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Contabilidade SUMÁRIO Introdução a Contabilidade .......................5 Patrimônio ............................................ 25 Aspectos Introdutórios ao Método das Partidas Dobradas ................ 51 Método das Partidas Dobradas - Escrituração .......................................... 65 Variações do Patrimônio Líquido .............. 79 Registro de Operações decorrentes do Regime de Competência de Exercícios ...... 91 Balanço Patrimonial e DRE – Demonstração do Resultado do Exercício .......................... 103 Operações com Mercadorias ..................117 Princípios de Contabilidade ................... 135 Contabilidade REITORIA Reitor Prof. Fernando de Melo Nogueira Vice-Reitor e Pró-Reitor de Graduação Prof. Guilherme Guazzi Rodrigues Pró-Reitor de Planejamento e Administração Prof. Márcio Dario da Silva Pró-Reitora de Pós-Graduação, Pesquisa e Extensão Profª. Drª. Maria Lectícia Firpe Penna FACULDADE DE CIÊNCIAS EMPRESARIAIS (FACE) Diretor-Geral Prof. Marco Túlio de Freitas Diretora de Ensino Profª. Renata de Sousa da Silva Tolentino FACULDADE DE CIÊNCIAS HUMANAS, SOCIAIS E DA SAÚDE (FCH) Diretor-Geral Prof. Antônio Marcos Nohmi Diretor de Ensino Prof. João Batista de Mendonça Filho FACULDADE DE ENGENHARIA E ARQUITETURA (FEA) Diretor-Geral Prof. Eduardo Georges Mesquita Diretora de Ensino Profª. Maria Silvia Santos Fiuza BELO HORIZONTE 2017 QUAIS SÃO OS CAMPOS DE ATUAÇÕES DA CONTABILIDADE CONCEITUANDO E QUALIFICANDO A CONTABILIDADE USUÁRIOS DA CONTABILIDADE E SEUS INTERESSES QUEM É O PROFISSIONAL CONTÁBIL BASES DA CONTABILIDADE INTRODUÇÃO A CONTABILIDADE Contabilidade INTRODUÇÃO A CONTABILIDADE Profa. Guadalupe Machado Dias APRESENTAÇÃO E falando em riqueza, ou seja, do dinheiro em suas diversas modalidades, além de necessá- rio, é fascinante. Não há crescimento, melhorias ou expectativas sem recursos. E quanto à qualidade de vida, respeito social, paz ou guerra, entre povos ou com a natureza, presentes estão os recursos. Independente do ranking, “o contar” faz parte do nosso universo, é inerente ao ser humano, seja qualitativamente ou quantitativamente. Para tanto, o que está por traz de todas essas estatísticas diz respeito aos recursos envolvidos, desta forma, a Contabilidade. Um tema fascinante, pois é o caminhar para muitas respostas. Neste módulo você vai estudar e compreender o que é Contabilidade, sua origem, evolução, motivação, processos e etapas. Conhecerá o objeto de estudo da Contabilidade com seu objetivo e funções. Conhecerá e identificará seus usuários e interesses. Quem é o profissio- nal contábil; seu campo de atuação, ramificações e especializações. Estudará os pilares da Contabilidade, ou seja, sua sustentação como ramo de conhecimento. OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM Ao final desse módulo você estará apto a: • Conceituar e qualificar a Contabilidade. • Identificar seu objeto de estudo e objetivo. • Entender suas funções. • Identificar os usuários da Contabilidade e seus respectivos interesses. • Conhecer quem é o Profissional Contábil, sua formação e suas funções. • Apontar e exemplificar quais são os campos de atuações da Contabilidade. • Identificar as bases da Contabilidade. Profa. Guadalupe Machado DiasProfa. Guadalupe Machado Dias Caro(a) aluno(a),Caro(a) aluno(a),Caro(a) aluno(a),Caro(a) aluno(a),Caro(a) aluno(a), Estamos iniciando os estudos no universo da Contabilidade, uma Estamos iniciando os estudos no universo da Contabilidade, uma Estamos iniciando os estudos no universo da Contabilidade, uma Estamos iniciando os estudos no universo da Contabilidade, uma Estamos iniciando os estudos no universo da Contabilidade, uma viagem ao mundo da riqueza, mola que move a humanidade viagem ao mundo da riqueza, mola que move a humanidade viagem ao mundo da riqueza, mola que move a humanidade viagem ao mundo da riqueza, mola que move a humanidade viagem ao mundo da riqueza, mola que move a humanidade enquanto classificada, mensurada e informada para que as enquanto classificada, mensurada e informada para que as enquanto classificada, mensurada e informada para que as enquanto classificada, mensurada e informada para que as enquanto classificada, mensurada e informada para que as decisões sejam tomadas, no objetivo de geração de mais riquezas.decisões sejam tomadas, no objetivo de geração de mais riquezas.decisões sejam tomadas, no objetivo de geração de mais riquezas.decisões sejam tomadas, no objetivo de geração de mais riquezas.decisões sejam tomadas, no objetivo de geração de mais riquezas. Seja bem-vindo(a) a este universo. Bom Seja bem-vindo(a) a este universo. Bom Seja bem-vindo(a) a este universo. Bom Seja bem-vindo(a) a este universo. Bom Seja bem-vindo(a) a este universo. Bom trabalho e proveito!trabalho e proveito!trabalho e proveito!trabalho e proveito!trabalho e proveito! Introdução a Contabilidade6 A Contabilidade Veja as figuras abaixo e reflita sobre elas! A que remete tais figuras?A que remete tais figuras? E agora? Estas... Se a sua reflexão o (a) levou a pensar no dinheiro da seguinte forma: • Dinheiro no mundo, globalização, segurança, proteção; • Dinheiro nas indústrias, economia, poluição, apelo sócio ambiental; • Dinheiro, mais poluição, transporte, pessoas; Introdução a Contabilidade 7 • Dinheiro, estoque de carros, estacionamento; • Dinheiro, e a preocupação pela falta de dinheiro, stress; dor de cabeça, e dá-lhe café; • Dinheiro, e Rio de Janeiro, carnaval, mulata, dinheiro, férias. • O melhor time de futebol do Brasil, e mais dinheiro. Vamos começar pelo o que há de comum em todas elas: O dinheiro. Isso mesmo, o dinheiro é o que está por trás de todas as ações, sejam elas laborais, ou não. E onde está representado o dinheiro? Na Contabilidade. Seja ela de pessoas físicas ou jurídicas, formal, como veremos em nossos estudos, ou não, como a contabilidade dos indivíduos naturais. Seja ele em espécie, seja ele em suas variações. É a informação sobre o que se têm o que denominamos informações finan- ceiras ou contábeis, e que por sua vez se torna necessária de reporte, de ser referida, demonstrada, de forma precisa e fidedigna; CONFIÁVEL. Assim essa informação é inevitável e fundamental à tomada de decisões, no que se refere à riqueza, o que nos remete a entender o que é a Contabilidade e para tanto sua origem. Origem e processos da Contabilidade A Contabilidade remete a tempos remotos, e cronologicamente, pode ter tido como início, o aparecimento do homem na terra. Todos nós possuímos alguma coisa, a que denomina- remos de riqueza, mais à frente em nossos estudos. Coisascujos registros podem ser comprovados desde os homens das cavernas, por exemplo, quando de suas inscrições ou desenhos rupestres. Parabéns é isso mesmo!Parabéns é isso mesmo!Parabéns é isso mesmo! Mas, o que estas imagens têm haver com “a Contabilidade” ? Mas, o que estas imagens têm haver com “a Contabilidade” ? Mas, o que estas imagens têm haver com “a Contabilidade” ? Laborais De trabalho Pessoas físicas Pessoas naturais Jurídicas Organizações Formal De acordo com princípios, normas e regras Espécie Dinheiro propriamente dito Variações Créditos com terceiros, estoques, móveis, imóveis, veículos, etc como veremos mais à frente. Rupestres Nas pedras Introdução a Contabilidade8 Contar, para controlar, o que se têm, é inerente ao ser humano. Desta forma, é natural a compreensão de que a contabilidade existe deste que o homem apareceu na face da terra. Por outro lado, da forma como a conhecemos, a Contabilidade começou a tomar corpo, a se estruturar, no século XIII na Itália, nas cidades de Veneza, Pisa e Gênova. E não por acaso, pois a Itália com sua posição geográfica, privilegiada, era a porta para a navega- ção no Mediterrâneo, e por isso detinham o monopólio ao tão cobiçado comércio com o oriente. No início da Idade Moderna, o oceano Atlântico era totalmente desconhecido, o que signi- ficava um único caminho às Índias. A necessidade de alternativaspor novos caminhos deu início ao período das Grandes Navegações1 , promovido por Portugal, Espanha, Países baixos, França e Inglaterra entre os séculos XV e XVI. O processo contábil e suas três etapas O processo contábil compreende, invariavelmente, a identificação e compreensão do que ocorre com os recursos que estão ou serão movimentados. Sendo Identificada e compre- endida a intenção do recurso, é processado seu registro como memória, para que se possa gerar e disponibilizar as informações sobre o Patrimônio. Estas informações serão de grande utilidade aos usuários, em suas decisões, sejam elas financeiras ou econômicas. Vejamos então as etapas do processo contábil: IDENTIFICAÇÃO A primeira etapa diz respeito à identificação, ou seja, selecionar o evento econômico, a transação, o fato ocorrido. 1 http://www.suapesquisa.com/grandesnavegacoes/ No início da Idade Moderna, o oceano Atlântico era totalmente desconhecido, o que signi- ficava um único caminho às Índias. A necessidade de alternativas por novos caminhos Grandes NavegaçõesGrandes Navegações1 , promovido por Portugal, Espanha, Países baixos, França e Inglaterra entre os séculos XV e XVI. Se falarmos de comércio, estamos falando de fluxo de capitais, dinheiro, e como Se falarmos de comércio, estamos falando de fluxo de capitais, dinheiro, e como Se falarmos de comércio, estamos falando de fluxo de capitais, dinheiro, e como Se falarmos de comércio, estamos falando de fluxo de capitais, dinheiro, e como Se falarmos de comércio, estamos falando de fluxo de capitais, dinheiro, e como Se falarmos de comércio, estamos falando de fluxo de capitais, dinheiro, e como já visto, se falamos de dinheiro, estamos falando em Contabilidade! já visto, se falamos de dinheiro, estamos falando em Contabilidade! já visto, se falamos de dinheiro, estamos falando em Contabilidade! já visto, se falamos de dinheiro, estamos falando em Contabilidade! já visto, se falamos de dinheiro, estamos falando em Contabilidade! já visto, se falamos de dinheiro, estamos falando em Contabilidade! O primeiro codificador da Contabilidade, também não por acaso, foi o Frei Luca Paccioli, italiano, que em Veneza, no ano de 1494, introduziu em um livro denominado de “Summa de Arithemetica, Geométrica, Proportioni et Proportionalitá” um capítulo intitulado “Deveres e Haveres”, e por isso é considerado o Pai da Contabilidade. Dos primórdios até a forma como a conhecemos, ainda hoje, a Contabilidade passa por um processo, dividido em três etapas. Veja: Introdução a Contabilidade 9 Por exemplo: O que você vê na figura abaixo? Bens armazenados Podemos dizer tratar-se de armazenamento de produtos e mercadorias ? E nesta figura? Podemos dizer que as figuras demonstram algumas mercadorias expostas para serem vendidas? E também, mercadorias na esteira do caixa a serem registradas pela sua venda? Se suas respostas foram estas, está correto. As figuras realmente apresentam as intenções mencio- nadas em relação às mercado- rias, assim, você já pode assimilar dois conceitos: informação econômica e informação financeira. A Informação Econômica diz respeito à capacidade de geração de caixa, ou seja, a capa- cidade do bem, e podemos também incluir os direitos, de serem vendidos pelo valor espe- rado. Veja: Ao comprarmos bens pelo valor de R$30.000,00 (trinta mil reais) cuja intenção será de revendê-los, e por isso são armazenamos, como na figura: `Bens armazenados´, temos em mente que o valor de venda será maior que o de compra com o objetivo de lucro. Neste caso o valor de Venda destes produtos em sendo R$68.000,00 (sessenta e oito mil reais) este é o valor econômico do bem, por extensão esta é a informação econômica. A Informação Financeira diz respeito ao valor pelo qual o bem ou o direito foi adquirido. No exemplo citado acima, o valor de R$30.000,00 (trinta mil reais) que pagamos ou iremos pagar pelas mercadorias que adquirimos é a informação financeira. Já na figura: Identificação e Informações finan- ceiras, em que as pessoas estão em um super- mercado escolhendo e comprando mercadorias, é possível fazermos a seguinte leitura, dividindo a figura em três partes: Parte 1 - Mercadorias expostas para revenda – Valor Econômico igual ao valor constante de seu código de barras ou etiqueta de preço. Produtos Bens que serão utilizados no processo produtivo Mercadorias Bens que serão colocados à vendaE nesta figura? Podemos dizer que as figuras demonstram algumas mercadorias expostas para serem vendidas? E também, mercadorias na esteira do caixa a serem registradas pela sua venda? Se suas respostas foram estas, está correto. As figuras realmente apresentam as intenções mencio- nadas em relação às mercado- rias, assim, você já pode assimilar dois conceitos: informação econômica diz respeito ao valor pelo qual o bem ou o direito foi adquirido. No exemplo citado acima, o valor de R$30.000,00 (trinta mil reais) que pagamos ou iremos pagar pelas informação Já na figura: Identificação e Informações finan- ceiras, em que as pessoas estão em um super- mercado escolhendo e comprando mercadorias, é possível fazermos a seguinte leitura, dividindo - Mercadorias expostas para revenda – igual ao valor constante de seu Introdução a Contabilidade10 Parte 2 - Mercadorias na esteira do caixa – Valor Econômico pelo qual o cliente está disposto a pagar pela mercadoria. Parte 3 – Valor registrado pela venda – Valor Financeiro, ou seja, o valor que é realizado pela venda do bem.ou seja, o valor que é realizado pela venda do bem. ATENÇÃO Podemos entender, assim, o valor econômico e o valor Financeiro: • Valor econômico diz respeito à expectativas, valor pelo qual são oferecidos para venda os bens e direitos. • Valor financeiro diz respeito ao valor realizado, valor pelo quais os bens e direitos foram vendidos. REGISTRO A segunda etapa diz respeito ao método pelos quais as transações e os eventos são regis- trados para memória do acréscimo ou decréscimo do que sem tem. Durante o registro é necessário que haja organização nos dados a serem lançados, para que não falte informações quando estes forem registrados no que denominaremos conta “Caixa”, por exemplo. Veja alguns desses dados: • Data: O marco do ocorrido, ou seja, sua data, ou período de realização, se é em curto ou longo prazo. • Classificação: refere-se à sua natureza. Se bem, direito, obrigação, receitas, custos, despesas, etc. • Intenção: se para venda, ou para uso. • Sintetização: Refere-se à junção de even- tos da mesma natureza, durante um perío- do de tempo. Exemplo: quantas vezes foram registradas entradas e saídas de dinheiro no caixa? Uma, duas, “n” vezes? Durante o registro é necessário que haja organização nos dados a serem lançados, para que não falte informações quando estes forem registrados no que denominaremos conta Introdução a Contabilidade 11 COMUNICAÇÃO E para a terceira etapa temos o processo de comunicação. Momento em que serão dispo- nibilizados os relatórios contábeis, para análise e interpretações visando à tomada de decisões de ordem econômica e financeira. REFLITA Veja bem aluno (a)! Vimos então que o processo contábil percorre três etapas, sendo a primeira a identificação do que se passa com os recursos que estão ou serão movimentados, a segunda o registro destes eventos ou transações, e o terceiro a comunicação das informa- ções a respeito desses recursos, objetivando a tomada de decisões por seus usuários. Finalidades da Contabilidade: Conceito, Objeto e Objetivo Conceito A Contabilidade é uma ciência social aplicada, cujo processo, como você viu anteriormen- te, passa pela Identificação, Registro, e Comunicação o que detalhamos em: • Captação: observação do evento; • Registro: escrituração de acordo com sua natureza e período de realização, • Acumulação: aglutinação por síntese, semelhança, • Resumo, interpretação, e comunicação das informações sobre os fenô- menos financeiros e econômicosdas entidades, conforme demonstra- do no diagrama abaixo. Captação Registro Acumulação Resumo Interpretação Fenômenos �nanceiros e econômicosEntidades Contabilidade Ciência social aplicada Financeiros e econômicos Patrimônios, individualizados – Ver também Princípios de Contabilidade. Introdução a Contabilidade12 Para melhor visualização e entendimento, veja o diagrama abaixo que representa as fases do processo contábil, em que distribuímos as etapas em fases I, II e III. Fases do Processo Contábil Dados de Entrada (evento econômico) Mensuração (Atributo de valor $) Aglutinação Agregação Síntese por semelhança Fase I Imput Fase II Processamento Produto Demonstrações FinanceirasConsolidaçãoAnálise Fase III Output OBJETO E OBJETIVO O objeto da Contabilidade é o Patrimônio, e o seu objetivo é gerar infor- mações úteis para a tomada de decisões, estas de natureza econômica e financeira. É a síntese pelo acompanhamento da evolução qualitativa e quantitativa do Patrimônio. Refere-se à orientação, ao subsídio, para a administração dos patrimônios, seja este de pessoa física ou jurídica, no exercício de suas funções. Patrimônio da entidade seu OBJETO Gerar informações úteis para tomada de decisões seu OBJETIVO ACOMPANHAMENTO DA EVOLUÇÃO QUANTITATIVA E QUALITATIVA Considerada a “linguagem dos negócios”, a Contabilidade irá gerar a informação depen- dendo do tipo de decisão de seu usuário. De forma resumida, a Contabilidade é uma Ciência social aplicada que estuda fenômenos patrimoniais. Consiste em um sistema de informação cujo método de trabalho é coletar, processar, armazenar e transmitir dados sobre a situação econômica e financeira de uma entidade (seu patrimônio) em determinado momento e sua evolução em determinado período, com Evolução qualitativa Qualidade do patrimônio, ou capacidade de geração de caixa de seus recursos. Quantitativa Quantidade de itens que o compõem, seja em números ou valores Introdução a Contabilidade 13 prevalência da essência sobre a forma (o que de fato ocorre no patrimônio). É um sistema de informações úteis, para as tomadas de decisões. CAMPO DE APLICAÇÃO E FUNÇÕES DA CONTABILIDADE Enquanto ciência que estuda o Patrimônio das entidades, a Contabilidade encontra aplica- ção em todas elas, independente do tipo de constituição jurídica, ramo de atividade, segui- mento econômico, porte, localização ou qualquer outra característica que lhe seja peculiar. Assim, o campo de aplicação da Contabilidade pode ser analisado através da definição de Patrimônio, que entendemos como um conjunto de bens, direitos e obrigações, relaciona- dos a uma pessoa física, jurídica, de direito público, privado, com ou sem fins lucrativos. Quanto às funções da Contabilidade, estas são Quanto às funções da Contabilidade, estas são Quanto às funções da Contabilidade, estas são Quanto às funções da Contabilidade, estas são Quanto às funções da Contabilidade, estas são Quanto às funções da Contabilidade, estas são duas. Você poderia inferir sobre quais são?duas. Você poderia inferir sobre quais são?duas. Você poderia inferir sobre quais são?duas. Você poderia inferir sobre quais são?duas. Você poderia inferir sobre quais são?duas. Você poderia inferir sobre quais são? Vejamos: Função 1 - Administrativa ADMINISTRATIVA Disponibilizar informações para CONTROLE do PATRIMÔNIO ECONÔMICA Apurar o RESULTADO (Rédito) Diferença entre RECEITAS e DESPESAS Função 2- Econômica ADMINISTRATIVA Disponibilizar informações para CONTROLE do PATRIMÔNIO ECONÔMICA Apurar o RESULTADO (Rédito) Diferença entre RECEITAS e DESPESAS USUÁRIOS DA INFORMAÇÃO CONTÁBIL Os usuários da informação contábil estão distribuídos em duas categoriais: internos e externos; apresentando funções diferenciadas. Desta forma, independente da categoria, ou de sua função na categoria da qual faz parte, as necessidades dos usuários tendem a ser distintas, e as informações contábeis devem atender a estes usuários. Créditos Resultabilidade do patrimônio Introdução a Contabilidade14 De acordo com a Resolução do Conselho Federal de Contabilidade – CFC nº 1.282/10 que dispõe sobre os Princípios Fundamentais da Contabilidade - PFC, as informações contábeis devem ser: “amplas e fidedignas, suficientes para a avaliação de sua situação patrimonial e das mutações sofridas por seu patrimônio, permitindo a realização de inferên- cias sobre o seu futuro”. E na mesma linha são tratados no CPC – Comitê de Pronunciamentos Contábeis – Pronunciamento Conceitual Básico – Estrutura Conceitual para Elaboração e Apresentação das Demonstrações Contáveis: “Entre os usuários das demonstrações contábeis incluem-se investidores atuais e potenciais, empregados, credores por empréstimos, fornecedores e outros credores comerciais, clientes, governos e suas agências e o público. Eles usam as demonstrações contábeis para satisfazer algumas das suas diversas neces- sidades de informação”. Veja abaixo alguns exemplos de usuários: Organizações Fisco GestoresOrganizações Fisco GestoresOrganizações Fisco Gestores Veja abaixo alguns exemplos de usuários: Empregados Investidores ClientesEmpregados Investidores Clientes Quais indagações poderiam fazer os usuários da Contabilidade? Vejamos algumas delas: Introdução a Contabilidade 15 O DINHEIRO EM CAIXA É SUFICIENTE PARA PAGAR AS CONTAS? QUAL O CUSTO DE FABRICAÇÃO DE CADA UNIDADE DE PRODUTO? $ $$$ $$$ $$ $$$$$$$$ E, a qual categoria estes usuários pertencem? COMO FOI A LUCRATIVIDADE NO EXERCÍCIO? ESTAMOS EM CONDIÇÕES DE CONCEDER AUMENTO DE SALÁRIO ESTE ANO? Se você respondeu usuário interno, parabéns! Complementando, vejamos no diagrama abaixo, como se comporta esse usuário: USUÁRIO INTERNO E SEUS INTERESSES TOMADOR DE DECISÕES INTERNO À SOCIEDADE Estrutura Fidedigna Tempestiva Completa VITALMENTE INTERESSADO Da informação contábil residirá a diferença de seu sucesso ou seu fracasso O usuário interno está interessado em uma informação que seja: 1. Estruturada; de forma organizada. 2. Fidedigna; que tenha credibilidade, que seja confiável. Introdução a Contabilidade16 3. Tempestiva; no momento em que é requerida. 4. Completa; no que diz respeito à sua necessidade. Continuando o nosso estudo, vejamos outras indagações: A EMPRESA ESTÁ FATURANDO SATISFATORIAMENTE? QUAL A SITUAÇÃO DA EMPRESA EM TERMOS DE TAMANHO E LUCRATIVIDADE COM SEUS CONCORRENTES? A EMPRESA TERÁ CONDIÇÕES DE SALDAR SUAS DÍVIDAS NO PRAZO? A EMPRESA TERÁ CONDIÇÕES DE ENTREGAR OS PRODUTOS VENDIDOS? A EMPRESA TERÁ CONDIÇÕES DE SALDAR SUAS DÍVIDAS NO PRAZO? A EMPRESA TERÁ CONDIÇÕES DE ENTREGAR OS PRODUTOS VENDIDOS? A qual categoria estes usuários pertencem?A qual categoria estes usuários pertencem?A qual categoria estes usuários pertencem?A qual categoria estes usuários pertencem?A qual categoria estes usuários pertencem?A qual categoria estes usuários pertencem? Introdução a Contabilidade 17 É verdade! Usuário externo. E para completar a sua compreensão, veja no diagrama abai- xo, como se comporta esse usuário: USUÁRIO EXTERNO E SEUS INTERESSES TOMADOR DE DECISÕES EXTERNO À SOCIEDADE Estrutura Fidedigna Tempestiva Completa VITALMENTE INTERESSADO Da informação contábil residirá a diferença de seu sucesso ou seu fracasso. O usuário Externo está interessado em uma informação que seja: 1. Estruturada; de forma organizada. 2. Fidedigna; que tenha credibilidade, que seja confiável. 3. Tempestiva; no momento em que é requerida. 4. Completa; no que diz respeito à sua necessidade. Nesse sentido, podemos concluir que seja o usuário interno ou externo, ambos, estão interessados no uso da informação contábil para atendimento de suas necessidades, e para tanto, os requisitos são os mesmos. De forma resumida, usuários ou “consumidores” de relatórios contábeis são as pessoas que se interessam pela situação da empresa e ou patrimônio individual e buscam na Contabilidade as suas respostas, como exemplificadona figura abaixo, em relação à enti- dade empresa. Entidade Empresa e seus Usuários Sejam estas pessoas, investidores, fornecedores, bancos, funcionários, sindicatos, concor- rentes, órgãos de classe, governo, clientes, ou quem mais necessitar de respostas sobre Introdução a Contabilidade18 uma determinada entidade contábil. Em meio a um emaranhado de eventos, transações que envolvam o Patrimônio, a Contabilidade, é o elo de comunicação entre este patrimô- nio e seus usuários. Caro aluno (a), até aqui você estudou a Contabilidade em sua origem. Desde os tempos remotos à forma como a concebemos, na atualidade. Conhecemos seu objeto de estudo que é o patrimônio e seu objetivo que consiste em gerar e disponibilizar informações que sejam úteis aos seus usuários em suas decisões. Agora você responda a seguinte pergunta: Para quê e para quem é mantida a Contabilidade? disponibilizar informações que sejam úteis aos seus usuários em suas decisões. Agora você responda a seguinte pergunta: Para quê e para quem é mantida a Contabilidade? A execução da Contabilidade é feita para ser utilizada no controle dos patrimônios, seja ele de Pessoa Física ou Pessoa Jurídica. Seja em seu conjunto, unidade a seguimento, objetivando o interesse específico de cada usuário. O Profi ssional Contábil O profissional contábil, ou profissional da Contabilidade pode exercer diversas funções, contudo, deverá ser levada em consideração sua formação acadêmica. Sendo em nível técnico como Técnico em contabilidade ou de graduação em Ciências Contábeis como Contador. Com exceção da auditoria, magistério e perícia, o técnico em Contabilidade poderá exer- cer qualquer uma das funções abaixo e atuar em qualquer dos campos da aplicação da Contabilidade. Profi ssional Liberal Profissional que trabalha por conta própria, conhecido também, como autônomo. Esse profissional pode estabelecer-se em um escritório, contratar empregado, mas não mantém vínculo empregatício com os tomadores de seus serviços. Ele estará enquadrado em uma das duas categorias, perante o Conselho Federal de Contabilidade, órgão fiscalizador do exercício da profissão contábil - CFC, podendo ser um Contador ou Técnico em Contabilidade. Auditor Independente É o profissional com formação acadêmica em Ciências Contábeis, inscrito no Conselho Regional de Contabilidade - CRC de sua jurisdição, e que atua de forma independente, emitindo parecer sobre a situação econômica e financeira das entidades, não mantém vinculo empregatício com a tomadora dos serviços. Poderá exercer a função, como sócio de pessoa jurídica de empresa de Auditoria ou como profissional liberal. Para exercer suas atividades em determinados seguimentos, como empresas do setor financeiro, instituições financeiras, bancos, seguradoras, empresas de Previdência Privada, e Planos de Saúde, o auditor deverá, além de ser habilitado na categoria de Contador, com registro ativo no CRC de sua jurisdição, também deverá se habilitar na Comissão de Valores Mobiliários – CVM, e no Cadastro Nacional de Auditores Independentes – CNAI; Contador Formação em nível de terceiro grau. Técnico em Contabilidade Formação em nível de segundo grau. Jurisdição Local em que está exercendo as atividades. Introdução a Contabilidade 19 dentre outros requisitos, como a comprovação de participação no programa de Educação Continuada, conforme descrito na Resolução CFC nº. 1014/042 . Auditor fiscal Contador ou Técnico em Contabilidade que exerce suas funções como servidor público. Perito Contador regularmente inscrito no CRC, de sua jurisdição, que exerce atividade pericial de forma pessoal, e cuja habilitação o torna capaz de dirimir litígios através da emissão de laudo sobre questões contábeis, mediante exame, vistoria, indagação, investigação, arbitramento, avaliação ou certificação, conforme definido nas Normas Brasileiras de Contabilidade – NBCs, NBC PP 01 - Norma Profissional do Perito. Este profissional é contratado pelas partes ou indicado pelo juiz. Professor Contador, que exerce a função de magistério. Área de Atuação O profissional contábil pode atuar em diversas áreas como: Na empresa • Planejamento tributário • Analista Financeiro • Contador Geral • Auditor Interno • Contador de Custos • Contador Gerencial • Atuário No ensino • Professor • Pesquisador • Escritor • Parecerista • Conferencista Como Autônomo • Auditor Independente 2 http://www.cfc.org.br/sisweb/sre/docs/RES_1014.doc Introdução a Contabilidade20 • Consultor • Empresário Contábil • Perito Contábil • Investigador de Fraudes Em órgão Público • Contador Público • Agente Fiscal • Tribunal de Contas • Oficial Contador • Outros órgãos públicos Ou seja, percebemos que o campo de atuação da Contabilidade compreende toda entida- de que exerça atividade econômica como meio ou como fim. Especializações Suas especializações ficam por conta das atividades, ou seja, em que contexto o Patrimônio está sendo explorado? Qual a atividade que está sendo exercida? Vejamos alguns exemplos: * Comercial * Industrial * Pública * Bancária * Hospitalar * Agropecuária de seguros * Contabilidade Comercial * Contabilidade Industrial * Contabilidade Pública * Contabilidade Bancária * Contabilidade Hospitalar * Contabilidade Agropecuária * Contabilidade Securitária $ $ $ $ $$ $ $ $ Você viu, aqui, que várias são as funções que o profissional da Contabilidade pode exer- cer, sendo as mais usuais as que ele exerce para as pessoas jurídicas como: • Contador: responsável, legal, pela escrituração dos registros contábeis das enti- dades; e identificação, mensuração registro e divulgação dos relatórios Contábeis aos seus usuários. • Consultor fiscal: auxiliando no planejamento, enquadramento, e cumprimento de obrigações assessorias aos fiscos pertinentes. • Auditor, seja interno ou externo: expedindo opiniões e orientações quanto à situa- ção patrimonial, presente e futura, objeto de suas observações. • Outras: Analista financeiro, Contador de custos, Professor, Perito, Agente Fiscal, e em determinadas circunstâncias, a maioria, diga-se de passagem, de forma inde- pendente, ou seja, sem vínculo empregatício com seus tomadores de serviços. Introdução a Contabilidade 21 O campo de atuação do Profissional da Contabilidade seja na categoria Técnico ou Contador, é toda entidade que exerça uma atividade econômica, com ou sem fins lucrati- vos, e suas especializações está vinculada ao ramo de atividade explorado pelo Patrimônio: comercial, industrial, serviços. Respectivamente: Contabilidade Comercial, Industrial, Agrária, Pública, Bancária, Hospitalar, Seguros, etc. Pilares da Contabilidade A estrutura teórica da Contabilidade é formada por Princípios, Postulados e Padrões, cons- tituídos assim em seus fundamentos. Contudo, os Pilares da Contabilidade fixam-se em postulados, sejam eles: ENTIDADE E CONTINUIDADE O Postulado da Entidade estabelece o Patrimônio como sendo o objeto da Contabilidade, e afirma a necessidade de diferenciação do patrimônio próprio, com o patrimônio da enti- dade jurídica, independentemente de pertencer a uma ou um conjunto de pessoas; uma sociedade ou instituição de qualquer natureza ou finalidade, com ou sem fins lucrativos. É imprescindível distinguir corretamente os Patrimônios, a exemplo de uma pessoa física que não se mistura com a pessoa jurídica. Segundo os Princípios de Contabilidade no Brasil, CFC Resolução 1.282/103 , Entidade e Continuidade são entendidas como: Entidade: A ênfase está na autonomia patrimonial, esclarecendo que a soma ou a agre- gação de patrimônios de diferentes entidades não resulta em uma nova entidade, uma vez que, mesmo com a consolidação das demonstrações contábeis, o patrimônio ainda permanece como sendo propriedade de cada entidade. Estabelece, ainda, o Princípio da Entidade que os eventos econômicos podem ser identificados como uma unidade de responsabilidade específica. Por exemplo: • As atividades da Googlepodem ser distinguidas das atividades de outras empresas provedoras da Internet como a Yahoo. • As atividades da Santa Casa de Misericórdia de Belo Horizonte podem ser distin- guidas das atividades da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo. E assim como qualquer outra empresa, ou segmento. Os patrimônios são independentes e únicos e sua existência é independente de seus titulares ou sócios. Já a Entidade Contábil, diz respeito à pessoa para quem é mantida a Contabilidade. 3 http://www.cfc.org.br/sisweb/sre/docs/RES_1282.doc Introdução a Contabilidade22 Entidade Contábil Uma pessoa para quem é mantida a contabilidade. Sócios e Empresa são pessoas distintas. Não se PODE confundir o dinheiro da empresa com o dinheiro dos sócios. Lembrando Já o Postulado da Continuidade prevê que o processo contábil deve ser desenvolvido supondo-se que a entidade nunca terá um fim, ou seja, sem prazo estimado de duração. A suspensão das suas atividades pode provocar efeito na utilidade de determinados ativos, com a perda, até mesmo integral, de seu valor. Continuidade: Diz respeito ao fato de um ativo manter-se da mesma forma ou transformar- -se em despesa, alcançando também a representação quantitativa e qualitativa do patri- mônio de outras maneiras, especialmente no encerramento das atividades da entidade. Refere-se assim a entidade que está funcionando com prazo indeterminado; algo em andamento; não está em fase de extinção ou liquidação. Portanto, o exercício contínuo de sua atividade identifica a qualidade e quantidade do patrimônio na atualidade, observando a capacidade econômica, o ponto que interessa ao usuário da Contabilidade. Uma entidade em descontinuidade tenderá a ter seus ativos quantificados e qualificados em valores inferiores aos esperados na hipótese de continuidade de suas atividades. Introdução a Contabilidade 23 FI CH A T ÉC N IC A FUMEC VIRTUAL - SETOR DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA GESTÃO PEDAGÓGICA Coordenação Gabrielle Nunes Paixão Transposição Pedagógica Flávia Juliana da Silva PRODUÇÃO DE DESIGN MULTIMÍDIA Coordenação Rodrigo Tito M. Valadares Design Multimídia Raphael Gonçalves Porto Nascimento Editoração 2013 Raphael Gonçalves Porto Nascimento INFRA-ESTRUTUTURA E SUPORTE Coordenação Anderson Peixoto da Silva AUTORIA Profa. Guadalupe Machado Dias BELO HORIZONTE - 2011 Síntese Neste módulo foi possível você conhecer e entender a Contabilidade, partindo de sua origem, evolução, e contexto no universo dos negócios em que estão inseridos os patrimônios. Foi possível qualificar as funções da Contabilidade quanto administrativa e econômica; assim como, sua utilidade para as tomadas de decisões por parte de seus usuários, estes inseridos em duas categorias: internos e externos, bem como seus interesses. Conhecemos o profissional da Contabilidade, suas funções, especializações e o campo de atividade da Contabilidade. E finalmente discutimos os pilares da Contabilidade. Sua sustentação a partir do Patrimônio, este traduzido pelo princípio da entidade, que por sua vez espera que conti- nue exercendo suas atividades, objetivando a realização de seu valor econômico, princípio da continuidade. No próximo módulo estudaremos o Patrimônio, como já sabido por você, objeto da contabilidade. Até lá! “Quando Deus quer, o homem sonha, a obra nasce”. Fernando Pessoa Referências ALMEIDA, Marcelo Cavalcanti. Curso básico de contabilidade. 6º ed. São Paulo: Atlas, 2010. BRAGA, Hugo Rocha. ALMEIDA, Marcelo Cavalcanti. Mudanças Contábeis na Lei Societária: Lei 11.638, de 28/12/2007. 1ª ed. São Paulo: Atlas, 2008. Equipe de professores da FEA/USP. Contabilidade Introdutória. 11 ed. São Paulo: Atlas, 2010. MARION, José Carlos. Contabilidade introdutória. 10ª Ed. São Paulo: Atlas, 2009. NEVES, Silvério. VICECONTI, Paulo. Contabilidade Básica. 13º ed. São Paulo: Frase, 2006. SÁ, Antônio Lopes. Princípios fundamentais de contabilidade. 4ª Ed. São Paulo: Atlas, 2007. SZUSTER, Natan. Et al. Contabilidade geral. Introdução a contabilidade societária. 2 ed. São Paulo: Atlas, 2008. A COMPOSIÇÃO DO PATRIMÔNIO BENS, DIREITOS E OBRIGAÇÕES BALANÇO PATRIMONIAL E OS GRUPOS QUE O INTEGRAM FONTES DE FINANCIAMENTO DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO Contabilidade PATRIMÔNIO PATRIMÔNIO Profa. Guadalupe Machado Dias Bem-vindo(a) aluno(a)! Em nossos estudos Bem-vindo(a) aluno(a)! Em nossos estudos Bem-vindo(a) aluno(a)! Em nossos estudos Bem-vindo(a) aluno(a)! Em nossos estudos Bem-vindo(a) aluno(a)! Em nossos estudos você já aprendeu o que é Contabilidade, sua você já aprendeu o que é Contabilidade, sua você já aprendeu o que é Contabilidade, sua você já aprendeu o que é Contabilidade, sua você já aprendeu o que é Contabilidade, sua origem, evolução e o contexto em que está origem, evolução e o contexto em que está origem, evolução e o contexto em que está origem, evolução e o contexto em que está origem, evolução e o contexto em que está inserida, ou seja, o mundo dos negócios, e seus inserida, ou seja, o mundo dos negócios, e seus inserida, ou seja, o mundo dos negócios, e seus inserida, ou seja, o mundo dos negócios, e seus inserida, ou seja, o mundo dos negócios, e seus patrimônios. patrimônios. patrimônios. patrimônios. patrimônios. Agora aprofundaremos nossos estudos Agora aprofundaremos nossos estudos Agora aprofundaremos nossos estudos sobre o Patrimônio, como já sabido sobre o Patrimônio, como já sabido sobre o Patrimônio, como já sabido por você: objeto da contabilidade. por você: objeto da contabilidade. por você: objeto da contabilidade. Bons estudos! Bons estudos! Bons estudos! APRESENTAÇÃO Após estudar e qualificar as funções da contabilidade, enquanto administrativa e econômi- ca, bem como, sua utilidade para tomada de decisões por parte de seus usuários, sejam eles internos e externos, e ainda, conhecer quem é o profissional da Contabilidade, suas funções, especializações e o campo de atividade em que está inserida, agora você vai avan- çar seus estudos em especificar o objeto da Contabilidade – O Patrimônio. Você vai estudar e compreender o conceito e a composição do Patrimônio: bens, direitos e obrigações. Identificará sua representação gráfica – o Balanço Patrimonial, bem como os grupos que o integram: Ativo, Passivo e Patrimônio Líquido. Conhecerá as configurações do Estado Patrimonial e sua equação fundamental: Ativo = Passivo + Patrimônio Líquido, e suas fontes de financiamento. OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM Ao final desse módulo você estará apto a: • Conceituar e compreender a composição do Patrimônio. • Diferenciar e classificar os bens, direitos e obrigações que compõem o Patrimônio. • Identificar e entender a estática Patrimonial: o Balanço Patrimonial e os grupos que o integram: Ativo, Passivo e Patrimônio Líquido. • Identificar as fontes de financiamento do Patrimônio Líquido. • Identificar as configurações do Estado Patrimonial e sua equação fundamental: Ativo = Passivo + Patrimônio Líquido. Patrimônio26 Patrimônio: Conceito de Patrimônio Bens, direitos e obrigações O Patrimônio Contábil é representado por um conjunto de bens pertencentes a uma pessoa natural ou a uma pessoa jurídica, direitos a receber, e contas a pagar. Assim temos o patrimônio representado: de um lado os bens e direitos e de outro as obrigações. Patrimônio de uma Pessoa Jurídica (Empresa) ou de uma Pessoa Física BENS Classificamos em bens as coisas úteis, capazes de satisfazer às necessidades das pesso- as e das empresas. Estes se classificam em: • Bens Tangíveis, bens que têm forma física, são palpáveis como, Veículos, imóveis, estoques de mercadorias, dinheiro, móveis e utensílios, ferramentas, etc. • Bens Intangíveis, bens que não são palpáveis ou não constituídos de matéria como, Marcas, (Coca-Cola, Omo, Windows, Fumec), Patentes de invenção (direito exclusivo de explorar uma invenção), Direitos autorais, etc. Pelo código civil, também podemos classificar os bens em: • Bens Imóveis: bens vinculados ao solo. Não podemser retirados sem destruição ou dano como: edifícios, árvores, etc. • Bens Móveis: bens que podem ser removidos por si próprios ou por outras pessoas como: animais (semoventes), máquinas, equipamentos, estoques de mercadorias, etc. Ex: A GMD têm os seguintes bens Em R$ mil Bens Tangíveis Intangíveis Móveis Imóveis Edifícios 180 180 Móveis e Utensílios 90 90 Veículos 110 110 Máquinas 400 400 Terrenos 900 900 Marcas e Patentes 150 150 Total 1680 150 750 1080 Total Geral 1830 1830 Fonte: Adap Marion, 2009. Patrimônio 27 DIREITOS Direitos diz respeito ao poder de exigir alguma coisa, são bens que pertencem ao Patrimônio e que estão em poder de terceiros. Exemplo: Valores a receber, títulos a receber, contas a receber, salários a receber, etc. Itens Valores Bancos conta Movimento(depósito) 680 Duplicatas a Receber (vendas à prazo) 1.320 Títulos a Receber (notas promissórias) 500 Aluguéis a Receber 300 Total 2.800 OBRIGAÇÕES As obrigações estão relacionadas a compromissos que serão exigidos. Obrigações Dívidas com outras pessoas. Em Contabilidade Obrigações Exigíveis Como exemplos temos: • Empréstimos a pagar • Contas a pagar • Impostos a pagar • Salários a pagar • Duplicatas a pagar ou fornecedores (compras a prazo) Ex: Obrigações exigíveis da Cia.GMD Em R$ mil Obrigações Valores Fornecedores (dívidas c/ fornecedores de mercadorias) 800 Empréstimos bancários (a pagar) 400 Salários a pagar 350 Encargos Sociais a pagar (FGTS, INSS) 450 Impostos a Pagar (ou a recolher) 900 Financiamentos (empréstimos a pagar) 1.100 Contas a Pagar 500 Total 4.500 Fonte: Adap Marion, 2009. REPRESENTAÇÃO GRÁFICA DO PATRIMÔNIO Na representação gráfica, o Patrimônio é demonstrado de forma a identificar seus bens e direitos, e como os mesmos foram adquiridos, ou seja, suas obrigações. Patrimônio28 Bens + Direitos Obrigações Exigíveis Bens Obrigações • Dinheiro • Mercadorias em Estoques • Veículos • Imóveis • Máquinas • Ferramentas • Móveis e Utensílios • Empréstimos a Pagar • Salários a Pagar • Fornecedores Duplicatas a Pagar • Financiamentos • Impostos a Pagar • Encargos Sociais a Pagar • Aluguéis a Pagar • Títulos a Pagar • Promissórias a Pagar • Contas a Pagar Direitos • Depósitos em Bancos • Duplicatas a Receber • Títulos a Receber • Aluguéis e Receber • Ações (Participações em outras empressas) A estática patrimonial O Balanço O Balanço Patrimonial é uma das mais importantes demonstrações contábeis, por meio do qual podemos apurar (atestar) a situação patrimonial e financeira de uma entidade em determinado momento. Nessa demonstração, estão claramente evidenciados o Ativo, o Passivo e o Patrimônio Líquido da entidade. Para ilustrar, transcrevemos a seguir um balanço patrimonial, reduzido a uma expressão bem simplificada, identificando do lado esquerdo [LE] os bens e direitos e do lado direito [LD] as obrigações. GMD COMPANHIA INDUSTRIAL SA BALANÇO PATRIMONIAL em 31/1/XI Em $ mil Ativo Passivo e Patrimônio Líquido Caixa 1.000 Passivo Bancos 800 • Títulos a Pagar • Fornecedores 3.500 Títulos a Receber 3.000 1.800 5.300 Estoques de Materiais 3.000 Patrimônio Líquido Terrenos 1.700 • Capital Social • Reservas • Ajustes • Prejuízos Acumulados 4.000 Veículos 500 500 300 -100 4.700 Total 10.000 Total 10.000 LE LD Patrimônio 29 Grupos que integram o Balanço Patrimonial ATIVO “Ativo é um recurso controlado pela entidade como resultado de eventos passa- dos e do qual se espera que resultem futuros benefícios econômicos para a entidade” (CPC1 2008 item 49). Ou seja, compreende os bens e os direitos, controlados pela entidade, expressos em moeda corrente, e que serão capazes de gerar fluxo de caixa no futuro. Terão condições de retornar ao caixa com um valor superior ao originalmente investido. Exemplos: • Caixa: dinheiro, propriamente dito, e em espécie em poder da entidade. • Bancos: dinheiro da entidade depositado em bancos. • Imóveis: edificações, terrenos. • Móveis: mesas, cadeiras, armários, balcões, etc. • Veículos: Automóveis • Equipamentos: Máquinas, • Estoques: Mercadorias • Duplicatas a Receber: créditos da entidade, com terceiros, pelas vendas a prazo. etc. No Ativo estão os recursos que foram colocados à disposição da entidade; aplicados na entidade. Ativo Caixa 1.000 Bancos 800 Títulos a Receber 3.000 Estoques Materiais 3.000 Terrenos 1.700 Veículos 500 Total 10.000 PASSIVO “Passivo é uma obrigação presente da entidade, derivada de eventos já ocorri- dos, cuja liquidação se espera que resulte em saída de recursos capazes gerar benefícios econômicos” (CPC , 2008, item 49). O Passivo compreende basicamente as obrigações a pagar, isto é, a quantia que a empre- sa deve a terceiros. 1 CPC – Comitê de Pronunciamentos Contábeis, formado pela Abrasca – Associação Brasileira das Compa- nhias Abertas. APIMEC – Associação dos Analistas e Profissionais de Investimento do Mercado e Capitais. BM&FBOVESPA – Bolsa de Valores, Mercadorias e Futuros. CPC – Conselho Federal de Contabilidade. IBRACON – Instituto de Auditores Independentes do Brasil e FIPECAFI – Fundação Instituto de Pesquisas Contábeis. O ATIVO compreende os BENS e os DIREITOS da entidade expressos em moeda, com capacidade de gerar Fluxo de Caixa no Futuro Todos os elementos componentes do ATIVO acham-se discriminados. No lado ESQUERDO do BALANÇO PATRIMONIAL Patrimônio30 Exemplos: Fornecedores, Títulos a Pagar, Contas a Pagar, Salários a Pagar, Impostos a Pagar, Empréstimos a Pagar, dentre outras. No Passivo está demonstrado a origem dos recursos aplicados no Ativo e que serão exigi- dos da entidade. Passivo Títulos a Pagar 3.500 Fornecedores 1.800 Total 5.300 PATRIMÔNIO LÍQUIDO “Patrimônio Líquido é o valor residual dos ativos da entidade depois de deduzi- dos todos os passivos” (CPC 2008, item 49). O Patrimônio Líquido é a parcela remanescente dos sócios ou acionistas, também definido como a diferença entre o valor do Ativo e do Exigível de uma entidade, em determinado momento. Ativo 10.000 Passivo 5.300 Patrimônio Líquido 4.700 Sendo o saldo da diferença entre: Diremos que o Patrimônio Líquido é positivo, o que significa dizer que a entidade tem riqueza. Sendo o saldo da diferença entre: Diremos que o Patrimônio Líquido é negativo, o que significa que a entidade não tem riqueza. Além de perder os recursos que foram aplicados na atividade, ora explorada, a entidade ainda deve a terceiros. Situação, também, denominada de Passivo a Descoberto, conceito que veremos com mais detalhes quando estudarmos a equação básica do Patrimônio. Assim, para se conhecer a riqueza líquida da empresa (ou pessoa) somam-se os bens e os direitos e, desse total, são subtraídas as obrigações. O resultado é a riqueza líquida, ou seja, a parte que sobra do patrimônio para seus donos. Denominada também de Patrimônio Líquido ou Situação Líquida. O PASSIVO compreende basicamente as OBRIGAÇÕES DE PAGAR, obrigações que a empresa deve a terceiros. Todos os elementos componentes do PASSIVO estão discrimnados no lado DIREITO do BALANÇO PATRIMONIAL Definimos PATRIMÔNIO LÍQUIDO como a diferença entre o valor do ATIVO e do PASSIVO de uma entidade, em determinado momento. Todos os elementos componentes do PASSIVO estão discriminados no lado DIREITO do BALANÇO PATRIMONIAL Ativo (-) Passivo Exigível =positivo Ativo (-) Passivo Exigível= negativo Patrimônio 31 Fontes do Patrimônio Líquido PATRIMONIO LÍQUIDO INVESTIMENTO Reservas oriundas dos investimentos Efetuados pelos proprietários em troca de ações, quotas ou outras participações. Capital social Acumulados na entidade como fonte (adicional) de financiamento. Reservas de Capital e de Lucros Equação Fundamental do Patrimônio A representação quantitativa do patrimônio de uma entidade é conhecida pela expressão Balanço Patrimonial, assim denominado por representar o conjunto de bens, direitos e obrigações de uma entidade.Também denominada“Demostração da Posição Financeira” DPF CPC - 26-60-65 Por extensão a equação fundamental do patrimônio é formada pelos seus bens, direitos e obrigações, assim dispostos: Como na maioria das entidades o Ativo, é superior ao Passivo Exigível, a representação mais comum de seu patrimônio, isto é, seu Balanço Patrimonial assume a forma: Ativo Passivo Recursos aplicados em: • Bens e Direitos Origem dos recursos que foram apli- cados na entidade: • Obrigações com terceiros • Obrigações com os sócios ou acionistas Lado ESQUEDO do Balanço Lado DIREITO do balanço Veja o diagrama abaixo: Ativo: (bens e direitos) capazes de gerar fluxo de caixa no futuro. Passivo: obrigações com terceiros Patrimônio Líquido: parcela remanescente, dos sócios ou acionistas. Patrimônio Líquido = Ativo (-) Passivo. Ativo Bens e direitos com capacidade econômica Passivo Exigível Obrigações que serão cobradas. Ativo = Passivo + Patrimônio Líquido Patrimônio32 Equação Patrimonial ATIVO A P PL PL = ATIVO - PASSIVO Bens + Direitos PASSIVO Obrigações + Patrimônio Líquido EQUAÇÃO PATRIMONIAL A = P+PL Se o Passivo suplantar o Ativo, teremos o Se o Passivo suplantar o Ativo, teremos o Se o Passivo suplantar o Ativo, teremos o impropriamente chamado impropriamente chamado impropriamente chamado impropriamente chamado impropriamente chamado impropriamente chamado PatrimônioPatrimônioPatrimônio Líquido Líquido Líquido NegativoNegativoNegativoNegativoNegativoNegativo, melhor denominado, melhor denominado, melhor denominado Passivo a Descoberto Passivo a Descoberto Passivo a Descoberto, , , como no diagrama a seguir.como no diagrama a seguir.como no diagrama a seguir. Equação Patrimonial A P PD PD = Passivo a Descoberto ATIVO + PD = P Representação adequada: A P PL ATIVO > Passivo Exigível = Parcela do Patrimônio Líquido (pertencente aos donos do capital) (pertencente aos donos do capital) Patrimônio 33 A P PL ATIVO < Passivo Exigível = Passivo a descoberto (Patrimônio Líquido Negativo)(Patrimônio Líquido Negativo) negativo Natureza das contas de ativo e passivo Ativo LEMBRE-SE As contas do Ativo de um modo geral são de natureza Devedora. Devedora? Sim, as contas do Ativo representam os bens e direitos da entidade, estes com capacidade de gerar benefícios econômicos futuros, ou seja, fluxo de caixa; retornar com mais dinheiro para o caixa, em um momento, posterior. A Entidade, como vista no módulo: Introdução a Contabilidade, pontualmente, em Pilares da Contabilidade, item, Postulado da Entidade, é independente dos seus sócios, ou seja, o dono do capital é uma Entidade distinta da Entidade organizada para explorar este capital, em uma atividade. Desta forma, o capital investido embora esteja na entidade, ora constituída, esta entidade pertence à entidade “dono”. Assim, tudo que a entidade tem pertence a alguém. E este alguém pode ser o sócio, ou terceiro, constituindo assim em obrigações da entidade. Se tudo que a entidade tem ela deve a alguém, ela é devedora deste alguém, como já sabe, seja ele o dono, ou terceiros. Bens e direitos da entidade, embora sejam dela, os recursos utilizados para essas aquisi- ções foram de alguém, conforme se viu acima. Um exemplo bastante corrente em nosso dia a dia, diz respeito ao dinheiro que guardamos na própria entidade, empresa: Patrimônio34 DINHEIRO EM CAIXA OU DEPOSITAMOS EM UM BANCO Agora, Você tem uma conta corrente em um Banco – O Banco GMD S/A, onde seu dinhei- ro está guardado. Quando sua conta, no banco, está positiva, seu extrato bancário aponta o valor do dinhei- ro que você tem neste banco, ao lado da letra “C” de crédito, e quando sua conta está negativa, o extrato bancário aponta o valor e um “D” de devedor. Então, essa constatação é contraditória ao exposto Então, essa constatação é contraditória ao exposto Então, essa constatação é contraditória ao exposto acima. É isto? acima. É isto? acima. É isto? Então, essa constatação é contraditória ao exposto acima. É isto? Então, essa constatação é contraditória ao exposto Então, essa constatação é contraditória ao exposto Então, essa constatação é contraditória ao exposto acima. É isto? Então, essa constatação é contraditória ao exposto acima. É isto? Então, essa constatação é contraditória ao exposto acima. É isto? Então, essa constatação é contraditória ao exposto Então, essa constatação é contraditória ao exposto Então, essa constatação é contraditória ao exposto acima. É isto? Então, essa constatação é contraditória ao exposto Resposta: não! Faça uma análise mais abalizada, mais Resposta: não! Faça uma análise mais abalizada, mais Resposta: não! Faça uma análise mais abalizada, mais detalhada, e pergunte: de quem é este extrato bancário? detalhada, e pergunte: de quem é este extrato bancário? detalhada, e pergunte: de quem é este extrato bancário? De quem é este documento? De quem é este documento? De quem é este documento? Resposta: do Banco GMD S/A . Este extrato bancário é um ´relatório´do Banco GMD em relação ao correntista, você. Então se você tem dinheiro no banco, se o seu saldo bancário é positivo, quem deve para quem? O banco deve a você, então ele tem uma obrigação com você. Um Passivo; como veremos a seguir. E as contas de Passivo são de modo geral, de natureza Credora. E você tem um Direito com o Banco GMD S/A. Na sua contabilidade o registro é de um Direito, e como já sabe, Bens e Direitos são de natureza Devedora. Concluindo: tudo que a entidade tem é de natureza Devedora. Onde o recurso está apli- cado é de natureza Devedora. Desta forma é lógico pensar que quanto mais “coisas” a entidade tem, mais débitos ela tem, e o contrário, qualquer baixa que houver na entidade, deverá ser reduzida do patri- mônio. Se o que se tem é registrado na Contabilidade como Devedor, a baixa só poderá ser registrada como sendo Credora. As contas de Ativo, de modo geral, são Devedoras, aumentam com débitos e reduzem com crédito. Da mesma forma as despesas, que estudaremos no módulo, Variações do Patrimônio Líquido, mas que já poderá entender o fato pelo qual é também de natureza DEVEDORA. Patrimônio 35 REFLITA Ao consumir água, energia elétrica, telefone, utilizar-se de serviços dos funcionários adminis- trativos, dos vendedores, por exemplo, onde estará o recurso, originalmente no nosso Caixa ou em nossa Conta Corrente Bancária? Resposta: transferido para a companhia de água, de luz, de telefone, para os respectivos funcionários. Não é isso que acontecerá ou aconteceu? Então, relembrando: ONDE ESTÁ O RECURSO É DE NATUREZA DEVEDORA. O QUE ADQUIRIMOS É DE NATUREZA DEVEDORA. Você se Lembra que do lado esquerdo de nosso Balanço Patrimonial sempre teremos as contas de natureza DEVEDORA, e do lado direito, as contas de natureza CREDORA. Assim, as contas que representam os Bens, direitos e despesas são debitadas em seus aumentos, e creditadas em suas reduções. Visualizando em forma de diagrama: Bens, Direitos e Depesas Lado esquerdo do diagrama DEVEDOR ATIVO Lado direito do diagrama CREDOR Aumento a débitodébito Diminuição a créditocrédito Passivo As contas do Passivo, de um modo geral são de natureza credora. Se você tem uma obrigação, alguém tem um Crédito com você. O recurso originário desta obrigação é algo que você tem e só poderá estar representado por um bem, um direito, ou foi gasto em algo que não tenha ficado no seu patrimônio, as despesas, por exemplo. Se a entidade é devedora de alguém, este alguém é credor dessa entidade, e desta forma estará representado na Contabilidade da entidade que deve, como uma obrigação, ou seja, de forma Credora. Assim é lógico pensar que quanto mais a entidade deve, mais créditos alguém terá com ela. E ao contrário, quando menos a entidade dever, menos créditos as pessoas terão com ela. Patrimônio36 Ou seja, as contas de Passivo, de modo geral, credoras, aumentam com créditos e redu- zem com débitos. Da mesma forma as receitas,que estudaremos também no módulo, Variações do Patrimônio Líquido, mas que você, a exemplo das despesas, já poderá, entender o fato pelo qual as Receitas, também, são de natureza credora. ATENÇÃO De onde vem o recurso é de natureza credora. Onde está o recurso é de natureza devedora. Como já sabido por você. Vejamos um exemplo: Se vendemos algo, a forma de recebimento pela venda, só poderá ser à vista, parcelado, ou ambas. Então: Venda à vista: • O que recebemos pela venda à vista? • Dinheiro? E onde está esse dinheiro? • No caixa ou no banco em que foi feito o depósito do valor recebido, não é mesmo? No caixa ou no banco, não estamos falando de bem ou direito, respectivamente? Então, onde está o recurso oriundo desta transação é um Débito. A origem deste recurso, de onde ele veio, é a venda, Receita. Assim a natureza da Receita é Credora. Venda a prazo: Digamos que seja uma venda no valor de R$30.000,00 (trinta mil reais), sendo 50% à vista e 50% para recebimento em 45 dias. O que temos aí? R$15.000,00 em dinheiro, representado pela conta Caixa (um bem). R$15.000,00 a receber, representado por uma duplica – Duplicatas a Receber (um direito). E qual foi à origem deste bem e deste direito? A venda, ou seja, a Receita de R$30.000,00 Assim, podemos dizer que: a. Onde está o recurso é Devedor. E o recurso está no caixa (um bem) e em Duplicatas a Receber (um direito). • Caixa – R$15.000,00 (devedor) • Duplicatas a Receber – R$15.000,00 (devedor) b. De onde veio o recurso, sua origem do é Credora • Receita de Vendas – R$30.000,00 (credora) Patrimônio 37 Visualizando em forma de diagrama, temos: Obrigações Receitas Lado esquerdo do diagrama DEVEDOR PASSIVO Lado direito do diagrama CREDOR Diminuição a débitodébito Aumento a créditocrédito ATENÇÃO Assim qualquer conta contábil que representa uma obrigação ou receita será creditada quan- do de seu aumento, e debitada quando de sua redução. Observando aqui que a possibilidade de uma redução em uma conta de Receita será por devoluções de vendas. Por sua vez, lembra-se que Contabilidade é informação? Desta forma, tal redução se dará por uma outra conta representando a devolução da venda, efetivada pelo cliente, e esta conta será denominada de Conta Redutora ou Retificadora, da conta de Receita de Vendas; próximo item de seus estudos. O resultado será o mesmo, mas a informação será mais qualificada, objetivando medir o resultado do esforço originado para a venda, e a posterior devolução do bem ou serviço adquirido pelo cliente, por algum motivo qualquer. Contas Retifi cadoras Lembra que dissemos que as contas de Ativo são, geralmente, de natureza Devedora e as contas de Passivo, geralmente, de natureza Credora? Pois bem, esse geralmente é devido ao fato de que tanto as contas de Ativo como as de Passivo, podem apresentar contas que sejam de natureza Credora e Devedora, respectivamen- te. Contas de Ativo de natureza Credora, e contas de Passivo de natureza Devedora. Patrimônio38 Elas são as exceções nos seus respectivos grupos, Ativos e Passivos e são denominadas contas retificadoras. Por isso apresentam-se como redutoras de alguma conta, seja ela deve- dora ou credora, apresentando-se assim com sinal negativo. As contas retificadoras de valores do Ativo e do Passivo devem ser posicionadas no balan- ço patrimonial, logo abaixo da conta a que se refere, ativa ou passiva, precedidas do sinal indicativo de subtração. CONTAS RETIFICADORAS DO ATIVO CIRCULANTE Uma das contas retificadoras do ativo circulante, mais precisamente redutora de Clientes (Duplicatas a Receber) é a PCLD - Provisão para Crédito de Liquidação Duvidosa: significa que parte dos direitos a receber de clientes podem estar improváveis de serem recebidos, perdendo valor. Exemplo de Contabilização de 5% sobre o saldo de Duplicatas a Receber de $100.000: Débito Crédito D – Despesa com PCLD $ 5.000 C – (-) PCLD (Prov.para Créd.de Liq. Duvidosa); $ 5.000 Apresentação no Balanço: Balanço Patrimonial Levantado em 31 de dezembro de 20XX - Em MR$ Ativo Passivo Circulante 95.000 Circulante Clientes (Dupl a Receber) 100.000 (-) PCLD (5.000) Não Circulante Não Circulante Realizável de Longo Prazo Investimentos Imobilizado Patrimônio Líquido Intangível Total do Ativo Total do Passivo + PL Fonte: Edilamar P. A. Esteves Outro Exemplo: • Provisão para Ajuste ao Valor de Mercado. CONTAS RETIFICADORAS DO ATIVO NÃO CIRCULANTE Uma das contas retificadoras do ativo não circulante, mais precisamente do imobilizado, é a depreciação acumulada: significa que os bens tangíveis estão perdendo valor econô- mico pelo uso, obsolescência ou desgaste. Exemplo de Contabilização de um mês de depreciação sobre um bem de $ 120.000: Débito Crédito D – Despesa ou Custo com depreciação (Resultado) $ 1.000 C – (-) Depreciação Acumulada (ativo imobilizado) $ 1.000 Patrimônio 39 Apresentação no Balanço: Balanço Patrimonial Levantado em 31 de dezembro de 20XX - Em MR$ Ativo Passivo Circulante Circulante Não Circulante Realizável de Longo Prazo Não Circulante Investimentos Imobilizado 119.000 Patrimônio Líquido Máquinas e Equipamentos 120.000 (-) Depreciação Acumulada (1.000) Intangível Total do Ativo Total do Passivo + PL Fonte: Edilamar P. A. Esteves Outros Exemplos: • Provisão para Perdas Prováveis na Realização de Investimentos. • Amortização acumulada. • Exaustão acumulada. CONTAS RETIFICADORAS DO PASSIVO CIRCULANTE E NÃO CIRCULANTE No Passivo não existem muitas contas retificadoras. Vamos exemplificar: Prêmio pago na emissão de Debêntures no momento da captação do recurso no qual o valor do custo do deságio é lançado como redutor no passivo e apropriado quando incorrido. Exemplo de Contabilização: Débito Crédito D – Caixa (pela captação líquida) $ 40.000 D – Custo a Amortizar (redutor do passivo) $ 10.000 C – Debêntures $ 50.000 Representação no Balanço Patrimonial: Balanço Patrimonial Levantado em 31 de dezembro de 20XX - Em MR$ Ativo Passivo Circulante 40.000 Circulante 40.000 Caixa 40.000 Debêntures 50.000 (-) Custo a Amortizar (10.000) Não Circulante Realizável de Longo Prazo Não Circulante Investimentos Imobilizado Patrimônio Líquido Intangível Total do Ativo Total do Passivo + PL Fonte: Edilamar P. A. Esteves Patrimônio40 CONTAS RETIFICADORAS DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO Uma das contas retificadoras do patrimônio líquido é a conta contábil Prejuízos Acumulados: significa que a empresa, durante um determinado período, não gerou lucro e apresentou prejuízo, resultando, portanto, numa redução do patrimônio líquido. Exemplo de Contabilização de um resultado apurado na ARE negativo de $30.400: Débito Crédito D – Prejuízos Acumulados (Patrimônio Líquido) $ 30.400 C – ARE-Apuração do Rsultado do Exercício (Resultado) $ 30.400 Obs: A ARE-Apuração do Resultado do Exercício - é uma conta transitória do Resultado na qual são encerrados os saldos das contas de resultado (Receitas, Despesas e Custos). Nesse caso, o resultado será prejuízo se os saldos de Receitas foram inferiores aos saldos das Despesas e Custos. Veremos seu mecanismo de forma mais detalhada ainda neste módulo. Representação no Balanço Patrimonial: Balanço Patrimonial Levantado em 31 de dezembro de 20XX - Em MR$ Ativo Passivo Circulante Circulante Não Circulante Realizável de Longo Prazo Não Circulante Investimentos Imobilizado Patrimônio Líquido 169.600 Intangível Capital Social 200.0000 Prejuízos Acumulados (30.400) Total do Ativo Total do Passivo + PL Fonte: Edilamar P. A. Esteves Outros Exemplos: • Capital a Realizar. • Ações em Tesouraria. Configurações do Estado Patrimonial De forma ilustrativa, suponha uma balança de dois pratos: colocaremos no prato da esquerda o Ativo e no da direita o Passivo. Se ambos tiverem valores iguais, temos um equilíbrio. Mas como, normalmente, o Ativo e o Passivo apresentam valores diferentes, naturalmente a balança penderá para um dos lados.O peso (valor) que colocaremos para restabelecer o equilíbrio da balança é o que chama- mos Patrimônio Líquido e, de forma lógica, estará no lado de menor valor. Vejamos de forma resumida: Legenda: • LE – Lado Esquerdo • LD – Lado Direito • A – Ativo • P – Passivo • PL – Patrimônio Líquido Patrimônio 41 LE A Ativo = Passivo LD P obrigaçõesobrigações PL = 0 1 LEA Ativo > Passivo LE P+PL PL > 0 2 Assim temos: 1. O total do Ativo é exatamente igual ao total do Passivo Exigível, por extensão, o Patrimônio Líquido é igual a zero, não há Patrimônio Líquido, na entidade empresa. 2. O total do Ativo é maior do que o total do Passivo Exigível, por extensão, o Patrimônio Líquido é maior do que zero. Existe Patrimônio Líquido, riqueza na enti- dade empresa. Ainda mais resumido: LE A Bens e Direitos Ativo = Patrimônio Líquido LD PLPL Passivo Exigível = 0 3 LEA+PL Ativo < Passivo LD P PL < 0 4 (situação de Passivo a descoberto) 3. O total do Ativo é igual ao total do Patrimônio Líquido, por extensão, não há obri- gações, com terceiros, na entidade empresa. O Passivo Exigível é zero. 4. O total do Ativo é menor do que o Passivo Exigível, por extensão, o Patrimônio Líquido é negativo, situação já conhecida por você como PASSIVO A DESCOBERTO. A entidade, empresa, não tem recursos suficientes para cobrir as obrigações que serão exigidas. Assim temos: Posicionado no lado de menor valor Ativo = Passivo = Equilíbrio (Balança) Ativo # Passivo = Desequilíbrio (Balança) Restabelecimento do Equilíbrio = PL (Balança) Outra forma de observação da igualdade entre o Ativo e Passivo, ou o equilíbrio da balan- ça poderá ser observado com o registro das seguintes operações: Patrimônio42 BALANÇO PATRIMONIAL I (NO PRIMEIRO MOMENTO DA ENTIDADE) Subscrição e integralização do Capital Social, quando os sócios declaram o valor inicial a ser colocado na entidade para exploração de uma atividade. A integralização é feita em moeda corrente do país, ou seja, em dinheiro – R$500,00. Balanço Patrimonial I – integralização do capital social, para início das operações. Ativo Passivo Bens $ 500 Obrigações $ 0 Patrimônio Líquido $ 500 Total $ 500 Total $ 500 Início das operações, constituição com capital próprio (ainda não tem obrigações com terceiros) BALANÇO PATRIMONIAL II (NO SEGUNDO MOMENTO) A entidade adquire direitos no valor de R$ 30,00, a ser pago em vinte dias. Balanço Patrimonial II – momento seguinte ao início das operações. Ativo Passivo Bens + Direitos $ 530 Obrigações $ 30 Patrimônio Líquido $ 500 Total $ 500 Total $ 500 Endividamento normal, com a continuidade dos negócios (baixo endividamento) BALANÇO PATRIMONIAL III (NO TERCEIRO MOMENTO) A entidade deve tudo que ela tem, para terceiros, ou seja, ela perdeu o Capital Social, recursos investidos pelos sócios ou acionistas para exploração da atividade, e o que a entidade tem ela deve para terceiros. Ativo Passivo Bens + Direitos $ 500 Obrigações $ 500 Patrimônio Líquido $ 0 Total $ 500 Total $ 500 Igualdade absoluta entre o total dos Ativos e o do capitais de terceiros - Situação praticamente inexis- tente (Patrimônio Líquido nulo) Integralização do capital social Momento em que os sócios transferem para a sociedade, o valor declarado, em contrato social ou estatuto, a título de Capital Social. Balanço Patrimonial II Quando a entidade empresa, mantinha um endividamento, normal, na continuidade de seus negócios. Patrimônio 43 BALANÇO PATRIMONIAL IV (NO QUARTO MOMENTO, QUANDO DA CONTINUIDADE DA ATIVIDADE) A entidade deve para terceiros, mais do que ela tem para exercer a atividade, ou seja, seus bens e direitos não são suficientes para pagar a terceiros. Ativo Passivo Bens + Direitos $ 500 Obrigações $ 700 Patrimônio Líquido $ (200) Total $ 500 Total $ 500 Elevado grau de endividamento (Passivo a desoberto) BALANÇO PATRIMONIAL V (NO QUINTO MOMENTO) A entidade deve para terceiros, tudo o que ela tem, ou seja, não há Patrimônio Líquido. Ativo Passivo Bens + Direitos $ 500 Obrigações $ 500 Patrimônio Líquido $ 0 Total $ 500 Total $ 500 Igualdade absoluta entre o total dos Ativos e o do capitais de tercei- ros - Situação praticamente teórica (Patrimônio Líquido nulo) BALANÇO PATRIMONIAL VI (NO SEXTO MOMENTO) A entidade não tem Ativo, não tem Patrimônio Líquido, mas tem obrigações para com terceiros, ou seja, Passivo Exigível. Ativo PASSIVO Bens + Direitos $ 0 Obrigações $ 600 Patrimônio Líquido $ (600) Total $ 0 TOTAL $ 0 Situação extrema em que todos os Ativos tivessem sido absorvidos e ainda haviam obri- gações com terceiros Balanço Patrimonial IV Na continuidade dos negócios, quando a entidade (empresa), apresenta um alto grau de endividamento na continuidade de seus negócios. Balanço Patrimonial V Momento em que a entidade apresenta um Passivo Exigível no total de seu Ativo, e não tem Patrimônio Líquido. Patrimônio44 Balanço Patrimonial – Resumo geral Qualquer que seja a movimentação do patrimônio, suas transações ou eventos, contabil- mente o Patrimônio sempre será representado pelo equilíbrio da balança. A igualdade entre o Ativo e o Passivo. CONFIGURAÇÕES DO CAPITAL CONSTITUIÇÃO DO CAPITAL SOCIAL O Capital subscrito e integralizado na entidade para a exploração de uma atividade é o que se denomina Capital Social ou nominal. Quantia que o titular ou sócios, transferem de seus patrimônios individuais para a formação (ou expansão) da Entidade. Contabilmente será registrado na entidade, como parte do Patrimônio Líquido, conforme demonstrado abaixo, no Balanço Patrimonial. BALANÇO PATRIMONIAL Ativo Passivo Bens + Direitos $ 100 Obrigações $ 0 Patrimônio Líquido Capital Social $ 100 Total $ 100 Total $ 100 O capital é o valor que consta nos registros de firmas, contratos e estatutos das sociedades. Poderá também ser aumentado por incorporação de lucros, conversão de dívidas, etc. OUTROS CONCEITOS DE CAPITAL O capital social cujo objetivo é a exploração de uma atividade, ao ser explorado, econo- micamente, resultará em aumento ou redução da riqueza desta entidade. Se positivo o resultado, e este valor não for destinado à distribuição aos seus donos, ela permanecerá na entidade na forma de reservas de lucros, compondo ainda o Patrimônio Líquido. Se negativo, ficará demonstrado como conta redutora, denominada Prejuízos Acumulados, também compondo, ou melhor, dizendo, reduzindo o Patrimônio Líquido. Desta forma o Patrimônio Líquido, agora, composto pelo valor do Capital Social, mais as Reservas de Lucros e menos os Prejuízos, forma o que denominamos de Capital Próprio. Verifique o Balanço Patrimonial, abaixo, e observe que o capital inicial ou registrado, modificado em seu valor, pelas transações da entidade, em sua continuidade, pode ser absorvido pelos resultados negativos, reduzindo o valor do Capital Próprio. BALANÇO PATRIMONIALBALANÇO PATRIMONIAL Patrimônio 45 CONSTITUIÇÃO DO CAPITAL E OUTROS CONCEITOS DE CAPITAL BALANÇO PATRIMONIAL Ativo Passivo Bens + Direitos $ 500 Obrigações $ 50 Patrimônio Líquido Capital Social $ 200 Reservas $ 250 Total $ 500 Total $ 500 Capital Próprio BALANÇO PATRIMONIAL Ativo Passivo Bens + Direitos $ 460 Obrigações $ 80 Patrimônio Líquido Capital Social $ 800 Prejuízos Acumulados $ (420) Total $ 460 Total $ 460 Capital Próprio Ocapital inicial ou registrado após modificado em seu valor pode ser absorvido pelos resultados acumulados. Também dividimos os recursos aplicados na entidade, em duas categorias, Capital de Terceiros e Capital Próprio. Como já visto, Capital Próprio é formado pelo Patrimônio Líquido. Assim, a diferença para o equilíbrio da balança ou do Balanço Patrimonial, será os recursos que denominamos de terceiros. A soma dos recursos, Capital Próprio e Capital de Terceiros irá compor o total de recursos ou capital aplicado na entidade, constante lá no Ativo. Vejamos no Balanço Patrimonial. CONSTITUIÇÃO DO CAPITAL E OUTROS CONCEITOS DE CAPITAL BALANÇO PATRIMONIAL Ativo Passivo Bens + Direitos $ 900 Obrigações $ 300 Patrimônio Líquido Capital Próprio $ 600 Total $ 900 Total $ 900 Capital de Terceiros Patrimônio46 BALANÇO PATRIMONIAL Ativo Passivo Bens + Direitos $ 900 Obrigações $ 300 Patrimônio Líquido Capital Social $ 600 Total $ 900 Total $ 900 Capital Total O capital de terceiros é a parcela do Patrimônio da Entidade que constitui direto de terceiros. O capital total é o total de capitais, dos recursos à disposição da entidade. Veja resumidamente como se classifica os recursos que denominamos de Capital. Veja resumidamente como se classifica os recursos 1. Capital de terceiros: Valores que serão exigidos da sociedade, por terceiros, estes que não são os sócios ou acionistas. O capital de terceiros constitui os recursos que são colocados na entidade por pessoas que não os donos, e que são necessários para financiamento das ativi- dades, como compra de mercadorias a prazo, outros bens que não mercadorias, empréstimos, mão de obra, impostos. Faz parte do processo recorrente das entida- des, que elas sejam financiadas também a prazo. CAPITAL DE TERCEIROS Obrigações exigíveis 2. Capital Social: Valor transferido ou a ser transferido, pelos sócios, para o patrimô- nio da entidade, empresa, e que a princípio não serão exigidos em devolução. O Capital Social, também, será classificado conforme segue: • Capital Autorizado – Valor autorizado pelos cotistas ou acionistas conforme ata de assembléia para ser subscrito como Capital Social da sociedade. • Capital subscrito – Valor constante do estatuto social referente ao Capital Social. • Capital Realizado – Valor integralizado, ou seja, transferido pelos sócios ou acionistas de seus patrimônios individuais para o patrimônio da entidade, ora constituída. • Capital a Realizar – Parcela do Capital autorizado, subscrito, mas ainda não integralizado, não transferido pelos sócios ou acionistas para o patrimônio da entidade, ora constituída e portanto será representado como conta Redutora do Capital Social. Patrimônio 47 Veja: Ativo Passivo Conta Caixa $ 80 Patrimônio Líquido Capital Social $ 100 Capital a Integ. $ (20) Total $ 80 Total $ 80 CAPITAL DE SOCIAL Autorizado SubscritoSubscrito RealizadoRealizado a Realizar Capital Nominal 3. Capital total: Valores que compõem o Passivo da entidade, tanto o Exigível ( Passivo Exigível - Capital de Terceiros), como o não Exigível(Patrimônio Líquido - Capital Próprio). A soma do Capital de Terceiros e do Capital Próprio. O valor de capital que está à disposição da entidade, empresa. 4. Patrimônio Líquido: O Patrimônio Líquido, como viu, representa o Capital Próprio, e é constituído pelo Capital Social, Ajuste de Avaliação Patrimonial, Reservas deduzida dos Prejuízos Acumulados. Também recebe denominações como: situação líquida do Patrimônio, Substância Líquida do Patrimônio, ou Capital dos Proprietários. Veja o resumo em forma de diagrama: Situação Líquida do Patrimônio Substância Líquida do Patrimônio Capital Próprio Capital dos Proprietários Capital Social Ajustes Avaliação Prejuízos Acumulados (-) Reservas Patrimônio Líquido “ É melhor ser alegre do que triste, a alegria é a melhor coisa que existe” Vinícius de Moraes Patrimônio48 FI CH A T ÉC N IC A FUMEC VIRTUAL - SETOR DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA GESTÃO PEDAGÓGICA Coordenação Gabrielle Nunes Paixão Transposição Pedagógica Flávia Juliana da Silva PRODUÇÃO DE DESIGN MULTIMÍDIA Coordenação Rodrigo Tito M. Valadares Design Multimídia Raphael Gonçalves Porto Nascimento Editoração 2013 Raphael Gonçalves Porto Nascimento INFRA-ESTRUTUTURA E SUPORTE Coordenação Anderson Peixoto da Silva AUTORIA Profa. Guadalupe Machado Dias BELO HORIZONTE - 2011 Síntese Neste módulo você pôde entender o Patrimônio em seu contexto, ou seja, inserido nas organizações, e formação pelos itens que se compõem por bens, direitos e obrigações. Você estudou também, que os bens e direitos: • São capazes de gerar fluxo de caixa no futuro, ou seja, tem capacidade economica; • Representam o Ativo das entidades, e as obrigações segregadas em exigíveis e não exigíveis; • Representam o Passivo, este denominado de Capital de Terceiros, quando exigi- dos em um momento acordado entre as partes, devedor e credor, e o Capital Próprio formado pelo Patrimônio Líquido, em que são registrados o valor do Capital Social, as reservas, as variações patrimoniais deduzidas dos prejuízos acumula- dos. Valores que a princípio não serão exigidos pelos seus sócios ou cotistas. A demonstração gráfica do Patrimônio se dá pelo Balanço Patrimonial ou Demostração da Posição financeira, representação estática que o apresenta em seu aspecto quantita- tivo em um determinado período. Relatório contábil em que se faz a leitura do equilíbrio do patrimônio, entre seus bens, direitos e obrigações. Assim, expresso: Ativo = Passivo Exigível mais Patrimônio Líquido, em sua expressão mais corrente. No próximo módulo você irá estudar o Método das Partidas Dobradas, em seus procedi- mentos básicos, quando aprenderá a escriturar a movimentação contábil do Patrimônio. Até lá! “... a única salvação reside no trabalho gradual de educação dos indivíduos Isso não é tão inviável quanto possa parecer” (C. G. Jung) Referências ALMEIDA, Marcelo Cavalcanti. Curso básico de contabilidade. 6º ed. São Paulo: Atlas, 2010. BRAGA, Hugo Rocha. ALMEIDA, Marcelo Cavalcanti. Mudanças Contábeis na Lei Societária: Lei 11.638, de 28/12/2007. 1ª ed. São Paulo: Atlas, 2008. Equipe de professores da FEA/USP. Contabilidade Introdutória. 11 ed. São Paulo: Atlas, 2010. MARION, José Carlos. Contabilidade introdutória. 10ª Ed. São Paulo: Atlas, 2009. NEVES, Silvério. VICECONTI, Paulo. Contabilidade Básica. 13º ed. São Paulo: Frase, 2006. SÁ, Antônio Lopes. Princípios fundamentais de contabilidade. 4ª Ed. São Paulo: Atlas, 2007. SZUSTER, Natan. Et al. Contabilidade geral. Introdução a contabilidade societária. 2 ed. São Paulo: Atlas, 2008. O QUE É UM RAZONETE CONTÁBEIS E RESPECTIVOS RAZONETES RAZÃO ANALÍTICO OU CONTA “T” LANÇAMENTOS A DÉBITO E A CRÉDITO Contabilidade ASPECTOS INTRODUTÓRIOS AO MÉTODO DAS PARTIDAS DOBRADAS ASPECTOS INTRODUTÓRIOS AO MÉTODO DAS PARTIDAS DOBRADAS Profa. Guadalupe Machado Dias APRESENTAÇÃO Neste módulo você vai aprender o que é uma conta contábil; tipos e natureza. Irá aprender o que é, e como se elabora um Razonete, Razão Analítico ou conta “T”. Aprenderá quando se debita ou credita uma conta. Verá o resumo do mecanismo de débito e crédito. OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM Ao final desse módulo você estará apto a: • Definir o conceito de Conta Contábil. • Identificar e classificar o tipo e a natureza da Conta Contábil. • Especificar o que é um Razonete, Razão Analítico ou conta “T”. • Aplicar nas contas contábeis e respectivos razonetes, Razão Analítico ou conta “T”, lançamentos a Débito e a Crédito. Profa. Guadalupe Machado Dias um Razonete, Razão Analítico ou conta “T”. Aprenderá quando se debita ou credita uma Caro(a) aluno(a), bem-vindo(a)!Caro(a)
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