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003 PERSPECTIVA DA AVALIAÇÃO EDUCACIONAL

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PERSPECTIVA DA AVALIAÇÃO EDUCACIONAL
  
 ALEX SANDRO PIRES DE LIMA
 e-mail: sandropireslima@yahoo.com.br
  
 RESUMO:      
Este artigo científico tem como objetivo dissertar sobre o processo de avaliação na área educacional em suas diferentes áreas de concepções, destacando suas características históricas e mostrando que o processo de avaliação nas unidades escolares pode ser inovador, integrado e articulado, visando o desenvolvimento pleno do aluno e o preparo deste para o exercício da cidadania, valorizando seus conhecimentos, valores e aptidões dentro do âmbito escolar, na sociedade e no mundo do trabalho. 
Palavras Chaves: Avaliação, Educação, Compromisso.  
  
O tema em questão trata do sistema de avaliação como um componente que permeia a gestão da instituição, analisando as mudanças ocorridas na área educacional. Busca a avaliação, estabelecer em relação quantitativa e qualitativa entre a finalidade e a função da instituição, sendo que a avaliação é uma atitude de constante análise e reflexão sobre um determinado conjunto de conteúdo, comportamento e competências, tendo por finalidade propósitos e metas a serem alcançadas.       
De modo geral é preciso entender que avaliar é muito mais do que aplicar um teste, uma prova, fazer uma observação, visto que a avaliação está presente em todos os aspectos educacionais, envolvendo todos os profissionais na construção da aprendizagem. Educadores e educando decidem, discutem e criam coletivamente as práticas pedagógicas da sala de aula, o currículo e o projeto pedagógico da escola. 
A avaliação subsidia o educador com elementos para uma reflexão contínua sobre sua prática, sobre a criação de novos instrumentos de trabalho e a retomada de aspectos que devem ser revistos, ajustados ou reconhecidos como adequados para o processo de aprendizagem em todos os grupos. Para o educando é o instrumento de tomada de consciência de suas conquistas, dificuldades e possibilidades para reorganização de seus investimentos na tarefa de aprender. Para a escola, possibilita definir prioridades e localizar quais aspectos das ações educacionais demandam maior apoio.       
Portanto percebe-se que a avaliação parte da compreensão de que o homem está em constante movimento de pensamento, sendo sua participação primordial durante todo processo de ensino e aprendizagem do educando. 
2- PERSPECTIVA DA AVALIAÇÃO EDUCACIONAL       
A avaliação ao longo de toda história sempre foi uma atividade de controle que visava selecionar, incluir e excluir pessoas. 
Segundo Garcia, 1996, o exame não é outra coisa senão: o batismo burocrático do conhecimento sagrado. (GARCIA, 1996:26).      
Dessa maneira podemos observar que a avaliação, desde os primórdios da sua existência na história dos povos, vem atender a uma sociedade dominante de acordo com as sua necessidades e anseios, tornando-se imutável e enraizada ao controle de oportunidades educacionais e para dissimulação das desigualdades sociais. 
Salientando tal ponto de vista, SOARES, 1991, o controle pela avaliação, das hierarquias sociais é de certa forma, o controle que se faz do conhecimento. (SOARES, 1991:47). Dessa forma ao avaliar os estudantes que pertencem à classe dominante ou classes menos desfavorecidas determinamos primeiramente suas condições de vida, ou seja, econômica, social e cultural, dando ao indivíduo uma posição na hierarquia social e pela distância que separa essas condições das exigências e expectativas da unidade escolar.       
Segundo Rabelo, 1998, avaliação: novos tempos, novas práticas. (RABELO, 1998:67). Pode-se observar que no atual contexto de profundas transformações no sistema educacional, a escola precisa repensar sua prática de avaliação, sua existência numa sociedade moderna que busca construir sistemas abertos de opiniões.       
A preocupação de avaliar não é de hoje, os profissionais da educação através dos tempos se esforçam para definir os problemas, buscando soluções que favoreçam mudanças em todo o sistema avaliativo. Qualquer mudança exige trabalho, convicção e tempo. Hoje e observado dentro do âmbito escolar uma corrente muito forte e conservadora impedindo que ocorram mudanças, avaliando através de métodos tradicionais, centrados na transmissão dos conteúdos e no professor detentor de toda a sabedoria.       
Portanto LUCKESI, 1998, analisa que no Brasil hoje a avaliação escolar está  a serviço da pedagogia de um modelo social liberal conservador que produziu três pedagogias: a Tradicional, a Renovada e a Tecnicista. (LUCKESI, 1998:75).       
Assim, partindo desse contexto, educadores percebem a ação de educar e a ação de avaliar como dois momentos distintos no processo educativo. É, portanto necessária à tomada de consciência e a reflexão a respeito dessa compreensão equivocada de avaliação como julgamento de resultados. Avaliação é essencial a educação enquanto concebida como problematização. Educar é fazer ato do sujeito, é problematizar o mundo em que vivemos para superar contradições. 
Portanto avaliar consiste em fazer um julgamento sobre resultados, comparando o que pretendia alcançar.    
Segundo Scriven,1998, atividade metodológica que consiste na coleta e na combinação de dados relativos ao desempenho, usando um conjunto ponderado de escalas de critérios que leva a classificação comparativa ou numérica e na justificação. (Scriven,1978:32).       
A avaliação deve se constituir em um dos principais componentes do processo de aprendizagem, de educação e de gestão ao longo do tempo. Esta consiste em verificar continuamente o desempenho através de posições previamente organizadas.       
A Avaliação Tradicional é muito usada na escola Tecnicista, onde o aluno é apenas receptor do conteúdo. Nota-se que o ato de avaliar tradicionalmente não se limita à aplicação de provas, questionários e testes, mas também valoriza a correção que classifica e discrimina os alunos ajudando a reprodução das desigualdades sociais. 
As provas são baseadas em algumas variáveis: conteúdos ministrados em sala de aula, o contato do professor com a sala de aula, se é positivo ou negativo. Após ser elaborada, o professor ainda pode criar algumas dificuldades, aquelas conhecidas pegadinhas, que confunde sempre os estudantes.       
Segundo LUCKESI, 1998, a avaliação utilizada como classificatória é antidemocrática, pois deixa o aluno muito mais tempo na escola criando muitos traumas no mesmo. (LUCKESI, 1998:78).      
A Avaliação Tradicional é a que apresenta o maior índice de evasão e retenção, pois requerem dos alunos manifestações de comportamentos esperados no qual serão classificados. 
Segundo ESTEBAN, 2000, a Avaliação Tradicional está presente de forma marcante em nossa sociedade, um dos motivos que justifica a inovação quanto as práticas avaliativas e a escola defende sua estagnação apontando a resistência das famílias dos alunos em relação ás práticas inovadoras.(ESTEBAN, 2000).      
Conforme aponta HOFFMANN,1994, os educadores se tornam mais exigentes ao adotarem uma determinada prática de avaliação e as escolas deixam de oferecer um ensino competente ao desligar-se dos modelos tradicionais.(HOFFMANN,1994:13). Assim, a avaliação tradicional é tida como pressuposto de uma escola competente, exigente, rígida e detentora do saber, que, no entanto não encontra respaldo na realidade com a qual nos deparamos neste momento.       
A Avaliação Tradicional é uma prática pedagógica ultrapassada, sua função é servir a não transformação social, mantendo as coisas inalteráveis, seres não críticos totalmente movidos de ação mecânica. 
A Avaliação quase sempre se centraliza na coleta de dados sobre o desempenho do aluno nos vários programas curriculares com omissão, ligado ao contexto em que o processo educacional ocorre através de fatores que não estão diretamente ligados a escola. Segundo VIANNA, 1998, o desenvolvimento no êxito escolar precisaser considerado juntamente com outros elementos alternativos para a tomada de decisão e o estabelecimento de ações. (VIANNA, 1998:148).      
Numa perspectiva construtivista de avaliação, a questão da qualidade do ensino deve ser analisada em termos objetivos efetivamente perseguidos no sentido do desenvolvimento máximo possível do aluno, á aprendizagem, no seu sentido amplo alcançada pela criança a partir de oportunidades que o meio lhe oferece. Segundo HOFFMANN,1994, a escola, portanto, nessa concepção, torna-se extremamente responsável pelo possível, a medida que oferece oportunidades amplas e desafiadoras de construção de conhecimentos.(HOFFMANN, 1994:32).       
A Avaliação Construtivista parte de duas premissas básicas: confiança na possibilidade de construir suas próprias verdades, e valorização de suas manifestações e interesses. Nota-se que esta avaliação se caracteriza por um momento de reflexão crítica e tomada de decisões, buscando conhecer a verdade, o avanço através do confronto entre os objetivos a serem alcançados, sobre os quais o professor mediador deve ter muita clareza da trajetória percorrida pelo aluno. 
Concluí-se que a Avaliação Construtivista em uma perspectiva transformadora busca uma escola democrática, que favoreça não só o acesso das camadas populares, mas acima de tudo, a sua permanência no sistema de ensino, articulando a avaliação a um projeto educacional para a formação do aluno como cidadão crítico, participativo e autônomo, cuja apropriação significativa e efetiva do conhecimento constitui o objetivo do processo ensino-aprendizagem, reconhecendo o aluno e o professor como sujeitos sócios culturais dotados de identidade própria, com gênero e visões do mundo e padrões culturais a serem levados em considerações em práticas docentes e avaliativas. 
Uma das características essenciais do processo construtivista é a avaliação Mediadora. Segundo HOFFMANN, 1994, numa concepção mediadora de avaliação, a subjetividade inerente à elaboração e correção de tarefas avaliativas não é um problema, mas um elemento a se trabalhar positivamente. (HOFFMANN, 1994:65).      
Porque, sem tornar a tarefa como um momento terminal, e sim como um elo de uma grande corrente, tanto aos erros dos alunos como as dúvidas dos professores em interpretá-los retornarão a aula para serem discutidos por todos, elementos importantes e positivos da continuidade das ações desenvolvidas, de outras tarefas propostas. Neste sentido, o momento da correção passa a existir como um momento de reflexão sobre as hipóteses que vierem sendo construídas pelo aluno e não para considerá-las como definitivamente certas ou erradas.
Conceitua-se mediação como o elo entre o aluno e o objeto de aprendizagem. A prática de proporcionar aos alunos oportunidades para manifestar seu modo de aprender, sua capacidade de raciocinar, é fundamental; pois faz com que esse aluno libere sua expressão, sua autoconfiança, para que ocorro e aconteça assim a aprendizagem tão esperada.Existindo assim a troca dialógica, o questionamento do educador para compreender o processo de cognição, trilhando novos caminhos, visando o elo entre o educador e o educando através de uma prática que desafia constantemente a ação e a reflexão e a busca de novas questões num ambiente democrático.       
HOFFMANN,1994, Define avaliação mediadora aquela que leva o professor a analisar teoricamente as várias manifestações dos alunos em situação de aprendizagem(HOFFMANN,1994:112). A avaliação mediadora é uma prática que desafia o aluno para novas hipóteses; busca de compreensão do processo de cognição, ou seja, pensar como o aluno pensa e entender porque ele pensa desta forma. 
Segundo ROMÃO, 1999, o conhecimento só se dá na troca de informações, a qual é feita fundamentalmente pelo diálogo.(ROMÃO, 1999). Podemos observar que o diálogo é essencial na vida humana, tornando assim inerente á prática construtivista através da interação que o sujeito faz com o seu meio social.
Salientando tal ponto de vista, a avaliação dialógica permite que ocorra na prática dos educadores a formação do pensamento e do conhecimento através dos questionamentos que buscam identificar e interpretar problemas, conseqüentemente mediando os alunos na busca de soluções concretas.       
De acordo com FREIRE,1996: 
O diálogo é uma postura necessária, na medida em que os seres humanos se encontram para refletir sobre sua realidade tal como fazem e refazem através do diálogo, refletimos juntos sobre o que sabemos e não sabemos, podemos seguir atuar criticamente para transformar a realidade. (FREIRE, 1996:82).       
É importante que na construção de conhecimento se compreenda o processo de aprendizagem que é muito complexo, onde o papel do professor junto ao aluno deve ser modificado sempre que necessário para favorecer a construção do conhecimento do aluno.
Outro ponto observado é que a avaliação dialógica não ocorre somente na sala de aula, é um trabalho coletivo que busca o mesmo objetivo; soluções para as necessidades educacionais. O diálogo ajuda na descoberta das dificuldades, formulando assim a flexibilidade nos conteúdos que visam constantemente os objetivos a serem atingidos. 
Portanto observa-se a urgência de uma reflexão sistemática sobre os processos avaliativos ainda utilizados nos dias de hoje, sendo esse processo reflexivo de mudança não prática apenas pela minoria, mas por todos os envolvidos no contexto escolar, visando desse modo o alcance de um ensino de qualidade e não uma mera soma de quantidades que se resumem a notas, aprovações ou retenções. Deve-se buscar coletivamente o equilíbrio entre quantidade e qualidade.      
Um dos objetivos da proposta pedagógica é definir quais as decisões devem ser tomadas na aprendizagem dos alunos e também quais desenvolvimento devem ser trabalhados em sala de aula.           
A proposta pedagógica é o documento que define as intenções da escola num todo, em realizar um trabalho de qualidade. O plano da escola diz respeito à execução dessas intenções. Esses devem resultar de um desejo coletivo, ou seja, obra de todos que fazem parte desta escola, principalmente o educando. É algo que se construí aos poucos, para a consecução desse desejo coletivo, será necessário que a comunidade docente assuma o seu papel interagindo para alcançar as metas que se estabeleceram.           
A avaliação de um processo educacional precisa identificar se a escola pensa em termos de requisitos para o preparo profissional associado à formação crítica humanista, ou seja, se as práticas educacionais são capazes de gerar uma consciência crítica, aberta a problemática social, e de definir o posicionamento e ações ante os grandes problemas de um mundo globalizado pelo processo tecnológico e pelas imposições de novas relações econômicas.
Segundo VIANNA,1998, que diz:
A avaliação educacional não deve ter um caráter exclusivamente pedagógico, apesar da importância desse aspecto, parece-nos fundamental a sua natureza social, com a identificação de interações de variáveis relacionadas ao mundo da própria sociedade. (VIANNA, 1998:149).       
Toda equipe escolar deve acreditar que a avaliação, entendida como processo de reflexão sobre a realidade para o seu aperfeiçoamento, é importante para a melhoria da qualidade educacional, além de considerar o processo coletivo e o diálogo permanente da autoavaliação.    
No ato da construção e da reflexão da proposta pedagógica a equipe escolar precisa ter disposição e coragem para interrogar lucidamente sua competência e eficácia. É importante que a escola tenha clareza dos critérios de eficácia, que sairão dos referenciais para o processo de avaliação. Os envolvidos no processo devem participar da elaboração de critérios. O gestor deve negociar a avaliação com a coletividade, pois assim ela irá além do diagnóstico e buscará mudanças, uma vez que se torna necessário favorecer uma cultura de avaliação na escola e as formas relativas a problemas que sejam colocados sem ferir ou dramatizar, mas sim, buscando soluções.Nessas ações, é possível perceber uma preocupação verdadeira quanto ás formas de se tratar a avaliação, o que torna necessária a retomada de determinados aspectos como respeito e a tolerância, fatores que percorrem o processo ensino aprendizagem. 
A avaliação deve estar articulada a uma proposta pedagógica que atenda sem distinção todas as crianças, compreendendo-as e auxiliando-as a se tornarem cidadãos realmente participativos na sociedade. Segundo HOFFMANN,1993,uma escola que perceba  a educação  como direito da criança e um compromisso da escola em torná-la consciente desse direito e capaz de reivindicar uma escola de qualidade. (HOFFMANN, 1993:16).      
Os professores, mediante ao novo processo de avaliação, deverão superar a posição individualista e construir coletivamente novas formas de trabalho docente, saindo da classificação para a avaliação formativa, capaz de levantar informações qualitativas sobre o processo de aprendizagem do aluno.       
A escola pode desenvolver várias medidas, como se valer de diferentes formas de registro e acompanhamento de aprendizagem do aluno, organizar as suas tarefas suplementares adequadas para possibilitar várias formas de trabalho escolar, desenvolver o trabalho pedagógico e sala de aula através de combinação de atividades comuns e diversificadas, criar ou reformular os serviços de apoio aos alunos com dificuldades específicas de desenvolvimento de aprendizagem e dotar a escola de condições necessárias para a recuperação paralela.
Segundo HOFFMANN, 1994, nos registros de avaliação deve se dar importância se o aluno aprendeu ou não, porque não aprendeu e quais os caminhos que devem ser traçados para que o aluno aprenda. (HOFFMANN, 1994:29).      
A proposta pedagógica, coletivamente construída por cada escola, deverá  elaborar regimento, que deveria definir as formas de avanço dos alunos na organização escolar e todos os procedimentos e classificação e reclassificação dos mesmos, para que possam produzir efeitos legais. O regimento escolar deve dispor desta avaliação, reprovação ou outras formas de avanço do aluno na organização escolar. Tudo dever estar bem planejado e discutido com toda comunidade escolar e pais. 
As relações entre os participantes do processo ensino-aprendizagem, as formas de comunicação, aspectos afetivos e emocionais, todas as manifestações são componentes do trabalho educacional, devendo ser levados em conta na organização do trabalho docente. A interação professor-aluno é fundamental, uma vez que nela se dá a busca dos objetivos da educação.        
 De acordo com os Parâmetros Curriculares Nacionais, 1997, é fundamental que exista uma relação de confiança e respeito mútuo entre professor e aluno, de maneira que a situação escolar possa dar conta de todas as questões de ordem efetiva. Mas isso não fica garantido apenas exclusivamente pelas ações do professor, mas também deve ser conseguido nas relações entre os alunos. O trabalho educacional inclui as intervenções para que os alunos aprendam a respeitar diferenças, a estabelecer vínculos de confiança uma prática de cooperativa e solidária. 
Segundo HOFFMANN, 1993, que diz:
É tempo de redefinir o papel do educador como mediador que dinamiza as trocas de ações entre o educando e o objeto de conhecimento com vistas a apropriação do saber pelo sujeito e do mediador entre a criança e o seu grupo de iguais, viabilizando as trocas necessárias aos exercícios das cooperações que sustentam o desenvolvimento das personalidades autônomas no domínio cognitivo-moral, social e afetivo. ( HOFFMANN, 1993:74).    
Muitos professores que atuam hoje entendem que na prática, avaliar é dar notas, fazer provas, registrar conceitos. Assim utilizam dados comprováveis na medida em que é mais fácil atribuir aos alunos, as médias pelos resultados obtidos em exames. Os conceitos dos educando decorrem do termo “medida” em que os professores mensuram extensão, volume ou outros atributos dos objetos.
È necessário que ocorram uma conscientização de todos os segmentos educacionais, onde a avaliação deve ser repensada para que a qualidade do ensino não fique comprometida. O educador deve ter o cuidado de analisar as influências, as histórias de vida do aluno e sua própria para que haja, mesmo inconscientemente, a presença do autoritarismo e da arbitrariedade que a perspectiva construtivista da avaliação em combate. 
3- CONSIDERAÇÕES FINAIS
Diante do observado, qualquer que seja a modalidade de avaliação, requer intensa reflexão sobre o estágio atual e pretendido. No entanto, para se avaliar concretamente um dos instrumentos básicos e a observação. Ele dará ao educador informações que facilitarão a compreensão do desenvolvimento do aluno e como ampliar seus conhecimentos. 
Constatou-se que os profissionais da educação devem estar aberto para a verdadeira hora de assimilação do aluno, pois cabe ao educador, respeitar o processo de aprendizagem de cada aluno, norteando seu conhecimento para a construção do saber, por isso hoje, a avaliação escolar evolui e caminha para a concretização do ser humano, independente dele ser pleno ou estar em construção. 
O eixo da avaliação deixa de rodar em torno do aluno e da preocupação técnica de medir o seu rendimento para compor um campo mais abrangente, porque a vida social do aluno esta refletida em sua postura em sala de aula. A avaliação do aluno deveria ser uma construção real do que ele aprendeu em sala, pois a avaliação desempenha funções que a distanciam de que ele aprendeu em sala, pois avaliação desempenha funções que a distanciam de propósitos de formação e os usos que se fazem geralmente se prestam mais a exclusão e a seleção do que a formação e a integração.      
 É preciso entender que nos contextos educativos, e não apenas instrutivos, o exame é um meio, um artifício, nunca um fim. O exame é válido no momento em que ele não castiga e não restringe o aluno, ou seja, deve-se saber avaliar para que ocorra a aprendizagem. Se o aluno não tiver consciência formada para saber o motivo que o leva a sala de aula, todo o projeto educativo não terá resultado positivo. Não se pode exigir percorrer o caminho certo, punido com reprovação, quando nem ao menos chegou a se deparar com ele. 
Percebe-se que a avaliação educativa tem sentido e é plenamente justificada quando está a serviço dos alunos. Se a diversidade de valores tiver a atenção devida, e for colocada como um ideal a ser alcançado, com certeza a escola estará educando para a democracia. 
Conclui-se, mesmo que não seja esta nossa pretensão, diante desta afirmação cabe fazer da avaliação uma ação libertadora, contra as desigualdades socais com consciência crítica e responsável sobre tudo o que se refere a problemática social brasileira e mundial.  
4 - REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS     
GARCIA,Regina Leite. A avaliação e suas implicações no fracasso/sucesso. In: ESTEBAN, Maria Tereza (org.). Avaliação: uma prática em busca de novos sentidos. 2a ed. Rio de Janeiro: DP&A, 2000, p.29-49.     
SOARES, Magda Becker. Avaliação Educacional e clientela escolar. In: Introdução á psicologia escolar. 2a ed. São Paulo: 1991, p.47-53.     
RABELO, Edmar Henrique. Avaliação: novos tempos, novas práticas. Petrópolis: Vozes, 1998.    
LUCKESI,Cipriano C. Avaliação da aprendizagem escolar: Além do autoritarismo.In: Educando, AMAE, 1998.    
HOFFAMANN, Jussara. Avaliação Mediadora: uma prática em construção de pré-escola á universidade. 4a ed. Porto Alegre, 1994.    
SCRIVEN, Michael. Avaliação educacional II: perspectivas, procedimentos e alternativas. Petrópolis: vozes, 1978.     
ESTEBAN, Maria Tereza(org). Avaliação: uma prática em busca de novos sentidos. 2ª ed. Rio de Janeiro: DP&A,2000.    
VIANNA, H.M.Medidas da qualidade em educação – Apresentação de um modelo. In: Estudos em avaliação educacional. n.2, jul/dez.1998.     
ROMÃO, José Eustáquio. Avaliação dialógica – desafio e perspectiva. São Paulo: Cortez, 1999.
FREIRE, Paulo. Pedagogia da Autonomia: Saberes necessários á prática educativa. Rio de Janeiro,ed. Paz e Terra, 1998. 
BRASIL, Secretária de educação fundamental. Introdução aos parâmetros curriculares nacionais. Brasília: MEC/SEF, 1997, p.81-91. 
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