crescimento direta e indiretamente, pela
estimulação do fator I de crescimento (somatomedina C).
Hormônio do Crescimento(GH) 
A causa mais comum de deficiência de GH em crianças é a
deficiência idiopática do hormônio do crescimento, enquanto no
adulto, a causa principal é o adenoma hipofisário.
O GH pode estar aumentado em pacientes com inúmeros
distúrbios como: acromegalia, nefropatias, cirrose, desnutrição e
estresse físico e emocional.
Prolactina 
A prolactina é um hormônio da hipófise anterior necessário para
iniciação e manutenção da lactação.
A secreção de prolactina encontra-se sob controle inibitório do
hipotálamo, tendo a dopamina como principal fator inibidor.
Na gravidez, as concentrações séricas maternas de prolactina
aumentam progressivamente e o aleitamento pode causar aumentos
elevados.
Prolactina 
A deficiência de prolactina é observada após necrose ou infarto da
hipófise e em pacientes com pseudo-hipoparatireoidismo.
A disfunção gonadal está associada com concentrações séricas
elevadas de prolactina tanto em homens quanto em mulheres.
 Adenoma de hipófise é uma causa importante de
hiperprolactinemia.
Oxitocina 
A secreção de oxitocina é estimulada pela distensão do útero
durante o trabalho de parto e pelo aleitamento.
O principal efeito da oxitocina é a estimulação da contração da
musculatura lisa.
Nos homens, a oxitocina parece exercer um papel nas funções
gonadais e sexuais.
O oxitocina pode ser um exame útil, em pacientes grávidas com
prognóstico de parto prematuro.
Vasopressina 
A vasopressina também é conhecida como ADH e tem duas funções
fisiológicas importantes.
A vasopressina tem um efeito vasopressor mediado pela contração
da musculatura lisa arterial, e também tem efeitos antidiuréticos
mediados pela potencialização da reabsorção da água a partir dos
dutos coletores corticais.
Vasopressina 
Alterações no metabolismo da água, devido a distúrbios de excesso
ou de deficiência de ADH são manifestados como síndrome de
secreção inadequada de ADH (SIADH) e diabetes insípido,
respectivamente.
Na SIADH, as concentrações séricas de ADH podem estar
variavelmente aumentadas, com urina concentrada.
No diabetes insípido (DI) a situação é inversa, em que o ADH
reduzido leva à perda excessiva de água pelos rins, resultando em
plasma hipertônico associado com urina diluída.
Glândula tireoide 
A tiroxina (T4) é o principal hormônio da tireóide liberado por essa
glândula, embora também seja produzida a L-3,5,3’ triiodotironina
(T3).
A biossíntese e a liberação dos hormônios da tireóide a partir da
tireoglobulina são controladas pela tireotrofina (TSH). O TSH é
regulado pelo hipotálamo por meio do hormônio liberador da
tireotrofina (TRH).
As doenças tireoidianas podem ser classificadas em
hipertireoidismo, hipotireoidismo e eutireoidismo.
Glândula tireoide 
A síndrome clínica mais comum associada com hipertireoidismo é a
doença de Graves, causada pela presença de anticorpos circulantes
contra o receptor de TSH.
O hipotireoidismo pode ser causado por ablação da glândula
tireoide por doença ou cirurgia.
Doenças da tireoide caracterizadas por eutireoidismo incluem
bócio e tumores benignos como adenomas foliculares.
Hormônio estimulante da tireoide (TSH) 
O TSH é o teste mais importante para determinar a disfunção da
tireoide tanto nos pacientes hipotireoidianos como nos
hipertireoidianos.
Os pacientes hipertireoidianos possuem valores de TSH suprimidos.
O hipertireoidismo subclínico é definido como TSH baixo com
concentrações de T4 e T3 normais.
Hormônio estimulante da tireoide (TSH) 
Nos pacientes com hipotireoidismo, as concentrações séricas TSH
são marcantemente elevadas.
O termo hipotireoidismo subclínico é utilizado em pacientes com
TSH elevado, mas com tiroxina e tiroxina livre normais.
Tiroxina (T4 Total) 
A combinação de um T4 baixo e TSH aumentado é indicativo de
hipotireoidismo primário, enquanto o aumento dos valores de T4 e
T3 séricos juntamente com TSH reduzido são característicos de
hipertireoidismo.
Tiroxina livre (T4 Livre)
O T4 livre (não ligado) encontra-se elevado nos pacientes
hipertireoidianos e reduzido nos pacientes com hipotireoidismo.
Triiodotironina (T3) 
A quantificação de T3 no soro é útil para confirmar o diagnóstico de
hipertireoidismo, especialmente em pacientes sem aumento ou com
aumento mínimo de T4 sérico.
Glândula Adrenal 
Hormônios da medula adrenal 
A quantificação das catecolaminas e seus metabólitos é utilizada
para confirmar o diagnóstico de feacromocitoma e neuroblastoma.
As catecolaminas epinefrina e norepinefrina são secretadas pela
medula adrenal em resposta a vários estímulos fisiológicos.
A maioria das catecolaminas é metabolizada antes de ser excretada
pela urina, produzindo metabólitos como: ácido vanililmandélico
(VMA), metanefrina e normetanefrina.
Feocromocitomas
Os feocromocitomas são tumores produtores de catecolaminas. A
triagem é realizada com exames de urina, geralmente metanefrinas,
frequentemente com VMA ou catecolaminas.
Os pacientes com feocromocitomas tendem a apresentar
resultados marcantemente elevados de metanefrina.
Embora as determinações de VMA urinário sejam comumente
utilizadas para o feocromocitoma, elas são consideradas menos
sensíveis, porém mais específicos do que as determinações de
metanefrina urinária.
Neuroblastomas
O neuroblastoma é um tumor relativamente comum da infância.
90% dos pacientes apresentam resultados elevados de ácido
homovanílico urinário e 75% apresenta VMA elevado.
Hormônios do Córtex Adrenal 
O córtex adrenal é composto de três zonas distintas.
A mais superficial é a zona glomerulosa, a fonte primária do
mineralocorticoide aldosterona, que promove a reabsorção do sal e
da água pelos rins para auxiliar na manutenção da pressão sanguínea
e da tonicidade.
A zona fasciculada, onde é produzido o glicocorticoide cortisol,
hormônio que mantém as concentrações de glicose e previne o
choque.
A zona reticular, onde são sintetizados os hormônios sexuais,
testosterona e estradiol.
Cortisol e Glicocorticóides
A secreção de cortisol pelo córtex adrenal ocorre em resposta a três
influências identificáveis: hormônio adrenocorticotrófico (ACTH),
ritmo diurno e o estresse.
Hipercortisolismo: Síndrome de Cushing
A síndrome de Cushing é um conjunto de distúrbios clínicos e
metabólicos caracterizado por hiperfunção adrenocortical, esse
quadro está associado com produção excessiva de glicocorticoides.
Os achados clínicos sugestivos de síndrome de Cushing são
obesidade central, hipertensão e hirsutismo.
Hipocortisolismo: doença de Addison e 
Insuficiência hipofisária
A insuficiência adrenocortical primária (doença de Addison) ocorre
a partir de um processo auto-imune. Os pacientes apresentam
deficiências de glicocorticoides e mineralocorticoides.
Eixo Renina-Aldosterona
O papel do eixo renina-aldosterona é de manter a pressão
sanguínea dentro dos valores normais, pela percepção de volume
normais, pela percepção do volume plasmático e seu ajuste.
A renina, por meio do seu produto, angiotensina II, estimula
diretamente a síntese e a secreção da aldosterona.
Eixo Renina-Aldosterona
Volume plasmático reduzido e sódio sérico baixo estimulam a
secreção de renina, resultando em liberação da aldosterona, que
provoca a retenção de sódio com aumento do volume plasmático,
pressão sanguínea elevada e perda de potássio.
Inversamente, o aumento efetivo do volume sanguíneo ou o
aumento na pressão sanguínea resultam em concentrações
reduzidas de renina, angiotensina II, aldosterona e perda de sódio.
A hipertensão está diretamente relacionada com renina elevada.
Gonadotrofinas e Hormônios sexuais 
Hormônio Luteinizante e Hormônio Folículo-
Estimulante 
O hipotálamo secreta o hormônio liberador de gonadotrofina
(GnRH), hormônio que controla a secreção das gonadotrofinas, LH e
FSH da hipófise anterior.
LH e FSH são secretados pela hipófise e transportados pelo sangue
para seus sítios de ação, os testículos ou os ovários.
O ciclo menstrual da mulher é dividido em uma fase folicular e uma
fase lútea em razão doaumento das gonadotrofinas hipofisárias.
Hormônio Luteinizante e Hormônio 
Folículo-Estimulante 
As concentrações de ambas as gonadotrofinas são geralmente mais
elevadas durante o período pré-ovulatório.
As concentrações de FSH geralmente são mais elevadas durante a
fase folicular do que durante a fase lútea.
Nas mulheres com insuficiência ovariana, como ocorre na
menopausa, podem ser encontrados concentrações elevadas de FSH
e LH.
Estrogênios 
Os estrogênios são responsáveis pelas características sexuais
secundárias femininas. Três são determinados na prática clínica:
estradiol, estroma e estriol.
Ovários, testículos e adrenais são capazes de sintetizar os
estrogênios a partir dos androgênios androstenediona e
testosterona.
Alguns clínicos utilizam as concentrações de estrogênios para
confirmar a menopausa. A progesterona é mais útil na avaliação da
ovulação do que o estrogênio.
Progesterona 
Nas mulheres que menstruam, a progesterona é secretada
principalmente pelo corpo lúteo do ovário, e é parcialmente
responsável pelas alterações cíclica do endométrio.
A função do corpo lúteo pode ser avaliada pela determinação da
concentração sérica de progesterona.
Androgênios 
Testosterona 
Os testículos possuem duas funções importantes:
espermatogênese e síntese e subsequente secreção dos hormônios
androgênicos.
O crescimento excessivo de pêlos corporais é conhecido como
hirsutismo, que é um indicador biológico da secreção excessiva da
testosterona.
Valores baixos em homens são sugestivos de hipogonadismo, como
síndrome de Klinefelter.
Compostos Nitrogenados não-proteicos 
Os compostos nitrogenados não-proteicos são formados no
organismo como resultado do catabolismo de ácidos nucleicos,
aminoácidos e proteínas.
A ureia é o principal composto no plasma.
Outros constituintes são aminoácidos, ácido úrico, creatinina,
creatina e amônia.
Compostos Nitrogenados não-proteicos 
A maioria destes compostos é excretada pelos rins, portanto a
determinação destes compostos no sangue tem sido utilizada como
um índice da função renal.
Concentrações elevadas dos principais componentes: ureia,
creatinina e ácido úrico, ocorrem como consequência da função
renal reduzida.
Ureia 
A ureia, o principal produto excretado do metabolismo das
proteínas, é sintetizada no fígado a partir do dióxido de carbono
(CO2) e da amônia.
A ureia é um dos parâmetros laboratoriais mais populares para
avaliar a função renal.
Correlações Clinico patológicas 
O nível aumentado de ureia no sangue é denominado azotemia.
Pode ser dividida em: azotemia pré-renal, renal e pós-renal.
A azotemia pré-renal é resultante da perfusão inadequada dos rins
e, portanto, da filtração glomerular diminuída na presença de função
renal normal.
Na azotemia renal é observada principalmente a redução da
filtração glomerular, que ocorre em uma ampla variedade de
doenças renais.
Correlações Clinico patológicas 
A azotemia pós-renal geralmente é resultado de obstrução do trato
urinário e do consequente aumento na retro difusão da ureia dos
túbulos renais para a circulação.
Uma redução significante da concentração sérica/plasmática da
ureia ocorre em poucas condições: nutrição insuficiente, alta
ingestão de líquidos, na gravidez, hepatopatias, etc.
Técnicas Analíticas 
A ureia é quantificada no soro, no plasma e na urina. Existem 2
métodos analíticos: direto e indireto.
Os métodos diretos baseiam-se na reação de Fearon, na qual a
ureia é quantificada pela condensação direta com o diacetil
monoxima na presença de ácido forte para formar um derivado da
diazima que absorve em 540nm.
Nos métodos indiretos, a ureia é, inicialmente, hidrolisada pela
enzima urease (ureia amidoidrolase) em amônio (NH4
+) e
bicarbonato (HCO3
-) com subsequente quantificação do amônio por
processos espectrofotométricos ou eletroquímicos.
Intervalo de Referência 
O intervalo de referência para ureia no soro ou plasma é de 8 a
20mg/dL. A excreção urinária de ureia, em adultos com valores
médios de proteínas, é de 17 a 20g/24h.
Creatina e Creatinina 
A creatina é o principal composto de reserva do fosfato altamente
energético necessário para o metabolismo muscular.
É sintetizada principalmente no fígado, sob condições fisiológicas, a
creatina perde água, formando sua amida cíclica, creatinina.
Uma vez formada, a creatinina não é reutilizada no metabolismo
corporal, e assim funciona exclusivamente como um produto de
degradação.
Correlações Clínico patológicas 
Tanto a creatinina sérica quanto a creatinina urinária têm sido utilizadas
como índices da função renal em função da constância de formação da
creatinina.
A creatinina sérica elevada está associada com uma redução da taxa de
filtração glomerular (TFG).
O achado de depuração reduzida da creatinina e creatinina sérica
aumentada é certamente indicativo de comprometimento da função
renal.
A concentração sérica ou plasmática de creatinina e a excreção urinária
de creatinina estão significativamente aumentadas por necrose ou atrofia
de músculos esqueléticos, distrofias musculares, poliomielites, etc.
Técnicas Analíticas 
A creatinina pode ser quantificada no soro, no plasma e na urina.
O método mais amplamente utilizado para a quantificação da
creatinina baseia-se na reação de Jaffé, onde a creatinina é tratada
com uma solução alcalina de picrato para gerar um complexo
vermelho-alaranjado brilhante, que absorve luz em 485nm.
O intervalo de referência para a creatinina sérica em adultos é de
0,6 a 1,2mg/dL para homens e 0,5 a 1,0mg/dL para mulheres.
O intervalo de referência para a excreção renal de creatinina é de
1,0 a 2,0g/24h para homens e 0,6 a 1,5g/24h para mulheres.
Ácido Úrico 
O ácido úrico é o produto final da degradação dos ácidos nucleicos
e do catabolismo das purinas em seres humanos.
A maior parte do ácido úrico é sintetizada no fígado e na mucosa
intestinal.
Aproximadamente dois terços do urato são excretados pelos rins.
Correlações Clínico patológicas 
Hiperuricemia é definida como a concentração de urato no soro
maior do que 7mg/dL e pode resultar de inúmeros distúrbios como:
produção aumentada de urato e/ou excreção renal reduzida.
A hiperuricemia pode estar associada à gota, erros inatos do
metabolismo das purinas (Síndrome de Lesch-Nyhan), atividade
aumentada de fosforribosil pirofosfato, nefropatia terminal, drogas e
substâncias químicas e ingestão de etanol.
A hipouricemia está relacionada à defeitos da reabsorção tubular
renal, sejam congênitos, como a Síndrome de Fanconi e doença de
Wilson, seja adquirida, por meio de danos tóxicos.
Técnicas Analíticas 
O método mais popular, no passado, para determinar o ácido úrico
era o método de Caraway, que se baseia na oxidação do ácido úrico
pelo fosfotungstato.
O ácido fosfotungstato é reduzido a azul de tungstênio, que é
determinado fotometricamente em 70nm.
O intervalo de referência para o ácido úrico sérico ou plasmático
varia de 3,5 a 7,2mg/dL para homens e 2,7 a 6,0mg/dL para
mulheres.
O adulto médio excreta aproximadamente 0,4 a 0,8g ácido úrico na
urina a cada 24h.
Amônia 
A amônia é um produto do metabolismo dos aminoácidos e,
portanto, do catabolismo das proteínas.
A amônia é formada principalmente no fígado pela desaminação
oxidativa dos aminoácidos.
A maior parte da amônia é eliminada como ureia, que é formada
no ciclo da ureia.
Correlações Clínico patológicas 
A hepatopatia grave é a etiologia mais frequente para alterações no
metabolismo da amônia.
Quando a função hepática não mais se encontra adequada para
metabolizar a amônia, a concentração plasmática aumenta, com
várias manifestações tóxicas, particularmente no cérebro.
Técnicas Analíticas 
A quantificação da amônia no sangue envolve a conversão do
amônio (NH4
+) em amoníaco (NH3) gasoso.
O NH3 liberado pode ser separado do plasma ou do soro pela
reabsorção em uma resina de troca iônica seguida pela quantificação
com reagente de Nessler ou pela reação indofenol.
A amôniaplasmática em adultos normais é, em média, inferior a
120ug/dL.
Aminoácidos 
Os aminoácidos são a unidade estrutural básica das proteínas e
representam o segundo maior constituinte do nitrogênio plasmático
não-proteico.
As proteínas são compostas de cadeias longas de resíduos de
aminoácidos unidas por ligações peptídicas.
No processo de digestão, ocorre a clivagem enzimática das ligações
peptídicas, que liberam aminoácidos que podem ser absorvidos pelo
intestino.
Correlações Clínico patológicas 
Em geral, a determinação da concentração urinária de aminoácidos
é de maior valor clinico do que as concentrações plasmáticas.
A excreção urinária aumentada de aminoácido é de dois tipos
principais: excesso de fluxo e renal.
A aminoacidúrias, por excesso de fluxo, são aqueles que
acompanham concentrações aumentadas de aminoácidos no plasma
quando os túbulos renais são incapazes de reabsorver as
concentrações aumentadas.
Correlações Clínico patológicas 
Estas condições podem ser causadas por um erro inato do
metabolismo. Os erros inatos do metabolismo são mais
frequentemente diagnosticados no período neonatal.
A fenilcetonúria é resultado de uma deficiência hereditária ou da
ausência da fenilalanina hidroxilase, enzima necessária para a
conversão metabólica da fenilalanina em tirosina, com um
consequente aumento da fenilalanina e ácido fenilpirúvico, no
plasma e urina.
Correlações Clínico patológicas 
A doença de xarope de bordo é um distúrbio autossômico recessivo
causado por defeitos na desidrogenase dos α-cetoácidos da cadeia
ramificada, que leva ao acúmulo dos aminoácidos da cadeia
ramificada leucina, isoleucina e valina.
A tirosinemia transitória neonatal é o distúrbio mais comum de
aminoácidos no período neonatal. É causado por um desequilíbrio
na concentração sérica de tirosina produzida pela ingestão de
proteínas.
Correlações Clínico patológicas 
As aminoacidúrias secundárias ocorrem na cirrose e em outras
hepatopatias crônicas. As aminoacidúrias renais são o resultado da
reabsorção tubular reduzida.
A homocisteína é um aminoácido contendo enxofre gerado pela
desmetilação na metionina. A regulação da homocisteína depende
de folato, vitamina B6 e B12. A deficiência em qualquer dessas
vitaminas leva a uma elevação da homocisteína.
Reduções significativas na concentração plasmática dos
aminoácidos ou na taxa de excreção urinária são raras.
Intervalo de Referência 
Inúmeros métodos vêm sendo utilizados para a triagem de erros
inatos do metabolismo em recém-nascido, incluindo cromatografia
de camada delgada, ensaios fotométricos e o teste de Guthrie.
Ferro 
O ferro é um elemento essencial para uma ampla variedade de
processos metabólicos.
Em função de sua capacidade de passar pelos estados de oxidação
ferrosa (Fe2+) e férrica (Fe3+), o ferro pode atuar como transportador
de oxigênio e de elétrons e como um cofator metal para muitas
enzimas.
Ferro 
O ferro (Fe) é o metal mais abundante no organismo humano, dois
terços do ferro corporal total existem como ferro na hemoglobina
dos eritrócitos, um quarto do ferro permanece nas reservas como
ferritina e hemossiderina, e o resto estão presentes nos tecidos em
todo o organismo na mioglobina, e nas enzimas heme e não-heme.
Uma pequena quantidade de ferro está ligada à transferrina.
Ferro 
A fim de ser absorvido, o ferro da dieta precisa estar na forma
ferrosa (Fe2+). O ferro heme é absorvido diretamente como hemina
(Fe3+heme). Uma vez absorvido, o ferro é transportado para o
plasma ligado a transferrina.
A transferrina liga-se ao ferro férrico (Fe3+) com alta afinidade, e
transporta o ferro entre os locais de absorção, armazenamento e
utilização.
A ferritina é uma proteína ubíqua, cuja única função conhecida é o
sequestro e a reserva de ferro.
Correlações Clínico patológicas 
A deficiência de ferro denota um déficit no ferro corporal total e
ocorre em graus variados de gravidade.
A anemia ferropriva é a fase mais avançada de deficiência de ferro
e caracteriza-se por valores baixos de hemoglobina ou do
hematócrito, reservas de ferro ausentes ou reduzidas, ferro sérico
reduzido e saturação da transferrina diminuída.
Correlações Clínico patológicas 
O excesso de ferro indica excesso de ferro corporal total resultante
de um suprimento de ferro que excede as suas exigências.
A forma mais comum de excesso de ferro é a hemocromatose
hereditária, um distúrbio metabólico autossômico recessivo.
A doença tem um curso lento, e os pacientes apresentam
manifestações quando o acúmulo de ferro já atingiu valores tóxicos e
dano aos órgãos.
Técnicas Analíticas 
Os métodos incluem determinações do ferro sérico, da transferrina,
dos receptores da transferrina e da ferritina.
A concentração de ferro sérico reflete o Fe3+ ligado a transferrina e
não inclui o ferro contido no soro como hemoglobina livre.
O ferro sérico é quantificado por métodos colorimétricos e
espectrofotométricos.
Técnicas Analíticas 
O intervalo de referência varia de 75 a 175µg/dL em homens e
menos 10µg/dL para mulheres.
A transferrina tem sido tradicionalmente quantificada como a
capacidade de ligação do ferro total (CLFT).
A ferritina plasmática torna-se um indicador valioso de ausência de
reservas de ferro.
Porfirinas 
As porfirinas são tetrapirróis que exibem fluorescência vermelha
característica quando da exposição à luz ultravioleta.
As porfirinas são ubíquas e o complexo ferro-porfirina, heme, é
fundamental para todas as reações biológicas de oxidação.
Três tipos de porfirinas têm importância clínica: as uroporfirinas, as
coproporfirinas e as protoporfirinas.
Porfirinas 
O heme é necessário para a síntese da hemoglobina nos eritrócitos
e serve como base de várias enzimas.
A medula óssea eritróide é o principal tecido formador de heme no
organismo, produzindo 85% das exigências diárias de heme.
Correlações Clínico patológicas 
As porfirinas compreendem um grupo de distúrbios hereditários ou
adquiridos caracterizada por deficiência ou atividade reduzida de
uma enzima específica na via biossintética do heme, culminando
com produção excessiva e excreção aumentada dos precursores do
heme.
Técnicas Analíticas 
Os principais exames bioquímicos para diferenciaras porfirinas
envolvem a determinação das porfirinas e seus metabólitos, ALA e
PBG (ácido ẟ-aminolevulínico e porfobilinogênio), na urina, nas fezes
e no sangue.
Minerais e Metabolismo Ósseo 
O esqueleto é um órgão metabolicamente ativo que sofre
remodelamento contínuo ao longo da vida.
Os ossos são compostos, primeiramente, de minerais inorgânicos
(cálcio e fósforo) e de uma matriz orgânica. 90 a 95% da matriz
orgânica são compostas de colágeno tipo I.
Os osteoclastos reabsorvem o osso porque produzem íons
hidrogênio que mobilizam os minerais e enzimas proteolíticas que
hidrolisam a matriz orgânica.
Os osteoblastos sintetizam a matriz orgânica e controlam a
mineralização da matriz recém-sintetizada.
A concentração de cálcio, fosfato e magnésio no plasma depende
do efeito da disposição e reabsorção do mineral no osso, da
absorção intestinal e da excreção renal.
Cálcio 
O cálcio é o quinto elemento mais comum e o cátion mais
prevalente no corpo humano. Um adulto saudável possui 1 a 1,3kg
de cálcio, 99% dele na forma de hidroxiapatita no esqueleto.
Além de sua importância evidência na mineralização do esqueleto,
o cálcio exerce um papel vital em processos fisiológicos como
coagulação sanguínea, neurotransmissão, atividade enzimática,
manutenção do tônus normal e excitabilidade dos músculos
esqueléticos e cardíacos.
A concentração de cálcio ionizado no fluído extracelular é mantida
constante em um equilíbrio que é alcançado principalmente pela
ação do paratormônio ou hormônio da paratireoide (PTH) e da 1,25
dihidroxivitamina D3.
Os principais órgãos alvo destes hormônios são ossos, rins e
intestinos.
Quando a concentração do cálcio decai, as glândulas paratireoides
percebem a alteração e secretam imediatamente o PTH.O PTH age nos ossos e libera o cálcio no fluído extracelular.
Ao mesmo tempo o PTH também ativa nos rins estimulando um
aumento de secreção de fosfato e alguma reabsorção de cálcio nos
néfrons distais, induzindo um retorno nas concentrações normais de
cálcio.
Técnicas Analíticas 
Os métodos utilizados, atualmente, para a determinação de cálcio
total são: análise colorimétrica, titulação e espectrometria de
absorção atômica.
O cálcio ionizado é determinado por eletroquímicos.
O cálcio total em adultos varia de 8,8 a 10,3mg/dL. O intervalo de
referência para o cálcio ionizado é 4,6 a 5,3mg/dL. A excreção
urinária do cálcio é 300mg/24h.
Fósforo 
O conteúdo total de fósforo no organismo é em torno de 700g. O
esqueleto contém principalmente fosfato inorgânico.
Além de seu papel no esqueleto, o fosfato tem funções
extracelulares e intracelulares importantes.
O fosfato é um constituinte essencial dos ácidos nucleicos, dos
fosfolipídios e das fosfoproteínas.
Fósforo 
O fosfato forma compostos altamente energéticos (ATP) e cofatores
(NADP), o fósforo é essencial para a contratilidade dos músculos,
funções neurológicas, etc.
O fósforo está presente em praticamente todos os alimentos,
aproximadamente 60 a 80% do fósforo ingerido são absorvidos no
intestino.
O fósforo é filtrado livremente no glomérulo, porém o PTH induz
fosfotúria pela inibição do contratransporte que ocorre na
reabsorção tubular.
Técnicas Analíticas 
O método mais utilizado para a determinação do fosfato inorgânico
baseia-se na reação do fosfato com o molibdato de amônia para
formar o complexo fosfomolibdato
Valores de Referência
O fósforo sérico varia entre 2,8 e 4,5mg/dL.
Magnésio 
O magnésio é o quarto cátion mais abundante no organismo, e o
segundo cátion intracelular mais prevalente. 50 a 60% do magnésio
encontram-se nos ossos.
O magnésio é essencial para o funcionamento de mais de 300
enzimas celulares. Este cátion também é necessário para o
metabolismo energético celular e na estabilização da membrana,
condução nervosa, etc.
O magnésio corporal total depende principalmente de absorção
intestinal e da excreção renal. O rim é o principal órgão envolvido na
regulação do magnésio.
Técnicas Analíticas 
O soro e não plasma é preferível para a determinação de magnésio.
Pode ser quantificado por fotometria, precipitação, fluorometria,
etc.
Intervalo de Referência
O magnésio sérico total varia entre 0,75 a 0,95 mmol/L.
Hormônios que controlam o Metabolismo 
dos Minerais 
Os três principais hormônios que controlam o metabolismo mineral
e ósseo são:
Hormônio da paratireoide ou paratormônio (PTH)
Vitamina D e metabólitos
Calcitonina
Hormônio da paratireoide ou 
paratormônio (PTH) 
O PTH é sintetizado e secretado pelas células principais da glândula
da paratireoide.
Múltiplos fatores controlam a liberação de PTH pelas glândulas da
paratireoide.
A secreção do PTH é regulada pelo cálcio ionizado extracelular.
Hormônio da paratireoide ou 
paratormônio (PTH) 
A função fisiológica primária de PTH é manter a concentração do
cálcio ionizado no fluído extracelular, que pode ser alcançada por:
estimulação da reabsorção óssea osteoclástica e liberação do cálcio
e fosfato ósseos;
estimulação da reabsorção do cálcio e inibição da reabsorção do
fosfato pelos túbulos renais;
estimulação da produção renal de 1,25 (OH)2D3, que aumenta a
absorção intestinal do cálcio e do fosfato.
O PTH é quantificado por radioimunoensaio (RIE) ou ensaio
imunométrico não competitivo. O intervalo de referência para o PTH
intacto é de 10 a 65 pg/mL.
Calcitonina 
A calcitonina é sintetizada e secretada pelas células C especializadas
da glândula tireoide. A concentração de cálcio ionizado é o regulador
mais importante da secreção de calcitonina. Os aumentos do cálcio
ionizado levam a um aumento da secreção de calcitonina.
A calcitonina inibe diretamente a reabsorção óssea osteoclástica,
em função de sua propriedade redutora do cálcio e do fósforo.
A calcitonina sérica é quantificada por métodos imunométricos. O
intervalo de referência é inferior a 25 pg/mL para homens e menos
de 20 pg/mL para mulheres.
Vitamina D e metabólitos 
O hormônio esteroide Calcitriol (1,25(OH)2D3) é o principal
metabólito biologicamente ativo da família de esteróis da vitamina
D.
A hidroxilação renal da 1,25 hidroxivitamina D é o principal ponto
de controle no metabolismo da vitamina D, que responde às
concentrações de cálcio e fosfato e às concentrações de PTH
circulante.
O cálcio sanguíneo reduzido estimula as glândulas da paratireoide a
secretar PTH, o que aumenta a produção de Calcitriol, nos túbulos
renais proximais.
Vitamina D e metabólitos 
No intestino, o efeito do Calcitriol consiste em estimular o
transporte do cálcio e do fosfato no lúmen do intestino delgado para
a circulação, aumentando desta forma as concentrações plasmáticas
de cálcio e fosfato.
 O Calcitriol também aumenta a reabsorção óssea e potencializa os
efeitos do PTH no néfron para produzir a reabsorção renal tubular do
cálcio.
Técnicas Analíticas e Intervalo de 
Referência 
Apenas a determinação de calcifediol (25(OH)D) e de calcitriol
(1,25(OH)2D3) tem significado clínico. Pode ser feita através da
Cromatografia líquida de alta eficiência (HPLC).
O intervalo de referência para calcifediol no soro é 10 a 50 ng/mL e
para calcitriol é de 15 a 60 pg/mL.
Distúrbios do Metabolismo dos Minerais 
Hipercalcemia
As causas mais comuns de hipercalcemia são hiperparatireoidismo
primário e malignidade.
O hiperparatireoidismo primário caracteriza-se por secreção
excessiva de PTH na ausência de um estímulo fisiológico adequado.
O hiperparatireoidismo secundário ocorre quando existe uma
resistência às ações metabólicas do PTH.
A malignidade é a causa mais frequente de hipercalcemia na
população hospitalizada e a intoxicação por vitamina D é outra causa
de hipercalcemia.
Hipocalcemia 
As causas mais comuns de hipocalcemia são insuficiência renal
crônica, hipomagnesemia, hipoparatireoidismo, pseudo-
hipoparatireoidismo, deficiência de vitamina D e pancreatite aguda.
O hipoparatireoidismo, hereditário ou adquirido, caracteriza-se por
produção ausente ou reduzida de PTH pelas glândulas paratireoides,
o que leva a uma queda na concentração plasmática de cálcio e uma
hiperfosfatemia correspondente.
O pseudo-hipoparatireoidismo é um distúrbio genético raro no qual
ocorre ação ineficiente do PTH em vez de falência na produção do
hormônio da paratireoide.
Hiperfosfatemia
Geralmente é provocada por excreção renal reduzida na
insuficiência renal aguda ou crônica, ingestão aumentada com
administração excessiva oral, retal ou intravenosa, ou carga
extracelular aumentada.
Hipofosfatemia
O abuso de álcool é a causa mais comum de hipofosfatemia grave,
provavelmente como o resultado da ingestão insuficiente na dieta,
vômito, uso de antiácidos e fosfatúria marcante.
Hipermagnesemia
É uma condição rara, as pessoas em maior risco são idosos e os
pacientes com distúrbios pélvicos ou insuficiência renal.
Hipomagnesemia
A razão mais comum é a perda do magnésio pelo trato GI ou pelos
rins. Diabetes melito é uma causa comum de hipomagnesemia,
provavelmente secundária à glicosúria e diurese osmótica.
Marcadores bioquímicos da Remodelação 
Óssea 
O esqueleto exerce várias funções, incluindo sustentação ao
organismo, proteção de órgãos internos, e fornecimento de locais
para a fixação dos músculos, cavidades para a formação de células
ósseas e um reservatório de minerais.
O remodelamento ósseo é um processo acoplado que inicia com a
reabsorção dos ossos senescentes pelos osteoclastos, seguida da
formação de osso novo pelos osteoclastos.
Marcadores da Reabsorção Óssea
O tecido ósseo possui três componentes: uma matriz orgânica
(osteóide), osso mineral e células ósseas.
A matriz orgânica consiste 90% de colágeno tipo I e 10% de
proteínas como osteocalcina e osteopontina.
Os marcadores da reabsorção óssea incluem a fosfataseácida
resistente ao tártaro e produtos da degradação do colágeno.
Marcadores da Reabsorção Óssea
A fosfatase ácida é uma enzima lisossomal encontrada nos ossos,
na próstata, plaquetas, eritrócitos e baço.
A isoenzima da fosfatase ácida encontrada no osso é resistente ao
tartarato e instável.
Marcadores da Formação Óssea 
Incluem fosfatase alcalina, osteocalcina e peptídeos de extensão do
pro colágeno.
A fosfatase alcalina óssea, uma enzima ligada à membrana dos
osteoblastos, é liberada na circulação pela atividade da
fosfatidilinositol glicose e pela formação de vesículas de membranas.
Marcadores da Formação Óssea 
A osteocalcina é a principal proteína não colagenosa da matriz
óssea.
A osteocalcina pode agir como um sítio para os cristais de
hidroxiapatita.
Os osteoblastos secretam moléculas de pro colágeno que sofrem
clivagem celular nas regiões amina e carboxiterminais, formando os
peptídeos do pro colágeno.

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