Buscar

ad2 estagio 2

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 5 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
CURSO DE LICENCIATURA 
 
AD2
 ESTÁGIO SUPERVISIONADO II
ALUNO: Daniel Ferreira Marques dos Santos
PÓLO: Miguel Pereira
CURSO: História
Caso escolhido:
Caso II
Um aluno após sofrer bullying constantemente em sua escola agride um colega em
sala. O professor da turma pede para que os envolvidos se retirem e os encaminha a
coordenação, enquanto a turma assiste a tudo eufórica. Após a confusão ele volta a
sala de aula e retoma a sua preleção ameaçando os(as) demais aluno(as) presentes
com a mesma punição caso a ordem não se reestabeleça. Com a ordem reestabelecida
a aula foi concluída tal qual programada anteriormente.
Introdução
O bullyng em sala de aula, excetuando a desistência da escola por fatores socio-econômicos, é talvez a maior causa de evasão escolar nos tempos atuais. Não falamos exclusivamente da ausência do aluno propriamente dita do ambiente escolar, mas também de uma “ausência psicológica” onde o discente – mesmo presente em sala – acaba por não conseguir reter conhecimento e se isola da comunidade escolar.
Observamos no Brasil uma progressão das taxas de alunos vítimas de bullyng sem que haja um plano governamental – e executável com vontade política – de combate a essa chaga que começa a destruir cada vez mais o sistema escolar brasieiro, já tão precário. Além disso, nunca podemos perder de vista as alarmentes taxas de suicídio devido ao bullyng entre adolescentes – principalemnte – que explodem através do mundo e no Brasil, tornando esse caso como de saúde pública.
	
É dever do professor coibir ao presenciar tal agressão ao aluno ou mesmo ter ciência de tal fato estar acontecendo fora de sua observação. Para isso, deve utilizar os mecanismos que tem em mãos na sua escola e ser peça chave no enfrentamento desse problema.
Fundamentação Teórica
	
Para Fante (2005) o bullyng é um problema que envolve escolas de todo o mundo, se caraterizando pela agressão física e/ou psicológica ocorrida de maneira sistemática em um aluno que se torna alvo desse tipo de comportamento, que ocorre sem provocação do mesmo e causando na vítima sérios danos psicológicos, em uma clara relação de poder entre o opressor e o oprimido.
Ainda segundo a autora, esse fenômeno ocorre há gerações sendo que somente na década de 70 começou-se a se tratar seriamente desse tema na Suécia, quando tal matéria atraiu grande atenção por parte da comunidade escolar. 
Temos uma também definição mais detalhada do que seria bullyng na conceituação de Pereira (2002):
Agressividade/Bullying são comportamento agressivo de intimidação e que apresenta um conjunto de características comuns, entre as quais se identificam varias estratégias de intimidação do outro e que resulta em praticas violentas exercida por um grupo ou individual. Além dos termos utilizados podem se classificar também como,
agredir, vitimar, violentar, maltratar, humilhar, intimidar, assédio sexual ou abusos, e entre crianças fazer mal, chatear, pegar no pé (PEREIRA, 2002, p.24).
As afirmações de Fante (2005) acima mencionadas são confirmadas pela experiência que observamos nas escolas brasileiras onde - em outros tempos – eram normais agressões físicas e psicológicas em alunos sem que houvesse um esforço para um enfrentamento de professores e diretores em relação a esse problema.
Banalizou-se então o comportamento de alunos que atacavam outros pelos mais variados motivos, seja pela aparência física – por meio de apelidos – ou por uma relação de poder que satisfaz determinado aluno oprimir o outro pela satisfação de obter um prestígio disforme entre seus pares e em relação ao seu ego.
Suas vítimas quse sempre se calam pela vergonha que sente em compartilhar tal situação com professores e diretores ou mesmo temendo represárias no meio estudantil, formando então um ciclo sem fim de invisibilidade do problema e a consequente falta de resolução do problema.
Por ser na escola o local em que o indivíduo experimenta pela primeira vez em ser primeiros anos a convivência com o outro e sendo esses anos fundamentais para o seu desenvolvimento quando adulto, o bullyng é ainda mais pernicioso, pois o aluno que é vitimado carregará para sempre as marcas de suas cicatrizes psicológicas e o agressor, por não ser contido, tenderá a repetir esse comportamento quando adulto como nos ensina Fante (2005):
Para os agressores, ocorre o distanciamento e a falta de adaptação aos objetivos escolares, à supervalorização da violência como forma de obtenção de poder. Crianças que repetem atos de intolerância e de violência para com o outro podem estar sendo reforçadas pelos pais, que as veem positivamente como espertas, machões, bonzões, ou por grupos que usam a intolerância, a discriminação e a
violência como meios de expressão e de afirmação da identidade narcísica. Admite-se que os que praticam o bullying têm grande probabilidade de se tornarem adultos com comportamentos antissociais e/ou violentos, podendo vir a adotar, inclusive, atitudes delinquentes e criminosas (FANTE, 2005 p.81).
 
Assim sendo, verificamos ainda que esse problema vai além do ambiente escolar, contaminando toda a sociedade em todos os seus niveis como novamente é explicado por Fante (2005):
Seja a propriedade de causar “traumas” ao psiquismo de suas vítimas e envolvidos. Possui ainda a propriedade de ser reconhecido em vários outros contextos, além do escolar: nas famílias, nas forças armadas, nos locais de trabalho (denominado de assédio moral), nos asilos de idosos, nas prisões, nos condomínios residenciais, enfim onde existem relações interpessoais (FANTE, 2005, p.179).
Somente em anos recentes, dada a esposição exponencial de casos de suicídio e depressão profunda a que foram aflingidos essas vitímas, que o assunto no Brasil se tornou tema corriqueiro, atraindo a atenção da mídia e de pesquisadores e autores que se dedicaram a tratar do tema.
Diante desse quadro, urge que o professor seja um agente de mudança dessa situação agindo de maneira proativa, diminuindo os conflitos, os denunciando para a direção, ensinando as noções de empatia, respeito, diversidade e solidariedade para com o próximo e, principalmente, para o diferente.
Para isso então é necessário normatizar uma metologia para o combate ao bullyng através de estudos e pesquisas que demonstram de maneira clara uma eficiência nesse enfrentamento. 
O próprio professor no estudo de caso proposto agiu de maneira correta ao afastar os alunos envolvidos no problema de sala de aula e encaminhá-los a direção, porém a questão da turma ter ficado “eufórica” demandaria do discente uma interrupção da aula dada e um debate e reflexão sobre o que tinha acontecido, de modo a despertar nos alunos o senso crítico sobre o acontecimento e levantar questões em relação, como dito acima, baseadas na empatia e respeito pelo próximo.
Somente a ameaça de punição aos demais alunos, como demonstrado no caso, ainda que surta o efeito de curto prazo em manter a ordem na sala de aula, não possui o efeito concientizador que uma discussão sobre o que tinha acabado de ocorrer não é o bastante para evitar que tal situação ocorra novamente.
Considerações Finais
	
	Como demonstrado, o bullyng além de atrapalhar o aprendizado dos alunos e provocar danos irreparáveis em sua vida social e escolar, vai além do ambiente da escola e alcança todos os níveis da sociedade se não for satisfatoriamente controlado e eliminado. Tal problema é de tal ordem pernicioso que mais tarde, atravessando os muros da escola, tem o agravante de serem casos de saúde pública, violência, preconceito e demais problemas sociais que o Brasil, infelizmente, enfrenta em números alarmantes.
	O aluno que carrega essa marca como vítima e o próprio agressor, ao não serem concientizados na sua formação escolar, onde aprendem a conviver em sociedade e tem contado com um o diferente e com outras visões de mundo, verdadeiramente formando sua personalidade para a vida adulta, tenderão a repetir esse comportamentoseja como vítima ou agressor, e causarão danos ao tecido social da comunidade em que vivem.
	Portanto cabe ao professor conter o bullyng, ser um instrumento da mudança. O discente precisa ler sobre o tema, traçar estratégias para esse enfrentamento no seu cotidiano em sala de aula e principalmente ter a consciência da gravidade do problema. 
Referências Bibliográficas
FANTE, C. Fenômeno Bullying: como prevenir a violência nas escolas e educar para a paz (2a ed.). Campinas: Verus. 2005.
PEREIRA, Beatriz Oliveira, Para uma escola sem violência – estudo e prevenção
das práticas agressivas entre crianças. Lisboa: Dinalivro. 2002.

Continue navegando