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Seminário VI_ IPTU, ITR E IPVA

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AUGUSTO BORGES MANRIQUE
SEMINÁRIO VI –IPTU, ITR E IPVA
Questionário relativo ao Seminário VI apresentado ao Curso de Pós-Graduação em Direito Tributário do IBET, como pré-requisito para a obtenção parcial da média final do Modulo exigibilidade do crédito tributário.
Goiânia/GO
2019
Questões
1. Construa as regras-matrizes de incidência do IPTU, ITR e IPVA.
 A regra matriz de incidência tributária é composta por uma hipótese/suposto/antecedente
 (onde se identifica os critérios material, temporal e espacial) e por um consequente
 (donde se verifica os critérios pessoal e quantitativo). Diante desta premissa, pode-se concluir que existem duas regras-matrizes de incidência tributária do IPTU, construídas individualmente a partir dos seguintes elementos:
· IPTU – Imposto predial territorial urbano. (Artigo 32, CTN) 
· 1º. critério material: ser proprietário, titular do domínio útil ou possuidor de bem imóvel por natureza ou por acessão física localizado na zona urbana do Município.
· 2º. critério espacial: Zona urbana do município, de acordo com o art. 32, §1º do CTN.
· 3º. critério temporal: Depende da legislação de cada Município. A regra geral é o dia primeiro de janeiro de cada ano.
· Consequente:
· 4º. critério pessoal: 
· 
4º.1. sujeito ativo: Sujeito ativo são os Municípios e o Distrito Federal, conforme disposição do artigo 156, I, da CF;
· 
4º.2. sujeito passivo: É o proprietário, o titular do domínio útil ou o possuidor do bem imóvel localizado na zona urbana.;
· 5º. critério quantitativo: 
· 5º.1. base de cálculo: A base de cálculo é o valor venal do imóvel. No imposto sobre bens imóveis edificados, a base de cálculo é composta pela somatória do valor venal do imóvel com o valor venal da construção. Já no imposto sobre bens imóveis não-edificados, a base de cálculo é composta, exclusivamente, pelo valor venal do imóvel;
· 5º.2. alíquota: É de acordo com Código Tributário Municipal. A CF não prevê alíquotas mínimas ou máximas para o IPTU, mas a sua incidência deverá observar o principio do não-confisco, sendo permitida a progressividade. 
· ITR – Imposto Territorial Rural 
· 1º. critério material: Ser proprietário, titular do domínio útil ou possuidor a qualquer título de imóvel rural.
· 2º. Critério espacial: Zona rural, localizada fora do perímetro urbano do município;
· 3º. Critério temporal: dia primeiro de janeiro de cada ano, conforme art. 1º da Lei n. 9.393/96. 
· 4º. Critério pessoal: 
· 
4º.1. sujeito ativo: Sujeito ativo é a União, que possui competência para legislar e arrecadar o ITR.
· 
4º.2. sujeito passivo: É o proprietário de imóvel rural, o titular de seu domínio ou o seu possuidor a qualquer título,
· 5º. critério quantitativo: 
· 5º.1. base de cálculo: É o valor da terra nua tributável. 
· 5º.2. alíquota: A alíquota variará de 0,3% a 20%, de acordo com a progressão contida no art. 153, §4º da CF.
· Regra-matriz de incidência tributária do IPVA
· 1º. critério material: Ser proprietário de veículo automotor.
· 2º. Critério espacial: Estado em que o veículo esteja registrado;
· 3º. Critério temporal: Dia primeiro de janeiro de cada ano.
· 4º. Critério pessoal: 
· 
4º.1. sujeito ativo: É o Estado em que o veículo esteja registrado; 
· 
4º.2. sujeito passivo: É o proprietário do veículo automotor, podendo haver responsabilidade solitária do titular do domínio útil e/ou possuidor do veículo
· 5º. critério quantitativo: 
· 5º.1. base de cálculo: É o valor venal do veículo automotor.
· 5º.2. alíquota: A alíquota variará de acordo com a lei estadual aplicável.
2. 
Diferençar os conceitos de propriedade, domínio útil e posse do art. 1º da Lei n. 9.393/96, correlacionando-os com o de propriedade do art. 153, VI, da CF. Há competência da União para instituir como critério material do ITR o domínio útil e a posse (vide anexos I, II e III)?
Compreendo que propriedade é direito que assegura ao proprietário, o uso, gozo e disposição do bem de forma plena. Deste modo, somente pode ser reconhecida a propriedade quando todos os seus preceitos elementares estão reunidos. 
Noutro passo, compreendo que o dominio útil é uma relevante face da propriedade que pode ser separada e confiada à outra pessoa, alheia ao proprietário, permitindo ao detentor do domunio o direito de uso e gozo do bem imóvel. 
E por fim, compreendo que posse constitui sinal exteriorizador da propriedade, no qual se expressa a propriedade sobre o imóvel. 
Assim, em que pese o texto art. 153, VI, da CF/88, transcreva apenas a palavra “propriedade”, é bem sabido que, no caso do ITR, o termo propriedade não de ser interpretado no seu sentido literal, mais sim na acpção de imóvel. 
Por este motivo, as descrições do critério material do ITR não se restringe ao conceito literal de propriedade, abarcando tambem o entendimento acerca da posse e dominio útil, mesmo que estes possuam siguinificados diferentes. 
Outrossim, acerca da interpretação dos siguinifcados de dominio útil e posse na Lei 9393/96, é importante notar que CTN também se disciplicou acerca dos referidos conceitos em seu artigo 29 que “(...) O imposto, de competência da União, sobre a propriedade territorial rural tem como fato gerador a propriedade, o domínio útil ou a posse de imóvel por natureza, como definido na lei civil, localização fora da zona urbana do Município”. 
3. A quem compete 
definir as zonas urbana e rural? Qual o veículo legislativo adequado para tanto? Os imóveis industriais, comerciais e prestadores de serviços situados fora dos núcleos urbanos municipais estão sujeitos à incidência do IPTU? (vide anexo IV). E os de exploração vegetal, agrícola, pecuária ou agroindustrial, quando situados dentro dos núcleos urbanos municipais? (vide anexos V, VI e VII).
Compreendo que cabe a União legislar acerca o que vem a ser zona urbana ou zona rural, visto que tais areas acabam por se delimitarem, o limite de competencia do imposto território rural, (União) o limte de competencia do importo territorial urbano (IPTU). 
Deste modo, ao que depreende o texto normativo inserido no Artigo 32 do CTN, foi estabelecido que: 
Art. 32. O imposto, de competência dos Municípios, sobre a propriedade predial e territorial urbana tem como fato gerador a propriedade, o domínio útil ou a posse de bem imóvel por natureza ou por acessão física, como definido na lei civil, localizado na zona urbana do Município.
§ 1º Para os efeitos deste imposto, entende-se como zona urbana a definida em lei municipal; observado o requisito mínimo da existência de melhoramentos indicados em pelo menos 2 (dois) dos incisos seguintes, construídos ou mantidos pelo Poder Público:
I - meio-fio ou calçamento, com canalização de águas pluviais;
II - abastecimento de água;
III - sistema de esgotos sanitários;
IV - rede de iluminação pública, com ou sem posteamento para distribuição domiciliar;
V - escola primária ou posto de saúde a uma distância máxima de 3 (três) quilômetros do imóvel considerado.
Portanto, é de se notar que o proprio CTN dispôs de parametros a se considerar meio rural e meio urbano, distinguindo assim IPTU e ITR. 
4. A modificação da planta genérica, que determina a base de cálculo do IPTU, deve ser veiculada por lei, ou pode ser por meio de decreto? Há necessidade de publicação no diário oficial? (vide anexo VIII).
Compreendo que a planta genérica é a base de calculo do IPTU. É sobre ela que incide a alíquota expressada em lei competente, exprimindo o valor do produto à ser pago. 
Desta forma, denota-se que se trata de elemento fundamental do critério quantitativo do consequente da regra matriz. 
Assim, por se tratar de matéria reservada exclusivamente a Lei complementar (Artigo. 146, a, III, da CF/88) que o ente federal deve estabelecer regras gerais tributárias, especificamente quando se tratar, também, de base de cálculo. 
Sendo assim, compreendo que se a planta genética é a base de calculo do tributo, fácil a conclusão que a mesma so pode ser veiculada por Lei complementar (Artigo. 146, a, III, da CF/88). 
Por consequência, por se tratarde Lei complementar, é notória a necessidade de publicação no diário oficial, sob pena de supressão a informação publica e violação ao principio da segurança jurídica. 
5. Quanto ao ITR pergunta-se:
a) O art. 11 da Lei n. 9.393/96 fixou as alíquotas do ITR em percentuais que variam de 0,03% a 20%, conforme a área total do imóvel e o grau de utilização. No seu entender, referida progressividade atende ao disposto no art. 153, § 4º, da Constituição Federal? A alíquota de 20%, neste caso é confiscatória? Em caso negativo quando ter-se-ia caracterizado o efeito confiscatório? Justificar.
Compreendo que o referido artigo infraconstitucional obedece aos preceitos do art. 153, § 4º, da Constituição Federal, haja vista que este determina que o imposto seja progressivo e que tenha alíquotas fixadas de forma a estimular que o imóvel obedeça a função social da propriedade(conforme a área total do imóvel e o grau de utilização). 
Neste sentido, caso o contribuinte não venha a atender a função social da propriedade, deverá pagar a alíquota progressiva de 20% de sua propriedade rural, ou seja, resulta no pagamento da propriedade no período de 5 anos. 
O fundamento para o pagamento da progressividade na aliquota do imposta ocorre em virtude de medida necessária para compelir o proprietário do imóvel rural, dar efetivamente a sua terra, função social, ou seja, produtividade. 
Diante destas considerações, compreendo não ser confiscatório a aliquota progressiva de 20% face a não observância da função social da propriedade. 
b) A que tipo de lançamento está sujeito o ITR? A exclusão da base de cálculo do ITR da área de reserva legal depende de sua averbação na matrícula? Pressupõe o protocolo de Ato Declaratório Ambiental (ADA) do IBAMA, ou do Cadastro Ambiental Rural (CAR - Lei nº 12.651/12)? (vide anexos IX, X e XI).
O ITR é tributo sujeito é tributo sujeito a lançamento por homologação, posto que cumpre ao contribuinte destacar e recolher o aludido tributo. 
Ao que se denota o Entendimento do Superior Tribunal de Justiça, e inexigível o ato declaratório ambiental pelo IBAMA . 
6. Com relação ao IPVA pergunta-se:
a) Que é “veículo automotor”? Embarcações e aeronaves enquadram-se no conceito de “veículo automotor”, sujeitando-se à incidência do IPVA?
Veículo automotor seria “ qualquer veículo com propulsão por meio de motor, com fabricação e circulação autorizada e destinada ao transporte de pessoas, marcadoria ou bens. 
Deste modo, em que pese o conceito amplo, deve-se analisar caso a caso se as embarcações e aeronaves estao enquadradas no conceito de veículo automotor, há caso em que embora aparentemente atinja a finalidade, não se enquadra no conceito de veículo automotor. 
b) A Constituição Federal definiu o critério espacial da regra matriz de incidência tributária do IPVA? Caso a pessoa (física ou jurídica) tenha domicílios em diferentes Estados, nos termos dos arts. 71 e §1º do art. 75, do Código Civil Brasileiro, qual será o Estado competente para cobrança do IPVA? E se o veículo for registrado em um Estado, mas utilizado em outros? (vide anexos XII e XIII)
Compreendo que o Legislador constituinte não abordou de forma objetiva o critério espacial do IPVA, em que pese tenha inserido o texto do Art. 155. da CF/88 Compete aos Estados e ao Distrito Federal instituir impostos sobre: III - propriedade de veículos automotores, deixando implícito pela competência o critério espacial de incidência do tributo, ou seja, no âmbito do estado. 
Importante notar que o Codigo de Transito Brasileiro estabelece de forma absolutamente clara prescrever que todo veículo automotor, elétrico, articulado, reboque ou semi-reboque, para transitar na via, deverá ser registrado, e licenciado anualmente o órgão executivo de trânsito do Estado ou do Distrito Federal, no Município de domicílio ou residência de seu proprietário, na forma da lei.
Partindo desta premissa, compreendo que se o proprietário do veículo tenha domicílios em estados da federação diferente, incube a este a liberdade para escolher em qual estado irá registrar o veículo automotor. 
c) É possível a exigência do imposto em relação ao domínio útil ou posse do veículo? Identificar, justificando sua resposta, quem pode integrar a relação jurídica tributária do IPVA, na qualidade de sujeito passivo, caso o veículo seja objeto das operações de: i) locação; ii) arrendamento mercantil (leasing); iii) alienação fiduciária (XIV, XV e XVI). 
Compreendo que não é possível a exigência do IPVA com base no domínio útil ou posse, haja vista que o critério material do referido tributo é ser proprietário do veículo tributável. Compreendo que tal posicionamento se justifica por se tratar de bem móvel, o que dificultaria a identificação do sujeito passivo do IPVA considerando os critérios de domínio útil ou posse do veículo automotor. 
A par deste entendimento, compreendo que o sujeito passivo do IPVA em se tratando de locação, alienação fiduciária e arrendamento mercantil (leasing) é o proprietário do veículo, mesmo que este não seja a pessoa que esteja na posse do veículo automotor. 
d) Qual o critério temporal do imposto no caso de (i) veículo novo; e (ii) veículo usado? Pode um Estado cobrar o imposto já pago em outra unidade federada no caso de transferência do veículo usado durante o exercício? Sendo o veículo objeto de roubo, furto ou perda total durante o exercício, pode o contribuinte pedir a restituição proporcional do valor já pago a título de IPVA? 
O IPVA é um imposto cobrado anualmente, ou seja, há estipulação de que em todo primeiro dia do exercício fiscal haverá a incidência deste imposto, devendo o contribuinte pagá-lo até a data estipulada em lei.
Assim, em se tratando de veículo novo, há o pagamento parcial do imposto, contado da data da compra do veículo. 
Disso, verifica-se que, se na hora da venda o IPVA estiver quitado, não há que se falar em novo pagamento pelo comprador, tampouco cálculo parcial. 
Se o IPVA for parcelado pelo contribuinte antes proprietário, o comprador assume as parcelas. 
� Segundo Paulo Ayres Barreto “a hipótese descreve um fato de possível ocorrência, com conteúdo econômico”. Imposto sobre a renda e preços de transferência, 2001, p. 61.
� Idem, p. 61, “o conseqüente, implicado pela hipótese, estatui vínculo de natureza obrigacional entre sujeito ativo e o sujeito passivo da obrigação tributária”.
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