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1 Sistemas de Mensuração e Avaliação de Desempenho Organizacional: Diferentes Usos nas Empresas Industriais do Estado de São Paulo Autoria: Flavio Hourneaux Junior, Julio Araujo Carneiro da Cunha Resumo A pergunta que direciona esta pesquisa é: Em que extensão são utilizados os Sistemas de Mensuração e Avaliação de Desempenho (SMADs) em suas diferentes dimensões? A partir da tipologia de Henri (2009), buscou-se verificar diferenças no grau de uso dos SMADs pelas empresas e em função do seu porte e da origem de capital. A pesquisa de campo é do tipo survey, teve a participação de 149 empresas associadas ao CIESP (Centro das Indústrias do Estado de São Paulo). Os resultados apontam diferenças apenas na variável porte e na dimensão Monitoramento, não havendo diferenças nas demais dimensões e variáveis. 2 Introdução A área de Avaliação de Desempenho, que é voltada a estudar o conjunto de indicadores utilizados para se mensurar eficiência e eficácia das atividades organizacionais, se desenvolveu em grandes proporções nos últimos 20 anos (Taticchi, Asfalti & Sole, 2010). Esse desenvolvimento se deu, principalmente, pela importância em se ter esses sistemas como ferramenta da rotina organizacional. Isso se comprova por meio da quantidade de publicações neste tema corresponde a cerca de 20% do tempo de dedicação dos pesquisadores, desde 1994 (De Wall, 2003); na disseminação de livros, websites e softwares dedicados ao assunto, o que levou à criação de um mercado bilionário (Neely, 2007). Até que se considera que esta questão tenha se tornado uma nova filosofia nas organizações, demandando novos processos e estruturas (Eccles, 1998). Esse desenvolvimento foi impulsionado também pelas demandas por sistemas rigorosos de avaliação de desempenho que pudessem suprimir a tomada de decisões baseadas em métodos robustos e não somente na intuição do gestor (Ermolayev & Matzke, 2007) ou em características unidimensionais exclusivamente financeiras (Venkatraman & Ramanujam, 1986). Essas necessidades gerenciais evoluíram de forma que não se bastavam apenas a gerar métricas e mensurações de resultados, mas em como gerenciar esses resultados. Dessa forma, inevitavelmente, uma das direções dessa evolução foi o desenvolvimento de sistemas e modelos organizacionais não focados somente em mensurar o desempenho, mas de suprir algumas demandas gerenciais. Nessa linha de pensamento, Neely (2005) defende que um dos desafios da área é gerar sistemas voltados à gestão do desempenho e não somente à sua mensuração. Assim, os sistemas de avaliação de desempenho ganharam maiores proporções, de forma que a maneira pela qual eles são utilizados é um assunto em pauta e de extrema relevância tanto para os acadêmicos quanto para os profissionais da área. Isso se justifica porque comumente estudos estão focados nos motivos que levaram as organizações a adotarem seus sistemas de mensuração e avaliação e desempenho (e.g. Bourne, 2005), todavia, poucos têm como objetivo central analisar quais as justificativas para o uso desses sistemas (Wiersma, 2009). Ainda que algumas iniciativas tenham sido conduzidas, inclusive tentando estabelecer categorias de justificativas (e.g. Simons, 2000; Marr, 2004; Wiersma, 2009), elas ainda são poucas para se chegar a conclusões definitivas e haver uma linha de pensamento consolidada na área de conhecimento da Avaliação de Desempenho, especialmente pelo fato de que são necessárias comprovações empíricas de campo que justifiquem essa segregação de razões conforme a realidade organizacional. Complementarmente, deve-se ter em mente que a elaboração de modelos e sistemas de mensuração e avaliação de desempenho organizacional deve respeitar as especificidades do tipo de organização (Souza & Williams, 2000) e setor da atividade econômica a que ele se aplica (Hourneaux Jr., 2005), já que cada especificidade dessas traz em seu bojo conceitos e premissas particulares. Isso se reflete, consequentemente, nas justificativas para utilização desses sistemas. Isto é, cada sistema de mensuração e avaliação de desempenho atende uma necessidade específica de um setor econômico ou tipo de organização conforme interesses calcados nas características do mercado, dos gestores, formação histórico-cultural, demandas institucionais, dentre outros elementos e, consequentemente, cada sistema tem também suas justificativas particulares que sua utilização. Dessa forma, o presente estudo foca-se especificamente nas empresas paulistas voltadas à indústria. Para essas organizações, tornam-se necessários não apenas a compreensão das especificidades para a formulação de sistemas de mensuração e avaliação de desempenho, mas também entender quais são as justificativas para utilização de indicadores nessas empresas. Isto é, o que justifica o uso de indicadores para as empresas industriais localizadas no Estado de São Paulo? Ou ainda, em que extensão são utilizados os SMADs em suas diferentes dimensões? 3 Diante disso, o objetivo do estudo é identificar na realidade das organizações industriais paulistas quais são as justificativas para o uso de indicadores oriundos dos sistemas de mensuração e avaliação e desempenho e o quanto cada uma dessas justificativas explica o uso de indicadores na realidade organizacional. 1 Fundamentação Teórica 1.1 Sistemas de Mensuração e Avaliação de Desempenho (SMADs) O desempenho de um negócio é um ponto chave para as pesquisas referentes às diversas estratégias administrativas, ocasionando uma contínua busca dos pesquisadores quanto ao estabelecimento das implicações do desempenho para a condução estratégica das organizações, por meio de uma grande variedade de métodos que visam à operacionalização deste desempenho (Venkatraman & Ramanujan, 1986). Isso vem sendo feito por pesquisadores de diferentes áreas com diferentes formações, uma vez que “devido a sua natureza, a mensuração do desempenho é um assunto multiforme” (Neely, 2007, p. 7). Além disso, as pesquisas têm se concentrado em aspectos mais formais com relação à mensuração do desempenho, ao invés de aprofundar-se no processo de mensuração – como os dados são obtidos, analisados, interpretados, comunicados e qual o impacto deste processo no próprio desempenho organizacional (Bourne, Kennerley & Franco-Santos, 2005). Assim, a mensuração do desempenho carece de novos processos e novas estruturas que lhes ofereçam o suporte necessário para que se tornem uma nova filosofia dentro das organizações (Eclles, 1998). Por meio de um sistema de avaliação de desempenho, pode-se implementar e monitorar a estratégia da organização, estabelecendo um padrão de relação entre o objetivo proposto e os resultados obtidos (Simons, 2000). No entender de Simons (2000), um Sistema de Mensuração e Avaliação de Desempenho (SMAD) seria “um sistema de informações que os administradores usam para rastrear a implementação da estratégia do negócio, comparando-se os resultados reais aos objetivos e metas estratégicas” (2000, p. 337), enquanto que Neely et al. (1995) destacam que um SMAD “pode ser definido com um conjunto de métricas usadas para quantificar tanto a eficiência e efetividade das ações” (Neely et al 1995, p. 81). Os autores destacam que essas métricas não se referem simplesmente a uma fórmula, e sim a vários elementos que vão ajudar a constituir um processo completo de mensuração. Já para Franco-Santos et al (2004), um SMAD constitui-se em “um conjunto de processos que uma organização usa para gerenciar a implementação de sua estratégia, comunicar sua posição e progresso e influenciar o comportamento e as ações de seus empregados. Isso exige a identificação dos objetivos estratégicos, medidas de desempenho multidimensionais, alvos e o desenvolvimento de uma infraestrutura de suporte” (Franco- Santos et al, 2004, p. 401). Por outro lado, Atkinson, Waterhouse e Wells (1997, p.26) definem o SMAD como “uma ferramenta que uma empresautiliza para monitorar suas relações contratuais”. Na visão dos autores, o sistema deve contemplar e dar suporte a alta administração nas relações com seus stakeholders. Portanto, um sistema de avaliação de desempenho organizacional deve estabelecer uma análise da organização de forma global, de maneira a integrar todas as perspectivas relevantes da organização (Sinclair & Zairi, 2000). Quadro 1 Principais conceitos de SMADs Referência Conceito de SMAD Simons (2000) Sistema de informações que os administradores usam para rastrear a implementação da estratégia do negócio, comparando-se os resultados reais aos objetivos e metas estratégicas. Neely et al. (1995) Conjunto de métricas usadas para quantificar tanto a eficiência e 4 efetividade das ações. Franco-Santos et al. (2004) Conjunto de processos que uma organização usa para gerenciar a implementação de sua estratégia, comunicar sua posição e progresso e influenciar o comportamento e as ações de seus empregados. Isso exige a identificação dos objetivos estratégicos, medidas de desempenho multidimensionais, alvos e o desenvolvimento de uma infraestrutura de suporte. Atkinson, Waterhouse e Wells (1997) Ferramenta que uma empresa utiliza para monitorar suas relações contratuais com stakeholders. Sinclair & Zairi (2000) Análise da organização de forma global, de maneira a integrar todas as perspectivas relevantes da organização. Fonte: elaborado pelos autores. Ainda que se considere que existam diversas definições sobre o tema, há uma tentativa de reunir a extensa literatura a respeito do tema feita por Franco-Santos et al (2007) que analisaram mais de 200 publicações que tratavam da conceituação de um Sistema de Mensuração de Desempenho. Em sua análise, os autores concluíram que não houve um consenso sobre o significado claro do termo. Para resolver essa questão, os autores sugerem que as pesquisas busquem explicitar melhor aquilo que está sendo estudado em futuros trabalhos. Por isso, sustentando-se nas conceituações expostas no Quadro 1, delimita-se no presente estudo que um SMAD é um sistema de indicadores gerenciais que abrange todas as perspectivas relevantes da organização e que monitora e conduz a estratégia organizacional até o nível operacional, de forma a comunicar essa estratégia a toda organização e também aos stakeholders. 1.2 Uso dos SMADs nas Organizações Diversos estudos propuseram razões pelas quais se pode justificar a utilização de sistemas de mensuração e avaliação de desempenho. Alguns apontaram motivos convincentes de forma isolada enquanto outros dedicaram seus esforços exclusivamente para explorar quais poderiam ser essas justificativas e como categorizá-las (e.g. Simons, 2000; Marr, 2004; Franco-Santos et al, 2007; Wiersma, 2009). O presente estudo foca-se exclusivamente na tipologia proposta por Henri (2006) como forma de definir quais seriam as categorias consideradas para segregar as diferentes justificativas para o uso de indicadores de SMADs. Para Henri (2009, p. 252), o uso dos SMADs é definido como “o modo que as medidas são usadas pelos seus gestores” [tradução nossa] e se refere “à natureza e ao propósito” do uso dos indicadores de desempenho pelos executivos. O autor ainda afirma que o uso dos SMADs pode ser dividido em quatro diferentes classificações, conforme as subseções a seguir. 1.2.1 Monitoramento Refere-se aos sistemas de feedback formais usados para monitorar e coordenar a implementação dos planos e alcance das metas organizacionais. Os SMADs tem papel fundamental na obtenção de feedback das operações realizadas (Otley, 1999) a ponto de tornar possível comparar resultados com as metas e objetivos planejados e esperados. De fato, a ideia de justificativa de uso de SMADs para se obter mais feedback e assim maior controle é algo defendido por diversos outros autores (e.g. Simons, 2000; Marr, 2004). É consenso entre os autores da área que os SMADs tenham o papel de monitorar o progresso e mensurar ou avaliar o desempenho, tal como Franco-Santos et al. (2007) defende. Essa importância se verifica não somente entre os teóricos, mas na realidade organizacional também, já que a ideia de usar SMADs para controle e monitoramento das atividades de indivíduos e grupos na organização representam 30% das justificativas sobre o porquê da utilização desses sistemas nas organizações (Marr, 2004). Portanto, é de grande aceitação que sistemas de mensuração de desempenho, tal como sistemas de administração de desempenho, auxiliam no controle da organização. 5 Adicionalmente, por meio dessas iniciativas de controle, a organização é capaz de propor melhorias para seu negócio (Halachmi, 2005), havendo melhorias de processo (Amaratunga, Baldry & Sarshar, 2001) e mantendo altos padrões de desempenho (Cocca & Alberti, 2010), além de atingir seus objetivos propostos (Nani, Dixon & Vollmann, 1990). Por fim, esse monitoramento implementado pelo SMAD pode gerar um ambiente voltado à própria sustentação do sistema, havendo o estímulo a uma cultura de busca por novos indicadores e elementos a serem mensurados que sustentam a retroalimentação e continuidade do sistema (Chavan, 2009). Ou seja, cria-se um ambiente institucionalizado no qual o próprio sistema se mantém, de forma que a mentalidade de controle se difunde na organização, ao passo em que os indicadores são constantemente revisados para se adaptarem às novas realidades da organização. 1.2.2 Foco de atenção Refere-se aos sistemas de sinalização usados para focar a atenção da organização e forçar o diálogo por toda a organização. Um ponto bastante difundido entre os teóricos da área é que os SMADs são importantes para a comunicação organizacional. Vale destacar que essa comunicação se refere tanto àquela que ocorre internamente na organização quanto a externa (Franco-Santos et al., 2007). Internamente, a comunicação entre departamentos, unidades, processos, funções, níveis hierárquicos, etc (Forza & Salvador, 2000) torna possível comunizar a visão estratégica da empresa, além do conhecimento e alinhamento da estratégia entre todas as diferentes áreas da organização. Essa multiplicidade de comunicações é exposta por Wiersma (2009) sendo ela para promover integração horizontal (coordenação e comunicação intra-grupo), integração vertical (comunicação vertical, controle, monitoramento e feedback das atividades). Isto é, justifica-se o uso porque se pode alinhar as metas e objetivos da organização conforme estratégia estabelecida (McAdam & Bailie, 2002). Consegue-se assim alinhar o foco em questões comuns, em especial, em prioridades para as operações da organização. Em suma, por meio dessa comunicação feita com maior clareza, facilita-se o processo de se estabelecer planos de ações alinhados e coordenados entre as áreas. Ademais, essas maior integração entre áreas facilita a divisão de responsabilidades e papéis dentro das atividades da organização, evitando duplicidade de responsabilidades ou, num pior caso, na ausência dela sobre determinadas atividades (Pietro et al., 2006). Externamente, o usuário externo (stakeholder) é atendido no momento em que ele pode obter informações relevantes da informação por meio de seu SMAD (Hourneaux Jr. & Corrêa, 2012). OS SMAD podem servir como ferramenta para oferecimento de serviços ao consumidor, sendo suporte para a interação com ele (Wiersma, 2009). Complementarmente, pode realizar benchmarkings com outras organizações (Neely, 1998) de forma a comparar se os níveis de produtividade da organização estão dentro de padrões do mercado, apontando oportunidades para melhorias caso exista alguma defasagem em relação aos concorrentes. 1.2.3 Tomada de decisão estratégica Existe a necessidade de modelos sejam capazes de servir de base para as tomadas de decisões dessa diversidade de organizações (Taticchi, Asfalti & Sole, 2010), principalmente, para se justificar uma tomada de decisão racional por parte dogestor (Wiersma, 2009). Essas decisões que são tomadas alinhadas com as definições prévias de estratégia organizacional. Por isso, esse uso de SMADs está relacionado com o planejamento e cumprimento de resultados das metas estabelecidas pela organização (Bourne et al., 2003), principalmente, ao que se refere ao longo prazo. Inclusive, os estudos de Marr (2004) identificaram que 19% das empresas entendem que a principal razão para o uso de SMADs em sua rotina é para que se possa ter um planejamento estratégico. Sob essa justificativa, os SMADs podem servir de respaldo de informações gerenciais para a tomada de decisões, baseando-se em dados concretos dos indicadores e não, apenas, na 6 intuição e opinião particular do gestor (Ermolayev & Matzke, 2007). Dessa forma, pode-se criar um estoque de experiências aos gestores sobre como agir diante de determinados comportamentos ou sinalizações dos indicadores. Os SMDAs são capazes ainda de oferecer um painel mais claro de possíveis soluções aos problemas da organização, apontando não apenas possíveis formas de solucionar problemas, mas também, apontando relações causa- efeito (Kaplan & Norton, 2004) que podem justificar determinada situação da emnpresa. Tudo isso pode ainda oferecer argumentos plausíveis para a tomada de decisão estratégica do gestor. 1.2.4 Legitimação Refere-se à justificação e validação das ações e decisões no passado, presente e futuro, conforme os valores e cultura organziacional. É, portanto, uma justificativa de uso ligada ao ambiente institucional legitimado da organização, já que os SMADs têm o poder de influenciar o comportamento dos indivíduos da organização (Franco-Santos et al., 2007). Dessa forma, é interessante notar que se cria um mecanismo de controle social da organização pelos gestores (Paula & Silva, 2005). Ou seja, institui-se um instrumento tanto de caráter implícito quanto de caráter explícito para se garantir o controle social dos indivíduos, sobre suas metas, resultados, eficiência e eficácia. Esse ambiente institucional e de valores da organizacional é reforçado quando se entende também que os SMADs podem servir para o ensino e aprendizado dos empregados (Simons, 2000), reforçando que o sistema serve de transmissão de valores e conhecimentos da organização. Ainda, nessa perspectiva, a justificativa de uso dos SMADs se assegura no cumprimento das regulamentações (Franco-Santos et al., 2007) a partir do momento em que os indicadores representam padrões a serem respeitados por regulações e normas, principalmente quando estas são regulações governamentais. Ainda nessa linha de pensamento, um usuário externo pode assegurar que as relações contratuais estão sendo respeitadas. Em suma, os elementos constituintes de cada uma dessas quatro dimensões estão apresentados no Quadro 2. Tais afirmações fazem parte do instrumento de coleta de dados utilizado nesta pesquisa. Quadro 2 Dimensões e elementos para o uso dos SMADs (segundo Henri, 2009) Finalidade de uso Elemento analisado Monitoramento Acompanham-se os progressos em direção às metas Monitoram-se os resultados Comparam-se os resultados com as expectativas Revisam-se as principais medidas Permite-se a discussão em reuniões com superiores, subordinados e pares Permitem-se o desafio e o debate contínuo sobre o que está implícito nos dados, premissas e planos de ação Provê-se uma visão comum de toda a organização Reforçam-se os vínculos na organização Permite-se que a organização tenha foco nas questões comuns a todos Foco de atenção Permite-se que a organização tenha foco nos fatores críticos de sucesso Tomam-se as decisões estratégicas uma vez que a necessidade da decisão é identificada e uma resposta imediata é (ou não) requerida Tomam-se decisões quando é difícil de se diferenciar entre as possíveis soluções para um problema porque cada uma delas apresenta bons argumentos a seu favor Tomam-se decisões quando encara-se um problema que não é estruturado e que não tenha sido enfrentado anteriormente Tomam-se decisões quando se deparou recentemente com uma decisão similar Antecipa-se a futura direção para a organização, como oposta à resposta a um problema identificável Tomada de decisão estratégica Toma-se uma decisão final em uma questão estratégica de grande importância. 7 Tomam-se as decisões estratégicas uma vez que a necessidade da decisão é identificada e uma resposta imediata é (ou não) requerida Confirma o entendimento que você tem dos negócios Justifica suas decisões Verifica suas premissas Mantém suas perspectivas Dá suporte as suas ações Reforça suas crenças Mantém a proximidade do negócio Aumenta o seu foco Legitimação Dá validade aos seus pontos de vista Fonte: Baseado em Henri (2009). 1.2.5 Proposta e Hipóteses do estudo Refere-se à justificação e validação das ações e decisões no passado, presente e futuro. H1: Empresas de maior porte utilizam os Sistemas de Mensuração de Desempenho (SMDs) forma mais intensa que empresas de menor porte no que se refere a... H1A: a dimensão Monitoramento H1A: a dimensão Foco de Atenção H1A: a dimensão Tomada de Decisão Estratégica H1A: a dimensão Legitimação H2: Empresas de capital nacional utilizam os Sistemas de Mensuração de Desempenho (SMDs) forma menos intensa que empresas de capital estrangeiro ou misto no que se refere a... H2A: a dimensão Monitoramento H2A: a dimensão Foco de Atenção H2A: a dimensão Tomada de Decisão Estratégica H2A: a dimensão Legitimação 2 Aspectos Metodológicos Este estudo é uma pesquisa descritiva, que “destinam-se a descrever as características de determinada situação” (Boyd Jr. & Westfall, 1979, p. 68) e tem como foco central o desejo de “conhecer a comunidade, seus traços característicos, suas gentes, seus problemas, suas escolas, seus professores, sua educação, sua preparação para o trabalho, seus valores...” (Triviños, 1987, p. 110). A ideia é que se “selecione uma série de questões e se meça ou colete informações sobre cada uma delas, para assim, descobrir o que se investiga” (Sampieri Collado & Lucio, 2003, p. 118). O estudo também pode ser classificado como quantitativo, sendo entendido como uma “metodologia de pesquisa que procura quantificar os dados e, geralmente, aplica alguma forma de análise estatística” (Malhotra, 2006, p. 154), pois “utiliza a coleta e análise de dados para responder a perguntas de pesquisa e provar hipóteses”, utilizando “medição numérica e análise estatística para estabelecer padrões de comportamento” (Sampieri et al., 2003, p. 5-6). A pesquisa empírica realizada é do tipo survey, que consiste em uma ferramenta de “auto reporte” de dados factuais ou opiniões, sendo possível aplicá-la a um grupo homogêneo, com pelo menos uma característica comum, como pertencer a uma indústria, por exemplo (Flynn, Kakibara, Schroeder, Bates & Flynn, 1990). O universo da pesquisa é composto pelas empresas industriais ligadas ao Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (CIESP), sendo que todos os seus associados foram convidados a participar do levantamento, configurando uma amostragem do tipo intencional, ou seja, segue um critério por julgamento, que atende a critérios determinados pelo pesquisador (Cooper & Schindler, 2003, p. 169) e do tipo voluntário, ou seja, os indivíduos podem manifestar livremente o seu desejo de tomarem parte na pesquisa (Saunders, Lewis & Thornhill, 2007, p. 233), a partir de uma carta convite enviada pela Diretoria de 8 Responsabilidade Social do CIESP. A amostra é, portanto, não probabilística, com característica “arbitrária (não aleatória) e subjetiva” (Cooper e Schindler, 2003, p. 152), apesar das desvantagens em termos de generalização e extrapolação próprias das amostras não probabilísticas (Sampieri, Collado & Lucio, 2003, p. 326). O instrumento eletrônico de coleta de dados relacionava, além de perguntas qualificadoras da amostra, questões referentes aos elementos citadosanteriormente no Quadro 2, segundo estudo de Henri (2009). Deveriam ser atribuídas notas para as afirmações, de acordo com uma escala de discordância-concordância de sete pontos, sendo o mínimo de “1” equivalente a “de modo algum” e o máximo de “7”, equivalente a “em grande extensão”. A análise dos dados foi realizada de forma uni e multivariada. Para a análise univariada foram verificadas as principais das características das empresas respondentes (ver Tabela 2) e das variáveis com relação ao objetivo da pesquisa (média e desvio padrão, apresentadas nas Tabelas 3). A análise fatorial está representada na Tabela 4 e a análise multivariada utilizada para verificar as correlações propostas pelas hipóteses do estudo estão representadas na Tabela 5. Os constructos eram compostos por diferentes questões, de acordo as dimensões apresentadas no Quadro. Foram calculados os Alfas de Cronbach para verificar a confiabilidade de cada um dos constructos, com os resultados mostrados pela Tabela 1, atingindo os níveis de confiabilidade propostos por Hair, Black, Barry & Anderson, (1998, p. 118), de valores iguais ou superiores a 0,7 para estudos em geral e 0,6 para estudos exploratórios e, portanto sendo considerados confiáveis. Tabela 1 Confiabilidade dos constructos Constructo Alfa Cronbach Alfa Cronbach Padronizado Número de indicadores Monitoramento 0,944 0,944 4 Foco de Atenção 0,951 0,951 7 Tomada de Decisão Estratégica 0,851 0,854 7 Legitimação 0,950 0,951 9 Fonte: elaborado pelos autores 3 Apresentação e discussão dos resultados 3.1 Características da amostra O Estado de São Paulo tem a maior produção econômica dentre os estados brasileiros e é responsável por mais de 31% do PIB do país (São Paulo, 2010). Sua indústria é a que mais emprega no país: 2.575.782 pessoas, representando uma remuneração total de quase 61 bilhões de Reais e mais de 26 milhões de Reais em termos de encargos sociais, trabalhistas, indenizações e benefícios, com setor obtendo uma receita líquida de vendas de quase 593 bilhões de Reais (IBGE, 2007). O levantamento de dados, realizado em 2010, totalizou 149 respostas válidas, a partir do envio do convite de participação às empresas associadas ao CIESP. As principais características da amostra obtidas estão apresentadas na Tabela 2. Tabela 2 Principais características da amostra pesquisadaa Variável Classificação Frequência Percentual Agricultura, Pecuária, Produção Florestal, Pesca e Aquicultura 3 2,0% Indústrias Extrativas 1 0,7% Indústrias de Transformação 130 87,2% Água, Esgoto, Atividades de Gestão de Resíduos e Descontaminação 2 1,3% Eletricidade e Gás 3 2,0% Setor Industrial Construção 10 6,7% Nacional 119 79,9% Estrangeiro 23 15,4% Origem do capital da empresa Misto 7 4,7% 9 Sociedade por quotas de responsabilidade limitada 129 86,6% Sociedade Anônima 17 11,4% Tipo de empresa Outro 3 2,0% Menos de R$ 60 milhões 109 73,2% Entre R$ 60 milhões e R$ 300 milhões 24 16,1% Entre R$ 300 milhões e R$ 600 milhões 8 5,4% Entre R$ 600 milhões e R$ 1 bilhão 3 2,0% Faturamento / Receita anual (aproximado) Acima de R$ 1 bilhão 5 3,4% Até 99 colaboradores 88 59,1% Entre 100 e 500 colaboradores 45 30,2% Entre 500 e 1.000 colaboradores 4 2,7% Entre 1.000 e 5.000 colaboradores 9 6,0% Número de colaboradores da empresa Acima de 5.000 colaboradores 3 2,0% a Números em negrito representam a maior frequência para cada variável analisada. Fonte: elaborado pelos autores De modo geral, percebe-se que a amostra tem uma predominância de empresas do setor industrial de transformação, sendo em sua maioria micro, pequenas e médias empresas, com faturamentos anuais inferiores a R$ 60 milhões, de acordo com a classificação do BNDES (2010). As empresas respondentes, em sua maioria, são do tipo sociedade por quotas de responsabilidade limitada e de capital privado nacional. 3.2 Estatística descritiva Nesta seção, o objetivo é apresentar os resultados referentes ao uso (segundo o estudo de Henri (2009) e conforme relação de indicadores apontados anteriormente) uma nota para o emprego dos 27 indicadores da tipologia citados, de acordo com uma escala de discordância- concordância de sete pontos, sendo o mínimo de “1” equivalente a “de modo algum” e o máximo de “7”, equivalente a “em grande extensão”. A Tabela 3 apresenta os resultados para os 27 indicadores pesquisados. Tabela 3 Uso dos SMADs – Estatística descritiva Dimensão Indicadores Média Desvio Padrão Ordema USO_A1 Acompanhamento metas 5,9530 1,1528 4 USO_A2 Monitoramento Resultados 6,1208 1,1205 1 USO_A3 Comparação com expectativas 6,0805 1,2221 2 Monitoramento USO_A4 Revisão das medidas 5,8725 1,2318 5 USO_B1 Discussões reuniões 6,0000 1,2412 3 USO_B2 Desafio e debate contínuo 5,7383 1,3223 7 USO_B3 Visão comum da organização 5,5839 1,3106 12 USO_B4 Reforço dos vínculos organizacionais 5,5168 1,3587 19 USO_B5 Foco nas questões comuns 5,5705 1,2748 15 USO_B6 Foco nos fatores críticos de sucesso 5,5705 1,2801 16 Foco de atenção USO_B7 Vocabulário comum 5,3356 1,4455 22 USO_C1 Resposta imediata 5,6040 1,1320 11 USO_C2 Resposta não-imediata 4,9060 1,4766 26 USO_C3 Difícil diferenciação entre problemas 4,9597 1,4790 25 USO_C4 Problemas inéditos e não estruturados 5,0201 1,4541 24 USO_C5 Decisões anteriores similares 5,4094 1,2303 21 USO_C6 Mudança de direção 4,8121 1,5482 27 Tomada de Decisão Estratégica USO_C7 Questão de grande importância 5,6107 1,3290 10 USO_D1 Confirmação do entendimento dos negócios 5,5839 1,2030 13 USO_D2 Justificação das decisões 5,5772 1,2312 14 USO_D3 Verificação das premissas 5,4228 1,2312 20 USO_D4 Manutenção das perspectivas 5,5302 1,1715 18 USO_D5 Suporte às ações 5,6577 1,1785 9 Legitimação USO_D6 Reforço das crenças 5,3020 1,3442 23 10 USO_D7 Manutenção da proximidade do negócio 5,7584 1,1189 6 USO_D8 Melhoria do foco 5,7114 1,1046 8 USO_D9 Validação dos pontos de vista 5,5503 1,1592 17 a Classificação pela ordem decrescente das médias Fonte: elaborado pelos autores Os resultados da estatística descritiva indicam que os principais escores foram destacadamente dados aos indicadores da dimensão Monitoramento (quatro dos cinco maiores). Para as demais dimensões, há uma maior variação nos resultados das médias dos indicadores. É interessante notar que para a dimensão Legitimação, a variação (desvio- padrão) não se apresenta tão alta, dando um caráter de maior homogeneidade para os indicadores. 3.3 Análise Fatorial para o Uso dos SMDs A partir da análise dos dados referentes aos indicadores do Grau de Uso dos SMDs, foi realizada uma análise fatorial, com a inclusão das 27 variáveis representativas, segundo o estudo de Henri (2009). O resultado apresentado possibilitou uma explicação de 73,10% da variância total, sendo os elementos agrupados em quatro fatores, conforme apresentado na Tabela 4. Tabela 4 Análise fatorial* do uso dos SMDs Componente Fatores Indicadores 1 2 3 4 Classificação no estudo original** Suporte às ações 0,7921 0,1928 0,2724 0,2311 Legitimação Justificação das decisões 0,7885 0,2428 0,1381 0,1701 Legitimação Verificação das premissas 0,7861 0,3006 0,1917 0,1166 Legitimação Manutenção das perspectivas 0,7837 0,1726 0,2862 0,2083 Legitimação Manutenção da proximidade do negócio 0,7622 0,2578 0,2121 0,1723 Legitimação Reforço das crenças 0,7570 0,1179 0,1749 0,1863 Legitimação Melhoria do foco 0,7562 0,3142 0,2574 0,1499 Legitimação Validação dos pontos de vista 0,7281 0,2016 0,3741 0,1557 Legitimação Confirmação do entendimento dos negócios 0,6083 0,1877 0,3961 0,3425 Legitimação Legitimação (24,80% da variância total) Questão de grande importância 0,4901 0,2291 0,0444 0,4110 Tomada de Decisão Monitoramento Resultados 0,2771 0,8663 0,2087 0,1128 Monitoramento Comparação com expectativas 0,3168 0,8329 0,2519 0,1170 Monitoramento Acompanhamento metas 0,2491 0,8077 0,25650,1734 Monitoramento Revisão das medidas 0,2967 0,7642 0,3308 0,1192 Monitoramento Desafio e debate contínuo 0,1986 0,5870 0,5795 0,2542 Foco de Atenção Monitoramento (17,57% da variância total) Discussões reuniões 0,2577 0,5828 0,5096 0,2961 Foco de Atenção Reforço dos vínculos organizacionais 0,3297 0,3454 0,7732 0,1450 Foco de Atenção Foco nas questões comuns 0,2912 0,3895 0,7256 0,1607 Foco de Atenção Vocabulário comum 0,3291 0,1911 0,7191 0,2883 Foco de Atenção Visão comum da organização 0,3183 0,4620 0,6973 0,1723 Foco de Atenção Foco nos fatores críticos de sucesso 0,3559 0,4629 0,6606 0,1640 Foco de Atenção Foco de Atenção (17,07% da variância total) Resposta imediata 0,4452 0,1092 0,5272 0,3840 Foco de Atenção Tomada de Decisão Problemas inéditos e não estruturados 0,2237 0,0500 0,2453 0,7740 Tomada de Decisão 11 Difícil diferenciação entre problemas 0,1978 0,0399 0,1671 0,7419 Tomada de Decisão Mudança de direção 0,1408 0,2051 -0,0791 0,7157 Tomada de Decisão Resposta não-imediata 0,1092 0,0814 0,2310 0,7029 Tomada de Decisão Estratégica (13,66% da variância total) Decisões anteriores similares 0,2577 0,2341 0,3003 0,6623 Tomada de Decisão * Método de extração: Análise de componentes principais Método de rotação: varimax com normalização Kaiser, com conversão em 7 iterações KMO = 0,9393 **Itens destacados em negrito diferem dos resultados do estudo original (Henri, 2009) Fonte: elaborado pelos autores De forma geral, os fatores ou dimensões gerados confirmam o modelo teórico utilizado. Apenas três itens (destacados em negrito na Tabela 4) não confirmam os resultados de Henri (2009) em sua totalidade. São eles: (i) Toma-se uma decisão final em uma questão estratégica de grande importância – originalmente pertencente à dimensão “Tomada de Decisão”, e classificada na dimensão “Legitimação”, embora tenha tido a carga fatorial mais baixa na dimensão (0,4901); (ii) Permitem-se o desafio e o debate contínuo sobre o que está implícito nos dados, premissas e planos de ação e (iii) Permite-se a discussão em reuniões com superiores, subordinados e pares, originalmente pertencentes à dimensão “Foco de Atenção” e classificada na dimensão “Monitoramento”, embora tenham tido as cargas fatoriais mais baixas na dimensão (0,5870 e 0,5828). Pela Tabela 4, pode-se perceber que estes itens ocupam as últimas colocações em seus fatores. Dessa forma, esses itens poderiam ser classificados como no estudo original, dadas as magnitudes de suas cargas fatoriais serem muito similares às maiores cargas fatoriais obtidas para esses itens, mais uma vez dando evidências à similaridade com o estudo original. 3.4 Análise das diferenças entre os grupos: porte e origem de capital Como aprofundamento das análises, foram realizados alguns testes para verificação se as características da composição da amostra levariam a diferentes resultados caso na descrição das variáveis que compõem as hipóteses da pesquisa. Para essa análise, em geral, é utilizada a técnica de Análise de Variância ou ANOVA, que “é uma técnica utilizada para determinar se as amostras de dois ou mais grupos vêm de populações com médias iguais” (Hair et al, 1998, p. 327), pela qual testa-se se as médias dos grupos são iguais. Assim, em um teste tipo ANOVA, verifica-se se há contraste entre as médias, e que pela hipótese nula, as médias são iguais, sendo H0: μ 1=μ2=... =μk (HAIR et al, 1998, p. 334). Como no caso da amostra da pesquisa, não é possível utilizar-se a ANOVA, que é recomendada para testes paramétricos, a opção foi utilizar a técnica equivalente indicada para testes não paramétricos, o teste de Kruskal-Wallis, recomendado para escalas ordinais (Favero et al, 2009, p. 178) e a rejeição da hipótese nula levaria a identificar diferenças entre os grupos analisados. Assim, foram utilizadas duas variáveis para o teste: o porte da empresa, dividido em duas categorias: (G1) que envolve micro, pequenas e médias empresas, com faturamento abaixo de R$ 60 milhões e (G2) grandes empresas, com faturamento igual ou superior a R$ 60 milhões. A escolha se deu em função de se testar se o volume de recursos possivelmente disponíveis influenciam as diferentes condições em que as empresas operam. a origem do capital, dividida em duas categorias: (G1) empresas de capital nacional e (G2) empresas de capital estrangeiro e/ou misto. A escolha se deu em função de se testar se as políticas e práticas de empresas internacionais podem representar diferenças na mensuração do desempenho se comparadas a empresas nacionais. Dessa forma, a Tabela 5 apresenta um sumário dos resultados dos testes realizados. Tabela 5 Análise das diferenças das variáveis de acordo com o porte e a origem de capital das empresas respondentes 12 Porte (1) Origem Capital (2) Variável G1 G2 Nível de significância Hipótese G1 G2 Nível de significância Hipótese Dimensão Monitoramento 69,85 89,59 0,0112 H1A 72,37 85,45 0,1318 H2A Dimensão Foco Atenção 71,61 84,25 0,1162 H1B 75,04 74,85 0,9823 H2B Dimensão Tomada de Decisão Estratégica 73,17 79,98 0,3951 H1C 75,90 71,42 0,6074 H2C Dimensão Legitimação 74,60 76,10 0,8561 H1D 76,33 69,73 0,4672 H2D Obs.: Utilização do teste de Kruskall-Wallis; Utilização do método de Monte Carlo, 95% de nível de significância (1) N=149; G1-Micro, Pequenas e Médias = 109; G2-Grandes = 40 (2) N=149; G1-Nacionais = 119; G2-Estrangeiras/Mistas = 30 Fonte: elaborado pelos autores Assim, verifica-se apenas na hipótese H1A uma diferença entre os grupos, ou seja, apenas a dimensão Monitoramento apresenta diferença de uso entre as empresas de maior porte (usam em maior grau) e de menor porte (usam em menor grau). Com relação ao porte, não há diferença nas demais dimensões e com relação à origem de capital não há diferença em nenhuma das quatro dimensões. 4 Conclusões 4.1 Implicações de ordem acadêmica Os resultados da pesquisa sugerem que os Sistemas de Mensuração e Avaliação de Desempenho podem ser utilizados de diferentes perspectivas, como ferramenta de monitoramento, cujos resultados foram mais evidenciados pelas respostas da pesquisa. Qualquer que seja o seu propósito, o uso efetivo dos SMADs pode ser um importante subsídio para a gestão do desempenho organizacional. O resultados das hipóteses aponta ainda que o Monitoramento é diferente entre empresas de maior e de menor porte, aparecendo como um elemento diferenciador na gestão destes dois grupos de empresas. Isso significa que grande parte dos gestores ainda priorizam contar com um SMAD para o controle e o monitoramento das atividades organizacionais, apontando para um caráter tradicionalista dos gestores para o uso desses sistemas. Tal fato, por vezes, pode limitar o uso dos SMADs dentro de suas reais possibilidades, impedindo que esses sistemas possam oferecer todo o suporte e tecnologia de gestão que eles têm em seu potencial, ficando eles sub-utilizados e sendo assim menos efetivos para a gestão estratégica da organização. Dessa forma, o caráter estratégico dos SMADs, que se apoia na possibilidade dessas ferramentas em sustentar o planejamento de longo prazo, a tomada de decisões, o desenvolvimento interno e de pessoas, dentre outras caracterpisticas, pode ser limitado. Com isso os SMADs podem acabar por ter uma função acessória no que tange à estratégia organizacional. Ou seja, pode existir uma ilusão de que a organização conta com uma ferramenta susntetadora da estratégia organizacional, quando pode não haver sequer uma estratégia organizacional alinhada e bem definida caso essa seja gerencialmente sustentada, aos olhos da alta diretoria, pelo subestimado SMAD. Afinal, somente acompanhar resultados de metas e indicadores não garante o sucesso da implementação da estratégia organizacional. Em outras palavras, pode-se estar desconsiderando e negligenciando elementos fundamentais para a condução e implementação adequada daestratégia organizacional. Ademais, é importante ressaltar que não há diferenças verificadas para as demais dimensões, nem quanto ao porte e nem quanto à origem de capital. Além disso, a tipologia 13 proposta por Henri (2009) parece apropriada, pois foi confirmada em quase sua totalidade em sua composição, via análise fatorial. 4.2 Implicações de ordem prática A amostra de dados obtida nesta pesquisa pode ser, de certa forma, considerada como representativa da indústria paulista e nacional, dada a representatividade da indústria deste Estado, com o predomínio de empresas de menor porte, de capital privado nacional e sem ações em bolsa, típicos na economia nacional. Assim, é plausível se considerar que as mesmas condições e dificuldades enfrentadas por essas empresas seriam também repetidas para outras empresas no cenário brasileiro. De certa forma, os resultados da pesquisa evidenciam que ainda há um grande espaço para melhoria do uso dos SMADs nas organizações. 5 Limitações e futuras pesquisas No caso deste estudo, que apresenta as naturais restrições metodológicas: (i) a pesquisa é de caráter descritivo; portanto não se tem a intenção de se determinar as possíveis relações de causa-e-efeito entre as variáveis, mas tão somente as suas características descritivas e correlações; (ii) para a pesquisa de tipo survey, por não se tratar de uma amostra probabilística, e sim intencional, as conclusões se refeririam apenas àquela amostra estudada; e (iii) as conclusões se referem aos resultados dados pelas técnicas de análise utilizadas, dentro dos requisitos necessários e dos níveis de significância estabelecidos. A possibilidade de realização de pesquisas com amostras maiores e representativas da indústria brasileira e também de outros setores, levaria também a possibilidade de comparações setoriais, em função das diferenças entre eles que seriam refletidas nos seus sistemas de mensuração de desempenho. Referências bibliográficas Amaratunga, D., Baldry, D. & Sarshar, M. (2001). Process improvement through performance measurement: The Balanced Scorecard methodology. Work Study, 50(5), 179-189. Atkinson, A.A, Waterhouse, J. H. & Wells, R.B. (1987). A Stakeholder Approach to Strategic Performance Measurement. Sloan Management Review, 38(3), 25-37. BNDES - Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (2010). Disponível em: http://www.bndes.gov.br/SiteBNDES/bndes/bndes_pt/Institucional/Sala_de_Imprensa/Noticia s/2010/institucional/20100622_modificacao_porte_empresa.html . Acesso em: 20 Abr. 2010. Bieker, T. (2002). 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