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Supercondutores são materiais que perdem a resistência à corrente elétrica quando estão abaixo de uma certa temperatura. Eles são divididos em dois tipos, de acordo com suas propriedades específicas. Os supercondutores do Tipo 1 são formados principalmente pelos metais e por algumas ligas e, em geral, são condutores de eletricidade à temperatura ambiente. Eles possuem um Tc extremamente baixo, que, segundo a teoria BCS, seria necessário para diminuir as vibrações dos átomos do cristal e permitir o fluxo sem dificuldades dos elétrons pelo material, produzindo assim a supercondutividade. Os supercondutores desse tipo foram os primeiros a serem descobertos e os cientistas verificaram que a transição para o estado supercondutor a baixa temperatura tinha características peculiares: ela acontecia abruptamente e era acompanhada pelo efeito Meissner. Esse efeito, que talvez seja a característica mais famosa dos supercondutores, é a causa da levitação magnética de um ímã, por exemplo, quando é colocado sobre um pedaço de supercondutor. A explicação para o fenômeno está na repulsão total dos campos magnéticos externos pelos supercondutores do Tipo 1, o que faz com que o campo magnético interno seja nulo, desde que o campo externo aplicado não seja muito intenso. Se considerarmos um condutor ideal, ou seja, que não apresenta resistência à corrente elétrica, o cancelamento do campo é total, caracterizando o chamado "diamagnetismo perfeito". Nos supercondutores do Tipo 1, o cancelamento do campo magnético interno também é total, porém esse comportamento é distinto do diamagnetismo perfeito. Os supercondutores do Tipo 1, no estado supercondutor, possuem campo magnético nulo no seu interior, mesmo no caso de o campo magnético externo ser diferente de zero antes da transição supercondutora, diferente do comportamento de um condutor ideal. Já os supercondutores do Tipo 2 são formados por ligas metálicas e outros compostos. Em geral, as temperaturas críticas associadas a eles são muito mais altas que as dos supercondutores do Tipo 1, como é o caso das cerâmicas baseadas em óxidos de cobre. No entanto, o mecanismo atômico que leva à supercondutividade neste tipo de supercondutor, até hoje não está completamente desvendado. O primeiro material supercondutor do Tipo 2 descoberto foi uma liga de chumbo e bismuto. A transição para o estado supercondutor era gradual, com a presença de um estado intermediário e o efeito Meissner não era perfeito: o material permitia a penetração de algum campo magnético, de modo contrário aos supercondutores do Tipo 1. No estado intermediário, o supercondutor do Tipo 2 apresenta regiões no estado normal, cercada por regiões supercondutor. Essas regiões mistas, chamadas de vórtices, permitem a penetração de campo magnético no material, através dos núcleos normais. Conforme a temperatura aumenta, dentro do estado intermediário, os núcleos vão superando as regiões supercondutoras. Isso acontece até a perda completa do estado supercondutor, quando os núcleos normais se sobrepõem. Todos os supercondutores de alta temperatura pertencem ao Tipo 2, incluindo-se o recordista atual, que pertence à classe das cerâmicas baseadas em óxidos de cobre (cupretos). Vantagens 1) Transformando a rede elétrica A tecnologia supercondutora fornece perda de menos fios e cabos e melhora a confiança e eficiência da rede elétrica. Um sistema de energia supercondutor ocupa menos imóveis e é enterrado no chão, bem diferente das linhas das redes de hoje em dia. 2) Melhorando a telecomunicação de banda larga A tecnologia de telecomunicação em banda larga, que opera melhor em frequências gigahertz, é muito útil para melhorar a eficácia e a confiança dos celulares. Essas frequências são muito difíceis de serem alcançadas pelo recebedor baseado em supercondutor Hypres, usando uma tecnologia chamada de quantum de fluxo único rápida (RSFQ), um recebedor de circuito integrado. Ele opera com o auxílio de um resfriador criogênico de 4 kelvin. Essa tecnologia está aparecendo em muitas torres transmissoras de sinal de celular. 3) Auxílio em diagnósticos médicos Uma das primeiras aplicações em grande escala da supercondutividade é em diagnósticos médicos. A imagem de ressonância magnética, ou MRI, usa fortes imãs supercondutores para produzir campos magnéticos grandes e uniformes dentro do corpo do paciente. Scanners MRI, que contém um sistema de refrigeração de hélio líquido, recebem como esses campos magnéticos são refletidos pelos órgãos no corpo. Desvantagens Materiais supercondutores apenas super conduzem quando mantidos abaixo de uma temperatura específica chamada de temperatura de transição. Para os supercondutores práticos conhecidos hoje em dia, a temperatura é muito abaixo dos 77 Kelvin, a temperatura do nitrogênio líquido. Mantê-los abaixo dessa temperatura envolve muita tecnologia criogênica, que é muito cara. Portanto, os supercondutores ainda não aparecem na maioria dos eletrônicos de uso diário. Os cientistas estão trabalhando em desenvolver supercondutores que possam operar à temperatura ambiente. Equacionamento Embora boa parte deste trabalho siga a formato da teoria BCS, substancialmente predizendo vários processos como a relaxação nuclear e a atenuação ultrassônica em que o gap de energia e o espectro de excitação têm um papel essencial. A teoria de Ginzburg-Landau se concentra inteiramente no comportamento supercondutivo dos elétrons ao invés das excitações, e foi proposta em 1950, 7 anos antes da teoria BCS. Ginzburg e Landau introduziram uma pseudo- função de onda ψ complexa como um parâmetro dentro da teoria geral de Landau das transições de fase de segunda ordem. Esse ψ descreve os elétrons supercondutores, e a densidade local de elétrons supercondutores (definida pelas equações de London): Então, usando um princípio de variação e trabalhando para assumir uma expansão em séries da energia livre em função de ψ e de ψ com a expansão dos coeficientes α e β, eles derivaram a seguinte equação diferencial para ψ: Com esse formalismo os cientistas foram capazes de tratar dois problemas, com ajuda da [teoria de London]: Efeitos não lineares dos campos fortes o suficiente para mudar ns ou |ψ|²A variação espacial de ns. A grande contribuição desta teoria foi tratar do estado intermediário de alguns supercondutores, onde o estado normal e o supercondutor coexistem na presença de um campo magnético H~Hc.
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