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Aula 37 - Portugus - Aula 07

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PORTUGUÊS P/ TRE PE - (QUESTÕES COMENTADAS) 
PROFESSOR TERROR 
Prof. Décio Terror www.pontodosconcursos.com.br 1
 
Aula 7 
(Redação de correspondências oficiais) 
Olá pessoal! 
Em vez de apenas inserir as questões comentadas do assunto Redação 
de Correspondências Oficiais, preferi trabalhar a teoria básica, para que 
evitemos dúvidas nas respostas das questões. Você verá que a banca 
Fundação Carlos Chagas se baseia literalmente no Manual de Redação da 
Presidência da República. 
O material teórico engloba um extrato do Manual de Redação da 
Presidência da República e o Manual de Redação da Câmara dos Deputados. 
Achei por bem extrair o mais importante de cada texto, para que você tenha 
em mão um material claro, efetivo e que englobe o que realmente cai na 
prova, além do que algumas vezes os concursos cobram as expressões literais 
desses textos, por isso evitei colocar considerações minhas, mas um retrato 
fiel sobre o que esses manuais expõem. 
1. O que é Redação Oficial???? 
Em uma frase, pode-se dizer que redação oficial é a maneira pela qual o 
Poder Público redige atos normativos e comunicações. 
A redação oficial deve caracterizar-se pela impessoalidade, uso do 
padrão culto de linguagem, clareza, concisão, formalidade e 
uniformidade. Fundamentalmente esses atributos decorrem da Constituição, 
que dispõe, no artigo 37: “A administração pública direta, indireta ou 
fundacional, de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito 
Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, 
impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência (...)”. Sendo a 
publicidade e a impessoalidade princípios fundamentais de toda 
administração pública, claro está que devem igualmente nortear a elaboração 
dos atos e comunicações oficiais. 
Não se concebe que um ato normativo de qualquer natureza seja 
redigido de forma obscura, que dificulte ou impossibilite sua compreensão. A 
transparência do sentido dos atos normativos, bem como sua inteligibilidade, 
são requisitos do próprio Estado de Direito: é inaceitável que um texto legal 
não seja entendido pelos cidadãos. A publicidade implica, pois, 
necessariamente, clareza e concisão. 
Esses mesmos princípios (impessoalidade, clareza, uniformidade, 
concisão e uso de linguagem formal) aplicam-se às comunicações oficiais: elas 
devem sempre permitir uma única interpretação e ser estritamente impessoais 
e uniformes, o que exige o uso de certo nível de linguagem. 
A identificação das características específicas da forma oficial de redigir 
não deve ensejar o entendimento de que se proponha a criação ou existência 
de uma forma específica de linguagem administrativa, o que coloquialmente e 
pejorativamente se chama burocratês. Este é antes uma distorção do que deve 
Português para Tribunal Regional Eleitoral - PE 
(questões comentadas) 
PORTUGUÊS P/ TRE PE - (QUESTÕES COMENTADAS) 
PROFESSOR TERROR 
Prof. Décio Terror www.pontodosconcursos.com.br 2
ser a redação oficial, e se caracteriza pelo abuso de expressões e clichês do 
jargão burocrático e de formas arcaicas de construção de frases. 
A redação oficial não é, portanto, necessariamente árida e infensa à 
evolução da língua. É que sua finalidade básica – comunicar com 
impessoalidade e máxima clareza – impõe certos parâmetros ao uso que se faz 
da língua, de maneira diversa daquele da literatura, do texto jornalístico, da 
correspondência particular, etc. 
Apresentadas essas características fundamentais da redação oficial, 
passemos à análise pormenorizada de cada uma delas. 
1.1. A Impessoalidade 
A finalidade da língua é comunicar, quer pela fala, quer pela escrita. Para 
que haja comunicação, são necessários: 
a) alguém que comunique; 
b) algo a ser comunicado; e 
c) alguém que receba essa comunicação. 
No caso da redação oficial, quem comunica é sempre o Serviço Público 
(este ou aquele Ministério, Secretaria, Departamento, Divisão, Serviço, 
Seção); o que se comunica é sempre algum assunto relativo às atribuições do 
órgão que comunica; o destinatário dessa comunicação ou é o público, o 
conjunto dos cidadãos, ou outro órgão público, do Executivo ou dos outros 
Poderes da União. 
Percebe-se, assim, que o tratamento impessoal que deve ser dado aos 
assuntos que constam das comunicações oficiais decorre: 
a) da ausência de impressões individuais de quem comunica: embora 
se trate, por exemplo, de um expediente assinado por Chefe de 
determinada Seção, é sempre em nome do Serviço Público que é feita a 
comunicação. Obtém-se, assim, uma desejável padronização, que permite 
que comunicações elaboradas em diferentes setores da Administração 
guardem entre si certa uniformidade; 
b) da impessoalidade de quem recebe a comunicação, com duas 
possibilidades: ela pode ser dirigida a um cidadão, sempre concebido 
como público, ou a outro órgão público. Nos dois casos, temos um 
destinatário concebido de forma homogênea e impessoal; 
c) do caráter impessoal do próprio assunto tratado: se o universo 
temático das comunicações oficiais se restringe a questões que dizem 
respeito ao interesse público, é natural que não cabe qualquer tom 
particular ou pessoal. 
1.2. A Linguagem dos Atos e Comunicações Oficiais 
A necessidade de empregar determinado nível de linguagem nos atos e 
expedientes oficiais decorre, de um lado, do próprio caráter público desses 
atos e comunicações; de outro, de sua finalidade. Os atos oficiais, aqui 
entendidos como atos de caráter normativo, ou estabelecem regras para a 
conduta dos cidadãos, ou regulam o funcionamento dos órgãos públicos, o que 
só é alcançado se em sua elaboração for empregada a linguagem adequada. O 
PORTUGUÊS P/ TRE PE - (QUESTÕES COMENTADAS) 
PROFESSOR TERROR 
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mesmo se dá com os expedientes oficiais, cuja finalidade precípua é a de 
informar com clareza e objetividade. 
As comunicações que partem dos órgãos públicos federais devem ser 
compreendidas por todo e qualquer cidadão brasileiro. Para atingir esse 
objetivo, há que evitar o uso de uma linguagem restrita a determinados 
grupos. Não há dúvida que um texto marcado por expressões de circulação 
restrita, como a gíria, os regionalismos vocabulares ou o jargão técnico, tem 
sua compreensão dificultada. 
Ressalte-se que há necessariamente uma distância entre a língua falada 
e a escrita. Aquela é extremamente dinâmica, reflete de forma imediata 
qualquer alteração de costumes, e pode eventualmente contar com outros 
elementos que auxiliem a sua compreensão, como os gestos, a entoação, etc., 
para mencionar apenas alguns dos fatores responsáveis por essa distância. Já 
a língua escrita incorpora mais lentamente as transformações, tem maior 
vocação para a permanência, e vale-se apenas de si mesma para comunicar. 
A língua escrita, como a falada, compreende diferentes níveis, de acordo 
com o uso que dela se faça. Por exemplo, em uma carta a um amigo, podemos 
nos valer de determinado padrão de linguagem que incorpore expressões 
extremamente pessoais ou coloquiais; em um parecer jurídico, não se há de 
estranhar a presença do vocabulário técnico correspondente. Nos dois casos, 
há um padrão de linguagem que atende ao uso que se faz da língua, a 
finalidade com que a empregamos. 
O mesmo ocorre com os textos oficiais: por seu caráter impessoal, por 
sua finalidade de informar com o máximo de clareza e concisão, eles requerem 
o uso do padrão culto da língua. Há consenso de que o padrão culto é aquele 
em que a) se observam as regras da gramática formal, e b) se emprega um 
vocabulário comum ao conjunto dos usuários do idioma. É importante ressaltar 
que a obrigatoriedade do uso do padrão culto na redação oficial decorre do fato 
de que ele está acima das diferenças lexicais, morfológicas ou sintáticas 
regionais, dos modismos vocabulares, das idiossincrasias linguísticas, 
permitindo, por essa razão, que se atinja a pretendida compreensão por todos 
os cidadãos.Lembre-se que o padrão culto nada tem contra a simplicidade de 
expressão, desde que não seja confundida com pobreza de expressão. De 
nenhuma forma o uso do padrão culto implica emprego de linguagem 
rebuscada, nem dos contorcionismos sintáticos e figuras de linguagem próprios 
da língua literária. 
Pode-se concluir, então, que não existe propriamente um “padrão oficial 
de linguagem”; o que há é o uso do padrão culto nos atos e comunicações 
oficiais. É claro que haverá preferência pelo uso de determinadas expressões, 
ou será obedecida certa tradição no emprego das formas sintáticas, mas isso 
não implica, necessariamente, que se consagre a utilização de uma forma de 
linguagem burocrática. O jargão burocrático, como todo jargão, deve ser 
evitado, pois terá sempre sua compreensão limitada. 
A linguagem técnica deve ser empregada apenas em situações que a 
exijam, sendo de evitar o seu uso indiscriminado. Certos rebuscamentos 
acadêmicos, e mesmo o vocabulário próprio a determinada área, são de difícil 
PORTUGUÊS P/ TRE PE - (QUESTÕES COMENTADAS) 
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entendimento por quem não esteja com eles familiarizado. Deve-se ter o 
cuidado, portanto, de explicitá-los em comunicações encaminhadas a outros 
órgãos da administração e em expedientes dirigidos aos cidadãos. 
1.3. Formalidade e Padronização 
As comunicações oficiais devem ser sempre formais, isto é, obedecem a 
certas regras de forma: além das já mencionadas exigências de 
impessoalidade e uso do padrão culto de linguagem, é imperativo, ainda, certa 
formalidade de tratamento. Não se trata somente da eterna dúvida quanto ao 
correto emprego deste ou daquele pronome de tratamento para uma 
autoridade de certo nível; mais do que isso, a formalidade diz respeito à 
polidez, à civilidade no próprio enfoque dado ao assunto do qual cuida a 
comunicação. 
A formalidade de tratamento vincula-se, também, à necessária 
uniformidade das comunicações. Ora, se a administração federal é una, é 
natural que as comunicações que expede sigam um mesmo padrão. O 
estabelecimento desse padrão exige que se atente para todas as 
características da redação oficial e que se cuide, ainda, da apresentação dos 
textos. 
1.4. Concisão e Clareza 
A concisão é antes uma qualidade do que uma característica do texto 
oficial. Conciso é o texto que consegue transmitir um máximo de informações 
com um mínimo de palavras. Para que se redija com essa qualidade, é 
fundamental que se tenha, além de conhecimento do assunto sobre o qual se 
escreve, o necessário tempo para revisar o texto depois de pronto. É nessa 
releitura que muitas vezes se percebem eventuais redundâncias ou repetições 
desnecessárias de ideias. 
O esforço de sermos concisos atende, basicamente, ao princípio de 
economia linguística, à mencionada fórmula de empregar o mínimo de palavras 
para informar o máximo. Não se deve de forma alguma entendê-la como 
economia de pensamento, isto é, não se devem eliminar passagens 
substanciais do texto no afã de reduzi-lo em tamanho. Trata-se 
exclusivamente de cortar palavras inúteis, redundâncias, passagens que nada 
acrescentem ao que já foi dito. 
Procure perceber certa hierarquia de ideias que existe em todo texto de 
alguma complexidade: ideias fundamentais e ideias secundárias. Estas últimas 
podem esclarecer o sentido daquelas, detalhá-las, exemplificá-las; mas 
existem também ideias secundárias que não acrescentam informação alguma 
ao texto, nem têm maior relação com as fundamentais, podendo, por isso, ser 
dispensadas. 
A clareza deve ser a qualidade básica de todo texto oficial. Pode-se 
definir como claro aquele texto que possibilita imediata compreensão pelo 
leitor. No entanto a clareza não é algo que se atinja por si só: ela depende 
estritamente das demais características da redação oficial. Para ela concorrem: 
a) a impessoalidade, que evita a duplicidade de interpretações que 
poderia decorrer de um tratamento personalista dado ao texto; 
PORTUGUÊS P/ TRE PE - (QUESTÕES COMENTADAS) 
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b) o uso do padrão culto de linguagem, em princípio, de entendimento 
geral e por definição avesso a vocábulos de circulação restrita, como a 
gíria e o jargão; 
c) a formalidade e a padronização, que possibilitam a imprescindível 
uniformidade dos textos; 
d) a concisão, que faz desaparecer do texto os excessos linguísticos que 
nada lhe acrescentam. 
É pela correta observação dessas características que se redige com 
clareza. Contribuirá, ainda, a indispensável releitura de todo texto redigido. A 
ocorrência, em textos oficiais, de trechos obscuros e de erros gramaticais 
provém principalmente da falta da releitura que torna possível sua correção. 
Na revisão de um expediente, deve-se avaliar, ainda, se ele será de fácil 
compreensão por seu destinatário. O que nos parece óbvio pode ser 
desconhecido por terceiros. O domínio que adquirimos sobre certos assuntos 
em decorrência de nossa experiência profissional muitas vezes faz com que os 
tomemos como de conhecimento geral, o que nem sempre é verdade. 
Explicite, desenvolva, esclareça, precise os termos técnicos, o significado das 
siglas e abreviações e os conceitos específicos que não possam ser 
dispensados. 
A revisão atenta exige, necessariamente, tempo. A pressa com que são 
elaboradas certas comunicações quase sempre compromete sua clareza. Não 
se deve proceder à redação de um texto que não seja seguida por sua revisão. 
“Não há assuntos urgentes, há assuntos atrasados”, diz a máxima. Evite-se, 
pois, o atraso, com sua indesejável repercussão no redigir. 
Questão 1: TJ AM 2011 Superior 
Clareza e correção, imprescindíveis na redação de correspondência oficial, 
estão presentes em: 
(A) Em atenção à solicitação recebida por este departamento, vimos informar 
a V. Exa. que serão tomadas as devidas providências, bem como 
encaminhadas as informações dentro do prazo estipulado, como requerem 
os objetivos de transparência e agilidade no cumprimento de nossas 
funções. 
(B) As Comissões Legislativas que se encarregaram de avaliar os projetos 
elaborados por deputados dessa bancada sugeriram que sejam 
submetidos a maiores esclarecimentos, no sentido de se ampliar sua 
participação na área abrangida por eles, a ser encaminhadas por escrito. 
(C) A Vossa Excelência, ilustre e nobre Deputado, estamos encaminhando 
reivindicações dos moradores deste município, que diz respeito a melhoria 
efetiva de nossas estradas, facilitando o acesso e o transporte de bens 
produzidos aqui para comercialização nas cidades vizinhas. 
(D) Como se tratavam de situações calamitosas, causadas por chuvas 
torrenciais, provocando deslizamentos de morros, soterramento de 
pessoas, inundação de casas, sem os remédios para controlar eventuais 
epidemias, viemos solicitar a liberação das verbas do município contra 
catástrofes. 
(E) Aproveitamos o ensejo para esclarecer a V. Sa. que nos é obrigado a 
enfatizar as conclusões apostas a este Parecer, porque, quando se iniciar 
PORTUGUÊS P/ TRE PE - (QUESTÕES COMENTADAS) 
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os trabalhos desta legislatura, irá aparecer, sem dúvida, as origens dessa 
crise em que se mergulhou recentemente. 
Comentário: A alternativa (A) está correta, porque o texto encontra-se de 
acordo com a norma culta e se percebe clareza nas informações. Note que não 
há ambiguidade. 
Na alternativa (B), a locução verbal da voz passiva “sejam submetidos” 
é transitiva direta e indireta. O objeto indireto é a expressão “a maiores 
esclarecimentos”, mas o sujeito não foi expresso literalmente no texto. Isso 
faz com que possamos entender dois possíveis referentes “deputados” ou “os 
projetos elaborados por deputados”. Os pronomes “sua” e “eles” colaboram 
para que haja a indecisão do referente. Assim, o texto não está claro. Está 
ambíguo. A expressão “a ser encaminhadaspor escrito” não possui referente, 
pois não há termo plural e feminino mencionado anteriormente. 
Na alternativa (C), a expressão “ilustre e nobre Deputado” fere a 
impessoalidade, a objetividade e a concisão, por ser um tratamento de cunho 
pessoal e a expressão “ilustre e nobre” não acrescenta em nada o que já fora 
expresso no pronome “Vossa Excelência”. Além disso, há problemas 
gramaticais, pois o pronome relativo “que” está na função de sujeito e retoma 
“reivindicações”, fazendo com que o verbo se flexione no plural (dizem). O 
substantivo “respeito” exige preposição “a” e o substantivo “melhoria” admite 
o artigo “a”, por isso há crase (à melhoria). 
Na alternativa (D), o verbo “tratavam” não se encontra flexionado de 
acordo com a norma culta, pois o pronome “se” é o índice de indeterminação 
do sujeito, assim o verbo obrigatoriamente deve se flexionar na terceira 
pessoa do singular. Quanto à clareza, seria melhor a expressão “contra 
catástrofes” ficar próxima de seu núcleo “verbas”. 
Na alternativa (E), a expressão “nos é obrigado a enfatizar” não possui 
sujeito, pois “nos” e “a enfatizar” não podem ser sujeito da expressão “é 
obrigado”. O primeiro, por ser um pronome átono, o segundo, por ser uma 
oração iniciada por preposição. O ideal é transformar a expressão por “somos 
obrigados a enfatizar”. 
O verbo “iniciar” é transitivo direto e o pronome “se” é apassivador. 
Assim, a expressão “os trabalhos desta legislatura” é o sujeito paciente, o qual 
força este verbo ao plural: iniciarem. Para termos certeza de que realmente 
há pronome apassivador, devemos transpor para a voz passiva analítica: 
...quando os trabalhos desta legislatura forem iniciados... 
A locução verbal “irá aparecer” deve ser flexionada no plural (irão 
aparecer), pois o sujeito “as origens dessa crise” encontra-se no plural. 
Note que o verbo “mergulhou” está corretamente empregado no 
singular, por ser intransitivo, o pronome “se” ser o índice de indeterminação 
do sujeito e a expressão “em que” ser o adjunto adverbial de lugar. 
Gabarito: A 
Questão 2: MEC 2008 Superior 
As questões a seguir referem-se ao Manual de Redação da Presidência da 
República. 
PORTUGUÊS P/ TRE PE - (QUESTÕES COMENTADAS) 
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A respeito da redação oficial, analise as afirmativas a seguir: 
I. As comunicações oficiais devem ser sempre formais, isto é, obedecem a 
certas regras de forma: além das exigências de impessoalidade e uso do 
padrão culto de linguagem, é imperativo, ainda, certa formalidade de 
tratamento. Não se trata somente da eterna dúvida quanto ao correto 
emprego deste ou daquele pronome de tratamento para uma autoridade 
de certo nível; mais do que isso, a formalidade diz respeito à polidez, à 
civilidade no próprio enfoque dado ao assunto do qual cuida a 
comunicação. 
II. A linguagem técnica deve ser empregada apenas em situações que a 
exijam, sendo de evitar o seu uso indiscriminado. Certos rebuscamentos 
acadêmicos, e mesmo o vocabulário próprio a determinada área, são de 
difícil entendimento por quem não esteja com eles familiarizado. Deve-se 
ter o cuidado, portanto, de explicitá-los em comunicações encaminhadas 
a outros órgãos da administração e em expedientes dirigidos aos 
cidadãos. 
III. Não há necessariamente uma distância entre a língua falada e a escrita. 
Aquela é extremamente dinâmica, reflete de forma imediata qualquer 
alteração de costumes, e pode eventualmente contar com outros 
elementos que auxiliem a sua compreensão, como os gestos, a entoação, 
etc., para mencionar apenas alguns dos fatores responsáveis por essa 
distância. Já a língua escrita incorpora mais lentamente as 
transformações, tem maior vocação para a permanência, e vale-se 
apenas de si mesma para comunicar. 
Assinale: 
(A) se apenas as afirmativas I e II estiverem corretas. 
(B) se apenas as afirmativas I e III estiverem corretas. 
(C) se apenas as afirmativas II e III estiverem corretas. 
(D) se nenhuma afirmativa estiver correta. 
(E) se todas as afirmativas estiverem corretas. 
Comentário: A frase I é uma cópia da introdução do Manual de Redação da 
Presidência da República. Perceba que as palavras mais importantes são: 
impessoalidade, formalidade, padrão culto. Veja isso no tópico 1.3 
anteriormente referenciado. 
Na frase II, perceba uma afirmação realmente lógica. O termo técnico 
pode ser usado quando necessário. Porém, se o documento é enviado a quem 
possa não ter conhecimento, é natural que seja explicado no decorrer do 
texto. Isso está previsto no 8° parágrafo do tópico 1.2 anteriormente 
referenciado. 
O erro na frase III é o advérbio “Não”. Há, sim, um distanciamento 
entre língua falada e língua escrita, e todo o trecho acima confirmou isso. Veja 
no 3° parágrafo do tópico 1.2. 
Gabarito: A 
Questão 3: TRT 16 R - 2009 – Analista 
A ocorrência de ambiguidade e falta de clareza faz necessária uma revisão da 
PORTUGUÊS P/ TRE PE - (QUESTÕES COMENTADAS) 
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seguinte frase: 
(A) Causa-nos revolta, a todos, o pouco interesse que ele vem demonstrando 
na condução desse processo – razão pela qual há quem peça a demissão 
dele. 
(B) Conquanto ele nos haja dado uma resposta inconclusiva e protelado a 
decisão, há quem creia que nos satisfará o desfecho deste caso. 
(C) Inconformados com a resposta insatisfatória que nos deu, reiteramos o 
pedido para que ele não deixe de tomar as providências que o caso 
requer. 
(D) Ele deu uma resposta insatisfatória à providência que lhe solicitamos, em 
razão da qual será preciso insistir em que não venha a repeti-la. 
(E) Caso não sejam tomadas as providências cabíveis, seremos obrigados a 
comunicar à Direção o menoscabo com que está sendo tratado este caso. 
Comentário: Não está claro na alternativa (D) a quem o pronome “la" se 
refere: se é à “resposta” ou à “providência”. 
Gabarito: D 
Questão 4: TRT 12R 2010 Analista 
Ao se redigir um documento oficial, deve-se atentar para as seguintes 
recomendações: 
I. Praticar a concisão e a clareza, de modo a que poucas palavras possam 
trazer muita informação, não deixando dúvida quanto à significação do 
conjunto do texto. 
II. A comunicação oficial não exime o redator de manifestar claramente sua 
subjetividade, por meio de opiniões criativas e do posicionamento 
estritamente pessoal diante de uma questão. 
III. A formalidade da linguagem é uma característica imprescindível da 
redação oficial, fazendo-se notar, por exemplo, pela observância da 
norma culta e pelas formas protocolares de tratamento. 
Está correto o que consta APENAS em 
(A) I. 
(B) II. 
(C) III. 
(D) I e III. 
(E) II e III. 
Comentário: A frase I está correta, pois transmite exatamente o que se diz 
no tópico 1.4 sobre concisão. Assim, eliminamos as alternativas (B), (C) e (E) 
e já sabemos que a frase II está errada. Mas devemos confirmar. 
A frase II realmente está errada, pois o texto deve ser objetivo e sem 
impressões pessoais. Leia o que se diz no tópico 1.1 sobre a impessoalidade. 
A frase III também expressa exatamente o que se informa no tópico 1.3 
sobre a formalidade e a padronização. Releia o primeiro parágrafo deste 
tópico. 
Portanto, a alternativa correta é a (D). 
Gabarito: D 
Questão 5: TRT 12R 2010 Técnico 
PORTUGUÊS P/ TRE PE - (QUESTÕES COMENTADAS) 
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Esses mesmos princípios (...) aplicam-se às comunicações oficiais: elas devem 
sempre permitir uma única interpretação e ser estritamente impessoais e 
uniformes, o que exige o uso de certo nível de linguagem. 
As observações acima estão inteiramente respeitadas em: 
(A) Tendo sido convidado para participar junto de V. Sa. da festa de 
encerramento do ano, apesar da evidente prova de amizade dada ao 
dirigir-me tão honroso convite, devo dizer-lhe que, infelizmente não 
poderei comparecer a tão auspicioso evento, porter assumido outro 
importante compromisso na mesma data. 
(B) Em cumprimento ao despacho de V. Exa., publicado nesta data no Diário 
Oficial do Estado, encaminhamos-lhe as informações referentes ao 
andamento dos serviços, em consonância com o cronograma previamente 
estabelecido por esta pasta. 
(C) Venho, em nome de toda a comunidade que tenho a honra de estar 
representando, enviar a V. Exa. e a todos servidores de seu gabinete, o 
convite para a merecida homenagem que desejamos prestar-lhe, em 
agradecimento ao vosso valioso auxílio para o andamento de nossos 
projetos sociais. 
(D) Como estamos com tempo realmente reduzido, encaminho a vós, Senhor 
Responsável pelo setor de entregas deste Departamento, pedindo-lhe o 
despacho dos produtos com urgência, que se destina ao pessoal da 
limpeza destas dependências. 
(E) Complementando, como deve ser feito, as informações que se referem ao 
ato que o Diário Oficial publicou, de V. Sa., na semana passada, é meu 
dever informar a V.Sa. de que já está sendo tomada as devidas 
providências a respeito. 
Comentário: Perceba que a banca copiou o 4° parágrafo do tópico 1 do 
Manual de Redação da Presidência da República. Este parágrafo sintetiza que 
deve haver clareza, impessoalidade, uniformidade e padrão culto na 
linguagem. 
A alternativa (A) está errada, pois ocorrem duas expressões que 
transmitem pessoalidade: “apesar da evidente prova de amizade dada ao 
dirigir-me tão honroso convite” e “tão auspicioso evento”. 
A alternativa (B) está correta. Perceba que o texto está claro, correto 
gramaticalmente e sem tom pessoal. 
A alternativa (C) está errada, pois as expressões “tenho a honra”, 
“merecida” e “valioso” ferem a impessoalidade. As expressões “de estar 
representando”, “todos servidores” e o emprego do pronome “vosso” ferem o 
padrão culto da linguagem. O primeiro é o famoso gerundismo, o qual pode 
ser corrigido para “de representar”. O segundo é a necessidade do artigo “os”, 
por exigência do pronome “todos”. No terceiro, a referência ao pronome de 
tratamento deve ser feita em terceira pessoa do singular “seu”. 
A alternativa (D) está errada, pois as expressões “a vós” (segunda 
pessoa do plural) e “lhe” (terceira pessoa do singular) não combinam, pois 
fazem referência ao mesmo termo e estão em pessoas diferentes do discurso. 
Além disso, o verbo “encaminho” é transitivo direto e indireto, o objeto 
indireto (a vós) está presente, mas falta o objeto direto. Como o termo 
“Senhor Responsável pelo setor de entregas deste Departamento“ não é 
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essencial porque apenas explica, podemos transformar o trecho em uma 
linguagem mais clara e concisa da seguinte forma: encaminho com urgência a 
Vossa Senhoria pedido de despacho dos produtos, que se destinam ao 
pessoal da limpeza destas dependências. 
A alternativa (E) está errada, pois as expressões “como deve ser feito” e 
“meu dever” não são essenciais para o entendimento do texto, além de 
transmitirem subjetividade. Para tornar o texto mais conciso, podem ser 
suprimidas. A expressão “de V. Sa.” também deve ser excluída para evitar 
repetição viciosa no texto, além de as vírgulas estarem erradas. A segunda 
ocorrência dessa expressão é o objeto indireto do verbo transitivo direto e 
indireto “informar”. Por isso, deve-se retirar a preposição “de” antes da oração 
subordinada substantiva objetiva direta: “que já está sendo tomada as 
devidas providências a respeito”. 
Gabarito: B 
Questão 6: TRE RN 2011 Técnico 
A redação de documentos oficiais deve pautar-se por impessoalidade, clareza, 
concisão e pelo uso correto da norma culta. Todas essas qualidades são 
respeitadas no seguinte trecho: 
(A) Este setor do Governo Estadual, responsável pelo atendimento a vítimas 
de desastres naturais, elaborou um plano geral de assistência a ser 
encaminhado às entidades que colaboram nesse atendimento, para a 
adequada efetivação dos trabalhos nas ocasiões de calamidade pública. 
(B) O Instituto Benefício para Todos deverá estar sendo convidado para fazer 
parte de uma campanha destinada a angariar donativos, que se espera 
seja suficiente para atender a todos os desabrigados da enchente; 
conforme estipulado pela Coordenadoria, que foi considerada de relevante 
interesse social. 
(C) Como Deputado da Bancada Estadual, sinto-me avexado por que não 
estou podendo atender com mais prontidão e benefícios as vítimas dessa 
implacável seca, que teve motivos alheios à minha vontade para não 
conseguir isso. 
(D) Membros da Comissão Técnica destinada a averiguar a distribuição de 
favores em troca de votos, apurou que o Presidente do Conselho de 
Agricultores do Estado afirmou ao seu Vice de que ele poderia estar sendo 
investigado por desvio de verbas. 
(E) O critério metodológico de escolha dos participantes das equipes de 
atendimento à vítimas de desastres naturais estão sendo preparados, 
tendo em vista que é importante observar a correspondência entre tais 
desastres e o atingimento de pessoas nessa situação. 
Comentário: Perceba que a alternativa (A) possui um texto claro, impessoal 
e gramaticalmente correto. 
A alternativa (B) está errada, pois o gerundismo “deverá estar sendo 
convidado” fere a norma culta. O ideal é a correção para “deverá ser 
convidado”. A expressão “que se espera seja suficiente” não é essencial para o 
texto e, por concisão, deve ser excluída. Na expressão “para fazer parte”, a 
preposição “para” deve ser substituída pela preposição “a” por iniciar uma 
oração com valor de objeto indireto. O adjunto adverbial “conforme estipulado 
pela Coordenadoria” e a oração subordinada adjetiva explicativa “que foi 
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considerada de relevante interesse social”, na posição em que se encontram, 
não transmitem clareza quanto ao seu referente. O adjunto adverbial se refere 
à locução verbal “deverá ser convidado” e a oração adjetiva se refere ao 
substantivo “campanha”. 
A alternativa (C) está errada, pois o texto contém subjetivismo nas 
expressões “sinto-me avexado”, “minha vontade”. Além disso, há problema 
gramatical, pois a expressão “por que” deve ser unida por ser uma conjunção 
causal (porque). O verbo “atender” está bem empregado, pois, neste 
contexto, admite ser transitivo direto, por isso não há obrigatoriedade de 
crase em “as vítimas”. A expressão “para não conseguir isso”, além de não ser 
clara, não é essencial para o texto, devendo ser excluída. A oração 
subordinada adjetiva explicativa “que teve motivos alheios à minha vontade” 
está empregada equivocadamente, pois está explicando o substantivo “seca”, 
o que a torna incoerente. 
A alternativa (D) está errada, porque a oração subordinada adjetiva 
reduzida de particípio “destinada a averiguar a distribuição de favores em 
troca de votos” explica a expressão “Comissão Técnica”. Porém, só há vírgula 
fechando essa oração, por isso deve haver outra em seu início. O verbo 
“afirmou” é transitivo direto e indireto, a expressão “ao seu Vice” é objeto 
indireto, por isso deve se retirar a preposição “de” antes da conjunção “que”, 
pois se inicia a oração subordinada substantiva objetiva direta. Perceba que 
não podemos entender a locução verbal “poderia estar sendo investigado” 
como gerundismo, pois a redução para “poderia ser investigado” muda o 
sentido, confirmando que seu uso está correto. 
A alternativa (E) está errada, pois se deve retirar o acento indicativo de 
crase em “à vítimas”. Note que o substantivo está no plural e o vocábulo “a” 
está no singular, por isso só há preposição “a”. Além disso, o núcleo do sujeito 
(critério) leva a locução verbal ao singular (está sendo preparado). 
Gabarito: A 
Questão 7: TRE RN 2011 Analista 
Considerando-se as qualidades exigidas na redação de documentos oficiais, 
está INCORRETA a afirmativa: 
(A)A concisão procura evitar excessos linguísticos que nada acrescentam ao 
objetivo imediato do documento a ser redigido, dispensando detalhes 
irrelevantes e evitando elementos de subjetividade, inapropriados ao 
texto oficial. 
(B) A impessoalidade, associada ao princípio da finalidade, exige que a 
redação de um documento seja feita em nome do serviço público e tenha 
por objetivo o interesse geral dos cidadãos, não sendo permitido seu uso 
no interesse próprio ou de terceiros. 
(C) Clareza e precisão são importantes na comunicação oficial e devem ser 
empregados termos de conhecimento geral, evitando-se, principalmente, 
a possibilidade de interpretações equivocadas, como na afirmativa: O 
Diretor informou ao seu secretário que os relatórios deveriam ser 
encaminhados a ele. 
(D) A linguagem empregada na correspondência oficial, ainda que 
respeitando a norma culta, deve apresentar termos de acordo com a 
região e com requinte adequado à importância da função desempenhada 
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pela autoridade a quem se dirige o documento. 
(E) Textos oficiais devem ser redigidos de acordo com a formalidade, ou seja, 
há certos procedimentos, normas e padrões que devem ser respeitados 
com base na observância de princípios ditados pela civilidade, como 
cortesia e polidez, expressos na forma específica de tratamento. 
Comentário: A alternativa (A) está de acordo com o tópico 1.4. 
A alternativa (B) está de acordo com o tópico 1.1. 
A alternativa (C) está de acordo com o tópico 1.4. 
Veja que a alternativa (D) vai contra os princípios analisados no tópico 
1.2 (A linguagem dos Atos e Comunicações Oficiais). A oração subordinada 
adverbial concessiva “ainda que respeitando a norma culta” faz entender que 
normalmente não há necessidade de respeitar o padrão culto, o que não está 
em conformidade com a linguagem da correspondência oficial. Além disso, 
deve-se evitar o regionalismo e linguagem rebuscada, pois deve ser 
transmitida de maneira mais clara e objetiva possível. 
Veja que a alternativa (E) está de acordo com o que prevê o tópico 1.3. 
Gabarito: D 
2. Pronomes de Tratamento 
O uso de pronomes e locuções pronominais de tratamento tem larga 
tradição na língua portuguesa. De acordo com Said Ali,1 após serem 
incorporados ao português os pronomes latinos tu e vós, “como tratamento 
direto da pessoa ou pessoas a quem se dirigia a palavra”, passou-se a 
empregar, como expediente linguístico de distinção e de respeito, a segunda 
pessoa do plural no tratamento de pessoas de hierarquia superior. Prossegue o 
autor: 
“Outro modo de tratamento indireto consistiu em fingir que se 
dirigia a palavra a um atributo ou qualidade eminente da pessoa de 
categoria superior, e não a ela própria. Assim aproximavam-se os 
vassalos de seu rei com o tratamento de vossa mercê, vossa senhoria
(...); assim usou-se o tratamento ducal de vossa excelência e adotaram-
se na hierarquia eclesiástica vossa reverência, vossa paternidade, vossa 
eminência, vossa santidade.”2 
A partir do final do século XVI, esse modo de tratamento indireto já 
estava em voga também para os ocupantes de certos cargos públicos. Vossa 
mercê evoluiu para vosmecê, e depois para o coloquial você. E o pronome vós, 
com o tempo, caiu em desuso. É dessa tradição que provém o atual emprego 
de pronomes de tratamento indireto como forma de dirigirmo-nos às 
autoridades civis, militares e eclesiásticas. 
2.1. Concordância com os Pronomes de Tratamento 
Os pronomes de tratamento (ou de segunda pessoa indireta) apresentam 
certas peculiaridades quanto à concordância verbal, nominal e pronominal. 
Embora se refiram à segunda pessoa gramatical (à pessoa com quem se fala, 
ou a quem se dirige a comunicação), levam a concordância para a terceira 
 
1 SAID ALI, Manoel. Gramática secundária histórica da língua portuguesa. 3. ed. Brasília: Ed. Universidade de Brasília, 1964. p. 
93-94. 
2 Id. Ibid. 
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pessoa. É que o verbo concorda com o substantivo que integra a locução como 
seu núcleo sintático: “Vossa Senhoria nomeará o substituto”; “Vossa 
Excelência conhece o assunto”. 
Da mesma forma, os pronomes possessivos referidos a pronomes de 
tratamento são sempre os da terceira pessoa: “Vossa Senhoria nomeará seu
substituto” (e não “Vossa ... vosso...”). 
Já quanto aos adjetivos referidos a esses pronomes, o gênero gramatical 
deve coincidir com o sexo da pessoa a que se refere, e não com o substantivo 
que compõe a locução. Assim, se nosso interlocutor for homem, o correto é 
“Vossa Excelência está atarefado”, “Vossa Senhoria deve estar satisfeito”; se 
for mulher, “Vossa Excelência está atarefada”, “Vossa Senhoria deve estar 
satisfeita”. 
Questão 8: TRT 16 R - 2009 – Analista 
Atenção: As duas questões seguintes baseiam-se no texto apresentado 
abaixo. 
A correspondência oficial não dispensa nem os protocolos de rigor que 
lhe são próprios, nem a máxima objetividade no tratamento do assunto em 
tela. Não cabendo o coloquialismo do tratamento na pessoa você, é preciso 
conhecer o emprego mais cerimonioso de Vossa Senhoria e Vossa Excelência, 
por exemplo, para os casos em que essas ou outras formas mais respeitosas 
se impõem. Quanto à disposição da matéria tratada, a redação deve ser clara 
e precisa, para que se evitem ambiguidades, incoerências e quebras 
sintáticas. 
(Diógenes Moreyra, inédito)
Quanto ao emprego das formas de tratamento, está correta a seguinte 
construção: 
(A) Se preferires, adiaremos o simpósio para que não nos privemos de sua 
coordenação, Excelência, bem como das sugestões que certamente tereis 
a nos oferecer. 
(B) Sempre contaremos com os préstimos com que Vossa Senhoria nos tem 
honrado, razão pela qual, antecipadamente, deixamos-lhe aqui nosso 
profundo reconhecimento. 
(C) Vimos comunicar a Vossa Excelência que já se encontra à vossa 
disposição o relatório que nos incumbiste de providenciar há cerca de uma 
semana. 
(D) Diga a Vossa Senhoria que estamos à espera de suas providências, das 
quais não nos cabe tratar com seu adjunto – grande, embora, seja a 
consideração, meu caro senhor, que lhe dispensamos. 
(E) Esperamos que Vossa Senhoria sejais capaz de atender aos nossos 
reclamos, ao nosso ver justos e precisados de toda a vossa atenção. 
Comentário: Devemos nos lembrar de que os verbos ou pronomes que se 
referem a pronomes de tratamento devem se flexionar na terceira pessoa. Foi 
o que ocorreu na alternativa (B) e por isso está correta. Veja as frases abaixo 
já corrigidas: 
(A) Se preferir, adiaremos o simpósio para que não nos privemos de sua 
coordenação, Excelência, bem como das sugestões que certamente terá a nos 
oferecer. 
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(C) Vimos comunicar a Vossa Excelência que já se encontra a vossa 
disposição o relatório que nos incumbiu de providenciar há cerca de uma 
semana. 
(D) Diga a Sua Senhoria que estamos à espera de suas providências, das 
quais não nos cabe tratar com seu adjunto – grande, embora, seja a 
consideração, meu caro senhor, que lhe dispensamos. 
(E) Esperamos que Vossa Senhoria seja capaz de atender aos nossos 
reclamos, ao nosso ver justos e precisados de toda a sua atenção. 
Gabarito: B 
Questão 9: BB 2010 
A redação inteiramente apropriada e correta de um documento oficial é: 
(A) Estamos encaminhando à Vossa Senhoria algumas reivindicações, e 
esperamos poder estar sendo recebidos em vosso gabinete para discutir 
nossos problemas salariais. 
(B) O texto ora aprovado em sessão extraordinária prevê a redistribuição de 
pessoal especializado em serviços gerais para os departamentos que 
foram recentemente criados. 
(C) Estou encaminhando apresença de V. Sa. este jovem, muito inteligente e 
esperto, que lhe vai resolver os problemas do sistema de informatização 
de seu gabinete. 
(D) Quando se procurou resolver os problemas de pessoal aqui neste 
departamento, faltaram um número grande de servidores para os 
andamentos do serviço. 
(E) Do nosso ponto de vista pessoal, fica difícil vos informar de quais 
providências vão ser tomadas para resolver essa confusão que foi criado 
pelos manifestantes. 
Comentário: Sabendo-se que o documento oficial deve ser escrito de acordo 
com a norma culta e transmitir clareza, veja a reescrita já corrigida abaixo: 
Na (A), não há crase antes de pronome de tratamento. O gerundismo é 
vício de linguagem, por isso a expressão verbal foi reestruturada. 
Estamos encaminhando a Vossa Senhoria algumas reivindicações, e 
esperamos ser recebidos em seu gabinete para discutirmos nossos 
problemas salariais. 
A alternativa (B) é a correta, porque o texto segue a norma culta, é 
claro, objetivo, impessoal e conciso. 
Na alternativa (C), foram inseridos vocábulos desnecessários 
(“presença”) e inadequados por transmitirem impressões pessoais: “este 
jovem”, “muito inteligente e esperto”. 
Estou encaminhando a V. Sa. uma pessoa que lhe vai resolver os problemas 
do sistema de informatização de seu gabinete. 
Na alternativa (D), o verbo deve concordar com o núcleo do sujeito 
(faltou um número). Veja: 
Quando se procurou resolver os problemas de pessoal aqui neste 
departamento, faltou um número grande de servidores para os andamentos 
do serviço. 
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Na alternativa (E), deve-se retirar o pleonasmo “nosso”/”pessoal”, além 
da necessidade de ajustar a regência e a concordância. Veja: 
Do nosso ponto de vista, fica difícil lhes informar quais providências vão 
ser tomadas para resolver essa confusão que foi criada pelos manifestantes. 
Gabarito: B 
Questão 10: TRF 1R 2001 Analista 
A única frase corretamente construída é: 
(A) Espero que Vossa Excelência aprecieis o novo código. 
(B) Se o senhor preferir, aguardarei que termines a leitura integral do código. 
(C) Se passares os olhos pela nova redação, poderá ver que são pequenas as 
alterações. 
(D) Conserva contigo esse exemplar do novo código; não vá perdê-lo, por 
favor. 
(E) Se Vossa Senhoria não fizer objeção, levo-lhe ainda hoje a nova redação 
do código. 
Comentário: Pelo mesmo princípio apontado na questão anterior, veja que os 
verbos e pronomes que se referem aos pronomes de tratamento devem se 
flexionar em terceira pessoa. Assim: 
Na alternativa (A), o verbo deve ser trocado para aprecie. 
Na alternativa (B), o verbo deve ser trocado para termine. 
Na alternativa (C), o verbo “passares” deve ser flexionado na terceira 
pessoa do singular (passar), pois a locução verbal “poderá ver” está sendo 
empregada em terceira pessoa e os dois estão se referenciando ao mesmo 
termo. 
Na alternativa (D), o verbo “Conserva” está empregado na segunda 
pessoa do singular do imperativo afirmativo, combinando com o pronome 
“contigo”. A locução verbal posterior está no imperativo negativo, mas na 
terceira pessoa do singular. Por isso, o correto é transpô-la para a segunda 
pessoa do singular do imperativo negativo: não vás perdê-lo. 
A alternativa (E) está correta, pois o verbo e o pronome estão 
corretamente empregados na terceira pessoa do singular. 
Gabarito: E 
Questão 11: TRT 12R 2010 Técnico 
O emprego dos pronomes de tratamento está inteiramente correto em: 
(A) Senhor João das Neves, respeitável representante da Sociedade Amigos e 
Amigos, queremos cumprimentar-vos pela gestão que V. Exa. tão bem 
tem conduzido neste último ano. 
(B) Estamos à disposição de V. Exa. para dar continuidade aos trabalhos que 
vós encetaram neste setor, e esperamos fazê-lo tão bem quanto vós 
mesmos o fizestes. 
(C) É notório que V. Sa. deveis estar sabendo dos progressos conseguidos por 
estas pessoas, e por isso vimos solicitar-vos vossa atenção para uma 
situação surgida recentemente. 
(D) Pedimos encarecidamente a Vossa Senhoria que não abandoneis a 
organização de nossos programas culturais, em nome daqueles que 
dependem de vosso conhecimento nessa área. 
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(E) A Vossa Excelência, nossa prestigiada Embaixadora, dirigimos os votos de 
que possa cumprir com êxito sua missão diplomática em região tão 
conturbada por conflitos entre nações vizinhas. 
Comentário: Perceba que nesta questão foi cobrado apenas o uso dos 
pronomes. Assim, mesmo havendo algumas frases com posicionamento 
subjetivo e pouco claro, devemos nos ater apenas ao uso desses pronomes. 
Na alternativa (A), o pronome correto seria “V. Sa.” (Vossa Senhoria). 
Além disso, a expressão “cumprimentar-vos” deve ser corrigida para 
“cumprimentá-lo”. 
Na alternativa (B), o verbo “encetaram” é transitivo direto e tem como 
sujeito elíptico “V. Exa”, por isso deve ser flexionado na terceira pessoa do 
singular (encetou). O pronome relativo “que” está na função de objeto direto 
e retoma “os trabalhos”. A expressão vós mesmos o fizestes” deve ser 
corrigida para “Vossa Excelência mesma o fez”. O pronome demonstrativo 
pode também ser flexionado no gênero masculino (mesmo), quando houver 
algum referente do sexo masculino. 
Na alternativa (C), o verbo e pronomes devem ser flexionados na 
terceira pessoa. Corrigindo, teremos “deve estar”, “lhe”, “sua”. 
Na alternativa (D), o verbo “abandoneis” e o pronome “vosso” devem se 
flexionar na terceira pessoa (abandone e seu). 
A alternativa (E) está correta, pois os verbos e pronomes estão 
corretamente flexionados na terceira pessoa do singular. Veja que a 
linguagem da frase está subjetiva, porém não foi isso o cobrado nesta 
questão. 
Gabarito: E 
Questão 12: TRT 12R 2010 Analista 
A frase em que se apresenta adequado e uniforme o tratamento pessoal e 
verbal é: 
(A) Vimos, por este intermédio, solicitar a Vossa Senhoria que vos digneis a 
acolher e enviar ao Juiz da 4ª Vara os autos do processo em tela. 
(B) Viemos, por este intermédio, solicitar que Vossa Excelência se digneis a 
acolher o parecer do processo em tela e enviá-lo ao Juiz da 4ª Vara. 
(C) Vimos, por este instrumento, solicitar-vos que acolhais o parecer que 
dispomos sobre o processo, e encaminhá-lo ao Juiz da 4ª Vara. 
(D) Vêm aqui, por este recurso, solicitar-vos os interessados que Vossa 
Excelência remetais o parecer do processo em tela ao Juiz da 4ª Vara. 
(E) Vimos, por este dispositivo, solicitar que Vossa Senhoria acolha e 
encaminhe ao Juiz da 4ª Vara os autos do referido processo. 
Comentário: Ao comentarmos a alternativa (E), que é a correta, já se vê por 
que as demais estão erradas. O verbo “vimos” está corretamente empregado 
no presente do indicativo, o pronome “Vossa Senhoria” é o tratamento 
cerimonioso dirigido a qualquer cidadão ou a ocupante de cargo que não seja 
de altas autoridades, por isso está correto. Os verbos “acolha” e “encaminhe” 
estão corretamente empregados na terceira pessoa do singular do presente do 
subjuntivo. 
Gabarito: E 
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2.2. Emprego dos Pronomes de Tratamento 
Como visto, o emprego dos pronomes de tratamento obedece a secular 
tradição. São de uso consagrado: 
 Vossa Excelência, para as seguintes autoridades: 
a) do Poder Executivo; 
Presidente da República; 
Vice-Presidente da República; 
Ministros de Estado3; 
Governadores e Vice-Governadores de Estado e do Distrito 
Federal; 
Oficiais-Generais das Forças Armadas; 
Embaixadores; 
Secretários-Executivos de Ministérios e demais ocupantes de 
cargos de natureza especial; 
Secretários de Estado dos Governos Estaduais; 
Prefeitos Municipais. 
b) do Poder Legislativo:Deputados Federais e Senadores; 
Ministros do Tribunal de Contas da União; 
Deputados Estaduais e Distritais; 
Conselheiros dos Tribunais de Contas Estaduais; 
Presidentes das Câmaras Legislativas Municipais. 
c) do Poder Judiciário: 
Ministros dos Tribunais Superiores; 
Membros de Tribunais; 
Juízes; 
Auditores da Justiça Militar. 
O vocativo a ser empregado em comunicações dirigidas aos Chefes de 
Poder é Excelentíssimo Senhor, seguido do cargo respectivo: 
Excelentíssimo Senhor Presidente da República, 
Excelentíssimo Senhor Presidente do Congresso Nacional, 
Excelentíssimo Senhor Presidente do Supremo Tribunal 
Federal. 
As demais autoridades serão tratadas com o vocativo Senhor, seguido do 
cargo respectivo: 
Senhor Senador, 
Senhor Juiz, 
 
3 Nos termos do Decreto no 4.118, de 7 de fevereiro de 2002, art. 28, parágrafo único, são Ministros de Estado, além dos titulares dos 
Ministérios: o Chefe da Casa Civil da Presidência da República, o Chefe do Gabinete de Segurança Institucional, o Chefe da 
Secretaria-Geral da Presidência da República, o Advogado-Geral da União e o Chefe da Corregedoria-Geral da União. 
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Senhor Ministro, 
Senhor Governador, 
Questão 13: TRF 4R 2001 Analista 
Curitiba, 12 de novembro de 2000. 
 Senhor Deputado: 
Vimos comunicar-lhe que é do inteiro interesse desta comunidade a 
aprovação do projeto que em tão boa hora V. Exa apresentaste à nossa 
Assembleia Legislativa. Seguem-se dez mil assinaturas em apoio ao referido 
projeto, com nossas esperanças de que ele obtenha imediata aprovação. 
Aceite os protestos de nossa elevada estima e consideração. 
Associações de Pais e Mestres de Curitiba 
É preciso corrigir a carta acima, substituindo-se 
(A) a forma de tratamento: V. Exa não se aplica a um deputado. 
(B) a forma verbal "apresentaste" por "apresentastes". 
(C) a forma verbal "vimos" por "viemos". 
(D) "protestos" por "votos", já que se trata de uma manifestação de apoio. 
(E) a forma verbal "apresentaste" por "apresentou". 
Comentário: A forma de tratamento “V. Exa” é aplicada a um deputado; a 
forma verbal "apresentaste" deve ser flexionada na terceira pessoa do 
singular: apresentou; a forma verbal "vimos" está corretamente empregada 
no presente do indicativo; não há necessidade da substituição de "protestos" 
por "votos". 
Gabarito: E 
Questão 14: DPE SP 2010 Superior 
A frase inteiramente correta é: 
(A) Vossa Excelência, Senhor Embaixador, está sendo aguardado no salão 
nobre, para a cerimônia de apresentação das credenciais. 
(B) Vossa Senhoria bem sabeis, Senhor Diretor, que vós devereis determinar 
a ordem em que se apresentarão os conferencistas. 
(C) Excelentíssimo Senhor Prefeito, vossas determinações estão sendo 
repassadas a seus funcionários, encarregados da execução dos serviços. 
(D) Dirigimo-nos a Vossa Senhoria, Senhor Governador, para expor as 
dificuldades que impedem a resolução dos problemas apontados no 
relatório que lhe entregamos. 
(E) Se Vossa Senhoria quiserdes, estaremos ao vosso dispor para realizarmos 
a programação do evento. 
Comentário: A alternativa (A) está correta, pois a locução verbal da voz 
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passiva “está sendo aguardado” concorda com o sujeito “Vossa Excelência” 
em número singular e no gênero masculino, pois se sabe que a autoridade é 
do sexo masculino, conforme os preceitos em correspondência oficial. 
Na alternativa (B), os verbos e pronomes que se referem ao pronome de 
tratamento “Vossa Senhoria” devem se flexionar em terceira pessoa do 
singular (Vossa Senhoria bem sabe, Senhor Diretor, que deverá determinar a 
ordem em que se apresentarão os conferencistas.) 
Na alternativa (C), o cargo de prefeito não deve ser tratado com 
vocativo “Excelentíssimo Senhor”, apenas os chefes de poder federal têm 
direito a esse vocativo. Além disso, o pronome possessivo adequado é “suas” 
(Senhor Prefeito, suas determinações estão sendo repassadas a seus 
funcionários, encarregados da execução dos serviços.) 
Na alternativa (D), o tratamento adequado a governador é “Vossa 
Excelência”. (Dirigimo-nos a Vossa Excelência, Senhor Governador, para 
expor as dificuldades que impedem a resolução dos problemas apontados no 
relatório que lhe entregamos.) 
Na alternativa (E), o verbo e o pronome referentes ao pronome de 
tratamento devem se flexionar em terceira pessoa (Se Vossa Senhoria 
quiser, estaremos ao seu dispor para realizarmos a programação do 
evento.). 
Gabarito: A 
Em comunicações oficiais, está abolido o uso do tratamento digníssimo 
(DD), às autoridades arroladas na lista anterior. A dignidade é pressuposto 
para que se ocupe qualquer cargo público, sendo desnecessária sua repetida 
evocação. 
Vossa Senhoria é empregado para as demais autoridades e para 
particulares. O vocativo adequado é: 
Senhor Fulano de Tal, 
(...) 
No envelope, deve constar do endereçamento: 
Ao Senhor 
Fulano de Tal 
Rua ABC, no 123 
12345-000 – Curitiba. PR 
Questão 15: TRT 6R 2006 Técnico 
Considere o trecho de uma correspondência em que um jornalista se dirige a 
um escritor de renome, para solicitar uma entrevista: 
Desejo entrevistar ...... e, portanto, solicito que me...... duas horas em 
dia a ser agendado previamente. 
Agradecendo- ...... antecipadamente, 
João das Tintas 
Jornalista 
As lacunas encontram-se corretamente preenchidas, respectivamente, por 
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(A) V. Exa. - reserveis - vos 
(B) S. Exa. - reserve - vos 
(C) S. Sa. - reserveis - lhe 
(D) V. Sa. - reserveis - vos 
(E) V. Sa. - reserve - lhe 
Comentário: O tratamento Vossa Senhoria (V. Sa.) é o adequado tendo em 
vista que é cerimonioso e direcionado a um cidadão, que não está investido de 
cargos de alta autoridade. 
Vimos que verbo e pronome que façam referência a este pronome de 
tratamento devem se flexionar na terceira pessoa; por isso só cabe a 
alternativa (E). 
Gabarito: E 
Questão 16: TRT 20R 2006 Técnico 
Considere o final de um pedido endereçado a um industrial, em que um 
Diretor Cultural busca patrocínio para suas atividades. 
Dirijo-me a ...... para solicitar ...... atenção a nosso pedido, tornando 
possível a montagem de tão importante peça que, sem dúvida, atrairá grande 
público. 
Atenciosamente, 
Diretor do Grupo de Teatro Raios e Trovões 
A ...... 
Senhor Peri dos Montes Verdes 
Diretor-Presidente da Artefatos Quaisquer 
Nesta Cidade 
As lacunas estão corretamente preenchidas, respectivamente, por 
(A) V.Exa. - vossa - V.Exa. 
(B) Sua Exa. - vossa - Sua Exa. 
(C) Sua Sa. - vossa - V.Sa. 
(D) V.Sa. - sua - Sua Sa. 
(E) V.Sa. - sua - V.Sa. 
Comentário: Perceba que a correspondência é enviada a um industrial, por 
isso o tratamento cerimonioso é “Vossa Senhoria” (V. Sa.). Assim, eliminamos 
as alternativas (A), (B) e (C). 
O pronome que se refere ao pronome de tratamento deve se flexionar 
na terceira pessoa. Por isso, o correto é “sua”. 
No campo específico ao endereçamento, o pronome adequado é “Sua 
Senhoria” (Sua Sa.). Assim, a alternativa correta é a (D). 
Gabarito: D 
Fica dispensado o emprego do superlativo ilustríssimo para as 
autoridades que recebem o tratamento de Vossa Senhoria e para particulares. 
É suficiente o uso do pronome de tratamento Senhor. 
Acrescente-se que doutor não é forma de tratamento, e sim título 
acadêmico. Evite usá-lo indiscriminadamente. Como regra geral, empregue-o 
apenas em comunicações dirigidas a pessoas que tenham tal grau por terem 
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concluído curso universitário de doutorado. É costume designar por doutor osbacharéis, especialmente os bacharéis em Direito e em Medicina. Nos demais 
casos, o tratamento Senhor confere a desejada formalidade às comunicações. 
Mencionemos, ainda, a forma Vossa Magnificência, empregada por força 
da tradição, em comunicações dirigidas a reitores de universidade. 
Corresponde-lhe o vocativo: 
Magnífico Reitor, 
(...) 
Os pronomes de tratamento para religiosos, de acordo com a hierarquia 
eclesiástica, são: 
Vossa Santidade, em comunicações dirigidas ao Papa. O vocativo 
correspondente é: 
Santíssimo Padre, 
(...) 
Vossa Eminência ou Vossa Eminência Reverendíssima, em comunicações 
aos Cardeais. Corresponde-lhe o vocativo: 
Eminentíssimo Senhor Cardeal, ou 
Eminentíssimo e Reverendíssimo Senhor Cardeal, 
(...) 
Vossa Excelência Reverendíssima é usado em comunicações dirigidas a 
Arcebispos e Bispos; Vossa Reverendíssima ou Vossa Senhoria Reverendíssima 
para Monsenhores, Cônegos e superiores religiosos. Vossa Reverência é 
empregado para sacerdotes, clérigos e demais religiosos. 
2.2. Fechos para Comunicações 
O fecho das comunicações oficiais possui, além da finalidade óbvia de 
arrematar o texto, a de saudar o destinatário. Os modelos para fecho que 
vinham sendo utilizados foram regulados pela Portaria no 1 do Ministério da 
Justiça, de 1937, que estabelecia quinze padrões. Com o fito de simplificá-los e 
uniformizá-los, este Manual estabelece o emprego de somente dois fechos 
diferentes para todas as modalidades de comunicação oficial: 
a) para autoridades superiores, inclusive o Presidente da República: 
Respeitosamente, 
b) para autoridades de mesma hierarquia ou de hierarquia inferior: 
Atenciosamente, 
Ficam excluídas dessa fórmula as comunicações dirigidas a autoridades 
estrangeiras, que atendem a rito e tradição próprios, devidamente 
disciplinados no Manual de Redação do Ministério das Relações Exteriores. 
2.3. Identificação do Signatário 
Excluídas as comunicações assinadas pelo Presidente da República, todas 
as demais comunicações oficiais devem trazer o nome e o cargo da autoridade 
que as expede, abaixo do local de sua assinatura. A forma da identificação 
deve ser a seguinte: 
(espaço para assinatura) 
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NOME 
Chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República 
(espaço para assinatura) 
NOME 
Ministro de Estado da Justiça 
Para evitar equívocos, recomenda-se não deixar a assinatura em página 
isolada do expediente. Transfira para essa página ao menos a última frase 
anterior ao fecho. 
3. O Padrão Ofício 
Há três tipos de expedientes que se diferenciam antes pela finalidade do 
que pela forma: o ofício, o aviso e o memorando. Com o fito de uniformizá-los, 
pode-se adotar uma diagramação única, que siga o que chamamos de padrão 
ofício. As peculiaridades de cada um serão tratadas adiante; por ora 
busquemos as suas semelhanças. 
3.1. Partes do documento no Padrão Ofício 
 O aviso, o ofício e o memorando devem conter as seguintes partes: 
a) tipo e número do expediente, seguido da sigla do órgão que o 
expede: 
Exemplos: 
Mem. 123/2002-MF Aviso 123/2002-SG Of. 123/2002-MME 
b) local e data em que foi assinado, por extenso, com alinhamento à 
direita: 
Exemplo: 
Brasília, 15 de março de 1991. 
c) assunto: resumo do teor do documento 
Exemplos: 
Assunto: Produtividade do órgão em 2002. 
Assunto: Necessidade de aquisição de novos computadores. 
 d) destinatário: o nome e o cargo da pessoa a quem é dirigida a 
comunicação. No caso do ofício deve ser incluído também o endereço. 
e) texto: nos casos em que não for de mero encaminhamento de 
documentos, o expediente deve conter a seguinte estrutura: 
– introdução, que se confunde com o parágrafo de abertura, na qual é 
apresentado o assunto que motiva a comunicação. Evite o uso das formas: 
“Tenho a honra de”, “Tenho o prazer de”, “Cumpre-me informar que”, 
empregue a forma direta; 
– desenvolvimento, no qual o assunto é detalhado; se o texto contiver 
mais de uma ideia sobre o assunto, elas devem ser tratadas em parágrafos 
distintos, o que confere maior clareza à exposição; 
– conclusão, em que é reafirmada ou simplesmente reapresentada a 
posição recomendada sobre o assunto. 
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Os parágrafos do texto devem ser numerados, exceto nos casos em que 
estes estejam organizados em itens ou títulos e subtítulos. 
Já quando se tratar de mero encaminhamento de documentos a 
estrutura é a seguinte: 
– introdução: deve iniciar com referência ao expediente que solicitou o 
encaminhamento. Se a remessa do documento não tiver sido solicitada, deve 
iniciar com a informação do motivo da comunicação, que é encaminhar, 
indicando a seguir os dados completos do documento encaminhado (tipo, data, 
origem ou signatário, e assunto de que trata), e a razão pela qual está sendo 
encaminhado, segundo a seguinte fórmula: 
“Em resposta ao Aviso nº 12, de 1º de fevereiro de 1991, 
encaminho, anexa, cópia do Ofício nº 34, de 3 de abril de 1990, do 
Departamento Geral de Administração, que trata da requisição do 
servidor Fulano de Tal.” 
ou 
“Encaminho, para exame e pronunciamento, a anexa cópia do 
telegrama no 12, de 1o de fevereiro de 1991, do Presidente da 
Confederação Nacional de Agricultura, a respeito de projeto de 
modernização de técnicas agrícolas na região Nordeste.” 
– desenvolvimento: se o autor da comunicação desejar fazer algum 
comentário a respeito do documento que encaminha, poderá acrescentar 
parágrafos de desenvolvimento; em caso contrário, não há parágrafos de 
desenvolvimento em aviso ou ofício de mero encaminhamento. 
f) fecho; 
g) assinatura do autor da comunicação; e 
h) identificação do signatário. 
3.2. Forma de diagramação 
Os documentos do Padrão Ofício4 devem obedecer à seguinte forma de 
apresentação: 
a) deve ser utilizada fonte do tipo Times New Roman de corpo 12 no 
texto em geral, 11 nas citações, e 10 nas notas de rodapé; 
b) para símbolos não existentes na fonte Times New Roman poder-se-á 
utilizar as fontes Symbol e Wingdings; 
c) é obrigatório constar a partir da segunda página o número da página; 
d) os ofícios, memorandos e anexos destes poderão ser impressos em 
ambas as faces do papel. Neste caso, as margens esquerda e direita terão as 
distâncias invertidas nas páginas pares (“margem espelho”); 
e) o início de cada parágrafo do texto deve ter 2,5 cm de distância da 
margem esquerda; 
f) o campo destinado à margem lateral esquerda terá, no mínimo, 3,0 
cm de largura; 
 
4 O constante neste item aplica-se também à exposição de motivos e à mensagem (v. 4. Exposição de Motivos e 5. Mensagem). 
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g) o campo destinado à margem lateral direita terá 1,5 cm; 
h) deve ser utilizado espaçamento simples entre as linhas e de 6 pontos 
após cada parágrafo, ou, se o editor de texto utilizado não comportar tal 
recurso, de uma linha em branco; 
i) não deve haver abuso no uso de negrito, itálico, sublinhado, letras 
maiúsculas, sombreado, sombra, relevo, bordas ou qualquer outra forma de 
formatação que afete a elegância e a sobriedade do documento; 
j) a impressão dos textos deve ser feita na cor preta em papel branco. A 
impressão colorida deve ser usada apenas para gráficos e ilustrações; 
l) todos os tipos de documentos do Padrão Ofício devem ser impressos 
em papel de tamanho A-4, ou seja, 29,7 x 21,0 cm; 
m) deve ser utilizado, preferencialmente, o formato de arquivo Rich Text 
nos documentos de texto; 
n) dentro do possível, todos os documentos elaborados devem ter o 
arquivo de texto preservado para consulta posterior ou aproveitamento de 
trechos para casos análogos; 
o) para facilitar a localização,os nomes dos arquivos devem ser 
formados da seguinte maneira: 
tipo do documento + número do documento + palavras-chaves do 
conteúdo 
Ex.: “Of. 123 - relatório produtividade ano 2002” 
3.3. Aviso e Ofício 
3.3.1. Definição e Finalidade 
Aviso e ofício são modalidades de comunicação oficial praticamente 
idênticas. A única diferença entre eles é que o aviso é expedido 
exclusivamente por Ministros de Estado, para autoridades de mesma 
hierarquia, ao passo que o ofício é expedido para e pelas demais autoridades. 
Ambos têm como finalidade o tratamento de assuntos oficiais pelos órgãos da 
Administração Pública entre si e, no caso do ofício, também com particulares. 
3.3.2. Forma e Estrutura 
Quanto a sua forma, aviso e ofício seguem o modelo do padrão ofício, 
com acréscimo do vocativo, que invoca o destinatário, seguido de vírgula. 
Exemplos: 
Excelentíssimo Senhor Presidente da República 
Senhora Ministra 
Senhor Chefe de Gabinete 
Devem constar do cabeçalho ou do rodapé do ofício as seguintes 
informações do remetente: 
– nome do órgão ou setor; 
– endereço postal; 
– telefone e endereço de correio eletrônico. 
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Exemplo de Ofício 
 (297 x 210mm) 
[Ministério] 
[Secretaria/Departamento/Setor/Entidade] 
5 cm [Endereço para correspondência]. 
[Endereço - continuação] 
[Telefone e Endereço de Correio Eletrônico] 
Ofício no 524/1991/SG-PR 
Brasília, 27 de maio de 1991. 
A Sua Excelência o Senhor 
Deputado [Nome] 
Câmara dos Deputados 
70.160-900 – Brasília – DF 
Assunto: Demarcação de terras indígenas 
 Senhor Deputado, 
 2,5 cm 
1. Em complemento às observações transmitidas pelo telegrama 
no 154, de 24 de abril último, informo Vossa Excelência de que as medidas 
mencionadas em sua carta no 6708, dirigida ao Senhor Presidente da 
República, estão amparadas pelo procedimento administrativo de 
demarcação de terras indígenas instituído pelo Decreto no 22, de 4 de 
fevereiro de 1991 (cópia anexa). 
2. Em sua comunicação, Vossa Excelência ressalva a 
necessidade de que – na definição e demarcação das terras indígenas – 
fossem levadas em consideração as características sócio-econômicas 
regionais. 
3. Nos termos do Decreto no 22, a demarcação de terras 
indígenas deverá ser precedida de estudos e levantamentos técnicos que 
atendam ao disposto no art. 231, § 1o, da Constituição Federal. Os estudos 
deverão incluir os aspectos etno-históricos, sociológicos, cartográficos e 
fundiários. O exame deste último aspecto deverá ser feito conjuntamente com 
o órgão federal ou estadual competente. 
4. Os órgãos públicos federais, estaduais e municipais deverão 
encaminhar as informações que julgarem pertinentes sobre a área em estudo. 
É igualmente assegurada a manifestação de entidades representativas da 
sociedade civil. 
1,
5 
cm
 
3
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Questão 17: BB 2010 
A respeito dos padrões de redação de um ofício, é INCORRETO afirmar que: 
(A) Deve conter o número do expediente, seguido da sigla do órgão que o 
expede. 
(B) Deve conter, no início, com alinhamento à direita, o local de onde é 
expedido e a data em que foi assinado. 
(C) Deverá constar, resumidamente, o teor do assunto do documento. 
(D) O texto deve ser redigido em linguagem clara e direta, respeitando-se a 
formalidade que deve haver nos expedientes oficiais. 
(E) O fecho deverá caracterizar-se pela polidez, como por exemplo: Agradeço 
a V. Sa. a atenção dispensada. 
Comentário: A expressão empregada na alternativa (E) é de cunho pessoal, 
deixando a linguagem subjetiva, o que não cabe a uma correspondência 
oficial. Veja o que diz o MRPR: 
“Desta forma, não há lugar na redação oficial para impressões pessoais, como 
as que, por exemplo, constam de uma carta a um amigo, ou de um artigo 
assinado de jornal, ou mesmo de um texto literário. A redação oficial deve ser 
isenta da interferência da individualidade que a elabora. 
Assim, devemos empregar uma linguagem objetiva. 
As demais alternativas constam exatamente da estrutura do padrão-
ofício, vista anteriormente. 
Gabarito: E 
3,5 cm 
6. Como Vossa Excelência pode verificar, o procedimento 
estabelecido assegura que a decisão a ser baixada pelo Ministro de Estado da 
Justiça sobre os limites e a demarcação de terras indígenas seja informada de 
todos os elementos necessários, inclusive daqueles assinalados em sua carta, 
com a necessária transparência e agilidade. 
 Atenciosamente, 
[Nome] 
[cargo] 
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Exemplo de Aviso 
5 cm 
Aviso no 45/SCT-PR 
Brasília, 27 de fevereiro de 1991. 
A Sua Excelência o Senhor 
 [Nome e cargo] 
 Assunto: Seminário sobre uso de energia no setor público. 
 Senhor Ministro, 
 2,5 cm 
Convido Vossa Excelência a participar da sessão de abertura 
do Primeiro Seminário Regional sobre o Uso Eficiente de Energia no Setor 
Público, a ser realizado em 5 de março próximo, às 9 horas, no auditório da 
Escola Nacional de Administração Pública – ENAP, localizada no Setor de 
Áreas Isoladas Sul, nesta capital. 
O Seminário mencionado inclui-se nas atividades do 
Programa Nacional das Comissões Internas de Conservação de Energia em 
Órgão Públicos, instituído pelo Decreto no 99.656, de 26 de outubro de 1990. 
 Atenciosamente, 
[nome do signatário] 
[cargo do signatário] 
3,0 cm 
1,
5 
cm
 
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Questão 18: DPE SP 2010 Superior 
A afirmativa INCORRETA, considerando-se a redação de um ofício, é: 
(A) O local e a data devem aparecer por extenso, com alinhamento à direita 
da página. 
(B) Devem constar o tipo e o número do expediente, seguido da sigla do 
órgão que o expede. 
(C) Deve haver identificação do signatário, constando nome e cargo abaixo da 
assinatura, exceto se for o Presidente da República. 
(D) O fecho deve conter as expressões Respeitosamente ou Atenciosamente, 
de acordo com a autoridade a que se destina o documento. 
(E) É facultativa a indicação do teor do documento, ou seja, o assunto, pois 
ele vem expresso no corpo do ofício. 
Comentário: Veja que as alternativas (A), (B), (C) e (D) estão de acordo com 
o tópico 3.1 acima referenciado. 
A alternativa (E) está errada, pois não é facultativo o assunto do texto, 
conforme a letra “c” do tópico 3.1. 
Gabarito: E 
3.4. Memorando 
3.4.1. Definição e Finalidade 
O memorando é a modalidade de comunicação entre unidades 
administrativas de um mesmo órgão, que podem estar hierarquicamente 
em mesmo nível ou em níveis diferentes. Trata-se, portanto, de uma 
forma de comunicação eminentemente interna. 
Pode ter caráter meramente administrativo, ou ser empregado para 
a exposição de projetos, ideias, diretrizes, etc. a serem adotados por 
determinado setor do serviço público. 
Sua característica principal é a agilidade. A tramitação do memorando 
em qualquer órgão deve pautar-se pela rapidez e pela simplicidade de 
procedimentos burocráticos. Para evitar desnecessário aumento do número de 
comunicações, os despachos ao memorando devem ser dados no próprio 
documento e, no caso de falta de espaço, em folha de continuação. Esse 
procedimento permite formar uma espécie de processo simplificado, 
assegurando maior transparência à tomada de decisões, e permitindo que se 
historie o andamento da matéria tratada no memorando. 
3.4.2. Forma e Estrutura 
Quanto a sua forma, o memorando segue o modelo do padrão ofício,
com a diferença de que o seu destinatário deve ser mencionado pelo cargo que 
ocupa. 
Exemplos: 
Ao Sr. Chefe do Departamento de Administração 
Ao Sr. Subchefe para Assuntos Jurídicos 
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Exemplo de Memorando 
 (297 x 210mm) 
5 cm 
Mem. 118/DJ 
Em 12 de abril de 1991 
Ao Sr. Chefe do Departamento de Administração 
Assunto: Administração. Instalação de microcomputadores 
1. Nos termos do Plano Geral de informatização, solicito a Vossa Senhoria 
verificar a possibilidade de que sejam instalados três microcomputadores neste 
Departamento. 
2 Sem descer a maiores detalhes técnicos, acrescento, apenas, 
que o ideal seria que o equipamento fosse dotado de disco rígido e de 
monitor padrão EGA. Quanto a programas, haveria necessidade de dois 
tipos: um processador de textos, e outro gerenciador de banco de dados. 
3. O treinamento de pessoal para operação dos micros poderia 
ficar a cargo da Seção de Treinamento do Departamento de Modernização, 
cuja chefia já manifestou seu acordo a respeito. 
4. Devo mencionar, por fim, que a informatização dos trabalhos 
deste Departamento ensejará racional distribuição de tarefas entre os 
servidores e, sobretudo, uma melhoria na qualidade dos serviços prestados. 
 Atenciosamente, 
[nome do signatário] 
[cargo do signatário] 
3 cm 
1,
5 
cm
 
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Questão 19: MEC 2008 Superior 
A respeito dos documentos na redação oficial, analise as afirmativas a seguir: 
I. Aviso e ofício são modalidades de comunicação oficial praticamente 
idênticas. A única diferença entre eles é que o aviso é expedido 
exclusivamente por Ministros de Estado, para autoridades de mesma 
hierarquia, ao passo que o ofício é expedido para e pelas demais 
autoridades. Ambos têm como finalidade o tratamento de assuntos oficiais 
pelos órgãos da Administração Pública entre si e, no caso do ofício, 
também com particulares. 
II. O memorando é a modalidade de comunicação entre unidades 
administrativas de um mesmo órgão, que podem estar hierarquicamente 
em mesmo nível ou em níveis diferentes. Trata-se, portanto, de uma 
forma de comunicação eminentemente interna. Pode ter caráter 
meramente administrativo, ou ser empregado para a exposição de 
projetos, ideias, diretrizes, etc. a serem adotados por determinado setor 
do serviço público. 
III. Quanto à forma, o memorando não segue o modelo do padrão ofício, além 
de ter seu destinatário mencionado pelo cargo que ocupa. 
Assinale: 
(A) se apenas as afirmativas I e II estiverem corretas. 
(B) se apenas as afirmativas I e III estiverem corretas. 
(C) se apenas as afirmativas II e III estiverem corretas. 
(D) se nenhuma afirmativa estiver correta. 
(E) se todas as afirmativas estiverem corretas. 
Comentário: A frase I é literalmente o que se diz a respeito da estrutura e 
finalidade do ofício e do aviso. Confirme! 
A frase II também discorre literalmente o que se diz na estrutura e 
finalidade do memorando, no Manual. Confirme! 
Na frase III, há erro, pois o memorando segue, sim, o padrão-ofício. Ele 
possui seu destinatário mencionado pelo cargo que ocupa. 
Gabarito: A 
 4. Exposição de Motivos 
4.1. Definição e Finalidade 
Exposição de motivos é o expediente dirigido ao Presidente da República 
ou ao Vice-Presidente para: 
a) informá-lo de determinado assunto; 
b) propor alguma medida; ou 
c) submeter a sua consideração projeto de ato normativo. 
Em regra, a exposição de motivos é dirigida ao Presidente da República 
por um Ministro de Estado. 
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Nos casos em que o assunto tratado envolva mais de um Ministério, a 
exposição de motivos deverá ser assinada por todos os Ministros envolvidos, 
sendo, por essa razão, chamada de interministerial. 
4.2. Forma e Estrutura 
Formalmente, a exposição de motivos tem a apresentação do padrão 
ofício. O anexo que acompanha a exposição de motivos que proponha alguma 
medida ou apresente projeto de ato normativo, segue o modelo descrito 
adiante. 
A exposição de motivos, de acordo com sua finalidade, apresenta duas 
formas básicas de estrutura: uma para aquela que tenha caráter 
exclusivamente informativo e outra para a que proponha alguma medida ou 
submeta projeto de ato normativo. 
No primeiro caso, o da exposição de motivos que simplesmente leva 
algum assunto ao conhecimento do Presidente da República, sua estrutura 
segue o modelo antes referido para o padrão ofício. 
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Exemplo de Exposição de Motivos de caráter informativo 
 (297 x 210mm) 
 5 cm 
EM no 00146/1991-MRE 
Brasília, 24 de maio de 1991. 
 5 cm 
 Excelentíssimo Senhor Presidente da República. 
 1,5 cm 
 O Presidente George Bush anunciou, no último dia 13, 
significativa mudança da posição norte-americana nas negociações que se 
realizam – na Conferência do Desarmamento, em Genebra – de uma 
convenção multilateral de proscrição total das armas químicas. Ao renunciar 
à manutenção de cerca de dois por cento de seu arsenal químico até a adesão 
à convenção de todos os países em condições de produzir armas químicas, os 
Estados Unidos reaproximaram sua postura da maioria dos quarenta países 
participantes do processo negociador, inclusive o Brasil, abrindo 
possibilidades concretas de que o tratado venha a ser concluído e assinado 
em prazo de cerca de um ano. (...) 
 1 cm 
 Respeitosamente, 
 2,5cm 
[Nome] 
[cargo] 
3 
1,
5 
cm
 
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5. Mensagem 
5.1. Definição e Finalidade 
É o instrumento de comunicação oficial entre os Chefes dos Poderes 
Públicos, notadamente as mensagens enviadas pelo Chefe do Poder Executivo 
ao Poder Legislativo para informar sobre fato da Administração Pública; expor 
o plano de governo por ocasião da abertura de sessão legislativa; submeter ao 
Congresso Nacional matérias que dependem de deliberação de suas Casas; 
apresentar veto; enfim, fazer e agradecer comunicações de tudo quanto seja 
de interesse dos poderes públicos e da Nação. 
6. Telegrama 
6.1. Definição e Finalidade 
Com o fito de uniformizar a terminologia e simplificar os procedimentos 
burocráticos, passa a receber o título de telegrama toda comunicação oficial 
expedida por meio de telegrafia, telex, etc. 
Por tratar-se de forma de comunicação dispendiosa aos cofres públicos e 
tecnologicamente superada, deve restringir-se o uso do telegrama apenas 
àquelas situações que não seja possível o uso de correio eletrônico ou fax e 
que a urgência justifique sua utilização e, também em razão de seu custo 
elevado, esta forma de comunicação deve pautar-se pela concisão. 
6.2. Forma e Estrutura 
Não há padrão rígido, devendo-se seguir a forma e a estrutura dos 
formulários disponíveis nas agências dos Correios e em seu sítio na Internet. 
7. Fax 
7.1. Definição e Finalidade 
O fax (forma abreviada já consagrada de fac-simile) é uma forma de 
comunicação que está sendo menos usada devido ao desenvolvimento da 
Internet. É utilizado para a transmissão de mensagens urgentes e para o envio 
antecipado de documentos, de cujo conhecimento há premência, quando não 
há condições de envio do documento por meio eletrônico. Quando necessário o 
original, ele segue posteriormente pela via e na forma de praxe. 
Se necessário o arquivamento, deve-se fazê-lo com cópia xerox do fax e 
não com o próprio fax, cujo papel, em certos modelos, se deteriora 
rapidamente. 
7.2. Forma e Estrutura 
Os documentos enviados por fax mantêm a forma e a estrutura que lhes 
são inerentes. 
É conveniente o envio, juntamente com o documento principal, de folha 
de rosto, isto é, de pequeno formulário com os dados de identificação da 
mensagem a ser enviada,

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