Buscar

Tanques-rede_

Prévia do material em texto

Criação de Peixes em Tanques-Rede
Aryanne Cecília Vieira de Souza 
Camila Fernandes Bezerra
Geferson Mario Rebouças dos Santos
Thaiza Lorena Barbosa Fernandes
UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO SEMI ÁRIDO
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS ANIMAIS
CURSO: ENGENHARIA DE PESCA
DISCIPLINA: ELABORAÇÃO DE PROJETOS PARA PESCA E AQUICULTURA
1
1
2
Aquicultura
Criação de organismos com ciclo de vida desenvolvido total ou parcialmente em meio aquático.
Praticada há milhares de anos pelos chineses e egípcios.
Introdução
3
PESCADO
Consumo de 12 quilos por habitante/ano. 
 Consumo abaixo do indicado
 Crescimento de 6,46 kg > 9,03 kg por hab/ano entre 2003 e 2009. 
 Produção mundial de pescado é da ordem de 126 milhões de toneladas ao ano.
O Brasil é um dos poucos países que tem condições de atender à crescente demanda mundial por produtos de origem pesqueira.
2030 a demanda internacional de pescado aumente em 100 milhões de tonelada.
 Segundo a FAO, poderá se tornar um dos maiores produtores do mundo até 2030.
4
Introdução
Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba – Codevasf
Empresa pública federal instituída em 1974
Foco principal o desenvolvimento regional 
Responsável por grandes avanços registrados na piscicultura brasileira
Década de 80 adaptou e difundiu nacionalmente a tecnologia da propagação artificial de peixes
Proporcionou a produção de alevinos em larga escala
Tornou a piscicultura uma atividade em expansão
5
	A ambiência favorável à aquicultura continental deve-se ao potencial representado especialmente pelo grande número de reservatórios presentes em todo o território nacional.
	O Brasil certamente será um dos maiores produtores mundiais de pescado nas próximas décadas.
Introdução
6
Por que Criar Peixes em Tanque-Rede
Criação de peixes em Tanque-rede
Estruturas flutuantes utilizadas na criação de peixes, em açudes, reservatórios ou cursos d’água.
Tela de aço galvanizado revestida com PVC, aço inox ente outros.
 Malhas de diferentes tamanhos.
Materiais leves e não cortantes para facilitar o manejo e apresentar resistência mecânica e à corrosão. 
7
Criação de peixes em Tanque-rede
Vantagens
Menor custo fixo
Rápida implantação 
Possibilidade de uso racional dos recursos hídricos
Manejo simplificado
Facilidade de observação diária dos peixes (doenças). 
Possibilidade de colheitas durante o ano todo 
8
Criação de peixes em Tanque-rede
Desvantagens
Dificuldade na legalização do empreendimento
Dependência absoluta de alimentação artificial
Dificuldade no controle de doenças
Grande suscetibilidade a roubos ou furtos, atos de vandalismo e curiosidade popular.
 Condições de implantação do empreendimento;
 
 Qualidade da água, variações no nível da água (profundidade mínima), existência de correntes, ventos, ondas e logística de acesso às estruturas de criação; 
 Mercado consumidor.
Condições Propícias à Implantação do Sistema de
Criação de Peixes em Tanques-Rede
9
9
 Próximos às culturas agrícolas, cidades e de indústrias:
 águas contaminada. 
 Captação de água para abastecimento público, navegação e vizinhanças de clubes recreativos
 não são favoráveis.
 Ventos e correntes;
 rompimento das estruturas.
 Área de Preservação;
 Antes da implantação – realizar análise da água do local a ser utilizado;
 Acesso (aos tanques, instalações) e segurança. 
Áreas de Criação
10
Local de implantação do empreendimento
11
Foto: Thiago D. Trombeta - IABS 	
Foto: Bruno O. de Mattos	
Local indicado para implantação de
tanques-rede
Local não indicado para implantação de tanques-rede
 Ambientes LÊNTICOS
 Potencialmente aptos para instalação;
 Boa taxa de circulação de água e
 Profundidade adequada.
 Estratificação térmica e química - distribuição heterogênea;
 Desestratificação da coluna d’ água - queda na temperatura do ar.
 Circulação hídrica
 Pouca renovação da água, diminuindo a concentração de oxigênio. 
 Comportamento dos peixes;
 Uso de aeradores. 
12
Profundidade e velocidade da água
 Locais “calmos” no corpo hídrico
 reentrâncias e enseadas
 diminuir os riscos de danos às estruturas de criação.
 Correntógrafos e medidores de vazão.
 Observar a granulometria do sedimento no fundo do local.
 Avaliado o regime de ondas:
 diretamente influenciado pelo regime de ventos
Qualidade de água!! 
13
Dinâmica (correntes, ventos e ondas)
 Renovação de água:
 É necessário que a corrente de água passe de maneira perpendicular às instalações
 Movimento das correntes de água.
 Mudança de local dos tanques-rede.
14
Distância e posicionamento dos tanques-rede
15
Foto: Bruno O. de Mattos
Tanques-rede dispostos em linha simples
Foto: Thompson F. R. Neto - CODEVASF
Tanques-rede dispostos em quatro linhas
10/20m
16
Qualidade da água
Temperatura
Oxigênio dissolvido
Potencial hidrogeniônico – Ph
 Transparência
Amônia e nitrito
17
Temperatura da água
Constante monitoramento - parâmetros limitantes na alimentação
provocando redução no consumo alimentar e estresse quando não estiver na faixa de conforto dos peixes, favorecendo ainda, o aparecimento de doenças e parasitoses
18
Temperatura da água
19
Oxigênio dissolvido
Essencial para a sobrevivência;
Atividade metabólica, inclusive a respiração. 
Disponibilizado – Difusão. 
 Variações nos níveis de oxigênio
Atividades biológicas e químicas
Decorrentes da fotossíntese, da respiração e da presença de matérias orgânicas e inorgânicas.
 Monitorar os níveis de oxigênio dissolvido na água
Oxímetro ou kit de análises de água - duas vezes ao dia.
Não podem ser inferior a 2 mg/l.
20
Potencial hidrogeniônico - pH
 Quantidade de íons de hidrogênio [H+] livres numa determinada solução;
 Faixa ideal de 6,5 a 8,5.
 Carbonatos e bicarbonatos (cal e no calcário) – TAMPONAR;
 Importante parâmetro na definição da escolha do corpo hídrico para a implantação do empreendimento.
21
Potencial hidrogeniônico - pH
22
Transparência
 Indica - concentração da população de plâncton ou a suspensão de sedimentos finos (siltes e argilas) que ocorrem comumente após as fortes chuvas;
Horários – 10:00 às 14:00 horas (fortes incidência de raios solares sobre a água)
Profundidade relecionada ao nível de eutrofização.
 40 e 60 (alto)
60 a 120 (médio)
 acima de 120 (baixa)
23
Figura 1 - Utilização do Disco de Secchi
Foto: Bruno O. de Mattos
24
Amônia
 Amônia – excreção, decomposição das proteínas (rações);
 NH4+ e NH3 – fator de risco;
 Temperatura da água alta e pH elevado - NH3 (tóxica) aumenta - monitoramento constante da temperatura e do pH da água;	
	
25
Nitrito
 Nitrito – oxidação da amônia por bactérias Nitrossomonas; 
 Induzir a transformação de hemoglobina em metahemoglobina, molécula perdem sua capacidade de transportar oxigênio para as células, o que leva os peixes a morte por asfixia.	
Sistemas de criação
Sistema Monofásico
Sistemas de criação
Sistema Bifásico
Sistemas de criação
Sistema Trifásico
devem obedecer aos critérios:
Tamanho;
Peso;
hábitos alimentares;
Exigência nutricional.
 O arraçoamento deve ser feito de maneira que não ocorram sobras. 
Rações e arraçoamento
Rações e arraçoamento
proporciona ao produtor o acompanhamento dos peixes em relação ao ganho de peso e crescimento.
10% a 20% da quantidade total dos tanques-rede para se fazer a biometria, e manipular cerca de 3% a 5% dos peixes. 
Biometria
 
é recomendado o levantamento dos possíveis predadores e competidores existentes no local. 
Peixes indesejáveis nos tanques-rede
Vigilância do empreendimnto 
 
formato quadrado, retangular, cilíndrico, hexagonal ou circular, entre outros.
Detalhamento das estruturas
Tamanho e formato de tanques-rede
estrutura de armação dos tanques-rede pode-se utilizar diversos materiais como: tubos e cantoneiras em alumínio, aço galvanizado, bambu, madeira, tubos de PVC, entre outros.
Nessas estruturas são fixados os flutuadores, comedouros, as malhas, tampas e cabo de fixação 
Detalhamento das estruturas
Material utilizado naconstrução e instalação dos tanques-rede
Os flutuadores podem ser, tambores plásticos e tubos de PVC tampados;
As malhas podem ser: poliéster revestido de PVC, nylon, alambrado de aço inox;
A malha apresenta abertura de 13 mm a 25 mm para alojar os peixes;
as tampas dos tanques-rede podem ser feitas com malhas maiores ou de igual tamanho ao do tanque-rede.
Detalhamento das estruturas
Material utilizado na construção e instalação dos tanques-rede
É recomendado utilizar sombrites sobre as tampas dos berçários para reduzir a exposição dos peixes aos raios solares;
Para a fixação dos tanques-rede no ambiente são utilizadas cordas de nylon com espessura entre 14 mm e 20 mm ou cabos de aço; 
Suas extremidades serão fixadas em poitas (âncoras) no fundo do corpo hídrico.
Detalhamento das estruturas
Material utilizado na construção e instalação dos tanques-rede
é de grande importância sinalizar a poligonal/área dos projetos, garantindo a segurança no tráfego de embarcações.
devendo ser feita com tambores de 50 a 200 litros, na cor amarela e/ou sinalizadores luminosos 
Detalhamento das estruturas
Material utilizado na construção e instalação dos tanques-rede
Barco, remos, motor de popa, balanças, puçás, baldes, kit de análise de água, termômetro, oxímetro, pHmetro, Disco de Secchi, freezer, cordas, arames, facas, etc. 
Berçários/bolsões : estrutura utilizada na fase de cria dos microalevinos . É fixado dentro do tanque-rede, de forma a possuir volume praticamente idêntico a este.
Comedouros: estruturas fixadas dentro do tanque-rede, na altura da linha d’água, ficando de 15 cm a 20 cm acima da superfície da água e 40 cm a 50 cm abaixo da linha d’água .
Detalhamento das estruturas
Equipamentos e materiais diversos
Galpão de armazenamento;
Balsa;
Plataforma. 
Detalhamento das estruturas
Estruturas de apoio
 Tilápia (Oreochromis niloticus);
Principais Espécies de Peixes Criadas em Tanques-
Rede no Brasil
40
Foto: Bruno O. de Mattos
 Tambaqui (Colossoma macropomum)
Principais Espécies de Peixes Criadas em Tanques-
Rede no Brasil
41
Foto: Thiago D. Trombeta - IABS
 Pacu (Piaractus mesopotamicus)
Principais Espécies de Peixes Criadas em Tanques-
Rede no Brasil
42
Foto: Rui D. Trombeta
 Matrinxã (Brycon amazonicus)
Principais Espécies de Peixes Criadas em Tanques-
Rede no Brasil
43
Foto: Bruno O. de Mattos
 Pirarucu (Arapaima gigas)
Principais Espécies de Peixes Criadas em Tanques-
Rede no Brasil
44
Foto: Thiago D. Trombeta - IABS
 Surubim (Pseudoplatystoma spp.)
Principais Espécies de Peixes Criadas em Tanques-
Rede no Brasil
45
Foto: Altamiro de Pina
 Jundiá-Cinza (Rhamdia quelen)
Principais Espécies de Peixes Criadas em Tanques-
Rede no Brasil
46
Foto: Bruno Estevão
 Alevinos redirecionados sexualmente
 Tamanho entre 2 e 3 cm, peso médio de 0,5 a 0,6 g.
 Importante que se faça a aclimatação
 O manejo deve ser feito no período do dia
 Mortalidade aceitável de 5% a 7% entre o 7º e o 10º dia.
 Na alevinagem são alojados em berçários
 Densidade de 1.000 a 1250 peixes/m³;
 Permanecem de 30 a 60 dias até atingirem o peso entre 30-50 g. 
47
Manejo do Sistema
Povoamento dos tanques-rede
 Deve ser realizada em horários do dia em que a temperatura esteja mais amena;
 Deixar os peixes em jejum por 24 horas;
 Densidade final de 150 a 250 peixes/m³;
 Contagem feita individualmente;
48
Repicagens
 Passar por um período de jejum de 24 horas;
 Pode ser parcial ou total; 
 Realizar de maneira rápida; 
 Transporte em caixas térmicas com gelo;
 Proporção de 2 kg de gelo para cada 1 kg de peixe 
49
Despesca
Manejo incorreto
 Transporte;
 Povoamento; 
 Biometrias;
 Repicagens;
 Densidade acima do recomendado.
Condições Ambientais
Temperatura;
Oxigênio dissolvido.
50
Enfermidades
 Trichodina
 Aeromonose 
51
Enfermidades mais comuns 
Fonte: Google imagens
 Estreptococose
 Saprolegniose
52
Enfermidades mais comuns 
Fonte: Google imagens
 Pseudomonose
 Argulose 
 
53
Enfermidades mais comuns 
Fonte: Google imagens
Programas de prevenção 
 Limpeza e desinfecção
 Manejo correto da produção 
54
Métodos de controle
 Manejo periódico para evitar a colmatação
 Para diminuir o acumulo são usada espécie iliófagas
 Densidade de 5 a 6 peixes/m³
 Limpeza das malhas por meio de escovões
55
Limpeza dos tanques-rede
OBRIGADO!
UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO SEMI ÁRIDO
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS ANIMAIS
CURSO: ENGENHARIA DE PESCA
DISCIPLINA: ELABORAÇÃO DE PROJETOS PARA PESCA E AQUICULTURA
56
56

Continue navegando