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FACSUL – FACULDADE DE MATO GROSSO DO SUL
BACHARELADO EM ENFERMAGEM
PREVENÇÃO E CONTROLE DE INFECÇÕES EM INTITUIÇÕES DE SAÚDE (IRAS)
 
 DAYANA; ELIANA; 
LEONARDO; NAIRA; VILMA
Campo Grande - MS
Outubro/ 2017
Infecção de Sítio Cirúrgico - Medidas Preventivas.
A cirurgia é um procedimento traumático que provoca o rompimento da barreira de defesa da pele, tornando-se, assim, porta de entrada de microrganismos. A infecção do sítio cirúrgico manifesta-se entre 4 a 6 dias após a realização da cirurgia, apresentando localmente eritema, dor, edema e secreção.
Segundo o Centers of Desease Control and Prevention (CDC) as infecções de sítio cirúrgico devem ser divididas em:
- Superficiais: que acometem apenas a pele e o tecido celular subcutâneo; - Incisionais profundas: que podem acometer os mesmo tecidos moles mais fáscias e camadas musculares;
No que diz respeito ao procedimento cirúrgico, as cirurgias onde mais casos de ISC houveram, foram as contaminadas e potencialmente contaminadas e que o tempo prolongado de cirurgia aumentou a taxa de ISC. Tempo intraoperatório prolongado aumenta o risco de contaminação, aumenta a lesão tecidual, aumenta a imunossupressão por perda de sangue, diminui o efeito do antibiótico profilático, aumenta o número de suturas e o uso de cautérios (AVILA, 2010). Ainda sobre os fatores de risco relacionados ao ato cirúrgico, a amostra sugere que a redução do tempo de internação pode ser um fator positivo na prevenção da ISC, pois quanto maior o tempo de internação, mais casos de ISC houve. O manual da OMS, 2009 “Cirurgias Seguras Salvam Vidas” traz a informação de que o tempo de internação pré-operatório prolongado bem como a permanência pós-operatória prolongada no hospital tem sido frequentemente associados ao aumento do risco de infecção de sitio cirúrgico. Além disso, ainda segundo o manual, minimizar o tempo de cirurgia é considerado como um dos principais métodos de prevenção de ISC (OMS, 2009).
Em estudo realizado por Ribeiro et al, (2013) a variável tempo total de internação apresentou relação estatisticamente significativa com presença ou não de infecção, ou seja, a ocorrência de ISC foi mais frequente nos pacientes que permaneceram internados por mais tempo; além disso, os autores também sugerem que o período longo de internação eleva os custos hospitalares, tanto com a estadia e tratamento do paciente, quanto com o diagnóstico e complicações. O patógeno mais frequentemente relacionado à ISC é o Staphyloccocus aureus; que os portadores são, em sua maioria, homens com mais de 50 anos de idade; que as cirurgias mais susceptíveis à infecção são as contaminadas e potencialmente contaminadas; o tempo prolongado de cirurgia aumenta o risco de ISC e que a redução do tempo de internação pode ser um fator positivo na prevenção da ISC, pois quanto maior o tempo de internação, maiores as chances de ISC; confirmando o que já foi dito por outros autores. Durante a confecção do presente estudo, outra questão pôde ser levantada: Se os fatores de risco são conhecidos e as formas de prevenção também, por que ainda há casos de ISC? Sugerindo a realização de novos estudos neste sentido. A atuação da equipe de enfermagem, nesse cenário, é muito importante, por ser a classe profissional que geralmente acompanha o paciente em todo o período perioperatório, que é responsável pela correta higienização da sala de
cirurgia, pela central de material e esterilização e pelo serviço de vigilância epidemiológica e comissão de controle de infecções relacionadas à assistência de saúde - CCIRAS. Infere-se, portanto, que grande parte das infecções de sítio cirúrgico podem ser evitadas através de intervenções mínimas; que a vigilância e empenho multidisciplinar é um ponto importante, que quanto mais conhecidos, estudados e divulgados os fatores de risco e de proteção, maiores as chances de redução dos índices de ISC, e que a enfermagem tem papel fundamental nesse contexto, sendo o elo entre o paciente e todos os outros profissionais envolvidos, devendo, portanto, estar sempre atenta e atualizada quanto a ISC.
Medidas preventivas
O controle e a prevenção da ISC começam com o preparo do paciente em relação a pele, tricotomia, roupa privativa, retirada de adornos, preparo da equipe cirúrgica em relação a unhas, roupa privativa e as paramentações cirúrgicas, cuidado do ambiente com limpeza de sala operatória, piso, padrões de circulação e procedimentos com assepsia, escovação cirúrgica, colocação de campos esterilizados, validade da esterilização e manuseio do material estéril, funções das quais a equipe de enfermagem é responsável.
Preparo da pele do paciente: Utilizar solução antisséptica apropriada no preparo da pele do paciente – clorexidine ou PVPI; O agente antisséptico deve ser aplicado com movimentos concêntricos do centro para a periferia, englobando toda a área de abordagem amplamente (inclusive o local da colocação de drenos); A antissepsia da pele deve ser realizada com solução antisséptica em combinação com produto alcoólico, clorexidine ou PVPI; CHG não deve ser utilizado para mucosas ocular e otológica; Não há antagonismo entre CHG e PVPI por incompatibilidade química e ambos os compostos mantêm atividade antisséptica quando aplicados na mesma área; Banho pré-operatório com solução antisséptica pelo menos na noite anterior à cirurgia.
Recomenda-se o banho pré-operatório com solução de clorexidine degermante a 2% aplicando do pescoço para baixo, nos três dias que antecedem o procedimento. Esta medida visa reduzir a colonização da pele e o risco de ISC. Recomenda-se também o banho com CHG o mais próximo possível do procedimento cirúrgico. Para tanto podem ser utilizadas toalhas impregnadas com CHG que facilitam o procedimento de banho pré- operatório e não necessitam de enxágue.
Preparo da pele da equipe cirúrgica: Remover anéis, relógios e pulseiras antes de iniciar a degermação ou antissepsia cirúrgica das mãos; Unhas artificiais são proibidas; Lavar as mãos com água e sabão antes da degermação cirúrgica, se as mãos estiverem visivelmente sujas; Manter unhas curtas e remover a sujidade presente embaixo das unhas com um limpador de unhas, preferencialmente com as mãos sob a água corrente; A degermação cirúrgica das mãos deve incluir os antebraços (até o cotovelo) com solução antisséptica, com duração de 5 minutos na primeira degermação e 2 minutos nas demais; Manter as mãos elevadas e afastadas do corpo, de maneira que a água escorra das mãos para o cotovelo; Secar as mãos com toalhas estéreis e colocar aventais e luvas estéreis; A antissepsia cirúrgica das mãos pode ser realizada com formulação alcoólica especialmente destinada para esta finalidade, com efeito residual; O produto deve ser aplicado nas mãos secas; Não deve ser realizada a antissepsia cirúrgica das mãos com água e sabão antisséptico e depois, sequencialmente, a antissepsia cirúrgica com produto alcoólico; Utilizar uma quantidade suficiente do produto alcoólico para realizar a preparação das mãos e antebraços; Após a aplicação do produto alcoólico como recomendado, aguardar que as mãos e os antebraços estejam secos antes da colocação das luvas.
Remoção adequada dos pelos: Realização de tricotomia somente se necessária e imediatamente antes do ato cirúrgico com tricotomizador; Não usar lâminas de barbear ou lâminas de bisturi.
Profilaxia antimicrobiana adequada: Administrar o antibiótico somente quando indicado e no momento adequado para atingir níveis séricos e teciduais adequados durante a incisão e manipulação do sítio cirúrgico; Escolha do antibiótico de acordo com as recomendações do HIAE; Infundir completamente o antibiótico em até uma hora antes da incisão ou do garrote pneumático. Exceções: fluoroquinolonas e vancomicina - iniciar 2 horas antes da incisão; Suspender a prescrição do antibiótico em 24 horas de pós-operatório na maioria dos procedimentos (48 horas para cirurgias cardíacas);Administrar a profilaxia antimicrobiana em parto cesáreo em até uma hora antes do início da incisão.
Cuidados com ambiente e estrutura: Manter a ventilação na sala cirúrgica com pressão positiva em relação ao corredor e áreas adjacentes; com no mínimo 15 trocas de ar por hora, uso de filtro HEPA; Manter a porta da sala fechada; Limitar o número de pessoas na sala cirúrgica; Esterilização de todo o instrumental cirúrgico; Não utilizar a esterilização flash como rotina ou alternativa para a redução do tempo; Limpeza terminal mecânica do piso na última cirurgia do dia. Não há indicação de técnica de limpeza diferenciada após cirurgias contaminadas ou infectadas; Limpeza e desinfecção concorrente entre procedimentos, valorizando as superfícies mais tocadas e a limpeza de equipamentos; Rigor na paramentação cirúrgica e manutenção da barreira máxima no ato cirúrgico; Higienizar as mãos (com produto alcoólico ou água e sabão) nos 5 momentos recomendados (antes do contato com o paciente, antes de procedimentos limpos ou assépticos, após risco de exposição com fluidos corpóreos, após contato com o paciente e após contato com as superfícies próximas ao paciente); Higienizar as mãos antes e após manuseio de feridas; Utilizar técnica asséptica para a execução do curativo; Utilizar luvas estéreis e produtos estéreis no contato com as feridas.
Referencias bibliográficas
Gerência Geral de Tecnologia em Serviços de Saúde e Gerência de Investigação e Prevenção das Infecções e dos Eventos Adversos. SÍTIO CIRÚRGICO: Critérios Nacionais de Infecções relacionadas à assistência à saúde. ANVISA; março 2009
CENTERS FOR DISEASE CONTROL AND PREVENTION. The National Healthcare Safety Network (NHSN) Manual. Disponível em http://www.cdc.gov/ncidod/dhqp/pdf/nhsn/NHSN_Manual_PatientSafetyProtocol_CURRENT.p df. Atlanta, 2008. 98 p. Acesso em out. 2017.
RIBEIRO, J. C.; et al. Ocorrência e fatores de risco para infecção de sítio cirúrgico em cirurgias ortopédicas. Acta Paul Enferm. v. 26, n.4, p. 353-59, 2013.
BATISTA, T. F.; RODRIGUES, M. C. S. Vigilância de infecção de sítio cirúrgico pós-alta hospitalar em hospital de ensino do Distrito Federal, Brasil: estudo descritivo retrospectivo no período 2005-2010. Epidemiol Serv Saúde. v. 21, n.2, p. 253-64, 2012.

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