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Obras de sistematização fluvial em correntes 
e rios com Espigões Manual Técnico
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01
2Unidade Minas Gerais.
Tel.:(31) 3497-4455 Fax: (31) 3497-4454
E-mail: belohorizonte@maccaferri.com.br
T
Unidade Nordeste.
el.: (81) 3271-4780 Fax: (81) 3453-7593
E-mail: recife@maccaferri.com.br
Unidade Sul.
Tel.: (41) 3286-4688 Fax: (41) 3286-4688
E-mail: sul@maccaferri.com.br
Te
Unidade Centro-Norte.
l.: (62) 3661-0030 Fax: (62) 3661-0030
E-mail: goiania@maccaferri.com.br
Unidade Sudeste.
Rio de Janeiro:
Tel.: (21) 3431-3610 Fax:(21) 3431-3611
E-mail: rio@maccaferri.com.br
São Paulo:
Tel.: (11) 4525-5000
E-mail: saopaulo@maccaferri.com.brMatriz.
Av. José Benassi, 2601 - Distrito Industrial FazGran
CP 520 - CEP 13201-970 - Jundiaí - SP - Brasil
Tel.: (11) 4525-5000
E-mail: maccaferri@maccaferri.com.br
www.maccaferri.com/br
Autor:
Eng. Gerardo Fracassi
Co-Autores:
Eng. Daniele Martin Ojea
Eng. Javier Herrera Hernández
Eng. Nelson A. Berrospid Aguilar
1° Edição
Fevereiro / 2012
Maccaferri do Brasil Ltda.
PREFÁCIO
Desde o começo de suas atividades, nos finais do século XIX, a empresa Maccaferri esteve presente 
no setor de hidráulica fluvial com seus produtos. Não é uma coincidência que a primeira obra construída com 
gabiões metálicos em 1882 foi um dique longitudinal para proteger das inundações uma margem do rio Reno na 
Itália perto da primeira fábrica da Maccaferri.
 Em breve tempo os gabiões passaram a formar parte das obras fluviais em espigões nas quais eram 
usados com a assessoria técnica da Maccaferri.
 Desde então Maccaferri acumulou uma grande experiência neste setor como demonstram as milhares 
de obras similares realizadas até hoje.
 Na busca por conhecer melhor o comportamento das estruturas construídas com seus produtos, desde 
a segunda metade do século passado realizou estudos e investigações em laboratórios próprios, particulares 
e de universidades como: Sogreah (Grenoble, França), Hydraulic Laboratory - Engineering Research Center, 
Colorado State University (Fort Collins, EUA), I.N.A. Instituto Nacional del Agua (Ezeiza, Buenos Aires, Argentina), 
Università di Bologna (Itália), Università de Brescia (Itália), Fundação Centro Tecnológico de Hidráulica (São 
Paulo, Brasil).
 No caso dos espigões, a maioria dos estudos foi realizado no INCyTH (atualmente INA). Alguns dos 
resultados da investigação foram apresentados em congressos e atualmente usados nos pré-projetos que 
geralmente a Maccaferri oferece aos seus clientes. Podemos mencionar:
 “Influencia de la presencia de espigones en la variación del coeficiente de rugosidad de un canal”, 
apresentado no XV Congreso Latinoamericano de Hidráulica de J. Brea, H. Hopwood, M. Yañes, G. Amores, 
relacionado a ensaios realizados no Laboratório de Hidráulica Aplicada INCyTH, Argentina.
 “Parámetros de diseño de protecciones de márgenes mediante serie de espigones”, apresentado no XV 
Congreso Latinoamericano de Hidráulica, por J. Brea, H. Hopwood, G. Amores, relacionado a ensaios realizados 
no Laboratório de Hidráulica Aplicada INCyTH, Argentina.
 Este manual está baseado numa minuciosa revisão da literatura existente sobre espigões, a experiência 
pessoal no projeto e acompanhamento da construção, assim como nas observações do comportamento destas 
estruturas ao longo do tempo. A intenção do autor é reunir em um único documento uma variedade de informações 
úteis para que se ter em conta num projeto.
 Lembramos que em todos os casos é sempre preferível, antes de assumir o projeto como final, verificar 
as hipóteses usadas em um modelo de teste, devido à natureza dificilmente previsível do comportamento dos 
rios. No caso em que isto não seja possível, é sempre recomendável acompanhar o comportamento dos espigões 
durante algumas situações de cheias para que, a partir da observação de seu comportamento, se possam tomar 
as medidas corretivas necessárias. Por este motivo, recomenda-se prever no orçamento da obra um adicional 
para eventuais intervenções posteriores.
APRESENTAÇÃO
Quando criança passava parte de minhas férias de verão nas montanhas, o que mais me trazia admiração 
não era tanto a vista magnífica das montanhas mas as torrentes que delas desciam borbulhantes e o ruído que 
estas produziam. O mesmo efeito tinham os cursos d’água menores, os pequenos canais com poucos centíme-
tros de profundidade que os camponeses haviam cavado para regarem seus campos. Passava horas acompa-
nhando o percurso da água, pulando de uma pedra para outra, espalhadas no leito das torrentes, acompanhando 
suas sinuosidades, observando as pedras maiores que haviam sido transportadas na primavera durante o degelo 
e que mostravam a força da água. Eu me perguntava como estas mesmas águas que transportavam rochas 
enormes podiam transportar os diminutos grãos de areia das minúsculas praias que às vezes encontrava em 
suas margens. Nada era mais divertido que colocar pequenos obstáculos e desviar a correnteza até onde eu 
quisesse ou mesmo represá-la, poder controlar uma força tão grande me dava uma sensação de poder e, ao 
mesmo tempo, de paz.
 Este interesse me conduziu, anos depois, aos estudos de Engenharia Hidráulica e o destino me levou a 
trabalhar na Maccaferri que me permitiu continuar a “brincar com a água” num ambiente de campo, a céu aberto, 
possibilitando olhar, tocar, colocar as mãos dentro dela, ao contrário da hidráulica de tubulações que nunca me 
despertou interesse, pois a água encontrava-se aprisionada nos tubos, oculta e distante.
 Não foi somente o que estudei na faculdade e durante o meu trabalho na Maccaferri que me permitiu 
aprender a entender como trabalhar nos rios e com estes, mas também com as experiências de dezenas de en-
genheiros que conheci em toda a América Latina. Desde a minha primeira viagem à America Central no começo 
dos anos 80 consegui confrontar minhas teorias com suas experiências. Uma das primeiras perguntas que me 
fizeram foi sobre espigões e precisamente quando estes deviam ser inclinados águas acima e quando águas 
abaixo; minha resposta foi baseada no sentido comum, mas coincidiu com suas experiências de campo, o que 
fez aumentar minha autoconfiança e me fez aprender a interrogar-me, questionar o que eu sabia e comparar 
minhas convicções baseadas na teoria com as observações feitas na prática. Algumas das valiosas informações 
que recopilei em todos estes anos fazem parte deste manual e lamento não ter anotado todas pois naturalmente 
muitas foram esquecidas.
 Quero então agradecer a todos estes engenheiros que me ajudaram a aumentar minha experiência, 
muito proveitosa nas decisões que tive a oportunidade de tomar posteriormente, e evitaram que incorresse em 
erros demasiados no curso destes anos.
Eng. Gerardo Fracassi
Gerente de Desenvolvimento de Novas Soluções para América Latina
7
1- INTRODUÇÃO
Antes de entrar no tema deste manual é importante relembrar alguns conceitos relativos à erosão e sedi-
mentação em cursos d’água naturais.
	 A	erosão	do	fundo	verifica-se	quando	a	força	de	tração	da	água	supera	a	força	resistente	do	material	que	
constitui o fundo. A distribuição de velocidades em uma mesma seção, sua direção e a baixa homogeneidade do 
material de fundo podem provocar a instabilidade deste e seu posterior deslocamento para a jusante. Ao mudar 
as	condições	das	correntes	de	jusante,	pode-se	criar	condições	para	que	o	material	transportado	encontre	con-
dições de ser depositado.
 As erosões nas margens provocam deslocamentos laterais destas e podem ter origem por diferentes 
fatores:
1.Nas	curvas	são	geralmente	provocadas	pela	aparição	neste	local	de	uma	força	centrífuga	que	provoca	
a sobrelevação do nível d’água na margem externa. Isto por sua vez causa uma corrente próxima ao fundo, da 
margem côncava para a margem convexa da curva. O encontro desta corrente com a do escoamento longitudinal 
do rio cria um movimento helicoidal na água. Comomencionado, se a força resultante das correntes superar a 
força	resistente	(força	mínima	a	qual	se	produz	o	movimento	do	material	de	fundo)	existirão	as	condições	para	
que	se	produza	o	deslocamento	do	material	de	fundo	para	a	margem	convexa	da	curva	e	consequentemente	
para	jusante.	Este	mecanismo	é	facilmente	perceptível	nas	curvas,	nas	quais	podemos	observar	que	a	margem	
externa	(côncava)	está	exposta	a	processos	erosivos	enquanto	na	margem	oposta	se	formam	depósitos.	O	eixo	
da corrente principal se desloca ao mesmo tempo para a margem côncava, aumentando a profundidade nas 
proximidades	da	margem.	Por	consequência	do	aumento	da	profundidade,	aumentará	a	inclinação	da	margem,	
facilitando assim sua desestabilização e acelerando o deslocamento do material de fundo para o centro do rio e 
o arraste do mesmo para a jusante. 
2.Nos	trechos	retilíneos,	com	mais	frequência	os	deslocamentos	são	provocados	por	modificações	do	regi-
me hidráulico do rio, o surgimento de meandros, a distribuição de velocidades na seção, a presença de materiais 
de	diferentes	resistências	ao	arraste,	a	presença	de	obstáculos	naturais	(grandes	pedras)	ou	artificiais	(árvores	
derrubadas,	pilares	de	pontes,	tomadas	de	água,	etc.)	que	obstruem	a	seção	provocando	o	aumento	da	veloci-
dade	da	água.	Também	nestes	casos	o	desvio	do	fluxo	da	corrente	principal	e	o	surgimento	de	correntes	radiais	
pode	redirecionar	a	corrente	para	um	determinado	ponto	no	qual,	se	a	sua	força	supera	a	força	de	arraste,	poderá	
produzir o deslocamento do material de fundo para jusante.
Para evitar ou controlar as erosões nas margens, em trechos curvos ou retos normalmente se recorre 
a	estrutura	longitudinais	paralelas	às	mesmas,	que	se	interpõem	entre	o	fluxo	e	a	margem	e,	por	terem	maior	
resistência,	interrompem	o	fenômeno	da	erosão.	Alternativamente	é	possível	implantar	estruturas	transversais	
que	atravessam	a	seção	do	rio	de	uma	margem	a	outra	(diques)	cuja	função	é	reduzir	a	velocidade	da	corrente	
a	níveis	que	não	somente	deixem	de	provocar	erosões	mas	também	causem	sedimentações.	Uma	outra	forma	
de	contenção	do	processo	erosivo	é	implantar	estruturas	localizadas	apenas	numa	margem	(espigões)	com	a	
função de desviar a corrente para afastá-la da área sujeita a erosão.
A escolha entre uma ou outra solução se dá em função das condições locais e das necessidades do pro-
jeto: largura, inclinação e regime do rio, conformação das margens, necessidade de manter acesso à água, etc.
Finalmente,	a	erosão	pode	ser	uma	exigência	do	projeto,	por	exemplo	em	rios	navegáveis	onde	se	queira	
aumentar o calado de um setor; nestes casos, a solução a se escolher são os espigões.
índice
1 - INTRODUÇÃO ................................................................................................................................................7
2 - OS ESPIGÕES ...............................................................................................................................................9
3 - DIMENSIONAMENTO ...................................................................................................................................11
3.1 - Localização em planta dos espigões ...............................................................................................12
3.2 - Separação ou espaçamento entre espigões (S) ..............................................................................12
3.2.1 - Trechos retos ...........................................................................................................................14
3.2.2 - Trechos em curva ....................................................................................................................16
3.3 - Quantidade de espigões ..................................................................................................................18
3.4 - Comprimento dos espigões .............................................................................................................18
3.5 - Forma dos espigões.........................................................................................................................19
3.6 - Seção longitudinal e transversal do espigão ...................................................................................22
3.6.1 - Seção longitudinal ....................................................................................................................22
3.6.2 - Seção transversal ....................................................................................................................23
3.6.3 - Cabeça dos espigões ..............................................................................................................24
3.7 - Ancoragem nas margens .................................................................................................................24
3.8 - Ângulo de orientação em relação às correntes................................................................................26
3.9 - Tipo e dimensões da proteção antierosão no entorno do espigão ..................................................27
4 - ESPIGÕES EM GABIÕES ............................................................................................................................33
4.1 - No projeto.........................................................................................................................................33
4.2 - Na construção ..................................................................................................................................39
5 - ESPIGÕES PERMEÁVEIS CONSTRUÍDOS COM TRONCOS, MALHAS E CABOS ..................................43
6 - CASOS HISTÓRICOS ..................................................................................................................................45
 Rio Challuayacu - SAN MARTÍN - PERÚ ................................................................................................46
Rio Huallabamba - SAN MARTÍN - HUICUNGO - PERÚ ........................................................................48
Rio Huallaga - SAN MARTÍN - CAMPANILLA - PERÚ .............................................................................50
Rio Huallaga - SAN MARTÍN - JUANJUI - PERÚ ....................................................................................52
Rio Huallaga - SAN MARTÍN - PICOTA - PERÚ ......................................................................................54
Rio Sisa - SAN MARTÍN - SAN PABLO - PERÚ ......................................................................................56
Carretera Trinidad - SAN BORJA - BENI - BOLIVIA ................................................................................58
Rio Chimore - COCHABAMBA - BOLIVIA ................................................................................................60
Rio Bermejo - TARIJA - BOLIVIA .............................................................................................................62
Rio Azul - CHUBUT - ARGENTINA ..........................................................................................................64
Rio Lules - TUCUMÁN - ARGENTINA .....................................................................................................66
Rio Pescado - SALTA - ARGENTINA .......................................................................................................68
Rio Jiboa - SAN VICENTE - EL SALVADOR ............................................................................................70
Rio Lempa - USULUTÁN - EL SALVADOR ..............................................................................................72
Rio Paz - AHUACHAPÁN - EL SALVADOR .............................................................................................74
7 - BIBLIOGRAFIA..............................................................................................................................................77
8 - SIGLAS E SÍMBOLOS ..................................................................................................................................799 - ÍNDICE DAS FOTOS E DESENHOS ............................................................................................................81
9
2 - os espigões
Desde o início dos tempos, o homem estabeleceu sua moradia às margens de rios para tirar proveito 
para o abastecimento de água, para a pesca ou para sua facilidade de locomoção. Desde então a necessidade 
de construir proteções nas margens como consequência da instabilidade fluvial se mostrou necessária e continua 
ainda hoje na maioria dos cursos d´água naturais.
Assim como outras obras de engenharia, os espigões provavelmente começaram a serem usados 
depois da observação de fenômenos naturais, por exemplo, a queda de uma árvore a partir da margem. Os 
efeitos produzidos pela queda na água de uma árvore ou de uma pedra são facilmente perceptíveis; o obstáculo 
na correnteza criado pelos ramos da árvore ou por qualquer outro objeto produzem em geral vários efeitos:
1. Desvio do fluxo para o centro do canal.
2. Aumento local da velocidade da corrente devido a redução da seção e consequente aumento 
da turbulência com a criação de vórtices.
3. Sedimentação do material de transporte imediatamente à jusante do mesmo nas proximidades 
da mesma margem, interrompendo sua eventual erosão.
4. Erosão local do fundo que evolui para o centro do canal com consequente aumento da lâmina 
d’água.
5. Surgimento de outras fossas de erosão, ao lado do obstáculo, geralmente localizadas a 
montante.
Possivelmente por estas razões, os primeiros espigões que se tem notícia foram construídos na Europa 
no século XIX para aprofundar o leito e manter assim um calado suficiente para a navegação.
Os espigões são estruturas construídas a partir das margens para o centro do rio com o objetivo de:
1. Estabilizar o curso do rio.
2. Reduzir a velocidade do fluxo nas imediações da margem, a montante e jusante, para valores 
tais que não possam produzir erosão.
3. Favorecer a sedimentação do material de arraste entre os mesmos, e neste caso e no anterior 
usualmente são definidos como espigões retardadores de fluxo.
4. Desviar o fluxo para o centro do canal desviando de eventuais zonas críticas, para prevenção 
de erosões.
5. No caso de rios navegáveis, centralizar a corrente para aprofundar o canal; neste caso 
geralmente é definido como espigões defletores.
Nos dois primeiros casos temos uma interessante alternativa para as proteções longitudinais visto 
que, a diferença destas, permitem o acesso ao rio de animais e pessoas. De maneira geral requerem um menor 
volume de investimentos. No terceiro temos a solução mais econômica disponível hoje.
 Os espigões são classificados como de repulsão ou de sedimentação, em função de seu comportamento. 
Podem ser do tipo permeável ou impermeável, dependendo se deixam ou não fluir água através de seu corpo.
 Os permeáveis, por facilitar a sedimentação, são mais indicados em rios com transporte sólido importante. 
Neste caso a água, carregada de sedimentos finos, passa através dos mesmos e, devido à redução de sua 
velocidade, deposita os sedimentos na zona compreendida entre os espigões que irá ser preenchida e criando 
assim uma nova linha de margem. Alguns autores afirmam que, por esta razão, nesta concepção, pode ser 
aumentada a distância entre espigões quando comparados aos impermeáveis.
 Geralmente para sua construção são utilizados materiais vegetais como troncos de árvores, galhos e 
ramos ou soluções mistas nas quais são usados troncos unidos por malhas metálicas e cabos de aço ou varas. 
Essas soluções não têm uma grande vida útil, porém são utilizadas devido ao seu menor custo.
 Os espigões impermeáveis, por provocar maior erosão, são mais indicados quando se deseja aumentar 
a profundidade do canal ou no caso de rios navegáveis. Sua principal função é centralizar o fluxo; simultanea-
mente afastam o fluxo da margem criando condições para que esta fique protegida da erosão.
10
2- Os espigões
 Podem ser construídos com rip-rap (pedras soltas), concreto, estacas, geocontendores (tubos de geo-
têxtil) ou gabiões. Esta última solução é a preferida na maioria dos países latino-americanos pela facilidade de 
execução e por permitir, quando necessário, o uso intensivo da mão de obra não qualificada, reduzindo ao míni-
mo o uso de máquinas.
 A disponibilidade de materiais perto do local de implantação por muitas vezes condiciona a escolha do 
projetista. Por exemplo, independentemente de considerações econômicas, a falta de pedras de grandes dimen-
sões nas proximidades impede o uso de rip-rap, enquanto a disponibilidade de pedras de menor tamanho favore-
ce a utilização de gabiões, da mesma forma a disponibilidade ou falta de areia condiciona o uso de geocontendo-
res. De mesma maneira a existência de programas governamentais de erradicação da pobreza que requer o uso 
intensivo de mão de obra pode influir na decisão, fazendo descartar soluções com grande uso de maquinários, 
como no caso do rip-rap e preferir outras que podem requerer o uso massivo de operários não-qualificados, que 
podem ser treinados rapidamente no lugar, como no caso dos gabiões.
 O projeto dos espigões foi muito estudado no último século, e tem sido apresentados vários trabalhos 
sobre este tema; porém ainda existe muito pouca literatura disponível, talvez porque dificilmente os resultados 
obtidos em laboratórios ou em um caso prático possam ser generalizados. Por esta razão, até hoje, a experiência 
e o senso comum são as melhores fontes de inspiração para o projetista.
 A intenção desta publicação, como mencionado anteriormente, é resumir alguns conceitos básicos – fru-
to da experiência da Maccaferri e do autor em obras hidráulicas.
 A seguir serão usadas as seguintes definições para especificar as distintas partes que constituem um 
espigão independentemente do material usado para sua construção (figura 2.1)
• Ponta, cabeça, nariz ou extremidade externa;
• Barra, corpo central ou parte média;
• Crista, coroa ou superfície superior;
• Ancoragem, engastamento ou extremidade enterrada;
• Face lateral de montante;
• Face lateral de jusante;
• Base de proteção contra erosão, formado através do aprofundamento da estrutura ou por uma 
proteção horizontal (cobrindo o leito).
Figura 2.1 - Definição das partes que constituem o espigão.
11
3 – DIMENSIONAMENTO
Para um correto dimensionamento dos espigões, em geral devem ser considerados os seguintes aspectos:
a. Variáveis do fluxo
i. Altura de níveis mínimos, médios e máximos;
ii. Quantificação do material de arraste e sua tipificação;
iii. Regime hidráulico.
b. Parâmetros do canal
i. Declividade;
ii. Dimensões e forma;
iii. Características morfológicas.
 
 Para a escolha do material de construção, deve se ter em conta:
a. Sua disponibilidade e distância de transporte;
b. Disponibilidade de mão de obra e equipamentos necessários para a construção;
c. Custos de material, mão de obra e equipamentos;
d. Prazo necessário para a construção;
e. Nível d’água durante a construção.
Uma vez disponibilizadas tais informações, é possível projetar o conjunto da obra, para o que deverão ser 
definidos os seguintes elementos:
1. Localização em planta dos espigões;
2. Separação ou espaçamento entre os espigões;
3. Quantidade de espigões;
4. Comprimento de cada espigão;
5. Forma do espigão;
6. Seção longitudinal e transversal, elevação da crista, declive da coroa, inclinação dos paramentos 
laterais;
7. Enraizamento na margem;
8. Ângulo de orientação em relação à corrente;
9. Tipo e dimensões da proteção da base do espigão;
Quando possível, devem sempre ser respeitadas algumas simples regras ditadas pela experiência:
1. Evitar o uso de espigões em cursos d’água com declividade superior a 2%;
2. Nunca utilizar espigões isoladamente e sim em grupos, com um mínimo de três a quatro unidades;
3. Optar por espigões flexíveis que possam se acomodar, em caso de erosões ou recalques diferenciais 
em sua fundação, já que neste caso, em geral, a estrutura se adapta à nova situação sem sofrer danos.Temos que lembrar que dificilmente há disponibilização de estudos de caracterização dos substratos 
do solo e que este, por sua vez, sofre variações em espaços de poucos metros. Por esta razão a flexi-
bilidade do espigão se torna uma vantagem adicional;
4. Evitar que a construção dos espigões estrangule o canal, especialmente durante as enchentes, para 
evitar efeitos indesejáveis na margem oposta;
5. Posicionar o primeiro espigão a montante do ponto a partir do qual começam as erosões que se 
queira controlar;
6. Projetar o primeiro espigão a montante mais curto que os seguintes e com maior ancoragem;
7. Aumentar gradualmente o comprimento dos espigões seguintes até alcançar o comprimento dese-
jado a partir do quarto;
8. Projetar os espigões de tal maneira que não produzam mudanças bruscas na direção do fluxo;
9. A partir da ancoragem, a crista/coroa deverá ser mais baixa que a margem;
10. Igualmente, a crista na zona de ancoragem deverá ser mais alta que o máximo nível de inundação, 
12
3 – Dimensionamento
de tal maneira que não fique totalmente submersa durante a mesma e exerça sua função para qualquer 
enchente.
11. A crista na zona da ponta deverá ser mais alta que o mínimo nível previsto, de tal maneira que não 
fique completamente submersa durante o período de estiagem;
12. Começar a construção dos espigões de montante para jusante. Quando a constru-
ção é feita a seco, os primeiros espigões, já terminados, podem proteger os seguintes em 
caso de inundações inesperadas que acontecerem durante sua construção. Quando a cons-
trução é feita em águas profundas, permitem construir os seguintes em águas mais calmas. 
Feitas estas considerações preliminares, vamos examinar separadamente os aspectos que foram mencio-
nados anteriormente.
3.1 – Localização dos espigões em planta 
A localização dos espigões depende da finalidade da obra. Se for para proteger uma margem contra pro-
cessos erosivos, os espigões deverão ser colocados unicamente nesta margem, com o cuidado de colocar o 
primeiro sempre a montante da zona erodida a ser protegida. Se ao contrário, se deseja aprofundar o calado do 
rio na sua parte central, deverá ser colocada em ambas as margens.
Quando possível, é aconselhável fazer coincidir a localização dos espigões com pontos da margem que 
apresentam maior resistência, por exemplo, rochas, para reduzir o comprimento da ancoragem.
Deve-se ter o particular cuidado de não provocar alterações na margem oposta, como será explicado mais 
adiante. Por este motivo, quando possível, é recomendável construir espigões curtos, cujo comprimento possa 
ser aumentado posteriormente, obviamente se necessário, uma vez verificado seu funcionamento. Ao observar 
o comportamento do rio durante as primeiras enchentes, depois da construção dos espigões, é possível verificar 
se as hipóteses iniciais estavam corretas fazendo eventuais ajustes à nova situação.
A facilidade de modificar as estruturas posteriormente a sua construção é um dos motivos pelos quais se 
prefere o uso de gabiões nesta aplicação.
A forma, localização (se estiverem localizados sobre um trecho reto do rio ou do lado de fora de uma curva) 
e orientação estão diretamente relacionadas com a separação dos espigões.
Também é importante a presença de uma ancoragem adequada, já que sua presença pode permitir um 
aumento do espaçamento de até 20% em relação aos espigões não engastados.
A separação se mede no sentido de jusante, entre os pontos de arranque junto às margens, entre dois 
espigões consecutivos e depende do comprimento do espigão da montante.
O espaçamento entre os espigões é extremamente importante, porque disso irá depender alguns cenários 
de resultados, ou seja:
Uma separação muito curta é uma solução que provoca grande sedimentação entre os espigões e conse-
quentemente a plena recuperação da margem erodida. Com certeza seria uma solução antieconômica.
Uma separação curta provoca a sedimentação entre os espigões e consequentemente a recuperação da 
margem erodida. Será a melhor solução, se esta é a finalidade da obra.
3.2 – Separação ou espaçamento entre espigões (S)
13
3 - Dimensionamento
Uma separação média é uma solução que somente evita o avanço da erosão sobre a margem; caso seja 
necessário, pode-se corrigir eventuais falhas, prolongando os espigões ou construindo espigões adicionais, mais 
curtos, nos locais ameaçados.
Uma separação grande é uma solução que pode evitar o avanço da erosão sobre a margem em cheias 
menores mas não necessariamente nas cheias mais importantes. É uma solução de alto risco e caso seja ne-
cessário pode-se reduzir a separação prolongando os espigões ao detectar falhas em seu comportamento ou 
construindo espigões adicionais, mais curtos, nos locais ameaçados. Note que, neste caso, pode ser necessária 
a reconstrução de parte dos espigões, consequentemente aumentando os custos.
Uma separação muito grande é uma solução que não altera consideravelmente as condições hidráulicas 
do rio, chegando a ser inútil. Neste caso deve ser revisto o projeto.
As investigações realizadas por Adami e De Deppo em 1970 confirmaram que a região de separação à 
jusante do espigão está ocupada por um vórtice e que nas proximidades da margem a direção do vetor de velo-
cidade é invertida em relação a corrente e sua intensidade é de aproximadamente 50% da corrente à montante 
do obstáculo. Portanto, se for possível estabelecer esta situação, a redução de velocidade provocada pela soma 
das duas velocidades no sentido inverso favorecerá a sedimentação entre os espigões.
Para calcular a posição do vórtice entre os dois espigões, existem algumas indicações. No começo do 
século passado, Winkel, por exemplo, indicou que o ângulo β entre a reta que une as pontas dos espigões suces-
sivos e a tangente ao vórtice antes mencionado que passa pela ponta do espigão à montante, pode variar entre 
os 5° e 7° (figura 3.2.1). Ao impor que a tangente encontre a cabeça do espigão seguinte, é possível calcular a 
distância S entre os mesmos.
Figura 3.2.1 – Separação entre espigões.
Fierro, em “L’impiego dei pennelli nelle sistemazioni fluvial: indicazioni e criteri progettuali”, propõe, sob 
algumas condições, a seguinte equação:
Smax =
0,717 q0,66
10,33 B0,427 dm0,233
Onde:
Smax = separação entre os espigões.
q = vazão.
B = largura estável do rio.
dm = dimensão característica do sedimento no fundo do rio
14
3 – Dimensionamento
Na realidade, o correto dimensionamento da separação entre os espigões depende também da configu-
ração de traçado do rio, podendo-se diferenciar a forma de cálculo dependendo se o trecho a intervir se localiza 
em um segmento reto ou em uma curva.
Para definir S nos trechos retos leva-se em conta o ângulo de desvio teórico do fluxo β medido na ponta 
do espigão (figura 3.2.1.1).
Alguns autores recomendam que, se a orientação entre os espigões α for entre 70° e 90°, S≈5,2 a 6,4 Lp 
se a orientação entre os espigões α for de 60°, S≈5,7 a 6,9 Lp.
Maza recomenda, em caso de espigão perpendicular à margem, que a distância está compreendida entre 
4-6,3 Lp, equivalente a um ângulo de desvio β = 9° a 14°.
Alguns autores recomendam as seguintes relações entre separação e comprimento dos espigões ou lar-
gura do rio (Tabela 3.2.1.1). A variedade dos valores recomendados permite entender o quão é difícil generalizar 
os resultados obtidos em laboratório (em canal de ensaio) ou obtidos em um rio em particular para disto fazer 
uma generalização.
3.2.1 - Trechos retos
~
~
Figura 3.2.2.2 – Separação entre espigões
Distância entre espigões Tipo de margen Referencia Comentários
5/7B Reta 
Vippiani, 1919
4/14B Curva
3L - 5L Strom, 1941
3L Côncova Grant, 1948
2L - 4L Curva Álvarez, 1948
4,29L Reta Ahmad, 1951
5L Curva Ahmad, 1951
1L Côncava Nações Unidas, 1953 Prática geral
2L - 2,5L Convexa Nações Unidas, 1953 Prática geral
2L - 3L Mamak, 1956
4L Diretamente
Altunin, 1962
90 - β > 75° 
3L Para 0,005 ≤ i ≤ 0,01
2L Para i ≥ 0,01
1,5L Matheus, 1956
3L - 5L Strom, 1962
Tabela3.2.1.1 - Algumas fórmulas empíricas propostas para definir a separação entre espigões (Klingeman, P et al/1984) 
(Obras fluviais/2001 Giorgio Brighetti), (River Trainng Techniques/1995 B. Przedwojski et al.) - Onde L indica a longitude de 
espigão e B o largo do Rio
15
3 - Dimensionamento
0,5B Côncava
Macura, 19665/4 Convexa
3/4 - 1B Diretamente
3L - 4L Acheson, 1968
Dependendo da curvatura e da 
inclinação da corrente
2L - 2,5L
Central Bd. Of Irriga-
tion and Power, 1971
2L - 2,5L Joblekar, 1971 Espigões contra a corrente
2L
Neil, 1973
Dois ou mais espigões
4L
2L - 6L
Richardson et al., 
1975
Para protecção de márgens 
3L - 4L
Espigões en T para canais nave-
gáveis
1,5L - 2L
Canais profundos para a navega-
ção
1L Côncava Bendegom (Samide 
and Beckstead, 1975)2L - 2,5L Convexa
1,5L Mathes, 1975
2L
U.S. Army (Samide 
and Beckstead, 1975)
Para o rio Mississippi
3,5L Blench et al., 1976
1B - 2B
Jansen, 1979
0,5B - 1B Em rios estreitos
5L Mohan y Agraval, 1979
Espigões submergidos ede altura 
um terço da profundidade
1,5L Côncava
Distrito de Los Ánge-
les, 1980
Com proteção de margem de 
enrocamento
2L Reta
2,5L Convexa
4L - 6L Côncava
Richard & Simons, 
1983
A margem pode necessitar de 
proteção adicional
1L - 2L Kovacs et al., 1983 Rio Danubio
0,9B - 1B Curva
Akantisz et al., 1983, 
1986, 1989
Para a = 45° - 50° Ø/B = 8 - 13,5
1,1B Curva Para a = 55° Ø/B = 8
1,1B - 0,9B Curva Para a = 55° Ø/B = 13,5
5,1L - 6L Reta
Álvarez, 1989
Para orientações α = 90° a 70°
5L - 6,9L Reta Para orientacões α = 60°
2,5L - 4L Curva Espigões com crista em declive 
para proteção de margem5,1L - 6,3L Diretamente
>3L Côncava Copeland, 1983
3L
Kondap y Prayag, 
1989
Para espigões com longitude 
≤ 0,2 B
2,5L - 3L Jica
4L - 5L Reta Fracassi, 2007
Mais de dois espigões em gabiões 
de seção transversal decrescente
16
3 – Dimensionamento
Nos trechos em curva alguns autores recomendam S = 2,5 – 4 Lp, o valor de S aumenta com o raio da 
curva. Geralmente se prefere recorrer a métodos gráficos.
Alguns dos métodos gráficos mais utilizados são detalhados a seguir (figuras 3.2.2.1 e 3.2.2.2).
3.2.2 – Trechos em curva
Método I
Figura 3.2.2.1 – Método gráfico para definir a separação entre espigões
Este método é utilizado desde a década de 80. A seguir apresentamos o processo passo a passo.
Passo 1. Identificada a zona onde se inicia a erosão, o primeiro espigão, que chamaremos I, é posicionado 
imediatamente à montante, em geral perpendicularmente à margem e com um comprimento de ordem de 10% 
da largura do rio.
Passo 2. Do ponto de arranque do espigão I, é desenhada no sentido de jusante uma reta perpendicular 
ao raio da curva. No ponto na qual a reta corta em duas partes iguais o segmento de raio compreendido entre 
as linhas de margem atual (erodida) e a desejada, identificamos o ponto de posicionamento do espigão II. Seu 
comprimento deverá ser entre 25 e 30% da largura do rio. Sua orientação dependerá da decisão do engenheiro 
(a seguir estão algumas considerações sobre isso).
17
3 - Dimensionamento
Método II
Passo 3. Passando pela ponta dos espigões I e II é desenhada até jusante uma reta. No ponto a qual a 
reta corta em duas partes iguais o segmento de raio compreendido entre as linhas da margem atual a desejada, 
identificamos o ponto de posicionamento do espigão III. Seu comprimento deverá ser da mesma ordem que o anterior. 
 
 Passo 4. Para identificar a posição do espigão IV deverá ser repetido o processo indicado no passo 3.
Próximos passos. O processo será repetido para localizar os espigões seguintes até chegar nas 
proximidades do fim da zona não afetada pela erosão.
Figura 3.2.2.2 – Método gráfico para definir a separação entre os espigões (Mampostería en gaviones en la protección 
Hidrológica Forestal, CONAF, setembro de 1982, pág. 18)
Passo 1. Depois de ter identificado o início da erosão, é prolongado o eixo do rio do trecho de mon-
tante. Na intersecção do eixo com a margem externa, identificamos o ponto A, onde será posicionado o 
primeiro espigão, que chamaremos de I, geralmente perpendicular à margem e cujo comprimento deve ser 
da ordem de 15% - 20% da largura do rio. 
 
Passo 2. Da ponta do espigão, é traçado, no sentido de jusante, a paralela ao eixo anteriormente mencionado. 
No ponto em que a reta intercepta a margem atual (erodida) identificamos o ponto B. Multiplicamos por dois a 
distância AB e definimos a posição C na qual será posicionado o espigão II. Seu comprimento deverá ser entre 
25 e 30% da largura do rio. Sua orientação dependerá da decisão do engenheiro.
18
3 – Dimensionamento
Método III
Este método, muito mais simples e conservador, levando em conta as considerações já mencionadas ao 
admitir um ângulo de desvio fixo β = 9° a 14°. Posiciona-se o espigão seguinte a jusante na intersecção entre a 
margem externa do rio e a reta que se origina da cabeça de cada espigão, formando o ângulo β com a tangente 
ao raio de curva nessa posição, de acordo com a representação da figura 3.2.2.3.
Passo 3. Da ponta dos espigões I e II é desenhada uma reta no sentido de jusante. No ponto da intercepção 
com a mesma margem, identificamos o ponto de posicionamento do espigão III. Seu comprimento deverá ser da 
mesma ordem do anterior.
Passo 4. Repetimos o processo indicado no passo 3 para identificar a posição do espigão IV.
Passos seguintes. O processo é repetido até alcançar a zona da margem não afetada pela erosão.
Último passo. A montante do espigão I à distância AB é localizado o espigão K, cuja função é proteger a 
ancoragem do espigão I. Seu comprimento deverá ser menor que a de todos os outros espigões na ordem de 
10% da largura do rio e sua ancoragem maior.
Figura 3.2.2.3 – Método gráfico para definir a separação entre espigões.
É necessário recordar que é sempre conveniente que os diferentes raios R da curva da margem deseja-
da sejam sempre de tamanho decrescente de tal maneira que este se reduza o mais suavemente possível. Da 
mesma maneira, convém que o(s) raio(s) da curva seja(m) sempre 2,5B < R < 8B porque, para menores raios 
se torna mais conveniente economicamente substituir os espigões com uma defesa longitudinal, enquanto que, 
para raios maiores não existe segurança que todos os espigões trabalhem eficientemente.
3.3 – Quantidade de espigões
Geralmente o número de espigões deve ser sempre maior que 2. Alguns autores recomendam um mínimo 
de 4 espigões (Derrick). A quantidade dos espigões depende da extensão a ser protegida e, como já foi mencio-
nado, do comprimento e a forma dos mesmos. É necessária uma atenciosa análise para decidir a melhor opção 
entre um número menor de espigões extensos ou um número maior de espigões curtos; para isto devem ser 
levados em conta além dos aspectos técnicos normais, os econômicos, logísticos e práticos relacionados em 
geral às características da seção transversal do rio, a possibilidade de execução a seco ou em águas profundas 
e à redução da largura durante a estiagem.
3.4 – Comprimento dos espigões
O comprimento total do corpo do espigão L é convencionalmente divida em duas partes: o comprimento 
de ancoragem Lo, que fica engastada na margem e o comprimento ativo La, que fica exposta a ação da corrente; 
por sua vez é definido o comprimento de trabalho Lt , como a projeção de La no sentido perpendicular ao eixo da 
corrente, equivalente a distância entre a margem e o ponto do espigão mais distante da margem, medida 
19
3 - Dimensionamento
perpendicular ao eixo do rio.
O valor máximo do Lt está sempre relacionado com a largura do rio no qual o espigão está localizado. 
Geralmente deve estar compreendido entre 25% a 30% da largura do canal para que sua presença não interfira 
na margem oposta.
O menor valor é usado preferencialmente para espigões de altura constante (declividade da coroa p < 
20°), geralmente construídos com pedras soltas ou gabiões tipo saco e o maior valor para aqueles cuja crista seja 
decrescente da margematé o centro do canal (declividade da coroa p > 20°), geralmente construídos com gabi-
ões. A diferença se deve que, ao aumentar p, diminui a redução da seção molhada do rio durante as enchentes, 
consequentemente menores serão as alterações do fluxo durante esta situação, entre as quais a mais relevante 
é a velocidade de escoamento que, por sua vez, está diretamente relacionada com a capacidade erosiva no 
fundo na margem oposta.
Figura 3.4.1 – Definições dos comprimentos do espigão.
3.5 – Forma dos espigões
Existem várias formas na planta:
• Forma reta ou haste simples;
• Forma em L ou baioneta;
• Forma em T ou martelo;
• De cabeça arredondada;
• De ângulo duplo;
• Curvados, tipo “hockey”.
As três primeiras são as mais comuns e diferem entre si pela maior ou menor eficiência na proteção do 
talude e na localização das áreas de sedimentação e erosão provocadas pelo espigão.
20
3 – Dimensionamento
Por exemplo, os tipos em L e em T geralmente concentram a erosão ao longo da face paralela ao fluxo e, 
por outro lado, promovem maior sedimentação nas áreas entre a cabeça e a margem que ficam mais protegidas 
contra o efeito das correntes. O tipo reto por sua vez concentra a erosão na ponta e imediatamente à jusante 
desta.
Como é intuitivo, no caso dos espigões em L e em T é possível aumentar a separação entre os espigões, o 
aumento é aproximadamente equivalente à projeção sobre a margem dos mesmos ou à extensão de sua cabeça, 
respectivamente.
O tipo em L é, geralmente, mas não necessariamente, dobrado no sentido de montante.
No caso de construção em presença de água, os espigões em forma de T e L são geralmente os de maior 
custo, já que sua ponta deve ser construída no centro do rio onde as profundidades são maiores.
A escolha entre os três tipos é geralmente influenciada pelo tipo de regime do rio e aspectos econômicos.
A seguir, alguns exemplos dos três tipos.
Figura 3.5.1 – Espigão em haste simples..
Figura 3.5.2 – Espigão em haste simples.
21
3 - Dimensionamento
Figura 3.5.3 – Espigão em baioneta.
Figura 3.5.4 – Espigão em baioneta.
Figura 3.5.5 – Espigão em martelo.
22
3 – Dimensionamento
Figura 3.5.6 – Espigão em martelo.
3.6 – Seção longitudinal e transversal do espigão
3.6.1 – Seção longitudinal
Em geral, a altura do espigão diminui a partir da borda para o centro do rio, em casos muito particulares 
têm sido utilizados espigões com crista horizontal. A redução da altura do espigão desde a margem até o centro 
do rio é tida como mais adequada devido ao fato que este tipo de conformação com crista decrescente funciona 
da mesma maneira se comparado aos espigões de crista horizontal, nas condições de níveis d´água mínimos, 
por outro lado interfere menos nos níveis de enchentes. Neste último caso, a presença deste tipo de espigão 
causa apenas uma obstrução parcial do fluxo nas águas altas sem contudo reduzir significativamente a seção 
do rio durante as cheias maiores, ou seja, será menor o estrangulamento do rio e menor a erosão no fundo do 
canal na margem oposta.
É importante recordar que a seção com crista inclinada longitudinalmente pode significar uma economia 
de 30% a 60% do volume de material necessário para a construção.
A declividade é definida pela cota da ancoragem (ver item seguinte), o comprimento do espigão e a cota da 
extremidade que geralmente é de 0,5 m ou pouco superior à lâmina d´água no período de estiagem. Ao respeitar 
esta regra o declive pode variar entre 5% a 25%. Em espigões de material solto ou concreto, o declive pode variar 
de 2% a 2,5% (figuras 3.6.1.1 e 3.6.1.2).
No caso de usar gabiões tipo caixa, a crista pode ser escalonada (figura 3.6.1.3), enquanto que nos outros 
casos e se o material utilizado permitir, como por exemplo os geocontedores, é retilínea (figura 3.6.1.4).
Figura 3.6.1.1 – Seção longitudinal de espigão em concreto.
23
3 - Dimensionamento
Figura 3.6.1.2 – Seção longitudinal de espigão em pedra solta.
Figura 3.6.1.3 – Seção longitudinal de espigão em gabiões.
Figura 3.6.1.4 – Seção longitudinal de espigão em geotubos.
3.6.2 – Seção transversal
É recomendável desenhar a seção transversal em forma trapezoidal de maneira que seu baricentro seja 
o mais baixo possível; isto é extremamente importante porque o terreno dos canais geralmente não têm boas 
características geotécnicas e a capacidade de suporte não é homogênea (figura 3.6.2.1). Esta recomendação é 
muito importante quando os espigões devem ser construídos em presença de água pela dificuldade de controlar 
a real configuração em águas geralmente pouco transparentes.
Figura 3.6.2.1 – Seção transversal de espigão de concreto.
A crista tem larguras variáveis de 1,0m a 3,5m, podendo chegar até 6m; no caso dos espigões construídos 
com material solto, deve ser suficiente larga para permitir a circulação dos veículos que transportam o material 
usado para a construção do espigão.
No caso dos espigões construídos com material solto, geralmente os taludes transversais variam desde 
3H:1V na parte mais próxima a borda a 5H:1V. Isto resulta em volumes importantes de material que, em caso 
de obras construídas dentro d’água, tendem a aumentar ainda mais. Por esta razão se dá preferência ao uso de 
gabiões que permitem uma sensível redução do material utilizado em ambos os casos.
24
3 – Dimensionamento
No caso de obras construídas a seco, os gabiões caixa, por serem amarrados entre si, permitem uma 
obra monolítica com uma seção mais esbelta, geometricamente definida e com inclinações laterais da ordem de 
2H:1V a 1H:1V (figuras 3.6.2.2 e 3.6.2.3). No caso de construção na água, os gabiões cilíndricos não somente 
permitem utilizar pedras de pequeno tamanho, acarretando um transporte e manuseio mais fácil, mas também 
possibilitam inclinações laterais mais acentuadas com consequente redução de volume. Neste caso as costuras 
entre os gabiões cilíndricos não são necessárias já que o interbloqueio das pedras na superfície do gabião e o 
atrito entre os mesmos são suficientes para garantir a estabilidade da obra.
Ao utilizar os geocontedores, sua disposição longitudinal deverá sempre ser de forma piramidal como 
apresentado a seguir (figura 3.6.2.4).
Figura 3.6.2.2 – Seção transversal de espigão em enrocamento.
Figura 3.6.2.3 – Seção transversal de espigão em gabiões e Colchões Reno®.
Figura 3.6.2.4 – Seção transversal de espigão em geocontedores.
3.6.3 – Cabeça dos espigões
A cabeça dos espigões é geralmente a parte mais exposta a danos causados pelo material de arraste e 
à erosão de fundo junto a esta estrutura, sendo que tem sido observado que as maiores erosões no fundo se 
localizam ao seu redor. Por esta razão a cabeça deve ser mais protegida do que o resto do corpo do espigão, 
aumentando a proteção contra a abrasão e a profundidade da fundação ou ainda as dimensões em planta da 
plataforma antierosão.
3.7 – Ancoragem nas margens
É a parte do espigão construída dentro da borda para evitar eventuais solapamentos ou escoamentos no 
entorno da estrutura, dentro da margem, que poderiam criar novos caminhos de fluxo, com potencial de com-
prometimento da sua estabilidade (figura 3.7.1). Em terrenos muito rígidos, como rocha, não se faz necessário, 
sendo suficiente garantir a continuidade entre o terreno e o espigão. Nos outros casos, seu aprofundamento é 
geralmente definido como uma proporção do comprimento do espigão; a experiência mostra bons resultados
25
3 - Dimensionamento
quando o primeiro espigão à montante está engastado dentro da margem com uma distância em planta da ordem 
de 25% a 40% do Li enquanto que nos seguintes, este engastamento deve prever um comprimento da ordem 
de 15% e 20% do Li (figura 3.7.2). A razão da diferença, é que a função do primeiro espigão é basicamente pro-
teger a ancoragem do seguinte e, no caso de falha, poderia expor a ancoragem do segundo a erosão e assim 
comprometê-lo; por sua vez isto poderia gerar o mesmo problema em cadeia aos seguintes. No caso do proces-
so de erosão da margem a ancorarseja caro, é possível reduzir seu volume ao mínimo, diminuindo também a 
distância entre os espigões. Como alternativa ao aprofundamento da ancoragem, é possível revestir a margem 
em ambos os lados do espigão (montante e jusante), utilizando revestimento com Colchões Reno® ou um muro 
longitudinal em gabiões (figura 3.7.3).
Figura 3.7.1 – Colapso do espigão de gabiões por falha de an-
coragem.
Figura 3.7.3 – Revestimento da margem em ambos os lados do 
espigão.
Figura 3.7.2 – Profundidade da ancoragem.
26
3 – Dimensionamento
3.8 – Ângulo de orientação em relação a corrente
O espigão pode ser desenhado com o seu eixo direcionado contra a corrente (α>90°), perpendicular à 
corrente (α=90°) ou a favor (α<90°). O ângulo é medido desde a margem a jusante até o eixo do espigão. A 
inclinação do espigão em relação ao eixo do rio é importante porque modificará a área protegida.
No primeiro caso (α>90°) diversos autores indicam que esta orientação aumenta a sedimentação e alguns 
recomendam ângulos entre 100° e 120° (Beckstead). No segundo caso (α=90°), esta orientação é a preferida 
porque permitir a redução o comprimento do espigão em relação aos outros casos ainda que se alguns autores 
indicam que é a que produz a maior erosão na ponta (Kwan e Kandasamy) e no longo prazo (Collell, Cardoso, 
Martín, Vide e Bateman, 1999). No terceiro alguns autores recomendam ângulos ao redor de 70° (Maza), 
especialmente em trechos curvados e, para pequenos raios, valores menores que 70° podendo alcançar até 40°. 
Não existe uma clara sugestão para recomendar a direção do espigão que não seja relacionada a indicação da 
área a ser protegida em relação ao espigão, como mencionado anteriormente.
Em observações feitas em laboratório e no campo foi possível verificar que no caso de espigões contra a 
corrente (figura 3.8.1A) a área mais protegida pelo espigão é distribuída imediatamente à montante do mesmo, 
quando é perpendicular (figura 3.8.1B), a área fica distribuída entre montante e jusante e, quando a favor da 
corrente (figura 3.8.1C), a área mais protegida fica distribuída imediatamente à jusante.
O autor observa, por outro lado, que os espigões contra a corrente parecem ter um melhor comportamento 
em rios de corrente rápida (de montanha) e aqueles a favor em rios de correntes mais lentas (de planície).
Figura 3.8.1 – Espigões a favor da corrente (A), perpendiculares (B) e contra a corrente (C). 
Na tabela 3.8.1 está relacionado o ângulo α entre o espigão e a margem recomendado por diferentes 
autores (Klingerman, P. et al, 1984).
A
B
C
Na tabela 3.8.1 (o ângulo α entre o espigão e a margem recomendado por diferentes autores).
27
3 - Dimensionamento
Ângulo α recomendado entre o 
espigão e a borda Referência Comentários
100° - 120° Nações Unidas, 1953 Espigões inclinados à montante
100° - 110° Mamak, 1964
110° Macura, 1966 Margen côncava
100° Diretamente
90° Margen convexa
≤ 90° Franco, 1967
≤ 90° Lindner, 1969 Desvio
≤ 90° Lindner, 1969, río Missouri Sedimentação
75° - 90° Lindner, 1969, rio Red e Arkansas
≤ 90° US Army, Corps of engineers, 1970
100° - 120°
Central Board of Irrigation and 
Power, 1971
100° - 120°
Joglekar, 1971
30° - 60°
90° Richardson y Simons, 1973
100° - 110° (orilla convexa) Samide e Beckstead, 1975
≤ 100° (orilla cóncava) Samide e Beckstead, 1975
75°
US Army, Corps of engineers, Los 
Angeles District, 1980
~ 90° Copeland, 1983
70° - 90°
Alvarez, 1983
30° Para curvas fechadas
90°
US Army, Corps of engineers, 
Memphis and Vicksburg District, 
1983
90° US Army, Corps of engineers, 1983
65° Akanyisz et al., 1983, 1986, 1989
Para a = 45° 55° y Ø/B = 8 - 13,5 
margem convexa
3.9 – Tipo e dimensões da proteção antierosão no entorno do espigão
Como mencionado anteriormente, a presença dos espigões provoca geralmente um estreitamento do ca-
nal e um consequente aumento da velocidade da água. Os efeitos são sentidos nas imediações dos espigões; 
especialmente a montante e diante da cabeça do espigão se pode verificar um sensível aumento da velocidade 
e a formação de vórtices (tipo ferradura) que, dependendo da composição e granulometria do fundo, provocarão 
erosões às vezes muito profundas que, de não ser consideradas na fase de projeto podem provocar a derrubada 
até a destruição do espigão. Por isto, é sempre necessário em minucioso cálculo da erosão que pode se produzir 
no canal naturalmente daquela que será provocada pelo espigão.
Em meados do século passado, Amhad investigou a erosão provocada por obstáculos e mostrou as dife-
rentes conformações das fossas de erosão em um espigão em função de sua inclinação em relação à corrente 
e de sua forma, como mostra o desenho (figura 3.9.1).
28
3 – Dimensionamento
Figura 3.9.1 – Distribuição da erosão em volta de um espigão em função de sua inclinação e forma.
Um número importante de investigações foi levada a cabo desde então, entre as quais, são as mais co-
nhecidas: Jansen, Garde, Awazu, Vingé, Mukhameder et al., Gill. Queremos também mencionar as realizadas 
por Maccaferri no laboratório do INCyTH. Todas elas ainda que ajudassem para um melhor entendimento do pro-
blema, não possibilitaram chegar a expressões generalizadas que permitam calcular com a precisão suficiente a 
máxima profundidade da erosão.
Alguns autores propõem fórmulas para o cálculo da erosão:
Melville propõe a seguinte expressão para espigões e estribos de pontes:
Hs max /L= (Ky ,Kf ,KD ,Kσ ,KS ,Kθ ,Kg )
siendo:
Hs max = máxima erosão local;
L = comprimento do estribo;
 = função que envolve os parâmetros adimensionais Ki;
29
3 - Dimensionamento
Ky= profundidade;
Kf= intensidade do fluxo, u/uc onde u é a velocidade média e uc a velocidade média crítica ou de início de 
movimento;
KD= tamanho do material de arraste;
Kσ= grau de uniformidade do material de arraste;
KS= forma do espigão;
Kθ= alinhamento do espigão;
Kg= geometria do canal. 
 
Buy Ngok propõe a seguinte fórmula: 
onde:
H´ = profundidade relativa de erosão = (z+h)/h;
z = profundidade de erosão;
ms = declividade do paramento lateral (1 : ms) do espigão;
n = relação de contração n=La/B;
α = ângulo de inclinação do espigão em relação à corrente;
hg = altura do espigão;
h = profundidade da água sem considerar a erosão;
ƒ1 (Cd ) y ƒ2 (Cd ) = fatores que dependem da tração sobre os grãos;
Fr = Número de Froude.
Maza, ao utilizar o critério de Latuischenkov propõe a seguinte equação:
Hs max = 0,855 h (4,17 + ℓn q1/q) e(0,0028a-0,24k)
onde:
Hs max =provocada pelo espigão medida desde a superfície livre da água até o fundo, [m];
h = profundidade d’água na parte do espigão não afetada pela erosão, [m];
q1 = vazão teórica que poderia passar pela zona ocupada pelo espigão;
q = vazão com período de retorno de 25 e 50 anos, [m³/s];
α = ángulo formado por el eje longitudinal del espigón y la dirección de la corriente, medida desde aguas 
abajo, [°]; 
k = k = inclinação do parâmetro da ponta do espigão, k = cotg( );
 = ângulo formado pela face da ponta do espigão e a horizontal, [°]. 
Dependendo do tipo do material utilizado, deverá ser prevista uma proteção que pode assumir diferentes 
configurações.
 a. No caso de estruturas em concreto, torna-se necessário o aprofundamento das fundações até 0.
H’ = 1,09
-0,075(ms+1)
1 - n0,3
x x x
0,410,2 
ƒ1 (Cd) x (Fr)ƒ2 (Cd)
α
90°
hg
h
30
3 – Dimensionamento
Figura 3.9.2 – Proteção antierosão de espigão de concreto..
b. No caso de materiais soltos é necessário o aumento da seção e a manutenção periódica mediante re-
carga com novo material que substitua o que havia sido transportada até o trecho de jusante pela corrente (figura 
3.9.4), requerendo assim um volume extra.
c. No caso dos gabiões é habitualmente utilizada a colocação de uma plataforma antierosão com a utiliza-
ção de Colchões Reno® ao redor do espigão e cuja largura seja proporcional à máxima profundidade de erosão 
prevista, geralmente duas vezes a profundidade (figuras 3.9.5, 3.9.6e 3.9.7). Pela experiência acumulada em 
obras reais e em ensaios de laboratório, foi verificado que a largura da plataforma deve ser sempre maior na late-
ral à montante e na extremidade, por serem estas regiões onde se verificam as máximas erosões. A execução da 
plataforma evita a escavação do fundo, geralmente muito cara, para chegar a uma profundidade de segurança, 
fora do alcance de uma possível erosão.
Figura 3.9.3 – Colapso do espigão de concreto por 
falha da proteção antierosão.
Figura 3.9.4 – Desenho esquemático do espigão em rip-rap e da proteção antierosão.
Figura 3.9.5 – Desenho esquemático de espigão em gabiões e da proteção antierosão.
31
3 - Dimensionamento
d. No caso de geocontedores de geotêxtil tecido, é necessário recorrer a plataformas antierosão em geo-
têxtil do mesmo tipo, que cumprem a mesma função daquelas em Colchões Reno® (figuras 3.9.8 e 3.9.9).
Figura 3.9.6 – Proteção antierosão do espigão em gabiões.
Figura 3.9.7 - Proteção antierosão do espigão em gabiões.
Figura 3.9.8 – Seção longitudinal esquemática do espigão em geocontedores.
Figura 3.9.9 – Seção transversal esquemática do espigão em geocontedores e proteção antierosão.
32
3 – Dimensionamento
Para terminar esta breve resenha, cabe mencionar as modalidades de construção dos espigões já que, 
por serem localizados dentro do canal do rio, estas são é influenciadas pelo tipo de solo e a eventual presença 
d’água.
No caso ser possível trabalhar a seco, para o corpo do espigão é preferível recorrer ao uso dos gabiões 
tipo caixa, por serem flexíveis, monolíticos e por permitir seções definidas geometricamente conforme as neces-
sidades. Para as proteções no embasamento se recorre o uso de Colchões Reno® que, por sua flexibilidade e 
continuidade, estão em condição de acompanhar as erosões de fundo evitando que estas possam alcançar o 
corpo do espigão. O uso dos gabiões permitirá adicionalmente realizar eventuais modificações posteriores da 
seção se forem necessárias.
No caso de ser necessário construir o espigão em presença de água, especialmente em águas profundas, 
é possível recorrer ao material solto de dimensões adequadas ou a gabiões tipo saco. O material solto é utilizado 
quando se dispõe de uma jazida nas cercanias em condição de fornecer as pedras nas dimensões e quantidades 
necessárias. Com a necessidade de manter declividades suaves nos taludes laterais se faz necessário o uso de 
um volume importante de pedras. Os gabiões saco, ao contrário, permitem utilizar pedras ou seixos de peque-
nas dimensões e permitem realizar seções mais regulares com taludes mais inclinados e controlar o volume de 
material lançado.
33
4 – ESPIGÕES EM GABIÕES
Os gabiões se adaptam particularmente à construção de espigões por suas características de: facilidade 
e rapidez de construção, permitir a construção a seco e na água, flexibilidade, uso intensivo de mão de obra 
(se for necessário), etc. Além das considerações que podem ser feitas visivelmente na obra, um interessante 
trabalho “Ricerca sperimentale sul comportamento di pennelli di vario tipo nelle sistemazioni fluviali” Migliorini P., 
Milano V., Viti C. (Istituto di Idraulica della Facoltà di Ingeneria dell’Università di Pisa – L’Energia elettrica N°12, 
1984) compara o comportamento hidráulico entre espigões construídos com diferentes materiais ao mudar a in-
clinação, distância e forma dos mesmos chegando a conclusão que a flexibilidade dos gabiões permite absorver 
eventuais recalques provocados pela erosão junto à obra, em especial na ponta, decorrentes do comportamento 
hidrodinâmico local.
A seguir serão listadas algumas recomendações e sugestões adicionais para o projeto e a construção dos 
espigões em gabiões.
4.1 – No projeto
A possibilidade de utilizar elementos modulares permite o projeto das mais variadas seções, com crista 
reta ou escalonada; faces laterais verticais, inclinadas ou escalonadas; seções curvas, ângulos, etc. Para maior 
rapidez na construção sugerimos que seja dada preferência a uma crista e laterais escalonadas ao invés de 
inclinados, já que o corte e adaptação do gabião para ajustá-lo à seção desejada requerem mais tempo que 
o habitual (figura 4.1.1). Pelo mesmo motivo é preferível formar curvas com uma sequência de ângulos e não 
arredondando os gabiões com dobras ou cortes. Ainda assim, é possível construir estruturas curvas, se for 
necessário. Mostramos a seguir algumas maneiras adotadas para criar seções não retangulares (figuras 4.1.1, 
4.1.2 e 4.1.3).
Figura 4.1.1 – Desenhos esquemáticos de espigões fabricados com gabiões retangulares e moldados.
34
4 – Espigões em gabiões
Figura 4.1.2 – Processo para moldar os gabiões.
Figura 4.1.3 – Processo para moldar os Colchões Reno®.
35
4 – Espigões em gabiões
 Na face de montante é preferível utilizar, no caso de rios com transporte sólido importante, gabiões do tipo 
“Caixa Forte®” (elementos especialmente desenvolvidos para estas situações), nos quais a face frontal e uma 
das laterais são produzidas com arames mais grossos que os habituais para resistir mais ao impacto do material 
transportado pela corrente (figuras 4.1.4 e 4.1.5).
Por outro lado, é possível proteger a face à montante do espigão que fica exposta ao impacto do fluxo e o 
material de arraste com uma proteção de troncos (figura 4.1.6) ou plantando vegetação de arbustos (figura 4.1.7) 
que ao crescer, formará uma barreira à ação do fluxo e aumentará a aderência entre os Colchões Reno® e o solo.
Figura 4.1.4 – Desenho esquemático do gabião Caixa Forte®
Figura 4.1.5 – Obra construída com gabião Caixa 
Forte®
Figura 4.1.6 – Proteções com troncos contra a abrasão de espigões em gabiões.
36
4 – Espigões em gabiões
Figura 4.1.7 – Proteção com vegetação contra a 
abrasão de espigões em gabiões.
A juízo do projetista os Colchões Reno®, que conformam a eventual plataforma antierosão, poderão ser 
estendidos ou não por baixo do corpo do espigão; sempre que for possível, recomendamos que, se não totalmente, 
pelo menos uma parte da plataforma fique coberta pelo corpo do espigão, para garantir uma continuidade maior 
entre as duas partes devido neste caso à amarração, e ao peso dos gabiões sobre os Colchões Reno®, e ao atrito 
entre a base do espigão com a parte superior da plataforma (figura 4.1.8).
Figura 4.1.8 – Diferentes posições dos Colchões Reno® para conformar a plataforma antierosão.
A finalidade da plataforma antierosão em Colchões Reno® é dupla. Por um lado desloca para longe do 
espigão a erosão, sendo uma estrutura “armada” onde as pedras estão confinadas entre malhas metálicas e 
podem resistir sem danos os vórtices ou correntes rápidas; por outro, devido sua flexibilidade, pode acompanhar 
o perfil da eventual fossa de erosão adjacente ao espigão, criando assim uma blindagem, evitando com isto que a 
erosão possa alcançar o corpo do espigão. Por isso é importante calcular o comprimento da plataforma para que 
a erosão não possa passar por baixo e alcançar o espigão. Para evitá-lo, o comprimento deverá ser pelo menos 
1,5 vezes a máxima profundidade de erosão prevista.
O valor sugerido de 1,5 é resultado de ensaios realizados pela Maccaferri no laboratório de Sogreah nos 
37
4 – Espigões em gabiões
Figura 4.1.9 – Comportamento da plataforma antierosão em Colchões Reno® a proteção de estrutura em gabiões.
Figura 4.1.10 – Plataforma antierosão recém-constru-
ída.
Figura 4.1.11 – Plataforma depois de uma pequena 
enchente.
quais foi verificado que a máxima inclinação a qual o Colchão Reno® perde a sua eficiência, é 41°. Considerando 
que a configuração alcançada pela plataforma em equilíbrio seja a inclinação da hipotenusa de um triângulo 
retângulo, em que um lado seja a profundidade da erosão, por consequência então o comprimento da hipotenusa 
e, da plataforma deve medir 1,41 vezes a medida da profundidade da erosão. Ao não permitir que seja superado 
este ângulo, temos então a segurança que a plataforma protege o espigão da erosão (figuras 4.1.9 até 4.1.13).Figura 4.1.12 – Plataforma depois das primeiras ero-
sões.
Figura 4.1.13 – Plataforma depois de maiores erosões.
38
4 – Espigões em gabiões
Figura 4.1.14 – Aprofundamento da fundação para prevenir solapamentos.
Se o transporte sólido é importante e pode causar danos ao espigão, não é conveniente o uso de Colchões 
Reno®, já que a tampa dos mesmos se desgastaria rapidamente por isto. Nestes casos é preferível usar fundações 
diretas aprofundando a estrutura em gabiões até uma profundidade que não possa ser alcançada pela erosão 
(figura 4.1.14)
A seguir algumas fotos de espigões construídos na América Latina com plataforma antierosão em Colchões 
Reno® (figuras 4.1.15, 4.1.16 e 4.1.17).
Figura 4.1.17 – Espigão em gabiões com plataforma 
antierosão em Colchões Reno® depois de alguns 
meses.
Figura 4.1.15 – Espigões em gabiões com plataforma 
antierosão em Colchões Reno®.
Figura 4.1.16 – Espigões em gabiões com plataforma 
antierosão em Colchões Reno® durante construção.
39
4 – Espigões em gabiões
 Figura 4.1.18 – Espigões em gabiões apoiados sobre 
uma camada de pedras soltas.
Figura 4.1.17 – Espigão em gabiões com plataforma antierosão em Colchões Reno® depois de alguns 
meses.
4.2 - Na construção
No caso de rios com vazões que não permitam trabalhar a seco, é comum usar gabiões cilíndricos para 
a construção dos espigões. Estes gabiões, como indica o nome, tem o formato de cilindro, são preenchidos em 
terra firme com pedras de tamanho adequado e posteriormente içados e colocados em água com uma grua. Na 
primeira camada os gabiões cilíndricos são sempre colocados paralelamente ao eixo do rio. No caso em que o 
fundo do canal seja constituído por sedimentos finos, é aconselhável estender por cima do fundo um geotêxtil 
não tecido, sobre o qual serão colocados os gabiões. A não necessidade de amarras faz a operação ser muito 
simples, requerendo somente que os gabiões cilíndricos sejam colocados um ao lado do outro, sem deixar 
espaço entre os mesmos. As camadas seguintes são colocadas uma atrás da outra até chegar à cota do nível 
d’água; a partir de então poder-se-á continuar com gabiões cilíndricos ou gabiões caixa. No primeiro caso será 
suficiente manter o processo utilizado até então ao passo que no segundo os gabiões deverão ser colocados 
vazios, amarrados entre si, preenchidos com pedras e fechados. Desta forma será possível obter formas mais 
regulares e geométricas reduzindo assim o volume da estrutura. Adicionalmente as amarras tornarão a estrutura 
mais monolítica sendo que a sua continuidade será garantida não somente pelo encaixe e o atrito entre os 
gabiões, e também pelas amarras (figuras 4.2.1 até 4.2.5). Em alguns casos, mesmo em águas profundas, se 
recorreu ao uso de gabiões caixa. Estes gabiões devem ser colocados vazios, fixados ao fundo e preenchidos 
sob a água. Neste caso é necessária a utilização de mergulhadores.
Figura 4.2.1 – Colocação na água de gabiões saco. Figura 4.2.2 – Colocação na água de gabiões saco.
40
4 – Espigões em gabiões
Figura 4.2.3 – Colocação na água de gabiões saco. Figura 4.2.4 – Espigão construído na água com 
gabiões saco.
Figura 4.2.5 – Espigão em gabiões construído na água 
em duas etapas: sob a água com gabiões saco e a 
seco com gabiões caixa.
No caso de rios que tenham períodos de estiagem que permitam a construção a seco, para a construção 
da plataforma de proteção da base é necessária somente a regularização do fundo do canal com a retirada de 
0,30m a 0,50m de material do fundo. Em terrenos com sedimentos finos (siltes e argilas) deve-se primeiramente 
colocar um geotêxtil não tecido. A seguir, sobre este é montada a plataforma de proteção da base, colocando os 
Colchões Reno® e amarrando-os entre si, colocando tensores verticais, preenchendo e fechando os colchões 
com as respectivas tampas. Deve-se observar a importância da utilização dos tensores verticais que reduzem 
o movimento das pedras no seu interior provocado pelas correntes e aumentam sua vida útil. A seguir, é 
construído o corpo do espigão com os gabiões caixa colocados vazios, amarrados uns aos outros, preenchidos 
(sem esquecer-se de colocar os tensores horizontais para um melhor acabamento) e finalmente fechados. É 
importante recordar que, na medida do possível, é aconselhável não deixar Colchões Reno® ou gabiões sem 
preencher no final do horário de trabalho, já que uma cheia imprevista poderia danificá-los.
Uma vantagem adicional na utilização de gabiões na construção de espigões é permitir a adaptação da 
seção a novas exigências que surgiram da observação de seu comportamento durante enchentes subsequentes à 
construção. É extremamente fácil amarrar novos gabiões aos existentes sem solução de continuidade e prosseguir 
com a construção, mesmo depois de alguns meses. Inclusive, se for necessário reduzir o comprimento ou a 
largura dos espigões, é possível desarmar os gabiões já colocados reaproveitando as pedras de preenchimento 
e os elementos metálicos.
 Muitas vezes, não foram os aspectos técnicos ou econômicos que fizeram a escolha das estruturas de 
gabiões e sim um importante aspecto social. Para a construção dos gabiões pode-se escolher desde a alternativa 
da utilização de equipamentos até o uso de intensivo de mão de obra. Esta não precisa ser qualificada, pode ser 
contratada entre a população local nos arredores da localização dos espigões e ser rápida e facilmente treinada 
para alcançar boa produtividade e bom nível de acabamento.
41
4 – Espigões em gabiões
Figura 4.2.6 – Espigões em gabiões. Figura 4.2.7 – Espigões em gabiões.
Por esta razão, o uso de gabiões tem sido a escolha preferencial devido a necessidades sociais locais ou 
a programas de financiamento de obras com o uso de mão de obra intensiva. Esta característica também leva 
a outro benefício: se uma percentagem significativa do custo do trabalho é canalizada para a mão de obra que 
vive nas cercanias, consequentemente maiores recursos são gastos localmente, beneficiando assim a economia 
da microrregião e, em particular, o comércio, e por consequência, um maior número de pessoas sem custos 
adicionais para o poder público.
A seguir são apresentados alguns exemplos de espigões em gabiões construídos em alguns países latino-
americanos (figuras 4.2.6 até 4.2.11).
Figura 4.2.10 – Espigões em gabiões. Figura 4.2.11 – Espigões em gabiões.
Figura 4.2.8 – Espigões em gabiões. Figura 4.2.9 – Espigões em gabiões.
43
5 – ESPIGÕES PERMEÁVEIS CONSTRUÍDOS COM TRONCOS, MALHAS E CABOS
Como mencionado no item 2, em algumas situações se recorre a estruturas permeáveis de baixo custo. 
Geralmente são conformadas com troncos cravados verticalmente no fundo do canal ou formando pirâmides por 
sua vez preenchidas de pedras, cabos ou barras de aço estendidas entre os troncos, e malhas metálicas fixadas 
a estes para formar uma barreira de retenção do material arrastado pelo rio durante as enchentes. São soluções 
não definitivas que requerem constante manutenção. Esta solução é muito usada na Bolívia (figuras de 5.1 a 
5.4).
Figura 5.1 – Espigões em material misto. Figura 5.2 – Espigões em material misto.
Figura 5.4 – Espigões em material misto.Figura 5.3 – Espigões em material misto.
45
6 - Casos históriCos
A seguir, finalizando esta publicação, reportamos alguns dos projetos de espigões em gabiões e 
Colchões Reno® realizados nos últimos anos na América Latina, com a esperança que estas experiências 
em países tão diferentes como Argentina, Bolívia, El Salvador e Peru sejam de interesse do leitor. 
Maiores informações sobre tais obras poderão ser solicitadas diretamente nas filiais da Maccaferri 
dos distintos países cujos endereços poderão ser encontrados no endereço: www.maccaferri.com.br.
46
6 - Casos Históricos
rio ChaLLUaYaCU
solução: oBra FLUViaL DEFLEtora
Produtos: Gabião Caixa e Colchão reno®
Durante a obra
solução:
O “Proyecto Especial Alto Huallaga”, uma entidade 
dedicada a apoiar construções aos povoados mais carentes 
do Peru melhorando aqualidade de vida da população, decidiu 
resolver este problema devido a sua importância e urgência.
O Proyecto Alto Huallaga, já familiarizado com as Soluções 
Maccaferri, decidiu trabalhar junto ao Departamento 
Técnico da Maccaferri do Peru na elaboração do Projeto.
O benefício de dar trabalho a mão de obra não qualificada do 
distrito, o baixo custo total da solução e sua excelente desempenho 
técnica propiciou a escolha da construção dos espigões na forma 
de muros de gabiões de três metros de altura. Os espigões foram 
distribuídos em quatro quilômetros ao longo do rio, com um 
espaçamento de sessenta, oitenta e cento e vinte metros, com suas 
respectivas plataformas de proteção de fundo de Colchões Reno®.
Nome do Cliente:
Proyecto Especial Alto Huallaga
Produtos utilizados:
Problema:
O rio Challuayacu está local izado no distr i to La 
Pólvora, província de Tocache, a qual se encontra na 
bacia do rio Huallaga ao sul da região de San Martin. O 
principal problema deste rio é que as suas encostas foram 
afetadas devido à ação erosiva e energia de escoamento.
PERU, SAN MARTÍN
antes da obra
Durante a obra
Gabiões em malha tipo 10x12 arame 2,7 mm Galfan+PVC: 100t
Colchões Reno® em malha tipo 10x12 arame 2,7 mm 
Galfan+PVC
Período da obra:
Construção:
término:
Dezembro/2005
Setembro/2006
Projeto e Consultoria:
Proyecto Especial Alto Huallaga
Construtora:
Proyecto Especial Alto Huallaga
47
6 - Casos Históricos
obra concluída
representação esquemática
Durante a obra
obra concluída
Durante a obra
CORTE BB
gabiões
Colchão Reno®
CORTE AA
gabiões
Colchão Reno®
B
B
A
A
48
6 - Casos Históricos
rio hUaLLaBaMBa 
solução: oBra FLUViaL DEFLEtora
Produtos: Colchão reno® e Mactex®
Durante a obra
solução:
A prefeitura municipal distrital de Huicungo solicitou 
apoio a empresa HIDROCONSULT E.I.R.L que, após se 
familiarizar com soluções em gabiões, decidiu trabalhar junto 
ao Departamento Técnico Maccaferri do Peru na elaboração 
do projeto.
Um fator importante também foi o baixo custo total da 
solução e seu excelente desempenho técnico.
O projeto consta de cinco espigões de seção trapezoidal, 
conformados por um núcleo de rocha pesada de Ø ≥ 1,00m, 
recobertos com Colchões Reno, cujos comprimentos oscilam 
entre os 25 e 120 metros.
Nome do Cliente:
Municipalidad Distrital de Huicungo
Produtos utilizados:
Problema:
O rio Huallabamba está localizado no distrito Huicungo, 
província de Mariscal Cáceres – Juanjui, a qual se encontra 
na bacia do rio Huallaga ao sul da região de San Martín. 
O principal problema deste rio é que suas encostas foram 
afetadas devido à ação erosiva e da energia de escoamento.
PERU, HUICUNGO – SAN MARTÍN
Durante a obra
Durante a obra
Colchões Reno® em malha tipo 10x12 arame 2,7 mm 
Galfan+PVC
Geotêxtil não tecido MacTex® N40.1
Período da obra:
Construção : 
término:
1999
1999
Projeto e Consultoria:
HIDROCONSULT E.I.R.L – Maccaferri de Perú S.A.C
Construtora:
Municipalidad Distrital de Huicungo
49
6 - Casos Históricos
obra concluída
representação esquemática
obra concluída
obra concluída
obra concluída
A
A
Colchão Reno®
Colchão Reno ®
CORTE BB
CORTE AA
aterro + pedras
B
B
solo + pedras
50
6 - Casos Históricos
rio hUaLLaGa
solução: oBra FLUViaL DEFLEtora
Produtos: Colchão reno® e Mactex®
Durante a obra
solução:
Devido ao perigo que corria a população do distrito de 
Campanilla, o município se viu na necessidade de solicitar 
à empresa HIDROCONSULT E.I.R.L. apoio na solução 
do problema. Esta por sua vez decidiu trabalhar junto ao 
Departamento Técnico Maccaferri do Peru na elaboração 
do projeto.
Foi determinada a construção de espigões devido ao baixo 
custo total da solução e seu excelente desempenho técnico, 
assim como o fato importante de não necessitar mão de obra 
especializada para sua construção.
Ficou decidido construir oito espigões defletores de fluxo, 
de seção trapezoidal, conformados por um núcleo de rocha 
pesada de Ø ≥ 1,00m, recobertos com Colchões Reno®, cujos 
comprimentos variam entre 35 e 50 metros.
Nome do Cliente:
Municipalidad Distrital de Campanilla
Produtos utilizados:
Problema:
O rio Huallaga está localizado na localidade de 
Campanilla, distrito de Campanilla, província Mariscal 
Cáceres, região de San Martín. O principal problema 
deste rio é que sua margem esquerda foi afetada devido 
à ação erosiva e energia de escoamento, devido às 
grandes precipitações colocando em perigo a localidade.
PERU, CAMPANILLA – SAN MARTÍN
antes da obra
Durante a obra
Colchões Reno® em malha tipo 10x12 arame 2,7 mm 
Galfan+PVC
Geotêxtil não tecido MacTex® N40.1
Período da obra:
Construção: 
término:
2010
2010
Projeto e Consultoria:
HIDROCONSULT E.I.R.L – Maccaferri de Perú S.A.C
Construtora:
Municipalidad Distrital de Campanilla
51
6 - Casos Históricos
obra concluída
representação esquemática
Durante a obra
obra concluída
obra concluída
A
A
Colchão Reno®
Colchão Reno ®
CORTE BB
CORTE AA
aterro + pedras
B
B
solo + pedras
52
6 - Casos Históricos
rio hUaLLaGa 
solução: oBra FLUViaL DEFLEtora
Produtos: Colchão reno® e Mactex®
Durante a obra
Solução:
Por esta razão a Prefeitura Distrital de Juanjui solicitou 
auxílio à empresa HIDROCONSULT E.I.R.L, a qual decidiu 
trabalhar junto ao Departamento Técnico de Maccaferri do Peru 
na elaboração do projeto.
Foi decidida a construção de espigões devido ao baixo 
custo total da solução e seu excelente desempenho técnico. 
Estes espigões mesmos estão conformadas em um núcleo de 
terra e pedras recoberto por Colchões Reno®. O projeto está 
conformado por três espigões cujos comprimentos oscilam entre 
os 25 e 85 metros.
Durante os trabalhos de transporte das pedras para a 
conformação do corpo dos espigões foi possível comprovar que 
o sistema permite trabalhar com grandes vazões como pode 
ser visto nas imagens (grande vazão do rio Huallaga durante 
o processo construtivo).
Nome do Cliente:
Municipalidad Distrital de Juanjui
Produtos utilizados:
Problema:
O rio Huallaga está localizado no distrito Juanji, província 
de Mariscal Cáceres ao sul da região de San Martín. O 
principal problema deste rio é que suas encostas foram 
afetadas devido à ação erosiva e energia da corrente.
A velocidade da água que apresenta o rio Huallaga em 
suas máximas cheias e a grande quantidade de material 
que arrasta erode as margens, afetando também os 
cultivos das chácaras próximas ao rio e aldeias vizinhas.
PERU, JUANJUI – SAN MARTÍN
antes da obra
Durante a obra
Colchões Reno® em malha tipo 10x12 arame 2,7 mm 
Galfan+PVC
Geotêxtil não tecido MacTex® N40.1
 
Período da obra:
Construção:
término:
2010
2010
Projeto e Consultoria:
HIDROCONSULT E.I.R.L – Maccaferri de Perú S.A.C
Construtora:
Municipalidad Distrital de Juanjui
53
6 - Casos Históricos
obra concluída
representação esquemática
obra concluída
obra concluída
obra concluída
B
B
A
A
CORTE BB
CORTE AA
Colchão Reno®
Colchão Reno®
aterro + pedras
solo + pedras
Filtro orgânico (palha de arroz)
54
6 - Casos Históricos
rio hUaLLaGa
solução: oBra FLUViaL DEFLEtora
Produtos: Colchão reno® e Mactex®
Durante a obra
solução:
A Tabacaria “Villa Toscano” para resguardar os cultivos 
das inundações do rio Huallaga, solicitou ajuda à empresa 
HIDROCONSULT E.I.R.L. Esta sendo conhecedora das 
soluções em gabiões,decidiu trabalhar junto ao Departamento 
Técnico da Maccaferri do Peru na elaboração do projeto.
O baixo custo total da solução e seu excelente desempenho 
técnico propiciou a escolha de três espigões de comprimento 
pequeno conformados por um núcleo de material granular 
recoberto com Colchões Reno®.
Nome do Cliente:
Tabacalera “Villa Toscano”
Produtos utilizados:
Problema:
O rio Huallaga está localizado em Picota, no distrito e província 
de mesmo nome, na região de San Martín. O principal problema 
deste rio é que sua margem esquerda foi afetada devido à ação 
erosiva e energia de escoamento devido às fortes chuvas, 
deixando em

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