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RESENHA CONSTITUCIONAL AVANÇADO

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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ 
CURSO DE DIREITO 
 
 
 
 
 
 
 
 
Resenha Crítica 
 
 
 
 
 
Disciplina: Direito Constitucional Avançado 
 Tutor: Prof. Franck Mattos 
Alunos: 
Cleudianne Melissa Barros Sales 
Dian Lucca Serra dos Santos 
Elida Regina Verde costa 
Fiama Teresa dos Santos Sousa 
Erly Costa Dos Santos 
Isabela Ribeiro Silva 
Joérica Maria Cantanhede Aguiar 
Nathalia Ferreira da Silva 
 
 
 
 
 
São Luís/MA 
2020 
 
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O JUÍZO ARBITRAL E O CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE 
DIFUSO 
Galbio, José de Oliveira Júnior; O Juízo Arbitral e o Controle de Constitucionalidade Difuso; 
Publicado em 01/2019. Elaborado em 09/2018. Disponível em https://jus.com.br/artigos/71784; Acesso em: 
14/05/2020. 
 
REFERÊNCIAS: 
BARROCAS, Manuel Pereira. A Ordem Pública na Arbitragem. Revista de Arbitragem e Mediação. 
São Paulo, v. 54, jul-set, 2017. 
BERNARDES, Juliano Taveira. FERREIRA. Olavo Augusto Vianna Alves. Direito 
Constitucional. Tomo I – teoria da constituição. Salvador: Juspodivm, 2016. 
BONIZZI, Marcelo José. FERREIRA, Olavo Augusto Vianna Alves. Declaração de 
Inconstitucionalidade pelo Árbitro: vedação ou dever. Revista de Processo. São Paulo, v. 274, 2017. 
DIDIER, Fredie. Curso de Direito Processual Civil. Vol. 1. 19. Ed. Salvador: Juspodivm, 2017. 
CAHALI, Francisco José. Curso de Arbitragem. Mediação, conciliação, tribunal 
multiportas. 6.ed. em e-book, baseada na 7.ed. impressa. São Paulo: Revista dos 
Tribunais, 2018. 
CARRETEIRO, Mateus Aimoré. Tutelas de Urgência e Processo Arbitral. São Paulo: 
Revista dos Tribunais, 2017. 
MENDES, Gilmar Ferreira. BRANCO, Paulo Gustavo Gonet. Curso de Direito 
Constitucional. ed. 12. São Paulo: Saraiva, 2017. 
NERY Jr. Nelson. Princípios do Processo na Constituição Federal. 2.ed. em e-book 
baseada na 12.ed. impressa. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2016. 
https://ambitojuridico.com.br/cadernos/direito-civil/arbitragem-no-brasil/ 
https://ambitojuridico.com.br/edicoes/revista-171/arbitragem-e-relacoes-com-o-poder-judiciario/ 
 
INTRODUÇÃO: 
O presente trabalho pretende demonstrar a importância do instituto da Arbitragem 
(Lei 9.307/1996) no Brasil elencando seus principais pontos em benefício do acesso à Justiça 
e da pacificação social. Nesse contexto, além de contribuir com a desobstrução do Judiciário, 
tem o condão de, com este, compor uma verdadeira relação de parceria capaz de conferir 
efetividade e distribuir Justiça às partes. 
É cediço que o Poder Judiciário está sobrecarregado, cada vez mais moroso e já não 
consegue atender aos anseios dos seus jurisdicionados, que clamam pela entrega da prestação 
jurisdicional de forma efetiva e célere, fazendo-se necessária a utilização de outros 
instrumentos pacificadores. 
A Arbitragem passou a ter grande importância no direito brasileiro, visto que passou 
o laudo arbitral a ser uma sentença judicial, é analisado ainda no texto a sua importância, 
eficácia e aplicabilidade para ordenamento jurídico na resolução de conflitos e controvérsias, 
bem como, suas vantagens e desvantagens, para a sociedade 
Logo, o presente estudo está pautado em uma reflexão sobre a Arbitragem no sistema 
jurídico brasileiro e sua dificuldade em realizar a prestação jurisdicional com intuito de 
atender a demanda de conflitos que aflige a sociedade, bem como, a importância desse 
https://ambitojuridico.com.br/cadernos/direito-civil/arbitragem-no-brasil/
https://ambitojuridico.com.br/edicoes/revista-171/arbitragem-e-relacoes-com-o-poder-judiciario/
 
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instituto como meio legal e necessário para atender as necessidades básicas da população na 
resolução de conflitos e garantir o equilíbrio no convívio social. 
 
DESENVOLVIMENTO: 
Arbitragem no Brasil ganhou força com O Código de Processo Civil de 2015 
(CPC/15) instituiu definitivamente a arbitragem como modalidade jurisdicional, consoante se 
colhe do seu art. 3o, § 1o, modalidade esta que já se encontrava legislada pela Lei 
no 9.307/1996 e alterações posteriores feitas pela Lei no 13.129/2015. 
Todavia, acerca da impossibilidade de revisão, pelo Poder Judiciário e pela Justiça 
comum, do mérito das decisões do juízo arbitral, e da relação de cooperação entre o juiz e o 
árbitro, a conclusão deve ser sempre temperada à luz do princípio da inafastabilidade da 
jurisdição pública, previsto no art. 5o, inciso XXXV da nossa lei maior, e que sabidamente 
giza: “a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito”. 
Diante da movimentação constitucional, a constituição foi sedimentada como norma 
jurídica dos estados democráticos de direita, no qual o Brasil apresenta o sistema misto, onde 
temos tanto o controle difuso e o concentrado. 
O controle difuso de constitucionalidade , que foi implantado no Brasil em 1891 sob 
nítida inspiração americana , distribui a todos os juizes e tribunais o poder de declarar 
incidentalmente , porocasião do julgamento das causas que lhe são afetas, a 
incontitucionalidade, por ocasião do julgamento das causas que lhe são afetas, a 
inconstitucionalidade de lei o ato normativo de qualquer esfera de governo. 
Considerando a constituição Federal que rege todo o ordenamento jurídico, 
ocupando posição central interno no edifício normativo interno, assim como um dever de 
afastar aplicação no caso concreto das normas incompatíveis. 
Na lei 9.307 do art. 18 o arbitro juiz de fato e de direito, que detém poderes 
,julgando a causa sob análise , como poderes correlacionados, e aplicar a constituição, 
afastando as normas que sejam incompatíveis. 
A constituição possui eficácia irradiante, aplicando âmbitos da realização do direito, 
se uma lei é inconstitucional tal vício ocorre em sua própria existência e negar-se ao árbitro a 
realização da constitucionalidadede forma incidental, podendo prevalecer a presunçao da 
constitucionalidade sendo aplicável até mesmo em relações privadas entre particulares, 
podendo o estado se imiscuir em tais searas e afastar negócio jurídico incompatível com a 
lexlegum. 
Por conseguinte, pode-se observer a cristalina preocupação normativa e doutrinária 
 
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com a proteção a ordem pública interna, não há razão para menor proteção diante de setença 
arbitral interna impedindo a setença arbitral estrangeira. 
Desta forma, diante da aplicação de norma inconstitucional é permitido ter anulação 
da setença arbitral, que em verdade é um dever do árbitro realizar tal controle, sob pena de 
desfazimento posterior de sua decisão. 
 
CONCLUSÃO: 
O questionamento, “o árbitro podem realizar o controle de constitucionalidade?” que 
é o objeto do texto, foi respondida pelo autor com um discurso direto e preciso. 
É bem verdade que as decisões do arbitro podem ser comparadas às decisões do 
Juiz, é o que diz o artigo 18 da Lei 9307/96. Assim o legislador foi claro em afirmar que a 
natureza jurídica da arbitragem seja de jurisdição, tal como é a natureza do juiz. Se o Juiz tem 
o poder dever de dizer o direito, bem como, exercer ex officio o controle de 
constitucionalidade difuso, não faz sentido negar ao arbitro tal atribuição inclusive o 
poder dever de declarar invalidade da norma inconstitucional de forma incidental. Nesse 
sentido o autor defende a posição central da constituição no estado moderno, e é correto em 
afirmar que a ausência do arbitro no controle difuso de constitucionalidade, é mitigar a força 
normativa da constituição. 
O controle de constitucionalidade nada mais é que forma de proteção à 
supremacia, e por consequência, da normatividade da constituição. Sua máxima eficácia não 
pode ser rejeitada, deve atingir as mais diversas searas da sociedade. Por tal efeito 
reconhecer a competência do juízo arbitral para o controle de constitucionalidade difuso é dar 
esse meio alternativo de resolução de conflitos uma segurança jurídica que só uma ordem 
jurídica fundamentalpode proporcionar.

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