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Centro Cirúrgico – NP2 Avaliação Pré-operatória: Irá avaliar a saúde geral do paciente para identificar anormalidades. E a avaliação do risco cirúrgico é avaliado de acordo com o paciente e a cirurgia que será submetido. Tem como OBJETIVO reconhecer o risco, modificar o risco e melhorar a evolução (mobilidade e mortalidade). Principais fontes de infecção no CC que devemos controlar: - Ao próprio paciente (idade, infecção, doenças..) - Aos profissionais da saúde (técnicas utilizadas) - Aos matérias (sonda mal colocada...) - Aos equipamentos (mal funcionamento, desgastado, sujo...) - Ao ambiente (limpo? Fluxo de material? E de pessoas?) Complicações pré-operatórias mais comuns: - Infecções: são as mais comuns, e podem ser infecções no abdômen, pneumonia, ITU e sepsis. - Respiratórias - Cardíacas (IAM, ICC, PCR). Quais fatores podem afetar cirúrgico? - Idade ( > de 70 e < de 6 meses) - Tipo de procedimento (emergência) - Tipo de anestesia - Doenças de base (o que levou o paciente para a mesa cirúrgica - ASA) - Estado funcional do paciente (resposta d agressão cirúrgica) Bases para avaliar o paciente no pré-operatório: - Historia medica completa - Exames laboratoriais - ECG e RX (apenas quando há necessidade) - Formulação do risco e planejamento necessário - Avaliação pré-operatória (Utilização da classificação ASA) Preparos cirúrgicos, dividido em 3 categorias: 1° preparo geral (para todos os pacientes) - Verificar e avaliar os sinais vitais - Higienização corporal - Jejum (menino 6 a 8hrs ou até 12hrs – para os que se submetem a anestesia) - Avaliação da pele (exame físico – lesões, alterações teciduais... ) 2° preparo relativo (para alguns pacientes) - Rebaixamento de pelos - Enema ou lavagem intestinal (utilizando ampola retal ou cânula retal) - Banho asséptico (agua e sabonete, no final usar uma solução degermante e secar) - repouso (relativo ou absoluto) - Medicações especificas 3° preparo especifico para cada cirurgia APS Montagem da sala operatória: - Verificar e organizar a mobília e equipamentos para não prejudicar a funcionalidade e dinâmica; - Limpeza e desinfecção da sala, equipamentos e mobília; - Verificar e testar se todos equipamentos que serão utilizados estão funcionando; - Verificar e testar os painéis de gases medicinais; - Checagem dos materiais que compõem o carrinho de anestesia; - Observar e controlar temperatura da sala; - Disponibilizar os materiais nas mesas auxiliares em quantidade adequada; - Reposição de carrinhos e artigos esterilizados conforme a rotina da instituição; - Provisão e reposição de medicamentos e materiais; - Provisão e reposição de impressos e registros conforme rotina. Manuseio de materiais: 1° Considerar a lavagem e degermação das mãos como o principal elemento oi prevenção de infecções. 2° Manusear os matérias com cautela e não colocar as mãos na parte interna do pacote. 3° Manusear o material estéril somente com pinça ou mão enluvada. 4° Organizar os materiais de forma a evitar que tenha contato com o campo externo. 5° Olhar no pacote se veio lacrado, a data da esterilização, como está a integridade da embalagem e a presença do material estéril. 6° Considerar como contaminado qualquer material que tocar no campo externo. 7° Procurar reduzir o tempo de exposição do material estéril Paramentação cirúrgica é um processo especifico e padrão que envolve as técnicas de degermação de mãos, vestir avental esterilizado e calçar luvas. Instrumental cirúrgico é todo material utilizado na realização cirúrgica, retirada de pontos, exames tratamentos e curativos. Estão classificadas em especiais e comuns: Especiais – Utilizadas apenas em determinada cirurgia e tempo especifico. Comuns – instrumentos básicos utilizados em qualquer tipo de intervenção cirúrgica. Montagem da mesa cirúrgica – Feito pelo instrumentador e circulantes de sala. Escolher o local de menor circulação da sala. Admissão do paciente na SO: - Transferir para a mesa cirúrgica - tomar cuidado com drenos e cateteres - Aplicação do SAEP, deve estar pronto ao chegar na sala cirúrgica. - Posicionamento anatômico Colocação dos campos é feito pelo cirurgião após está com todos os parâmetros estéreis Após o termino da cirurgia o circulante de sala deve: - Conferir todos os materiais, deve ter o mesmo número antes, durante e após o termino - Testar todos os equipamentos antes e desligar todos após o termino da cirurgia - Encaminhar paciente para RA - Encaminhar material para análise laboratorial - Confere todos os materiais e encaminha para CME - Confere resíduos sólidos e encaminha para o expurgo - Limpa a sala cirúrgica - Prepara a sala para a próxima cirurgia. Segurança do paciente e qualidade da assistência: - Garantir qualidade e segurança ao paciente desde o momento na recepção ao a alta - Identificação correta - Prevenção de possíveis riscos em cada fase do atendimento - Identificação precoce de erros - Aplicação do SAEP Definições dos incidentes: 1° Near miss – Acidente que não atingiu o paciente. 2° Incidente sem dano – Atingiu o paciente mas não causou danos ao paciente. 3° Incidente com dano – Incidente resultou em danos ao paciente. Ex: Medicamento penisulina - Independente do dano todos os incidentes devem ser evitados pela segurança do paciente. Comunicação entre as equipes do CC: - É importante que as equipes que atuam no CC tenham uma boa comunicação para a segurança do paciente. Está cultura deve ser criada pelo hospital e funcionários, sendo um produto de valores, atitudes, competências e padrões de comportamentos. Checklist para Cirurgia segura: Veio para auxiliar as equipes na redução de erros e possíveis danos ao cliente. Promover melhor comunicação entre as equipes e práticas corretas. Este Checklist está divido em três momentos: 1° antes da indução anestésica (prevenção) 2° antes da incisão cirúrgica (performance) 3° antes da saída do paciente da sala cirúrgica (aprendizagem) 10 objetivos da campanha Cirurgia segura: - Doente certo/ lado certo - Impedir complicações anestésicas - Estar preparado para emergência das vias aéreas - Estar preparado para grandes perdas de sangue - Prevenir alergias - Minimizar as infecções no local cirúrgico - Impedir a retenção de compressas e instrumentos - Ser preciso no tratamento de “amostras biológicas” para analise - Comunicar com efetividade a informação clínica - Controlar a capacidade, o volume e os resultados da atividade Riscos ocupacionais no CC Físico – ruídos, temperatura e radiações (principal fator de risco no CC) Químico – Gases anestésicos, vapores e substancias (mais comum no expurgo) Biológico – Vírus, bactérias, fungos Ergonômico – Esforço físico interno, postura inadequada e stress físico e psíquico Acidentes – Equipamentos sem proteção, armazenamento inadequado e ferramentas defeituosas. ANETESIA A anestesia deve proporcionar: Narcose - Sono artificial Analgesia - perda da dor Relaxamento - ausência de tensão muscular Bloqueio - Perda dos reflexos Tipos de anestesia: Geral – Perda de sensibilidade em todos corpo Local – Perda parcial da sensibilidade (local bem especifico) Regional – Perda parcial da sensibilidade (local mais amplo) Ex: raqui Finalidade da administração das drogas: Abolir a dor, proporcionar amnesia, potencializar efeitos anestésico, bloquear impulsos nervosos e reduzir metabolismo. Grupos de fármacos utilizados: (utilizado no mínimo 4 fármacos) Sedativos – Podem ser usados antes ou depois da cirurgia. Ex: Ansiolítico Anticolinérgicos – Diminui a secreção salivar e brônquica ajudando na intubação Opióides – Potencializam efeitos dos agentes anestésicos inaladores e bloqueiam a dor Neurolépticos – Bloqueio das junções (movimentos) Ansiolíticos – Promovem sedação, relaxamento muscular, amnesia e ansiedade. São associados aos anestésicos locais e podem ser utilizados antes da anestesia. Ex: Diazepan Hipnóticos – Diminuem a atividade energética cerebral, desacelera o metabolismo e induz o sono. Normalmente utilizado ao longo da cirurgia. Anticolinérgicos (Atropina) – Possui efeitos antimuscarinico, facilitandoa intubação. Drogas curarizantes – Bloqueiam a junção neuro muscular, relaxam a musculatura esquelética e facilitam na intubação. *O anestesista deve conhecer o paciente para saber quais fármacos deve administrar. As técnicas escolhidas devem conter as seguintes características: Produzir menor número de efeitos indesejáveis Baixa toxicidade Ser de iniciação rápida e de fácil reversibilidade Proporcionar segunda ao paciente, melhores condições cirúrgicas, bem estar ao paciente, analgesia eficaz, amnesia e relaxamento muscular adequado. Anestesia Geral EV Pode ser utilizada para induzir ou complementar a A.G. inalatória, para complementar anestesias regionais ou como agente único quando o procedimento for de curta duração ou pouco doloroso. Vantagens: Simplicidade do material utilizado, indução rápida, não oferece riscos ao ambiente e baixa incidência de náuseas e vômitos. Desvantagens: Riscos de flebite e tromboses e relaxamento muscular superficial Fármacos: Opióides, não opióides, hipnóticos, benzodiazepínicos e relaxantes musculares. Anestesia geral inalatória: Feito a partir de líquidos voláteis + oxigênio + indutor (não obrigatório). Vantagens: Grande variedade de fármacos, controle fácil e segurança na administração. Desvantagens: Sensação desagradável devido ao odor, controle da dosagem certa e oxigenação adequada Fármacos: Se dividem em gasosos e líquidos voláteis. Oxido nitroso – Único que já vem em gás, porém é mais fraco holatano – Pode ficar impregnado no fígado 3 meses etrane – Deve ser utilizados por pacientes hepáticos e renal forane – Pacientes hepáticos, porém é mais caro sevorane – Utilizado em idosos e crianças, mais caro porem melhor Etapas da anestesia: Pré anestesia (não obrigatório, depende do paciente) Indução anestésica Manutenção anestésica (até o termino da cirurgia) Superficialização (para de administrar os fármacos) Antagonização (administração de outros medicamentos para fazer os efeitos adversos e voltar o paciente) Recuperação anestésica Anestesia geral – 4 estágios: Analgesia – Quando se administra o fármaco. Excitação – Estimulação dos neurônios e assim passa informação para todo o corpo (sensibilidade) Período cirúrgico - Cessação dos movimentos espontâneos Depressão do centro respiratório – Necessário intubação Anestesia local Bloqueiam a reversibilidade a condução dos impulsos ao nível de axônio, bloqueiam sensação de dor em áreas especificas e superficiais. Fármacos: Lidocaína, bupivacaina, procaína, benzocaina. Anestesia regional intravenosa Bloqueio de Bier (utilizados em membros sup. E inf) Anestesia por bloqueio de nervo Anestesia é injetada em torno dos plexos nervosos. Anestesiando toda área suprida por esses nervos, bloqueando as funções motoras e sensitivas. Analgesia Epidural – Prolongada, por gotejamento Pele dural – Aplicado no espaço Epidural por osmose e absorção Raqui – Igual a pele dural mas perfura a dura mater e a aracnoide. Aplicado no espaço sub aracnoide. Pacientes pré-dispostos a cefaleia após raqui: Jovens, pessoas desidratadas, com estresse ou agitado e pré-dispostos a ter cefaleia. A dor só se manifesta quando se levanta (dobra coluna). Tratamento: Blood Patch – Ejeta sangue venoso ou SF (mais indicado) no espaço Epidural (entre L1 e L4). UNIDADE DE RECUPERAÇÃO ANESTESICA A recuperação da RA pode ser feita pelo enfermeiro, técnico e anestesista (é quem dá a alta) O Anestesista e o circulante que atende o paciente deve fornecer informações como: Dados do paciente Diagnostico medico A cirurgia que foi proposta e a realizada técnica anestesia e as drogas utilizadas Posição cirúrgica Equipamentos utilizados DOR PÓS OPERATORIA Dor nociceptiva – Primeira queixa do paciente, estimulada por fatores inflamatórios. Ação do enf: Realizar exame físico identificando os sinais e sintomas da dor e identificar intensidade da dor através de escalas, repostas verbais, comportamentais e neurovegetativas. Cuidados: Medicamentos, apoio psicológico, conforto, massagem, posicionamento adequada e medidas auxiliares (compressas e oxigenação) Fármacos que podem ser utilizados: Substancias analgésicas como serotonina, noradrenalina... Complicações pós-operatória: Soluços – Esparmos respiratórios que podem ser de forma direta (estímulos diretos no órgão), indireta (toxemia uremica / paciente renal) e reflexa (frio, calor...) Ação do enf: Aquecer o paciente, oxigenar... Náuseas e vômitos – Sensação de desconforto / ejeção forçada do conteúdo do estomago. Pode ser causado por dor ou incisões cirúrgicas bucal (oral). Ação do enf: Virar o paciente em bloco (lateral) e cuidado na oxigenação. Grupos antitérmicos utilizados: 1° Antidoparminergicos 2° Anticolinérgicos 3° Anti-histamínicos 4° Butirofenas Complicações respiratórias: A mais frequente e mais seria complicação no pós operatório por isso uma das primeiras coisas que deve ser feito na RA é olhar a saturação. Possíveis causas: Efeito dos anestésicos, doenças respiratórias pré existentes, broquioaspiração, etc. Principais complicações: Obstrução das vias áreas superiores que podem ser parciais ou completas. Hemorragias: Hematemese: Vomito com sangue Melema: Expulsão de sangue pelo anus acompanhado ou não de fezes Hemoptise: Sangue proveniente do aparelho respiratório Hematuria: Presença de sangue na urina Hemoragia pos parto: Perda de sangue pela vagina em quantidade significativa nas primeiras 48hrs *Deve verificar se as hemorragias estão associadas a cirurgia ou não. Índice de Aldrete e kroulik modificado: Avalia a respiração, circulação, consciência, saturação, atividade. Paciente só sai da RA se tiver nota entre 9 e 1 e em alguns casos 8 (se o paciente tiver alguma doença crônica). Normalmente quem faz a escola é o enfermeiro e o anestesista dar a alta.
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