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- -1
História da Logística Mundial e a 
Logística no Brasil
Alessandra Conceição do Nascimento
Introdução
Você sabe o que é Logística? E o que ela representa? Você sabia que ela está presente em nossas atividades
diárias? Não?! Pois bem, vamos usar um exemplo: se vamos a um shopping comprar uma caneta, todo o caminho
que esse objeto percorreu até chegar nas mãos do consumidor final teve o envolvimento da Logística no
processo. A globalização e a alta competitividade entre as empresas fizeram surgir um novo conceito: a Logística
empresarial, que nasce da importância de se reduzir custos nas empresas e no atendimento das necessidades
dos clientes. Para atender a essas novas demandas associadas à competitividade, entram a eficiência e a eficácia
como ferramentas capazes de auxiliar a empresa a conseguir atingir suas metas. Ao longo deste tema, vamos
estudar o conceito de Logística e compreender como ela está presente em nossas atividades diárias.
Ao final desta aula, você será capaz de:
• interpretar fatores históricos importantes para a evolução do setor de Logística;
• identificar as oportunidades e ameaças da Logística no Brasil.
A História da Logística
A realização de atividades que compreendem movimentação e armazenagem de produtos e mercadorias não é
algo novo. Durante as duas décadas posteriores à Segunda Guerra Mundial, ocorreram mudanças nas condições
econômicas e tecnológicas que favoreceram o desenvolvimento da Logística.
•
•
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Figura 1 - Logística e os transportes
Fonte: Gallery, 2018.
Também se percebeu o aumento dos custos e uma maior demanda por produtos, com aumento de custos de
armazenamento e transportes, relacionados à Logística, a partir da distribuição e gestão de inventários.
O desenvolvimento histórico da Logística Empresarial, segundo Ballou (2012) se divide em três fases: antes de
1950; de 1950 a 1970 e após 1970.
Fase 1: antes de 1950
Nesta fase, o transporte era comandado pela produção, o estoque era responsabilidade do marketing, finanças
ou produção; o processamento de pedidos era controlado pelo setor de finanças ou vendas. Essas divisões
geravam conflitos. Na fase 1, as funções de distribuição estavam incluídas dentro da área de marketing, mesmo
que sua devida importância ainda não fosse reconhecida como é atualmente.
- -3
Figura 2 - Transporte, estoque e processamento de pedidos
Fonte: Gallery, 2018.
Segundo Ballou (2012, p. 29), “A atividade logística na Segunda Guerra Mundial foi o início para muitos dos
conceitos logísticos utilizados atualmente”. Ele também observa que a influência das atividades logísticas se
fixou nas empresas e cita que já em 1945 algumas empresas do setor alimentício haviam colocado uma gerência
especializada em transporte e armazenagem.
Fase 2: 1950 – 1970: conceito de Custo Total
Entre 1950- 1960 foi a época em que se desenvolveu o pensamento administrativo na área da Logística. O
marketing estava estabelecido e surgiam as discussões sobre a subestimação da área de distribuição logística. É
nessa época que surgem os primeiros estudos sobre custos de frete a partir do papel que desempenha o
transporte aéreo na distribuição física, e surge o conceito de Custo Total, que se mostrou peça-chave para o
desenvolvimento da Logística. 
Ainda nessa fase, fatores como os processos migratórios dos consumidores das cidades e a redução de custos de
transportes são observados. A demanda dos consumidores por maior variedade de produtos proporciona o
desenvolvimento de estratégias de diferenciação de produtos. Nascem os grandes centros de distribuição e a
melhoria dos serviços de entrega. Surge a Informatização nas empresas, a partir do progresso na tecnologia,
permitindo a melhoria da gestão dos sistemas logísticos.
Fase 3: 1980 até os anos 90
É neste período que a Logística entra na fase da semi-maturidade, demonstrando a necessidade de aumentar a
produtividade, a partir da competição dos mercados com escassez de matérias primas de boa qualidade.
Ocorre a crise do petróleo de 1973 e os aumentos dos preços do barril do produto, quadruplicando em sete anos.
A inflação e a recessão ditam os rumos da economia, apontando para a necessidade estratégica da redução de
custos e o aumento da produtividade. É nesse momento que surge a Logística Integrada, campo que alcança da
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custos e o aumento da produtividade. É nesse momento que surge a Logística Integrada, campo que alcança da
gestão de mercadorias, distribuição, incremento na competitividade e melhor eficiência nos fluxos dos produtos
da informação e segue até hoje, com maior protagonismo.
Uma nova visão sobre a cadeia de suprimentos: Supply 
chain Management
A integração da cadeia de suprimentos segue de modo contínuo. Com a exigência dos mercados a partir da
dinâmica econômica imposta pela globalização e acirramento da concorrência, tem início um processo de
integração estratégica que vai atuar em toda a cadeia de suprimento, desde os fornecedores, produção, varejo,
até o cliente final.
Em Novaes (2007) essa nova maneira de se compreender a Logística é apresentada. Segundo o autor, as
empresas passam a ter uma visão estratégica sobre a Logística, focalizando nos procedimentos logísticos e
buscando soluções na Logística para ganhar competitividade. Essa nova visão sobre a Logística como
diferenciador se chamou .Supply chain Management
O surgimento do conceito de Logística
A Logística é a área da Gestão responsável por prover a empresa por meio de insumos, tais como equipamentos,
matérias-primas, informações e todos os recursos necessários para a realização das atividades. Ao serem
transformados via processo produtivo, são distribuídos para os consumidores de forma otimizada, implicando
em redução de custos e tempo.
A partir da evolução do pensamento administrativo, o conceito de Logística foi se inovando ao longo do tempo.
Larrañaga (2016, p. 197), entende que a Logística é:
[...] o processo de gestão estratégica de compras, movimentação e armazenagem de materiais, peças
e produtos terminados (e a informação com eles relacionada) por meio da organização e seus canais
de marketing de tal forma que a lucratividade corrente e futura seja maximizada, por meio do
atendimento eficiente dos pedidos (p.197).
EXEMPLO
A empresa multinacional de Cosméticos, produtos de higiene e perfumaria, Natura, é exemplo
de Logística integrada. Com 38 anos de mercado e líder no mercado nacional, seu fluxo
logístico ocorre de forma direta e personalizada, por meio de venda direta, via catálogo e com
distribuição direta ao consumidor, mais especificamente, as suas consultoras. A multinacional
realiza planejamento estratégico de sua produção via captação de pedidos, com controle na
distribuição.
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O CSCMP se define como uma entidade empresarial sem fins lucrativos cuja finalidade é melhorar o
desenvolvimento das profissões de Logística e gestão da cadeia de fornecimento, fornecendo a essas pessoas
oportunidades educacionais e informações relevantes, através de uma variedade de programas, serviços e
atividades. Para maiores informações, basta acessar o glossário da própria entidade, que define os termos
logísticos. (VITASEK, 2013)
O início da Logística no Brasil
A Logística chegou ao Brasil junto com a própria industrialização. Ela surgiu a partir do pós-guerra, mas foi nos
anos 70 que ela ganhou novo fôlego com a criação de entidades empresariais.
No Brasil, a Logística começou a se disseminar a partir do pós-guerra. Oliveira e Farias (2010) consideram que,
estrategicamente, ela se inicia no final dos anos 70, quando surgem as entidades do setor: Associação Brasileira
de Administração de Materiais, ABAM, a Associação Brasileira de Movimentação de Materiais, ABMM e o
Instituto de Movimentação e Armazenagem de Materiais, IMAM. Vale recordar que, nessa época, ainda não havia
os efeitos da Tecnologia da Informação, surgidos a posteriori. 
FIQUE ATENTO
Com o aumento das exigências de profissionalização da Logística, surge, em 1963, nos EUA, o
Conselho de Administração Logística (CLM -Council of Logistics Management), que vai
gerenciar as atividades ligadas à Logística e ao profissional que a exerce. Como as dinâmicas
impostas pelas mudanças econômicas continuaram resultando em transformações no mercado
em que atua o profissional de logística, o conselho se reuniu, em 2005, e decidiu se redefinir a
partir da contextualização de um novo profissional, que surgia para atender as exigências
atuais, envolvendo a cadeia de suprimentos. O Conselho passa a se chamar Council of Supply
Chain Management Professionals – CSCMP, (Conselho dos Profissionais de Gestão da Cadeia de
Suprimentos).
SAIBA MAIS
Assista ao vídeo , exibido no programa Fantástico, da RedeProblemas da Logística Brasileira
Globo, em 21 de abril de 2013. Ele aborda os gargalos do sistema de transporte no país.
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Figura 3 - Logística e integração
Fonte: iQoncept, Shutterstock, 2018.
Vantine (2012) faz observações sobre a indústria alimentícia e sua importância no desenvolvimento da Logística
no Brasil. Ele observa que a Associação Brasileira de Supermercados, Abras, iniciou no país a análise das relações
entre fornecedores e supermercados a partir da criação de um departamento logístico. Nessa época, é instalado
o primeiro operador logístico no Brasil, chamado Brasildocks, em 1988, sendo a Pirelli uma das acionistas. Na
década seguinte, tem-se em prática no Brasil o Programa Nacional de Privatização, em especial, na área de
transportes. As discussões são focadas no custo e na evolução da tecnologia da informação com desenvolvimento
de softwares para gestão de estoques e sistemas de entregas.
Nos anos 90, com a criação do consumidor, o brasileiro se torna mais exigente, e ciente de seus direitos. Dessa
forma, as mudanças nos serviços, sobretudo na qualidade da prestação, tornam-se algo importante. Nessa fase,
ocorre a maior ênfase na inovação, no planejamento e na atenção ao cliente. Ballou (2012, p. 38) reforça a
questão ao conceituar o objetivo da Logística empresarial “[...] prover os clientes com os níveis de serviço
desejados [...] providenciar bens ou serviços corretos, no lugar certo, tempo exato e na condição desejada ao
menor custo possível”.
Assim, a Logística se torna parte integrante do processo da cadeia de suprimento, planejando, programando,
controlando, dimensionando serviços e informações, atribuindo diferenciais às empresas.
FIQUE ATENTO
Segundo o trabalho apresentado pela Empresa de Planejamento e Logística, intitulado Plano
, se o governo e a iniciativa privada executarem a projeção de projetosNacional de Logística
previstos para melhoria do setor de transportes de cargas, o custo do frete no país cairia R$ 33
bilhões em sete anos (EPL, 2018).
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Problemas de Logística no Brasil
O Brasil sofre com a falta de investimentos em infraestrutura e essa situação impacta diretamente na
produtividade de sua indústria e na competitividade da produção nacional. O estudo Competitividade 2017-
2018, elaborado pela CNI – Confederação Nacional da Industria (2018), mostrou que o Brasil ocupa a penúltima
posição no ranking geral de 18 países. A baixa competitividade em infraestrutura de transporte e elevado custo
com energia refletiram, negativamente, para o Brasil ficar na penúltima posição.
Observe o gráfico, com base no Estudo da CNI, com o ranking dos países.
Figura 4 - Competitividade Brasil 2017 - 2018
Fonte: Elaborada pela autora, com base no estudo da CNI, 2018.
Segundo a edição de 2018 do Índice de Desempenho Logístico (LPI), desenvolvido pelo Banco Mundial, o Brasil
aparece na 56ª posição no ranking que reúne 160 países. Na edição de 2016, o país ocupava a posição 55. O uso
do modal rodoviário para um país com dimensões continentais, aliado à péssima infraestrutura interna, excesso
de burocracia, questões ambientais e segurança, impactam o chamado Custo Brasil, afetando a competitividade
da produção nacional. O Custo Brasil é definido pelo Banco Mundial como o custo para se fazer negócio no Brasil.
Para se reduzir esse custo é necessário realizar ações governamentais e promover melhorias na infraestrutura
brasileira. (THE WORLD BANK, 2018). Para acessar a edição atual e as edições anteriores dos estudos publicados
pelo Banco Mundial, basta acessar o site.
Fechamento
Vimos que, conforme a Logística ganhava importância a nível mundial, suas operações foram se aperfeiçoando e,
assim, surgiu o Conselho dos Profissionais de Gestão da Cadeia de Suprimentos, CSCMP, nos EUA, que auxilia,
com ferramentas estratégicas, o profissional de Logística e sua dinâmica no mercado global.
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Referências
BALLOU, R. H. : transportes, administração de materiais, distribuição física. São Paulo:Logística empresarial
Atlas, 2012.
BRASIL. . Lei n. 8.078, de 11 de setembro de 1990. Brasília, 1990. DisponívelCódigo de Defesa do Consumidor
em: <http://www2.camara.leg.br/legin/fed/lei/1990/lei-8078-11-setembro-1990-365086-publicacaooriginal-
1-pl.html>. Acesso em: 30/10/2018.
CNI – CONFEDERAÇÃO NACIONAL DA INDÚSTRIA. : comparação comCompetitividade Brasil 2017-2018
países selecionados. Brasília, 2018. Disponível em: <http://www.portaldaindustria.com.br/estatisticas
/competitividade-brasil-comparacao-com-paises-selecionados/>. Acesso em: 301/10/2018.
CSCMP – COUNCIL OF SUPPLY CHAIN MANAGEMENT PROFESSIONALS. Disponível em: <https://cscmp.org/>. 
Acesso em: 30/10/2018.
EPL – EMPRESA DE PLANEJAMENTO E LOGÍSTICA. , jun. 2018. Disponível em: <Plano Nacional de Logística
https://drive.google.com/file/d/1GXGfTF8a9alU3bDhpsqU6HJzeBrO7b6o/view>. Acesso em: 30/10/2018.
LARRAÑAGA, F. A. . 3. ed. São Paulo: Aduaneiras, 2016.A gestão logística global
NOVAES, A. G. . Rio de Janeiro: Elsevier, 2007.Logística e gerenciamento da cadeia de distribuição
OLIVEIRA, E. M.; FARIAS, F. L. . Especialização em Métodos de Melhoria daHistórico e evolução da Logística
Produtividade Engenharia de Produção. Universidade Federal Tecnológica do Paraná, ago. 2010. Disponível em:
<http://www.pb.utfpr.edu.br/daysebatistus/sintese_3.pdf>. Acesso em: 30/10/2018.
REDE GLOBO. Problemas da Logística Brasileira. , 21 abr. 2013. Disponível em: <Fantástico https://www.
youtube.com/watch?v=QjWPrfVx2LQ>.Acesso em: 30/10/2018.
VANTINE, J. G. . São Paulo: NTC & Logística, 2012. (Coleção Memórias). DisponívelNos caminhos da logística
em: <http://www.portalntc.org.br/images/jce/arq_down/publication000002.pdf>. Acesso em: 30/10/2018.
VITASEK, K. Supply Chain Management Terms and Glossary. CSCMP – Council of Supply Chain Management
, Illinois, United States, ago. 2013. Professionals Lombard Disponível em: <https://cscmp.org/CSCMP/Educate
/SCM_Definitions_and_Glossary_of_Terms/CSCMP/Educate/SCM_Definitions_and_Glossary_of_Terms.aspx?
hkey=60879588-f65f-4ab5-8c4b-6878815ef921>. Acesso em: 30/10/2018.
THE WORLD BANK. Connecting to Compete 2018. Washington, DC, United States, 2018. Disponível em: <
https://openknowledge.worldbank.org/bitstream/handle/10986/29971/LPI2018.pdf>. Acesso em: 30/10
/2018.
______. Washington, DC, United States, 2018. Disponível em: <International LPI. https://lpi.worldbank.org
/international/global>. Acesso em: 30/10/2018.
http://www2.camara.leg.br/legin/fed/lei/1990/lei-8078-11-setembro-1990-365086-publicacaooriginal-1-pl.html
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http://www.portaldaindustria.com.br/estatisticas/competitividade-brasil-comparacao-com-paises-selecionados/
http://www.portaldaindustria.com.br/estatisticas/competitividade-brasil-comparacao-com-paises-selecionados/
http://www.portaldaindustria.com.br/estatisticas/competitividade-brasil-comparacao-com-paises-selecionados/
https://cscmp.org/
https://cscmp.org/
https://drive.google.com/file/d/1GXGfTF8a9alU3bDhpsqU6HJzeBrO7b6o/view
https://drive.google.com/file/d/1GXGfTF8a9alU3bDhpsqU6HJzeBrO7b6o/view
http://www.pb.utfpr.edu.br/daysebatistus/sintese_3.pdf
http://www.pb.utfpr.edu.br/daysebatistus/sintese_3.pdfhttps://www.youtube.com/watch?v=QjWPrfVx2LQ
https://www.youtube.com/watch?v=QjWPrfVx2LQ
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http://www.portalntc.org.br/images/jce/arq_down/publication000002.pdf
http://www.portalntc.org.br/images/jce/arq_down/publication000002.pdf
https://cscmp.org/CSCMP/Educate/SCM_Definitions_and_Glossary_of_Terms/CSCMP/Educate/SCM_Definitions_and_Glossary_of_Terms.aspx?hkey=60879588-f65f-4ab5-8c4b-6878815ef921
https://cscmp.org/CSCMP/Educate/SCM_Definitions_and_Glossary_of_Terms/CSCMP/Educate/SCM_Definitions_and_Glossary_of_Terms.aspx?hkey=60879588-f65f-4ab5-8c4b-6878815ef921
https://cscmp.org/CSCMP/Educate/SCM_Definitions_and_Glossary_of_Terms/CSCMP/Educate/SCM_Definitions_and_Glossary_of_Terms.aspx?hkey=60879588-f65f-4ab5-8c4b-6878815ef921
https://cscmp.org/CSCMP/Educate/SCM_Definitions_and_Glossary_of_Terms/CSCMP/Educate/SCM_Definitions_and_Glossary_of_Terms.aspx?hkey=60879588-f65f-4ab5-8c4b-6878815ef921
https://openknowledge.worldbank.org/bitstream/handle/10986/29971/LPI2018.pdf
https://openknowledge.worldbank.org/bitstream/handle/10986/29971/LPI2018.pdf
https://lpi.worldbank.org/international/global
https://lpi.worldbank.org/international/global
https://lpi.worldbank.org/international/global
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A importância da logística 
empresarial
Alessandra Conceição do Nascimento
Introdução
Para que serve a logística empresarial? De que modo ela é importante para a sobrevivência das empresas? Como
ela pode promover melhoras competitivas? São esses aspectos que vamos estudar nesta aula. Para entender a
logística empresarial é preciso compreender que, quanto maior a eficiência nos processos, menor será o custo do
produto e, assim sendo, maiores serão os ganhos sobre aquela atividade e melhor será a qualidade das
operações.
Nessa linha de raciocínio compreende-se que, quanto mais complexo são os procedimentos e atividades
adotados pelas empresas, maior será a necessidade do controle e da coordenação sistêmica dos processos que
envolvem a produção, desde a aquisição de insumos até a entrega ao cliente final. Modernização, tecnologia e
estratégia são determinantes para o êxito das atividades dentro da logística empresarial.
A logística nos setores econômicos
A principal importância da logística está em atender as necessidades do cliente e, ao mesmo tempo, manter
eficácia nos custos. Ela é vital tanto para a economia quanto para a empresa, sendo fundamental no comércio
regional e no internacional. O elevado custo das atividades logísticas, a concorrência com mercados maduros e a
constante preocupação em atender a satisfação do consumidor têm impactado as atividades das empresas.
Figura 1 - Eficiência e eficácia
Fonte: docstockmedia, Shutterstock, 2018.
Dados da Confederação Nacional dos Transportes apontam que cerca de 13% das cargas movimentadas no país
- -2
Dados da Confederação Nacional dos Transportes apontam que cerca de 13% das cargas movimentadas no país
seguem pelo modal aquaviário, e que 90% das cargas exportadas seguem de navio até seu destino final. Além
disso, a CNT aponta que 20% das cargas nacionais seguem pelo modal ferroviário e considera que 60% da
produção brasileira segue pelas estradas. A CNT apresentou recentemente o estudo “Plano CNT de Transporte e
Logística 2018”, no qual apontou a necessidade de realização de obras estruturantes para melhorar a logística de
transportes no país. O estudo também identificou a necessidade de aportes de R$ 1,7 trilhão. (CNT, 2018)
Figura 2 - Distribuição dos modais de cargas no Brasil
Fonte: Elaborado pela autora, baseado em CNT, 2018.
O relatório edição 2018 do Banco Mundial, apresentado durante o Fórum Econômico Mundial,Doing Business 
apresentou o índice de competitividade entre os países. Os gargalos logísticos do Brasil pesaram e trouxeram ao
país a amarga posição de número 56 num ranking composto por 167 países. Itens como alfândegas,
infraestrutura, embarques, entre outros são avaliados. Os gargalos presentes na infraestrutura brasileira são os
maiores entraves aos negócios no Brasil (WORLD BANK, 2018b).
Setores econômicos
De que modo os gargalos logísticos interferem no agronegócio, na indústria ou mesmo no setor de serviços?
Compreender isso mostra o quanto o país precisa melhorar na infraestrutura logística para atender a dinâmica
de sua economia.
• Setor primário
Segundo o Anuário Estatístico dos Transportes (BRASIL, 2018), houve aumento em 82% no escoamento da safra
brasileira por meio de portos no Norte e Nordeste do país, também chamado de Arco Norte. O Anuário
identificou também que a participação das exportações aquaviárias de granel sólido saiu de 33%, em 2016, para
41%, em 2017. Já a Agência Nacional de Transportes Aquaviários (ANTAQ, 2018), identificou crescimento no
setor portuário de 8,3% em 2017, quando comparado ao ano anterior, em relação a movimentação de cargas.
•
- -3
• Setor secundário
A Confederação Nacional da Indústria (CNI) apresentou uma proposta nas eleições de 2018, na qual analisa que,
para a economia brasileira se inserir em cadeias de valor é necessário investimento em energia, logística de
transporte e telecomunicações. A CNI apontou como ineficientes os serviços portuários, as estradas e citou falta
de políticas para o desenvolvimento da cabotagem, ferrovias e áreas de armazenagem (CNI, 2018).
Figura 3 - Logística
Fonte: 3DDock, Shutterstock, 2018.
• Setor terciário
É no setor terciário que se enquadram as atividades econômicas voltadas aos serviços, inclusive as atividades
logísticas de transporte, estocagem e armazenagem, atividades de turismo, dentre outros. A infraestrutura
precária de portos, aeroportos, ferrovias e estradas impacta negativamente nesse setor e se repercute com
índices economicamente aquém do necessário para o desenvolvimento pleno da livre iniciativa. Afeta, também, a
imagem do país no que diz respeito à gestão e organização.
FIQUE ATENTO
A pesquisa da CNT (2015) mostrou como os países distribuem suas mercadorias por modais e,
no caso dos EUA, deixa evidente que aquele país utiliza seus recursos naturais na logística. O
uso do hidroviário não se dá apenas marítimo, mas mostra a utilização dos rios como
estratégia de escoamento da produção, impacta na redução de custos de sua produção, no que
relaciona com os transportes.
•
•
- -4
Figura 4 - Competitividade empresarial
Fonte: docstockmedia, Shutterstock, 2018.
A globalização mudou os processos visando ampliar a competitividade. Nesse cenário, é essencial a elaboração
de uma estratégia empresarial que assegure o uso de ferramentas adequadas que propiciem para a empresa
melhor posicionamento no mercado. Para Porter (2008), a estratégia competitiva consiste em tomar ações
defensivas ou ofensivas para que a indústria possa estabelecer uma posição para enfrentar as cinco forças
competitivas, definidas como rivalidade com a concorrência, poder de negociação com fornecedores, poder de
negociação com o cliente, ameaça de novos concorrentes e ameaça de novos produtos e serviços.
No Brasil, a abertura da economia, por meio do plano de desestatização, fenômeno ligado também aos efeitos da
globalização, fizeram com que as empresas brasileiras buscassem novos referenciais para sua atuação (VIOLA,
2011).
SAIBA MAIS
Assista ao vídeo: “Economista da CNI comenta ranking Competitividade Brasil 2017-2018”. O
vídeo traz uma entrevista com a economista da Confederação Nacional da Indústria Samantha
Cunha, no qual faz uma análise do Competitividade Brasil 2017-2018. A pesquisa revela que o
Brasil subiu do 11º para o quarto lugar no quesito disponibilidade e custo da mão de obra em
2017.
- -5
É preciso compreender a logística empresarial como a essência da administração empresarial moderna. Para
Ballou (2012, p. 23), “A Logística Empresarial trata de todas as atividades de movimentação e armazenagem, que
facilitam o fluxo de produtos desde o ponto de aquisição da matéria-prima até o ponto de consumo final, assim
como dos fluxos de informação que colocam os produtos em movimento, com o propósito deprovidenciar níveis
de serviço adequados aos clientes a um custo razoável.”
Fatores logísticos e sua competitividade 
empresarial
Para Carvalho e Laurindo (2010, p. 6), a “[...] estratégia como assunto da área de negócios surge nos anos 50 e
floresceu nos anos 60, 70 e 80. Teve um período de apogeu e, com o surgimento da chamada ‘Nova Economia’,
passou a ser muito questionada. Entretanto, os desdobramentos da derrocada das empresas da Internet
trouxeram o assunto de volta à evidência”. Para obter melhora competitiva é necessário a abertura de mercado
sendo a logística fator essencial de ganhos competitivos.
Em meio à forte concorrência imposta pelos mercados é princípio básico oferecer um nível de serviço ao cliente
que maximize as vendas e minimize os custos, sendo o planejamento logístico, com o controle da rede de
distribuição, essenciais para que os produtos estejam no destino no momento preciso.
FIQUE ATENTO
No estudo da CNT (2015) mostra que 83% dos embarcadores de soja e milho reclamam da
falta de ferrovias para poder escoar a carga. Todos esses entraves apresentados no estudo
mostram o quanto o país deve crescer nos próximos anos na área de logística. O estudo ainda
apontou que a construção de hidrovias também seria essencial na redução do custo de
transportes.
EXEMPLO
A logística repercute em todas as esferas econômicas e em todas as atividades a ela
relacionadas e associadas. Exemplo disso está nos dados levantados pelo estudo da Oxford
 para o Conselho Mundial de Viagens e Turismo (WTTC) que apontaram que oEconomic
turismo gerou US$ 163 bilhões no Brasil em 2017, representando 7,9% do PIB brasileiro
(WTTC, 2017).
- -6
Fechamento
Nesta aula, identificamos os fatores logísticos que geram competitividade e compreendemos que a logística é
ferramenta essencial para garantir o êxito de qualquer empreendimento. O Brasil perde competitividade por não
ampliar a sua capacidade de investimentos na melhoria de estradas, ferrovias, portos e aeroportos. É essencial
para o país realizar investimentos que minimizem os gargalos logísticos priorizando a qualidade nas operações e
nos serviços a ela associados, o que irá se traduzir em redução de custos e melhoria competitiva.
Referências
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2018. Disponível em < >. Acesso em: 30 nov. 2018.http://portal.antaq.gov.br/index.php/estatisticas/
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VIOLA, R. R. Breve análise acerca do PND - Programa Nacional de Desestatização. , Rio Grande,Âmbito Jurídico
XIV, n. 94, nov. 2011. Disponível em: <http://www.ambito-juridico.com.br/site/index.php?
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http://www.ambito-juridico.com.br/site/index.php?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=10630
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Valores logísticos – benefício dos 
serviços, minimização dos custos 
e geração de valor
Alessandra Conceição do Nascimento
Introdução
Qual a importância dos valores logísticos? De que modo eles podem afetar a competitividade de um produto?
Essas perguntas são essenciais para compreendermos o novo tema de estudo que seinicia: a importância dos
valores logísticos na produção. A partir do desaparecimento das fronteiras geográficas, as empresas no mundo
todo passaram a desenvolver uma nova visão estratégica nos negócios tendo como objetivo a utilização da
logística como ferramenta essencial para melhoria competitiva.
Ainda neste tema exploraremos questões fundamentais para a compreensão da logística como a definição de
valores logísticos, o benefício dos serviços, a minimização dos custos e a geração de valor. Esses pontos são
essenciais para entender a dinâmica das empresas e o fator competitividade.
Definição de valores logísticos
A logística é responsável por criar valor aos processos. Por exemplo, se uma pessoa está em uma loja de roupas e
busca uma calça, esse produto não terá valor algum para ela se ela não conseguir chegar a essa loja e se o
produto não se encontrar no estoque. Nesse ponto, emerge a importância da administração logística nas
atividades da cadeia de suprimentos, tais como os processos de compra de insumos, armazenamento,
transformação, embalagem, transporte, movimentação do produto inacabado dentro da unidade
transformadora, distribuição entre outros.
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Figura 1 - Custos
Fonte: Jirsak, Shutterstock, 2018.
Todas essas atividades são interpretadas como agregadoras de valor. Ballou (2012) considera que o valor é
agregado quando os consumidores estão dispostos a pagar pelo produto (ou serviço) mais que o custo de colocá-
lo ao alcance deles. Nessa visão, a logística acaba por assumir importância na agregação de valor.
Custos
Compensação, e representam a essência do gerenciamento da distribuição física. Ocusto total sistema total
primeiro conceito, chamado de , é essencial para a administração física Para Ballou (2012, p. 44),compensação
“O conceito de compensação de custos reconhece que os modelos de custos das várias atividades das firmas por
vezes exibem características que colocam essas atividades em conflito econômico entre si [...]”, e ele cita como
exemplo a armazenagem, com o aumento de volume de depósitos ocorre a retração no custo do frete e relaciona
que carregamentos volumosos podem ser feitos para armazéns com custos menores no frete.
O vai se relacionar com a compensação de custos, uma vez que reconhece os custos individuais.custo total
Kotler (2013, p. 421) entende que a “[...] demanda estabelece um teto para o preço que a empresa pode cobrar
por seu produto. Os custos determinam o piso. [...] Entretanto, quando as empresas determinam o preço de seus
produtos de modo que cubra todos os custos, o resultado nem sempre é a lucratividade”.
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Figura 2 - Estimativas de Custos
Fonte: Elaborado pela autora, baseado em KOTLER, 2013.
O conceito de é definido por Ballou (2012) como uma extensão de custo total e o considera comosistema total
uma espécie de gerenciamento da distribuição, no qual entram fatores que são impactados na tomada de
decisão. “Por exemplo, ao escolher um modo de transporte, o conceito de custo total pode encorajar-nos a levar
em conta o impacto da decisão nos estoques da empresa. Por outro lado, o conceito de Sistema Total nos levaria
a considerar também o impacto nos estoques do comprador.” (BALLOU, 2012, p. 47).
O segredo da logística está na tomada certa de decisões. Eficiência nos processos, controle operacional e
investimento em comunicação, com capacitação e treinamentos da equipe são essenciais. A ineficiência nos
veículos responsáveis pela realização das entregas e o não cumprimento dos prazos estabelecidos pela gerência
comercial por parte do setor de transportes afeta a gestão da empresa. O uso ineficaz da tecnologia se traduz em
aumento dos custos logísticos.
FIQUE ATENTO
O crescimento de uma empresa está diretamente ligado não somente ao que ela arrecada, mas
o quanto os produtos e/ou serviços produzidos por ela chegam ao mercado. Nada adianta ter
um bom produto se os custos o tornam inviáveis para o poder aquisitivo de determinada
população ou o quanto o cliente está disposto a pagar por ele.
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A logística é o processo que vincula os participantes da cadeia de suprimentos em operações integradas. Para
Bowersox (2011, p. 26) o custo do desempenho logístico é um gasto importante para as organizações e a
logística vai proporcionar atributos essenciais aos serviços aos clientes ao custo total mais baixo possível. Ele
considera que as empresas desenvolvem um sistema logístico bem operacionalizado alcançam vantagens
competitivas.
Minimização de custos com uma logística 
estruturada
Com a conceitualização de custo total é possível compreender a importância da minimização de custos. Para
Bowersox (2011, p. 42), o custo do desempenho logístico gera gastos para as empresas. O serviço logístico se
mede pela disponibilidade, desempenho operativo e confiabilidade. As funções da logística se combinam em três
processos operativos: atenção ao cliente, apoio para a fabricação e aquisições. Ele também considera que, para
obter uma integração interna devem ser coordenados os fluxos do inventário e de informações.
O segredo da minimização de custos está no controle dos custos logísticos. Como sabemos, a logística abrange
armazenagem, movimentação de fluxos, estocagem e o transporte que vai entregar a mercadoria ao cliente. O
conhecimento sobre os custos dessas operações é essencial para se elaborar um planejamento eficaz com a
finalidade de se ter um maior domínio sobre os gastos a fim de se ter o controle.
Curva ABC na gestão de estoques
A curva ABC é utilizada para promover a melhoria do controle e gerenciamento de estoque, dividida em três
categorias a partir da representação dos itens presentes no estoque levando-se em consideração os critérios de
custos e quantidades.
SAIBA MAIS
Para saber mais como a competitividade está associada à inovação, a agilização dos serviços e
minimização dos custos leia o artigo “Análise de custos logísticos: um estudo de caso no setor
alimentício”. Nesse artigo, destaca-se como a logística atua diretamente com o desempenho de
modo a otimizar os serviços, garantir eficiência e eficácia nas operações e garantir que o
produto esteja no lugar certo a preços acessíveis ao consumidor.
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Figura 3 - Curva ABC
Fonte: Elaborado pela autora, baseado em MOTA; et al, 2012.
Segundo Ballou (2011 ARAGÃO 2016, p. 3), o plano individual dos produtos envolve o planejamento daapud
produção de suprimentos e sua distribuição pelas empresas, pois “A maioria fabrica muitos produtos, que estão
em diferentes pontos de seu ciclo de vida e com variados graus de sucesso comercial. Em qualquer período de
tempo, isto cria um fenômeno chamado de curva ABC (ou curva 80-20), um conceito particularmente valioso
para o planejamento logístico”.
Os custos referentes à logística são diferentes e diversificados. No estoque, por exemplo, compete ao gestor estar
atento aos , que envolvem impostos, armazenagem e perdas; , quecustos de manutenção custos de pedido
envolvem aquisição de itens para composição do estoque; , que envolvem o preço do que foicustos de produto
produzido; e da falta do estoque, quando o produto falta no estoque e se traduz em vendas perdidas e atrasos.
Pensar em geração de valor é essencial para compreender que a eficiência nos processos é ponto fundamental.
Em Novaes (2015), fica claro que a eficiência possibilita a consolidação no setor varejista. Ele entende que a
cadeia de valor inclui não apenas manufatura, mas fornecedores, o varejo, atacadistas, distribuidores, dentre
outros agentes.
EXEMPLO
O é um exemplo de otimização dos custos logísticos, pois trabalha com logística eWallmart
distribuição para manter controle nos preços dos produtos. Inseriu o , sistema deVoice Picking
armazenagem e pedidos de voz; otimizou o serviço de transportes, passou a usar tecnologia de
identificação de radiofrequência nas etiquetas dos produtos, investiu na melhoria do
acondicionamento de embalagens para ter redução de preço no frete e acondicionar maior
número de produtos.
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Em sua visão, a participação da logísticana cadeia de valor propicia a diluição dos custos indiretos, impactando
em mudanças a partir da inserção incessante de tecnologias que repercutem na melhoria da produção. Exemplos
contam com a aplicação do sistema ECR ou e do Intercâmbio Eletrônico de Dados, EDI, usadosQuick Response
no reabastecimento em lojas e na otimização e redução de custos (NOVAES, 2015).
Figura 4 - Competitividade
O pesquisador entende que o inovou no aspecto referente as discussões logísticas. EleSupply Chain Management
lembra que antes eram as manufaturas que se impunham nos mercados, mas que atualmente grandes empresas
de varejo criaram marcas próprias, nas quais competem com preços baixos e serviços logísticos de qualidade
(NOVAES, 2015). Exemplos como esse nos mostram que a logística é cada dia mais essencial na vida das
empresas e das organizações, sendo ela importante diferencial competitivo no mercado em que estão inseridas.
Fechamento
Nesta unidade vimos a importância do controle dos custos na produção e compreendemos que a logística é
essencial para se alcançar esse objetivo. Aprendemos o conceito de custo total, aprendemos a classificar os
custos e vimos que, para serem competitivas, as empresas precisam minimizar os custos. Verificamos a
correlação entre geração de valor e competitividade no âmbito da produção e o que esse diferencial significa
para empresas e clientes.
FIQUE ATENTO
O segredo do êxito de qualquer empresa se rende ao fato de a gestão conhecer seus custos
associados à logística. Armazenamento, estoques, transportes são fatores fundamentais em
qualquer empresa e compete à gestão estar atenta a essa dinâmica de custos.
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Referências
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NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO, XXXVI, 2016, Paraíba. ... Rio de Janeiro: ABEPRO, 2016.Anais
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BOFF, D. D.; DEIMLING, M. F.; BARICHELLO, R. Análise dos custos logísticos: um estudo de caso no setor
alimentício. In: SIMPOSIO DE EXCELÊNCIA EM GESTÃO E TECNOLOGIA, IX, 2012, Resende. ... Resende:Anais
AEDB, 2012. Disponível em: < >. Acesso em: 21https://www.aedb.br/seget/arquivos/artigos12/60716750.pdf
nov. 2018.
BOWERSOX, D. J.; CLOSS, D. J. : o processo de integração da cadeia de suprimento. SãoLogística empresarial
Paulo: Atlas, 2011.
KOTLER, P. : análise, planejamento e controle. 14. ed. São Paulo: Person, 2013.Administração de marketing
MOTA, C. R. Z.; et al. Estudo sobre a Ferramenta Curva ABC em uma Empresa de Distribuição. In: CONGRESSO
VIRTUAL BRASILEIRO – ADMINISTRAÇÃO, IX, 2012, Brasil. ...Brasil: Convibra, 2012. Disponível em: <Anais
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NOVAES, A. G. . 4. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2017.Logística e gerenciamento da cadeia de distribuição
http://www.abepro.org.br/biblioteca/TN_STO_226_319_28823.pdf
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http://www.convibra.com.br/upload/paper/adm/adm_3336.pdf
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Atividades Logísticas
Alessandra Conceição do Nascimento
Introdução
Quais são as atividades logísticas e o que elas influenciam na tomada de decisões das empresas? De que modo as
atividades primárias e de apoio podem impactar na gestão de custos? Como o gerenciamento de informações
influencia no planejamento empresarial? Para compreender essas questões é preciso entender que a gestão da
função logística vai controlar diretamente as atividades que envolvem a cadeia de suprimentos até o cliente final.
Mais especificamente, estamos incluindo o setor de compras, transporte, inventários, armazenamento,
distribuição, dentre outras. Estudaremos esses itens nesta aula.
Ao final desta aula, você será capaz de:
• identificar e analisar as atividades primárias e de apoio, que permitem uma melhor caracterização desta 
relevante função empresarial.
Atividades primárias – transportes, manutenção 
de estoques e processamento de pedidos
As atividades primárias são extremamente importantes no ambiente corporativo, pois são consideradas
essenciais para que os objetivos logísticos sejam atingidos. Elas também são responsáveis pela maior parcela dos
custos totais da logística (BALLOU, 2012). Fazem parte das chamadas os transportes, aatividades primárias
manutenção de estoques e o processamento de pedidos.
Figura 1 - Setor de transportes
Fonte: Baloncici, Shutterstock, 2018.
• Transportes: Segundo Ballou (2012, p. 24) Trata-se da atividade mais importante por absorver entre 
•
•
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• Transportes: Segundo Ballou (2012, p. 24) Trata-se da atividade mais importante por absorver entre 
um a 2/3 dos custos logísticos e considerada vital para as empresas. “Nenhuma firma moderna pode 
operar sem providenciar a movimentação de suas matérias-primas ou de seus produtos acabados”. 
Bowersox (2007) entende ser essencial, ao se desenhar um sistema logístico, manter um equilíbrio entre 
custo do transporte e qualidade do serviço.
• Manutenção de estoques: É no estoque que os produtos ficam aguardando serem despachados até o 
consumidor final. Ballou (2012, p. 24) afirma que “Para se atingir grau razoável de disponibilidade do 
produto, é necessário manter estoques que agem como amortecedores entre a oferta e a demanda”.
• Processamento de pedidos: É responsável por iniciar a movimentação de produtos e a entrega 
(BALLOU, 2012). Ela representa várias atividades envolvidas desde a preparação do produto, seu envio, 
recebimento e expedição do pedido solicitado, bem como o relatório da atividade. O fator tempo é 
essencial.
Ballou (2012, p. 25) também observa que as três atividades logísticas representam o “ciclo crítico das atividades
logísticas”. Os custos de transporte e manutenção de estoques tem custos elevados, porém o processamento de
pedidos tem menor custo. Ballou (2007, p. 143) entende que, “[...] o ciclo do pedido pode ser definido como o
tempo transcorrido entre o momento em que o cliente prepara um pedido até o momento em que recebe esse
pedido”.
Quadro 1 - Ciclo do pedido
Fonte: Elaborado pela autora baseado em BALLOU, 2012.
Ballou (2007) considera que os cinco elementos do processamento de dados são: 1) preparação; 2) transmissão;
3) recebimento; 4) atendimento; 5) relatório da situação do pedido. A tecnologia é uma ferramenta importante
para a execução dessas atividades a fim de garantir que todos os níveis de satisfação do cliente sejam atendidos.
Ferramentas tecnológicas, a exemplo do código de barras, controle dos pedidos por meio de , entresoftwares
outros, auxiliam na redução do tempo entre a emissão do pedido e a chegada até o cliente. O sistema de
informação logística se divide em: (SGP); sistema de gerenciamento de pedidos sistema de gerenciamento
 (SGA) e (SGT) (BALLOU, 2007).de armazéns sistema de gerenciamento de transporte
•
•
•
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Ballou (2012) entende que as atividades que compõem a logística empresarial variam de acordo com as
empresas, dependendo da estrutura organizacional delas, das diferentes conceituações dos respectivos gerentes
sobre o que constitui a cadeia de suprimentos e da importância das atividades específicas para as suas
operações. Ele observa que “[...] os padrões dos serviços aos clientes estabelecem a qualidade dos serviços e o
índice de agilidade com os quais o sistema logístico deve reagir.” (2012, p. 31). O autor analisa que os custos
logísticos aumentam proporcionalmente ao nível do serviço oferecido ao cliente. Estabelecer níveis de serviço
excessivos pode alavancar os custos logísticos para níveis insuportavelmente elevados.
Figura 2 - Processamento de pedidos
Fonte: Shutterstock, 2018.
Ballou (2012) avalia que o transporte agrega valor de local aos produtos e serviços, enquanto a manutenção dos
estoques agrega valor de tempo e entendeser o transporte essencial para as atividades de qualquer empresa.
“Essa importância é destacada pelas limitações financeiras impostas a muitas empresas por desastres como uma
greve nacional ferroviária ou um boicote dos transportadores rodoviários independentes ao transporte de
mercadorias em consequência de conflitos sobre fretes.” (BALLOU, 2012, p. 32).
Ballou (2012 p. 33) considera os estoques essenciais na gestão logística pois eles seriam um “pulmão entre
oferta e demanda”, garantindo aos clientes a disponibilidade dos produtos.
FIQUE ATENTO
Muitas empresas não dão atenção adequada à logística. Isso significa perda de competitividade
e aumento de custos. Para compreender a importância da logística é necessário entender que
ela se divide em três segmentos: a logística de suprimento, que envolve a entrada de insumos;
a transformação do processo produtivo e a saída dos produtos acabados, com destino aos
clientes. A toda a essa movimentação, estocagem e processamento de pedidos chamamos de
distribuição física.
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O setor de transportes é muito importante dentro das empresas. De acordo com o boletim “Economia em Foco”,
publicado pela Confederação Nacional do Transporte (CNT, 2017), e com base na Pesquisa Anual de Serviços,
divulgada pelo IBGE, as atividades de transportes e serviços correlatos responderam pela receita líquida de
29,3% em 2015.
Atividades de apoio – armazenagem, manuseio 
de materiais, embalagem de proteção, obtenção, 
programação de produtos e manutenção de 
informação
Além das atividades primárias, existem as , que dão suporte às primárias. Para Ballouatividades de apoio
(2012) elas são: armazenagem, manuseio de materiais, embalagem, obtenção, programação de produtos e
manutenção de informações.
Quadro 2 - Relações entre as atividades primárias e de apoio
Fonte: Elaborado pela autora baseado em BALLOU, 2012.
Ballou (2012) considera que a está associada à administração do espaço para manter estoques.armazenagem
SAIBA MAIS
O vídeo “A importância da logística para o comércio eletrônico” traz como tema o desafio do
comércio eletrônico. É essencial compreender que, para qualquer tipo de negócio, seja o
tradicional ou on-line, fazer o produto chegar com segurança e no prazo certo é o objetivo
principal para assegurar a satisfação do cliente. O vídeo apresenta o case de uma empresa que
comercializa peixes ornamentais e suas dificuldades em entregar o produto sem danos ou
perdas.
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Ballou (2012) considera que a está associada à administração do espaço para manter estoques.armazenagem
Localização, dimensionamento de área, arranjo físico, recuperação de estoques, dentre outros, estão também
associados a ela. O , considera o autor, está relacionado à armazenagem e ao apoio àmanuseio de materiais
manutenção de estoques. Sobre a , ele entende ser essencial para que, no translado até a entregaembalagem
final, não ocorra danos às mercadorias.
Obtenção, para Ballou (2012, p. 27) envolve a seleção de fontes de suprimentos, quantidades a serem
adquiridas, programação de compras, dentre outros (fluxo de entrada). lida com aProgramação do produto
distribuição (fluxo de saída) e a diz respeito as informações para o planejamento emanutenção de informação
controle.
Bowersox (2007, p. 272) chama atenção para o desenvolvimento por meio de recursos internos da empresa, da
integridade dos dados e informações e da capacitação e treinamentos da equipe que vai gerir o sistema. Tais
pontos são essenciais para o cumprimento do planejamento e das atividades de controle nas empresas.
As atividades logísticas são essenciais para garantir as operações e atividades dos diferentes setores das
empresas e sem elas não seria possível assegurar que eficácia e eficiência se realizassem plenamente nas
organizações.
FIQUE ATENTO
Com o surgimento do comércio eletrônico, as atividades logísticas passaram por uma nova
fase, principalmente a distribuição. Foram incorporados e toda uma inovação porsoftwares
meio de ferramentas que dão sustentabilidade a esse tipo de comércio. O comércio eletrônico
constitui um dos nichos de mercado mais visados pelos prestadores de serviços logísticos
(NOVAES, 2007).
EXEMPLO
A importância de se manter excelência na gestão do canal de distribuição é um diferencial
competitivo às empresas que executam essas tarefas de modo eficiente. Um exemplo está na
distribuição de refrigerantes em que a logística é mola mestra para assegurar o êxito. Miranda
et al (2017) fazem uma análise do canal de distribuição da empresa, inclusive do uso do modal
rodoviário para garantir a entrega aos clientes.
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Fechamento
Nesta aula vimos o que são as atividades logísticas e seus impactos na administração das atividades logísticas. As
grandes corporações atuam buscando minimizar custos e entendem que o setor de transportes é peça chave
nesse componente. Sendo este o que demanda mais custos a sua realização.
Estar atento à boa execução das atividades primárias e de apoio assegura competitividade às empresas. E
compete ao profissional de logística estar atento à qualidade dos serviços associados a essas atividades.
Referências
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CONFEDERAÇÃO NACIONAL DO TRANSPORTE. . Transporte é o maior segmento do setor deEconomia em foco
serviços. Brasília: CNT, 2017. Disponível em: <http://cms.cnt.org.br/Imagens%20CNT/PDFs%20CNT
/Economia%20em%20foco/ECONOMIA_EM_FOCO_dez2017.pdf>. Acesso em: 26 nov. 2018.
MIRANDA, F.; et al. Transporte e distribuição da empresa Coca-Cola Spal Indústria Brasileira de Bebidas S/A
Unidade de Guarapuava-PR. , Registro (SP), p. 336-341, 2017. Disponível em:Revista Gestão em Foco
<http://www.unifia.edu.br/revista_eletronica/revistas/gestao_foco/artigos/ano2017/040_logistica.pdf>.
Acesso em: 26 nov. 2018.
NOVAES, A. G. . Rio de Janeiro: Elsevier, 2007. Logística e gerenciamento da cadeia de distribuição
https://www.youtube.com/watch?v=ZCbfKdTS0ok
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MATRIZ MODAL E ESTRUTURA 
DO TRANSPORTE
Alessandra Conceição do Nascimento
Introdução
Como a escolha do modal de transporte vai influenciar no preço final do produto? De que modo a
multimodalidade e a intermodalidade podem responder eficazmente às demandas empresariais no que envolve
prazo e custo? Quais os modais mais usados no Brasil e seus impactos na economia nacional? Para compreender
essas questões é preciso entender a estrutura do transporte e a matriz modal e de que modo eles vão impactar
nas decisões da administração empresarial.
Ao final desta aula, você será capaz de:
• identificar os modais utilizados no Brasil;
• entender a influência da multimodalidade e intermodalidade nos custos logísticos.
Tipos e estruturas de modais
Atualmente, o administrador logístico conta com a tecnologia para assessorá-lo na melhor escolha do modal para
atender sua estrutura administrativa. A precisão na entrega dos produtos reduz o inventário, armazenagem e
manejo de materiais. Segundo Bowersox e Closs (2011), as empresas de transportes oferecem dois produtos
principais que são movimentação e armazenamento de produtos. Na movimentação o transporte se encarrega de
mover o inventário a seus destinos. A estrutura de transportes inclui direitos de passagem, veículos e
transportadores que operam dentro dos cinco modais de transporte: ferroviário, rodoviário, dutoviário,
hidroviário e aéreo.
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Figura 1 - Modais
Fonte: Shutterstock, 2018.
Bowersox e Closs (2011, p. 183) apresentam os seguintes tipos e estruturas modais:
• ferroviário: o transporteocorre por meio de ferrovias, com uso de vagões fechados e plataformas para 
o transporte. Há custos fixos altos nos equipamentos, terminais, vias etc., e custos variáveis baixos;
• rodoviário: o transporte ocorre por meio de rodovias, com caminhões. Os custos fixos são baixos, 
quando comparados aos demais modais (rodovias existem como apoio público), e os custos variáveis 
médios (combustíveis, manutenção etc.);
• dutoviário: o transporte é realizado por dutos. Os custos fixos são mais altos (direitos de vias, 
construção, requerimentos para controlar as estações, capacidade de bombeamento) e os custos variáveis 
mais baixos (custo da mão-de-obra não é significativo);
• hidroviário: o transporte é feito por embarcações no mar ou em lagos, rios e lagoas. Os custos fixos são 
médios (embarcações e equipamentos) e os custos variáveis baixos (capacidade para transportar grande 
quantidade de tonelada);
• aéreo: o transporte ocorre por meio de aviões, plataformas etc. Os custos fixos são baixos (aeronave e 
sistemas de movimentação de cargas) e os custos variáveis altos (combustível, mão-de-obra, manutenção 
etc.).
Figura 2 - Características operativas dos modais
Fonte: Elaborado pela autora, baseado em BOWERSOX; CLOSS, 2011.
Segundo Novaes (2007, p. 247), o transporte hidroviário envolve todo o tipo de transporte realizado sobre a
água, “[...] como o transporte fluvial e lacustre (hidroviário interior) e o transporte marítimo”. Ele subdivide o
marítimo em de longo curso, ligando o Brasil a outros países, e a navegação de cabotagem, que liga a costa
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marítimo em de longo curso, ligando o Brasil a outros países, e a navegação de cabotagem, que liga a costa
brasileira. “A navegação de cabotagem, por sua vez, é dividida em pequena cabotagem, cobrindo apenas os
portos nacionais, e a grande cabotagem, que corresponde às ligações marítimas com países próximos, como, por
exemplo, Uruguai e Argentina”.
Os operadores logísticos, também chamados de , (também chamados deprestadores de serviços logísticos
terceirização ou ) são empresas que atuam na cadeia de suprimentos identificando necessidades eoutsourcing
buscando soluções. Eles escolhem as modalidades de transporte de forma integrada, analisando custos, prazos e
segurança nas operações. Esse serviço é possível pelo avanço tecnológico no sistema de informação (NOVAES,
2007).
Figura 3 - Atividades logísticas dos prestadores de serviços
Fonte: Elaborado pela autora, baseado em NOVAES, 2007.
A terceirização de serviços logísticos ganhou força em razão do ou Supply Chain Management gestão da cadeia
 e se relaciona com o mercado globalizado e o aumento da competitividade entre asde abastecimentos
empresas e, segundo Novaes (2007), as empresas brasileiras, ao optarem pela terceirização, buscam tanto a
redução de custos quanto a melhoria na prestação do serviço.
FIQUE ATENTO
O comércio eletrônico é considerado como desafio promissor aos operadores logísticos. Além
de se encontrar em expansão, esse tipo de mercado segue em constante transformação e exige
que as empresas reconfigurem os sistemas logísticos para atenderem a demanda. Nesse ponto,
o outsourcing na distribuição física dos produtos ganha protagonismo com exigências
envolvendo a adaptação constante dos canais de distribuição para atender ao mercado.
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Características de modalidade (multimodal e 
intermodal)
O uso dos modais é essencial para assegurar a forma como melhor será escoado o produto. Nesse escopo entram
os serviços multimodal e intermodal. O primeiro envolve o uso de dois ou mais modais para atender um único
despacho, sendo realizado por um agente de cargas.
O transporte intermodal significa a utilização de mais de um modal para entrega da mercadoria, porém, solicita-
se a emissão de documentação por cada modal usado, ao passo que na multimodalidade, um único documento
vai cobrir todo o trajeto, inclusive a troca de modais. Nesse caso, o documento será emitido pelo operador de
transporte multimodal que vai assumir a responsabilidade pela execução do contrato, incluindo extravios,
perdas e danos enquanto a carga estiver sob sua custódia (MUNHOZ et al, 2016). Vale ressaltar que, tanto no
multimodal, quanto no intermodal, o uso de contêineres e paletes são essenciais a sua operacionalização
(BERTAGLIA, 2015, p.2009).
Modais mais utilizados no Brasil (vantagens e 
desvantagens)
Os modais mais usados no Brasil são: rodoviário, marítimo e ferroviário. Segundo Rocha (2015), o modal de
transporte rodoviário se destaca na matriz de transporte brasileira, sendo que ele apresenta problemas que
prejudicam o desenvolvimento do país.
FIQUE ATENTO
A lei n. 9.611, de 19 de fevereiro de 1998 rege o transporte multimodal de cargas no Brasil.
Dentre as atribuições da lei ela define como operador de Transporte Multimodal como sendo
pessoa jurídica contratada para a execução do serviço, segundo consta no artigo 5.
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Segundo o “Plano CNT de Transporte e Logística”, estudo da Confederação Nacional do Transporte (2018),
seriam necessários aportes de R$ 1.7 trilhão em investimentos para melhorar os problemas relacionados à
logística no Brasil. De acordo com o estudo, “A baixa competitividade é fomentada por diversos fatores, tais como
as deficiências no planejamento integrado, no desenvolvimento de projetos, no investimento de recursos em
infraestrutura e na capacidade de execução em conformidade com os projetos e os seus cronogramas.” (CNT,
2018, p. 22).
Fonte: Elaborada pela autora, baseado em ABAG, 2015.
O estudo aponta que, mesmo o transporte rodoviário, que exerce predomínio no país, tem problemas na
infraestrutura em razão de deficiências no planejamento a exemplo da pavimentação, sinalização, e até mesmo
geometria “[...] incidência de rodovias em precárias condições de conservação e funcionalidade, associada à
elevada idade média da frota rodoviária, aumenta os riscos de acidentes e de avarias nos veículos – e tem como
consequências relevantes o elevado número de vítimas e a emissão de poluentes, entre outros.” (CNT, 2018, p.
23).
SAIBA MAIS
Assista ao vídeo “Transporte de cargas do Brasil é dos mais caros e ineficientes do mundo”. O
filme traz uma matéria jornalística que aborda a ineficiência do transporte de cargas no Brasil.
Cerca de 60% das cargas no Brasil vão pelas estradas e a matéria apresenta uma análise sobre
esses impactos e os causados ao meio ambiente.
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A oferta de infraestruturas de transporte no Brasil não atende as necessidades e algumas modalidades de
transporte operam no limite ou acima de suas capacidades, com infraestrutura inadequada ou ultrapassada.
Esses gargalos impactam no elevado número de acidentes e emissão de poluentes no meio ambiente, sendo
essencial ampliar o nível de investimentos.
Fechamento
Nesta aula, vimos o que é a matriz modal e a estrutura de transportes. Conhecemos ainda a importância do
operador logístico para as empresas e de que modo a escolha assertiva do modal pode impactar em menores
custos para o produto, sobretudo para o consumidor final que irá pagar por determinado bem. Entendemos o
quanto a logística é essencial para as empresas e que a capacitação do profissional que ficará a cargo de
desempenhar as atividades é essencial no mercado.
Referências
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DO AGRONEGÓCIO. Logística e competitividade no agronegócio brasileiro. , [S.ABAG
I.]. 2015. Disponível em: <http://www.abag.com.br/media/20150807---relat0ri0---c0mite-l0gistica---abag.pdf>.
Acesso em: 28 nov. 2018.
BERTAGLIA, P. R. . São Paulo: Editora Saraiva, 2015.Logística e gerenciamento da cadeia de abastecimento
BOWERSOX, D. J.; CLOSS, D. J. : o processo de integração da cadeia de suprimento. SãoLogística empresarial
Paulo: Atlas, 2011.
BRASIL. Casa Civil. Subchefia de Assuntos Jurídicos. , de 19 de fevereiro de 1998. Dispõe sobre oLei n. 9.611
transporte multimodal de cargas e dá outras providências. Brasília: Casa Civil, 1998. Disponível em:
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9611.htm>. Acesso em: 28 nov. 2018.CONFEDERAÇÃO NACIONAL DOS TRANSPORTES. Plano CNT de transporte e logística 2018. Brasília: CNT, 2018.
Disponível em: < > Acesso em: 28 nov. 2018.http://www.cnt.org.br/Paginas/plano-cnt-transporte-logistica
MUNHOZ, A. C. et al. Vantagens e desvantagens do uso da multimodalidade e intermodalidade no segmento do
Agronegócio. In: SIMPÓSIO NACIONAL DE TECNOLOGIA EM AGRONEGÓCIO, VIII, 2016, Jales. ... Jales: Anais
SINTAGRO, 2016. Disponível em: <http://www.fatecjales.edu.br/sintagro/images/anais/tematica6/vantagens-e-
desvantagens-do-uso-da-multimodalidade-e-intermodalidade-no-segmento-do-agronegocio.pdf>. Acesso em: 28
nov. 2018.
NOVAES, A. G. . Rio de Janeiro: Elsevier, 2007. Logística e gerenciamento da cadeia de distribuição
TRANSPORTE de cargas do Brasil é dos mais caros e ineficientes do mundo. [S.I.], 27 maio 2018.Globoplay,
EXEMPLO
A importância de se investir em logística é visto como diferencial competitivo no mundo
empresarial e poder de ganho de escala. O uso de tecnologias aliada a flexibilidade na escolha
do modal são importantes. Um exemplo está no estudo de Vargas et al (2017), que analisa a
multimodalidade e a intermodalidade no meio competitivo das corporações.
http://www.cnt.org.br/Paginas/plano-cnt-transporte-logistica
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TRANSPORTE de cargas do Brasil é dos mais caros e ineficientes do mundo. [S.I.], 27 maio 2018.Globoplay,
Vídeo (7 minutos). Disponível em: <https://globoplay.globo.com/v/6766164/>. Acesso em: 28 nov. 2018.
VARGAS, M. N. et al. Multimodalidade e Intermodalidade como estratégia logística empresarial. In: SEMANA DE
ENGENHARIA DE PRODUÇÃO SUL-AMERICANA, XVII, 2017, Santa Maria. ... Santa Maria: SEPROSUL, 2017.Anais
Disponível em: <https://drive.google.com/file/d/0B7AKF_Od5aoqVjNvTDBWTjlmbFU/view>. Acesso em: 28
nov. 2018.
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Serviço e Satisfação ao Cliente
Rodrigo Uliana Ferreira
Introdução
Quando você compra um produto pela internet, quais são suas expectativas? O que é preciso ser feito para que
você tenha uma ótima satisfação como cliente? Essas são perguntas às quais devemos saber responder sempre
que falamos de serviço e satisfação ao cliente. O que será que o meu cliente deseja? O que eu posso fazer para
alcançar uma boa satisfação? Com essas questões em foco, iremos associar algumas estratégias a fim de
desenvolvermos, com eficiência, os serviços e satisfações aos clientes.
O objetivo deste tema é analisar o perfil de seu cliente e entender quais são as necessidades que precisam ser
atendidas. Muitas vezes, agimos metodicamente e não perguntamos o que ele realmente deseja.
Independentemente do cargo no qual você atue, sempre é preciso focar no cliente, pois a concorrência está cada
vez maior e, se não atentarmos aos pequenos requisitos, estaremos fora do mercado.
Ao final desta aula, você será capaz de:
• identificar os serviços logísticos a partir do perfil do cliente.
Definindo Serviços e Satisfação
O que você define como bom serviço? De que maneira você poderá satisfazer o seu cliente?
Um serviço de qualidade é fazer o que o cliente deseja, atingindo um bom nível de satisfação. Muitas vezes,
conseguimos até mesmo superar o que o cliente almejava e, com isso, atingimos sua fidelidade.
Serviços ao cliente
Os serviços estão cada vez mais personalizados. Por exemplo, podemos ver a grande onda de aplicativos que
podemos instalar em nossos dispositivos móveis e escolher atendimentos rápidos e personalizados, sejam eles
na área de transporte pessoal, entregas e, também, no setor de educação.
Todos os serviços devem ser bem compreendidos e os detalhes, negociados com os clientes. Para desenvolver
qualquer tipo de serviço, é necessário entender as necessidades do cliente.
Bowersox (2014), aponta que o objetivo do serviço ao cliente é fornecer significativos benefícios de valores
adicionados à cadeia de suprimentos, buscando a eficiência em custo.
Atualmente, o diferencial é atender o cliente e superar a sua expectativa em relação aos serviços prestados, uma
vez que a concorrência está cada vez maior e, se o serviço não for diferenciado, haverá um risco muito grande da
empresa ficar fora do mercado. Em outras palavras, não basta fazer o serviço, mas sim fazer o diferencial.
•
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No exemplo acima, o que fidelizou o cliente não foi somente o sabor da pizza, mas os serviços prestados, o
quanto eles pensam no cliente para trazer a pizza em 20 minutos, a máquina para o cartão, o cardápio e o vale
desconto.
O serviço, quando bem executado, pode ser um qualificador e ganhador de uma nova recompra, ou seja, toda vez
que o cliente precisar de você, irá se lembrar da qualidade do serviço oferecido.
Nível de satisfação
Ao prestar algum serviço ao cliente, temos que pesquisar o que o cliente realmente deseja. É importante
observar, ouvir e questionar suas expectativas. Colocar-se no lugar do cliente pode ser uma postura eficaz.
Figura 1 - Satisfação ao receber a encomenda
Fonte: Gallery, 2018.
A maioria dos clientes buscam pelo custo benefício, enquanto outros, por preços baixos e alguns, por sua vez,
procuram algo com grande qualidade para sua satisfação. A busca pelo “UAU”, isto é, quando uma pessoa se
surpreende ou é surpreendida por algo inesperado, é o que devemos sempre ter como objetivo. É importante
que, ao entregar o serviço, fique claro ao cliente que somos diferentes perante o mercado. Tenha cuidado com
EXEMPLO
Ao comprar uma pizza pelo aplicativo, certo cliente fora surpreendido por uma entrega em 20
minutos. Entretanto, esquecera de solicitar a máquina para passar o Vale Refeição. Tamanha
foi sua satisfação quando notou que o entregador não só trouxe a máquina para passar o vale,
como também um cardápio e um vale desconto para próxima compra!
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que, ao entregar o serviço, fique claro ao cliente que somos diferentes perante o mercado. Tenha cuidado com
exageros para não criar insatisfação e lembre-se sempre: estude o seu cliente para atendê-lo de maneira
satisfatória.
Comportamento dos clientes aplicado ao 
consumidor
Podemos perceber que, cada vez mais, temos nichos de clientes diferentes. Ao andar nas cidades do Brasil, por
exemplo, deparamo-nos com várias cervejarias artesanais e podemos observar alguns consumidores se
comportando diferentemente dos consumidores de cervejarias tradicionais, produzidas em grande escala.
Conseguir enxergar os tipos de comportamento para sermos capazes de oferecer um atendimento especial para
cada consumidor, é muito importante. Analisar se o cliente está disposto a pagar mais caro pelo litro da cerveja,
verificar se ele deseja consumir no local ou levar para apreciar em sua residência, são pequenas análises a serem
feitas a respeito do perfil do cliente para atendê-lo dentro de suas satisfações.
Figura 2 - Produção de cervejas
Fonte: sspopov, Shutterstock, 2018.
Podemos analisar que os clientes não são iguais por gostarem de cervejas, eles são separados por gosto e, muitas
vezes, até por classe social. Por isso, a importância de analisar o perfil e o comportamento de cada cliente.
Novaes (2015), menciona o comportamento do consumidor que, nas suas compras, tende a ser cada vez mais
complexo. Assim, os problemas já estão surgindo, exigindo soluções criativas e eficazes.
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Serviços logísticos baseados no perfil do cliente
Iremos estudar, agora, a Logística como estratégia para satisfazer os clientes. Vimos que os clientes possuem
perfis diferentes. Como, então, atendê-los? É importante, conforme estudamos até aqui, analisar cada perfil e
fazer o melhor possível para satisfazê-lo.
Os serviços do setor de Logística são vários, desde o desenvolvimento do pedido, produção, armazenagem,
embalagem, entrega, pós-vendas e até a Logística reversa. Com os sistemas e aplicativos, o cliente podeon-line
acompanhar todo o processo, aumentando a responsabilidade da Logística para que o produto chegue no prazo
estipulado e com qualidade.
Ballou (2012) afirma que o nível de serviço no setor de Logística é a qualidade em que o fluxo de serviços e
produtos são gerenciados, sendo o desempenho oferecidodos fornecedores aos clientes no atendimento de
pedidos.
FIQUE ATENTO
É importante entendermos que um cliente pode ser muito diferente do outro. Portanto, mostre
interesse por ele, adapte-se à mudança, procure a comunicação assertiva e fidelize.
FIQUE ATENTO
Sistemas de acompanhamento de pedido são utilizados como diferencial competitivo nas
empresas, com intuito de passar mais confiança aos clientes. No entanto, a equipe de Logística
deve ser bem preparada para conseguir fazer as entregas dentro dos prazos estipulados.
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Figura 3 - Logística de Transporte
Fonte: Artisticco, Shutterstock, 2018.
O transporte é responsável pela entrega dos produtos e serviços pelo mundo, considerado o serviço com maior
importância no qual ocasiona dois vetores: ganhador de pedido ou qualificador de pedido.
Segundo Ballou (2012), preparar um pedido engloba coletar informações necessárias sobre o desejo do cliente
em relação a seus produtos. Esses desejos podem ser classificados como ganhador ou qualificador de pedidos.
Vamos compreender cada um deles?
Ganhador de pedido: a Logística de transporte pode ser o ponto diferencial do negócio onde produto ou serviço
é realizado pelo sucesso e desempenho dos transportes. Assim, toda vez que o consumidor escolher a sua
empresa, é por causa dos serviços advindos do setor de logística.
Qualificador de pedido: por outro lado, também podemos ter a Logística de transporte como qualificador de
pedido, ou seja, quando há melhora no serviço prestado devido à estrutura da logística desenvolvida.
Seja ganhador ou qualificador de pedidos, as empresas estão focadas em serviços e baseadas nos perfis de seus
clientes para tornar os produtos e serviços mais personalizados e diferenciados no mercado.
Contribuição da Logística para garantir a satisfação do 
cliente
O setor logístico auxilia o desenvolvimento econômico das empresas, com a intenção de garantir as entregas
desejadas pelos seus clientes. Bowersox (2014) explica que algumas entregas vão da residência do cliente a
empresas do ramo atacadista e varejista ou até a centros de distribuição. Há ocasiões nas quais o cliente está
adquirindo o produto entregue. Não importa o motivo da entrega, o cliente sempre deverá ser o objetivo
principal, para que se obtenha um melhor desempenho.
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Figura 4 - Possíveis fluxos logísticos
Fonte: johnkworks, Shutterstock, 2018.
A figura anterior apresenta vários percursos que o produto pode percorrer até chegar ao cliente, ou seja, para
manter uma eficiência, o trabalho é árduo.
O pedido começa na fábrica, percorrendo separação, embalagem e, às vezes, mais que um modal de transporte,
até chegar em sua casa. Imagine quantas pessoas e sistemas estão envolvidos para o sucesso da operação
Logística!
Segundo Novaes (2015), as tecnologias aplicadas à Logística podem facilitar ações entre fornecedores e clientes,
garantindo uma satisfação nos prazos de entregas estipuladas.
Muitas empresas de Logística estão criando serviços inéditos para atender as novas demandas de mercado.
Desse modo, com este tipo de atitude, novos clientes estão surgindo e apresentando bons índices de satisfação.
SAIBA MAIS
No Play Store da Google, você encontra o aplicativo , onde poderá acessar Logística Fácil
diversos materiais e notícias do setor de Logística. Esse aplicativo é gratuito e foi criado com a
intenção de auxiliar os alunos em seus estudos com os materiais do setor.
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Fechamento
Neste tema, abordamos a importância da busca pela satisfação do cliente, pois empresas procuram alternativas
de novos serviços para fidelizar seus clientes e conseguir se manter no mercado competitivo no qual vivemos.
A concorrência está cada vez maior e empresas utilizam a Logística de transporte como estratégia para satisfazer
seus clientes, utilizando novas tecnologias de rastreamento dos pedidos, serviços expressos de entregas e outras
estratégias baseadas nos perfis dos clientes.
Hoje, é fácil analisarmos como são utilizadas tecnologias em grandes empresas de vendas , aplicandoon-line
agilidade e facilitação em seus processos de compras para que o produto ou serviço chegue o mais rápido
possível no local desejado pelo cliente.
Referências
BALLOU, R. H. : transportes, administração de materiais, distribuição física. São Paulo:Logística empresarial
Atlas, 2012.
BOWERSOX, D. J.; CLOSS, D. J. : o processo de integração da cadeia de Suprimento. SãoLogística Empresarial
Paulo: Atlas, 2011.
BOWERSOX, D. J.; BOWERSOX, J. C.; CLOSS, D. J.; COOPER, M. Bixby; Gestão Logística da Cadeia de Suprimentos
. 4. ed. São Paulo: Mc Graw Hill, 2014.
GOOGLE PLAY. , 2017. Disponível em: Logística fácil https://play.google.com/store/apps/details?id=com.
webnode.logistica_facil0. Acesso em: 24/10/2018.
NOVAES, A. G. : estratégia, operação e avaliação. 4. ed.Logística e gerenciamento da cadeia de distribuição
Rio de Janeiro: Elsevier, 2015.
VALENTE, A. M.; NOVAES, A. G.; PASSAGLIA, E.; VIEIRA, H. . 2. ed. SãoGerenciamento de Transporte e Frotas
Paulo: Cengage Learning, 2014.
LEITE, P. R. - Meio ambiente e Competitividade. São Paulo: Prentice Hall, 2003.Logística Reversa
_________. - Sustentabilidade e Competitividade. São Paulo: Saraiva, 2017.Logística Reversa
https://play.google.com/store/apps/details?id=com.webnode.logistica_facil0
https://play.google.com/store/apps/details?id=com.webnode.logistica_facil0
https://play.google.com/store/apps/details?id=com.webnode.logistica_facil0
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Funcionalidade, princípios e 
participantes do setor de 
transporte
Rodrigo Uliana Ferreira
Introdução
O setor de transporte é um dos responsáveis por mover a economia global, peça fundamental para qualquer
nação. A logística é constituída de diversas área como armazenagem, produção, centro de distribuição e o
transporte. Nesse caso, qual é a principal funcionalidade do transporte? O transporte de produto tem como
compromisso escoar produtos para plantio, produção, armazenagem, centro de distribuições, atacados, varejos,
cliente final e retorno de descartes dos produtos. O transporte de pessoas pode ser urbano, rural, na área da
saúde, de presidiários, de jogadores de futebol e entre outros, com o objetivo de agilizar a locomoção das
pessoas. O transporte de serviços pode se considerar como exemplo o carro de bombeiros que transporta água e
os bombeiros para conter o fogo.
Qual é o princípio do transporte? Quem participa do setor de transporte? Essas questões serão tratadas ao longo
desta aula.
Ao final desta aula, você será capaz de:
• conhecer as principais funcionalidades do setor de transportes.
Órgãos reguladores dos transportes
Existem vários órgãos que regulamentam a circulação dos veículos e tipos de cargas, ou seja, geram regras para
que sejam cumpridas dentro da legislação brasileira. Confira, a seguir, os principais órgãos do Brasil no setor de
transportes (BRASIL, 2018):
• DNIT – Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte é vinculado ao Ministério dos Transportes,
esse departamento estrutura as legislações referentes aos transportes.
• ANTT – Agência Nacional de Transportes é o órgão regulador da exploração das atividades rodoviária e
ferroviária, além de acompanhar os prestadores de serviços de transporte terrestres.
• VALEC – Engenharia, Construções e Ferrovias S.A. é uma empresa pública responsável pelo desenvolvimento
das ferrovias.
• ANTAQ – Agência Nacional de Transportes Aquaviários é responsável pelas regulamentações, supervisões e
fiscalizações das atividades de prestação de serviços e de exploração da infraestrutura portuária e aquaviária.
• ANAC – Agência Nacional de Aviação Civil fiscaliza e regulamenta infraestrutura aeronáutica, aeroportuária e
atividades de civis na aviação.
• INFRAERO – Infraestrutura Aeroportuária é responsável por administrar os aeroportos nacionais.
•
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Os estados podem possuir alguns órgãos de fiscalizações locais, então ficar atento à região em que a empresa irá
desenvolver seus serviços ou entregas é essencial para evitar multas ou retenções de cargas e veículos por
descumprimento

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