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Sistemas Estruturais - Concreto Universidade Paulista Prof. Jefferson Rosa Aula 06 Efeito do vento em edificações NBR 6123/88 – Forças devidas ao vento em edificações e Apostila Prof. Zacarias Sistemas Estruturais - Concreto 1 Objetivos ❑ Conceituar vento e seus efeitos em edificações, ❑ Apresentar conceitos básicos da NBR 6123 e ❑ Calcular pressão dinâmica do vento. Sistemas Estruturais - Concreto 2 Vento • Fenômeno meteorológico gerado pelo movimento das massas de ar na atmosfera. Diferença de pressão gerada na atmosfera, influenciada pela mudança de temperatura e vapor d’água. •Movimento de rotação, translação, fatores externos (umidade, evapotranspiração, etc). •Obstáculos. Sistemas Estruturais - Concreto 3 Vento • Efeitos na direção vertical e efeitos na direção horizontal. • Edificações estão sujeitas a cargas horizontais provocadas pelo vento sendo que as edificações altas e esbeltas tendem a sofrer mais com esse tipo de esforço. Sistemas Estruturais - Concreto 4 Sistemas Estruturais - Concreto 5 Vento • Os efeitos do vento nas edificações são a combinação de pressão positiva, pressão negativa ou sucção e esforços de fricção. • Pressão positiva • Pressão negativa • Fricção Sistemas Estruturais - Concreto 6 NBR 6123 • As considerações para determinação das forças devidas ao vento são regidas e calculadas de acordo com a NBR 6123/1988. • Muitos casos não são considerados dentro da NBR 6123. • Quando a edificação, seja por suas dimensões e ou forma, provoque perturbações importantes no escoamento ou por obstáculos na sua vizinhança, deve-se recorrer a ensaios em túnel de vento, onde possam ser simuladas as características do vento natural. Sistemas Estruturais - Concreto 7 Túnel de vento Sistemas Estruturais - Concreto 8 Conceitos • É importante definir alguns dos aspectos que regem as forças devidas ao vento, antes de passar a seu cálculo. Sistemas Estruturais - Concreto 9 Região onde o vento sopra (em relação à edificação) Região oposta de onde o vento sopra Conceitos Sistemas Estruturais - Concreto 10 Pressão efetiva acima da pressão atmosférica de referência (sinal positivo) Pressão efetiva abaixo da pressão atmosférica de referência (sinal negativo) • O vento sempre atua perpendicularmente a superfície que obstrui sua passagem. Conceitos • Um valor positivo para F indica que esta força atua para o interior, e um valor negativo indica que esta força atua para o exterior da edificação. Sistemas Estruturais - Concreto 11 Cálculo • Os cálculos são determinados a partir de velocidades básicas determinadas experimentalmente em torres de medição de ventos, e de acordo com a NBR 6123 a 10 metros de altura, em campo aberto e plano. • A velocidade básica do vento é uma rajada de três segundos de duração, que ultrapassa em média esse valor uma vez em 50 anos, e se define por 𝑉0. Sistemas Estruturais - Concreto 12 Cálculo Sistemas Estruturais - Concreto 13 • Isopletas Cálculo • Essas velocidades foram processadas estatisticamente, com base nos valores de velocidades máximas anuais medidas em cerca de 49 cidades brasileiras. • Desprezadas velocidades inferiores a 30 m/s. • Consideração: vento atua em qualquer sentido e na direção horizontal. Sistemas Estruturais - Concreto 14 Cálculo • A velocidade básica do vento 𝑉0 é multiplicada pelos fatores 𝑆1, 𝑆2 e 𝑆3 para ser obtida a velocidade característica do vento. 𝑉𝑘 = 𝑉𝑜 ∙ 𝑆1 ∙ 𝑆2 ∙ 𝑆3 ( Τ𝑚 𝑠) Onde: 𝑆1= fator topográfico 𝑆2= fator de rugosidade e dimensões da edificação 𝑆3= fator estatístico Sistemas Estruturais - Concreto 15 Sistemas Estruturais - Concreto 16 Fator Topográfico S1 Terreno plano ou fracamente acidentado 𝑆1 = 1,0 Taludes e morros 𝜃 ≤ 3°; 𝑆1 = 1,0 6° ≤ 𝜃 ≤ 17°; 𝑆1(𝑧) = 1,0 + 2,5 − 𝑧 𝑑 𝑡𝑔(𝜃 − 3°) ≥ 1 𝜃 ≥ 45°; 𝑆1 𝑧 = 1,0 + 2,5 − 𝑧 𝑑 0,31 ≥ 1 𝐼𝑛𝑡𝑒𝑟𝑝𝑜𝑙𝑎𝑟 𝑙𝑖𝑛𝑒𝑎𝑟𝑚𝑒𝑛𝑡𝑒 𝑝𝑎𝑟𝑎 3° < 𝜃 < 6° 𝑒 17° < 𝜃 < 45° Vales profundos, protegidos de vento em qualquer direção 𝑆1 = 0,9 Onde z é a altura total da edificação (até a cumeeira). Sistemas Estruturais - Concreto 17 Categorias de Rugosidade do Terreno Categoria I Mar calmo, lagos e rios, pântanos sem vegetação Categoria II Zonas costeiras planas, campos de aviação, pradarias, fazendas sem muros Categoria III Casas de campo, fazendas com muros, subúrbios, com altura média dos obstáculos de 3,0m Categoria IV Cidades pequenas, subúrbios densamente construídos, áreas industriais desenvolvidas, com altura média dos obstáculos de 10,0m Categoria V Florestas com árvores altas, centros de grandes cidades, complexos industriais bem desenvolvidos com altura média igual ou superior a 25,0m Classe da Edificação Classe A Todas as unidades de vedação, seus elementos de fixação e peças individuais de estruturas sem vedação. Toda edificação na qual a maior dimensão horizontal ou vertical não exceda 20 m. Classe B Toda edificação ou parte de edificação para a qual a maior dimensão horizontal ou vertical esteja entre 20 m e 50 m. Classe C Toda edificação ou parte de edificação para a qual a maior dimensão horizontal ou vertical exceda 50 m. Sistemas Estruturais - Concreto 18 Categoria Parâmetros Classes A B C I b p 1,10 0,06 1,11 0,065 1,12 0,07 II b Fr p 1,00 1,00 0,085 1,00 0,98 0,09 1,00 0,95 0,10 III b p 0,94 0,10 0,94 0,105 0,93 0,115 IV b p 0,86 0,12 0,85 0,125 0,84 0,135 V b p 0,74 0,15 0,73 0,16 0,71 0,175 𝑆2 é determinado definindo uma categoria (rugosidade do terreno) e uma classe de acordo com as dimensões da edificação. 𝑆2 = 𝑏 ∙ 𝐹𝑟 𝑧 10 𝑝 Onde z é a altura total da edificação (até a cumeeira). Sistemas Estruturais - Concreto 19 Fator Estatístico – S3 Grupo 1 Edificações cuja ruína total ou parcial pode afetar a segurança ou possibilidade de socorro a pessoas após uma tempestade destrutiva (hospitais, quartéis de bombeiros e de forças de segurança, centrais de comunicação, etc.) 𝑆3 = 1,10 Grupo 2 Edificações para hotéis e residências. Edificações para comércio e indústria com alto fator de ocupação 𝑆3 = 1,00 Grupo 3 Edificações e instalações industriais com baixo fator de ocupação (depósitos, silos, construções rurais, etc.) 𝑆3 = 0,95 Grupo 4 Vedações (telhas, vidros, painéis de vedação, etc.) 𝑆3 = 0,88 Grupo 5 Edificações temporárias. Estruturas dos grupos 1 a 3 durante a construção 𝑆3 = 0,83 Cálculo • A Pressão dinâmica (ou de obstrução) do vento, em condições normais de pressão (1 atm = 101320 MPa) e temperatura de 15° é dada por 𝑞 = 0,613 𝑉𝑘 2 ( Τ𝑁 𝑚²) Sistemas Estruturais - Concreto 20 Exemplo • Determinar a velocidade característica e pressão dinâmica de um galpão na região metropolitana de São Paulo. Dados: • Terreno plano • Depósito com baixo fator de ocupação • Determinar aos 3m e no topo. Sistemas Estruturais - Concreto 21