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Contabilidade gerencial 02

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Aula 1: Contextualização da Contabilidade Gerencial. 
 
 
Contabilidade Gerencial é:​ o processo de identificar, mensurar, acumular, analisar, 
preparar, interpretar e comunicar informações que auxiliem os gestores a atingir objetivos 
organizacionais. 
 
Contabilidade como Ciência. 
A contabilidade é uma das ciências mais antigas do mundo. Existem diversos registros de 
que as civilizações antigas já possuíam um esboço de técnicas contábeis. 
 
Características básicas e o contraste entre Contabilidade Financeira e Gerencial. 
 
 
Padrões de relatórios externos. 
Maciel (2016) ressalta que, no século XXI, a contabilidade passou a ser bastante exigida 
para o público externo em razão da crescente regulamentação e dos vários padrões de 
relatórios externos (FASB e SEC nos Estados Unidos); e a demanda desse público externo 
levou muitas organizações a enfatizar mais o desenvolvimento de informação para os 
relatórios financeiros externos do que para a tomada de decisão gerencial interna e o 
controle. 
 
A Securities and Exchange Commission (Comissão de Valores Mobiliários). 
 
Frequentemente abreviada SEC, é uma agência federal dos Estados Unidos que detém a 
responsabilidade primária pela aplicação das leis de títulos federais e a regulação do setor 
de valores mobiliários, as ações da nação e opções de câmbio e outros mercados de 
valores eletrônicos nos Estados Unidos. 
 
 
 
Financial Accounting Standards Board (FASB). 
 
É uma organização sem fins lucrativos criada em 1973 para padronizar os procedimentos 
da Contabilidade Financeira de empresas cotadas em bolsa e não governamentais. 
 
O FASB é autorizado e reconhecido pela SEC (Securities and Exchange Commission) e 
tem como objetivo principal trazer padronização, maior eficiência nas decisões tomadas 
pelas empresas. 
 
Contador gerencial. 
De acordo com Maciel (2016), o contador gerencial é definido pelo IFAC (Internacional 
Federation of Accounting) – como um profissional que: 
 
...identifica, mede, acumula, analisa, prepara, interpreta e relata informações (tanto 
financeiras quanto operacionais) para uso da administração de uma empresa, nas funções 
 
de planejamento, avaliação e controle de suas atividades e para assegurar o uso apropriado 
e a responsabilidade abrangente de seus recursos. 
 
Contabilidade Gerencial e o processo de tomada de decisões. 
A Contabilidade Gerencial não é um ramo autônomo da Ciência Contábil, como a 
Contabilidade Financeira (Geral) ou a Contabilidade de Custos. Compreende a integração 
dos vários conhecimentos pertinentes à questão gerencial, para auxiliar na tomada de 
decisões da administração, provenientes de vários ramos da Contabilidade e de outras 
ciências. 
 
É o gerenciamento da informação contábil em favor da administração da organização. 
 
A Contabilidade é imprescindível nas informações e gestão empresarial, pois proporciona 
aos gestores um conhecimento amplo sobre a situação financeiro-econômica de um 
empreendimento, tendo como objeto de estudo o patrimônio das entidades, no qual se 
enquadram os bens, direitos e obrigações que competem à organização. 
 
 
Contabilidade Gerencial e Contabilidade Custos. 
A contabilidade gerencial está voltada à administração de empresas, para fornecer 
informações extraídas dos dados contábeis, que ajudem os administradores das empresas 
no processo de tomada de decisão; porém, a contabilidade gerencial não se condiciona às 
imposições legais, tem o objetivo de gerar informações úteis para a tomada de decisões. 
 
A Contabilidade Financeira tem seu foco nos usuários externos, baseando-se em princípios 
contábeis geralmente aceitos. 
 
 
A Contabilidade Financeira é obrigatória e tem como atribuição emitir relatórios e 
livros contábeis, como: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A contabilidade de Custos é usada nesse contexto com os seguintes objetivos: 
 
Obter dados para o estabelecimento de padrões, orçamentos e outras formas de previsão; 
Acompanhar os gastos efetivamente ocorridos e compará-los com os valores anteriormente 
definidos; 
Estabelecer preços de vendas compatíveis com o mercado em que atua; 
Conhecer a lucratividade de cada produto; 
Decidir sobre corte de produtos: opção de compra ou de fabricação; 
Reduzir custos; 
Determinar o Ponto de Equilíbrio; 
Avaliar o desempenho. 
A contabilidade de Custos é a base de informações tanto para a contabilidade financeira, 
bem como para a contabilidade gerencial. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Aula 2: Sistemas de gerenciamento de informações estratégicas. 
 
 
Grande parte das informações gerenciais fornecidas pela Contabilidade Gerencial, 
para tomada de decisão, está relacionada a custos, que são utilizados, por exemplo, 
para: 
 
Decisões sobre mix de produtos e mix de clientes. 
Lucro desejado versus o preço que o mercado está disposto a pagar. 
Atkinson (2011 apud MACIEL, 2016) relata a necessidade que gerentes de empresas 
industriais e de serviços têm de obter informações precisas e relevantes sobre seus custos 
realizados. Quanto maior a competitividade do mercado em que a empresa atua, maior 
essa necessidade. 
 
Segundo os autores, essas informações sobre custos são importantes para, por 
exemplo: 
 
Ajudar os engenheiros a projetarem produtos que possam ser fabricados com maior 
eficiência; 
Apontar demandas de melhorias de qualidade, eficiência e rapidez na produção; 
Orientar decisões relacionadas a mix de produto; 
Escolher entre fornecedores alternativos; 
Orientar as negociações sobre preços, especificações de produto, qualidade, entrega e 
serviços. 
 
Dessa forma, pode-se dizer que o grande desafio que se enfrenta até hoje na Contabilidade 
Gerencial é o de conseguir a agregação de valor para as empresas às partes que com ela 
se relacionam (stakeholders). 
 
Umas das técnicas utilizadas para auxiliar no avanço competitivo é o uso do sistema de 
informações, oferecendo às empresas relatórios gerenciais com informações que auxiliem 
no processo de gestão criando vantagens competitivas no mercado concorrente. 
 
Crepaldi afirma que o ponto fundamental da Contabilidade Gerencial é o uso da informação 
contábil como ferramenta para a administração. O sistema de informação contábil gerencial 
só poderá ser executado de forma eficiente por intermédio de um sistema integrado de 
informações contábeis que abranjam tanto os recursos humanos quanto os tecnológicos. 
(CREPALDI, 2012 apud MACIEL, 2016, p. 15). 
 
 
 
 
 
 
 
 
Sistema de informações contábeis. 
A contabilidade é responsável por coletar dados de diversas fontes – tanto internas quanto 
externas à empresa – por meio da utilização de várias ferramentas e técnicas. Para a 
entidade empresarial, a contabilidade funciona como um instrumento de planificação e 
controle que possibilita a previsão e a interpretação dos resultados. O sistema contábil é 
importante para gerar informação de apoio à tomada de decisão, que guie e direcione as 
ações, monitorando e avaliando o desempenho e o resultado da organização. 
 
O sistema formado pela contabilidade é, portanto, um mecanismo em forma de 
processamento das transações diárias da empresa. Esse sistema registra os fatos 
contábeis baseado no plano de contas. De acordo com essa ideia, a informação produzida 
pela contabilidade pode ser financeira e não financeira. 
 
Informação financeira. 
Informação formada pelas demonstrações contábeis, que estão de acordo com os princípios 
contábeis, as normas da CVM e a legislação societária. A principal função dessas 
demonstrações é apresentar dados relevantes para acionistas, credores, governo e outros 
que necessitam desse tipo de informação por algum interesse específico. 
 
Informação quantitativa. 
Informação que apresenta valor monetário e informação que, mesmo sendo financeira, 
proporciona outra expectativa. 
 
Informação qualitativa. 
Informação de caráter não financeiro que pode – e deve – ser utilizada no processo de 
tomada de decisão. Esse tipo de informação é utilizado para a avaliação daeficiência 
operacional e para a preservação dos resultados de longo prazo da entidade. Dessa forma, 
um sistema de informação permite que a empresa tenha uma visão integrada de seus 
negócios. 
 
 
Funções básicas da Controladoria. 
 
A Controladoria, no modelo sistêmico, tem função integradora das demais áreas, 
coordenando esforços para conseguir resultado global superior ao resultado individual de 
cada área e permanecendo sempre em busca de um processo de gestão composto por 
etapas de planejamento, execução e controle. 
 
Por meio do planejamento, os gestores implementam suas ações, os planos e avaliam o 
resultado do que foi idealizado e orçado. Dessa forma, a Controladoria surgiu para ampliar e 
disseminar o entendimento do processo de gestão, identificando a razão de ser de uma 
organização e quais fatores estão contribuindo, ou não, para a eficiência e eficácia de suas 
operações, de forma que se assegure a continuidade do negócio pela geração contínua de 
resultados econômicos favoráveis. (OLIVEIRA, 2009 apud CORRÊA, 2016). 
 
 
 
Controladoria e a Contabilidade Gerencial. 
A Controladoria é um órgão administrativo que tem como principal missão a continuidade da 
empresa, que deve ser assegurada pela otimização de seu resultado. Além disso, sua 
função e os princípios que a norteiam são definidos no modelo de gestão da empresa para 
a melhoria contínua do processo de gerenciamento. 
 
Seu objetivo é propor e aperfeiçoar instrumentos de planejamento e controle 
gerencial por meio das diversas ciências advindas da Controladoria. 
 
 
Dessa forma, conclui-se que a Controladoria contém as funções da contabilidade gerencial, 
o que significa mais do que a administração de um sistema financeiro, e com enfoque e 
responsabilidade de apoio às atividades operacionais, gerando valor. Esse contador 
gerencial deve esforçar-se para assegurar que a administração tome as melhores decisões 
estratégicas. 
 
Identificaremos a seguir os tipos de contabilidade que se aplicam à Controladoria e 
às informações que deles podemos extrair: 
 
Contabilidade financeira. 
Aquela responsável pela elaboração e comunicação de informações, principalmente as 
voltadas aos usuários externos. As informações repassadas aos usuários internos são 
apresentadas por meio de relatórios contábeis. 
 
A contabilidade financeira baseia-se nos princípios contábeis e na legislação societária. No 
caso das sociedades anônimas, essas informações são publicadas para os interessados 
externos e devem passar pelo processo de verificação feito pela auditoria. 
 
 
Contabilidade de custos. 
Aquela voltada para mensuração e apuração do custo dos produtos, serviços ou centros de 
contabilidade. A contabilidade de custos também serve de apoio para a geração de 
informação que serve de base para a contabilidade gerencial. 
 
 
Contabilidade tributária. 
Aquela que se baseia no planejamento, na apuração e no controle dos tributos que incidem 
sobre o lucro das entidades e sobre as receitas provenientes da venda de produtos ou da 
prestação de serviços, bem como da movimentação financeira da empresa. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Contabilidade gerencial. 
Aquela que se relaciona com o processo de fornecimento de informações aos usuários 
internos da empresa – proprietários, gerentes e controllers. 
 
Como vimos, as informações da contabilidade podem ser de três tipos: 
 
Informação tradicional (financeira/monetária): balanço patrimonial, demonstração do 
resultado do exercício, demonstração do fluxo de caixa, custos de serviço e margem de 
lucro. 
 
Informação qualitativa (não financeira): retorno sobre as vendas, nível de atividade, número 
de pedidos, unidades em estoque e horas orçadas. 
 
Informação quantitativa (não financeira – dados): Satisfação do cliente, satisfação dos 
empregados, qualidade dos produto ou serviço e lançamento de novos produtos ou 
serviços. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Aula 3: Sistema de custeio por absorção. 
 
 
Introdução ao sistema de custeio por absorção. 
O sistema de custeio por absorção é o método derivado da aplicação dos princípios 
contábeis geralmente aceitos. Esta técnica de custeio foi introduzida no Brasil por empresas 
alemães que se instalaram no país durante a implantação da indústria automobilística nos 
anos 1960. 
 
A principal característica dele consiste na apropriação de todos os custos de produção aos 
bens ou serviços em elaboração, ou seja, são apropriados todos os gastos oriundos do 
esforço de fabricar para encontrar o seu custo de fabricação. Assim, depois de apropriar 
todos os custos diretos e indiretos de fabricação, dividimos pelo volume produzido para 
encontrar o custo de fabricação unitário. 
 
Exemplo: suponhamos que a indústria Azul Marinho tenha produzido em um determinado 
mês 12.000 unidades de um produto. Foi apropriado, em custos de produção, sejam eles 
fixos ou variáveis, o valor de R$ 36.000,00; as despesas operacionais foram de R$ 8.000,00 
no mês. Neste mesmo mês, foram vendidas 10.000 unidades a R$ 5,00, num total de 
vendas de R$ 50.000,00. O custo de fabricação unitário será de R$ 3,00 = (R$ 
36.000,00/12.000 unidades). Os gastos não fabris (despesas operacionais) são excluídos 
dos custos dos produtos e serviços e lançados no resultado do período. 
 
 
Conceito e tratamento dos gastos. 
Gastos: Gasto financeiro que a empresa tem de arcar para a obtenção de produtos ou 
serviço produzidos ou executados para a sua atividade-fim, sendo eles custos ou despesas. 
 
Investimentos: Em bens que serão ativados ou de benefícios atribuídos a períodos futuros, 
ou seja, não serão consumidos e nem apropriados a produtos e serviços. 
 
Custos: Apropriados e consumidos direta ou indiretamente nos produtos e serviços 
produzidos pela empresa. 
 
Despesas: Correspondentes a bens ou serviços apropriados e consumidos direta ou 
indiretamente para a obtenção de receitas, ou seja, não fazem parte dos gastos com a 
fabricação dos produtos ou da prestação dos serviços. 
 
Desembolso: Desencaixe de recursos financeiros para pagamento de bens ou serviços 
utilizados pela empresa. 
 
Perda: Gastos utilizados e consumidos de forma diversa do planejado, ou seja, gastos que 
não foram transformados em produtos ou serviços. 
 
 
 
 
Princípios adotados pelo custeio por absorção. 
Os custos apropriados vão para o ativo na forma de produtos e só podem ser considerados 
para resultado do período ao ocorrer a venda do produto. 
 
Vale ressaltar que uma empresa não deve alterar o modo de apropriar os custos 
invariavelmente, pois existem diferenças entre eles e, quase sempre, essas mudanças 
podem dar uma falsa impressão dos resultados obtidos. 
 
O custeio por absorção se dá por meio de um esquema básico: 
 
1​ Separação entre custos e despesas. 
2​ Apropriação dos custos diretos diretamente aos produtos ou serviços. 
3 ​Rateio dos custos indiretos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Custos diretos. 
São os custos que estão relacionados com o processo produtivo de bens e serviços, como, 
por exemplo: 
 
Material direto: Formado por matérias-primas, embalagens, componentes adquiridos 
prontos e outros materiais utilizados no processo de fabricação; 
Mão de obra direta (MOD): Refere-se apenas aos gastos com pessoal que trabalha 
diretamente sobre o produto em elaboração, desde que seja possível a mensuração do 
tempo despendido e a identificação de quem executou o trabalho. 
 
Custos indiretos. 
Os custos indiretos não podem ser facilmente atribuídos às unidades, necessitando de 
alocações para isso. 
 
Exemplo. 
Depreciação da indústria, aluguel da indústria e mão de obra indireta. As alocações causam 
a maior parte das dificuldades e deficiências dos sistemas de custos, pois não são simples 
e podem ser feitas por vários critérios. 
 
Existe a questão da alocação dos custos indiretos aos produtos e sua análise dá origem aos 
métodos de custeio. Dessa forma, os custos indiretos necessitam de aproximações, isto é, 
alguns critérios de rateio, para serem atribuídos aos produtos.Exemplo​. 
Seguros e aluguéis da fábrica e supervisão de diversas linhas de produção. 
 
 
 
Análise dos critérios de rateio. 
A apropriação dos custos indiretos é feita de forma indireta aos produtos, isto é, mediante 
estimativas, critérios de rateio, previsão de comportamento dos custos etc. Essas formas 
têm maior ou menor grau de subjetividade devido à arbitrariedade que existe nessas 
alocações. 
 
Os custos comuns a vários departamentos são rateados em função da sua natureza. 
Quanto aos indiretos, devem ser rateados segundo os critérios julgados mais adequados 
para relacioná-los aos produtos em função. 
 
Para uma devida alocação dos custos indiretos de produção, é necessário proceder à 
análise de seus componentes e à verificação de quais critérios são capazes de fazer uma 
relação melhor deles com os produtos. 
 
Critérios bons numa empresa podem não ser bons em outras, em virtude das 
características especiais do próprio processo de produção. É necessário que as 
pessoas responsáveis pela escolha dos critérios de rateio conheçam bem o processo 
produtivo da empresa. 
 
 
Aula 4: Sistemas de custeios por departamentos e por atividade (ABC). 
 
 
Conceito de departamento e sua classificação. 
De acordo com Martins (apud Borges, 2015), departamento é a unidade mínima 
administrativa para a contabilidade de custos, representada por pessoas e máquinas, em 
que se desenvolvem atividades homogêneas. Deve sempre haver um responsável para 
cada departamento, podendo ser constituído tanto por pessoas e máquinas quanto apenas 
por pessoas ou, teoricamente, máquinas. 
 
Exemplo: Contabilidade, manutenção, almoxarifado, forjaria. 
 
A nomenclatura departamento pode variar de acordo com cada organização, podendo ser 
utilizadas as palavras setor, unidade e diretoria. São todas nomenclaturas utilizadas para os 
centros de responsabilidades de uma organização. Dessa forma, a departamentalização 
nada mais é que a divisão da organização em departamentos. 
 
A departamentalização é obrigatória em custos para uma racional distribuição dos custos 
indiretos. 
 
 
Centros de custos. 
Segundo Martins (apud Borges, 2015), na maioria das vezes, um departamento é um centro 
de custos, ou seja, nele são acumulados os custos indiretos para posterior alocação aos 
produtos (departamentos de produção) ou a outros departamentos (de serviços). 
 
Centro de custos é a unidade mínima de acumulação de custos indiretos. Mas não é 
necessariamente uma unidade administrativa, só ocorrendo quando coincide com o próprio 
departamento. Adotaremos como critério simplificador a ideia de que cada departamento 
corresponde um único centro de custos, porém tendo a consciência de que essa 
simplificação pode não ocorrer para todas as empresas na prática. 
 
Para que possa ser caracterizado como tal, um centro de custos deveria: 
 
Ter uma estrutura de custos homogênea; 
Estar concentrado num único local; 
Oferecer condições de coleta de dados de custos. 
 
 
 
Afinal, por que departamentalizar? 
Conforme salienta Martins (apud Borges, 2015), a alocação dos custos indiretos aos 
produtos por meio do uso do custeio por absorção com departamentalização é uma maneira 
de cometer menos injustiças e diminuir as chances de erros maiores no uso dos critérios de 
rateio. 
 
 
 
Custeio por absorção com departamentalização. 
Por que estamos falando em departamentos ou departamentalização? Porque temos custos 
diretos e indiretos. Não há problemas em alocar os custos diretos aos produtos, já que são 
perfeitamente identificáveis. Mas isso não ocorre com os indiretos. Nesse caso, uma forma 
de reduzir o impacto do rateio é distribuir racionalmente os custos indiretos aos 
departamentos para posteriormente serem alocados aos produtos. 
 
Dessa forma, os departamentos passam a ser centros de custos ou uma unidade mínima de 
acumulação de custos indiretos. A alocação, primeiro aos departamentos para posterior 
alocação aos produtos, é uma maneira de diminuir os erros. 
 
A aplicação do custeio por absorção com departamentalização complementa a 
sequência vista na unidade anterior, a do custeio por absorção com rateio simples. 
De acordo com a ordem de passos exposta por Martins (apud Borges, 2015), tem-se: 
 
1º passo - Separar custos e despesas. 
2º passo - Lançar despesas diretamente no resultado. 
3º passo - Separar custos diretos e indiretos. 
4º passo - Apropriar custos diretos diretamente aos produtos. 
5º passo - Apropriar custos indiretos que pertencem aos departamentos a partes comuns. 
6º passo - Rateio dos custos indiretos comuns aos departamentos de produção e serviços. 
7º passo - Escolha da sequência de rateio dos custos acumulados nos departamentos de 
serviços e sua atribuição aos departamentos de produção. 
8º passo - Atribuição dos custos indiretos dos departamentos de produção aos produtos. 
De maneira esquemática, teríamos o diagrama para aplicação do custeio por absorção com 
departamentalização 
 
 
 
 
 
 
Quando se utiliza o custeio por absorção sem departamentalização, tem-se a apuração do 
resultado do exercício conforme exigido pela legislação fiscal e societária; no entanto, o uso 
do custeio com departamentalização permite, além do controle de gastos na empresa, 
controlarmos gastos e a elaboração de relatórios por departamento, de modo que podem 
ser avaliados em nível de eficiência e eficácia de produção. Portanto, a 
departamentalização é interessante em custos por ser uma metodologia mais racional de 
distribuição dos custos indiretos de fabricação. 
 
Apuração dos custos das atividades (ABC). 
No método de custeio baseado em atividades – ABC (activity-based costing), a atribuição 
dos custos às atividades ocorre de três maneiras: 
 
Atenção 
I. Alocação direta, quando se tem bases confiáveis e objetivas de alocação dos custos às 
atividades; 
 
II. Rastreamento, quando a alocação dos custos é feita com base na rela¬ção causa e 
efeito entre a ocorrência da atividade e a geração dos custos. Essa relação é expressa 
através de direcionadores de custos de primeiro estágio, con¬forme estudado na aula 1; 
 
III. Rateio, realizado apenas quando não se aplica a alocação direta ou o rastreamento. 
 
Segundo Martins (apud Borges, 2015), no custeio ABC, as atividades consomem recursos e 
os produtos consomem atividades, procurando reduzir as distorções provocadas pelo rateio 
arbitrário dos custos indiretos. A exigência de melhor alocação dos custos indiretos deve-se 
ao avanço tecnológico, à crescente complexidade dos sistemas de produção e à grande 
diversidade de produtos e modelos fabricados. 
 
Didaticamente, as atividades podem ser organizadas em cinco níveis gerais: 
 
 
 
 
 
 
 
Alocação dos custos das atividades aos produtos. 
 
A partir da premissa de que são as atividades que consomem recursos e essas são 
consumidas por produtos e outros objetos de custo, Hansen e Moween (apud Borges, 2015) 
explicam as seis etapas essenciais para o projeto de implantação de um sistema ABC: 
 
Identificar, definir e classificar as atividades e os atributos-chave. 
Identificar refere-se a descrever a ação pretendida como receber materiais. A definição é 
feita a partir da descrição dos atributos de atividades, que detalha as tarefas realizadas em 
uma atividade, os tipos de recursos consumidos por ela, o tempo gasto pelo funcionário, os 
objetos de custos que a consomem e uma medida de consumo de atividade que é o próprio 
direcionador de atividade. A classificação das atividades refere-se à sua atribuição em um 
dos dois grupos: das atividades primárias, as que são consumidas por um objeto de custo, e 
das atividades secundárias, consumidas por atividades primárias ou outras secundárias. 
 
 
Atribuir o custo dos recursos às atividades. 
Nesta etapa, identificam-se os recursos consumidos em cada atividade e seus respectivos 
custos. Para tanto, é necessário utilizar o rastreamento direto ou por direcionador. Os 
direcionadores de recursos são os fatores que medem quanto cada atividade consome de 
recursos,permitindo que esses sejam atribuídos àquelas. 
 
 
Atribuir o custo das atividades secundárias às atividades primárias. 
Cada atividade primária funciona como um direcionador de atividade; a partir da 
determinação dos direcionadores, verifica-se que proporção cada atividade primária 
consome das secundárias. 
 
 
Identificar os objetos de custo e especificar a demanda de cada atividade consumida 
por objeto de custo específico. 
Isto é feito a partir de dois tipos de direcionadores: os direcionadores de transação medem 
quantas vezes uma atividade é realizada, assim como a quantidade de tratamentos e de 
pedidos; os direcionadores de duração medem o tempo requerido para realizar uma 
atividade. 
 
 
Calcular as taxas de atividades primárias. 
Este cálculo é feito a partir da divisão dos custos das atividades orçadas pela capacidade 
prática de atividades, sendo que a capacidade de atividade é a quantidade de produto da 
atividade. 
 
 
 
 
 
 
Atribuir os custos de atividades aos objetos de custo que as consumiram. 
Isto é feito a partir da multiplicação das taxas de atividade pela quantidade consumida pelo 
objeto de custo de cada atividade. Ressalta-se que um objeto de custo pode ser, por 
exemplo, um produto, um lote, uma ordem ou uma encomenda. 
 
Segundo Ribeiro (apud Borges, 2015), é sempre importante lembrar que, em qualquer um 
dos dois estágios de atribuição de custos, havendo a possibilidade de identificar o custo em 
relação à atividade ou ao produto de forma clara e objetiva, esta deverá prevalecer sobre o 
rastreamento e o rateio dos custos indiretos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Aula 5: Custeio variável. 
 
O sistema de custeio variável segrega os custos e as despesas em variáveis e fixos. Nesse 
sistema, os custos de produção são aqueles que vão aumentar ou diminuir em função da 
quantidade produzida. O seu método também é conhecido como custeio direto, que é um 
tipo de custeamento que se fundamenta no pressuposto de que os custos fixos são 
considerados como aqueles do período necessários para manter a estrutura da empresa, 
sejam os produtos fabricados ou não. Assim, pelo método do custeio variável, os fixos 
adquirem a mesma classificação dada às despesas. 
 
Portanto, no custeio variável, somente os custos variáveis de produção são alocados aos 
bens e serviços produzidos. Vale ressaltar que, no Brasil, o uso do dele se restringe a fins 
gerenciais, uma vez que, oficialmente, tanto por determinação do Fisco quanto pela 
observância dos princípios fundamentais de Contabilidade, deve-se, para custeamento dos 
produtos fabricados, adotar o sistema de custeio por absorção, que contempla como custo 
de produção tanto os custos diretos (variáveis) quanto os custos indiretos (fixos). Como a 
aplicação do termo direto ou variável nem sempre coincide exatamente com seus conceitos 
básicos, deve-se ter cautela com seu emprego. 
 
 
O sistema de custeio variável enxerga a apropriação e análise dos custos e despesas 
variáveis, independentemente de eles serem diretos ou indiretos aos produtos ou serviços, 
o que, confrontado com a receita do período, surge o conceito de margem de contribuição, 
técnica muito utilizada para a tomada de decisão gerencial nas organizações. 
 
Cabe ressaltar que o sistema de custeio variável não se enquadra com os princípios 
contábeis da competência e da confrontação, por isso não é aceito pela legislação fiscal 
nem pelas empresas de auditoria externas. Mas a não aceitação desse sistema pelas 
autoridades não impede que as organizações possam utilizá-lo internamente. 
 
Demonstração de resultado no sistema de custeio variável. 
A gestão de custos oferece uma alternativa diferente de como demonstrar o resultado, 
apoiando a tomada de decisão: 
 
 
DRE do custeio variável. 
 
Receitas de vendas. 
 
(-) Custos e despesas variáveis 
 
(=) Margem de contribuição 
 
(-) Custos e despesas fixos 
 
(=) Resultado 
 
 
Margem de contribuição. 
É a quantia gerada pelas vendas que é capaz de cobrir os custos fixos da empresa e ainda 
gerar como resultado um lucro. 
 
MC = PV – (CV – DV) 
Em que... 
 
MC: margem de contribuição; 
 
PV: preço de venda; 
 
CV: soma dos custos variáveis; 
 
DV: soma das despesas variáveis. 
 
 
Exemplo de aplicação do custeio variável com uso da margem de contribuição 
Para a aplicação do custeio variável, assim como do custeio por absorção e ABC, 
podemos estabelecer alguns passos: 
 
1º PASSO​ Separar custos e despesas; 
 
2º PASSO​ Separar o que são custos fixos e o que são variáveis; 
 
3º PASSO​ Os custos variáveis devem ser apropriados diretamente aos produtos; 
 
4º PASSO​ Os custos fixos devem ser tratados conforme as despesas e lançados 
diretamente no resultado do período. 
 
Esquematicamente, teríamos: 
 
 
 
 
Agora, vamos praticar um exemplo de aplicação do custeio variável. A Fábrica 
Jacarandá S/A. é uma empresa que produz cadeiras. Em determinado período, 
apresentou os seguintes dados: 
 
Quantidade produzida 2.000 un. 
Quantidade vendida 1.900 un. 
Madeira (MD) + MOD R$ 25/un. 
Ferragem (MD) + MOD R$ 50/un. 
Custos Indiretos R$ 13.000 
Despesas Administrativas R$ 12.500 
Despesas Variáveis R$ 10,00/un. 
Preço de Venda R$ 180,00 
 
Conciliação dos resultados apurados pelo custeio por absorção e pelo custeio 
variável. 
Vamos comparar os resultados pelo custeio por absorção e pelo custeio variável. Uma 
forma explícita de comparar as diferenças entre os dois métodos de custeio é pela 
aplicação de um exemplo. A Cia. Brasileira apresentou os seguintes dados contábeis para 
determinado exercício social: 
 
PRODUÇÃO 1.000 unidades acabadas 
Custos fixos R$ 20.000,00 
Despesas fixas R$ 4.000,00 
Custos fixos R$ 20.000,00 
Despesas fixas R$ 4.000,00 
 
Conciliação dos resultados apurados pelo custeio por absorção e pelo variável: 
 
RELAÇÃO EFEITO NO ESTOQUE EFEITO NO LUCRO 
Produção = vendas Sem variação Lucro por absorção = Lucro pelo variável 
Produção > vendas Aumento de estoque Lucro por absorção > Lucro pelo variável 
Produção < vendas Diminuição de estoque Lucro por absorção < Lucro pelo 
variável 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Vantagens e desvantagens dos dois sistemas de custeios. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Aula 6: Relação custo x volume x lucro. 
 
 
 
Uma das mais relevantes contribuições da Contabilidade de custos consiste em sua 
capacidade de gerar informações de forma rápida e confiável para a tomada de decisão dos 
gestores. Nesse sentido, a classificação dos gastos em variáveis e fixos torna-se 
fundamental por ser a base do cálculo da margem de contribuição, em que se procura 
evidenciar a potencialidade ou a rentabili​dade de um produto ou serviço de forma a 
absorver todos os gastos fixos da empresa (custos e despesas). 
 
 Conceito de ponto de equilíbrio. 
Ponto de equilíbrio é aquele nível de operação da empresa no qual gastos e receitas se 
equivalem, resultando em lucro zero. Acima dele, a empresa terá lucro; abaixo, prejuízo. No 
ponto de equilíbrio contábil ou operacional (PEC), ela não terá lucro nem prejuízo. 
 
Daí vem a palavra equilíbrio, que podemos encontrar em quantidade e em valor. Aquele 
representa a quantidade mínima que deverá ser vendida para que a empresa não tenha 
lucro nem prejuízo. Já este corresponde ao mínimo de receita que ela deverá obter para 
não ter nem lucro nem prejuízo (receita de equilíbrio). 
 
O ponto de equilíbrio também é chamado de ponto de ruptura (break-even point). Nessa 
situação, o lucro é igual a zero: receitas totais menos custos (e despesas) chegaram este 
resultado. 
 
Ponto de equilíbrio contábil, econômico e financeiro. 
De acordo com Megliorini (apud Maciel, 2016), dependendo da análise a ser realizada e das 
decisões a serem tomadas, podemos determinar pelo menos três situações de equilíbrio, 
como veremos a seguir, pois o ponto de equilíbrio pode ser analisado sob três aspectos: 
contábil, econômico e financeiro. 
 
Assim, os métodos de apuração do pontode equilíbrio são os seguintes: 
 
Ponto de equilíbrio contábil (PEC): Ponto em que, contabilmente, a empresa não apresenta 
lucro ou prejuízo; 
 
Ponto de equilíbrio econômico (PEE): Ponto em que a empresa é capaz de cobrir seus 
custos e despesas e ainda gerar resultado mínimo desejado; 
 
Ponto de equilíbrio financeiro (PEF): Ponto em que itens que não apresentam desembolso 
de caixa são desconsiderados. 
 
Vamos agora diferenciar os conceitos de PEC, PEE e PEF. Para isso, considere os dados 
da empresa do exemplo anterior: 
 
 
 
Ponto de equilíbrio contábil (PEC). 
Tem o objetivo de demonstrar a quantidade de vendas que deve ser efetuada para cobrir 
todos os custos e as despesas fixas, deixando de lado os aspectos financeiros e não 
operacionais. 
 
 
Ponto de Equilíbrio Econômico (PEE). 
Significa a quantidade que iguala a receita total com a soma dos custos e despesas 
acrescida da remuneração mínima sobre o capital investido pela empresa. 
 
 
Ponto de Equilíbrio Financeiro (PEF). 
É a quantidade que iguala a receita total com a soma dos custos e despesas que 
representam desembolso financeiro para a empresa. 
 
 
Conceito de custo-padrão. 
O custo-padrão faz parte do planejamento da organização e tem como objetivo o controle 
dos custos da produção. Ele consiste em uma meta que a organização define para a 
produção de bens ou serviços. 
 
O controle desses custos proporciona informações relevantes, uma vez que é possível a 
confrontação do custo planejado com o que de fato ocorreu no processo de produção da 
empresa. Com a confrontação, é possível identificar quando ocorrem as variações dos 
custos para, então, se investigarem as causas dessas variações e buscar estratégias de 
melhorias, reduzindo custos, otimizando os processos, treinando pessoal, enfim, realizando 
as ações necessárias para que as metas de custos sejam alcançadas. Se for constatado 
que nada pode ser feito para as metas de custos serem alcançadas, isso deve ser revisto. 
 
O custo-padrão é uma ferramenta auxiliar para a contabilidade de custos, podendo ser 
utilizado como uma informação gerencial e ser confrontado com os custos reais sem a 
necessidade de sua contabilização. Na Contabilidade, não existe obrigatoriedade para a 
contabilização do custo-padrão.. 
 
Variação de preço (taxa). 
A variação de preço (taxa) é a diferença entre o preço por unidade padrão e o real de uma 
entrada, multiplicado pelo número de entradas consumidas. 
 
 
Variação de consumo (eficiência). 
A variação de consumo (eficiência) é a diferença entre a quantidade padrão e a real de 
entradas multiplicadas pelo preço padrão da entrada. 
 
 
 
 
 
Aula 7: Ponto de equilíbrio para vários produtos. 
 
 
 
O ponto de equilíbrio, em suas formas contábil, financeira e econômica, pode ser calculado 
de forma exata e até simples quando se trabalha com apenas um produto. Entretanto, o 
mais usual é que as empresas tenham em seu portfólio uma gama de produtos variados, 
impedindo o controller do cálculo do ponto de equilíbrio de forma mais complexa. 
 
O autor afirma que a solução será calcular inicialmente um ponto de equilíbrio global em 
quantidades, utilizando o cálculo de: 
 
1 - Margem de contribuição ponderada; 
 
2 - Quantidades a serem produzidas por produto com base na mesma proporção de 
participação de cada margem de contribuição em relação ao seu total. 
 
No entanto, uma vez conhecido o ponto de equilíbrio por produto em unidades, bastará 
multiplicá-lo pelo preço de venda para se conhecer este ponto em valor. 
 
 
Maciel (2016) sustenta que a análise da margem de contribuição indica: 
 
1 Como melhorar a utilização da capacidade da empresa; 
 
2 Como formular o preço para uma concorrência; 
 
3 Se deve ser aceito um pedido mesmo que o preço de venda seja menor que o preço 
normal 
 
O ponto de equilíbrio não contempla o cálculo do imposto de renda, porque, se a 
ideia do PE é não ter lucro, então não faz sentido incluí-lo na fórmula. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Aula 8: Análise de sensibilidade e incerteza. 
 
 
 
De acordo com Maciel (2016), o processo de planejamento permite que a administração 
considere estratégias alternativas. O autor questiona: se o preço subir concomitantemente a 
uma redução no volume (efeito elasticidade), que impacto isso trará nos resultados, no 
caixa e na estrutura patrimonial? 
 
Como se percebe, o processo de controle é parte integrante do planejamento 
empresarial, já que nos permite: 
 
1 Aprender; 
 
2 Distinguir desempenhos 
 
3 Alterar as premissas; 
 
4 Implementar as providências de correção. 
 
Sem controle, não se tem clareza sobre os objetivos. 
 
Margem de segurança (em unidade, valor e percentual). 
 
De acordo com Maciel (2016), a MS (Q) representa o quanto as vendas podem cair sem 
que a empresa incorra em prejuízo. A MS ($) é igual à margem em quantidades, 
multiplicada pelo preço de venda. Já MS (%) é a margem em quantidades dividida pela 
quantidade de vendas. 
 
Alavancagem operacional. 
 
Segundo Maciel (2016), a alavancagem operacional decorre da existência de gastos fixos 
relacionados a ativos (investimentos) e atividades operacionais da empresa, como 
depreciação, folha de pessoal, aluguéis etc. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Aula 9: Tomada de decisão - cenários possíveis. 
 
 
Os gestores das empresas devem analisar a possibilidade de aceitar um pedido de venda 
especial a clientes diante de uma capacidade produtiva disponível. Os pedidos de venda 
especiais representam vendas esporádicas e não repetitivas de produtos da empresa. 
 
Capacidade instalada e ociosa. 
Nos dizeres de Maciel (2016), a aplicação do custo de ociosidade no Brasil para fins de 
gerenciamento não é muito difundida. 
 
Relatório de análise diferencial. 
Segundo Maciel (2016), uma função importante do contador gerencial é prover a informação 
do custo que ajude a apoiar a decisão. 
 
 
Comprar ou fazer. 
A decisão de produzir um determinado item internamente ou de comprá-lo de um 
fornecedor externo é uma escolha estratégica. Algumas situações de mercado levam a 
administração financeira a analisar essas hipóteses. 
 
 
A terceirização de atividades, desde a logística até os serviços administrativos, é uma 
tendência atual em algumas atividades. Os itens que se encaixam em uma dessas 
três categorias são considerados de natureza estratégica e devem ser produzidos 
internamente se possível: 
 
● O item é fundamental para o sucesso do produto, incluindo a percepção do cliente 
sobre os seus atributos importantes; 
● O item requer especialistas de design e técnicas de fabricação ou equipamentos: o 
número de fornecedores capazes e confiáveis é extremamente limitado; 
● O item se encaixa bem dentro das competências da empresa principal ou, dentro 
delas, a empresa deve desenvolver-se para cumprir os planos de futuro. 
 
 
Custo de oportunidade. 
O custo de oportunidade representa o valor sacrificado pela empresa em termos de 
remuneração ao tomar a decisão de aplicar seus recursos em determinada alternativa em 
detrimento de outra capaz de proporcionar um melhor benefício. Portanto, os custos de 
oportunidade e os econômicos são sinônimos. 
 
Pode-se dizer também que o custo de oportunidade refere-se ao valor líquido de caixa 
perdido quando se optou por uma alternativa em vez de outra. Cabe ressaltar que 
raramente as organizações têm volumes ilimitados de qualquer recurso para serem usados 
em suas atividades; por essa razão, os tomadores de decisão usam várias ferramentas para 
identificar os melhores usos dos recursos limitados. 
 
Aula 10: Precificação. 
 
 
As empresas em geral não aplicam um preço único, mas sim uma estrutura de preços que 
refletem as variações na demanda e os custos geográficos, as exigências do segmento de 
mercado, o momento ideal para a compra (timing), os níveis de pedidos e outros fatores. 
 
Após desenvolver uma estratégia de preços, as empresas geralmente enfrentam situações 
nas quais precisam alterá-los. Uma redução de preço pode ser necessária devido àcapacidade excedente da fábrica, ao declínio na participação de mercado, à intenção de 
dominar o mercado por meio da redução de custos ou à recessão econômica. Já um 
aumento de preços pode ocorrer devido à inflação de custos ou ao excesso de demanda. 
Ao aumentar os preços, as empresas devem administrar cuidadosamente as percepções 
dos clientes. As empresas devem prever as mudanças de preço por parte da concorrência e 
preparar um plano de contingência para a reação. Existem diversas respostas possíveis em 
termos de manter ou mudar o preço ou a qualidade. 
 
A empresa que está enfrentando uma mudança de preço do concorrente deve tentar 
compreender a intenção dele e a provável duração da mudança. A estratégia da empresa 
depende de ela estar fabricando produtos homogêneos ou não. As líderes de mercado 
atacadas por concorrentes com preço reduzido podem preferir manter o preço, elevar a 
qualidade percebida de seu produto, reduzir ou aumentar o preço e melhorar a qualidade ou 
lançar uma linha de combate com preço reduzido 
 
 
O preço é o único elemento do mix de marketing que produz receita; os demais produzem 
custos. Também é um dos elementos mais flexíveis: pode ser alterado com rapidez, ao 
contrário das características de produtos, dos compromissos com canais de distribuição e 
até das promoções. Ele também informa ao mercado o posicionamento de valor pretendido 
pela empresa para seu produto ou marca. Um produto bem desenhado e comercializado 
pode determinar um preço superior e obter alto lucro. É o caso, por exemplo, das indústrias 
automobilísticas: elevar seus preços pela entrega de valor agregado. 
 
 
Cabe ressaltar que o processo de formação de preço, tem alguns objetivos 
importantes como: 
 
Proporcionar, a longo prazo, o maior lucro possível; 
Permitir a maximização lucrativa da participação de mercado; 
Maximizar a capacidade produtiva, evitando ociosidade e desperdícios operacionais, e o 
capital empregado para perpetuar os negócios de modo auto sustentado. 
De acordo com Maciel (2016), o preço é algo que o cliente paga pelo produto ou serviço. O 
autor afirma que o significado do preço aos clientes traduz-se em diversos benefícios: 
. 
 
 
 
1 Benefício funcional. 
Ajuda a resolver os problemas do pessoal técnico da empresa. No caso de uma máquina 
produtiva, seus benefícios vão ao encontro dos interesses dos engenheiros da fábrica; 
 
2 Benefício operacional. 
Relativo às necessidades do pessoal da produção; 
 
3 Benefício financeiro. 
Atende às necessidades do pessoal de compras e finanças; assim, o preço a ser pago por 
um produto é muito menor que o benefício percebido que produz, o que resulta num valor 
econômico para esse pessoal; 
 
4 Benefício intrínseco. 
Ligado ao status do produto, segurança e imagem da empresa e satisfação pessoal. 
Comprar um objeto caro e a que poucos têm acesso, comprar de uma empresa que tem 
reputação no mercado, tudo isso deve ser apresentado como benefício na venda. 
 
 
O composto mercadológico. 
(4 Ps: produto, preço, ponto de venda e promoção) 
Os 4 Ps do marketing, também chamados de mix ou composto de marketing, representam 
os quatro pilares básicos de qualquer estratégia da área. O composto mercadológico (4 Ps) 
foram formulados no início da década de 1960 pelo professor Jerome McCarthy, da 
Universidade de Michigan. 
 
Cada elemento do composto mercadológico – produto, preço, ponto de venda (vias de 
distribuição) e promoção (comunicação da empresa com o mercado) – tem potencial para 
afetar o processo de compra em vários estágios. 
 
Segundo Maciel (2016), no paradigma atual,​ o mercado é o grande sinalizador de preços. 
Os consumidores passaram a ter mais força para influenciar o preço das mercadorias 
ofertadas. Nesse novo ambiente, a empresa deixa de ter o poder de impor os preços de 
seus produtos. É o mercado, portanto, que acaba ditando o preço que está disposto a 
pagar. 
 
Às empresas cabe verificar se é viável ofertar determinado produto por um preço tal que 
permita a remuneração adequada, pelo lucro gerado, dos investimentos realizados nas 
empresas por seus proprietários. O autor aponta que, nesse mecanismo, o custo deixa de 
ser a base para a formação do preço, passando a representar o valor que a empresa pode 
despender para fabricar o produto. 
 
Dessa forma, para chegar a esse custo, a empresa atende a dois interessados: 
 
01 Os clientes consumidores – que determinam o preço que estão dispostos a pagar; 
02 Os proprietários – em que o lucro gerado pelos produtos compõe a remuneração do 
capital por eles investido na empresa. 
 
Mark-up multiplicador e divisor. 
Mark-up é um índice aplicado sobre o custo de um bem ou serviço para a formação do 
preço de venda. Esse índice é tal que cobre os impostos e taxas aplicadas sobre as vendas, 
os custos indiretos fixos de fabricação e o lucro. Toda empresa pode adotar a metodologia 
do Mark-up para a precificação; no entanto, vale ressaltar que em alguns casos a 
precificação com base nos custos não é a melhor.

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