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Resposta à Acusação - Peculato

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA 9° VARA FEDERAL DA SEÇÃO JUDICIÁRIA DE M/G
 Josiane Almeida, funcionária pública, nacionalidade, inscrita no CPF sob o n° xxx, portadora do RG nºxxx, residente e domiciliada na rua xxx, n° xxx, bairro xxx, CEP xxx, Estado xxx, e-mail xxx, vem respeitosamente perante VOSSA EXCELÊNCIA ,por seu bastante procurador e advogado, que esta subscreve, ( instrumento de mandato em anexo), com amparo no artigo 396 e 396-A do CPP, apresentar sua RESPOSTA À ACUSAÇÃO, em face de Margarida de Souza, nacionalidade xxx, inscrita no CPF sob o n° xxx, portadora do RG n° xxx, residente e domiciliada na rua xxx, n° xxx, bairro xxx, CEP xxx, Estado xxx, e-mai lxxx, pelos fatos e fundamentos a seguir expostos.
 
DOS FATOS 
 , Valdemar funcionário público da Caixa Econômica Federal, e diretor- geral da referida agencia instaurou processo administrativo, contra Josiane Almeida, também funcionária publica da Caixa Econômica Federal ,e segundo suas conclusões, disse que Josiane Almeida no dia 08 de julho, teria chegado antes do início do expediente bancário, às 08,30, e por meio de sua matrícula e senha efetuado ás 09,00 horas ( início do expediente ), o comando de cadastramento de senha bancaria referente à conta de Margarida Souza, soma-se a este fato, que este cartão magnético já havia sido requisitado através de matrícula e senha de Josiane Almeida, através de sindicância interna, constatou-se saques entre julho e Agosto do corrente ano, diante deste fato o Ministério público ofereceu denuncia no artigo 312 do CP, chamado PECULATO- APROPRIAÇÃO em face de Josiane Almeida .
 PRELIMILARMENTE
 Há que se destacar, AUSÊNCIA DE JUSTA CAUSA Artigo 395 do CPP caput, inciso I , II e III ao delito de peculato, isso porque , o referido procedimento administrativo, não faz qualquer inferência , suposição ou mesmo indício de ter sido a Ré, responsável por ter efetuado os saques, da conta da correntista.
 VOSSA EXCELÊNCIA entende que ao se tratar de justa causa, ou melhor, de sua ausência em uma ação penal, discute-se qual a definição, e de forma se pode delimitar sua interpretação, para romper o princípio da inocência, sem que haja violações a direitos ( intimidade, honra ,segurança jurídica e dignidade), de quem e investigado, è necessário uma “ justa causa” .
 Essa e a medida básica de segurança jurídica, para que não haja retrocesso do Poder Público, com denuncismos irresponsáveis, lembrando épocas atrozes.
 Portanto conclui alguns doutrinadores, que a justa causa é medida essencial , em um Estado Democrático de Direito, que preserva direitos e garantias fundamentais do seu cidadão . Faltando a justa causa não há justificativa para que o Poder Público continue a persecução penal.
DO MERITO 
 A denuncia e inepta, por não apontar certeiramente qual foi a participação da Ré para a consecução do evento delituoso. Não se pode aceitar uma denuncia somente pelo simples fato que se supõe, sem o devido processo legal. Por isso o trancamento da ação penal será necessário, por não ter substancialmente os indícios de materialidade e autoria.
 No presente caso, a defesa encontra-se em uma anômala situação processual, justo tem que provar que a Ré não cometeu crime de peculato, onde o ônus da prova e de quem acusa , à esta sendo imputada de crime sem provas consistentes. Entende-se que a ação somente pode ter inicio quando houver o mínimo de provas de materialidade e autoria VOSSA EXCELÊNCIA compreende que na falta destes pressupostos, estaremos no campos da ilação e do subjetivismo.
 Sendo assim requere a VOSSA EXCELÊNCIA, provas testemunhal, pericial e documental, para efetiva materialidade da denuncia nos termos do artigo 396ª do CPP, que serão arroladas no devido processo legal.
A) _________________
B) _________________
C) _________________
 Sem justa causa, para instauração de processo penal, não estará legitimado o Poder Público, em promover procedimento genérico, ou falsa motivação para apurar suposto crime e atribuir suposta autoria .
 A evolução do direito penal e processual traz a segurança jurídica, como um dos traços marcantes dos dias atuais . Não se admitindo mais que a força do arbítrio, prevaleça a qualquer modo.
 
 
 O princípio da presunção da inocência milita em favor de todos, não podendo ser descartada, para provar a autoria ou culpa do agente. Sendo assim, necessário se faz, que haja justa causa na instauração do processo, pois se não o mesmo será natimorto, pronto para ser fulminado pelo Poder Judiciário. 
DOS PEDIDOS 
 
 I- Assim sendo, levantadas as preliminares ora dispostas, bem como diante de toda a alegação de Mérito, e a presente resposta à acusação, para requerer à VOSSA EXCELÊNCIA ,se designe em acatar a preliminar ventilada da falta de justa causa , uma vez sequer ficou demonstrada a tipicidade do delito em relação ao suposto crime de peculato- apropriação, quer seja de forma direta ou indireta , chamando então, o feito a ordem para rejeitar a denuncia , por inteira por falta de justa causa , que seja rejeitado o delito à Rè imputada no nos moldes do artigo 312 do CP e 564 do CPP inciso IV e parágrafo único e artigo 397 caput do CPP e incisos I, II, III, e IV. 
 
 II- Requer, por fim, á intimação das testemunhas apresentadas no rol constante desta defesa.
 
Termos em que ,
Pede deferimento.
Cidade de______, Estado de ____
Dia 20/setembro/2018
Advogado____________
OABSP n°____________

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