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QUARENTENA ATIVIDADE 1 INTRODUÇÃO A FOTOGRAFIA -João Ushoa- Noite- Jean Carlos A Monteiro

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INTRODUÇÃO A FOTOGRAFIA
QUARENTENA ATIVIDADE 1
PROFESSORA SORAYA VENEGAS
HISTÓRIA DA FOTOGRAFIA NO BRASIL
BIOGRAFIA DO FOTÓGRAFO AUGUSTO MALTA
CAMPUS: João Uchôa TURNO: Noite ALUNO: Jean Carlos A. Monteiro
Augusto Cesar Malta de Campos, nasceu em 14 de Maio de 1864, em Mata Grande, Alagoas (AL). Em 1886 deixou de morar com o padre, Antônio Marques de Castilho, que vivia a alguns anos, por decisão do seu pai, que desejava que o filho seguisse a carreira religiosa, para seguir a carreira militar, no Recife. Poucas são as informações disponíveis sobre ele e detalhes de sua origem familiar, formação e o nível ou tipo de engajamento que tinha com o projeto de reurbanização implementado pelo prefeito Pereira Passos. As informações ficam restritas normalmente à sua atuação como fotógrafo, de suma importância na modernização do Rio de Janeiro.
Em 1888, transferiu- se para o Rio de Janeiro, onde teve seu primeiro emprego de auxiliar de escrita e logo depois promovido a guarda-livros. Abrindo em 1894 seu próprio escritório chamado a “Casa Ouvidor”, situada na rua do Ouvidor, esquina com rua Uruguaiana. Após seu insucesso, dedicou-se ao comércio de secos e molhados e depois de tecidos finos por amostra, que o permitiu percorrer com uma bicicleta diariamente a cidade e conhecer famílias importantes da sociedade. 
Em 1900 Malta teve seu primeiro contato com a fotografia, através de uma proposta de um freguês que ofertou sua câmera em troca de sua bicicleta de trabalho e a partir daí, passou a registrar não apenas amigos e familiares, mas também seu olhar sobre a mudança que estava começando a acontecer no Rio de Janeiro.
	Em 1903, no início da gestão de Francisco Pereira Passos, em esforço conjunto da Prefeitura e do governo federal para a transformação do Rio de Janeiro em uma metrópole nos moldes europeus, Augusto Malta foi levado pelo amigo, Antônio Alves da Silva Júnior, fornecedor da Prefeitura, para fotografar algumas das primeiras obras do novo prefeito. Pereira Passos ofereceu a Malta o cargo de fotógrafo documentalista da Prefeitura. Sua função seria fotografar a execução e a inauguração de obras públicas, fotografar estabelecimentos ligados ao Município, prédios históricos que seriam demolidos, festas organizadas pela Prefeitura, em suma documentar a transformação da cidade colonial que passava pelo processo urbanização e criação de novos hábitos e costumes para a população. Malta passou a fotografar grandes momentos históricos, como o dia do trabalhador e principalmente os passeios da família Pereira Passos, se tornando cada dia mais próximo. Um ano depois, torna-se sócio - fundador da Sociedade Cartophila Internacional Emanuel Hermann, e cede imagens para cartões-postais.
	Malta também foi contratado pela The Rio de Janeiro Tramway, Light and Power Company Limited, conhecida popularmente como Light. A partir daí, fotografou as atividades modernizadoras da Light no Rio de Janeiro, como a implantação dos bondes elétricos e da iluminação pública.
	Malta participou de várias exposições com as fotos da modernização do Rio de Janeiro, como a Terceira Exposição do Photo-Club e primeira do Salão Livre de Belas Artes, ganhou prêmios, apareceu na revista MALHO, colaborou com fotografias na revista Exposição Nacional, edição especial da Revista Época, fotografou o presidente da república da época em 1911 e 1914.Infelizmente, em 1909 seu cargo foi extinto e só retornou em 1913 oficialmente.
	Malta, o tempo todo manteve-se sempre fiel ao seu equipamento, só admitindo mudanças a partir do momento em que o filho Aristógiton passou a trabalhar com ele. Foram então introduzidas câmaras americanas e alemãs, as mais modernas então existentes. Mesmo assim, até praticamente os 90 anos continuou a fotografar com chapas de vidro, optando, no entanto, pelas de tamanho mais reduzido, como as de 13 cm por 18 cm.
	De todas as pesquisas feitas na execução deste trabalho, percebi um fato muito importante para a história da comunicação e fotografia do nosso país: “Malta de Campos, foi o responsável direto pelo surgimento no Brasil da reportagem ilustrada, tendo cedido a jornais e revistas da época - como Kosmos, Illustração Brasileira, Revista da Semana e Fon-Fon - fotografias de acontecimentos importantes. Hoje encontramos publicadas reportagens fotográficas de sua autoria, cobrindo eventos e acontecimentos como a ressaca de 1906; o “suicídio do quiosque 124”; a chegada de Elihu Root; o desabamento do prédio do Clube de Engenharia; e a revolta da Chibata em 1910.” Ele realmente estava atento a tudo que acontecia, não era apenas mais uma simples fotografia da cidade, mas tudo que envolvia sua transformação, seja cívica, militar, popular, da natureza, histórica... Com este olhar crítico e a observação da movimentação urbana pela própria natureza de seu trabalho profissional, Malta inaugura o fotojornalismo brasileiro.
	Em 25 de agosto de 1932, Augusto Malta aposentou-se como fotógrafo oficial da Prefeitura do Distrito Federal. No cargo, foi substituído por seu filho, Aristógiton. A fotografia, continuou a fazer parte de seu cotidiano, até poucos anos antes de sua morte em 30 de junho de 1957, no Rio de Janeiro.
	Termino este trabalho com uma parte fundamental e do legado deixado por Malta para a nossa sociedade: “Ao longo dos quase 50 anos em que atuou como fotógrafo, produziu mais de 30 mil registros, entre negativos de vidro e chapas fotográficas. São registros documentais que possibilitam a reconstrução da evolução do espaço urbano do Rio de Janeiro, assim como contribuem significativamente para a reconstrução de sua história política, social, cultural, arquitetônica e artística...”
Portal Augusto Malta do Governo do Estado do RJ.
Augusto Malta. Praça Quinze de Novembro, 1907. Rio de Janeiro, RJ / Acervo IMS
http://brasilianafotografica.bn.br/?p=11354
Foto tirada em novembro de 1907, a partir da rua Primeiro de Março, provavelmente da Igreja de Nossa Senhora do Carmo, primeira Sé do Rio de Janeiro, em 1770. É possível observar algumas diferenças, como as árvores que já estão crescidas e as torres do Mercado Municipal, desde o início desta revitalização e que já aparecem ao fundo. Em primeiro plano, aparece a praça onde ao centro está o monumento ao General Osório. 
Muito me interessei por esta foto a partir do momento que conheci o autor da fotografia e entendi a importância dele pra nossa história e a Praça XV é o marco da revolução social, econômica, histórica e artística da nossa cidade e poder ter uma fotografia que mostre este momento revolucionário da história é algo memorável. Ela é rica em detalhes, aspectos da nossa natureza, do espaço físico, estrutura arquitetônica da época e me fez repensar como este espaço se encontra hoje, qual a utilidade para a sociedade e se ele consegue contar a nossa história a partir da fotografia atual. Me trouxe a um verdadeiro “reviver”, através dessa fotografia e percebi o quanto ela é importante dentro do conceito histórico da nossa cidade e o quão importante é a valorização do fotógrafo, seu tempo e espaço para o futuro e evolução da sociedade.

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