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Uma Historia Social da Mídia - Estudo Dirigido

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Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais
Campus Belo Horizonte – Unidade São Gabriel
Curso – Jornalismo – 3º período Disciplina: História Social dos Meios
Professora: Adriana Do Carmo
Aluna: Ariane Correia
 
ESTUDO DIRIGIDO
1) Como foi a construção social da tríade/trindade “educação, informação, entretenimento”? Que condições sociais, culturais e econômicas atuaram na constituição da “tríade”?
R: A informação, educação e entretenimento foi completamente reconhecida, muito antes da popularização dos termos "sociedade da informação" e "tecnologia da informação", durante as décadas de 1970 e 1980. No entanto, os elementos da trindade nem sempre identificados com a mesma linguagem. Nos séculos XVII e XVIII, a “informação” era geralmente descrita como “inteligência”; “educação”, era “instrução; e “entretenimento”, “recreação”, “passatempo” ou “diversão”. Tanto a educação quanto o entretenimento tiveram longos períodos de história, que remontam ao mundo antigo e se relacionam a academias, bibliotecas, jogo e teatros. A importância da informação já era claramente apreciada em alguns círculos (políticos e científicos) no século XVII, mas foi ressaltada ainda mais na sociedade comercial e industrial do século XIX, quando as noções de velocidade e distância sofreram transformações. 
2) Houve transformações no “sentido/significado” de cada uma das três dimensões? Quais? De que forma a “tecnologia” influenciou tais mudanças?
R: A tecnologia requer e produz mudanças sócias e organizacionais. Naturalmente há diferenças estruturais, porque meios de comunicação distintos desenvolveram instituições próprias. Durante muito tempo a imprensa, informadas por telégrafo e telefone, ficou separada como meio, e finalmente tornou-se parte de um complexo de mídia. É verdade, tanto para a educação quanto para a tecnologia, que ambas requerem e demandam mudanças. No fluxo da história, para usar uma metáfora alternativa, "na marcha do tempo", a industrialização que, aumentou a riqueza e o lazer, deu um novo significado a cada elemento da trindade. Enquanto demandava circulação de informação mais substancial e confiável, tanto por motivos financeiros quanto para o controle dos processos industriais, a industrialização também precisava de longo prazo de um acesso público mais amplo à educação, começando com a escola.
3) Quais as relações entre as mudanças no mundo do trabalho e a tríade “educação, informação, entretenimento?
R: A primeira transformação do trabalho ocorreu no fim do século XVIII e início do XIX, quando a "indústria", pensada no início do século XVIII como uma qualidade humana, começou a ser vista em separado da agricultura e finalmente identificada como um setor não agrícola da economia produtiva. 
Uma segunda mudança veio com "administração científica", baseada em estudos de tempo e movimento, desenvolvida primeiro nos Estados Unidos e posteriormente adaptada, sob diversas formas, em países muito diferentes entre si. O fabricante de automóveis Henry Ford, com a padronização do produto e as linhas de montagem, foi um herói na antiga União Soviética.
Já no fim do século XX, veio a terceira mudança, e com isso a palavra "trabalho" começou a ser aplicada também a lazer, viagem e esporte. Os esportes e os entretenimentos tornaram-se "o" esporte e "o" entretenimento. Lazer, viagem e esporte eram agora tratados como indústrias, ou ás vezes como setores da indústria.
4) Quais as interfaces entre as mudanças de “sentido” da educação, informação e entretenimento e a mídia?
R: Primeiramente a mudança consiste na visão de que alguns setores da mídia passaram a ter interesses econômicos no esporte, por meio de patrocínio ou às vezes de fusões de mios de comunicação. O detalhe é especialmente interessante quando se comparam os esportes ao longo do tempo: por exemplo, as apresentações na mídia de cenas do Dia do Derby ou do Superbowl, eventos nacionais que passaram a integrar o próprio calendário da mídia.
E havia também uma dimensão tecnológica. A Olimpíada de Estocolmo de 1912, por exemplo, testemunhou o primeiro uso de equipamento elétrico de medição de tempo em eventos de corrida. Câmeras novas e menores, agrupadas e colocadas de maneira cuidadosa, tonaram possível a visão de detalhes. E filmagens de reprise em câmera lenta. A televisão também influenciou no tempo dos eventos esportivos e mesmo em suas regras. Ela interferiu no controle da parte financeira e, atráves desta, em muito mais.
5) O que os autores quiseram dizer, ao afirmarem que “as linhas divisórias entre informação e entretenimento tornaram-se cada vez mais embaçadas”?
R: As linhas divisórias entre informação e entretenimento tonaram-se embaçadas tanto na imprensa escrita quanto na mídia eletrônica nas décadas de 1950 e 1960. Pois os produtores mostraram aos esportes estabelecidos possibilidades incríveis. Até então os espectadores haviam se encantado antes e depois dos jogos: agora o encanto era dos jogadores que (por dinheiro) faziam milagres fora dos campos.
6) O que significava a expressão “quarto poder”, atribuída ao jornal no século XIX? O que queria dizer a expressão “imprensa pobre”?
R: Na Europa, o jornal The Times, órgão dominante de imprensa em Londres, se considerava o "quarto poder. Diz-se que a pessoa que cunhou a frase foi o historiador Macaulay, embora ele estivesse se referindo à Galeria De Imprensa no Parlamento, e não especificamente a The Times oi à imprensa como um todo. O jornal The Times que foi descrito como – “o maior jornal jamais visto no mundo” – perdeu parte de seu domínio depois que os impostos sobre a impressão foram reduzidos e posteriormente abolido em 1855, tornando assim uma imprensa pobre.
7) Quais as implicações para a mídia impressa inglesa do século XIX da abolição de impostos sobre o papel e a impressão e do aumento da liberdade de imprensa?
R: É de importância estratégica na história da mídia britânica a maneira como diversos jornais e vários segmentos da população viram a abolição dos impostos sobre impressão e papel - e sobre a propaganda. Os impostos de consumo sobre o papel, criados no reinado de Ana, foram considerados por radicais como "taxas sobre conhecimento" e a sua revogação foi saudada pelo Morning Star como "um dia de festa em todos os calendários ingleses". Para o Daily Telegraph, a revogação abriu aos escritores " um campo consideravelmente extenso para uma atividade de gênio e de talento como jamais eles haviam desfrutado". Richard Cobden e Daily Telegraph acrescentou que a liberdade de imprensa foi vista para esse veículo de comunicação como uma autoridade mais notável e confiável do que qualquer procurador geral ou censor oficial da imprensa. 
8) Quais as relações, naquele período, entre imprensa, política e democracia?
R: Quando o jornalismo se desenvolveu em grande escala e transformou-se em um negócio lucrativo e rentável conseguiu também sua esperada emancipação econômica em relação aos benefícios políticos que sujeitava a imprensa. Já no final do século XIX o jornalismo se tornou cada vez mais fundamental como veículo para as divulgações. Além da autonomia política e econômica, os avanços tecnológicos também transformaram o jornalismo.
9) O aparecimento da mídia eletrônica suplantou o “poder” dos jornais? Justifique.
R: Fazer jornal é um negócio relativamente caro, papel, tinta e a rotatividade são uma careza. Mas esse não é o principal fator que tem levado a mídia eletrônica ao sucesso máximo, e sim o aumento de leitores que buscam cada vez mais as notícias eletrônicas. O jornal impresso carrega ainda um grande prestigio de ser um veículo que passou e se assegurou por vários séculos como único meio de informação – mídia. E hoje vários jornais conseguiram migrar para a mídia digital, entretanto nem todos alcançaram esse feito, a maior parte os jornais menores. As mudanças e invenções são imparáveis! E importantes revoluções estão nos extensos setores da comunicação digital. A mídia social é a democratizaçãoda informação, transformando pessoas leitoras de conteúdos em publicadoras de conteúdo.
18) Aponte os pontos que mais lhe chamaram atenção no texto (obrigatória).
R: Esse texto, que é o capítulo 5 do livro Uma História Social da Mídia – de Gutenberg à Internet do autor Asa Briggs, intitulado como “informação, educação, entretenimento”. Retrata a grande importância dos meios de comunicação e claro o surgimento dos grandes veículos. Apresenta também a influência que esses meios têm na sociedade e destaca a grande importância que a imprensa gráfica teve, e assim como a televisão e o cinema e claro a rádio fusão.
Todo o investimento nas tecnologias que facilita o desenvolvimento e propagação a estão diretamente ligadas ao interesse financeiro. Mas todo o esforço desses investimentos está conectado ao que o título diz, tudo – mesmo que sem intenção – foi criado, acabou sendo direcionado para o entretenimento, para a educação ou trazendo uma informação. A televisão, cinema, e a radio fusão se sobrepôs à imprensa gráfica, que ainda sim foi a que forneceu acesso mais fácil para que todas as tecnologias se propagassem. E que a cada novo meio que ia surgindo o outro não morria, que um complementava o outro. E que os veículos mais antigos tinham que modernizar para se igualarem, e assim terem um futuro firme e serem operantes na sociedade atual. O meio de comunicação que passou por toda a história e se adaptou durante os tempos foi a Imprensa Gráfica, que sobreviveu ao cinema, rádio, televisão, a criação do computador e a invenção da internet, mas ainda assim é o veículo mais popular e de fácil acesso.

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