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UNIVERSIDADE SÃO TOMÁS DE MOÇAMBIQUE FACULDADE DE TECNOLOGIAS E CIÊNCIAS DE INFORMAÇÃO Introdução à Lógica FICHA TEÓRICA - CAPÍTULO 6 1 0.1 Funções De�nição 0.1. Seja F uma relação de A para B. A relação F é chamada função de A em B se para qualquer x ∈ A existe único y ∈ B tal que (x, y) ∈ F . Ou seja ∀x ∈ A∃!y ∈ B((x, y) ∈ F ). Neste caso as de�nições introduzidas para relações podem ser automaticamente reformu- ladas para funções. Por exemplo, o conjunto A é o domínio da função F . Usa-se notação F : A → B (1) e diz-se que F actua de A em B. Sejam f : A → B e x ∈ A. O único valor y tal que (x, y) ∈ f diz-se valor da função f no ponto x. Escreve-se y = f(x). Então, f(x) é um elemento do conjunto B e y = f(x) ⇔ (x, y) ∈ f (2) Exemplo 0.1. Sejam A = {a, b, c}, B = {1, 2, 3, 4}, f ⊂ A×B, f = {(a, 2), (b, 4), (c, 2)}. A relação f satisfaz à de�nição de função, f : A → B e f(a) = 2, f(b) = 4, f(c) = 2. Exemplo 0.2. Sejam A = {a, b, c}, B = {1, 2, 3, 4}, f ⊂ A×B, f = {(a, 2), (b, 4), (c, 2), (b, 3)}. A relação f não satisfaz a de�nição de função, visto que b ∈ A tem duas imagens em B, isto é, f(b) = 4, f(b) = 3. 0.2 Composição de Funções Suponhamos que f : A → B e g : B → C. Então, g ◦ f : A → C é função e o valor da g ◦ f é dado pela formula (g ◦ f)(x) = g(f(x)). Exemplo 0.3. Sejam f, g : R → R, f(x) = x2, g(x) = x x2 + 1 . Achar g ◦ f e f ◦ g. Temos g ◦ f(x) = g(x2) = x 2 x4 + 1 , f ◦ g(x) = ( x x2 + 1 )2 . 2 0.3 Funções inversas Seja f : A → B. A relação inversa f−1 sempre existe: f−1 = {(y, x) : (x, y) ∈ f} = {(y, x) : y = f(x)}. Exemplo 0.4. Seja f : R → R, f(x) = x+ 2. Achar f−1. y = f(x) ⇔ y = x+ 2 ⇔ x = y − 2 ⇒ f−1(x) = x− 2 0.4 Funções Injectoras, Sobrejectoras e Bijectoras De�nição 0.2. Dado uma relação f ⊂ A×B de A em B, onde A, B são conjuntos quaisquer, 1. Chama-se uma função f : A → B, função Injectora, se para x1, x2 ∈ A; x1 ̸= x2 ⇒ f(x1) ̸= f(x2) e f(x1) = f(x2) ⇒ x1 = x2. 2. Chama-se uma função f : A → B, função Sobrejectora, se ∀y ∈ B, ∃x ∈ A; y = f(x). 3. chama-se uma função f : A → B, função Bijectora, se é injectora e sobrejectora. Exemplo 0.5. Seja f : R → R, f(x) = x2. 1. f(x) não é injectora pois ∃x1 = 2, x2 = −2 tal que f(2) = f(−2) = 4, porém x1 ̸= x2. 2. f(x) não é sobrejectora pois nem toda imagem tem um objecto correspondente, por exemplo, não existe algum x tal que f(x) = −1. 3. f(x) não é bijectora pois f(x) não é injectora nem sobrejectora. Exemplo 0.6. Seja f : [0,∞[→ [0,∞[, f(x) = x2. 1. f(x) é injectora pela de�nição. 2. f(x) é sobrejectora pois toda imagem tem um objecto correspondente. 3. f(x) é bijectora pois f(x) é injectora e sobrejectora. 0.5 Imagem e pré-imagem Da de�nição de imagem de relação vamos ter a seguinte forma de imagem de função: Im(f) = {y : ∃x(y = f(x))} = {f(x) : x ∈ A}. Introduz-se também a imagem de um conjunto. De�nição 0.3 (Imagem). Seja f : A → B uma função e X ⊂ A. O conjunto f(X) = {f(x) : x ∈ X} ≡ {y : ∃x ∈ X(y = f(x))}. diz-se imagem do conjunto X. 3 De�nição 0.4 (Pré-imagem). Seja f : A → B uma função e Y ⊂ B. O conjunto f−1(Y ) = {x ∈ A : f(x) ∈ Y }. chama-se pré-imagem (ou imagem inversa, ou imagem recíproca) do conjunto Y . Exemplo 0.7. Sejam A = {a, b, c}, B = {1, 2, 3, 4}, f ⊂ A × B, Achar f(A) e f−1({1, 2})., sendo que f = {(a, 2), (b, 4), (c, 2)}. f(a) = 2, f(b) = 4, f(c) = 2 logo f(A) = {2, 4} f−1(1)@, f−1(2) = {a, c}, logo f−1({1, 2}) = {a, c}. c⃝B. Maxlhope, C. Nassone, J. Sewane, E. Mulungo, M. Getimane & N. Bila 4
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