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APS - Direito Empresarial

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RESPONSABILIDADE SOCIAL EMPRESARIAL E EMPRESA 
SUSTENTÁVEL: DA TEORIA À PRÁTICA 
1 
Enfoques Teóricos 
Quando falamos sobre o mundo empresarial, surgem diversas discussões 
sobre, principalmente sobre suas responsabilidades sociais, o que é falado 
desde o seu surgimento na Era Moderna. 
Este assunto veio á tona principalmente após as publicações de Milton 
Friedman, sobre este assunto, onde defendia que a responsabilidade principal 
de uma empresa é gerar lucro dentro da lei. E surge a teoria da abordagem dos 
acionistas, Teoria Acionista, que ele defende que os acionistas para resolver 
problemas sociais deveriam usar do seu próprio lucro e não o da empresa. 
Esta ideia se relaciona com as sociedades anônimas, que é o tipo societário 
que se encaixaria ou sociedade por cotas, porém, os cotistas atribuíam a 
outros a responsabilidade da empresa. 
A responsabilidade social, até hoje, usa a separação entre a propriedade e a 
administração nas grandes empresas, em sociedades anônimas, como um 
grande pilar de sustentação. 
Para assegurar que não ocorram conflitos em relação a isto, surgiram leis para 
proteger a ideia, como a do Brasil, Lei das Sociedades Anônimas, onde veda 
que o administrador pratique atos de liberalidade à custa da empresa mas abre 
exceção para “autorizar praticas de atos gratuitos razoáveis em benefícios dos 
empregados ou da comunidade de que participe a empresa, tendo em vista 
suas responsabilidades sociais”. Dando soberania assim, aos acionistas, sendo 
deles a decisão de aplicar recursos da empresa em cunho social. 
Com as novas preocupações que surgem em decorrer da modernidade como o 
Bem-estar humano, Com o meio ambiente, com a capacidade de influencia das 
empresas, também das grandes corporações multinacionais acarretam junto 
novos questionamentos sobre a responsabilidade social das empresas, perante 
isso. Esse pensamento é nomeado como a teoria das partes interessadas. 
Esta responsabilidade social das empresas, formadas pelas sociedades 
anônimas como vimos carrega um grande poder econômico, o que prejudica ou 
beneficia multidões. Porem é inegável que estas doações são necessárias para 
manter o sistema social. 
Surge com isto um novo termo para descrever esta fase: stakeholde indica 
pessoas que tem direitos em um negocio ou empresa, ou que nela participa 
ativamente ou esta envolvido de alguma maneira. Mas como ela envolve 
muitas pessoas sejam elas de dentro da empresa ou as que têm interesse de 
alguma forma, a lista vem crescendo cada vez mais de forma ilimitada para 
este crescimento, pois não é a empresa que escolhe a quem interessa ela, e 
sim as pessoas. 
A partir disso, começaram a separar os tipos de stakeholde que existem em 
dois, de um lado o quanto a empresa depende em relação a esses grupos, 
quanto esses grupos dependem da empresa. Acolhendo assim uma estratégia 
de retenção em relacionamentos, direta se a empresa dependa desses grupos, 
mas eles não da empresa, e indireta no caso de alta independência entre eles. 
O surgimento do meio ambiente já se diverge em opiniões, existem pessoas 
que achem que ele é um stakeholder da empresa e os que não concordam. 
A última teoria apresentada neste capitulo é a teoria do contrato social, criada 
recentemente, mas com percussores de longa data. Ela considera que governo 
e sociedade tem origem em contratos hipotéticos entre os as pessoas, 
passando assim, do estado de natureza para o estado de direito. 
As três teorias apresentadas trazem fortes ideias para as empresas praticarem 
as praticas sociais. Além disso, podemos observar que a sociedade mais citada 
para o melhor funcionamento destas teorias em empresas foi a sociedade 
anônima, que é indicada para empresas maiores e mais complexas, nela o 
capital não esta relacionada ao sócio, mas as ações, ou seja, ideal para as 
teorias apresentadas. 
2 
Responsabilidade Social e Sustentabilidade Empresarial 
 
Têm-se conhecimento que o objetivo principal de toda e qualquer empresa é 
atingir resultados econômicos favoráveis para a continuidade de sua atividade, 
entretanto, como objetivo secundário e não menos importante, a prática de 
atividades sustentáveis e de responsabilidade social necessitam ser 
implantadas na empresa, a fim de desempenhem seu papel social na 
sociedade em que estiverem inseridas. 
Carrol, em sua obram define a responsabilidade social como a satisfação da 
empresa com as expectativas econômicas, legais, éticas e discricionárias que a 
sociedade tem em relação às organizações em dado período. Além disso, 
desenvolveu quatro dimensões da responsabilidade social e organizou-as em 
uma pirâmide, tendo respectivamente, da base para o topo, as seguintes 
disposições: 
- Responsabilidades econômicas: ser lucrativa: 
A Empresa deve ser lucrativa, pois, em primeiro lugar, sua responsabilidade é 
produzir bens e serviços à fim de obter lucro. Representa a base da pirâmide, 
pois todas as outras atividades decorrem e estão condicionadas a esta. 
- Responsabilidades legais: obedecer às leis: 
Tal responsabilidade permite que a empresa assuma seu papel produtivo para 
efetivar o contrato social, de modo que impõe regras básicas as quais a 
sociedade reger-se-á. A empresa deverá cumprir com seu objetivo primário 
dentro de um contexto legal. 
- Responsabilidades éticas: fazer o certo e evitar danos: 
Essa responsabilidade refere-se por fazer o que é certo e justo, não atuando 
somente sob a forma prevista em lei, mas também fora dela, buscando evitar 
ou minimizar que danos sejam causados a terceiros. 
- Responsabilidades filantrópicas: empresa cidadã: 
Corresponde a restituição em prol da sociedade parte dos ativos de que a 
empresa lucrou, abrangendo ações que faça a empresa desenvolver o bem-
estar da sociedade. 
Em suma, a responsabilidade social empresarial corresponde ao 
desenvolvimento simultâneo de todas as supracitadas responsabilidades, 
devendo a empresa ser lucrativa, agir de acordo com a legislação vigente, 
atender às expectativas da sociedade em que está inserida e ser bom exemplo 
de cidadã. 
Entretanto, o modelo hierarquizado apresenta deficiências e limitações, o que 
abre espaço para um novo modelo, denominado “Domínio da responsabilidade 
social” em que exclui a filantropia de uma das dimensões especificas da 
responsabilidade social da empresa. 
No novo modelo, o campo econômico está voltado para as atividades de 
produção de impactos econômicos produtivos, que tem como objetivo melhorar 
a imagem da empresa. O campo legal compreende as atitudes da empresa 
frente à legislação, estando em conformidade legal, adotando medidas para 
evitar litigio e outras medidas antecipatórias às leis. 
Ambos os modelos possuem deficiências, ao passo que não englobam 
questões ambientais como uma dimensão específica, desconhecendo esses 
aspectos, trata apenas de questões puramente econômicas, sociais e legais, 
não oferecendo nenhum beneficio referente à sustentabilidade. 
Em consonância com o exposto, a responsabilidade social é definida pela 
norma ABNT NBR ISO 26000 como a responsabilidade de uma organização 
pelos impactos de suas decisões e atividades na sociedade e no meio 
ambiente, por meio de comportamento ético e transparente que possam 
contribuir para o desenvolvimento sustentável, tanto na saúde quanto no bem-
estar da sociedade; levar em consideração as expectativas das partes 
interessadas, sendo essas a empresa e a sociedade; estar em conformidade 
com a lei e com as normas internacionais de comportamento. 
O maior objetivo mundial é não prejudicar o meio ambiente e mesmo assim 
obter lucro, isto porque a capacidade terrestre não poderá ser ultrapassada 
sem que ocorram grandes catástrofes ambientais, por exemplo o aquecimento 
global, a destruição de florestas, da camada de oxônio, poluição em rios e 
oceanos, extinção de diversas espécies, como incontáveis problemas sociais, 
como pobreza, fome,doenças, calamidades públicas... Esses problemas só 
poderão ser minimizados, resolvidos ou até mesmo revertidos se houver a 
participação de todos, principalmente das empresas, cujas atividades 
contribuíram para o desequilíbrio. 
As empresas devem, de acordo com o lema “Pensar globalmente, agir 
localmente”, agir de forma correta, em busca do desenvolvimento sustentável, 
sem que haja qualquer tipo de legislação obrigando-a a tal, tendo 5 tipos de 
sustentabilidade que se encaixam nesse lema: 
-Sustentabilidade social consolidando processos a fim de promover a 
distribuição de bens igualitária, buscando reduzir as distancias entre os 
padrões de vida das pessoas. 
- Sustentabilidade econômica possibilitando a gestão eficiente dos recursos 
produtivos, assim como o fluxo dos investimentos públicos e privados. 
- Sustentabilidade ecológica referente ao aumento de ações que desenvolvem 
a redução de danos caudados ao meio ambiente, substituindo o consumo de 
recursos não renováveis, reduzindo emissões de poluentes, preservando a 
biodiversidade, etc. 
- Sustentabilidade espacial referente a configuração urbana e rural 
equilibradas. 
- Sustentabilidade cultural referente ao respeito pela pluralidade de soluções 
particulares apropriadas a cada ecossistema, cultura e local. 
O desenvolvimento sustentável propõe que cada componente da sociedade 
contribua para tornar efetivos os pactos internos e externos, sendo esse o 
principal objetivo da empresa sustentável. Essa empresa deve agir de acordo 
com a sustentabilidade, pensando sempre nos impactos ao meio ambiente; nas 
necessidades da comunidade e em sua responsabilidade social; na gestão e 
proteção do meio ambiente; atender as expectativas dos consumidores com 
sua atividade de qualidade; atender também as necessidades dos 
empregados, regendo-se sob as normas de CLT (consolidação das leis 
trabalhistas). 
Outro modelo interessante é o triple bottom line, que se resume de forma 
simples em representar três dimensões da sustentabilidade, a economia, a 
sociedade e o meio ambiente, tendo como o sustento central o campo das 
pessoas e ao redor os campos do planeta e do lucro. Esse modelo aplica-se a 
sociedades não empresárias, como órgãos públicos e governamentais, tal ideia 
evidência que mesmo nos setores públicos há a necessidade de contribuir 
nessas três dimensões. 
As sociedades empresárias, principalmente as maiores, como as Sociedades 
Anônimas e até mesmo as Sociedades Limitadas de grande porte, encaixam-
se nos modelos supracitados, na medida em que necessitam desempenhar seu 
papel diante da responsabilidade social e sustentabilidade. 
3 
Ética e Empresa Imperial 
 
Neste capítulo falaremos das perspectivas diferentes entre a ética e a 
responsabilidade social empresarial. A ética é considerada uma dimensão 
especifica da responsabilidade empresarial na sociedade. 
A ética e a moral, palavras muito faladas pelas pessoas no dia a dia, 
constituem como sinônimo uma da outra e se relacionam com os costumes, 
hábitos, mas ao longo do tempo adquiram significados diferentes. 
A moral se refere por um conjunto de normas e valores que constituem a 
conduta humana, qualificado como boas, certas ou desejadas. Já a ética indica 
os estudos a respeito da moral. 
Existem vários tipos de divisões em cima da ética, como, a ética normativa que 
são as respostas procuradas em cima da moralidade dos grupos de pessoas 
ou de um indivíduo, ou seja, as ações de cada um e uma resposta sobre você 
em cima disso; a ética aplicada, que seriam as questões morais esperadas em 
cima de uma determinada área de atividades especificas, como a ética 
profissional; e a metaética, o estudo da ética as elaborações teórica a respeito 
de como ela surge, o porque as pessoas aceitam, entre outras. 
Falaremos agora a respeito de duas derivações da moral, a imoralidade e 
amoralidade. A imoralidade envolver ações contra os princípios morais, como 
votar em um presidente corrupto. Já a amoralidade, é a ausência de 
moralidade, ou seja, julgamentos que não envolvem questões morais. 
Quando nos referimos ao direito, a moral não se relaciona porem ambas 
caminham juntas em pró da sociedade. Elas tratam de normas de conduta 
humana que regulam a sociedade, e existem vários segmentos em 
decorrências disto, como norma que funcionam exclusivamente na esfera 
mora, ações que vão além das leis para o melhor da sociedade; e as normas 
que atuam exclusivamente na esfera legal, ou seja, seguem as leis mesmo que 
isso não beneficie as pessoas. Ainda existe uma norma que são tão boas 
moralmente para a sociedade que acabam virando leis como a Declaração 
Universal dos Direitos Humanos. 
A vida humana depende das duas e apesar de distintas elas se completam. 
Assemelham entre as duas é que elas são eficazes, sem elas não teria como 
regular as relações sociais. O direito é uma norma considerada obrigatória 
externamente á pessoas e grupos e a moral é interna. 
O código de ética são normas e valores morais esperados dos profissionais 
regulamentos no Brasil, mas também fazem parte do sistema legal do país que 
a lei federal regula e fiscaliza esses profissionais. Ou seja, uma junção da 
moralidade e do Direito. 
A moralidade surge com o decorrer da vida, e pode mudar com tempo, junto 
com as transformações de costumes, avanços na forma de pensar e com isto 
começam a aparecer divergias nas formas de pensar, o que um acha moral 
outro não concorda, porém são todas validas e corretas, chamamos isso de 
relativismo moral. A moralidade é relativa, não existe certo ou errado. 
Já o relativismo ético não aceita normas e padrões universais, que considere 
certo ou errado tal ação, de modo absoluto. 
Por último neste capítulo, falaremos da ética empresarial, ela trata de questões 
voltadas exclusivamente para dar respostas aos problemas morais da 
empresa. Podendo ser eles classificados como sistêmicos, empresarias ou 
individuais. 
O sistêmico está relacionado a assuntos políticos, econômicos, jurídicos que os 
negócios atuam, onde se questionam sobre a moralidade nesse meio. O 
empresarial envolve questões éticas sobre empresas especificas. E os 
individuais tratam de assuntos relacionados às pessoas de dentro da empresa, 
envolvendo questões morais decorrentes de suas decisões e ações. 
Já o posicionamento sobre a própria moralidade da empresa, ultrapassa essa 
divisão. Uma empresa não é um ser humano, e ela as questões morais foram 
estabelecidas para tratar com os humanos que exprimem sentimentos e as 
ações das empresas decorrem de ações humanas. A atuação de uma empresa 
será boa ou não decorrente das decisões que as pessoas responsáveis 
tomarem em seu nome, mas são elas, responsáveis por suas obrigações. Por 
isso que a ética é entendida como uma dimensão da responsabilidade social 
da empresa. 
4 
Teorias Éticas 
 
 
As teorias éticas, que se desenvolveram ao longo do tempo orientam para a 
ética aplicada às empresas, tendo duas principais formas de dividi-las: teorias 
teleológicas e teorias deontológicas. 
- A ética deontológica entende que o acerto da ação decorre dela mesma ou da 
norma que a sustenta, independendo do resultado que essa ação produz. 
- A ética teleológica considera as consequências de uma ação como o critério 
fundamental que julgará ou decidirá se esta é moralmente boa ou não. 
Portanto, denomina-se também de teoria consequencialista. 
A ética da virtude é uma das mais antigas, idealizada por Sócrates, Platão e 
Aristóteles, em que as virtudes são adquiridas pela prática coerente com a 
razão, segundo o qual é o único modo de alcançar a felicidade. Relacionando-
se com as empresas, têm - se como pontos importantes a honestidade, justiça 
e credibilidade. 
A ética Kantiana rege-se na forma de como as pessoas devem buscar regras 
de conduta moral, enfatizando o processo pelo qual as pessoas estabelecem 
regras de conduta para serem seguidas.Pode-se relacionar essa ética à forma 
como as sociedades regem-se por meio de estatutos, contratos e leis, 
evidenciando o papel das pessoas como criadoras de normas e regras a serem 
seguidas. 
O utilitarismo derivado da palavra útil, utilidade, é a fonte do sentimento moral 
não relacionada somente a própria pessoa, mas a toda sociedade, de forma 
que o bem coletivo é a prioridade. Dessa maneira, as empresas devem não 
apenas buscar seus próprios interesses, mas priorizar a sua responsabilidade 
social perante a sociedade em que está inserida, dando contribuições também 
para o meio ambiente. 
A ética da responsabilidade tem como ponto principal responder pelas 
consequências previsíveis de seus atos, agindo de tal modo que os efeitos de 
suas ações sejam compatíveis com sua permanência existindo. A empresa 
enquadra-se nessa ética, ao ponto em que realiza determinados atos pensando 
em sua obrigação e, caso esta seja descumprida, responderá pelo equivalente. 
A ética da globalização é a mais atual e que define a era em que vivemos. No 
mundo dos negócios, tal ética corresponde à globalização econômica, 
representando a intensificação dos fluxos de produção, serviços, lucros, 
divisas, conhecimentos aplicados na esfera produtiva e capacidade de 
mercado para promover mudanças políticas e sociais, regendo-se pelos 
direitos humanos, fortalecimento da democracia, proteção das minorias, 
compromisso com soluções pacificas de conflitos e igualdade entre as 
gerações. 
5 
Colocando em Prática 
 
Responsabilidade social das empresas integra preocupações sócias, 
econômicas, étnicas e ambientais. A definição de responsabilidade social da 
norma ABNT NBR ISSO 26000 reforça como a responsabilidade pelos 
impactos das decisões e atividades das organizações na sociedade e no meio 
ambiente, por meio de um comportamento étnico que contribua para o 
desenvolvimento sustentável, inclusive da saúde e bem estar da sociedade. 
A responsabilidade social é um meio para alcançar a sustentabilidade 
empresarial, ele pode ser definido como orientação de gestão das empresas 
para obtenção de resultados positivos em fim econômicos, sociais e 
obviamente ambientais. As empresas que buscam a sustentabilidade 
empresarial, na sua maioria procuram ser também economicamente eficientes. 
Os propósitos da empresa, suas razoes de ser e os princípios que as 
sustentam, que apresentam como declarações sobre missão, visão e valores. 
A missão indica a sua especificidade, a visão indica como a empresa quer ser 
reconhecida pela sociedade, os valores referem-se aos princípios maiores. 
Essas definições devem resultar em uma reflexão profunda sobre a 
responsabilidade social empresa e suas partes interessadas, pois elas são a 
base nas quais se assentam os objetivos e as políticas no nível estratégico. 
Direitos humanos são as principais fontes para orientar a formulação de 
políticas de responsabilidade social para qualquer entidade publica ou privada. 
Diferente das espécies vivas em que uma geração sucede a outra no tempo, 
nos direitos humanos elas se completam. 
Formando três gerações, a primeira delas esta ligada aos direitos humanos 
individuais, como a liberdade de pensamento e expressão, a segunda é a dos 
direitos humanos sociais, que se desenvolvem com as lutas sociais para 
garantir direitos relacionados ao trabalho, saúde, e etc; A terceira geração, que 
tem como pressuposto que os direitos individuais e sociais não se efetivam em 
situação de pobreza. 
A assembleia geral da ONU adotou dois importantes documentos sobre os 
direitos humanos, o Pacto Internacional sobre Direitos Civis e Políticos que se 
apresenta mais enfático com relação a muitas questões, como discriminação 
dos direitos das minorias; e o Pacto Internacional de Direito Econômico, sociais 
e culturais, que os estados reconhecem o direito de toda pessoa ter a 
possibilidade de ganhar a vida mediante um trabalho livremente escolhido ou 
aceito e devem tomar medidas apropriadas para salvaguardar esse direito. E 
entre tantos outros pactos, como o que prevê o direito das mulheres, o direito 
de igualdade entre etnias, raças e etc. 
A Agenda 21 que foi aprovada durante a Conferencia das Nações Unidas sobre 
o meio ambiente e desenvolvimento, foi uma ação para alcançar os objetivos 
do desenvolvimento sustentável, como erradicação da pobreza, padrão de 
consumo, combate ao desflorestamento, proteção da atmosfera, gestão de 
recursos hídricos, foram tratados diversos relatórios tratando de diversos 
problemas globais importantes. 
A Declaração do Meio Ambiente e Desenvolvimento também teve sua 
aprovação na conferencia do rio de janeiro, sendo constituída por 27 princípios 
voltados para orientar a formulação de política e acordos internacionais que 
respeitam o interesse de todos, o desenvolvimento global e a integridade do 
meio ambiente. 
A Carta Da Terra é outra fonte de princípios diretivos para políticas 
empresariais que podem ser usados para definir valores, visão e missão das 
organizações. Tem como seus princípios respeitar a terra e a vida em toda sua 
diversidade, cuidar da comunidade da vida com compreensão construir 
sociedades democráticas que sejam justas, e garantir as dádivas e a beleza da 
terra para atuais e futuras gerações, ao todo a carta contem 16 princípios 
esses foram apenas 4 citados dentre tantos. Cada principio se efetiva a partir 
de outro que lhe da suporte. 
O Pacto Global nasceu de uma iniciativa de Kofi Annan, com o objetivo de 
reforçar os princípios associados aos direitos humanos, do trabalho, e aspectos 
ambientais na pratica de gestão das organizações. Composto por 10 principio, 
como, proteger os direitos humanos, impedir a violação dos mesmos, apoiar a 
liberdade de associação no trabalho, abolir o trabalho infantil, promover a 
responsabilidade ambiental, combater a corrupção em todas as suas formas, 
entre outros princípios. O mesmo foi concebido com um quórum aberto à 
participação de empresas demais organizações. Aquela que quiser se engajar 
no pacto global, basta o seu principal executivo enviar uma carta para o 
secretario geral das nações unida, expressando seu apoio ao pacto e seus 
princípios. 
Objetivo de desenvolvimento sustentável incluem metas não contempladas 
pelos ODM, como a universalização do acesso a energia elétrica, promover a 
industrialização inquisitiva e sustentável, combater mudanças climáticas e seus 
impactos, tomando por base a convenção sobre mudanças de clima. Algumas 
metas incluem a atuação especifica do governo nacional, como o acesso ao 
ensino. Algumas são importantes para empresas, como acabar com a 
escravidão moderna, erradicar ate 2025 o trabalho forçado, proteger direitos 
trabalhistas e etc. 
Códigos e regulamentos relativos aos negócios, quando elaborado com 
elevado consenso internacional, fornecem elementos para a empresa 
estabelecerem políticas de responsabilidade social no modo mais detalhado. 
Também trazem princípios de ação para questões especificas, em geral 
complementando os princípios diretivos comentados acima. 
Convenção da organização internacional do trabalho ganhou caráter universal 
após a segunda guerra mundial, com a adesão maciça de países em 
desenvolvimento, atua com uma estrutura tripartite, envolvendo empregadores, 
empregados e governos. 
A organização para a cooperação e desenvolvimento econômico, elaborou 
alguns documentos contendo princípio de gestão social e economicamente 
responsável. As linhas diretrizes de OCDE para as multinacionais constituem 
uma espécie de código de conduta básico sobre diversas questões 
empresariais, dentre elas, relações de emprego, publicação de informações, 
cuidado com o meio ambiente e etc. 
Combate à corrupção, é um tema essencial a qualquer gestão de empresa seja 
ela publica ou particular. A corrupção é um pratica conhecida a muitos anos e 
que ocorre em qualquer esfera d poder. Variasiniciativas já foram criadas por 
diversas organizações procuram da sua contribuição para combatê-la. Merece 
um destaque a Câmara de Comercio Internacional, pois produziu diversos 
códigos de conduta para a pratica empresarial, criou um comitê anticorrupção 
que produz e atualiza um manual anticorrupção, composto por regras de 
conduta e caráter geral sobre boas praticas. 
A filantropia é um dos aspectos de responsabilidade social empresarial 
considerado bem controverso, uma vez que a filantropia e confundida com 
caridade. A filantropia convencional pode ser entendida como qualquer forma 
de aplicação de recurso fora os objetivos precípuos do negocio para apoiar 
ações e demandas sociais. A filantropia quando entendida como caridade, leva 
questões como religiosidade. A filantropia estratégica ocorre pelo fato do 
executivo sentir uma dificuldade para justificar a doação, porem elas ajudam 
muito na imagem da empresa, então surgiu a filantropia estratégica, pois 
atendem a metas sociais e econômica, representando uma convergência de 
interesses entre a empresa e a sociedade. 
O capitulo 5 é mais pratico e menos teórico, tratando de fontes e princípios 
diretivos para o estabelecimento de estratégias empresariais, direitos humanos, 
a carta da terra, pacto global e economia e social, já o sétimo capitulo 
apresentam alguns instrumentos de gestão, procurando alinhá-los com 
estratégias de empresas sustentáveis, com uma política de responsabilidade 
social. contudo as sociedades anônimas e as limitadas de grande porte tem 
maior responsabilidade social encaixam-se nos modelos citados acima, na 
medida em que necessitam desempenhar seu papel diante da 
responsabilidade social e sustentabilidade. 
6 
Instrumentos Gerenciais 
A inclusão da sociedade como critério de excelência organizacional cumpre um 
papel importante na disseminação de boas praticas de responsabilidade social 
pelo fato de ter grande respeitabilidade no ambiente empresaria e pode se 
dizer também que a ideia de que a responsabilidade social empresarial 
alinhada com o desenvolvimento sustentável é compatível com a obtenção de 
excelentes resultados financeiros, o que mostra que é possível superar o 
dilema sociedade ou lucro. 
A responsabilidade socioambiental é um subcritério que busca pelo 
atendimento de como as empresas se mantém preparadas para eventuais 
emergências, como estabelece o procedimento, qual a visão de prevenir os 
impactos adversos e como esses impactos são comunicados à sociedade, 
dentre outras várias questões, que se referem aos processos gerenciais. 
Já o subcritério do desenvolvimento social tenta responder questões do tipo 
como a organização avalia o grau de satisfação da sociedade em relação aos 
seus projetos sociais, ou como a organização avalia e zela por sua imagem 
perante a sociedade e até mesmo Como a organização direciona esforços para 
o fortalecimento da sociedade, executando ou apoiando projetos voltados para 
o desenvolvimento nacional, regional, local ou setorial, entre outras mais. 
Não se pode deixar de mencionar que há outros critérios que se preocupam 
com a qualidade de vida social e liderança e mais. Um artefato muito 
importante é o PDCA (do inglês: Plan, Do, Check, Act) que é um modelo de 
gestão de processos que busca a otimização do desempenho e da 
produtividade em uma empresa. Podemos citar que é um método usado pela 
Toyota Motor Corporation, popularmente conhecida como Toyota que é uma 
empresa/ corporação de capital aberto que garante o sucesso da empresa. 
Esse sistema de gestão criado deve estar integrado com a gestão global da 
organização e as especifica como gestão financeira, de produção, de 
marketing, de compras, desenvolvimento de produtos e outras. 
Comunicação 
As considerações sobre comunicação assentam – se em três ideias básicas: 
1. A comunicação é um processo de compartilhamento de informação com 
grupos de interesse a fim de construir confiança, credibilidade, cooperação e 
conhecimento sobre as questões pertinentes aos sistemas de gestão; 
2. A comunicação é um processo orientado a partir do comprometimento da 
alta administração, dos princípios diretivos, da politica geral (por exemplo: 
politica ambiental, da qualidade, da saúde e segurança) e da politica especifica 
de comunicação; 
3. A comunicação requer o contato contínuo ou frequente com as partes 
interessadas. 
A politica de comunicação deve enunciar com clareza o compromisso de 
envolver-se em dialogo com as partes interessadas, informações sobre o 
desempenho ambiental da organização e estabelecer critérios de importância 
da comunicação ambiental interna e externa para a organização. 
As empresas precisam apresentar relatórios sobre essas questões e muitas 
empresas se preocupam mais intensamente esses relatórios do que com o 
fazer, o que só contribui para aumentar o ceticismo em relação à 
responsabilidade social das empresas. Diversas criam departamentos 
exclusivos para cuidar dos relatórios para que saiam conforme encomendaram. 
De tempos em tempos, os relatórios são publicados em edições que usam 
papel reciclado ou certificado para dar a ideia de que protegem o meio 
ambiente. Mas nada disso tem valor quando são elaborados sem o 
envolvimento efetivo das partes interessadas, a quem os relatórios são 
endereçados. 
Vale mencionar que o mercado tem dado avisos de que vale atuar com 
responsabilidade social alinhada ao desenvolvimento sustentável, como por 
exemplo, a Amanco que investe em materiais de menor impacto ambiental. A 
progressiva demanda por parte da sociedade de boas praticas empresariais 
tem muitos investidores que dão preferencia para as empresas que se mostram 
responsáveis em termos econômicos, sociais e ambientais, já que acumulariam 
menos passivos ao longo do tempo que poderiam ser exigidos algum dia. 
7 (subitens 7.1 à 7.6) 
A norma ISO 26000 e seus desdobramentos 
 
Esse capítulo aborda sobre a norma ISO 26000 e fornecem diretrizes e ajuda 
prática a qualquer organização que queira atuar com responsabilidade social 
associada ao desenvolvimento sustentável. As origens e o processo de 
elaboração da norma proliferam sobre um mesmo assunto provocando 
iniciativas da ISO com vistas a criar uma norma internacional. Atender diversas 
normas com exigências diferentes eleva o custo e impõe restrições à 
circulações de bens e serviços. Uma resolução que ressalta a importância dos 
assuntos emergentes em relação a responsabilidade social e convidou seu 
comitê de política do consumidor a considerar a viabilidade de criar normas 
internacionais nessa área. 
 A norma ISO 26000 é uma norma guia e como tal e mais utilizada para fazer 
recomendações. Que pode ocorrer de forma negativa, significando que seu 
procedimento é desaconselhando, mas não proibido. O fato de ela ser uma 
norma guia, gerou discussão e contestação, porem prevaleceu que a 
abrangência da responsabilidade social é muito complexa e visa ao 
desenvolvimento sustentável, e uma norma guia pode ser perfeitamente 
integrável aos sistemas gerenciais existentes nas organizações. Fornece 
orientação aplicável a qualquer organização independente de sua natureza 
jurídica. 
A ISSO supracitada apresenta as seguintes orientações para seu uso, 
considerar as características da responsabilidade social e sua relação de 
desenvolvimento sustentável, antes de analisar os temas convém que as 
organizações considerem duas praticas fundamentais da responsabilidade 
social. Os princípios da responsabilidade social, esta recomendado que a 
organização paute seu comportamento em normas, diretrizes ou regras de 
conduta em conformidade com os princípios aceitos de uma conduta moral e 
correta no contexto de situações especificas, mesmo quando apresenta 
desafios de organização. 
Em conformidade legal, um princípio recorrente em todas as normas de 
sistema de gestão, esta contemplada no principio respeito peloestado de 
direito. Convém que as organizações respeitem sempre e promova os direitos 
humanos. De acordo com a norma considera-se prática fundamental o 
reconhecimento de sua responsabilidade social dentre o de sua esfera de 
influencia e identificação e engajamento de suas partes interessadas, são 
praticas fundamentais, pelo fato de coincidirem as avaliações posteriores 
relacionadas com os temas centrais. 
Ao abordar a responsabilidade social, convém que a organização compreenda 
as relações entre a organização e a sociedade; entre a organização e as partes 
interessadas e entre estas a sociedade. 
A identificação das partes interessadas é um dos problemas para a prática da 
responsabilidade social relacionada com o desenvolvimento sustentável, são 
pelo menos três tipos de dificuldade estão relacionadas com a identificação. O 
primeiro tipo resulta da expansão do numero e partes e da sua variedade, 
quando uma organização nem sempre esta ciente de todas as suas partes; o 
segundo tipo, refere-se à compreensão do interesse de cada parte interessada. 
Os temas centrais localizado no capítulo 7.6, identificam questões relevantes e 
estabelecem as prioridades, convém que as organizações abordem sobre os 
seguintes temas centrais, direitos humanos, meio ambiente, praticas de 
trabalho, entre outros tantos, aspectos econômicos, saúde e segurança 
aparecem com frequência por se tratarem de temas centrais e o ocorreu é 
concentrar-se em vários temas do que apenas em um tema. 
Abordando sobre governança organizacional, é o fator crucial para possibilitar 
que uma organização se responsabilize pelo impacto de suas decisões, é fazer 
com que aos processos e estruturas de tomada de decisão conduzam à 
responsabilidade social. 
7 (subitens 7.7 à 7.11) 
A norma ISO 26000 e seus desdobramentos 
É valida que a responsabilidade social seja parte integrante da principal 
estratégia organizacional, com responsabilidades e prestação de contas 
designadas em níveis apropriados da organização, que esteja refletida nos 
processos decisórios e seja levada em consideração na implementação das 
atividades. 
Os impactos dos decisivos ou as atividades da organização podem ser 
afetados pelas relações com outras organizações. A organização poderá́ 
precisar trabalhar com outras para cuidar de suas responsabilidades. Isso pode 
incluir organizações parceiras, concorrentes e outras de valor ou consideradas 
relevantes dentro da esfera de influencia da organização. Em certas 
circunstancias envolver terceiros nas atividades da organização é uma forma 
de fortalecer a credibilidade. 
Essa norma se aplica a qualquer organização que queira implantar, manter e 
aprimorar um sistema de gestão da responsabilidade social assegurar-se da 
conformidade com a legislação aplicável e com a sua politica de 
responsabilidade social, apoiar o engajamento efetivo das partes interessadas.

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