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Seminário V1 - Módulo IV - IPTU - ITR - IPVA

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Seminário VI
IPTU, ITR E IPVA
Questões
1. Construa as regras-matrizes de incidência do IPTU, ITR e IPVA.
RMIT do IPTU, ITR e IPVA, respectivamente:
CONSEQUENTE
Critério pessoal
Sujeito ativo
IPTU – o Município
ITR – a competência constitucional para instituir está conferida a União.
IPVA – os Estados e o Distrito Federal
Sujeito passivo
IPTU – é todo aquele que tiver a propriedade, domínio útil ou posse a qualquer título do imóvel urbano.
ITR – é todo aquele que tiver a propriedade, domínio útil ou posse a qualquer título do imóvel rural. 
IPVA – o contribuinte será o proprietário do veículo ou responsável solidário, caso detenha posse.
ANTECEDENTE
Critério temporal 
IPTU – Geralmente, 1º de janeiro do ano civil.
ITR – O tributo incide no primeiro dia de cada ano.
IPVA – Via de regra, no dia 1º de janeiro do ano.
Critério material
IPTU – ser proprietário, ter o domínio útil ou a posse de bem imóvel urbano.
ITR – ser proprietário, ter o domínio útil ou a posse de bem imóvel rural.
IPVA – ser proprietário de veículo automotor.
Critério espacial
IPTU – o imóvel tem de se situar na zona urbana.
ITR – O imóvel estar fora da zona urbana do Município, conforme art. 29 do CTN. 
IPVA – consiste no estado da federação em se registra o veículo automotor. 
Critério quantitativo
Base de Cálculo
IPTU – a BC é determinada de acordo com o valor venal do imóvel.
ITR – a BC é mensurada de acordo com o valor da terra nua tributável.
IPVA – o valor de mercado do veículo.
Alíquota
IPTU - a alíquota terá uma variação em função do valor venal e do uso do imóvel.
ITR – a alíquota será determinada conforme a produtividade do imóvel, (variando de 0,03% até 20%).
IPVA - determinada por lei estadual, índices de 1% para veículos de carga com lotação acima de 2.000 kg; 2% para os ciclomotores; e de 3% para automóveis e caminhonetes.
2. Diferençar os conceitos de propriedade, domínio útil e posse do art. 1º da Lei n. 9.393/96, correlacionando-os com o de propriedade do art. 153, VI, da CF. Há competência da União para instituir como critério material do ITR o domínio útil e a posse?
A propriedade garante ao seu titular o direito de fruir, usar, gozar e dispor da coisa ou bem, além de lhe ser garantido o direito de reavê-la de quem o(a) possui de forma injusta.
Já o instituto da posse, consiste em quando essa for adquirida, nos termos do art. 1.204 do CC, desde o momento em que se torna possível o exercício, em nome próprio, de qualquer dos poderes inerentes à propriedade. 
Enquanto o domínio útil resume-se no direito real de uso e gozo da coisa alheia, consiste na atribuição de uma espécie de arrendamento perpétuo do imóvel, pelo proprietário, de modo que o domínio direto permanece com esse, enquanto que o domínio útil passa ao arrendatário.
No entendimento do i. professor Paulo de Barros, tanto o domínio útil, quanto a posse, se traduzem em predicados intrínsecos a um direito maior, qual seja o direito a propriedade (esses critérios estão previstos no art. 1º da Lei nº 9.393/96).
Por fim, no que diz respeito à competência da União para instituir como critério material do ITR o domínio útil e a posse, é certo que a União tem competência para definir o domínio útil e a posse como critério material do ITR, eis que ao fazer isto, não estaria ultrapassando sua competência constitucional, mas sim delimitando seus parâmetros, inclusos no gênero propriedade.
direito que permite a um titular usar, gozar e dispor de certos bens, desde que ele o faça de modo a realizar a dignidade de pessoa humana.
3.	A quem compete definir as zonas urbana e rural? Qual o veículo legislativo adequado para tanto? Os imóveis industriais, comerciais e prestadores de serviços situados fora dos núcleos urbanos municipais estão sujeitos à incidência do IPTU? (Vide anexo I). E os de exploração vegetal, agrícola, pecuária ou agroindustrial, quando situados dentro dos núcleos urbanos municipais? (Vide anexos II, III e IV).
O conceito de zona urbana está previsto no artigo 32, §§ 1º e 2º do CTN, sendo que a partir deste dispositivo legal é possível extrair o conceito de zona rural, de forma residual, eis que pode ser considerada zona rural aquela que não for delimitada pelo Município como zona urbana. Assim, entendo que compete ao CTN definir o que é zona urbana e o que é zona rural.
Já no tocante ao veículo legislativo adequado para definir zona urbana e rural, entendo que é através de lei municipal que tais zonas devem ser definidas, de acordo com o §1º do artigo 32, do CTN.
Entendo que os imóveis industriais, comerciais e prestadores de serviços situados fora dos núcleos urbanos municipais estão sujeitos sim à incidência do IPTU, haja vista que nos termos do §2º do artigo 32 do CTN, a lei municipal pode considerar urbanas as áreas urbanizáveis, ou de expansão urbana, constantes de loteamentos aprovados pelos órgãos competentes, destinados à habitação, à indústria ou ao comércio, mesmo que localizados fora das zonas definidas nos termos do parágrafo anterior.
 Assim, se a lei municipal considerar referidas áreas como urbanizáveis ou de expansão urbana, sobre elas deverá incidir o mesmo imposto que incide sobre as áreas urbanas propriamente ditas (o IPTU), pois entendem que esses imóveis, ainda que localizados em zona rural possuem características urbanas.
Penso que sobre os imóveis de exploração vegetal, agrícola, pecuária ou agroindustrial, mesmo quando situados dentro dos núcleos urbanos municipais, não deve incidir IPTU, pois apesar do critério da localização do imóvel disposto no artigo 32, §1º, do CTN, penso que este critério não é o único que deve ser adotado, pois nesse caso adoto o entendimento previsto no artigo 15 do Decreto-Lei nº 57/66, o qual exclui da incidência do IPTU os imóveis cuja destinação seja, comprovadamente a de exploração agrícola, pecuária ou industrial, sobre os quais incide o Imposto Territorial Rural-ITR, cuja competência é da União.
Esse entendimento adotado por mim se justifica, também, pelo razão de o fato gerador se dar em razão da localização do imóvel e não da destinação econômica.
4.	A modificação da planta genérica, que determina a base de cálculo do IPTU, deve ser veiculada por lei, ou pode ser por meio de decreto? Há necessidade de publicação no diário oficial? (Vide anexo V).
Primeiramente é preciso ressaltar que qualquer alteração na base de cálculo do IPTU, além da simples atualização, deve ser feita através de lei, em respeito ao princípio constitucional da legalidade previsto no artigo 37 e inciso I, do artigo 150, todos da CF.
Nesse sentido, entendo que a modificação da planta genérica que determina a base de cálculo do IPTU deve ser veiculada por meio de lei e não de decreto, conforme também prevê o inciso I, do artigo 150 da Constituição Federal, eis que o meio próprio para aumentar um tributo é a lei em sentido formal e material, publicada no exercício financeiro anterior, bem como também existe nesse mesmo sentido a Súmula 160 do STJ, a qual proibiu que os Municípios atualizassem o IPTU por meio de decreto além dos parâmetros meramente inflacionários.
5.	Quanto ao ITR pergunta-se:
a) O art. 11 da Lei n. 9.393/96 fixou as alíquotas do ITR em percentuais que variam de 0,03% a 20%, conforme a área total do imóvel e o grau de utilização. No seu entender, referida progressividade atende ao disposto no art. 153, § 4º, da Constituição Federal? Justificar.
Sim, entendo que a progressividade referida no enunciado atende sim ao disposto no artigo 153, §4º, da CF, que a citada progressividade objetiva garantir a função social da propriedade.
Porém, essa preocupação com a função social da propriedade esbarra no direito constitucional à propriedade, o qual pode-se dizer que é representado pelo princípio do não-confisco e pela progressividade das alíquotas. Portanto, é certo que a incidência do ITR de modo progressivo tem que atender à sua função social, nos exatos termos estabelecidos no art. 5º, inc. XXIII, da Carta Magna, atuando de forma ativa para evitar a proliferação de latifúndiose pequenas propriedades improdutivas e de ajudar as pequenas famílias rurais que necessitam dessas pequenas glebas para manter a sua subsistência e ainda, essa sistemática auxilia o incentivo a pequena produção e mercado agrícolas.
	b) A que tipo de lançamento está sujeito o ITR? A exclusão de área de preservação permanente da base de cálculo do ITR pressupõe o protocolo de Ato Declaratório Ambiental (ADA) do IBAMA? (Vide anexos VI e VII).
O ITR está sujeito ao regime de lançamento por homologação posterior, eis que tanto a apuração quanto o pagamento deste tributo devem ser efetuados pelo próprio contribuinte, independentemente de prévio procedimento da administração tributária, conforme prevê o artigo 10 da Lei n 9.393/96.
No que tange à exclusão de área de preservação permanente da base de cálculo do ITR e a necessidade ou não de protocolar Ato Declaratório Ambiental (ADA) do IBAMA, penso que não é necessário fazer o aludido protocolo, pois entendo que a falta de averbação da área de reserva legal na matrícula do imóvel, ou até mesmo a averbação feita após a data de ocorrência do fato gerador, não é, por si só, fato impeditivo ao aproveitamento da isenção de tal área na apuração do valor do ITR, ante a proteção legal estabelecida pelo artigo 16 da Lei nº 4.771/1965.
6.	Com relação ao IPVA pergunta-se:
	a) Que é “veículo automotor”? Embarcações e aeronaves enquadram-se no conceito de “veículo automotor”, sujeitando-se à incidência do IPVA?
Entendo que a melhor definição para veículo automotor é veículo autopropulsionado, ou seja, aquele que se locomove com seus próprios meios, de modo que nesse conceito estão abrangidas as aeronaves e as embarcações marítimas, além dos veículos terrestres, de modo que na minha concepção, deve sim, incidir IPVA sobre embarcações e aeronaves, pois penso que estas também se enquadram no conceito de veículo automotor.
Porém, a título de argumentação, vale destacar que não é esse o entendimento adotado pelo STF, pois ele adota o conceito de veículo automotor previsto no CNT, qual seja: “todo veículo a motor de propulsão que circule por seus próprios meios, e que serve normalmente para o transporte viário de pessoas e coisas, ou para tração viária de veículos utilizados para o transporte de pessoas e coisas”.
Nesse sentido, o STF tem entendido que não deve incidir IPVA sobre embarcações e aeronaves, pois como ele adota o conceito do CNT para veículo automotor acima descrito, embarcações e aeronaves, não se enquadram no aludido conceito. Porém, penso que esse entendimento adotado pelo STF fere de forma letal os princípios da isonomia e da capacidade contributiva e desrespeita o fato gerador do IPVA, o qual é a propriedade de veículo automotor de qualquer espécie. 
	b) Qual é o sujeito passivo do imposto no caso de alienação fiduciária?
O sujeito passivo do IPVA incidente sobre veículo que foi objeto de alienação fiduciária é tanto o devedor, quanto o credor fiduciário, haja vista que a responsabilidade deles é solidária, conforme determina o artigo 5º da Lei nº. 14.937/2003.
	c) Qual é o sujeito ativo tributário no caso de veículo adquirido em um Estado e utilizado em outro? Pode o Estado de uso do veículo cobrar o tributo (ex: caso das locadoras de automóveis)? (Vide anexo VIII).
No que tange ao IPVA, é certo que ele se trata de imposto sobre o patrimônio pessoal, direto e progressivo em razão do valor do veículo de propriedade do contribuinte, cujo critério espacial a ser adotado para que se opere a exação é o licenciamento, de acordo com o determinado no art. 158, inciso III, da Emenda Constitucional 42/2003 e a competência para a sua instituição foi atribuída aos Estados, de acordo com o art. 155 da citada Emenda. 
Desta feita, nos termos da CF caberia à União, no exercício da competência que lhe foi atribuída no art. 146, inciso III, estabelecer as normas gerais em relação ao imposto, através de lei complementar. Porém, ainda não foi editado nenhum diploma legal que tratasse da matéria, o que permitiu que os Estados fizessem suas próprias leis sobre a questão, com base no art. 24, § 3º, da Carta Magna e no art. 34, § 3º, do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias.
Seguindo esse raciocínio, alguns Estados decidiram pelo recolhimento o local de licenciamento do veículo, independentemente do domicílio ou sede do proprietário, enquanto outros escolheram o critério do domicílio ou sede do detentor do veículo com fulcro nos arts. 120 e 130 do Código de Trânsito Brasileiro.
Vale ressaltar o entendimento trazido na Carta Magna em seu art. 158, indicou critério espacial para fins de partilha do IPVA o local de licenciamento, entendimento que eu também adoto, pois trata-se de um elemento objetivo, aplicável à maioria dos veículos automotores, eis que tem como vantagem de evitar o duplo licenciamento do mesmo automóvel.
Por esses motivos, penso que o IPVA deve incidir sobre o proprietário final, ou seja, aquele assume tal posição mediante o registro e licenciamento do veículo no órgão competente. Importante frisar que o registro e o licenciamento são sinais diferentes na caracterização da propriedade veicular, elemento escolhido pelo legislador como sinal distinto de riqueza a justificar o tributo.
Portanto, entendo que não pode haver a tributação de veículos não registrados, matriculados ou licenciados no Estado.
Pelas mesmas razões acima expostas penso que o Estado de uso do veículo não pode cobrar o tributo em comento.
	d) Sendo o veículo automotor adquirido no decorrer do ano civil, dá-se a incidência do IPVA sobre a sua propriedade? É adequado, nesse caso, falar-se em base de cálculo parcial do IPVA? Exemplificando: sobre o veículo novo adquirido em 01 novembro de 2012 pode ser cobrado IPVA proporcional aos meses de novembro e dezembro? Se o veículo for furtado no decorrer do ano, tem o contribuinte direito à devolução parcial do imposto pago?
Antes de adentrar diretamente no caso proposto no enunciado, vale destacar que o primeiro dia do ano é a data determinada pela lei como o momento da incidência do IPVA (critério temporal), sendo que a materialidade do imposto é aferida naquele momento fixado e não no decorrer do ano, de modo que mesmo sobre o veículo adquirido no decorrer do ano civil incidirá o IPVA. 
Penso que não é adequado falar em base de cálculo parcial do IPVA , eis que a base de cálculo deve refletir o valor econômico, ou seja, quantificar economicamente o evento descrito como critério material da sua hipótese, no caso em tela (IPVA), ser proprietário de veículo automotor, de modo que não há que se falar que a base de cálculo pode ser avaliada parcialmente.
Por fim, quanto ao veículo furtado no decorrer do ano e o direito do contribuinte à devolução parcial do imposto pago vale destacar que alguns entes da Federação determinam que o contribuinte pode, sim, requerer a devolução de parte do imposto pago em decorrência do furto, mas é preciso esclarecer que a aludida restituição abrange somente o período em que o contribuinte que teve seu veículo furtado, estiver sem este.

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