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PRONTO DIREITO CIVIL II - AV1 - CASOS CONCRETOS-1

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ESTÁCIO – UNIDADE ILHA3
DISCIPLINA: DIREITO CIVIL II - PROFESSORA ISABEL CRISTINA RIBEIRO
ALUNO: JULIANA LIMA LATORRACA 
MATRÍCULA: 201903227852
· CASOS CONCRETOS VALENDO ATÉ 3.0 (três) PONTOS COMO PARTE DA AVALIAÇÃO DE AV1
ESTUDO DE CASOS CONCRETOS QUE DEVERÃO SER RESPONDIDOS E ENCAMINHADOS PARA O E-MAIL DA PROFESSORA ISABEL (isabelcristinaribeiro.adv@gmail.com).
ASSUNTO (E-MAIL): DIREITO CIVIL II – NOITE – CASOS CONCRETOS.
· As respostas de TODOS OS CASOS (1, 2 e 3), deverão ser acompanhadas de posicionamento doutrinário, jurisprudencial, bem como da fundamentação pertinentes!
· É NECESSÁRIO QUE O ALUNO SE IDENTIFIQUE: NOME COMPLETO E MATRÍCULA.
Caso concreto 1
Vera alugou imóvel para Lourdes no ano de 2017. Em 2018, Lourdes, que atravessava por problemas financeiros decorrentes de sua demissão do banco em que trabalhava, não conseguiu mais quitar as despesas com aluguel e condomínio, estando inadimplente por quatro meses até a presente data. Inconformada com a situação a locadora, Vera, que não acredita nos meios judiciais para solução de conflitos, contrata um carro de som para ficar na entrada do condomínio de Lourdes, dizendo que a locatária é uma grande estelionatária e inadimplente, por não arcar com suas obrigações. Tal ato gerou grande constrangimento à Lourdes, que já não mais deseja sair de casa. Aponte qual fonte do direito obrigacional pode ser visualizada no presente caso concreto.
No caso apresentado fica caracterizado de maneira incontestável dois tipos de obrigações 1) O descumprimento por parte de Lourdes de OBRIGAÇÃO CONTRATUAL , oriunda de contrato de locação regido pela Lei N°8.245, (18 de Outubro de 1991 e Lei N° 12.112, de 2009. Com relação a OBRIGAÇÃO CONTRATUAL oriunda do descumprimento de um contrato de locação, tendo garantias, seja ela calção ou fiança, basta executar as cláusulas ou ação de cobrança em nome do Fiador na forma dos ART. 819 à 839 do Código Civil. Tendo ausência de garantias citadas deve-se recorrer ao Art. 59 § 1°, IX da Lei N° 8.245, de 18 de outubro de 1991, que diz a falta de pagamento de aluguel e acessórios da locação no vencimento, estando o contrato desprovido de qualquer das garantias previstas no art. 37, por não ter sido contratada ou em caso de extinção ou pedido de exoneração dela, independentemente de motivo. (Incluído pela Lei nº 12.112, de 2009), Neste caso de Obrigação Contratual Vera poderá ajuizar ação de despejo cumulado com a cobrança dos alugueis e em caso de fiador aciona-se o mesmo.
LOCAÇÃO - Imóvel não residencial - Ação de despejo por falta de pagamento cumulada com cobrança julgada parcialmente procedente - Fase de cumprimento de sentença - Penhora de imóvel da fiadora - Decisão de primeiro grau que rejeita impugnação e mantém a penhora - Agravo interposto pela executada fiadora - Validade da constrição - Persistência da garantia ainda que a finalidade da locação seja não residencial - Instituição do imóvel penhorado como bem de família - Restrição não oponível ao exequente - Elementos indicativos, ademais, de que o imóvel objeto da constrição não é utilizado como residência pela executada fiadora - Decisão mantida - Agravo desprovido (TJSP;  Agravo de Instrumento 2047561-88.2020.8.26.0000; Relator (a): Carlos Henrique Miguel Trevisan; Órgão Julgador: 29ª Câmara de Direito Privado; Foro de Araçatuba - 3ª Vara Cível; Data do Julgamento: 05/02/2014; Data de Registro: 06/05/2020)
OBRIGAÇÃO EXTRACONTRATUAL OU AQUILIANA em decorrência da prática de ato ilícito por parte de Vera (Locadora), na forma dos artigos 186 e 187 do Código Civil. Com a atitude de vera, Lourdes poderá ajuizar uma ação em face de vera pelo ato ilícito na forma dos Art. 186.Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito) e Art. 187. Também comete ato ilícito o titular de um direito que, ao exercê-lo, excede manifestamente os limites impostos pelo seu fim econômico ou social, pela boa-fé ou pelos bons costumes, Art. 927. Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187), causar dano a outrem, fica obrigado a repará-lo.
Caso concreto 2
Ana firmou com Pedro a obrigação de entregar três sacas de café Conilon, que estavam armazenadas em seu galpão ao final do mês de abril. Para tanto, Pedro adiantou a quantia de R$10.000,00 (dez mil reais). Ocorre que antes do termo fixado, uma chuva torrencial destruiu o galpão com as sacas destinadas ao credor. Nesse caso, como Pedro poderá reaver o prejuízo sofrido? Fundamente.
O caso concreto trata da OBRIGAÇÃO DE DAR A COISA CERTA e a verificação do descumprimento em razão da ocorrência de força maior sem mora do devedor, como prevê o Codigo Civil na descrição do Art 234 ( Se, no caso do artigo antecedente, a coisa se perder, sem culpa do devedor, antes da tradição, ou pendente a condição suspensiva, fica resolvida a obrigação para ambas as partes; se a perda resultar de culpa do devedor, responderá este pelo equivalente e mais perdas e danos.), neste caso resolve-se a obrigação acarretando a ANA a devolução do sinal já pago por Pedro, previsto no Art. 393 C.C Parágrafo único.
DIREITO CIVIL E PROCESSUAL. CONTRATO ESTIMATÓRIO. JORNAIS E REVISTAS. PERDA DECORRENTE DE EVENTO DA NATUREZA. FORTUITO EXTERNO. CAPACIDADE DE DESOBRIGAR O DEVEDOR. ARTIGO 393 DO CÓDIGO CIVIL. PROVIMENTO. 1. Recurso contra sentença em ação de embargos à execução fundada no descumprimento de contrato de fornecimento de mercadorias em consignação, jornais e revistas. 2. Indubitável que as precipitações atmosféricas havidas em janeiro de 2010 sobre todo o Estado do Rio de Janeiro, e ocorridas de forma acentuada também sobre a cidade de Niterói, configuram fato notório, independendo de prova, conforme disciplina o artigo 334 do Código de Processo Civil. 3. Estabelecimento do apelante que se caracteriza por banca de jornal localizada ao nível da via pública, a qual também notoriamente sofre com alagamentos, resultando lógica a destruição das mercadorias postas em consignação pela sociedade apelada, material perecível se em contato com a água. 4. Descumprimento motivado por fortuito externo, capaz de desobrigar o devedor nos termos do artigo 393 do Código Civil. 5. Apelo provido.
(TJ-RJ - APL: 00958424820138190001 RIO DE JANEIRO NITEROI 10 VARA CIVEL, Relator: ADOLPHO CORREA DE ANDRADE MELLO JUNIOR, Data de Julgamento: 04/08/2015, NONA CÂMARA CÍVEL, Data de Publicação: 07/08/2015)
 
Caso concreto 3
Leia ao caso concreto narrado abaixo e responda, de forma objetiva e fundamentada, às questões formuladas de acordo com os temas abordados no plano de aula: Marina contratou em 2007 plano de seguro saúde com a Empresa Bem Viver. No referido contrato além de marina, constavam como dependentes seu marido e três filhos onde pagamentos mensais, sucessivos e renováveis seriam pagos a Empresa. Por serem todos os membros da família portadores de impecável saúde, nunca fizeram uso do plano de saúde até a presente data, o que, no entendimento da Marina e sua família seria motivo de restituição ou reembolso a ser feito por esses 11 anos de serviços nunca utilizados. Nessa linha de raciocínio, Marina exerce sua pretensão, ajuizando ação para ter devolução dos valores pagos e nunca utilizados pela Empresa Viver Bem sob alegação de enriquecimento ilícito. 
a) Quais as modalidades de obrigações presentes nesse contexto? 
As modalidades configuradas neste caso é de Obrigação contratual de dar a coisa certa, sendo assim pagamento por parte do segurado e obrigação de fazer, ou seja, proporcionando ao assegurado atendimento medico, hospitalar e ambulatorial proveniente de contratos aleatório ou de risco uma vez que a natureza do contrato de plano de saúde é baseada em contratos de seguro sendo configurado como contrato bilateral. 
b) Prosperará o pleito aduzindo o enriquecimento ilícito e devolução de valores. 
Nos dizeres de Gregori (2007, p. 134) “trata-se de uma prestação de risco, ou seja, o fornecedor não precisará prestar o serviço se não acontecerem os eventosprevistos, e o consumidor somente terá cobertura, se, porventura, ocorrerem as situações preestabelecidas no contrato”.
Portanto não irá prospera o pleito da requerente tendo em vista que não configura enriquecimento ilícito conforme o Art. 884. Aquele que, sem justa causa, se enriquecer à custa de outrem, será obrigado a restituir o indevidamente auferido, feita a atualização dos valores monetários. uma vez que um dos elementos principais é o risco e a livre escolha do segurado.

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