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Caderno Completo - Contabilidade

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Contabilidade
SUMÁRIO
Introdução a Contabilidade .......................5
Patrimônio ............................................ 25
Aspectos Introdutórios ao 
Método das Partidas Dobradas ................ 51
Método das Partidas Dobradas - 
Escrituração .......................................... 65
Variações do Patrimônio Líquido .............. 79
Registro de Operações decorrentes do 
Regime de Competência de Exercícios ...... 91
Balanço Patrimonial e 
DRE – Demonstração do 
Resultado do Exercício .......................... 103
Operações com Mercadorias ..................117
Princípios de Contabilidade ................... 135
Contabilidade
REITORIA
Reitor
Prof. Fernando de Melo Nogueira
Vice-Reitor e Pró-Reitor de Graduação
Prof. Guilherme Guazzi Rodrigues
Pró-Reitor de Planejamento e Administração
Prof. Márcio Dario da Silva
Pró-Reitora de Pós-Graduação, 
Pesquisa e Extensão
Profª. Drª. Maria Lectícia Firpe Penna
FACULDADE DE CIÊNCIAS 
EMPRESARIAIS (FACE)
Diretor-Geral
Prof. Marco Túlio de Freitas
Diretora de Ensino
Profª. Renata de Sousa da Silva Tolentino
FACULDADE DE CIÊNCIAS HUMANAS, 
SOCIAIS E DA SAÚDE (FCH)
Diretor-Geral
Prof. Antônio Marcos Nohmi
Diretor de Ensino
Prof. João Batista de Mendonça Filho
FACULDADE DE ENGENHARIA 
E ARQUITETURA (FEA)
Diretor-Geral
Prof. Eduardo Georges Mesquita
Diretora de Ensino
Profª. Maria Silvia Santos Fiuza
BELO HORIZONTE 
2017
QUAIS SÃO OS CAMPOS DE ATUAÇÕES DA CONTABILIDADE
CONCEITUANDO E QUALIFICANDO A CONTABILIDADE
USUÁRIOS DA CONTABILIDADE E SEUS INTERESSES
QUEM É O PROFISSIONAL CONTÁBIL
BASES DA CONTABILIDADE
INTRODUÇÃO A 
CONTABILIDADE
Contabilidade
INTRODUÇÃO A 
CONTABILIDADE
Profa. Guadalupe Machado Dias
APRESENTAÇÃO
E falando em riqueza, ou seja, do dinheiro em suas diversas modalidades, além de necessá-
rio, é fascinante. Não há crescimento, melhorias ou expectativas sem recursos. E quanto à 
qualidade de vida, respeito social, paz ou guerra, entre povos ou com a natureza, presentes 
estão os recursos.
Independente do ranking, “o contar” faz parte do nosso universo, é inerente ao ser humano, 
seja qualitativamente ou quantitativamente. Para tanto, o que está por traz de todas essas 
estatísticas diz respeito aos recursos envolvidos, desta forma, a Contabilidade. Um tema 
fascinante, pois é o caminhar para muitas respostas.
Neste módulo você vai estudar e compreender o que é Contabilidade, sua origem, evolução, 
motivação, processos e etapas. Conhecerá o objeto de estudo da Contabilidade com seu 
objetivo e funções. Conhecerá e identificará seus usuários e interesses. Quem é o profissio-
nal contábil; seu campo de atuação, ramificações e especializações. Estudará os pilares da 
Contabilidade, ou seja, sua sustentação como ramo de conhecimento.
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
Ao final desse módulo você estará apto a:
• Conceituar e qualificar a Contabilidade.
• Identificar seu objeto de estudo e objetivo.
• Entender suas funções.
• Identificar os usuários da Contabilidade e seus respectivos interesses.
• Conhecer quem é o Profissional Contábil, sua formação e suas funções.
• Apontar e exemplificar quais são os campos de atuações da Contabilidade.
• Identificar as bases da Contabilidade.
Profa. Guadalupe Machado DiasProfa. Guadalupe Machado Dias
Caro(a) aluno(a),Caro(a) aluno(a),Caro(a) aluno(a),Caro(a) aluno(a),Caro(a) aluno(a),
Estamos iniciando os estudos no universo da Contabilidade, uma Estamos iniciando os estudos no universo da Contabilidade, uma Estamos iniciando os estudos no universo da Contabilidade, uma Estamos iniciando os estudos no universo da Contabilidade, uma Estamos iniciando os estudos no universo da Contabilidade, uma 
viagem ao mundo da riqueza, mola que move a humanidade viagem ao mundo da riqueza, mola que move a humanidade viagem ao mundo da riqueza, mola que move a humanidade viagem ao mundo da riqueza, mola que move a humanidade viagem ao mundo da riqueza, mola que move a humanidade 
enquanto classificada, mensurada e informada para que as enquanto classificada, mensurada e informada para que as enquanto classificada, mensurada e informada para que as enquanto classificada, mensurada e informada para que as enquanto classificada, mensurada e informada para que as 
decisões sejam tomadas, no objetivo de geração de mais riquezas.decisões sejam tomadas, no objetivo de geração de mais riquezas.decisões sejam tomadas, no objetivo de geração de mais riquezas.decisões sejam tomadas, no objetivo de geração de mais riquezas.decisões sejam tomadas, no objetivo de geração de mais riquezas.
Seja bem-vindo(a) a este universo. Bom Seja bem-vindo(a) a este universo. Bom Seja bem-vindo(a) a este universo. Bom Seja bem-vindo(a) a este universo. Bom Seja bem-vindo(a) a este universo. Bom 
trabalho e proveito!trabalho e proveito!trabalho e proveito!trabalho e proveito!trabalho e proveito!
Introdução a Contabilidade6
A Contabilidade
Veja as figuras abaixo e reflita sobre elas!
A que remete tais figuras?A que remete tais figuras?
E agora?
Estas...
Se a sua reflexão o (a) levou a pensar no dinheiro da seguinte forma:
• Dinheiro no mundo, globalização, segurança, proteção;
• Dinheiro nas indústrias, economia, poluição, apelo sócio ambiental;
• Dinheiro, mais poluição, transporte, pessoas;
Introdução a Contabilidade 7
• Dinheiro, estoque de carros, estacionamento;
• Dinheiro, e a preocupação pela falta de dinheiro, stress; dor de cabeça, e dá-lhe 
café;
• Dinheiro, e Rio de Janeiro, carnaval, mulata, dinheiro, férias.
• O melhor time de futebol do Brasil, e mais dinheiro.
Vamos começar pelo o que há de comum em todas 
elas: O dinheiro. Isso mesmo, o dinheiro é o que está 
por trás de todas as ações, sejam elas laborais, ou não. 
E onde está representado o dinheiro? Na Contabilidade. Seja ela de pessoas 
físicas ou jurídicas, formal, como veremos em nossos estudos, ou não, como 
a contabilidade dos indivíduos naturais. Seja ele em espécie, seja ele em suas 
variações.
É a informação sobre o que se têm o que denominamos informações finan-
ceiras ou contábeis, e que por sua vez se torna necessária de reporte, de ser 
referida, demonstrada, de forma precisa e fidedigna; CONFIÁVEL. 
Assim essa informação é inevitável e fundamental à tomada de decisões, no 
que se refere à riqueza, o que nos remete a entender o que é a Contabilidade 
e para tanto sua origem. 
Origem e processos da Contabilidade
A Contabilidade remete a tempos remotos, e cronologicamente, pode ter tido como início, 
o aparecimento do homem na terra. Todos nós possuímos alguma coisa, a que denomina-
remos de riqueza, mais à frente em nossos estudos. Coisascujos registros 
podem ser comprovados desde os homens das cavernas, por exemplo, 
quando de suas inscrições ou desenhos rupestres.
Parabéns é isso mesmo!Parabéns é isso mesmo!Parabéns é isso mesmo!
Mas, o que estas imagens têm haver com “a Contabilidade” ? Mas, o que estas imagens têm haver com “a Contabilidade” ? Mas, o que estas imagens têm haver com “a Contabilidade” ? 
Laborais
De trabalho
Pessoas físicas
Pessoas naturais
Jurídicas
Organizações
Formal
De acordo com princípios, 
normas e regras
Espécie
Dinheiro propriamente dito
Variações
Créditos com terceiros, estoques, 
móveis, imóveis, veículos, etc 
como veremos mais à frente. 
Rupestres
Nas pedras
Introdução a Contabilidade8
Contar, para controlar, o que se têm, é inerente ao ser humano. Desta forma, é natural a 
compreensão de que a contabilidade existe deste que o homem apareceu na face da terra. 
Por outro lado, da forma como a conhecemos, a Contabilidade começou a tomar corpo, 
a se estruturar, no século XIII na Itália, nas cidades de Veneza, Pisa e Gênova. E não por 
acaso, pois a Itália com sua posição geográfica, privilegiada, era a porta para a navega-
ção no Mediterrâneo, e por isso detinham o monopólio ao tão cobiçado comércio com o 
oriente. 
No início da Idade Moderna, o oceano Atlântico era totalmente desconhecido, o que signi-
ficava um único caminho às Índias. A necessidade de alternativaspor novos caminhos 
deu início ao período das Grandes Navegações1 , promovido por Portugal, Espanha, 
Países baixos, França e Inglaterra entre os séculos XV e XVI.
O processo contábil e suas três etapas
O processo contábil compreende, invariavelmente, a identificação e compreensão do que 
ocorre com os recursos que estão ou serão movimentados. Sendo Identificada e compre-
endida a intenção do recurso, é processado seu registro como memória, para que se 
possa gerar e disponibilizar as informações sobre o Patrimônio. Estas informações serão 
de grande utilidade aos usuários, em suas decisões, sejam elas financeiras ou econômicas. 
Vejamos então as etapas do processo contábil:
IDENTIFICAÇÃO
A primeira etapa diz respeito à identificação, ou seja, selecionar o evento econômico, a 
transação, o fato ocorrido.
1 http://www.suapesquisa.com/grandesnavegacoes/
No início da Idade Moderna, o oceano Atlântico era totalmente desconhecido, o que signi-
ficava um único caminho às Índias. A necessidade de alternativas por novos caminhos 
Grandes NavegaçõesGrandes Navegações1 , promovido por Portugal, Espanha, 
Países baixos, França e Inglaterra entre os séculos XV e XVI.
Se falarmos de comércio, estamos falando de fluxo de capitais, dinheiro, e como Se falarmos de comércio, estamos falando de fluxo de capitais, dinheiro, e como Se falarmos de comércio, estamos falando de fluxo de capitais, dinheiro, e como Se falarmos de comércio, estamos falando de fluxo de capitais, dinheiro, e como Se falarmos de comércio, estamos falando de fluxo de capitais, dinheiro, e como Se falarmos de comércio, estamos falando de fluxo de capitais, dinheiro, e como 
já visto, se falamos de dinheiro, estamos falando em Contabilidade! já visto, se falamos de dinheiro, estamos falando em Contabilidade! já visto, se falamos de dinheiro, estamos falando em Contabilidade! já visto, se falamos de dinheiro, estamos falando em Contabilidade! já visto, se falamos de dinheiro, estamos falando em Contabilidade! já visto, se falamos de dinheiro, estamos falando em Contabilidade! 
O primeiro codificador da Contabilidade, também não por acaso, 
foi o Frei Luca Paccioli, italiano, que em Veneza, no ano de 1494, 
introduziu em um livro denominado de “Summa de Arithemetica, 
Geométrica, Proportioni et Proportionalitá” um capítulo intitulado 
“Deveres e Haveres”, e por isso é considerado o Pai da Contabilidade. 
Dos primórdios até a forma como a conhecemos, ainda hoje, a 
Contabilidade passa por um processo, dividido em três etapas. Veja:
Introdução a Contabilidade 9
Por exemplo: O que você vê na figura abaixo?
Bens armazenados
Podemos dizer tratar-se de armazenamento de produtos e mercadorias ? 
E nesta figura? 
Podemos dizer que as figuras 
demonstram algumas mercadorias 
expostas para serem vendidas? E 
também, mercadorias na esteira 
do caixa a serem registradas pela 
sua venda?
Se suas respostas foram estas, 
está correto. As figuras realmente 
apresentam as intenções mencio-
nadas em relação às mercado-
rias, assim, você já pode assimilar dois conceitos: informação econômica e informação 
financeira.
A Informação Econômica diz respeito à capacidade de geração de caixa, ou seja, a capa-
cidade do bem, e podemos também incluir os direitos, de serem vendidos pelo valor espe-
rado. Veja:
Ao comprarmos bens pelo valor de R$30.000,00 (trinta mil reais) cuja intenção será de 
revendê-los, e por isso são armazenamos, como na figura: `Bens armazenados´, temos 
em mente que o valor de venda será maior que o de compra com o objetivo de lucro. 
Neste caso o valor de Venda destes produtos em sendo R$68.000,00 (sessenta e oito 
mil reais) este é o valor econômico do bem, por extensão esta é a informação econômica.
A Informação Financeira diz respeito ao valor pelo qual o bem ou o 
direito foi adquirido. No exemplo citado acima, o valor de R$30.000,00 
(trinta mil reais) que pagamos ou iremos pagar pelas 
mercadorias que adquirimos é a informação 
financeira.
Já na figura: Identificação e Informações finan-
ceiras, em que as pessoas estão em um super-
mercado escolhendo e comprando mercadorias, 
é possível fazermos a seguinte leitura, dividindo 
a figura em três partes:
Parte 1 - Mercadorias expostas para revenda – 
Valor Econômico igual ao valor constante de seu 
código de barras ou etiqueta de preço. 
Produtos
Bens que serão utilizados 
no processo produtivo
Mercadorias
Bens que serão colocados à vendaE nesta figura? 
Podemos dizer que as figuras 
demonstram algumas mercadorias 
expostas para serem vendidas? E 
também, mercadorias na esteira 
do caixa a serem registradas pela 
sua venda?
Se suas respostas foram estas, 
está correto. As figuras realmente 
apresentam as intenções mencio-
nadas em relação às mercado-
rias, assim, você já pode assimilar dois conceitos: informação econômica
 diz respeito ao valor pelo qual o bem ou o 
direito foi adquirido. No exemplo citado acima, o valor de R$30.000,00 
(trinta mil reais) que pagamos ou iremos pagar pelas 
informação 
Já na figura: Identificação e Informações finan-
ceiras, em que as pessoas estão em um super-
mercado escolhendo e comprando mercadorias, 
é possível fazermos a seguinte leitura, dividindo 
 - Mercadorias expostas para revenda – 
 igual ao valor constante de seu 
Introdução a Contabilidade10
Parte 2 - Mercadorias na esteira do caixa – Valor Econômico pelo qual o cliente está 
disposto a pagar pela mercadoria. Parte 3 – Valor registrado pela venda – Valor Financeiro, 
ou seja, o valor que é realizado pela venda do bem.ou seja, o valor que é realizado pela venda do bem.
ATENÇÃO
Podemos entender, assim, o valor econômico e o valor Financeiro:
• Valor econômico diz respeito à expectativas, valor pelo qual são oferecidos para venda 
os bens e direitos.
• Valor financeiro diz respeito ao valor realizado, valor pelo quais os bens e direitos 
foram vendidos. 
REGISTRO
A segunda etapa diz respeito ao método pelos quais as transações e os eventos são regis-
trados para memória do acréscimo ou decréscimo do que sem tem. 
Durante o registro é necessário que haja organização nos dados a serem lançados, para 
que não falte informações quando estes forem registrados no que denominaremos conta 
“Caixa”, por exemplo. 
Veja alguns desses dados: 
• Data: O marco do ocorrido, ou seja, sua data, 
ou período de realização, se é em curto ou 
longo prazo. 
• Classificação: refere-se à sua natureza. Se 
bem, direito, obrigação, receitas, custos, 
despesas, etc. 
• Intenção: se para venda, ou para uso.
• Sintetização: Refere-se à junção de even-
tos da mesma natureza, durante um perío-
do de tempo. Exemplo: quantas vezes foram 
registradas entradas e saídas de dinheiro no 
caixa? Uma, duas, “n” vezes?
Durante o registro é necessário que haja organização nos dados a serem lançados, para 
que não falte informações quando estes forem registrados no que denominaremos conta 
Introdução a Contabilidade 11
COMUNICAÇÃO
E para a terceira etapa temos o processo de comunicação. Momento em que serão dispo-
nibilizados os relatórios contábeis, para análise e interpretações visando à tomada de 
decisões de ordem econômica e financeira.
REFLITA 
Veja bem aluno (a)! Vimos então que o processo contábil percorre três etapas, sendo a 
primeira a identificação do que se passa com os recursos que estão ou serão movimentados, 
a segunda o registro destes eventos ou transações, e o terceiro a comunicação das informa-
ções a respeito desses recursos, objetivando a tomada de decisões por seus usuários. 
Finalidades da Contabilidade: 
Conceito, Objeto e Objetivo
Conceito
A Contabilidade é uma ciência social aplicada, cujo processo, como você viu anteriormen-
te, passa pela Identificação, Registro, e Comunicação o que detalhamos em: 
• Captação: observação do evento;
• Registro: escrituração de acordo com sua natureza e período de realização,
• Acumulação: aglutinação por síntese, semelhança, 
• Resumo, interpretação, e comunicação das informações sobre os fenô-
menos financeiros e econômicosdas entidades, conforme demonstra-
do no diagrama abaixo.
Captação Registro Acumulação Resumo
Interpretação
Fenômenos
�nanceiros e econômicosEntidades
Contabilidade Ciência social aplicada
Financeiros e econômicos
Patrimônios, individualizados – Ver 
também Princípios de Contabilidade.
Introdução a Contabilidade12
Para melhor visualização e entendimento, veja o diagrama abaixo que representa as fases 
do processo contábil, em que distribuímos as etapas em fases I, II e III.
Fases do Processo Contábil 
Dados de Entrada
(evento econômico)
Mensuração 
(Atributo de valor $)
Aglutinação
Agregação
Síntese por semelhança
Fase I
Imput
Fase II
Processamento
Produto
Demonstrações FinanceirasConsolidaçãoAnálise
Fase III
Output
OBJETO E OBJETIVO
O objeto da Contabilidade é o Patrimônio, e o seu objetivo é gerar infor-
mações úteis para a tomada de decisões, estas de natureza econômica 
e financeira. É a síntese pelo acompanhamento da evolução qualitativa e 
quantitativa do Patrimônio. 
Refere-se à orientação, ao subsídio, para a administração dos patrimônios, seja este de 
pessoa física ou jurídica, no exercício de suas funções. 
Patrimônio da 
entidade seu 
OBJETO
Gerar informações 
úteis para tomada 
de decisões seu 
OBJETIVO
ACOMPANHAMENTO 
DA EVOLUÇÃO
 QUANTITATIVA E 
QUALITATIVA
Considerada a “linguagem dos negócios”, a Contabilidade irá gerar a informação depen-
dendo do tipo de decisão de seu usuário. 
De forma resumida, a Contabilidade é uma Ciência social aplicada que estuda fenômenos 
patrimoniais. 
Consiste em um sistema de informação cujo método de trabalho é coletar, processar, 
armazenar e transmitir dados sobre a situação econômica e financeira de uma entidade 
(seu patrimônio) em determinado momento e sua evolução em determinado período, com 
Evolução qualitativa
Qualidade do patrimônio, ou capacidade 
de geração de caixa de seus recursos.
Quantitativa
Quantidade de itens que o compõem, 
seja em números ou valores
Introdução a Contabilidade 13
prevalência da essência sobre a forma (o que de fato ocorre no patrimônio). É um sistema 
de informações úteis, para as tomadas de decisões. 
CAMPO DE APLICAÇÃO E FUNÇÕES DA CONTABILIDADE
Enquanto ciência que estuda o Patrimônio das entidades, a Contabilidade encontra aplica-
ção em todas elas, independente do tipo de constituição jurídica, ramo de atividade, segui-
mento econômico, porte, localização ou qualquer outra característica que lhe seja peculiar. 
Assim, o campo de aplicação da Contabilidade pode ser analisado através da definição de 
Patrimônio, que entendemos como um conjunto de bens, direitos e obrigações, relaciona-
dos a uma pessoa física, jurídica, de direito público, privado, com ou sem fins lucrativos. 
Quanto às funções da Contabilidade, estas são Quanto às funções da Contabilidade, estas são Quanto às funções da Contabilidade, estas são Quanto às funções da Contabilidade, estas são Quanto às funções da Contabilidade, estas são Quanto às funções da Contabilidade, estas são 
duas. Você poderia inferir sobre quais são?duas. Você poderia inferir sobre quais são?duas. Você poderia inferir sobre quais são?duas. Você poderia inferir sobre quais são?duas. Você poderia inferir sobre quais são?duas. Você poderia inferir sobre quais são?
Vejamos:
Função 1 - Administrativa 
ADMINISTRATIVA Disponibilizar informações para CONTROLE 
do PATRIMÔNIO
ECONÔMICA Apurar o RESULTADO (Rédito) Diferença entre
RECEITAS e DESPESAS
Função 2- Econômica 
ADMINISTRATIVA Disponibilizar informações para CONTROLE 
do PATRIMÔNIO
ECONÔMICA Apurar o RESULTADO (Rédito) Diferença entre
RECEITAS e DESPESAS
USUÁRIOS DA INFORMAÇÃO CONTÁBIL
Os usuários da informação contábil estão distribuídos em duas categoriais: internos e 
externos; apresentando funções diferenciadas. Desta forma, independente da categoria, 
ou de sua função na categoria da qual faz parte, as necessidades dos usuários tendem a 
ser distintas, e as informações contábeis devem atender a estes usuários.
Créditos
Resultabilidade do patrimônio
Introdução a Contabilidade14
De acordo com a Resolução do Conselho Federal de Contabilidade – CFC
nº 1.282/10 que dispõe sobre os Princípios Fundamentais da Contabilidade - PFC, as 
informações contábeis devem ser:
“amplas e fidedignas, suficientes para a avaliação de sua situação patrimonial 
e das mutações sofridas por seu patrimônio, permitindo a realização de inferên-
cias sobre o seu futuro”.
E na mesma linha são tratados no CPC – Comitê de Pronunciamentos Contábeis – 
Pronunciamento Conceitual Básico – Estrutura Conceitual para Elaboração e Apresentação 
das Demonstrações Contáveis:
“Entre os usuários das demonstrações contábeis incluem-se investidores atuais 
e potenciais, empregados, credores por empréstimos, fornecedores e outros 
credores comerciais, clientes, governos e suas agências e o público. Eles usam 
as demonstrações contábeis para satisfazer algumas das suas diversas neces-
sidades de informação”.
Veja abaixo alguns exemplos de usuários:
Organizações Fisco GestoresOrganizações Fisco GestoresOrganizações Fisco Gestores
Veja abaixo alguns exemplos de usuários:
Empregados Investidores ClientesEmpregados Investidores Clientes
Quais indagações poderiam fazer os usuários da 
Contabilidade? Vejamos algumas delas:
Introdução a Contabilidade 15
O DINHEIRO EM CAIXA É SUFICIENTE 
PARA PAGAR AS CONTAS?
QUAL O CUSTO DE FABRICAÇÃO 
DE CADA UNIDADE DE PRODUTO?
$ $$$
$$$ $$ $$$$$$$$
E, a qual categoria estes usuários pertencem?
COMO FOI A LUCRATIVIDADE 
NO EXERCÍCIO?
ESTAMOS EM CONDIÇÕES DE CONCEDER 
AUMENTO DE SALÁRIO ESTE ANO?
Se você respondeu usuário interno, parabéns! Complementando, vejamos no diagrama 
abaixo, como se comporta esse usuário:
USUÁRIO INTERNO E SEUS INTERESSES
TOMADOR DE DECISÕES
INTERNO À SOCIEDADE
Estrutura
Fidedigna Tempestiva
Completa
VITALMENTE INTERESSADO
Da informação contábil residirá a diferença de seu 
sucesso ou seu fracasso
O usuário interno está interessado em uma informação que seja:
1. Estruturada; de forma organizada.
2. Fidedigna; que tenha credibilidade, que seja confiável.
Introdução a Contabilidade16
3. Tempestiva; no momento em que é requerida.
4. Completa; no que diz respeito à sua necessidade.
Continuando o nosso estudo, vejamos outras 
indagações:
A EMPRESA ESTÁ FATURANDO 
SATISFATORIAMENTE?
QUAL A SITUAÇÃO DA EMPRESA EM 
TERMOS DE TAMANHO E LUCRATIVIDADE 
COM SEUS CONCORRENTES?
A EMPRESA TERÁ CONDIÇÕES DE 
SALDAR SUAS DÍVIDAS NO PRAZO?
A EMPRESA TERÁ CONDIÇÕES DE 
ENTREGAR OS PRODUTOS VENDIDOS?
A EMPRESA TERÁ CONDIÇÕES DE 
SALDAR SUAS DÍVIDAS NO PRAZO?
A EMPRESA TERÁ CONDIÇÕES DE 
ENTREGAR OS PRODUTOS VENDIDOS?
A qual categoria estes usuários pertencem?A qual categoria estes usuários pertencem?A qual categoria estes usuários pertencem?A qual categoria estes usuários pertencem?A qual categoria estes usuários pertencem?A qual categoria estes usuários pertencem?
Introdução a Contabilidade 17
É verdade! Usuário externo. E para completar a sua compreensão, veja no diagrama abai-
xo, como se comporta esse usuário:
USUÁRIO EXTERNO E SEUS INTERESSES
TOMADOR DE DECISÕES
EXTERNO À SOCIEDADE
Estrutura
Fidedigna Tempestiva
Completa
VITALMENTE INTERESSADO
Da informação contábil residirá a diferença 
de seu sucesso ou seu fracasso.
O usuário Externo está interessado em uma informação que seja: 
1. Estruturada; de forma organizada.
2. Fidedigna; que tenha credibilidade, que seja confiável.
3. Tempestiva; no momento em que é requerida.
4. Completa; no que diz respeito à sua necessidade.
Nesse sentido, podemos concluir que seja o usuário interno ou externo, ambos, estão 
interessados no uso da informação contábil para atendimento de suas necessidades, e 
para tanto, os requisitos são os mesmos.
De forma resumida, usuários ou “consumidores” de relatórios contábeis são as pessoas 
que se interessam pela situação da empresa e ou patrimônio individual e buscam na 
Contabilidade as suas respostas, como exemplificadona figura abaixo, em relação à enti-
dade empresa.
Entidade Empresa e seus Usuários
Sejam estas pessoas, investidores, fornecedores, bancos, funcionários, sindicatos, concor-
rentes, órgãos de classe, governo, clientes, ou quem mais necessitar de respostas sobre 
Introdução a Contabilidade18
uma determinada entidade contábil. Em meio a um emaranhado de eventos, transações 
que envolvam o Patrimônio, a Contabilidade, é o elo de comunicação entre este patrimô-
nio e seus usuários.
Caro aluno (a), até aqui você estudou a Contabilidade em sua origem. Desde 
os tempos remotos à forma como a concebemos, na atualidade. Conhecemos 
seu objeto de estudo que é o patrimônio e seu objetivo que consiste em gerar e 
disponibilizar informações que sejam úteis aos seus usuários em suas decisões. Agora 
você responda a seguinte pergunta: Para quê e para quem é mantida a Contabilidade?
disponibilizar informações que sejam úteis aos seus usuários em suas decisões. Agora 
você responda a seguinte pergunta: Para quê e para quem é mantida a Contabilidade?
A execução da Contabilidade é feita para ser utilizada no controle dos patrimônios, seja 
ele de Pessoa Física ou Pessoa Jurídica. Seja em seu conjunto, unidade a seguimento, 
objetivando o interesse específico de cada usuário.
O Profi ssional Contábil
O profissional contábil, ou profissional da Contabilidade pode exercer diversas funções, 
contudo, deverá ser levada em consideração sua formação acadêmica. Sendo em nível 
técnico como Técnico em contabilidade ou de graduação em Ciências Contábeis como 
Contador.
Com exceção da auditoria, magistério e perícia, o técnico em Contabilidade poderá exer-
cer qualquer uma das funções abaixo e atuar em qualquer dos campos da aplicação da 
Contabilidade.
Profi ssional Liberal
Profissional que trabalha por conta própria, conhecido também, como 
autônomo. Esse profissional pode estabelecer-se em um escritório, contratar 
empregado, mas não mantém vínculo empregatício com os tomadores de 
seus serviços. Ele estará enquadrado em uma das duas categorias, perante o 
Conselho Federal de Contabilidade, órgão fiscalizador do exercício da profissão 
contábil - CFC, podendo ser um Contador ou Técnico em Contabilidade.
Auditor Independente
É o profissional com formação acadêmica em Ciências Contábeis, inscrito no Conselho 
Regional de Contabilidade - CRC de sua jurisdição, e que atua de forma independente, 
emitindo parecer sobre a situação econômica e financeira das entidades, não 
mantém vinculo empregatício com a tomadora dos serviços. Poderá exercer a 
função, como sócio de pessoa jurídica de empresa de Auditoria ou como 
profissional liberal.
Para exercer suas atividades em determinados seguimentos, como empresas do setor 
financeiro, instituições financeiras, bancos, seguradoras, empresas de Previdência Privada, 
e Planos de Saúde, o auditor deverá, além de ser habilitado na categoria de Contador, 
com registro ativo no CRC de sua jurisdição, também deverá se habilitar na Comissão de 
Valores Mobiliários – CVM, e no Cadastro Nacional de Auditores Independentes – CNAI; 
Contador
Formação em nível de terceiro grau.
Técnico em Contabilidade
Formação em nível de segundo grau.
Jurisdição
Local em que está exercendo 
as atividades.
Introdução a Contabilidade 19
dentre outros requisitos, como a comprovação de participação no programa de Educação 
Continuada, conforme descrito na Resolução CFC nº. 1014/042 .
Auditor fiscal
Contador ou Técnico em Contabilidade que exerce suas funções como servidor público.
Perito
Contador regularmente inscrito no CRC, de sua jurisdição, que exerce atividade pericial 
de forma pessoal, e cuja habilitação o torna capaz de dirimir litígios através da emissão 
de laudo sobre questões contábeis, mediante exame, vistoria, indagação, investigação, 
arbitramento, avaliação ou certificação, conforme definido nas Normas Brasileiras de 
Contabilidade – NBCs, NBC PP 01 - Norma Profissional do Perito.
Este profissional é contratado pelas partes ou indicado pelo juiz.
Professor
Contador, que exerce a função de magistério.
Área de Atuação
O profissional contábil pode atuar em diversas áreas como:
Na empresa
• Planejamento tributário
• Analista Financeiro
• Contador Geral
• Auditor Interno
• Contador de Custos 
• Contador Gerencial 
• Atuário
No ensino
• Professor
• Pesquisador
• Escritor
• Parecerista
• Conferencista
Como Autônomo
• Auditor Independente
2 http://www.cfc.org.br/sisweb/sre/docs/RES_1014.doc
Introdução a Contabilidade20
• Consultor
• Empresário Contábil
• Perito Contábil
• Investigador de Fraudes
Em órgão Público
• Contador Público
• Agente Fiscal
• Tribunal de Contas
• Oficial Contador
• Outros órgãos públicos
Ou seja, percebemos que o campo de atuação da Contabilidade compreende toda entida-
de que exerça atividade econômica como meio ou como fim.
Especializações
Suas especializações ficam por conta das atividades, ou seja, em que contexto o 
Patrimônio está sendo explorado? Qual a atividade que está sendo exercida? 
Vejamos alguns exemplos:
* Comercial
* Industrial
* Pública
* Bancária
* Hospitalar
* Agropecuária de 
 seguros
* Contabilidade Comercial 
* Contabilidade Industrial
* Contabilidade Pública
* Contabilidade Bancária
* Contabilidade Hospitalar
* Contabilidade Agropecuária
* Contabilidade Securitária
$
$
$ $ $$ $
$
$
Você viu, aqui, que várias são as funções que o profissional da Contabilidade pode exer-
cer, sendo as mais usuais as que ele exerce para as pessoas jurídicas como:
• Contador: responsável, legal, pela escrituração dos registros contábeis das enti-
dades; e identificação, mensuração registro e divulgação dos relatórios Contábeis 
aos seus usuários.
• Consultor fiscal: auxiliando no planejamento, enquadramento, e cumprimento de 
obrigações assessorias aos fiscos pertinentes.
• Auditor, seja interno ou externo: expedindo opiniões e orientações quanto à situa-
ção patrimonial, presente e futura, objeto de suas observações.
• Outras: Analista financeiro, Contador de custos, Professor, Perito, Agente Fiscal, e 
em determinadas circunstâncias, a maioria, diga-se de passagem, de forma inde-
pendente, ou seja, sem vínculo empregatício com seus tomadores de serviços.
Introdução a Contabilidade 21
O campo de atuação do Profissional da Contabilidade seja na categoria Técnico ou 
Contador, é toda entidade que exerça uma atividade econômica, com ou sem fins lucrati-
vos, e suas especializações está vinculada ao ramo de atividade explorado pelo Patrimônio: 
comercial, industrial, serviços.
Respectivamente: Contabilidade Comercial, Industrial, Agrária, Pública, Bancária, 
Hospitalar, Seguros, etc.
Pilares da Contabilidade
A estrutura teórica da Contabilidade é formada por Princípios, Postulados e Padrões, cons-
tituídos assim em seus fundamentos.
Contudo, os Pilares da Contabilidade fixam-se em postulados, sejam eles:
ENTIDADE E CONTINUIDADE
O Postulado da Entidade estabelece o Patrimônio como sendo o objeto da Contabilidade, 
e afirma a necessidade de diferenciação do patrimônio próprio, com o patrimônio da enti-
dade jurídica, independentemente de pertencer a uma ou um conjunto de pessoas; uma 
sociedade ou instituição de qualquer natureza ou finalidade, com ou sem fins lucrativos.
É imprescindível distinguir corretamente os Patrimônios, a exemplo de uma pessoa física 
que não se mistura com a pessoa jurídica.
Segundo os Princípios de Contabilidade no Brasil, CFC Resolução 1.282/103 , 
Entidade e Continuidade são entendidas como:
Entidade: A ênfase está na autonomia patrimonial, esclarecendo que a soma ou a agre-
gação de patrimônios de diferentes entidades não resulta em uma nova entidade, uma 
vez que, mesmo com a consolidação das demonstrações contábeis, o patrimônio ainda 
permanece como sendo propriedade de cada entidade. Estabelece, ainda, o Princípio da 
Entidade que os eventos econômicos podem ser identificados como uma unidade de 
responsabilidade específica.
Por exemplo:
• As atividades da Googlepodem ser distinguidas das atividades de outras empresas 
provedoras da Internet como a Yahoo.
• As atividades da Santa Casa de Misericórdia de Belo Horizonte podem ser distin-
guidas das atividades da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo.
E assim como qualquer outra empresa, ou segmento. Os patrimônios são independentes 
e únicos e sua existência é independente de seus titulares ou sócios.
Já a Entidade Contábil, diz respeito à pessoa para quem é mantida a Contabilidade.
3 http://www.cfc.org.br/sisweb/sre/docs/RES_1282.doc
Introdução a Contabilidade22
Entidade Contábil
Uma pessoa para quem é mantida a contabilidade.
Sócios e Empresa são pessoas distintas.
Não se PODE confundir o dinheiro da empresa 
com o dinheiro dos sócios.
Lembrando
Já o Postulado da Continuidade prevê que o processo contábil deve ser desenvolvido 
supondo-se que a entidade nunca terá um fim, ou seja, sem prazo estimado de duração. A 
suspensão das suas atividades pode provocar efeito na utilidade de determinados ativos, 
com a perda, até mesmo integral, de seu valor.
Continuidade: Diz respeito ao fato de um ativo manter-se da mesma forma ou transformar-
-se em despesa, alcançando também a representação quantitativa e qualitativa do patri-
mônio de outras maneiras, especialmente no encerramento das atividades da entidade. 
Refere-se assim a entidade que está funcionando com prazo indeterminado; algo em 
andamento; não está em fase de extinção ou liquidação. Portanto, o exercício contínuo de 
sua atividade identifica a qualidade e quantidade do patrimônio na atualidade, observando 
a capacidade econômica, o ponto que interessa ao usuário da Contabilidade. 
Uma entidade em descontinuidade tenderá a ter seus ativos quantificados e qualificados 
em valores inferiores aos esperados na hipótese de continuidade de suas atividades. 
Introdução a Contabilidade 23
FI
CH
A
 T
ÉC
N
IC
A
FUMEC VIRTUAL - SETOR DE 
EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
GESTÃO PEDAGÓGICA
Coordenação
Gabrielle Nunes Paixão
Transposição Pedagógica
Flávia Juliana da Silva
PRODUÇÃO DE
DESIGN MULTIMÍDIA
Coordenação
Rodrigo Tito M. Valadares
Design Multimídia
Raphael Gonçalves Porto Nascimento
Editoração 2013
Raphael Gonçalves Porto Nascimento
INFRA-ESTRUTUTURA E SUPORTE
Coordenação
Anderson Peixoto da Silva
AUTORIA 
Profa. Guadalupe Machado Dias
BELO HORIZONTE - 2011
Síntese
Neste módulo foi possível você conhecer e entender a Contabilidade, partindo de sua 
origem, evolução, e contexto no universo dos negócios em que estão inseridos os 
patrimônios. 
Foi possível qualificar as funções da Contabilidade quanto administrativa e econômica; 
assim como, sua utilidade para as tomadas de decisões por parte de seus usuários, estes 
inseridos em duas categorias: internos e externos, bem como seus interesses. 
Conhecemos o profissional da Contabilidade, suas funções, especializações e o campo de 
atividade da Contabilidade.
E finalmente discutimos os pilares da Contabilidade. Sua sustentação a partir do 
Patrimônio, este traduzido pelo princípio da entidade, que por sua vez espera que conti-
nue exercendo suas atividades, objetivando a realização de seu valor econômico, princípio 
da continuidade.
No próximo módulo estudaremos o Patrimônio, como já sabido por você, objeto da 
contabilidade. 
Até lá!
“Quando Deus quer, o homem sonha, a obra nasce”.
Fernando Pessoa
Referências
ALMEIDA, Marcelo Cavalcanti. Curso básico de contabilidade. 6º ed. São Paulo: Atlas, 
2010.
BRAGA, Hugo Rocha. ALMEIDA, Marcelo Cavalcanti. Mudanças Contábeis na Lei 
Societária: Lei 11.638, de 28/12/2007. 1ª ed. São Paulo: Atlas, 2008.
Equipe de professores da FEA/USP. Contabilidade Introdutória. 11 ed. São Paulo: Atlas, 
2010.
MARION, José Carlos. Contabilidade introdutória. 10ª Ed. São Paulo: Atlas, 2009.
NEVES, Silvério. VICECONTI, Paulo. Contabilidade Básica. 13º ed. São Paulo: Frase, 
2006.
SÁ, Antônio Lopes. Princípios fundamentais de contabilidade. 4ª Ed. São Paulo: Atlas, 
2007.
SZUSTER, Natan. Et al. Contabilidade geral. Introdução a contabilidade societária. 2 ed. 
São Paulo: Atlas, 2008.
A COMPOSIÇÃO
DO PATRIMÔNIO
BENS, DIREITOS
E OBRIGAÇÕES
BALANÇO PATRIMONIAL E 
OS GRUPOS QUE O INTEGRAM
FONTES DE FINANCIAMENTO
DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO
Contabilidade
PATRIMÔNIO
PATRIMÔNIO
Profa. Guadalupe Machado Dias
Bem-vindo(a) aluno(a)! Em nossos estudos Bem-vindo(a) aluno(a)! Em nossos estudos Bem-vindo(a) aluno(a)! Em nossos estudos Bem-vindo(a) aluno(a)! Em nossos estudos Bem-vindo(a) aluno(a)! Em nossos estudos 
você já aprendeu o que é Contabilidade, sua você já aprendeu o que é Contabilidade, sua você já aprendeu o que é Contabilidade, sua você já aprendeu o que é Contabilidade, sua você já aprendeu o que é Contabilidade, sua 
origem, evolução e o contexto em que está origem, evolução e o contexto em que está origem, evolução e o contexto em que está origem, evolução e o contexto em que está origem, evolução e o contexto em que está 
inserida, ou seja, o mundo dos negócios, e seus inserida, ou seja, o mundo dos negócios, e seus inserida, ou seja, o mundo dos negócios, e seus inserida, ou seja, o mundo dos negócios, e seus inserida, ou seja, o mundo dos negócios, e seus 
patrimônios. patrimônios. patrimônios. patrimônios. patrimônios. 
Agora aprofundaremos nossos estudos Agora aprofundaremos nossos estudos Agora aprofundaremos nossos estudos 
sobre o Patrimônio, como já sabido sobre o Patrimônio, como já sabido sobre o Patrimônio, como já sabido 
por você: objeto da contabilidade. por você: objeto da contabilidade. por você: objeto da contabilidade. 
Bons estudos! Bons estudos! Bons estudos! 
APRESENTAÇÃO
Após estudar e qualificar as funções da contabilidade, enquanto administrativa e econômi-
ca, bem como, sua utilidade para tomada de decisões por parte de seus usuários, sejam 
eles internos e externos, e ainda, conhecer quem é o profissional da Contabilidade, suas 
funções, especializações e o campo de atividade em que está inserida, agora você vai avan-
çar seus estudos em especificar o objeto da Contabilidade – O Patrimônio.
Você vai estudar e compreender o conceito e a composição do Patrimônio: bens, direitos e 
obrigações. Identificará sua representação gráfica – o Balanço Patrimonial, bem como os 
grupos que o integram: Ativo, Passivo e Patrimônio Líquido. Conhecerá as configurações 
do Estado Patrimonial e sua equação fundamental: Ativo = Passivo + Patrimônio Líquido, 
e suas fontes de financiamento.
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
Ao final desse módulo você estará apto a:
• Conceituar e compreender a composição do Patrimônio.
• Diferenciar e classificar os bens, direitos e obrigações que compõem o Patrimônio.
• Identificar e entender a estática Patrimonial: o Balanço Patrimonial e os grupos que 
o integram: Ativo, Passivo e Patrimônio Líquido.
• Identificar as fontes de financiamento do Patrimônio Líquido.
• Identificar as configurações do Estado Patrimonial e sua equação fundamental: 
Ativo = Passivo + Patrimônio Líquido.
Patrimônio26
Patrimônio: Conceito de Patrimônio
Bens, direitos e obrigações
O Patrimônio Contábil é representado por um conjunto de bens pertencentes a uma 
pessoa natural ou a uma pessoa jurídica, direitos a receber, e contas a pagar.
Assim temos o patrimônio representado: de um lado os bens e direitos e de outro as 
obrigações.
Patrimônio de uma Pessoa Jurídica 
(Empresa) ou de uma Pessoa Física
BENS
Classificamos em bens as coisas úteis, capazes de satisfazer às necessidades das pesso-
as e das empresas. Estes se classificam em: 
• Bens Tangíveis, bens que têm forma física, são palpáveis como, Veículos, imóveis, 
estoques de mercadorias, dinheiro, móveis e utensílios, ferramentas, etc. 
• Bens Intangíveis, bens que não são palpáveis ou não constituídos de matéria 
como, Marcas, (Coca-Cola, Omo, Windows, Fumec), Patentes de invenção (direito 
exclusivo de explorar uma invenção), Direitos autorais, etc. 
Pelo código civil, também podemos classificar os bens em: 
• Bens Imóveis: bens vinculados ao solo. Não podemser retirados sem destruição 
ou dano como: edifícios, árvores, etc. 
• Bens Móveis: bens que podem ser removidos por si próprios ou por outras pessoas 
como: animais (semoventes), máquinas, equipamentos, estoques de mercadorias, 
etc.
Ex: A GMD têm os seguintes bens Em R$ mil
Bens Tangíveis Intangíveis Móveis Imóveis
Edifícios 180 180
Móveis e Utensílios 90 90
Veículos 110 110
Máquinas 400 400
Terrenos 900 900
Marcas e Patentes 150 150
Total 1680 150 750 1080
Total Geral 1830 1830
Fonte: Adap Marion, 2009.
Patrimônio 27
DIREITOS
Direitos diz respeito ao poder de exigir alguma coisa, são bens que pertencem ao 
Patrimônio e que estão em poder de terceiros. 
Exemplo: Valores a receber, títulos a receber, contas a receber, salários a receber, etc. 
Itens Valores
Bancos conta Movimento(depósito) 680
Duplicatas a Receber (vendas à prazo) 1.320
Títulos a Receber (notas promissórias) 500
Aluguéis a Receber 300
Total 2.800
OBRIGAÇÕES
As obrigações estão relacionadas a compromissos que serão exigidos.
Obrigações Dívidas com outras pessoas.
Em Contabilidade Obrigações Exigíveis
Como exemplos temos:
• Empréstimos a pagar
• Contas a pagar
• Impostos a pagar
• Salários a pagar
• Duplicatas a pagar ou fornecedores (compras a prazo)
Ex: Obrigações exigíveis da Cia.GMD Em R$ mil
Obrigações Valores
Fornecedores (dívidas c/ fornecedores de mercadorias) 800
Empréstimos bancários (a pagar) 400
Salários a pagar 350
Encargos Sociais a pagar (FGTS, INSS) 450
Impostos a Pagar (ou a recolher) 900
Financiamentos (empréstimos a pagar) 1.100
Contas a Pagar 500
Total 4.500
Fonte: Adap Marion, 2009.
REPRESENTAÇÃO GRÁFICA DO PATRIMÔNIO
Na representação gráfica, o Patrimônio é demonstrado de forma a identificar seus bens e 
direitos, e como os mesmos foram adquiridos, ou seja, suas obrigações.
Patrimônio28
Bens + Direitos Obrigações Exigíveis
Bens Obrigações
• Dinheiro
• Mercadorias em Estoques
• Veículos
• Imóveis
• Máquinas
• Ferramentas
• Móveis e Utensílios
• Empréstimos a Pagar
• Salários a Pagar
• Fornecedores Duplicatas a Pagar
• Financiamentos
• Impostos a Pagar
• Encargos Sociais a Pagar
• Aluguéis a Pagar
• Títulos a Pagar
• Promissórias a Pagar
• Contas a Pagar
Direitos
• Depósitos em Bancos
• Duplicatas a Receber
• Títulos a Receber
• Aluguéis e Receber
• Ações (Participações em outras 
empressas)
A estática patrimonial
O Balanço
O Balanço Patrimonial é uma das mais importantes demonstrações contábeis, por meio 
do qual podemos apurar (atestar) a situação patrimonial e financeira de uma entidade em 
determinado momento. Nessa demonstração, estão claramente evidenciados o Ativo, o 
Passivo e o Patrimônio Líquido da entidade. 
Para ilustrar, transcrevemos a seguir um balanço patrimonial, reduzido a uma expressão 
bem simplificada, identificando do lado esquerdo [LE] os bens e direitos e do lado direito 
[LD] as obrigações.
GMD COMPANHIA INDUSTRIAL SA BALANÇO PATRIMONIAL em 31/1/XI Em $ mil
Ativo Passivo e Patrimônio Líquido
Caixa 1.000 Passivo
Bancos 800 • Títulos a Pagar
• Fornecedores
3.500
Títulos a Receber 3.000 1.800 5.300
Estoques de Materiais 3.000 Patrimônio Líquido
Terrenos 1.700 • Capital Social
• Reservas
• Ajustes
• Prejuízos Acumulados
4.000
Veículos 500 500
300
-100 4.700
Total 10.000 Total 10.000
LE LD
Patrimônio 29
Grupos que integram o Balanço Patrimonial
ATIVO
“Ativo é um recurso controlado pela entidade como resultado de eventos passa-
dos e do qual se espera que resultem futuros benefícios econômicos para a 
entidade” 
(CPC1 2008 item 49).
Ou seja, compreende os bens e os direitos, controlados pela entidade, expressos em 
moeda corrente, e que serão capazes de gerar fluxo de caixa no futuro. Terão condições 
de retornar ao caixa com um valor superior ao originalmente investido.
Exemplos: 
• Caixa: dinheiro, propriamente dito, e em espécie em poder da entidade. 
• Bancos: dinheiro da entidade depositado em bancos. 
• Imóveis: edificações, terrenos. 
• Móveis: mesas, cadeiras, armários, balcões, etc. 
• Veículos: Automóveis
• Equipamentos: Máquinas, 
• Estoques: Mercadorias
• Duplicatas a Receber: créditos da entidade, com terceiros, pelas vendas a prazo. 
etc.
No Ativo estão os recursos que foram colocados à disposição da entidade; aplicados na 
entidade.
Ativo
Caixa 1.000
Bancos 800
Títulos a Receber 3.000
Estoques Materiais 3.000
Terrenos 1.700
Veículos 500
Total 10.000
PASSIVO
“Passivo é uma obrigação presente da entidade, derivada de eventos já ocorri-
dos, cuja liquidação se espera que resulte em saída de recursos capazes gerar 
benefícios econômicos”
(CPC , 2008, item 49). 
O Passivo compreende basicamente as obrigações a pagar, isto é, a quantia que a empre-
sa deve a terceiros.
1 CPC – Comitê de Pronunciamentos Contábeis, formado pela Abrasca – Associação Brasileira das Compa-
nhias Abertas. APIMEC – Associação dos Analistas e Profissionais de Investimento do Mercado e Capitais. 
BM&FBOVESPA – Bolsa de Valores, Mercadorias e Futuros. CPC – Conselho Federal de Contabilidade. IBRACON 
– Instituto de Auditores Independentes do Brasil e FIPECAFI – Fundação Instituto de Pesquisas Contábeis.
O ATIVO compreende os BENS e os 
DIREITOS da entidade expressos em 
moeda, com capacidade de gerar 
Fluxo de Caixa no Futuro
Todos os elementos componentes 
do ATIVO acham-se discriminados. 
No lado ESQUERDO do BALANÇO 
PATRIMONIAL
Patrimônio30
Exemplos:
Fornecedores, Títulos a Pagar, Contas a Pagar, Salários a Pagar, Impostos a Pagar, 
Empréstimos a Pagar, dentre outras. 
No Passivo está demonstrado a origem dos recursos aplicados no Ativo e que serão exigi-
dos da entidade.
Passivo
Títulos a Pagar 3.500
Fornecedores 1.800
Total 5.300
PATRIMÔNIO LÍQUIDO
“Patrimônio Líquido é o valor residual dos ativos da entidade depois de deduzi-
dos todos os passivos”
(CPC 2008, item 49).
O Patrimônio Líquido é a parcela remanescente dos sócios ou acionistas, também definido 
como a diferença entre o valor do Ativo e do Exigível de uma entidade, em determinado 
momento. 
Ativo 10.000
Passivo 5.300
Patrimônio Líquido 4.700
Sendo o saldo da diferença entre:
Diremos que o Patrimônio Líquido é positivo, o que significa dizer que a entidade tem 
riqueza.
Sendo o saldo da diferença entre:
Diremos que o Patrimônio Líquido é negativo, o que significa que a entidade não tem riqueza. 
Além de perder os recursos que foram aplicados na atividade, ora explorada, a entidade 
ainda deve a terceiros. Situação, também, denominada de Passivo a Descoberto, conceito 
que veremos com mais detalhes quando estudarmos a equação básica do Patrimônio.
Assim, para se conhecer a riqueza líquida da empresa (ou pessoa) somam-se os bens e os 
direitos e, desse total, são subtraídas as obrigações. O resultado é a riqueza líquida, ou seja, a 
parte que sobra do patrimônio para seus donos. Denominada também de Patrimônio Líquido
ou Situação Líquida.
O PASSIVO compreende basicamente 
as OBRIGAÇÕES DE PAGAR, obrigações 
que a empresa deve a terceiros.
Todos os elementos componentes do 
PASSIVO estão discrimnados no lado 
DIREITO do BALANÇO PATRIMONIAL
Definimos PATRIMÔNIO LÍQUIDO como a diferença entre 
o valor do ATIVO e do PASSIVO de uma entidade, em 
determinado momento.
Todos os elementos componentes do PASSIVO 
estão discriminados no lado DIREITO do BALANÇO 
PATRIMONIAL
Ativo (-) Passivo Exigível =positivo
Ativo (-) Passivo Exigível= negativo
Patrimônio 31
Fontes do Patrimônio Líquido
PATRIMONIO LÍQUIDO
INVESTIMENTO Reservas oriundas dos 
investimentos
Efetuados pelos proprietários 
em troca de ações, quotas ou 
outras participações.
Capital social
Acumulados na entidade 
como fonte (adicional) de 
financiamento.
Reservas de Capital e
 de Lucros
Equação Fundamental do Patrimônio
A representação quantitativa do patrimônio de uma entidade é conhecida pela expressão 
Balanço Patrimonial, assim denominado por representar o conjunto de bens, direitos e 
obrigações de uma entidade.Também denominada“Demostração da Posição Financeira” 
DPF CPC - 26-60-65
Por extensão a equação fundamental do patrimônio é formada pelos seus bens, direitos e 
obrigações, assim dispostos:
Como na maioria das entidades o Ativo, é superior ao Passivo Exigível, a representação 
mais comum de seu patrimônio, isto é, seu Balanço Patrimonial assume a forma:
Ativo Passivo
Recursos aplicados em:
• Bens e Direitos
Origem dos recursos que foram apli-
cados na entidade:
• Obrigações com terceiros
• Obrigações com os sócios ou 
acionistas
Lado ESQUEDO do Balanço Lado DIREITO do balanço
Veja o diagrama abaixo: 
Ativo: (bens e direitos) capazes de gerar fluxo de caixa no futuro.
Passivo: obrigações com terceiros
Patrimônio Líquido: parcela remanescente, dos sócios ou acionistas.
Patrimônio Líquido = Ativo (-) Passivo.
Ativo
Bens e direitos com capacidade econômica
Passivo Exigível
Obrigações que serão cobradas.
Ativo = Passivo + Patrimônio Líquido
Patrimônio32
Equação Patrimonial ATIVO
A P
PL
PL = ATIVO - PASSIVO
Bens + Direitos
PASSIVO
Obrigações
+
Patrimônio Líquido
EQUAÇÃO PATRIMONIAL
A = P+PL
Se o Passivo suplantar o Ativo, teremos o Se o Passivo suplantar o Ativo, teremos o Se o Passivo suplantar o Ativo, teremos o 
impropriamente chamado impropriamente chamado impropriamente chamado impropriamente chamado impropriamente chamado impropriamente chamado PatrimônioPatrimônioPatrimônio Líquido Líquido Líquido 
NegativoNegativoNegativoNegativoNegativoNegativo, melhor denominado, melhor denominado, melhor denominado Passivo a Descoberto Passivo a Descoberto Passivo a Descoberto, , , 
como no diagrama a seguir.como no diagrama a seguir.como no diagrama a seguir.
Equação Patrimonial
A P
PD
PD = Passivo a Descoberto
ATIVO + PD = P
Representação adequada:
A P
PL
ATIVO > Passivo Exigível = Parcela do Patrimônio Líquido
 (pertencente aos donos do capital) (pertencente aos donos do capital)
Patrimônio 33
A P
PL
ATIVO < Passivo Exigível = Passivo a descoberto
 (Patrimônio Líquido Negativo)(Patrimônio Líquido Negativo)
negativo
Natureza das contas de ativo e passivo
Ativo
LEMBRE-SE
As contas do Ativo de um modo geral são de natureza Devedora. 
Devedora? Sim, as contas do Ativo representam os bens e direitos da entidade, estes 
com capacidade de gerar benefícios econômicos futuros, ou seja, fluxo de caixa; retornar 
com mais dinheiro para o caixa, em um momento, posterior. A Entidade, como vista no 
módulo: Introdução a Contabilidade, pontualmente, em Pilares da Contabilidade, item, 
Postulado da Entidade, é independente dos seus sócios, ou seja, o dono do capital é uma 
Entidade distinta da Entidade organizada para explorar este capital, em uma atividade. 
Desta forma, o capital investido embora esteja na entidade, ora constituída, esta entidade 
pertence à entidade “dono”. 
Assim, tudo que a entidade tem pertence a alguém. E este alguém pode ser o sócio, ou 
terceiro, constituindo assim em obrigações da entidade. 
Se tudo que a entidade tem ela deve a alguém, ela é devedora deste alguém, como já 
sabe, seja ele o dono, ou terceiros. 
Bens e direitos da entidade, embora sejam dela, os recursos utilizados para essas aquisi-
ções foram de alguém, conforme se viu acima. 
Um exemplo bastante corrente em nosso dia a dia, diz respeito ao dinheiro que guardamos 
na própria entidade, empresa:
Patrimônio34
DINHEIRO EM CAIXA
OU DEPOSITAMOS EM UM BANCO
Agora, Você tem uma conta corrente em um Banco – O Banco GMD S/A, onde seu dinhei-
ro está guardado. 
Quando sua conta, no banco, está positiva, seu extrato bancário aponta o valor do dinhei-
ro que você tem neste banco, ao lado da letra “C” de crédito, e quando sua conta está 
negativa, o extrato bancário aponta o valor e um “D” de devedor. 
Então, essa constatação é contraditória ao exposto Então, essa constatação é contraditória ao exposto Então, essa constatação é contraditória ao exposto 
acima. É isto? acima. É isto? acima. É isto? 
Então, essa constatação é contraditória ao exposto 
acima. É isto? 
Então, essa constatação é contraditória ao exposto Então, essa constatação é contraditória ao exposto Então, essa constatação é contraditória ao exposto 
acima. É isto? 
Então, essa constatação é contraditória ao exposto 
acima. É isto? 
Então, essa constatação é contraditória ao exposto 
acima. É isto? 
Então, essa constatação é contraditória ao exposto Então, essa constatação é contraditória ao exposto Então, essa constatação é contraditória ao exposto 
acima. É isto? 
Então, essa constatação é contraditória ao exposto 
Resposta: não! Faça uma análise mais abalizada, mais Resposta: não! Faça uma análise mais abalizada, mais Resposta: não! Faça uma análise mais abalizada, mais 
detalhada, e pergunte: de quem é este extrato bancário? detalhada, e pergunte: de quem é este extrato bancário? detalhada, e pergunte: de quem é este extrato bancário? 
De quem é este documento? De quem é este documento? De quem é este documento? 
Resposta: do Banco GMD S/A . Este extrato bancário é um ´relatório´do Banco GMD 
em relação ao correntista, você. Então se você tem dinheiro no banco, se o seu saldo 
bancário é positivo, quem deve para quem? O banco deve a você, então ele tem uma 
obrigação com você. Um Passivo; como veremos a seguir. E as contas de Passivo são de 
modo geral, de natureza Credora. E você tem um Direito com o Banco GMD S/A. Na sua 
contabilidade o registro é de um Direito, e como já sabe, Bens e Direitos são de natureza 
Devedora. 
Concluindo: tudo que a entidade tem é de natureza Devedora. Onde o recurso está apli-
cado é de natureza Devedora. 
Desta forma é lógico pensar que quanto mais “coisas” a entidade tem, mais débitos ela 
tem, e o contrário, qualquer baixa que houver na entidade, deverá ser reduzida do patri-
mônio. Se o que se tem é registrado na Contabilidade como Devedor, a baixa só poderá 
ser registrada como sendo Credora. 
As contas de Ativo, de modo geral, são Devedoras, aumentam com débitos e reduzem 
com crédito. Da mesma forma as despesas, que estudaremos no módulo, Variações do 
Patrimônio Líquido, mas que já poderá entender o fato pelo qual é também de natureza 
DEVEDORA.
Patrimônio 35
REFLITA 
Ao consumir água, energia elétrica, telefone, utilizar-se de serviços dos funcionários adminis-
trativos, dos vendedores, por exemplo, onde estará o recurso, originalmente no nosso Caixa 
ou em nossa Conta Corrente Bancária?
Resposta: transferido para a companhia de água, de luz, de telefone, para os respectivos 
funcionários. Não é isso que acontecerá ou aconteceu? Então, relembrando:
ONDE ESTÁ O RECURSO É DE NATUREZA DEVEDORA.
O QUE ADQUIRIMOS É DE NATUREZA DEVEDORA. 
Você se Lembra que do lado esquerdo de nosso Balanço Patrimonial sempre teremos 
as contas de natureza DEVEDORA, e do lado direito, as contas de natureza CREDORA. 
Assim, as contas que representam os Bens, direitos e despesas são debitadas em seus 
aumentos, e creditadas em suas reduções. 
Visualizando em forma de diagrama: 
Bens, Direitos e
Depesas
Lado esquerdo do 
diagrama DEVEDOR
ATIVO
Lado direito do 
diagrama CREDOR
Aumento 
a débitodébito
Diminuição
a créditocrédito
Passivo
As contas do Passivo, de um modo geral são de natureza credora. 
Se você tem uma obrigação, alguém tem um Crédito com você. O recurso originário 
desta obrigação é algo que você tem e só poderá estar representado por um bem, um 
direito, ou foi gasto em algo que não tenha ficado no seu patrimônio, as despesas, por 
exemplo.
Se a entidade é devedora de alguém, este alguém é credor dessa entidade, e desta forma 
estará representado na Contabilidade da entidade que deve, como uma obrigação, ou seja, 
de forma Credora.
Assim é lógico pensar que quanto mais a entidade deve, mais créditos alguém terá com 
ela. E ao contrário, quando menos a entidade dever, menos créditos as pessoas terão 
com ela.
Patrimônio36
Ou seja, as contas de Passivo, de modo geral, credoras, aumentam com créditos e redu-
zem com débitos. Da mesma forma as receitas,que estudaremos também no módulo, 
Variações do Patrimônio Líquido, mas que você, a exemplo das despesas, já poderá, 
entender o fato pelo qual as Receitas, também, são de natureza credora.
ATENÇÃO
De onde vem o recurso é de natureza credora. Onde está o recurso é de natureza devedora. 
Como já sabido por você.
 Vejamos um exemplo: 
Se vendemos algo, a forma de recebimento pela venda, só poderá ser à vista, parcelado, 
ou ambas. Então:
Venda à vista:
• O que recebemos pela venda à vista? 
• Dinheiro? E onde está esse dinheiro? 
• No caixa ou no banco em que foi feito o depósito do valor recebido, não é mesmo? 
No caixa ou no banco, não estamos falando de bem ou direito, respectivamente? Então, 
onde está o recurso oriundo desta transação é um Débito. A origem deste recurso, de 
onde ele veio, é a venda, Receita. Assim a natureza da Receita é Credora.
Venda a prazo: 
Digamos que seja uma venda no valor de R$30.000,00 (trinta mil reais), sendo 50% à 
vista e 50% para recebimento em 45 dias. 
O que temos aí? 
R$15.000,00 em dinheiro, representado pela conta Caixa (um bem).
R$15.000,00 a receber, representado por uma duplica – Duplicatas a Receber (um direito).
E qual foi à origem deste bem e 
deste direito?
A venda, ou seja, a Receita de R$30.000,00
Assim, podemos dizer que: 
a. Onde está o recurso é Devedor. E o recurso está no caixa (um bem) e em Duplicatas 
a Receber (um direito).
• Caixa – R$15.000,00 (devedor)
• Duplicatas a Receber – R$15.000,00 (devedor)
b. De onde veio o recurso, sua origem do é Credora
• Receita de Vendas – R$30.000,00 (credora)
Patrimônio 37
Visualizando em forma de diagrama, temos: 
Obrigações
Receitas
Lado esquerdo do 
diagrama DEVEDOR
PASSIVO
Lado direito do 
diagrama CREDOR
Diminuição 
a débitodébito
Aumento
a créditocrédito
ATENÇÃO
Assim qualquer conta contábil que representa uma obrigação ou receita será creditada quan-
do de seu aumento, e debitada quando de sua redução. Observando aqui que a possibilidade 
de uma redução em uma conta de Receita será por devoluções de vendas.
Por sua vez, lembra-se que Contabilidade é informação? Desta forma, tal redução se 
dará por uma outra conta representando a devolução da venda, efetivada pelo cliente, e 
esta conta será denominada de Conta Redutora ou Retificadora, da conta de Receita de 
Vendas; próximo item de seus estudos. 
O resultado será o mesmo, mas a informação será mais qualificada, objetivando medir o 
resultado do esforço originado para a venda, e a posterior devolução do bem ou serviço 
adquirido pelo cliente, por algum motivo qualquer. 
Contas Retifi cadoras
Lembra que dissemos que as contas de Ativo são, 
geralmente, de natureza Devedora e as contas de 
Passivo, geralmente, de natureza Credora?
Pois bem, esse geralmente é devido ao fato de que tanto as contas de Ativo como as de 
Passivo, podem apresentar contas que sejam de natureza Credora e Devedora, respectivamen-
te. Contas de Ativo de natureza Credora, e contas de Passivo de natureza Devedora. 
Patrimônio38
Elas são as exceções nos seus respectivos grupos, Ativos e Passivos e são denominadas 
contas retificadoras. Por isso apresentam-se como redutoras de alguma conta, seja ela deve-
dora ou credora, apresentando-se assim com sinal negativo. 
As contas retificadoras de valores do Ativo e do Passivo devem ser posicionadas no balan-
ço patrimonial, logo abaixo da conta a que se refere, ativa ou passiva, precedidas do sinal 
indicativo de subtração. 
CONTAS RETIFICADORAS DO ATIVO CIRCULANTE
Uma das contas retificadoras do ativo circulante, mais precisamente redutora de Clientes 
(Duplicatas a Receber) é a PCLD - Provisão para Crédito de Liquidação Duvidosa: significa 
que parte dos direitos a receber de clientes podem estar improváveis de serem recebidos, 
perdendo valor.
Exemplo de Contabilização de 5% sobre o saldo de Duplicatas a Receber de $100.000:
Débito Crédito
D – Despesa com PCLD $ 5.000 
C – (-) PCLD (Prov.para Créd.de Liq. Duvidosa); $ 5.000
Apresentação no Balanço: 
Balanço Patrimonial Levantado em 31 de dezembro de 20XX - Em MR$
Ativo Passivo
Circulante 95.000 Circulante
Clientes (Dupl a Receber) 100.000
(-) PCLD (5.000)
Não Circulante Não Circulante
Realizável de Longo Prazo
Investimentos
Imobilizado Patrimônio Líquido
Intangível
Total do Ativo Total do Passivo + PL 
Fonte: Edilamar P. A. Esteves
Outro Exemplo:
• Provisão para Ajuste ao Valor de Mercado. 
CONTAS RETIFICADORAS DO ATIVO NÃO CIRCULANTE 
Uma das contas retificadoras do ativo não circulante, mais precisamente do imobilizado, 
é a depreciação acumulada: significa que os bens tangíveis estão perdendo valor econô-
mico pelo uso, obsolescência ou desgaste.
Exemplo de Contabilização de um mês de depreciação sobre um bem de $ 120.000:
Débito Crédito
D – Despesa ou Custo com depreciação (Resultado) $ 1.000 
C – (-) Depreciação Acumulada (ativo imobilizado) $ 1.000
Patrimônio 39
Apresentação no Balanço: 
Balanço Patrimonial Levantado em 31 de dezembro de 20XX - Em MR$
Ativo Passivo
Circulante Circulante
Não Circulante
Realizável de Longo Prazo Não Circulante
Investimentos
Imobilizado 119.000 Patrimônio Líquido
Máquinas e Equipamentos 120.000
(-) Depreciação Acumulada (1.000)
Intangível
Total do Ativo Total do Passivo + PL 
Fonte: Edilamar P. A. Esteves
Outros Exemplos:
• Provisão para Perdas Prováveis na Realização de Investimentos. 
• Amortização acumulada.
• Exaustão acumulada.
CONTAS RETIFICADORAS DO PASSIVO CIRCULANTE E NÃO CIRCULANTE
No Passivo não existem muitas contas retificadoras. Vamos exemplificar: Prêmio pago na 
emissão de Debêntures no momento da captação do recurso no qual o valor do custo do 
deságio é lançado como redutor no passivo e apropriado quando incorrido.
Exemplo de Contabilização:
Débito Crédito
D – Caixa (pela captação líquida) $ 40.000 
D – Custo a Amortizar (redutor do passivo) $ 10.000
C – Debêntures $ 50.000 
Representação no Balanço Patrimonial:
Balanço Patrimonial Levantado em 31 de dezembro de 20XX - Em MR$
Ativo Passivo
Circulante 40.000 Circulante 40.000
Caixa 40.000 Debêntures 50.000
(-) Custo a Amortizar (10.000)
Não Circulante
Realizável de Longo Prazo Não Circulante
Investimentos
Imobilizado Patrimônio Líquido
Intangível
Total do Ativo Total do Passivo + PL 
Fonte: Edilamar P. A. Esteves
Patrimônio40
CONTAS RETIFICADORAS DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO
Uma das contas retificadoras do patrimônio líquido é a conta contábil Prejuízos 
Acumulados: significa que a empresa, durante um determinado período, não gerou lucro 
e apresentou prejuízo, resultando, portanto, numa redução do patrimônio líquido.
Exemplo de Contabilização de um resultado apurado na ARE negativo de $30.400:
Débito Crédito
D – Prejuízos Acumulados (Patrimônio Líquido) $ 30.400 
C – ARE-Apuração do Rsultado do Exercício (Resultado) $ 30.400
Obs: A ARE-Apuração do Resultado do Exercício - é uma conta transitória do Resultado na qual 
são encerrados os saldos das contas de resultado (Receitas, Despesas e Custos). Nesse caso, 
o resultado será prejuízo se os saldos de Receitas foram inferiores aos saldos das Despesas e 
Custos. Veremos seu mecanismo de forma mais detalhada ainda neste módulo.
Representação no Balanço Patrimonial:
Balanço Patrimonial Levantado em 31 de dezembro de 20XX - Em MR$
Ativo Passivo
Circulante Circulante
Não Circulante
Realizável de Longo Prazo Não Circulante
Investimentos
Imobilizado Patrimônio Líquido 169.600
Intangível Capital Social 200.0000
Prejuízos Acumulados (30.400)
Total do Ativo Total do Passivo + PL 
Fonte: Edilamar P. A. Esteves
Outros Exemplos:
• Capital a Realizar. 
• Ações em Tesouraria.
Configurações do Estado Patrimonial
De forma ilustrativa, suponha uma balança de dois pratos: colocaremos no prato da 
esquerda o Ativo e no da direita o Passivo. Se ambos tiverem valores iguais, temos um 
equilíbrio. Mas como, normalmente, o Ativo e o Passivo apresentam valores diferentes, 
naturalmente a balança penderá para um dos lados.O peso (valor) que colocaremos para restabelecer o equilíbrio da balança é o que chama-
mos Patrimônio Líquido e, de forma lógica, estará no lado de menor valor. Vejamos de 
forma resumida: 
Legenda: 
• LE – Lado Esquerdo
• LD – Lado Direito 
• A – Ativo
• P – Passivo
• PL – Patrimônio Líquido 
Patrimônio 41
LE
A
Ativo = Passivo
LD
P
obrigaçõesobrigações
PL = 0
1 LEA
Ativo > Passivo
LE
P+PL
PL > 0
2
Assim temos:
1. O total do Ativo é exatamente igual ao total do Passivo Exigível, por extensão, o 
Patrimônio Líquido é igual a zero, não há Patrimônio Líquido, na entidade empresa. 
2. O total do Ativo é maior do que o total do Passivo Exigível, por extensão, o 
Patrimônio Líquido é maior do que zero. Existe Patrimônio Líquido, riqueza na enti-
dade empresa. 
Ainda mais resumido:
LE
A
Bens e Direitos
Ativo = Patrimônio Líquido
LD
PLPL
Passivo Exigível = 0
3 LEA+PL
Ativo < Passivo
LD
P
PL < 0
4
(situação de Passivo a descoberto)
3. O total do Ativo é igual ao total do Patrimônio Líquido, por extensão, não há obri-
gações, com terceiros, na entidade empresa. O Passivo Exigível é zero. 
4. O total do Ativo é menor do que o Passivo Exigível, por extensão, o Patrimônio 
Líquido é negativo, situação já conhecida por você como PASSIVO A DESCOBERTO. 
A entidade, empresa, não tem recursos suficientes para cobrir as obrigações que 
serão exigidas. 
Assim temos:
Posicionado no lado de menor valor
Ativo = Passivo = Equilíbrio (Balança)
Ativo # Passivo = Desequilíbrio (Balança)
Restabelecimento do Equilíbrio = PL (Balança)
Outra forma de observação da igualdade entre o Ativo e Passivo, ou o equilíbrio da balan-
ça poderá ser observado com o registro das seguintes operações:
Patrimônio42
BALANÇO PATRIMONIAL I (NO PRIMEIRO MOMENTO DA ENTIDADE)
Subscrição e integralização do Capital Social, quando os sócios declaram o valor inicial a 
ser colocado na entidade para exploração de uma atividade. A integralização é feita em 
moeda corrente do país, ou seja, em dinheiro – R$500,00. 
Balanço Patrimonial I – integralização do capital social, para início das operações.
Ativo Passivo
Bens $ 500 Obrigações $ 0
Patrimônio Líquido $ 500
Total $ 500 Total $ 500
Início das operações, constituição com capital 
próprio (ainda não tem obrigações com terceiros)
BALANÇO PATRIMONIAL II (NO SEGUNDO MOMENTO) 
A entidade adquire direitos no valor de R$ 30,00, a ser pago em vinte dias. 
Balanço Patrimonial II – momento seguinte ao início das operações.
Ativo Passivo
Bens + Direitos $ 530 Obrigações $ 30
Patrimônio Líquido $ 500
Total $ 500 Total $ 500
Endividamento normal, com a continuidade dos 
negócios (baixo endividamento)
BALANÇO PATRIMONIAL III (NO TERCEIRO MOMENTO) 
A entidade deve tudo que ela tem, para terceiros, ou seja, ela perdeu o Capital Social, 
recursos investidos pelos sócios ou acionistas para exploração da atividade, e o que a 
entidade tem ela deve para terceiros. 
Ativo Passivo
Bens + Direitos $ 500 Obrigações $ 500
Patrimônio Líquido $ 0
Total $ 500 Total $ 500
Igualdade absoluta entre o total dos Ativos e o do 
capitais de terceiros - Situação praticamente inexis-
tente (Patrimônio Líquido nulo)
Integralização do capital social 
Momento em que os sócios 
transferem para a sociedade, o valor 
declarado, em contrato social ou 
estatuto, a título de Capital Social.
Balanço Patrimonial II
Quando a entidade empresa, 
mantinha um endividamento, normal, 
na continuidade de seus negócios.
Patrimônio 43
BALANÇO PATRIMONIAL IV (NO QUARTO MOMENTO, QUANDO DA CONTINUIDADE DA 
ATIVIDADE) 
A entidade deve para terceiros, mais do que ela tem para exercer a atividade, ou seja, seus 
bens e direitos não são suficientes para pagar a terceiros.
Ativo Passivo
Bens + Direitos $ 500 Obrigações $ 700
Patrimônio Líquido $ (200)
Total $ 500 Total $ 500
Elevado grau de endividamento 
(Passivo a desoberto)
BALANÇO PATRIMONIAL V (NO QUINTO MOMENTO) 
A entidade deve para terceiros, tudo o que ela tem, ou seja, não há Patrimônio Líquido.
Ativo Passivo
Bens + Direitos $ 500 Obrigações $ 500
Patrimônio Líquido $ 0
Total $ 500 Total $ 500
Igualdade absoluta entre o total dos 
Ativos e o do capitais de tercei-
ros - Situação praticamente teórica 
(Patrimônio Líquido nulo)
BALANÇO PATRIMONIAL VI (NO SEXTO MOMENTO) 
A entidade não tem Ativo, não tem Patrimônio Líquido, mas tem obrigações para com 
terceiros, ou seja, Passivo Exigível. 
Ativo PASSIVO
Bens + Direitos $ 0 Obrigações $ 600
Patrimônio Líquido $ (600)
Total $ 0 TOTAL $ 0
Situação extrema em que todos os Ativos 
tivessem sido absorvidos e ainda haviam obri-
gações com terceiros
Balanço Patrimonial IV
Na continuidade dos negócios, quando 
a entidade (empresa), apresenta 
um alto grau de endividamento na 
continuidade de seus negócios.
Balanço Patrimonial V
Momento em que a entidade 
apresenta um Passivo Exigível 
no total de seu Ativo, e não 
tem Patrimônio Líquido.
Patrimônio44
Balanço Patrimonial – Resumo geral
Qualquer que seja a movimentação do patrimônio, suas transações ou eventos, contabil-
mente o Patrimônio sempre será representado pelo equilíbrio da balança. A igualdade 
entre o Ativo e o Passivo. 
CONFIGURAÇÕES DO CAPITAL
CONSTITUIÇÃO DO CAPITAL SOCIAL
O Capital subscrito e integralizado na entidade para a exploração de 
uma atividade é o que se denomina Capital Social ou nominal. Quantia 
que o titular ou sócios, transferem de seus patrimônios individuais para 
a formação (ou expansão) da Entidade. 
Contabilmente será registrado na entidade, como parte do Patrimônio 
Líquido, conforme demonstrado abaixo, no Balanço Patrimonial.
BALANÇO PATRIMONIAL
Ativo Passivo
Bens + Direitos $ 100 Obrigações $ 0
Patrimônio Líquido
Capital Social $ 100
Total $ 100 Total $ 100
O capital é o valor que consta nos registros de firmas, 
contratos e estatutos das sociedades. Poderá também 
ser aumentado por incorporação de lucros, conversão 
de dívidas, etc.
OUTROS CONCEITOS DE CAPITAL
O capital social cujo objetivo é a exploração de uma atividade, ao ser explorado, econo-
micamente, resultará em aumento ou redução da riqueza desta entidade. Se positivo o 
resultado, e este valor não for destinado à distribuição aos seus donos, ela permanecerá 
na entidade na forma de reservas de lucros, compondo ainda o Patrimônio Líquido. 
Se negativo, ficará demonstrado como conta redutora, denominada Prejuízos Acumulados, 
também compondo, ou melhor, dizendo, reduzindo o Patrimônio Líquido. 
Desta forma o Patrimônio Líquido, agora, composto pelo valor do Capital Social, mais as 
Reservas de Lucros e menos os Prejuízos, forma o que denominamos de Capital Próprio. 
Verifique o Balanço Patrimonial, abaixo, e observe que o capital inicial ou registrado, 
modificado em seu valor, pelas transações da entidade, em sua continuidade, pode ser 
absorvido pelos resultados negativos, reduzindo o valor do Capital Próprio. 
BALANÇO PATRIMONIALBALANÇO PATRIMONIAL
Patrimônio 45
CONSTITUIÇÃO DO CAPITAL E OUTROS CONCEITOS DE CAPITAL
BALANÇO PATRIMONIAL
Ativo Passivo
Bens + Direitos $ 500 Obrigações $ 50
Patrimônio Líquido
Capital Social $ 200
Reservas $ 250
Total $ 500 Total $ 500
Capital
Próprio
BALANÇO PATRIMONIAL
Ativo Passivo
Bens + Direitos $ 460 Obrigações $ 80
Patrimônio Líquido
Capital Social $ 800
Prejuízos Acumulados $ (420)
Total $ 460 Total $ 460
Capital
Próprio
Ocapital inicial ou registrado após modificado em seu 
valor pode ser absorvido pelos resultados acumulados.
Também dividimos os recursos aplicados na entidade, em duas categorias, Capital de 
Terceiros e Capital Próprio. 
Como já visto, Capital Próprio é formado pelo Patrimônio Líquido. Assim, a diferença para 
o equilíbrio da balança ou do Balanço Patrimonial, será os recursos que denominamos de 
terceiros. 
A soma dos recursos, Capital Próprio e Capital de Terceiros irá compor o total de recursos 
ou capital aplicado na entidade, constante lá no Ativo. 
Vejamos no Balanço Patrimonial.
CONSTITUIÇÃO DO CAPITAL E OUTROS CONCEITOS DE CAPITAL
BALANÇO PATRIMONIAL
Ativo Passivo
Bens + Direitos $ 900 Obrigações $ 300
Patrimônio Líquido
Capital Próprio $ 600
Total $ 900 Total $ 900
Capital de 
Terceiros
Patrimônio46
BALANÇO PATRIMONIAL
Ativo Passivo
Bens + Direitos $ 900 Obrigações $ 300
Patrimônio Líquido
Capital Social $ 600
Total $ 900 Total $ 900
Capital
Total
O capital de terceiros é a parcela do Patrimônio da 
Entidade que constitui direto de terceiros.
O capital total é o total de capitais, dos recursos à 
disposição da entidade.
Veja resumidamente como se classifica os recursos 
que denominamos de Capital.
Veja resumidamente como se classifica os recursos 
1. Capital de terceiros: Valores que serão exigidos da sociedade, por terceiros, estes 
que não são os sócios ou acionistas. 
O capital de terceiros constitui os recursos que são colocados na entidade por 
pessoas que não os donos, e que são necessários para financiamento das ativi-
dades, como compra de mercadorias a prazo, outros bens que não mercadorias, 
empréstimos, mão de obra, impostos. Faz parte do processo recorrente das entida-
des, que elas sejam financiadas também a prazo.
CAPITAL DE TERCEIROS
Obrigações exigíveis
2. Capital Social: Valor transferido ou a ser transferido, pelos sócios, para o patrimô-
nio da entidade, empresa, e que a princípio não serão exigidos em devolução. O 
Capital Social, também, será classificado conforme segue:
• Capital Autorizado – Valor autorizado pelos cotistas ou acionistas conforme 
ata de assembléia para ser subscrito como Capital Social da sociedade. 
• Capital subscrito – Valor constante do estatuto social referente ao Capital 
Social. 
• Capital Realizado – Valor integralizado, ou seja, transferido pelos sócios ou 
acionistas de seus patrimônios individuais para o patrimônio da entidade, ora 
constituída. 
• Capital a Realizar – Parcela do Capital autorizado, subscrito, mas ainda não 
integralizado, não transferido pelos sócios ou acionistas para o patrimônio da 
entidade, ora constituída e portanto será representado como conta Redutora 
do Capital Social.
Patrimônio 47
Veja:
Ativo Passivo
Conta Caixa $ 80 Patrimônio Líquido 
Capital Social $ 100
Capital a Integ. $ (20)
Total $ 80 Total $ 80
CAPITAL DE SOCIAL
Autorizado
SubscritoSubscrito
RealizadoRealizado
a Realizar
Capital Nominal
3. Capital total: Valores que compõem o Passivo da entidade, tanto o Exigível ( Passivo 
Exigível - Capital de Terceiros), como o não Exigível(Patrimônio Líquido - Capital 
Próprio). A soma do Capital de Terceiros e do Capital Próprio. O valor de capital que 
está à disposição da entidade, empresa. 
4. Patrimônio Líquido: O Patrimônio Líquido, como viu, representa o Capital Próprio, e 
é constituído pelo Capital Social, Ajuste de Avaliação Patrimonial, Reservas deduzida 
dos Prejuízos Acumulados. Também recebe denominações como: situação líquida do 
Patrimônio, Substância Líquida do Patrimônio, ou Capital dos Proprietários. 
Veja o resumo em forma de diagrama:
Situação Líquida do Patrimônio
Substância Líquida do Patrimônio
Capital Próprio
Capital dos Proprietários
Capital Social
Ajustes Avaliação
Prejuízos Acumulados (-)
Reservas Patrimônio Líquido
“ É melhor ser alegre do que triste, a alegria é a melhor coisa que existe”
Vinícius de Moraes
Patrimônio48
FI
CH
A
 T
ÉC
N
IC
A
FUMEC VIRTUAL - SETOR DE 
EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
GESTÃO PEDAGÓGICA
Coordenação
Gabrielle Nunes Paixão
Transposição Pedagógica
Flávia Juliana da Silva
PRODUÇÃO DE
DESIGN MULTIMÍDIA
Coordenação
Rodrigo Tito M. Valadares
Design Multimídia
Raphael Gonçalves Porto Nascimento
Editoração 2013
Raphael Gonçalves Porto Nascimento
INFRA-ESTRUTUTURA E SUPORTE
Coordenação
Anderson Peixoto da Silva
AUTORIA 
Profa. Guadalupe Machado Dias
BELO HORIZONTE - 2011
Síntese
Neste módulo você pôde entender o Patrimônio em seu contexto, ou seja, inserido nas 
organizações, e formação pelos itens que se compõem por bens, direitos e obrigações. 
Você estudou também, que os bens e direitos: 
• São capazes de gerar fluxo de caixa no futuro, ou seja, tem capacidade economica; 
• Representam o Ativo das entidades, e as obrigações segregadas em exigíveis e 
não exigíveis; 
• Representam o Passivo, este denominado de Capital de Terceiros, quando exigi-
dos em um momento acordado entre as partes, devedor e credor, e o Capital 
Próprio formado pelo Patrimônio Líquido, em que são registrados o valor do Capital 
Social, as reservas, as variações patrimoniais deduzidas dos prejuízos acumula-
dos. Valores que a princípio não serão exigidos pelos seus sócios ou cotistas. 
A demonstração gráfica do Patrimônio se dá pelo Balanço Patrimonial ou Demostração 
da Posição financeira, representação estática que o apresenta em seu aspecto quantita-
tivo em um determinado período. Relatório contábil em que se faz a leitura do equilíbrio 
do patrimônio, entre seus bens, direitos e obrigações. Assim, expresso: Ativo = Passivo 
Exigível mais Patrimônio Líquido, em sua expressão mais corrente.
No próximo módulo você irá estudar o Método das Partidas Dobradas, em seus procedi-
mentos básicos, quando aprenderá a escriturar a movimentação contábil do Patrimônio. 
Até lá!
“... a única salvação reside no trabalho gradual de educação dos indivíduos 
Isso não é tão inviável quanto possa parecer”
(C. G. Jung)
Referências
ALMEIDA, Marcelo Cavalcanti. Curso básico de contabilidade. 6º ed. São Paulo: Atlas, 2010.
BRAGA, Hugo Rocha. ALMEIDA, Marcelo Cavalcanti. Mudanças Contábeis na Lei Societária: 
Lei 11.638, de 28/12/2007. 1ª ed. São Paulo: Atlas, 2008.
Equipe de professores da FEA/USP. Contabilidade Introdutória. 11 ed. São Paulo: Atlas, 2010.
MARION, José Carlos. Contabilidade introdutória. 10ª Ed. São Paulo: Atlas, 2009.
NEVES, Silvério. VICECONTI, Paulo. Contabilidade Básica. 13º ed. São Paulo: Frase, 2006.
SÁ, Antônio Lopes. Princípios fundamentais de contabilidade. 4ª Ed. São Paulo: Atlas, 2007.
SZUSTER, Natan. Et al. Contabilidade geral. Introdução a contabilidade societária. 2 ed. São 
Paulo: Atlas, 2008.
O QUE É UM RAZONETE
CONTÁBEIS E
RESPECTIVOS RAZONETES
RAZÃO ANALÍTICO OU CONTA “T”
LANÇAMENTOS A DÉBITO E A CRÉDITO
Contabilidade
ASPECTOS INTRODUTÓRIOS 
AO MÉTODO DAS 
PARTIDAS DOBRADAS
ASPECTOS 
INTRODUTÓRIOS 
AO MÉTODO DAS 
PARTIDAS DOBRADAS
Profa. Guadalupe Machado Dias
APRESENTAÇÃO
Neste módulo você vai aprender o que é uma conta 
contábil; tipos e natureza. Irá aprender o que é, e como se elabora
um Razonete, Razão Analítico ou conta “T”. Aprenderá quando se debita ou credita uma 
conta. Verá o resumo do mecanismo de débito e crédito.
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
Ao final desse módulo você estará apto a:
• Definir o conceito de Conta Contábil. 
• Identificar e classificar o tipo e a natureza da Conta Contábil. 
• Especificar o que é um Razonete, Razão Analítico ou conta “T”.
• Aplicar nas contas contábeis e respectivos razonetes, Razão Analítico ou conta 
“T”, lançamentos a Débito e a Crédito.
Profa. Guadalupe Machado Dias
um Razonete, Razão Analítico ou conta “T”. Aprenderá quando se debita ou credita uma 
Caro(a) aluno(a), bem-vindo(a)!Caro(a)

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