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RESUMO TEORIA GERAL DO ESTADO A1 UVA

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· Pensadores clássicos
a) Sócrates: o que buscava e maiêutica.
O que buscava? Crítica aos sofistas
Maiêutica + Dialética: É a doxa. Método/técnica que pressupõe que as ideias estão latentes em todos. 
Maiêutica: Parto de ideias
Dialética: Forma de discurso entre duas ou mais pessoas que possuem diferentes pontos de vista sobre um mesmo assunto, mas que pretendem estabelecer a verdade através de argumentos fundamentados e não simplesmente vencer um debate ou persuadir o opositor. | Através dela podemos atingir a resposta final.
“Nosce te ipsum” (Conhece-te a ti mesmo e conhecerás o universo e os deuses)
O que é o pensamento socrático? O método Socrático uma técnica de investigação filosófica feita em diálogo, que consiste em o professor conduzir o aluno a um processo de reflexão e descoberta dos próprios valores. O filosofo não deixou obras escritas, mas seus diálogos foram transmitidos por seu discípulo Platão.
O que foram os Sofistas? Os Sofistas eram considerados mestres da retórica e da oratória, acreditavam que a verdade é múltipla, relativa e mutável. 
O conceito de justiça, para os sofistas, é igualado ao de lei. Já a Sócrates pode ser atribuída a origem da ética (ou filosofia moral). Para Platão, a justiça é a virtude do cidadão e do filósofo que tem predominância sobre as outras.
b) Platão: Pedagogia política, alegoria/mito da caverna, mito de er e aletheia, rei filósofo
Pedagogia política: Ensinar quem deve governar, como e por que. É o que levará o homem a salvação.
 *Platão faz uma separação entre mundo sensível (dos fenômenos) e mundo inteligível (das idéias gerais). O mundo sensível é percebido pelos sentidos, sendo ilusório, múltiplo, com réplicas imperfeitas do verdadeiro.
Mito da Caverna: De acordo com a história formulada por Platão, existia um grupo de pessoas que viviam numa grande caverna, com seus braços, pernas e pescoços presos por correntes, forçando-os a fixarem-se unicamente para a parede que ficava no fundo da caverna. Atrás dessas pessoas existia uma fogueira e outros indivíduos que transportavam ao redor da luz do fogo imagens de objetos e seres, que tinham as suas sombras projetadas na parede da caverna, onde os prisioneiros ficavam observando. Como estavam presos, os prisioneiros podiam enxergar apenas as sombras das imagens, julgando serem aquelas projeções a realidade.
Certa vez, uma das pessoas presas nesta caverna conseguiu se libertar das correntes e saiu para o mundo exterior. A princípio, a luz do sol e a diversidade de cores e formas assustou o ex-prisioneiro, fazendo-o querer voltar para a caverna. No entanto, com o tempo, ele acabou por se admirar com as inúmeras novidades e descobertas que fez. Assim, quis voltar para a caverna e compartilhar com os outros prisioneiros todas as informações e experiências que existiam no mundo exterior.
As pessoas que estavam na caverna, porém, não acreditaram naquilo que o ex-prisioneiro contava e chamaram-no de louco. Para evitar que suas ideias atraíssem outras pessoas para os “perigos da insanidade”, os prisioneiros mataram o fugitivo.
Interpretação do Mito da Caverna: Para Platão, a caverna simbolizava o mundo onde todos os seres humanos vivem, enquanto que as correntes significam a ignorância que prendem os povos, que pode ser representada pelas crenças, culturas e outras informações de senso comum que são absorvidas ao longo da vida.
As pessoas ficam presas a estas ideias pré-estabelecidas e não buscam um sentido racional para determinadas coisas, evitando a “dificuldade” do pensar e refletir, preferindo contentar-se apenas com as informações que lhe foram oferecidas por outras pessoas.
O indivíduo que consegue se “libertar das correntes” e vivenciar o mundo exterior é aquele que vai além do pensamento comum, criticando e questionando a sua realidade.
Assim como aconteceu com seu mestre, Sócrates, que foi morto pelos atenienses devido aos seus pensamentos filosóficos que provocavam uma desestabilização no “pensamento comum”, o protagonista desta metáfora foi morto para evitar a disseminação de ideias “revolucionárias”.
Mito de Er: O pastor Er, da Panfília, é conduzido pela deusa até o Reino dos Mortos, para onde (como já vimos) segundo a tradição grega, sempre foram conduzidos os poetas e adivinhos. Ele encontra as almas dos mortos serenamente contemplando as idéias. Devendo reencarnar-se, as almas serão levadas para escolher a nova vida que terão na Terra. São livres para escolher a nova vida terrena que desejam viver. 
Após a escolha, são conduzidas por uma planície onde correm as águas do rio Léthe (esquecimento). As almas que escolheram uma vida de poder, riqueza, glória, fama ou vida de prazeres, bebem água em grande quantidade, o que as faz esquecer as idéias que contemplaram. As almas dos que escolhem a sabedoria quase não bebem das águas e por isso, na vida terrena, poderão lembrar-se das idéias que contemplaram e alcançar, nesta vida, o conhecimento verdadeiro. Desejarão a verdade, serão atraídas por ela, sentirão amor pelo conhecimento, porque, vagamente, lembram-se de que já a viram e já a tiveram.
Rei Filósofo = Sócrates | Saiu da caverna + Aletheia 
Para Platão o rei deveria tornar-se filósofo. Ele, que acreditava no mundo das ideias, defendia a existência de um rei-filósofo porque este, tendo contemplado a verdade (ἀλήθεια – alétheia, no grego), possuiria, por isso, a capacidade de melhor conduzir a cidade.
Dessa forma, este rei-filósofo, que havia saído caverna na qual grande parte do povo se encontrava aprisionado, deveria ocupar o posto hierárquico mais alto da cidade.
c) Aristóteles: zoon politikon, modo de governo (oikia/oikos > apoikia, etc), Arete politike
Zoon politikon (Animal político ou cívico): 
Princípios instintivos | Necessariamente agregável por 2 impulsos: 1) Procriação/Sexo e 2) Sobrevivência.
A Teoria política de Aristoteles é constituída em torno da ideia de que o homem é um animal político por natureza, que a cidade é natural e que o fim do homem é a felicidade. Essa felicidade só se atinge plenamente na cidade (polis).
Modo de governo (oikia/oikos > apoikia, etc)
Oikia/oikos = Unidade básica de uma sociedade, uma casa.
Apoikia = Conjunto de oikia, é uma aldeia ou uma colônia de casas.
Pólis = Conjunto de apoikia. Comunidade cívica mais perfeita para coexistência humana, necessário ao ser racional que encontra sua eudaimonia (felicidade ou bem-estar).
Autarkeia (autossuficiência) política = Caráter exclusivo da pólis. Alcançada através da maior complexidade de agrupamento (oikia se constitui apoikia e desta a pólis). 
Crítica de Platão: Não se governa um país como se governa uma casa, uma pólis é muito mais complexa que uma oikia.
Cidadania: “polités” // Areté politike 
Ao procurar o conceito de cidadão (polités) também se deve procurar o conceito de virtude cívica (areté politike). 
Solução aristotélica = Não há identidade entre a virtude do bom cidadão e a do homem de bem.
Virtude de bom cidadão = boa pessoa (NÃO necessariamente), a pessoa que quer ou deseja agir em conformidade com o que seja a justiça (modelo constituinte vigente) ou coragem é a verdadeira virtude.
Formas de Governo e suas corrupções
	Monarquia
	Tirania
	Democracia
	Anarquia
	Aristocracia
	Oligarquia
	Politéia/República
	Anarquia
d) Cícero: trias política
Regime Misto > SPQR | Dir Natural>Direito Positivo
Talvez o direito natural deva ser a medida do direito positivo.
Trias política:
	TIPO:
	LIBERTAS
	POTESTAS
	AUCTORITAS
	O PODER É:
	Do povo
	Do magistrado
	Do Senado
	
DEFINIÇÃO:
	O povo é livre, a liberdade está com ele.
	Tem o poder de executar as normas
	A liberdade do povo vem da pontuação da autoridade que vem do povo.
· Pensadores medievais e renascença
a) Agostinho de Hipona: influências (Plotino) e concórdia social
Influências
Maniqueísmo: Doutrina sincrética que diz que a matéria é essencialmente má
Neoplatonismo de Plotino: Nova significância ao platonismo = Platonismo + teologica judáica 
Divisão do Uno (o ser, a verdade, a criação como um todo): “Em virtude do Uno quetodas as coisas são coisas” - Plotino em As Enéadas. 
Uno é dividido em 2 partes:
1) Nous = Manifestação do ser divino, sua inteligência emanada no mundo (Equivale ao Deus bíblico).
2) Anima mundi = É aonde está a matéria, tudo o que não é o divino. A matéria nos leva a corrupção(maniqueísmo)
Concórdia (acordo) social
O que é? Como alcançar o mundo ideal, como ele é e como deve ser.
Como alcançar? Amor caritas: “Amar o próximo como a ti mesmo”, pois Deus caritas est (Deus é amor) e, porque ele no amou, podemos amar o próximo como nós mesmos; É amar o nous, um amor transcendental, desprende-se de paixões mundanas; Diferente de Amor cupiditas, que é amar o anima mundi, um amor materialista. 
Como se dá? Cidadania cristã: Separação de política e religião (próximas, não contrárias); Poder político imperfeito; justiça transcendente: cidade dos homens → amor caritas → cidade de deus
b) Tomas de Aquino: influencias e lex aeternae
Influência: Aristóteles
Razão e fé: Não excludentes. Deve-se partir da fé, usar a razão e retornar a fé. 
Razão e Fé – A aproximação de Estado e Igreja
	RAZÃO
	FÉ
	\/ ALCANÇAM \/
	VERDADES NATURAIS
	VERDADES SOBRENATURAIS
Razão está ligada as ciências. A princípio não há hierarquia entre a fé quanto as verdades.
	PODER TEMPORAL
	PODER ESPIRITUAL
	VERDADES NATURAIS
	VERDADES SOBRENATURAIS
	\/ ALCANÇAM \/
	FILOSOFIA/CIÊNCIA - RAZÃO
	TEOLOGIA - FÉ
	ESTADO (SOCIEDADE POLÍTICA)
	IGREJA
	LEI POSITIVA
	LEI NATURAL E LEI DIVINA
Estado é fruto da Razão, o que diz a razão pertence a ele. Igreja é fruto da Fé, o que diz a fé pertence a ela.
Lex aeternae (lei eterna)
 (
Agostinho de 
Hipona
 
 
está para 
 
Tomás de Aquino
 \/ 
 
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 \/
Platão está para 
 
 Aristó
teles
)É o plano de Deus para o universo. Dela partem:
	Lex aeternae
	Lei Divina
	Lei Natural
	LEX HUMANA POSITIVA
c) Maquiavel: realismo político, influencias, nova concepção de política, antropologia política, virtú e fortuna
Realismo político: Reconhecer a essência das coisas. Na política preocupa-se em estudar como a política funciona; Critica o idealismo político (Platão, Aristóteles, Tomás de Aquino, etc); Veritá effetuale (verdade efetiva das coisas).
Veffetuale (verdade efetiva das coisas): Não busca na política um dever ser (fundamentação ideal), mas sim pauta-se: 1. Na verdade dos fatos; 2. Exame da realidade como ela é, não como deseja.
Moral | Ponto central: Político não pode lançar mão de uma moral preexistente padrão antes mesmo de observar o mundo como lhe é dado. 
Influências:
1) Historiadores da Hélade (grécia antiga) clássica
2) Humanismo renascentista: Pico della Mirandola 
3) Debate filosófico medieval: Nominalismo vs Realismo
Humanismo renascentista: Pico della Mirandola: Deus criou o homem sem objetivo definido (Maquiavel) e o criou pois queria um ser senciente para admirar a sua criação, deixando-lhe capaz de aprender e imitar qualquer criatura existente. 
Discurso neoplatônico: Através da filosofia o homem consegue ascender e estar próximo de Deus (Tomás de Aquino), mas quando não o faz, vegeta (homens animais/bestas de Aristóteles). 
Debate filosófico medieval: Nominalismo vs Realismo:
Realismo: Reconhecer a essência das coisas
Nominalismo: O homem é o que é e a sua maneira de agir o define, pela concepção do o que é o mal.
Obs: Maquiavel, na política, é realista político, mas fora dela é nominalista.
Nova concepção de política: A política sempre foi a mesma (a história é o repositório de exemplos), a luta pelo poder sempre existiu. Maquiavel mostra como ela sempre foi. 
Antropologia Política
Gênero humano é imprevisível: (só pratica “o bem” para o benefício próprio ou por medo – Kelsen e Hobbes). Quer mais do que pode, tem vícios incuráveis, logo tem capacidade desejante superior a de suprir. 
Política autonomizada: Política centro produtor da ordem humana, ela faz o que é necessário para fazer, não o que necessariamente se esperea (O Príncipe)
Maquiavel – virtudes necessárias ao Príncipe
Virtú: São as qualidades que o Príncipe deve ter para conquistar, administrar e manter o poder.
Fortuna: São as adversidades (imprevisíveis). 
· Pensadores modernos (soberania e contratualismo)
a) Bodin: contexto histórico (reforma protestante, guerra dos 30 anos, paz de westphalia), conceito de soberania, objetivo de conceituar soberania.
Reforma protestante e guerras religiosas (resultantes da tentativa de reforma)
Guerra dos 30 anos → Onde se passa a usar o termo ESTADO, a partir da Paz de Westphalia de 1648
Bodin: conceito de soberania: “A cada príncipe, uma religião”
Soberania: Poder absoluto (só tem limites nas leis divinas e naturais) ; Perpétuo (Não é transitória. “O rei está morto, vida longa ao rei!”)
Objetivos da conceituação de soberania:
1) Identificar o Estado como principal (não único) sujeito da Política Moderna
2) Distinguir o Estado das associações políticas anteriores. Bodin admite modelos de governos diferentes da monarquia, mas todos devem-se pautar na soberania (s/soberania = anarquia)
Ao naturalizar as desigualdades, Jean Bodin começa a levantar argumentos onde indica que a desigualdade e a presença de um indivíduo soberano não se tratam de um costume socialmente constituído, mas uma forma claramente perceptível em diferentes manifestações de ordenação da natureza.
A soberania é o elemento mais importante caracterizador do Estado, entendida pelo poder supremo sobre os cidadãos e súditos, sem restrições determinadas pelas leis. Segundo ele, a autoridade do rei era concedida por Deus, cabendo aos súditos tão somente a obediência passiva. O direito a soberania é inalienável, pertencente somente ao soberano, ser a representação de um poder absoluto é poder agir com a máxima liberdade possível, no sentido de fazer cumprir as metas do Estado. É preciso que os soberanos possam dar as leis aos súditos e anular ou revogar as leis inúteis para fazer outras. Ter poder absoluto, ser soberano, significa estar acima das leis civis.
 Bodin prefere a monarquia pelos seguintes argumentos:
a) O monárquico é o Estado mais considerado para a República, pois uma análise histórica revela a predileção dos povos antigos por essa forma de governo.
b) Ela vem das leis de Deus. Grandes personalidade históricas afirmam que a monarquia é o melhor governo e mesmo na lei de Deus é dito.
c) A principal marca da república, que é o direito da soberania, se justifica em um só soberano. Se forem mais de um soberano, ninguém é soberano.
Limitações ao poder soberano
Há algo que a soberania antepõe: são as leis naturais e as leis divinas. O detentor da soberania está submetido à lei divina, segundo Bodin, porque é, antes de nada, um súdito de Deus. O soberano não pode transgredi-la em hipótese nenhuma.
As leis divinas e naturais são, portanto, um parâmetro para definir a diferença entre o monárquico e o tirânico.
Mas a acusação de crueldade, de impiedade e de injustiça no exercício da soberania não pode, em hipótese alguma, justificar a resistência, mesmo que o soberano ordene coisas que são consideradas contrárias às leis de Deus e da natureza. Não há autoridade que possa julgar o soberano, pois isso seria uma afronta a soberania.
Bodin não dá ao povo o direito a resistência, sua escolha é pela manutenção do poder soberano, causa e sentido da ordem social, que é melhor do que outro tipo de governo ou mesmo a descentralização do poder. A anarquia, a desordem, o caos e o desgoverno são males que Bodin quer afastar da sociedade. Por isso a idéia de soberania: indivisível, incontrastável e absoluta.
A idéia de poder absoluto de Bodin está ligada à sua crença na necessidade de concentrar o poder totalmente nas mãos do governante; o poder soberano só existe quando o povo se despoja do seu poder soberano e o transfere inteiramente ao governante. Para esse autor, o poder conferido ao soberano é o reflexo do poder divino, e, assim, os súditos devem obediência ao seu soberano.b) Hobbes: contexto histórico (invasão da invencível armada, guerra civil inglesa - O MEDO)
Invasão da invencível armada: Poderosa esquadra reunida por Rei Felipe da Espanha (1588) para invadir a Inglaterra, diminuir sua influência nos países baixos espanhóis e reafirmar a hegemonia marítima espanhola.
Contexto histórico (invasão da invencível armada, guerra civil inglesa - O MEDO):
Invasão da armada + Guerra Civil Inglesa = O MEDO
MEDO = base do contratualismo de Hobbes. Medo do estrangeiro + medo da pessoa ao seu lado. 
Fundar uma sociedade política = saber da existência de inimigos externos e internos
Conceito de representação política:
Homem: tendência de se unir e escolher uma liderança
Autoridade política (decisões e poderes): entregues ao Estado, que representa o povo, garantindo a paz do súditos (natureza fiduciária) e o faz de maneira AUTORITATIVA (autoritária = despotismo || autoritativa = comporta liberdade crítica).
Estado tem poder: ILIMITADO (limite nas leis naturais e divinas) e INDIVISÍVEL (evita guerras internas e concretiza a Soberania). 
Justificação da monarquia:
Não necessariamente justifica a monarquia
Objetivo = Poder Ilimitado e Indivisível na soberania
Acabou justificando a Soberania, já que era o idela na época (true neutral)
Estado de natureza (Homo homini lupus e bellum omnia omnes) + Antropologia política:
Antropologia política: Concepção de Hobbes sobre o ser humano
Estado de natureza: estado pré-civilizado
Muitas liberdades + ausência da autoridade soberana → Homo homini lupus (homem é o lobo do homem) e Bellum omnia omnes (guerra de todos contra todos)
Como solucionar? 
R = Pacto de Submissão (Pactum subjectionis) Homem abandona das suas liberdades/potências naturais → Entrega ao Estado e acaba com a “vida ameaçada e ameaçadora – O MEDO”.
Leviatã é a sua obra principal. Em sua teoria o estado de natureza é o estado do egoísmo, da vaidade, da violência e do desejo de glorificação. É a guerra de todos contra todos, as pessoas abandonam a liberdade original. O Estado seria o poder abstrato personificado no soberano para adestrar a convivência em sociedade. Ele tem poder incomum sobre os homens. Decide o destino e a justiça. A motivação para a criação do estado é o temor da Morte violenta.
Hobbes é um pensador que doutrina sobre a máxima concentração do poder, sobra á máxima unificação do poder, sobre a máxima integração do poder na pessoa do soberano. Os limites do poder do soberano em Hobbes, são irrestritos, esbarrando-se somente na questão do respeito ao Estado de paz instaurado na sociedade. Para Hobbes, o poder de obediência cessa somente quando o soberano põe em risco a vida do súdito. Hobbes legitima o poder estatal afirmando que este somente serve a seus propósitos se for irrevogável, absoluto e indivisível.
O objetivo a ser perseguido pelo governante em Hobbes, justificador de seu poder soberano, consiste na manutenção da sociedade civil, o que afasta a anarquia, que é a pior condição que os homens podem chegar, ou seja, o retorno ao Estado natural.
Hobbes, ao tratar do pacto social, o que determina a criação do Estado, visualiza pela primeira vez um Estado em que haja território definido (territorialidade) e contrato consensual na escolha do governante (eleição), elementos que são perfeitamente identificáveis na composição do Estado atual. Sua contribuição está em sistematizar e conceituar noções e fundamentais que fornecem argumentos consideráveis sobre a unidade do Estado, para reforço do poder e manutenção da sociedade civil e foi desta forma que a visão de contrato social em Hobbes contribuiu na formação do Estado contemporâneo.
· Sugestão para estudo sistemático:
· Comparações: 
Hobbes e Bodin: 
Hobbes e Maquiavel: 
Nicolau Maquiavel, O Principe.
 “O príncipe não precisa ser piedoso, fiel, humano, íntegro e religioso, bastando que aparente possuir tais qualidades (...). O príncipe não deve se desviar do bem, mas deve estar sempre pronto a fazer o mal, se necessário.“ 
Thomas Hobbes, Leviatã.
 “(...) ao introduzir aquela restrição sobre si mesmos sob a qual os vemos viver nos Estados, é o cuidado com sua própria conservação e com uma vida mais satisfeita. (...) quando não há um poder visível capaz de os manter em respeito, forçando-os, por medo do castigo, ao cumprimento de seus pactos e ao respeito àquelas leis de natureza.”  
Na primeira constatação, podemos destacar que a condução do governo está orientada, segundo Maquiavel, pelas ponderações do governante. Dotado de amplos poderes, este deveria ter o equilíbrio e o senso necessários para que a ordem fosse mantida. Com isso, podemos perceber que este pensador italiano julgava que “o príncipe” deveria simplesmente abandonar o controle dos pressupostos morais para que tivesse condições de imperar.
Em contrapartida, Hobbes não acreditava que poderia existir um homem suficientemente capaz de alimentar essa situação de equilíbrio. Por isso, acabou optando por um instrumento de natureza impessoal que regulasse a organização do Estado. Nesse caso, ele acreditava que “não há um poder visível capaz de manter [os homens] em respeito” que somente o “cumprimento de seus pactos” poderia regulamentar a vida dos homens em sociedade.
Ao desacreditar na força do poder visível, Hobbes vai contra a perspectiva de Maquiavel, onde temos dada a importância de um príncipe sempre preocupado em regular a manutenção do governo. Além disso, temos dada a sugestão de que as leis estejam acima dos homens, seja lá qual for a sua origem social, cargo político ou orientação ideológica. Dessa forma, fica destacada a diferença de perspectiva entre as teorias absolutista e iluminista, respectivamente.
Maquiavel e Medievais:
> argumento platônico a partir da morte de Sócrates (pedagogia política)
> influência dos pensadores clássicos nos medievais
> virtudes necessárias ao príncipe (em Maquiavel / Medievais)
> predicações qualitativas (juridico politicas) em Bodin X sustentação empírica e realista da soberania em Hobbes.

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