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PCC Aspectos Antropologicos e Sociologicos

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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ 
 
PRÁTICA COMO COMPONENTE COMPLEMENTAR – PCC 2020 
 
OBSERVAÇÃO E ANÁLISE SOCIOLÓGICA REFLEXIVA DAS RELAÇÕES 
ENTRE A SOCIEDADE E O MEIO AMBIENTE 
 
 
 
 
 
CURSO: HISTÓRIA LICENCIATURA 
 
DISCIPLINA: ASPECTOS ANTROPOLÓGICOS E SOCIOLÓGICOS DA EDUCAÇÃO 
 
PROFESSORA: ROSA MARIA DE CASTILHOS SARAIVA 
 
ALUNO: RODRIGO DOS SANTOS CABRAL: 202002726849 
 
 
 
 
RIO DE JANEIRO – RJ 
2020 
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1. Objetivo 
 
Este relatório tem como proposta ser um componente curricular, a fim de proporcionar uma 
reflexão sobre o bairro onde vivo na cidade do Rio de Janeiro, que é a Tijuca. Com os 
aprendizados aplicados em nosso ambiente virtual de estudos, e com o conhecimento 
adquirido nas cinco primeiras aulas da disciplina Aspectos Antropológicos e Sociológicos 
da Educação, para estabelecer uma relação entre cultura e educação na comunidade em qual 
estou inserido neste peculiar bairro carioca. 
 
2. Introdução Teórica 
 
Educação e Cultura são duas peças que precisam andar juntas, a diversidade brasileira é 
gigantesca a ponto que uma cidade como a do Rio de Janeiro tenhamos muitas distinções de 
um lugar para o outro, de um bairro para outro. Nota-se, por exemplo, que um bairro como 
o da Tijuca tenha uma diversidade ampla. 
 
“Não precisamos fazer nenhum esforço para constatarmos a existência de uma enraizada 
desigualdade socioeconômica em nossa sociedade. Basta darmos uma volta pela cidade para 
percebermos as diversas formas – de sutis a escancaradas – que dão tom às relações 
socioeconômicas que caracterizam a sociabilidade no mundo capitalista.” (FERNANDO DE 
FIGUEIREDO BALIEIRO, 2014) 
 
Temos um centro de referência da música brasileira, que apesar de ter eventos gratuitos é 
elitizado, afastando assim as maiorias das camadas sociais do bairro. Escolas particulares 
gigantescas e ao seu entorno duas das principais favelas: da Formiga e do Borel. E escolas 
públicas em meio a casas pessoas de classe média. Não que isso seja um problema, mas em 
todos o caso temos os grandes muros, que é bastante simbólico para a desigualdade social. 
 
 
 
 
 
 
 
 
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3. Procedimentos Metodológicos 
 
 Como estamos no período de quarentena por conta da covid-19, a forma de fazer 
relação entre a cultura e a educação, foi através do meu conhecimento como morador e 
pesquisas realizadas na internet e materiais dados nas aulas para desenvolver essa relação no 
bairro da Tijuca, Rio de Janeiro. 
 
4. Resultados 
 
Não moro na tijuca desde o meu nascimento, tenho 2 anos de residente do bairro e mais uns 
6 trabalhando pela região. A minha relação com os aspectos educacionais e culturais do 
bairro são de morador e um observador. 
A tijuca é um tradicional bairro carioca, e que conserva dentro do seu território uma 
pluralidade social. 
E como a educação na cidade é um problema, principalmente pela qualidade, e acaba sendo 
principal fator para muitos protestos pelas melhorias do ensino, como podemos ver em uma 
pesquisa feita pela Secretária Municipal de Educação feita em 2011, descobriu que 62% da 
infraestrutura das escolas municipais era “regular, ruim ou péssima.” (Rio on Watch, 2017) 
E ao mesmo tempo que isso acontece temos escolas de excelência na cidade o Rio de Janeiro, 
e na tijuca não é diferente. 
 
“Não há como deixar de mencionar as grandes diferenças entre o ensino público e o particular. 
Nesse registro, a educação, um direito, torna-se um privilégio, e a proliferação de instituições 
particulares de ensino é sintomática desse descompasso entre o discurso liberal e a prática. 
Enquanto ao ensino público faltam investimentos mínimos para assegurar aos professores 
condições dignas de trabalho e aos alunos falta um ensino de qualidade, as escolas 
particulares cobram altas mensalidades e recebem auxílios governamentais, podendo, assim, 
contar com um quadro docente bem remunerado e oferecer um ensino de melhor qualidade. 
O aumento do número de instituições particulares de ensino coincide com o sucateamento 
das escolas públicas.” (FERNANDO DE FIGUEIREDO BALIEIRO, 2014) 
 
Assim como no aspecto educacional, o cultural não fica muito longe disso. Existem cinemas, 
praças públicas, igrejas, festas tradicionais como as festas juninas. 
Existe o Centro de Referência da Música Brasileira, onde vários artistas renomados da 
música popular brasileira fazem suas apresentações, apesar dos eventos serem gratuitos, é 
só uma pequena parcela da população que tem acesso, e essa população é exatamente a que 
teria dinheiro para pagar pelo evento. É um espaço público, mas de uso tanto público assim? 
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Ao andar pelo bairro, nas redondezas da famosa praça dos “Cavalinhos” nota-se muitas 
crianças com seus pais brincando, passando o dia e tendo contato com outras crianças, umas 
com suas babás, o número de pessoas mais pobres é bem pequeno, o acesso está ali, e ao 
mesmo tempo não está. A expressões lúdicas, como brincadeiras fazem parte de um 
aprendizado sadio para as crianças, e isso precisa estar dentro e fora das escolas, precisa ter 
uma relação mútua. 
Oque se nota é que os espaços até existem, em determinados momentos até se cruzam, mas 
com muros que os separam. Enquanto de um lado existem professores, alunos motivados, 
do outro vemos professores e alunos sobrevivendo, se reinventando a cada dia para tentar 
suprir a ausência da universalidade da educação e cultura. Em quando uns vão crescer indo 
a teatros, cinemas, shows, museus, para os bons empregos. Outros vão para seus ônibus 
lotados, vender nos sinais, talvez uma praia, e ver desenhos americanos pela tv, talvez sem 
saber que temos um Saci Pererê. 
 
Conclusão 
 
Expostas esse relatório o que podemos perceber é que por mais que existam pessoas lutando 
para que cultura e educação andem uma ao lado da outra, tanto dentro como fora das escolas, 
é que o acesso não é ainda para todos, e o acesso para grande parte quando existe é deficiente. 
 
Temos que estar inserido a princípio na cultua da nossa comunidade, por onde andamos, 
crescemos, conhecer e ter acesso aos espaços que nos proporcionam conhecimentos além 
dos educacionais, elucidar a vida e os estímulos. As manifestações culturais e um ensino de 
qualidade não pode ser luxo, tem que ser universal, chegar para todos. E essa divisão 
mostrada em apenas um bairro é o retrato de toda uma cidade, onde praticamente nascemos 
com um crachá do que iremos exercer em nossa trajetória. 
 
Referência 
 
BALEIRO, Fernando de Figueiredo. Aspectos Antropológicos e Sociológicos da Educação. 1° Edição. Rio de 
Janeiro: Seses, 2014. 
 
RIO ON WATCH. Relatos das favelas cariocas, c2020, Disponível em: 
https://rioonwatch.org.br/?p=24544#prettyPhoto 
 
 
https://rioonwatch.org.br/?p=24544#prettyPhoto
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