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PRODUÇÃO DE SORO

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SORO E VACINA
O soro e a vacina são dois agentes que contribuem para a imunização. Diferenciam-se porque o soro é uma imunização passiva, e a vacina é uma imunização ativa.
A vacina e o soro são duas ferramentas usadas no controle de doenças, sendo fundamentais tanto para a proteção individual quanto para a proteção de toda a população. Esses dois produtos são imunizadores, entretanto, deve-se conhecer a diferença entre eles para saber quando qual produto deverá ser administrado.
Vacinas
As vacinas são um tipo de imunização ativa, pois, com elas, o corpo é estimulado a produzir uma resposta imunológica contra determinado antígeno. A resposta, apesar de não ocorrer de forma imediata, garante uma proteção duradoura contra determinada doença.
A vacina é composta pelo antígeno (enfraquecido ou inativado) causador da doença. Ao entrar no corpo, ele incentiva a produção de anticorpos e também de células de memória. Quando uma nova infecção acontece, o corpo já está preparado graças às células de memória, que reconhecem rapidamente o antígeno e estimulam a produção das células de defesa.
Diante dessas características, podemos concluir que as vacinas são, na realidade, agentes protetores, portanto, não devem ser utilizadas quando a doença já acometeu o paciente. Como exemplos de vacinas, podemos citar a BCG e aquela contra o HPV, mas há inúmeras outras.
A Produção de Soro
A partir de 1880 começaram a serem publicados trabalhos científicos sobre ofidismo, sendo que antes, todo tratamento relacionado com serpentes era feito por curandeiros. No Brasil, o médico Vital Brazil começou seu trabalho em São Paulo e deparou-se com inúmeros casos de óbito e mutilações, decidindo dedicar-se ao estudo do ofidismo e comprovou a necessidade da especificidade do antiveneno ofídico. 	Comment by Maxoel Felix: (Ofidismo) Aspectos Epidemiológicos. Dentre os acidentes por animais peçonhentos, o ofidismo é o principal deles, pela sua freqüência e gravidade. Ocorre em todas as regiões e estados brasileiros e é um importante problema de saúde, quando não se institui a soroterapia de forma precoce e adequada.	Comment by Maxoel Felix: Vital Brazil (1865-1950) foi um médico, sanitarista e pesquisador brasileiro. Pioneiro no estudo das toxinas desenvolveu o soro antiofídico para tratamento de mordidas de animais peçonhentos (serpente, escorpião e aranha).
Em 1899, em razão da necessidade, o Governo de São Paulo resolveu fundar o Instituto Butantã, sob a direção de Vital Brazil.	Comment by Maxoel Felix: O Instituto Butantan (ou Butantã) é um destacado centro de pesquisa biológica localizado no bairro do Butantã, na zona oeste da cidade de São Paulo, adjacente ao campus Cidade Universitária da Universidade de São Paulo.
Os soros são utilizados para tratar intoxicações provocadas pelo veneno de animais peçonhentos ou por toxinas de agentes infecciosos, como os causadores da difteria, botulismo e tétano. A primeira etapa da produção de soros antipeçonhentos é a extração do veneno de animais como serpentes, escorpiões, aranhas e taturanas.
Após a extração, a peçonha é submetida a um processo chamado liofilizacão, que desidrata e cristaliza o veneno. Em seguida, o veneno liofilizado (antígeno) é diluído e injetado no cavalo, em doses adequadas para produzir anticorpos até o nível desejado. O soro é obtido a partir da purificação e concentração do plasma sanguíneo do animal. No final do processo, o soro obtido é submetido a testes de controle de qualidade.	Comment by Maxoel Felix: 
A hiperimunização para a obtenção do soro é realizada em cavalos desde o começo do século porque são animais de grande porte. Assim, produzem uma volumosa quantidade de plasma com anticorpos para o processamento industrial de soro para atender à demanda nacional, sem que os animais sejam prejudicados no processo. Há um acompanhamento médico-veterinário destes cavalos, além de receberem uma alimentação ricamente balanceada.
O soro é distribuído gratuitamente a hospitais, casas de saúde e postos de atendimento médico por todo o país pelo Ministério da Saúde. O soro deve ser administrado nesses locais para que seja acompanhada a evolução e gravidade do acidente.
Além disso, como o soro é produzido a partir de anticorpos de cavalos (e não seres humanos) pode provocar reações alérgicas intensas que devem ser monitoradas por profissionais. Para um melhor resultado, o soro deve ser específico para o veneno injetado durante o acidente. Assim, é importante que o reconhecimento da serpente que causou o acidente.
Os soros produzidos contra acidentes com serpentes peçonhentas são:
Antibotrópico: para acidentes com serpentes do gênero Bothrops (jararaca, jararacuçu, cruzeira, urutu).
· Anticrotálico: para acidentes com Crotalus durissus (cascavel).	Comment by Maxoel Felix: 
· Antilaquético: para acidentes com Lachesis muta (surucucu, pico-de-jaca).	Comment by Maxoel Felix: 
· Antielapídico: para acidentes com serpentes da família Elapidae (coral).	Comment by Maxoel Felix: 
· Antibotrópico-laquético: para acidentes com serpentes dos gêneros Bothrops e Lachesis muta.	Comment by Maxoel Felix: 
LONOMIA VENENOSA

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