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IPVA Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores O imposto sobre a propriedade de veículos automotores substitui, em nosso sistema tributário, a extinta Taxa Rodoviária Única (TRU), cujo fato gerador era um ato expressivo do poder de polícia de alçada federal: O registro e o licenciamento de veículos em todo território nacional (cf. DL n0 999, de 21.10.1966). Destarte o que fora simples taxa federal — decorrência de ato expressivo do poder de polícia — desaparece do cenário impositivo para ceder lugar a um tributo o IPVA. incidente sobre a titularidade de qualquer veículo automotor. Compete aos Estados e ao Distrito Federal institui impostos sobre a propriedade de veículos automotores. (CF, art 155 inc. III) Trata-se de um imposto obrigatório. Quando surgiu e por quê?... SUJEITO ATIVO DO IMPOSTO Sujeito Ativo: Estados e Distrito Federal. Na medida que estes não costumam delegar a capacidade tributária ativa para outras pessoas jurídicas de direito público integrantes da Administração Indireta. SUJEITO PASSIVO DO IMPOSTO São os proprietários de veículos automotores sujeitos a licenciamento em órgão federal, estadual ou municipal. Ou seja, é o proprietário que pratica o aspecto material do fato gerador; ou o responsável tributário, como sendo em questão. Seu cálculo é feito por lançamento de ofício. Em Direito tributário, lançamento é um ato administrativo pelo qual a pessoa jurídica de direito público (ou seja, vinculada ao Estado) constitui o crédito tributário, identificando os seguintes elementos: Fato gerador. A matéria tributária. O montante (valor) do tributo devido O sujeito passivo Eventual penalidade cabível caso o contribuinte não cumpra a sua responsabilidade tributária. Como é feito o Lançamento.... O IPVA não é ligado a prestações de serviços. O dinheiro recolhido a partir da cobrança é dividido em duas partes: 50% são destinados ao Governo Estadual e os outros 50% vão para o Município onde o veículo foi emplacado. Na teoria, todo o dinheiro arrecadado a partir do IPVA deve ser utilizado para cobrir despesas da administração, como saúde, educação, segurança, saneamento, etc. Parcelar o pagamento ou quitá-lo à vista com direito a desconto. Se o contribuinte não concordar com o valor do IPVA cobrado na tabela, ele pode entrar com um pedido de revisão de valor na Secretaria de Estado da Fazenda, Quem não efetuar o pagamento receberá uma notificação fiscal da autoridade estadual. Receita e Pagamento do Imposto O IPVA é o Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores, cobrado anualmente, e não tem relação direta com prestação de serviço (asfalto em ruas, colocação de sinais etc.), como tinha a antiga Taxa Rodoviária Única (TRU), que era recolhida com o objetivo de fazer os motoristas pagar pelo uso e manutenção das rodovias. Esta é a característica essencial de todo imposto: é uma receita da União, estados ou municípios, sendo utilizado para as despesas normais da administração – educação, saúde, segurança, saneamento etc. Por isso, pagar o IPVA, assim como os demais impostos, além de ser uma obrigação legal, é um dever para com a comunidade. O IPVA é devido pelos proprietários de veículos automotores: automóveis, ônibus, caminhões, motocicletas e tratores. Tem que ser pago todos os anos. É um imposto calculado e cobrado pelos estados. IMPOSTO SOBRE VEÍCULOS – IPVA O Código Tributário Nacional (Lei no 5.172/66) não previu a cobrança do Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores; o mesmo ocorrendo com a Constituição de 1967. Nesse mesmo ano foi criada a Taxa Rodoviária Única (TRU), cobrada sobre a circulação de veículos automotores. A TRU, cuja alíquota sobre veículos de passeio chegou a 7% do valor venal (Decreto-Lei no 1.691/79), era cobrada, arrecadada e fiscalizada pela União, que distribuía 45% do produto de sua arrecadação para estados e municípios. A Emenda Constitucional no 27/85 autorizou a instituição do IPVA, passando sua cobrança para a esfera estadual. Finalmente, a Constituição de 1988 autorizou a cobrança do imposto no art. 155, inciso III, dizendo ainda que o IPVA: a.terá alíquotas mínimas fixadas pelo Senado Federal; e b.poderá ter alíquotas diferenciadas em função do tipo e utilização. IMPOSTO SOBRE VEÍCULOS – IPVA FATO GERADOR, BASE DE CÁLCULO E ALÍQUOTA A competência para legislar sobre o IPVA é de cada estado, o que justifica o fato de que o imposto deve ser pago antes da transferência de um veículo de um estado para outro. Já a base de cálculo do IPVA depende do tipo de veículo que o contribuinte possui: novo ou usado. No caso de veículo novo, a base de cálculo será o valor venal, que é o preço comercial tabelado pelo órgão competente ou, na sua falta, o preço a vista constante do documento fiscal emitido pelo revendedor. FATO GERADOR, BASE DE CÁLCULO E ALÍQUOTA Os valores venais são estabelecidos anualmente em resolução específica e refletem os preços médios praticados pelo mercado. Atualmente, são apurados em pesquisa realizada pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (FIPE). As alíquotas de IPVA dependem de lei estadual. No caso do Rio de Janeiro, as alíquotas aplicadas a veículos terrestres são as seguintes: a.0,5% para veículos que utilizem motor de propulsão especificado de fábrica para funcionar, exclusivamente, com energia elétrica e para automóveis com até três anos de fabricação de propriedade de pessoa jurídica constituída sob a forma de sociedade empresarial que desempenhe a atividade de locação e que sejam destinados exclusivamente para a referida atividade, excluindo ônibus e caminhões nos contratos de locação com condutor, devidamente comprovada nos termos da legislação aplicável, ou na sua posse em virtude de contrato formal de arrendamento mercantil ou propriedade fiduciária; FATO GERADOR, BASE DE CÁLCULO E ALÍQUOTA b.1% para caminhões, caminhões-tratores, tratores não agrícolas, veículos de transporte de passageiros a taxímetro e aos de serviços de transporte acessível exclusivo legalmente habilitados pertencentes a pessoas jurídicas; c.1,5% para veículos que utilizem gás natural ou veículos híbridos que possuam mais de um motor de propulsão, usando cada um seu tipo de energia para funcionamento, sendo que a fonte energética de um dos motores seja a energia elétrica; d.2% para ônibus, micro-ônibus, motocicletas, ciclomotores, triciclos, motonetas e automóveis movidos a álcool e. 3% para utilitários; f.4% para automóveis de passeio e camionetas (exceto utilitários), veículos de procedência estrangeira e todos os demais não mencionados acima. ISENÇÃO E NÃO INCIDÊNCIA O IPVA não será cobrado sobre os veículos de propriedade: a.da União, dos estados, do Distrito Federal e dos municípios; b.dos templos de qualquer culto; c.dos partidos políticos e suas fundações; d.das entidades sindicais dos trabalhadores; e.das instituições de educação e de assistência social sem fins lucrativos; e f.de empresa pública estadual custeada com recursos do Tesouro Estadual. Existem outros tipos de veículos isentos do pagamento do IPVA no Rio de Janeiro. A lista completa pode ser obtida com a leitura do art. 5o da Lei no2.877/97 e alterações. A diferença das alíquotas do IPVA, à primeira vista, pode até parecer pequena, mas é uma falsa impressão. Valor em um automóvel popular: • Preço de mercado do automóvel: R$ 25.000,00 • IPVA com alíquota de 1%: R$ 250,00 • IPVA com alíquota de 4%: R$ 1.000,00 • Diferença: R$ 750,00 3 pontos percentuais correspondem a R$ 750,00 a menos no bolso Valor em um automóvel de luxo • Preço do automóvel de luxo: R$ 80.000,00 • IPVA com alíquota de 1%: R$ 800,00 • IPVA com alíquota de 4%: R$ 3.200,00 • Diferença: R$ 2.400,00 3 pontos percentuais correspondem a R$ 2.400,00 a menos no bolso Como funciona... Alíquotas do IPVA de São Paulo: • 4% para carros a gasolina • 3% para carros a álcool e gás • 4% para bicombustível • 4% para picape cabine dupla• 2% para carros utilitários, picape cabine simples, ônibus, microônibus, tratores e motos • 1,5% para caminhões • Isento: carros com mais de 20 anos – data de fabricação ESTADO CARROS VELHOS ISENTOS Acre 10 anos da data de fabricação Alagoas 20 anos da data de fabricação Amapá 15 anos da data de fabricação Amazonas 15 anos da data de fabricação Bahia 15 anos da data de fabricação Ceará 15 anos da data de fabricação Distrito Federal 15 anos da data de fabricação Espírito Santo 15 anos da data de fabricação Goiás 10 anos da data de fabricação Maranhão 15 anos da data de fabricação Mato Grosso do Sul 15 anos da data de fabricação Mato Grosso 15 anos da data de fabricação Minas Gerais a redução é progressiva de acordo com o ano do veículo Pará 15 anos da data de fabricação Variação de isenção de estado para estado ESTADO CARROS VELHOS ISENTOS Paraíba 15 anos da data de fabricação Paraná 20 anos da data de fabricação Pernambuco a redução é progressiva de acordo com o ano do veículo Piauí 15 anos da data de fabricação Rio de Janeiro 15 anos da data de fabricação Rio Grande do Norte 10 anos da data de fabricação Rio Grande do Sul 20 anos da data de fabricação Rondônia 15 anos da data de fabricação Roraima 10 anos da data de fabricação Santa Catarina veículos fabricados até 1985 São Paulo 20 anos da data de fabricação Sergipe 15 anos da data de fabricação Tocantins 15 anos da data de fabricação REFERÊNCIAS Manuel de contabilidade tributária, Paulo Henrique Pegas Ed. Atlas – 9ª edição
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