Buscar

Bacias sedimentares marginais de Moçambique

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 54 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 54 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 54 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Bacias sedimentares marginais de Moçambique 
 
As bacias marginais foram formadas como resultado da fragmentação do 
Gondwana e da formação do Oceano Índico no final do Mesozóico. 
 
A cobertura sedimentar está dividida em 2 unidades 
 
• Unidades Gondwania – Formações de Karoo 
• Unidades Pós Gondwana – Formações Pós-Karoo 
 
As unidades Pós-Gondwana são compostas por sequências sedimentares do 
Jurássico Médio a Superior, ao Cenozóico que são sequências sedimentares de 
Bacia Leste Africana. 
 
Moçambique possui 2 bacias marginais com sequências sedimentares on-shore e 
off-shore, nomeadamente a Bacia de Moçambique e a Bacia do Rovuma 
 
 
Bacia de Moçambique 
 
• As formações Pós-Karoo na Bacia de Moçambique incluem formações do 
Jurássico Superior, Cretácico e Cenozóico que assentam descordantemente 
sobre as formações do Karoo. 
 
• São conhecidas formações com fácies continentais, marinhas de 
transição e deltáicas. 
 
• A espessura destes sedimentos veria entre 1100 e 4500 m na parte Sul da 
Bacia. A maior espessura destes sedimentos segundo dados sísmicos localiza-
se na parte central da Bacia de Moçambique na depressão do Delta do 
Zambeze, onde atinge cerca de 11 km. 
 
Estratigrafia da Bacia de Moçambique 
 
A Bacia de Moçambique é uma bacia assimétrica com inclinação regional em 
direcção ao mar aberto. A sequência estratigráfica está ilustrada na fig. 14. 
 
 
Jurássico Superior – Cretácico Inferior 
 
• Este intervalo com uma espessura de 900 m, é constituído por sedimentos 
continentais denominados Formação “Red Beds”. 
• Estas formações distribuem-se pelos grabens da Palmeira, Changane e graben 
do Zambezi. Os depósitos correspondentes a Norte são a Formação Inferior de 
Lupata. 
 
Cretácico Inferior – Cenomaniano 
Depósitos desta idade são constituídos por fácies marinhas, continentais e de 
transição. Foram identificadas três formações, nomeadamente: 
• Formação de Maputo (Neocomiano) 
• Formação de Sena (Cretácico Inferior – Cenomaniano) 
• Formação Argilosa de Domo Inferior (Aptiano – Cenomainano) 
 Os limites entre as formações não são estritamente cronostratigráficos, mas sim 
definido pela mudança de fácies. (fig. 14) 
 
A sequência transgressiva marinha do Cretácico é representado pela formação de 
Maputo e está distribuída na parte central e Sul da Bacia de Moçambique e ocorre 
como camadas de arenito quartzoso-galuconítico e calcarenitos, intercalados por 
argilitos. Estes arenitos marinhos e calcários sobrepõem-se aos basaltos erodidos 
do Stormberg e as formações do “Red Beds”. 
 
Formação de Sena 
 
• Ocupa a parte Central e Norte da Bacia de Moçambique. Corresponde uma sequência 
de depósitos continentais com formações fluviais e aluviais (arenitos arcósicos, 
conglomerados e argilitos com detritos carbonosos. 
 
• Os depósitos da Formação de Sena estão largamente desenvolvidos no Graben do 
Baixo Zambezi. A sua espessura chega a atingir cerca de 2700 m. As formações 
continentais de Sena incluem também os depósitos de idade do Cretácico Superior 
(Cenomaniano – Turoniano) 
 
Formação de Domo Inferior 
• Está distribuída na parte Central e Sul da Bacia de Moçambique tanto On como Off-
shore onde ocorrem como argilitos negros (marinho) com bandas ocasionais de arenito 
arcósico. A sua espessura varia de 700 a 1500 m. Estes argilitos contêm fósseis de fauna de 
Aptiano-Albiano e Cenomaniano. 
 
• As formações de Maputo e de Domo Inferior são equivalentes marinhos da Formação 
de Sena. Em direcção ao Leste, os argilitos de Domo Inferior e espalham-se em complexos 
deltáicos pela plataforma continental e talude continental. Dados Geofísicos no 
continente indicam a localização da talude continental. 
 
 
Vulcanitos do Jurássico Superior – Cretácico Inferior 
 
• A Formação dos depósitos de “Red Beds”, Lupata e Sena, e seus equivalentes foi 
acompanhada de intensa actividade vulcânica ao long das falhas de bordadura dos grabens. 
 
• Evidências desse vulcanismo são os fluxos de lavas ácidas e básicas. Os basaltos, 
fonolitos e lavas alcalinas de Lupata são exemplo desse vulcanismo. Outros exemplos são as 
lavas alcalinas na parte inferior da Formação de Sena, basaltos do Graben do Médio 
Zambezi, Formação de Movene e basaltos dos Pequenos Libombos. 
 
Cenomaniano Superior – Maastrichtiano 
Os depósitos do Cenomaniano Superior – Maastrichtiano formam um ciclo de 
sedimentação associado com o desenvolvimento da Margem Continental Leste Africano e é 
caracterizado por Transgressões marinhas consistentes. Neste intervalo são identificadas 3 
Formações de acordo com a posição estratigráfica: 
• Arenitos da Formação de Domo (Cenomaniano – Turoniano) 
• Argilitos da Formação de Domo Superior (Campaniano –Senoniano Inferior) 
• Formação de Grudja Inferior (Campaniano – Maastrichtiano. 
 
Arenitos da Formação de Domo (Cenomaniano – Turoniano) 
É a unidade basal e ocorre em forma de arenito Quartzoso com intercalações de argilitos 
negros. Os arenitos estão distribuídos na parte Central da Bacia de Moçambique com uma 
espessura que excede 200 – 250 m. Em direcção ao Sul e Leste, os arenitos tornam-se mais 
escassos e são substituídos por argilas. 
 
Formação de Domo Superior 
 
• É caracterizado por uma sequência argilosa de cerca de 600 – 650 m de espessura. 
Contudo, localmente chega a atingir 1225 m. Estes depósitos são conhecidos na parte 
central da bacia onde gradam para arenitos de origem continental e tornam-se parte da 
formação de Sena em direcção ao Noroeste 
 
 
Formação de Grudja Inferior 
 
• Esta formação está largamente distribuída na parte central da bacia. A Norte 
da Bacia, os sedimentos da Formação de Grudja Inferior estão bem desenvolvidos 
ao longo da margem ocidental da Depressão do Delta do Zambezi. A formação 
ocorre como camadas de argila com bandas de arenito quartzoso glauconítico. 
Algumas bolsadas com valor comercial de Gás foram encontradas em diferentes 
camadas desta formação. A espessura das camadas de arenito varia de alguns 
metros à 50 m. 
 
• A espessura geral da formação na parte Central da bacia atinge 1100-1200 m e 
decresce de espessura para a periferia. Devido à erosão subsequente, a formação 
de Grudja Inferior está ausente nas áreas elevadas. As camadas de arenito 
representam barras arenosas que se formam em condições de mar pouco 
profundo na plataforma continental. Em direcção à Leste, as camadas de arenito 
desaparecem gradualmente e depósitos argilosos síncronos ocorrem 
uniformemente como depósitos da paleo-talude continental (Fig. 21). 
 
• Em direcção ao Oeste a Formação de Grudja grada para areias continentais e 
conglomerados. 
 
Cenozóico 
 
Os sedimentos do Cenozóico exibem características da margem continental 
passiva com uma progradação em direcção ao limite da plataforma continental e 
talude continental. Dois Ciclos sedimentares podem ser identificados na secção: 
Paleoceno – Eoceno 
Oligoceno – Neogeno 
Os dois ciclos sedimentares são separados por uma descontinuidade. 
 
Os sedimentos do Paleocénico – Eocénico são separados da rocha subjacente por 
descontinuidade erosional. Eles são basicamente depósitos de plataforma 
continental que se tornam de mar profundo em direcção a Leste. As formações 
identificadas como sendo de fácies marinha pouco profunda são: 
 
Formação de Grudja Superior 
(Paleoceno – Eoceno) 
(espessura de 300 – 400m) 
- arenito glauconítico 
- argila 
-margas com intercalações calcárias 
Formação de Cheringoma 
(Eoceno Médio – Eoceno Superior) 
(espessura 250 m) 
- Calcário numulítico com bandas argilosas 
e arenito calcário 
Em direcção a Este, as formações de mar pouco profundo são substituídas pelas 
formações de mar profundo (basicamente calcarenitos). 
Na parte central da Bacia de Moçambique em direcção ao Leste, verifica-se uma 
mudança de fácies. Faixas de recifes formam barreiras entre as fácies calcárias e 
argilosas. Como resultado de correlações detalhadase interpretações sísmicas, 
foram estabelecidos 3 níveis de depressões do Zambezi, nomeadamente do 
Paleoceno, Eoceno Inferior e Eoceno Superior. 
O limite da plataforma desloca-se gradualmente em direcção a Oeste, 
acompanhando a transgressão do Paleoceno. O limite da plataforma é definido 
por depósitos calcários com espessura de 100 – 150 m. A continuidade dos 
recifes de barreira é interrompida por diversos canhões submarinos que cortam 
o limite da plataforma e são a fonte principal do material clástico para os 
canhões submarinos. 
Em direcção ao Leste a zona do recife é limitada por uma talude onde a 
sequência compreende camadas finas de depósitos argilo-margosas. 
 
Os depósitos Oligoceno – Neogene ocorrem como sedimentos dos paleo-deltas do 
Limpopo e Zambezi. 
 
O Complexo Deltaico do Zambezi é o maior complexo deltaico Cenozóico do Leste 
de África. Atinge uma espessura de 400 m. Os fans deltaicos incorporam também 
depósitos dos paleodeltas dos Rios Púngue e Buzi. 
A secção é formada por areias, argilas e conglomerados com características de 
empacotamento deltáico das camadas com numerosas descontinuidades e inlets 
erosionais. 
 
Durante o Oligocene, Neogene e Quaternário, a depressão foi preenchida por 
sedimentos terrígenos. A taxa de deposição foi maior que a taxa de subsidência e 
como resultado a planície deltáica progrediu para o Leste. 
 
O complexo deltaico do Rio Limpopo é marcado pela considerável redução na 
quantidade de material terrígeno depositado na bacia marinha. 
 
Os depósitos do Neogene na parte central da Bacia ocupam o espaço entre os 
paleodeltas do Zambezi e Limpopo e ocorrem como depósitos de mar pouco 
profundo e da plataforma continental. Os depósitos mais proeminentes são do 
Miocénico e são divididos pelas Formações de Inharime, Temane e Jofane. 
 
A Formação de Inharime assenta em discordância sobre os depósitos de 
Cheringoma e ocorre como camadas de dolomite vermelho e argilas vermelhas 
com bandas de anidrite. A espessura das formações é de 100 – 350 m. Estes 
sedimentos foram depositados em ambiente lagunar cuja parte central possui uma 
espessa camada com sequências de gesso, identificada como formação de Temane. 
 
A formação de Jofane ocorre em forma de carbonato marinhos, calcários, 
calcarenitos, arenitos calcários que se distribuem em toda a bacia com uma 
espessura até 200 m. Os depósitos Pliocénicos foram formados no período de 
extensiva regressão e ocorrem na maior parte da bacia de Moçambique como 
depósitos continentais de dunas antigas, terraços fluviais e lagos. Os depósitos 
marinhos do Terciário encontrma-se dentro da plataforma continental moderna e 
atingem maior espessura no delta do Zambezi. 
 
Bacia do Rovuma 
 
A bacia sedimentar do Rovuma é o fim da 
bacia marginal Leste Africana que abarca 
as planícies costeiras de da Tanzania, Kénia 
e Somália. 
 
Estratigrafia da Bacia do Rovuma 
 
A secção estratigráfica da Bacia do 
Rovuma possivelmente contém rochas do 
Karoo, sobrepostas por sedimentos do 
Jurássico Cretácico e Cenozóico, na ordem 
de 10 Km de espessura. Os sedimentos da 
Bacia do Rovuma foram testados através 
dum furo de 3492 m de profundidade. Os 
sedimentos mais antigos encontrados 
foram argilitos do Aptiano-Albiano. A 
secção basal compreende sedimentos do 
Cretácico Inferior, Jurássico e Karoo. 
 
 
Fácies do Jurássico Médio da Bacia do Rovuma 
 
Fácies do Cretácico Inferior da Bacia do Rovuma 
 
Fácies do Cretácico Superior da Bacia do Rovuma 
 
Fácies do Complexo Deltáico do Paleocénico-Eocénico e Oligocénico - Miocénico 
da Bacia do Rovuma 
 
Bacias Sedimentares 
Quaternárias em 
Moçambique 
Zonas Quaternárias em Moçambique de S a N: 
 
1. Bacia Meridional 
2. Bacia do Limpopo 
3. Zona Centro-Costeira 
4. Zona Centro-Oeste 
5. Faixa Costeira de Pebane-
Nacala 
6. Bacia do Rovuma 
7. Quaternário sobre o 
Embasamento 
1. Bacia Meridional 
(fig. 61, fig.62, fig. 63) 
O relevo do Karoo N-S 
é levantado 
Durante o 
Pleistocénico 
Retomada da 
erosão que se 
manisfesta por 
• Terraços fluviais (Qt) 
• Depósitos fluvio-lacustres 
(Qpi) 
• Depósitos fluviais (Qps) 
1. Bacia Meridional 
(fig. 61, fig.62, fig. 63) 
• Denominada por Dunas interiores (Qd) fixas e 
consolidadas, desde a Manhiça até a Ponta de Ouro; 
 
• Ao longo da costa entre o Bilene e Ponta de Ouro, 
ocorrem Dunas Costeiras (Qdc) em faixas de 10 km 
de largura e mais recentes que as anteriores; 
 
• As dunas assentam sobre os depósitos fluviais (Qps), 
que têm no topo uma superfície de aplanamento; 
1. Bacia Meridional 
(fig. 61, fig.62, fig. 63) 
• Os depósitos fluviais (Qps) assentam em 
discordância sobre o Precâmbrico, o karoo e o Meso-
Cenozóico; 
 
• Os Aluviões recentes (Qa) dispõem-se ao longo dos 
rios (Maputo, Tembe, Matola e Incomáti) e em zonas 
baixas pantanosas com influência marinha (baixa do 
Rio Maputo, Lagoa Piti). Os terraços fluviais (Qt) 
ocorrem ao longo de alguns rios, são os mais ou 
menos endurecidos. Os mais representativos 
encontram-se na baixa do Rio Impaputo e a Sul de 
Xinavane. 
2. Bacia do Limpopo 
(fig. 61, fig. 62, fig.63) 
• Distiguem-se duas zonas: 
a)Zona costeira : com dunas interiores (Qd) fixas e 
consolidadas, orientadas ENE-WSW e dunas costeiras 
(Qdc) mais recentes ao longo de toda a costa; 
 
b) Zona interior : até a fronteira , recoberta por depósitos 
fluvio-lacustrinos (Qpi) e fluviais (Qps), como 
anteriormente, em discordância sobre o Precâmbrico, 
o Karoo e o Meso-Cenozóico. 
2. Bacia do Limpopo 
(fig. 61, fig. 62, fig.63) 
• Os depósitos lacustres (Qps) e fluvio-lacustres 
(Qps) preenchem grabens N-S e NNW-SSE, que são 
reactivações da tectónica de idade Karoo; 
 
• Os calcários lacustres (Qcl) preenchem estes 
grabens e afloram nas zonas de Funhalouro, 
Mazenga, Balane e entre Funhalouro e Mabote; 
 
 
2. Bacia do Limpopo 
(fig. 61, fig. 62, fig.63) 
• Os aluviões recentes (Qa): 
– Nos grabens; 
– Ao longo dos Rios Limpopo, dos Elefantes, 
Changane, a N de Inharrime, etc); 
– A volta das lagoas de Inharrime e Marângua; 
– Em baixas pantanosas com influência marinha 
(Jangamo, Sul de Vilanculos e foz do Rio save) 
2. Bacia do Limpopo 
(fig. 61, fig. 62, fig.63) 
 
• Os terraços fluviais (Qt) são frequentes ao longo 
dos Rios Limpopo e dos Elefantes; 
 
• Ao longo de toda a costa há cordões de Grés 
Costeiros (Qac) como os da Ponta de Ouro, da 
Inhaca, da Závora, do Tofo, etc 
3. Zona Centro-Costeira 
(fig.64, fig. 65) 
• Localiza-se na zona costeira desde o Save a 
Pebane, incluindo o Delta do zambeze. 
 
• Episódios a considerar: 
i. O graben de Urema era o vale do Rio Zambeze e o 
seu delta a actual foz do Rio Púngoè; 
ii. O levantamento do Planalto de Cheringoma 
provoca rearranjo da rede fluvial. 
 
3. Zona Centro-Costeira 
(fig.64, fig. 65) 
• A maioria da zona está coberta por Aluviões (Qa) do 
Delta do Rio Zambeze; 
 
• Ao longo da costa, o Delta do Zambeze está debruado 
por pequenas manchas de dunas interiores (Qd); 
 
• É notória a ausência de Dunas Costeiras (Qdc) so 
contrário da bacia sul do Rio Save; 
 
• Junto à foz de alguns braços do Delta do Zambeze 
ocorrem Aluviões com influência marinha (Qaa); 
 
 
3. Zona Centro-Costeira 
(fig.64, fig. 65) 
• A sul do Rio Zambeze ocorrem Formações argilosas fluvio-
lacustres (Qpi) e argilo-arenosas fluviais (Qps), ambas com 
superficies de aplanamento no topo; 
 
• A norte do Rio Zambeze, continuam os mesmos depósitos, 
sendo o Qps substituído por Depósitos de piedmonte (Qp) 
por alturas de Namacurra; 
 
• A sul da Beira dominam os depósitos Qps e Qpi, com a franja 
costeira de Aluviões (Qa); 
 
• As Dunas Costeiras (Qdc) aparecem em pequenos cordões e 
as dunas interiores (Qd) só ocorrem entre Sofala e o Rio 
Buzi. 
4. Zona Centro-Oeste 
(fig. 66) 
• Localiza-se no Graben de Urema, na sua continuação 
para os Grabens do Chire e do Niassa e no curso médio 
doRio Zambeze; 
• Os Aluviões (Qa) ocorrem preenchendo os Grabens de 
Urema e do Chire, bem como ao longo do Rio zambeze e 
seus afluente. 
 
• Os terraços fluviais (Qt) são frequentes: 
– Ao longo dos Rios Zambeze, Luia e Mazoe; 
– Em grandes manchas a norte da Província de Tete: R. 
N´Condedzi, R. Mavúdzi, R. Tembuè, e Rio Aruângua; 
– Ao longo do Rio Lucare em Manica. 
4. Zona Centro-Oeste 
(fig. 66) 
 
• O contacto do Quaternário com o Precâmbrico, o 
Karoo, o Mesozóico e/ou Terciário faz-se 
normalmente por falhas limitrofes dos grabens; 
nestas zonas são comuns os Cones de Dejecção (Qc) 
como em Manica, Inhaminga, Chire (até ao Lago 
Amaramba) e em Mágoè (Tete). 
5. Faixa Costeira Pebane-Nacala (fig. 67) 
• Importante devido ao seu conteúdo de minerais 
pesados; 
 
• Os Aluviões (Qa) e os aluviões fluvio-marinhos (Qaa) 
são frequentes ao longo e nas fozes dos rio (caso dos 
Rios Licungo, Malema, Molócue, Mecui, Mongicual, 
etc); 
 
• As dunas interiores (Qd) ocorrem junto à costa ao longo 
de toda faixa. É notória a ausência de Dunas Costeiras 
(Qdc); 
5. Faixa Costeira Pebane-Nacala 
(fig. 67) 
• Os Grés Costeiros (Qac) são muito frequentes e 
constituem o substrato de muitas ilhas ao longo de 
costa (exemplo, a Ilha de Moçambique); 
 
• Os depósitos de Piedmonte (Qp) ocorrem em manchas 
isoladas ao contacto com o Precâmbrico: Pebane, 
Moebasse, NE de Moma, Angoche, Monjicual-
Condúcia, Nacala, etc; 
 
• Verifica-s sedimentação marinha com sedimentos 
trazidos do Delta do Rio Zambeze por correntes SW-
NE. 
 
6. Bacia do Rio Rovuma (fig. 67) 
• Abrange a zona desde a foz do Rio Lúrio até ao 
Rovuma; 
 
• Dominam depósitos de piedmont (Qt); assentando 
sobre o Cretácico e o Terciário, desde Pemba ao Rio 
Rovuma; 
 
• Os Aluviões (Qa) e os Aluviões fluvio-marinhos 
(Qaa) aparecem ao longo das embarcações dos Rios 
Rovuma, Messalo, Montepuez, Muaguide e Lurio; 
6. Bacia do Rio Rovuma (fig. 67) 
 
• Os grés costeiros (Qac) estão muito desenvolvidos 
nesta bacia, ocorrendo grandes manchas entre 
Quionga e Palma, em frente a Ilha Vamizi, entre 
Mocimboa da Praia e a foz do Rio Messalo e entre 
esta e Pemba. As Ilhas Quirimbas são todas em Qac; 
 
• Ao longo da costa entre Pemba e o Rio Lúrio 
ocorrem dunas interiores (Qd). 
 
7. Cobertura do Embasamento 
• São camadas de solos arenosos finos coroados por 
superfícies de alteração a vermelhada, parcialmente 
encouraçadas; 
 
• Entre Muoco e Murrupala há perfís lateríticos com 
20 metros encimados por uma couraça de 3 a 7 
metros; 
 
• Aluviões depositados ao longo dos rios actuais, 
cortando ou não formações quaternárias anteriores.

Continue navegando