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MÓDULO V O MEIO AMBIENTE LABORAL 2018 2

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O MEIO AMBIENTE LABORAL, O RISCO E A REPRESENTAÇÃO SOCIAL DA 
COMUNICAÇÃO NO TRABALHO. 
 
Humberto César Machado 
 
1 APRESENTAÇÃO 
Este estudo pretende discutir algumas questões sobre a relação com o meio ambiente 
laboral, o risco e a representação social da comunicação no trabalho, Busca-se apresentar 
pressuposto teórico-prático para que se venha a adotar medidas preditivas no intuito de minimizarem 
os prejuízos oriundos de uma aplicação errônea de uma boa prática funcional. Fundamenta-se o texto 
em alguns autores reconhecidos e de relevância estrutural sobre os pressupostos teóricos a que se 
propõe este estudo, buscando apontar algumas lacunas a serem revistas na formação tendo como 
principal objetivo ampliar a aprendizagem bem como a formação profissional, reconhecendo a 
dimensão do processo de formação, aquisição e produção de conhecimentos. O estudo buscou levantar 
princípios que são responsáveis pela condução da formação dos profissionais de um modo geral. 
Entende-se que o referencial teórico utilizado neste estudo fora suficiente para garantir o 
real entendimento e fundamentação teórica do escopo desejado, abrangendo assim, algumas noções 
básicas de caráter filosófico. No que tange ao assunto em questão, essas teorias podem ser 
consideradas como sendo importantes neste contexto como também suficientes para fundamentar 
teoricamente o entendimento deste estudo. 
Buscou-se apontar pontos que motivam o estudo, a leitura e o entendimento na área a ser 
estudada, considerando autores importantes no estudo e no apontamento teórico em questão, ou seja, o 
que conduz o sujeito a apresentar um comportamento transgressor ou mesmo indiferente aos processos 
e procedimentos Adotados no dia-a-dia da atividade laboral o que leva o mesmo a se expor ao risco 
individualmente quanto coletivamente. O entendimento e os processos envolvidos no ambiente de 
trabalho conduz o mesmo em direção à aquisição de novos conhecimentos e procedimentos 
preventivos em qualquer que seja a atividade desenvolvida. 
Houve, no entanto, o cuidado em relacionar a ação profissional a ser empreendida por 
qualquer que seja o operador funcional em adotar um comportamento proativo no intuito de que se 
tenha um entendimento amplo de todas as questões envolvendo a comunicação. Busca-se ampliar todo 
o processo corporativo e de entendimento interno como externo, fazendo com que haja uma 
construção e por consequência uma transformação nas representações sociais dentro de uma 
abordagem que se fundamenta na teoria proposta por Serge Moscovici. Deu-se destaque aos aspectos 
que motivam os profissionais no ambiente laborativo na busca de um aprimoramento na comunicação, 
minimizado os ricos decorrentes de uma falha, propondo práticas proativas e formativas gerando desta 
forma um melhor desempenho funcional. 
Este trabalho busca desenvolver um referencial teórico capaz de minimizar ao 
máximo os ruídos referentes à comunicação entre os sujeitos no ambiente laborativo, envolve 
o treinamento e sua relação cognitiva e afetiva que abrange a aprendizagem e o treinamento 
formal de uma equipe de trabalho de modo a se compreender toda conjuntura operacional que 
o homem está envolvido e o meio ambiente a que ele se insere. Possibilita aos gestores a 
construção de uma maneira mais eficiente de modo a capacitar de modo mais eficiente o 
sujeito direcionando o grupo a uma coordenação pessoal e de grupo mais eficiente, produtiva 
e satisfatória em qualquer área da empresa. 
O estudo hora apresentado não resolve, nem conclui o problema do meio ambiente 
laboral e seus riscos e falhas decorrentes de uma comunicação equivocada ou mesmo mal 
interpretada, mas apresenta novos meios para analisar o assunto de modo a motivar novos 
estudos nesta área. Busca encontrar e aprimorar cada vez mais a relação e uma maior 
eficiência no treinamento do profissional observando todos os processos afetivos e sua relação 
com o exercício funcional do sujeito e considera algumas investigações sobre representações 
sociais no âmbito prático. As questões propostas neste estudo visam contribuir para o melhor 
entendimento, e efetividade funcional. Sendo assim, considera-se importante os pontos 
abordados neste texto de modo a servir como balizador para novas reflexões na área estudada. 
 
3 DA CONTEXTUALIZAÇÃO HISTÓRICA ATÉ A ATUALIDADE 
 
O meio ambiente laboral é caracterizado no séc. XXI como sendo um ambiente 
que afeta profundamente a saúde do trabalhador, situação que é vista como sendo corriqueira 
apresentada com características de normalidade em um mundo globalizado regido 
basicamente pelas notas do capitalismo. Dentro desta perspectiva busca-se aqui abordar os 
aspectos do risco e da comunicação no ambiente laborativo, bem como alguns pontos 
relevantes nesta contextualização. 
Os distúrbios ocupacionais no mundo contemporâneo foram, são e ainda serão 
objetos de inúmeras reflexões técnico-científicas como esta a que se propõe. A necessidade de 
estudar o trabalhador e seu ambiente de trabalho se faz necessária face ao avanço tecnológico 
intermitente e acentuado a que ele está exposto. Fisiologicamente ele é o mesmo sujeito de 
séculos passados, mas, a tecnologia adiantou-se um pouco mais que a sua capacidade coletiva 
de interação a ela, e inúmeros são os motivos para que houvesse este distanciamento social. 
É importante ressaltar que às novas tecnologias e este novo contexto perpassa por 
fatores econômicos, educacionais e consequentemente sociais, onde o rolo compressor da 
modernidade não para, não retrocede, ele sempre avança de modo contínuo, por vezes, mais 
rápido, por vezes, mais lento, mas sempre seguindo em frente. Cabe ao homem 
contemporâneo, entenda-se o homem de seu tempo, se adaptar a esta nova realidade, a este 
novo momento cibernético social. Como a ciência, ele, ao longo do tempo se reinventa e 
busca mecanismos internos e externos cada vez mais eficientes de adaptação ambiental, onde 
a comunicação se faz presente e o risco a vida passa a ser rotina. 
Em todo este processo de adaptação é estabelecido um acordo não formal de 
cooperação na qual a tecnologia busca melhorar, facilitar a vida no tempo em curso, pois ela é 
desenvolvida para ser usufruída neste sentido. Estes avanços tecnológicos vão surgindo de 
acordo com as necessidades e as novas descobertas buscam facilitar a vida no contexto social. 
O convívio coletivo não se abstrai de palavras, gestos, posturas e significados dentro de sua 
perspectiva social. Os acordos, as relações vão se moldando entre as partes, em função da 
cultura, da ética e da moral, que revela o seu tempo, a representação social de uma 
determinada época, de um período, de um determinado grupo. 
As normativas legais deste contexto tecnossocial regem a atividade laboral vivida 
pelo trabalhador que deve ser adaptável a um fato que ainda esta por vir, o que será chamado 
de ponto cego, ou seja, um local, uma situação, algo que não pôde ou não foi ainda detectado. 
A pressão vivenciada pelo homem no mundo moderno é algo que gera um adoecimento não 
somente fisiológico como também moral. A impotência diante da racionalidade coletiva o 
afasta do sentimento personalista, dando lugar a acordos de cooperação mútua que nem 
sempre são cumpridos em todo seu rigor. 
A proteção à saúde do trabalhador é garantida em seu aspecto legal, seus direitos e 
deveres são observados, o que ocorre na relação produto e produtor é o distanciamento entre 
mente e trabalho, ocorre uma discordância entre o produto e a capacidade de produzir. Neste 
aspecto é que deverá ser moldado este texto retratando um pouco sobre a comunicação 
interpessoal do dia-a-dia bem com em um ambiente formal que no caso deverá ser o ambiente 
laborativo, como também o risco, a contra-segurança e o rastreamento de algumas nuances 
em que o trabalhador em geral esta envolvido. 
 
4 O FATOR HUMANO NO AMBIENTE DE TRABALHO 
 
O homeme a sua característica biopsicossocial em seu ambiente laborativo 
engloba todos os aspectos de seu desempenho comportamental, como a tomada de decisão em 
situações de desequilíbrio operacional ou pessoal, bem como, outros processos cognitivos, 
como a relação do mesmo com os instrumentos disponíveis dentro do ambiente de trabalho. A 
comunicação e a interface entre às pessoas, a tecnologia e a documentação, transformam-se 
em elementos teóricos para uma ciência multidisciplinar. Segundo a ICAO (Agência 
Internacional de Aviação Civil) o elemento humano em sua atividade profissional é “a parte 
mais flexível, adaptável e valiosa dentro do sistema” (MSVOA, 2004, p. 45), entretanto, é 
também o elemento mais frágil e suscetível às influências adjacentes a qualquer operação em 
execução, podendo assim, afetar negativamente o seu desempenho na relação homem-
máquina, homem-homem, homem-meio ambiente. 
Entender a influência dos aspectos comportamentais e fisiológicos na rotina do 
ambiente laborativo em face da prevenção de riscos e acidentes, é importante para que se 
desenvolva um suporte teórico para análise da falha humana. Edwards nos anos setenta 
desenvolve um mecanismo de compreensão desses aspectos conhecido que é o modelo 
SHELL o qual fora aprimorado por Hawkins logo em seguida. Este modelo consistia na 
interlocução entre elementos como o suporte lógico (Software) a informação escrita ou 
requisitos normativos, o equipamento (Hardware), o ambiente (Environment), o elemento 
humano (Liveware L) com suas características biofisiológicas, comportamentais e sociais. Era 
nesta interlocução que segundo eles se desenvolve o ambiente corporativo, na interface desses 
elementos o qual o homem é o componente central de interatividade entre as partes 
(STOLZER et al, 2011). 
Outro modelo de análise de risco do fator humano muito utilizado no ambiente 
laborativo é o desenvolvido pelo James Reason, no qual analisa o comportamento humano e a 
forma como ele contribui (contra-segurança) no sistema e levou a ocorrer um acidente. Sua 
teoria aponta o acidente como resultante de vários fatores que através de uma cadeia de 
eventos rompe as barreiras defensivas de exposição aos riscos. Seu conceito teórico (queijo 
suíço) representado por várias camadas de proteção faz das condições inseguras e 
precondições (fadiga, estresse, práticas operacionais) lacunas representam deficiências na 
segurança com situações de exposição ao risco e/ou acidente (CENIPA, 2010). 
No momento em que a primeira camada de proteção é rompida outra brecha pode-
se abrir e assim sucessivamente até que todas elas sejam rompidas e o pior venha a acontecer. 
Se o problema não for detectado e isolado rapidamente em nenhuma das camadas de proteção 
as brechas ou os pontos cegos poderão momentaneamente se linhar e se conjugarem em uma 
situação de eminente perigo ou acidente. Neste caso, o importante não é encontrar culpados, 
mas sim, analisar o porquê as ações preventivas de defesas falharam (Reason, 1990). 
Sistematicamente com a evolução tecnológica o ser humano passa a ser visto 
como o elemento de maior intervenção no meio ambiente. No passado, o ciclo natural de vida 
orientava seus passos, o ambiente exercia uma influência importante em seu dia-a-dia, em seu 
desempenho, em sua compreensão de suas capacidades e limitações que buscava encontrar as 
melhores condições para a sua segurança (Barreto, 2008; Veloso, 2005). Considerava como 
sua característica biopsicossocial o Fator Humano que se pode definir como: pessoas em seu 
ambiente de trabalho e de vida, sua relação com as máquinas, equipamentos e procedimentos, 
sua relação com os demais e o seu desempenho dentro do sistema (OACI, 1989). 
Observa-se que errar é uma das características inerente ao homem, ou seja, todas 
as pessoas erram até mesmo as melhores em suas respectivas áreas de atuação. Do ponto de 
vista dos Fatores Humanos, não existe a possibilidade de exercer qualquer tipo operação 
contínua livre de erros, eis o porquê da importância de se discutir sobre esta questão. Observa-
se que seres humanos operam sistemas complexos, erros ocorrerão e que, sob situações de 
estresse, sobrecarga de trabalho, ambiente monótono, dentre outros aspectos, existe a 
probabilidade contínua de que se ocorra erros (Curcio, 2010; Helmreich, 2010). 
O objetivo da análise e monitoramento dos Fatores Humanos no ambiente 
laborativo visa aumentar a eficácia e eficiência, das atividades realizadas por pessoas, e um 
aprimoramento de valores, como a sua segurança física, saúde e bem-estar social. No que 
tange a sua abordagem é a aplicação sistemática de informações pertinentes a suas 
habilidades, características, comportamentos, padronizações, motivações e comunicação na 
execução do trabalho (Isaac, 1999). 
 
4.1 ASPECTOS A SEREM OBSERVADOS NO EXERCÍCIO LABORATIVO 
 
Um dos primeiros aspectos é o fator material, uma área de abordagem da 
segurança que se refere ao equipamento utilizado no exercício funcional. Alguns acidentes 
são decorrentes da deficiência de projeto, falha na fabricação ou inabilidade no manuseio do 
material ou equipamento, não incluindo os serviços de manutenção. Com o avanço 
tecnológico, ocorre uma redução na participação dos fatores materiais nos acidentes laborais, 
observa-se que este nos dias de hoje é o fator que menos contribui para o aumento das 
estatísticas de acidentes (NSCA 3-6, 2003; CNPAA, 2012). 
O fator operacional é um dos aspectos de grande relevância na área da segurança 
no que se refere ao desempenho humano nas atividades profissionais, observando-se sua 
interação com o equipamento, bem como as condições ergonômicas que interferem em seu 
desempenho. Algumas das características que devem ser observadas são: a instrução, a 
deficiência de infraestrutura, aplicação de comandos, a manutenção, a deficiência de 
julgamento diante de um problema, a coordenação de equipe, o gerenciamento de recursos, o 
planejamento estratégico, o pessoal de apoio, o esquecimento (lapsos de memória), além da 
pouca experiência, indisciplina, dentre outros (CENIPA, 2010). 
A complexidade dos artefatos tecnológicos também se torna uma ameaça à 
efetividade funcional e a manutenção do bem-estar do homem. Para que realmente se tenha 
uma evolução nos equipamentos e máquinas é necessário que ocorra conscientização de que 
elas devem ser feitas de acordo com a necessidade humana. Outro aspecto que é preciso ser 
levado em consideração no desenvolvimento tecnológico é o nível comportamental do 
homem, em conformidade com sua capacidade de memorização a curto, médio e longo prazo, 
a intuição, a habilidade de fazer cálculos mentais simples, complexos e sua capacidade de 
reconhecimento de padrões ao se projetar novos sistemas científicos (Schimitt, 2010; Vicente, 
2005). 
O design ergonômico dos equipamentos no ambiente de trabalho deve ser capaz 
de minimizar a necessidade de pensamento criativo com o objetivo de que os profissionais 
possam apresentar desempenho satisfatório em situações corriqueiras ou mesmo de 
emergência, ou seja, eles devem proporcionar uma rápida identificação e adequado controle 
situacional (Schimitt, 2010). 
O desempenho humano e os fatores interferentes gerados por características 
individuais e a própria performance profissional demonstram que as pessoas não são iguais 
apresentando rendimentos e capacidades variáveis. Há significativas desigualdades no 
desempenho e produção em condições funcionais semelhantes. As diferenças são observadas 
por meio comparativo na desenvoltura em relação a outros que executam a mesma função, 
tanto em tempo real, como em tempos diferentes. 
Os fatores relacionados ao ambiente de trabalho e o desenvolvimento técnico de 
todos aqueles fazem parte de uma equipe e é influenciado amplamente por um conjunto de 
fatores que vão além de controle pessoal, observando as condições que são criadas pelo 
próprioambiente e empregador (OACI, 2002). O erro humano pode advir em decorrência de 
ações planejadas ou ocasionais que podem ser caracterizadas por deslizes, lapsos e erros de 
dependendo e no grau de intencionalidade que os originam. 
Os deslizes são ações involuntárias resultado da falta de atenção adequada 
decorrente de distrações decorrente de um descuido ou ações inoportunas. Os lapsos são 
atitudes não intencionais causadas por falhas de memória decorrente de uma falta de atenção, 
desorientação espacial ou omissão de reações previstas. Os erros são decorrentes de atitudes 
intencionais oriundas de uma análise ruim de um projeto, sem qualquer decisão determinada 
em infringir regras estabelecidas ou diretrizes pré-estabelecidas (OACI, 2002). 
A gestão da equipe de trabalho é um elemento importante o qual poderá colaborar 
desfavoravelmente na atuação do profissional caso o mesmo não seja orientado em suas ações 
de modo adequado. O gestor necessita de um treinamento que se adeque as necessidades da 
atividade exercida junto aos membros de sua equipe, a falha de coordenação pode gerar um 
risco significativo para ao grupo de trabalho gerando assim, condições estressantes, o que 
desenvolve ruídos na comunicação, consequentemente a diminuição do intercâmbio de 
informações que resulta em erros em função de decisões e escolhas equivocadas e gera 
dificuldades na correção de desvios e conflitos emocionais. 
Analisar os riscos relacionados com a falha na coordenação de equipe, o CRM 
(Gerenciamento dos Recursos de Pessoas) tem sido tema de estudo, fortalecimento e 
desenvolvimento adotado pela maioria das empresas (OACI, 2002). Inicialmente introduzido 
pela NASA – Agência Espacial Americana, pauta-se principalmente nos erros de 
comunicação interpessoal, tomadas de decisão desacertadas e sem coordenação com outros 
membros da equipe, como também, a falta de técnicas ou habilidades de liderança entre os 
envolvidos na ação (Kanki, 1995). A carga de trabalho é um dos fatores relevantes na redução 
da capacidade e desempenho funcional, pois ela determina a quantidade de produção esperada 
pelo empregador o que implica em desgaste físico e mental ao trabalhador. 
Tal conceito corresponde ao compartilhamento de conhecimentos e informações, 
a adoção de práticas para a redução de incidentes e erros. O conceito de CRM envolve em 
sua essência a consciência situacional, a coordenação entre as pessoas envolvidas em uma 
tarefa qualquer, considerando a comunicação, a tomada de decisão, o gerenciamento de 
tarefas e o planejamento da ação a ser implementada. Este conceito é válido em inúmeras 
organizações importantes na sociedade como militares, nucleares, petrolíferas, hospitalares, e 
apresenta um doutrinamento na interação mútua entre integrantes das operações de uma 
organização (West, 2012). 
Em seus aspectos práticos o CRM aborda componentes elementares como a 
comunicação, técnicas de liderança, tomada de decisão, consciência situacional, 
monitoramento da atividade, cruzamentos de informações e o discernimento da limitação 
individual. No caso da implementação do CRM na aviação ocorreu uma redução de 70% nos 
indicativos de incidentes e acidentes, principalmente em virtude do entendimento correto das 
equipes envolvidas com a segurança e o gerenciamento de erros. Neste sentido, é importante 
que se imprima esforços no intuito de que se ampliem estudos e pesquisas com a intenção de 
que novos erros sejam evitados, a cultura de comunicação e coordenação eficiente sejam 
incorporados na rotina de toda a equipe tendo como resultados uma prática operacional mais 
eficiente (West, 2012). 
Um aspecto que deve ser também observado é o excesso da carga de trabalho 
gerada em virtude de uma tarefa ou uma série delas conjuntamente a sobreposição da 
capacidade mental do sujeito, que inevitavelmente prejudicará seu desempenho. A capacidade 
de absorção e produção funcional do homem pode variar ao longo do tempo, ao se levar em 
consideração o excesso de responsabilidade sujeita a interferências estressantes. Pessoas 
sobrecarregadas podem acabar negligenciando determinadas etapas em suas rotinas de 
trabalho afetando assim o seu desempenho, a segurança coletiva e pessoal, ignorando sinais 
óbvios das condições inseguras apresentadas (OACI, 2002). 
Existem inúmeros fatores que interferem no roteiro de um programa de 
treinamento, e pode destacar a fadiga, questões fisiológicas, desconforto psicossocial, 
ansiedade, qualidade de ensino ruim, instruções deficitárias, e comunicação inadequada. Esses 
são fatores que apresentam um grande potencial negativo no desempenho do trabalhador. A 
presença de alguns desses elementos geram implicações para todos que estão ligados ao 
sistema laboral, que inclui todos aqueles que pertencem à equipe funcional, devendo destacar 
os mais próximos a qualquer tipo de operação a ser realizada, pois ficam mais expostos ao 
risco do trabalho a ser executado (OACI, 2002). 
A observação e análise dos Fatores Humanos e sua interação direta e indireta na 
segurança influencia a qualificação da equipe. O fator disciplinar voltado para o 
aprimoramento no desempenho humano visa uma única coisa, reduzir o erro, proporcionar um 
contato e acomodação física e comportamental de modo mais adequado entre homem e a 
máquina. O intuito é aperfeiçoar esta relação de modo que ela se torne cada vez mais 
harmoniosa (Westrum, 1996). 
O fator humano está de modo progressivo contribuindo através dos estudos na 
ampliação do seu desenvolvimento técnico, aumentando a segurança no ambiente de trabalho 
que de modo geral apresenta-se como um sistema complexo devido às limitações humanas 
que por vezes são previsíveis. Os resultados obtidos nos estudos geram aplicações práticas 
que permitam lidar de modo mais adequado com o erro humano, que se antecipa, ou seja, 
identifica-se ele antes mesmo de seu acontecimento o que acaba por gerar procedimentos 
preventivos no intuito de evitá-lo de modo que não afete a segurança da equipe de trabalho 
(PUCRS, 2004). 
Alguns desses fatores são ligados diretamente ao sujeito e de modo simultâneo as 
pessoas que compõem um sistema laborativo. Todos eles são fatores importantes e mostram 
um grande potencial podendo conduzir as pessoas a cometerem erros durante a realização de 
tarefas simples e/ou complexas, alterando assim o seu desempenho, o que pode gerar um 
incidente ou acidente no ambiente de trabalho. É preciso que os fatores relacionados ao risco 
sejam mitigados no intuito de que as operações se tornem mais seguras o que 
consequentemente irá gerar uma maior segurança e consequentemente uma maior elevação da 
moral de toda a equipe envolvida naquela ação (OACI, 2002). 
É importante lembrar que segurança de qualquer operação laborativa é o estado ao 
qual o risco de dano material, físico ou psicológico se reduz e se mantém em níveis aceitáveis 
através de um processo contínuo de gerenciamento do mesmo, sendo assim, é necessário que 
haja rotineiramente estudos dos fatores que possam gerar as situações de risco em qualquer 
ambiente seja laborativo, seja social ou profissional (ICA 63-21, 2009). 
 
4.2 O GERENCIAMENTO DE RISCOS 
 
Todas as atividades laborativas tem por natureza envolverem a aceitação de riscos 
e o desenvolvimento de mecanismos que se considera de alto padrão no intuíto de prevenir 
qualquer tipo de acidente. Assim, é importante que se desenvolva em qualquer empresa 
gerências que atendam a essas necessidades. Com a evolução tecno-social do século XXI o 
fator humano foi estudado exaustivamente com o objetivo claro de se atingir níveis de 
excelência no quesito segurança no ambiente de trabalho buscando produzir um ambiente 
perfeito, com zero risco de acidentes. 
Diversas foram às teorias desenvolvidas nas últimas décadas e neste início de milênio, 
tendo como matriz propulsora a percepção do erro como sendo algo admissível naestrutura 
do sistema laborativo. Estes sistemas se tornam cada vez mais seguros e consequentemente 
difíceis de encontrar falhas que acabaram por se tornar um novo problema para quem trabalha 
com prevenção, pois, o risco mudou e para isso, deve-se conhecer melhor a sua transformação 
(Amalberti, 2007). Uma grande mudança no exercício da gestão da segurança foi que seu foco 
sai da exclusividade do sujeito e passa a ser um objeto público de sobrevivência econômica. O 
entendimento, o reconhecimento e antecipação do risco, desvios, transgressões e o 
desenvolvimento de normativas sistêmicas bem como a aceitação do risco pelo operador no 
contexto atual de sua atividade permeia este novo entendimento. 
Este entendimento passa a ser uma nova forma de regulação e pode ser decorrido 
de profundo conflito logístico entre a produção e a segurança. Os riscos e desvios normativos 
por vezes não são identificados somente de modo negativo e nem se trata por vezes de 
eliminá-los, mas sim, em desenvolver métodos e/ou dispositivos que ajustem sua regulação. O 
desafio da segurança esta integrada na evolução dos trabalhadores quanto ao seu 
desenvolvimento mental, no sentido da neutralidade do risco e sua aceitação de modo a 
dominar as falhas de maneira razoável (Amalberti, 2007). 
Pode-se compreender o risco como sendo um condicionante que aumenta ou 
diminui seu potencial de perdas materiais e humanas. Sua existência dá-se em função de sua 
incerteza, do acidental e da vontade humana, podendo apenas evitá-lo ou reduzi-lo a níveis 
aceitáveis através de seu gerenciamento. Ele se difere do perigo, que é condição, objeto ou 
atividade que causa agravo às pessoas, prejuízos patrimoniais ou redução da habilidade de 
exercer uma função, assim basta que ocorra compreensão de sua origem, e o porquê de sua 
existência na empresa (Brasiliano, 2012). 
Na análise do risco é evidenciado sua probabilidade e seus prejuízos. O controle 
eficiente do mesmo, através de um bom gerenciamento, deve levar em conta ganhos e perdas 
de custeio mantendo-o em níveis aceitáveis. Este gerenciamento não é responsabilidade 
exclusiva da administração, mas sim, de toda a equipe de trabalho, pois, a prática e o controle 
é que irão assegurar a segurança do grupo, mas é a cultura organizacional e a produção de 
relatórios de acidentes e incidentes produzidos pela falta de segurança que fundamentam todo 
o sistema de bem estar (Brasiliano, 2012; PUCRS, 2004). 
É relevante destacar que os níveis de ligação de qualquer sistema corporativo 
(gerência, coordenação, diretoria, dentre outros) representam um importante aporte para a 
segurança por meio de ações independentes. O gerenciamento do risco propõe que algumas de 
suas fases tanto na concepção, no objetivo ou identificação de perigos, seja levado em 
consideração, apontando em qual momento eles se constituem de fato uma ameaça ou uma 
condição de perigo. A avaliação dos riscos e a análise do perigo é um fator de grande 
relevância para a sua gestão, onde valores e níveis são levados em consideração na adoção de 
ações corretivas às quais em algum momento irão atuar e seu caráter corretivo devendo 
contribuir para que todos se envolvam neste sentido (Magalhães, 1997). 
Em todo o processo de gestão do risco a análise, a identificação, e controle do 
mesmo são feito pelas empresas de um modo geral, busca atingir amplos resultados, observa 
que a segurança plena é algo passageiro e o que se consegue é uma coordenação razoável nas 
operações de modo a que se atinja um nível aceito. Para isso, é necessária que ocorra uma 
integração perfeita entre os trabalhadores, em que o foco se mantenha na ação empreendida 
em sua atividade a ser executada. O treinamento que cada integrante da empresa faz é 
necessário para que cada um deles cumpra seu papel com uma maior excelência obtendo 
assim, a manutenção da segurança. Se o planejamento é cumprido a rigor em conformidade 
com o que determina a empresa, se o enquadramento funcional é adota e os métodos de 
aplicação são implantados de modo sagaz e competente, os perigos e riscos associados a 
qualquer função na empresa poderá ser controlado e minimizado (PUCRS, 2004). 
 
4.3 O HOMEM, O ERRO E SUAS AÇÕES 
 
O Homem é um produtor compulsivo de erro, por mais que ele tente se prevenir 
em relação a eles esta é uma característica que permeia sua história. Vítima e algoz de si 
mesmo ele produz inúmeras situações que podem gerar várias vítimas. Explicar esses 
comportamentos analistas consideram o erro humano como sendo algo fundamentado em 
necessidades cognitivas, perceptuais e fisiológicas das pessoas como um todo. Existem 
estudos que apontam a relação dos acidentes com as condições apresentadas em seu local de 
trabalho (César Machado, 2014). 
A execução correta de ações erradas geram situações de perigo consciente ou não, 
sua consequência pode gerar situações de acidente ou incidente com resultados que poderão 
gerar perdas materiais ou pessoais. Os erros são possibilidades decorrentes da missão 
efetivada compostas de componentes como a exaustão, a fadiga, a motivação dentre outros. 
Pode ser caracterizado por aspectos causais face ao erro humano, a partir de aspectos 
organizacionais de uma empresa, na falha da comunicação interpessoal, no controle e 
entendimento do que seja saudável ou não, de seu estado emocional, em fim existirá uma 
gama muito grande de situações que poderá demonstrar esta situação. 
Pessoas menos comprometidas com determinadas tarefas, por mais simplórias que 
possam parecer, estão expostas a uma possível falha e consequente erro na execução da 
mesma de modo correto, porém, efetivada de modo impressivo. Mesmo imbuídas de boa 
vontade precisão e técnica, qualquer que seja ação executada estará sempre exposta a erros e 
falhas latentes. Deste modo, qualquer profissional nas mais diversas áreas de ação, por mais 
qualificados que sejam estarão sempre expostos a algum tipo de risco e consequentemente 
envolvidos em algum tipo de acidente que poderá ser maior ou de menor intensidade. 
Algumas atividades apresentam maior exposição ao erro e a prevenção é a melhor 
alternativa para se equacionar esse desequilíbrio funcional. A identificação da falha é o 
primeiro passo no intuito de interrompê-lo, a observação é parte importante no sentido de 
minimizar o problema, gerando dados que possam apontar novas ações que visem prevenir e 
bloquear o acidente. A confiabilidade e a segurança na execução de qualquer ação aumenta a 
partir de algumas medidas por vezes simples, mas que garantem a segurança do exercício 
funcional. Mesmo que ocorra o crescimento de qualquer operação laboral, a adoção de 
mecanismos eficientes de análise de dados tornam-se esses tipos de acontecimentos menos 
frequentes (OACI, 2008). 
O aumento da credibilidade, bem como, a confiabilidade no exercício profissional 
cria um sistema de gestão que passa a serem incorporados em qualquer instituição de modo 
contínuo. Os dados produzidos pela análise da rotina operacional, bem como o 
desenvolvimento de uma cultura de prevenção aumenta significativamente o nível de 
segurança e gera importantes e significativos saldos positivos para as atividades funcionais. 
Há falha humana, os acidentes e seus indicativos, apontam que o desempenho do sujeito em 
qualquer atividade gera indícios significativos na segurança de qualquer atividade. O erro é 
indício de estagnação do progresso logístico de um sistema gerencial. A qualidade da 
segurança depende basicamente de sua análise. 
Por traz de qualquer eventualidade social, por mais insignificante que ela venha a 
ser, o fator desencadeante da mesma esta alicerçado na ação humana. A fatalidade e o sinistro 
são em grande parte resultado da intervenção direta do homem no meio. Mesmo sendo a parte 
mais valiosa e produtiva da organização ele com seu comportamento afeta diretamente a 
corporação a qual ele pertence(OACI, 2008). 
 A tecnologia desenvolve-se a partir de fundamentos complexos com o objetivo 
de atender as necessidades sociais e o homem a partir de suas características racionais adapta-
se mesmo que de modo lento, porém progressivo a qualquer situação, o que o faz um ser 
diferenciado dos outros mesmo estando em seu Estado de Natureza. A razão propicia a ele o 
desenvolvimento com propostas criativas. Produz e reestrutura o meio e os equipamentos em 
um sistema de gestão operacional de organização a que ele pertence. Suas limitações 
biopsicossociais poderão influenciar negativamente outras ações neutralizando ou ampliando 
mecanismos e sistemas que visem controlar de modo antecipado o acidente. 
Na análise estatística dos fatores contribuintes em um acidente, os resultados 
ligados ao homem, como fator desencadeante, normalmente são decorrentes da falha no 
julgamento, na supervisão, no planejamento dos aspectos psicológicos e indisciplinares na 
execução de uma ação. É importante destacar os fatores contribuintes observando que estes 
quase sempre não atuam isoladamente, mas sempre concatenados um ao outro produzindo 
efeitos nocivos a aqueles envolvidos em sua missão (COMAER, 2010). 
 
O erro humano apresenta uma relação causal ou um fator que contribui para isso nas 
ocorrências [...] Esses erros são praticados por sujeitos saudáveis, qualificados, por 
vezes experientes e bem equipados. De fato, ao se examinar o erro humano, 
evidencia-se que todos o cometem. É importante salientar que o erro não é resultado 
de um comportamento desordenado, porém é um subproduto natural encontrado em 
praticamente todos os esforços humanos (César Machado, 2014; p.47). 
 
Os erros por vezes trazem uma característica de intencionalidade, provenientes de 
ações involuntárias ou resultantes da falta de atenção, devaneios inoportunos quase sempre 
sequenciados. Os lapsos ou falha na memória podem gerar a omissão de ações previstas, 
porém, não cumpridas. A dinâmica intencional, a deficiência de planejamento, ou o ponto 
cego na análise do problema gera acidentes. Os desvios resultantes da infração de regras e 
procedimentos não realizados geram fundamentos determinantes de uma boa regra aplicada 
de modo deficitário. Os condicionamentos operantes geram uma resposta imediata ou uma 
total e absoluta indiferença em uma tomada de decisão racional. Por um lado, os erros 
envolvem deliberações importantes e fundamentais na execução de qualquer atividade, 
podendo adotar uma falha na avaliação, dos modelos e dos métodos vivenciados 
anteriormente (OACI, 2008). 
Violações de normas, erros, equívocos ou falhas técnicas conduzem o trabalhador 
ao acidente. Os procedimentos de prevenção são sedimentados a partir de estudos amplos e 
visa garantir a excelência do equipamento utilizado na empresa. No entanto, por vezes a ação 
implementada se fundamenta em uma falha no julgamento operacional que foi apresentado de 
forma antecipada, neste caso a transgressão ou violação pode ser justificada como não erro, 
observando que a ação implementada resultou em uma situação referente ao ponto cego, ou 
seja, o resultado não fora previsto anteriormente pelos analistas de segurança. Vale lembrar 
que os erros por vezes estão relacionados na análise equivocada de uma ação segura, baseada 
na experiência vivida de práticas operacionais estabelecidas, sem que ocorra a intenção de 
violar ou transgredir nenhuma norma estabelecida (OACI, 2008). 
Esse tipo de prática é também conhecida como erros processuais, que nada mais é 
que lapsos, deslizes na aplicação de procedimentos previstos, mas que por uma pequena falha 
acabam por gerar o acidente ou incidente operacional. Nos erros processuais, existem a 
intenção positiva ou de acerto, mas o que ocorre é uma aplicação deficiente dos 
procedimentos por um, por todos ou por parte da equipe envolvida no procedimento 
operacional. 
A falha na comunicação é um procedimento que fundamentalmente ocorre de 
forma não intencional, mas que constitui um fator importantíssimo na geração de 
inconformidades, pois elas geram interpretações duvidosas ou equivocadas relacionadas a um 
acontecimento ou alerta feito por outro colaborador que constitui a equipe operacional. A 
interpretação equivocada proveniente de uma comunicação deficiente mesmo que não 
apresente intencionalidade traz em seu bojo um indicativo de que algo está errado e deve ser 
corrigido o mais rápido possível. A falta de conhecimento ou habilidade específica, na hora de 
se tomar uma decisão comprometerá a segurança do conjunto operacional; A falha na 
aplicação do regulamento e dos procedimentos previstos é um erro recorrente que se da de 
forma consciente ou por complacência mesmo tendo consciência de que a mesma é uma 
violação (OACI, 2008). 
Neste último quarto de século e início de século XXI o homem mudou 
significativamente o meio em que vive, desenvolvendo mecanismos tecnológicos de 
aproveitamento natural direcionando os resultados para o seu bem viver. A expansão 
tecnológica ocorrida atinge as mais diversas áreas da cadeia produtiva realizadas pelo homem. 
Nesta ampliação e produção de conceitos desenvolvidos neste período, uma perspectiva 
teórica se desenvolve, o behaviorismo e seus estudos nas mais diversas áreas de produção 
incluíram pesquisas estruturais sobre o tempo e o movimento, considerando as práticas e as 
ideais de criação objetivando alcançar melhores resultados na sua realização (César Machado, 
2014; Schultz & Schultz, 2010; Isaac, 1999;). 
A Segunda Guerra Mundial foi um dos marcos divisores na expanção industrial, 
muitos acidentes ocorrem pela necessidade contínua de se garantir melhores resultados diantre 
do conflito instalado. Com o fim da mesma, inúmeras tecnologias oriundas daquele período 
passaram a ser aproveitadas no dia-a-dia da sociedade, mas algumas delas acabam por gerar 
acidentes, alguns equipamentos desenvolvidos com uma perspectiva bélica acabavam por 
gerar acidentes graves. Foi então que se buscou desenvolver estudos na intenção de se obter 
melhores aproveitamentos com menores prejuívos tanto em equipamentos quanto em pessoas. 
As novas tecnologias passaram a ter como objetivo primário maior produção com 
melhor eficiência humana, novos sistemas passam as ser desenvolvidos com o objetivo de 
garantir uma maior acessibilidade a todos operadores funcionais, ou seja, pessoas comuns que 
não detinham uma maior especialisação e conhecimento técnico da área. O objetivo era 
garantir o pleno acesso ao funcionamento do equipamento a ser operacionalisado, o que 
garantiria uma maior interação entre o homem, o ambiente físico e a máquina. O conflito 
acabou por gerar uma nova estruturação no conhecimento voltado aos fatores humanos, os 
acidentes geraram ações preventivas no intuito de adaptar os equipamentos as novas 
necessidades sociais considerando sua estrutura ergonômica, física e biológica (Issac, 1999). 
O design das máquinas e seus controles passam a levar em consideração as 
questões humanas gerando inúmeros benefícios à produção. A definição de risco, bem como 
suas consequências, geram ações preventivas com o objetivo primário de minimizar seus 
efeitos em seu aspecto comercial e operacional. A diversidade conceitual, bem como a 
cultural passa a ser vista por suas inúmeras faces. A maneira como os procedimentos são 
analisados levam em consideração, as hipóteses e a hierarquia das necessidades (Maslow, 
1990; 2005) na obtenção ou preservação do sujeito, reconhecendo os condicionantes sociais e 
sua característica coercitiva o que influencia objetivamente a aceitação do risco a que o 
trabalhador é exposto (Arenosa, 2008; Martins, 2006). 
 
4.4 DA FILOSOFIA OPERACIONAL A OPERACIONALIDADE FUNCIONAL 
 
A dinâmica mundial transformada por aspectos econômicos, tecnológicos sociais 
e culturais faz com que as relações tornem-se cada vez mais diferenciada em todas as esferascoletivas no dia-a-dia e no trabalho. Algumas propostas são objeto de reflexão fase a este 
contexto vivido. Com o intuito dinamizar esta questão são apresentadas dinâmicas 
operacionais feitas a partir de estudos relativos ao comportamento humano. O gerenciamento 
de pessoas e equipamentos atrai a atenção de importantes estudos na intenção de garantir uma 
atividade laborativa tranquila, segura e eficiente. 
O treinamento de pessoal acaba sendo o foco operacional de treinamento que visa 
uma maior eficiência tanto do grupo quanto dos sujeitos. Reduzir os erros acaba sendo 
sinônimo de lucratividade eliminando ou atenuando ao máximo a perda de equipamentos e 
materiais, o afastamento de pessoal por enfermidades e em situações extremas a perda de 
pessoas, por consequência a geração de prejuízos indenizatórios. O desempenho humano e de 
equipe vem sendo cada vez mais valorizado no mercado de avanços tecnológicos atuais, a 
ideia é que se minimize ou maximize ao máximo o rendimento das equipes a partir de uma 
coordenação mais eficiente e que envolva todo o conjunto corporativo. 
A estrutura atual de gestão apresenta maior amplitude com objetivos claros de 
atingir todas as instâncias de produção, da matéria prima à satisfação do cliente. O modelo de 
gestão ultimamente utilizado nos meios de produção propõe a efetiva aplicação de todos os 
recursos disponíveis de pessoas, equipamentos e ideias com o intuito de ampliar sua 
eficiência. Os agentes que suscitam o risco e consequentemente o acidente podem estar 
alojados exatamente em um ponto cego já discutido anteriormente. Os pontos pré-existentes 
como também inconscientes são questões determinantes para que se apresente maior 
eficiência na prevenção, servindo como ponto de partida para ações e caminhos a ser seguidos 
de modo mais seguros, confiáveis e consequentemente eficientes (Pereira, 2004). 
O fator humano é ponto central de controle organizacional, o controle de todo o 
processo produtivo e de execução funcional visa diminuir as falhas relacionadas à operação 
como um todo. O homem diferentemente da máquina é instável e flexível apresentando 
respostas nem sempre planejadas diante de qualquer situação. A ideia é que ele gerencie seus 
comportamentos e através de treinamentos específicos venha obter respostas mais controladas 
no sentido de que se ocorra mais acertos melhorando assim a sua produção face à máquina e 
ao seu interlocutor de equipe. Trocando em miúdos, a ideia é que se adotem medidas 
preventivas contra o próprio operador, ou seja, o homem diante de suas falhas funcionais, 
fazendo assim, uma manutenção contínua do exercício humano em qualquer que seja a 
operação. 
O treinamento acaba induzindo o sujeito a desenvolver uma boa comunicação 
com seu interlocutor biotecnológico. Esta visão é importante no sentido de que todos 
integrantes desde aquele que acaba de se integrar ao grupo como aquele de mais alta 
relevância corporativa, venha a adotar atitudes de cuidado e segurança em toda a organização. 
A ideia é a conscientização de que todos são importantes no conjunto e que assim tenham 
consciência de todo o seu potencial e limites operacionais. 
O especialista de comunicação e segurança desempenha papel importante na 
criação, desenvolvimento e aplicação de programas de gerenciamento operacional no intuito 
de se produzir importante resultados através de dados coletados. A análise de dados provoca o 
que se poderia denominar conjunto de ações reagentes ao erro, que perpassa por várias 
instâncias corporativas. Os conceitos de alerta situacional passam a ser instrumento de 
estratégia na tomada de decisão. A autocrítica diante do erro é uma forma efetiva de 
advertência em virtude do ocorrido e a sua correção gera uma atitude de consciência diante do 
erro ou risco. Modificar estes aspectos passa a ser de responsabilidade do mediador gerencial 
de grupo. 
A insuficiência na análise de dados em níveis hierárquicos mais elevados gera a 
perda de produção, a análise e o direcionamento de todas as variáveis colhidas na corporação 
deverão produzir modelos culturais a serem absorvidos pelo inconsciente coletivo da empresa, 
grupo ou segmento. A falta de compreensão ou falha na comunicação inter ou intragrupal gera 
no grupo indiferença diante da filosofia adotada, ele não se vê como parte, enxerga aquilo 
como sendo do outro e não sua. Ocorrera um descaso, uma falha na interiorização do 
problema, do lapso, do risco produzido, não adota um comportamento como sendo de causa 
própria, apresenta-se um comportamento de invulnerabilidade, observando que o problema 
está lá e não aqui. 
A divisão de autoridade, o compartilhamento de responsabilidades legitima novos 
modelos administrativos, tanto em âmbito corporativo, quanto em âmbito social, a ideia é que 
se desenvolva condutas seguras, considerando o sujeito e suas aptidões para o exercício das 
mais diversas funções operacionais. A incorporação de uma filosofia corporativa é importante 
para que se estabeleça uma comunicação eficiente, dinâmica e que apresente bons resultados. 
A verbalização, os gestos e ações são resultantes de um bom treinamento, o briefing e a 
frequência de procedimentos deve garantir a eficiência sempre evolutiva da manutenção e dos 
procedimentos a serem adotados em cada ação coletiva. O diálogo é algo importante em 
qualquer operação a ser desenvolvida, o respeito, o saber ouvir e dizer eliminam os ruídos da 
comunicação e aguçam ou legitimam os acordos situacionais. 
Os procedimentos e restrições inevitavelmente acarretaram restrições de liberdade 
funcional, eles são o marco regulatório dos fatores humanos em qualquer que seja a função, os 
limites sua incorporação e assimilação gera novas modalidades de condutas e ações, mas em 
nenhum momento a autoridade funcional deverá ser suprimida. A ideia é a redução de riscos, 
acidentes e suas consequências, a oralidade, a comunicação precisa pelos mais diversos meios 
legitima a confiança, geram costumes, reações para que didaticamente se obtenha a atenção e 
a adesão de todos os colaboradores, sem tão pouco descartar o saber ouvir. 
A gestão de todos os recursos operacionais e não operacionais, a incorporação de 
todo o grupo deverá alavancar o nível de confiança, eficiência nos resultados operativos, 
treinamentos contínuos, um canal aberto de comunicação, sem que haja retaliações 
conceituais vão garantir operações seguras e eficientes. A competência capitalista deve 
observar detalhes, levar em consideração o usuário, cliente ou fornecedor. A atenção, a maior 
produção, com amor eficiência faz a diferença, aspectos mercadológicos de consumo resultam 
em sorrisos, pequenos detalhes, mimos ou atenção pode gerar uma fidelização do cliente. Este 
tipo de aspecto contribui para os bons desempenhos empresariais, o feedback do produto pelo 
cliente otimiza a gestão do fator humano na produção. 
Dentro do ciclo de segurança o desenvolvimento de uma cultura passa a gerar a 
solução dos problemas, mas deve-se observar que este costume gera o desenvolvimento de 
novos problemas ainda não previstos. O saber, a pesquisa, a prática social, e a reflexão sobre a 
situação problema gerada nas mais diversas situações, desenvolve o fator cultural e assim, 
desenvolve-se um novo constructo complementando novas perspectivas socioculturais em 
seus aspectos reflexivos, de ações e crenças coletivas. Em suma, a cultura de solução de 
problemas ou erros apresenta efetividade em alguns aspectos, porém, origina novos 
problemas. 
Em âmbito contemporâneo, as novas tecnologias são elementos que agregam 
mecanismos que propiciam a diminuição dos acidentes, solucionando e desenvolvendo novos 
problemas. A microfísica da cultura desenvolve-se a partir da reflexão, implementação e 
transmissão do conhecimento, a partir da qualificação contínua do operador que é construída a 
prática social. A geração do conhecimento transforma o sistemaque consequentemente 
desenvolve novos objetivos, conceitos e técnicas, gerando assim, uma nova cultura (Covello, 
2004). 
A resistência ao novo, à nova concepção tecnológica gera por si só uma 
contracultura. O medo do novo, a resistência ao desconhecido, à oposição que alimenta a 
zona de conforto, que congela e restringe o desenvolvimento social, estagnando o 
conhecimento. A retroalimentação e a resistência em relação do novo que complementa os 
elementos da transformação cultural. Esta contracultura é parte elementar no 
desenvolvimento e transmissão do novo saber, lembrando que a inserção dele gera novas 
representações que perpassam por uma profunda capacidade de compreensão emocional da 
parte envolvida, onde o conhecimento resulta em poder e o poder gera conhecimento. 
A luta pelo poder permeia o saber, por vezes, restringe o seu desenvolvimento, a 
convivência com as falhas e a proximidade do risco gera indiferença a eles, passam a não 
incomodar, arriscam-se na sorte indiferentes ao azar, tudo em função da manutenção dessa 
supremacia. O elemento humano é de extrema valia, mas facilmente influenciável o que em 
alguns momentos afetam negativamente sua epresentação face ao problema e procedimentos, 
suscetíveis ao erro. O seu desempenho é questionável, o treinamento recebido pode apresentar 
falhas resultando em procedimentos inadequados dentro do sistema. 
A seleção e o ingresso do profissional no sistema podem apresentar falhas, suas 
capacidades e limitações que vão da fisiologia, a sua psique bem como as limitações 
apresentadas no ambiente laborativo. A interface homem-máquina pode ser outro aspecto 
intermitente ao erro e as limitações funcionais, o estudo do ambiente, da pessoa, do 
equipamento, e a geração de procedimentos claros criam condições adequadas no ambiente 
funcional. O esforço multidisciplinar, a seleção de informações sobre as limitações do sujeito 
asseguram um aprimoramento de seu funcionamento (Melo, 2004). 
 A comunicação, a forma de linguagem utilizada em toda a organização melhora a 
produção, o trabalho em equipe, eleva o nível de satisfação funcional. Ela é fator 
preponderante no universo corporativo. O ambiente operacional, o treinamento técnico e o 
trabalho em equipe representam a filosofia da empresa onde todos aqueles colaboradores 
envolvidos em qualquer parte do processo produtivo são responsáveis pelo desempenho e 
resultados. Os ruídos na comunicação, a geração de conflitos desnecessários no interior do 
grupo elevam o nível de estresse, de esgotamento mental, por isso, a importância de um bom 
treinamento, um criterioso recrutamento e seleção de pessoas. 
Analisar os recursos disponíveis na empresa enquadra-los em categorias é algo 
importante. A estruturação geral da mesma perpassa em sua essência por pessoas, 
equipamentos, tempo, produção e informação. Neste contexto o erro humano é recorrente, 
produto de seu comportamento, ônus a ser administrado. Toda atividade profissional 
apresenta em seu eixo motriz uma complexidade, uma dinâmica envolvendo as mais diversas 
áreas de conhecimento, a responsabilidade com a segurança e com a mitigação do risco é 
dever de todos. O erro humano permeia à atividade seja ela qual for os sujeitos erram pelo 
simples fato de serem humanos, racionais, instáveis e consequentemente imprevisíveis. 
Em qualquer que seja a área de atuação é bom lembrar que as autoridades, os 
órgãos fiscalizadores tem sua parcela de contribuição em todo o contexto produtivo 
contribuindo de forma significativa no intuito de melhorar o sistema como um todo. Encontrar 
as lideranças ativas e passivas, formais e informais, em seus mais diversos níveis hierárquicos 
funcionais é um recurso relevante no desempenho técnico da estrutura funcional, em que a 
observação dos mecanismos de comunicação interpessoal geram recursos importantes no 
intuito de se criar um ambiente saudável e eficiente para todos aqueles que o compõem o 
grupo. 
As falhas apresentadas na comunicação podem se alicerçar no modo como são 
aplicados os treinamentos e para onde estão voltadas as atenções, como por exemplo, para um 
único grupo e não para toda a corporação em relação a utilização de uma linguagem nem 
sempre acessível a todos que é equidistante da realidade. Também a desconsideração da 
cultura estabelecida, a resistência empreendida pela equipe como forma de proteção coletiva, 
dado o entendimento de que poderá estar ocorrendo à modificação da representação social do 
grupo como um todo. 
O foco direcionado a natureza psicológica do sujeito cria um modo específico 
situacional, a ideia é adequar o treinamento técnico à cultura organizacional do grupo em 
questão. Esta integração permite que qualquer programa a ser implementado atenda e atinja a 
todos aqueles que estão envolvidos. Um fato a ser levado em consideração é de que a 
aplicação e a prática de novos conceitos institucionais devem atender as necessidades de cada 
situação ou setor corporativo. O comportamento deve e pode interferir no desempenho e 
agregar o risco da operação seja ela qual for, por isso, a necessidade contínua de análise e 
revisão dos procedimentos que poderá ser feito a partir de um checklist operacional. 
Avançando neste sistema de comunicação funcional, a cultura como já foi dito, 
tem papel de destaque no contexto global da empresa ou função exercida. Considerar que o 
erro existe independentemente do treinamento aplicado. Observar o desempenho do grupo 
corporativo, a prática de briefings e debriefings em todo o conjunto que se interage, a 
influência da pressão por resultados e a consequente fadiga e estresse funcional que 
modificam o comportamento tanto individual como coletivo é algo importante dentro do 
contexto, como também o estímulo à disciplina operacional de procedimentos escritos e 
validados pela empresa. A assimilação conceitual de mecanismos de segurança considerados 
universais como a política de não punição ao erro, mas sim, o estímulo, o reforço ao não erro, 
ou seja, desenvolver uma cultura de prevenção. 
Outros aspectos devem também ser levados em consideração como equipes 
disciplinares justas com características democráticas, relatórios de confidencialidade sobre os 
erros observando que estes, mesmo que pessoais, são fatores inevitáveis no conjunto 
produtivo sem que isso acarrete em punições ostensivas, garantindo uma relação de confiança 
reciproca entre a corporação e funcionário, ou seja, uma união bem estruturada de todo o 
grupo. O treinamento e a simulação, bem como o estímulo ao acerto e a geração de alertas 
situacionais no trabalho em equipe minimizará significativamente o nível de estresse a eles 
impostos diante de vários cenários ou situações apresentadas. 
O estudo sobre as ameaças podem aumentar o nível situacional de segurança, 
devendo atingir todos os níveis corporativos incluindo a atividade final em si. O envolvimento 
de todos os funcionários é fundamental para o sucesso do programa de prevenção a ser 
desenvolvida, considerando as limitações individuais de cada um contribuindo com o 
aprimoramento do meio ambiente laborativo da empresa, garantindo maior eficiência em toda 
cadeia produtiva. 
A culpa e o erro andam juntos, o erro pode estar alojado em qualquer estágio da 
produção esperando apenas um pequeno deslize do operador para que o sinistro se instale. 
Alguns enxergam a regulamentação e as normas como sendo algo a ser seguido pelo outro e 
não por si mesmo. A consequência disso, é que, pela experiência ou pela soberba ele esta 
muito mais sucinto ao acidente do que aquele novato inexperiente que se encontra com todos 
os níveis de atenção elevados. Mas o que importa mesmo, não é quem cometeu o erro, mas 
sim, por que ele foi cometido, o intuito é conscientizar as pessoas diante de qualquer sistema 
que apresenta complexidade e dinâmica própria, por consequência um risco eminente. 
 
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